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UNIVERSIDADE DE VALE DO PARAIBA
INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
ARIANE HIDALGO MANSANO PLETSCH
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
São José dos Campos - SP
2008
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ARIANE HIDALGO MANSANO PLETSCH
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós Graduação em Engenharia
Biomédica como complementação dos
créditos necessários para obtenção do título
de Mestre em Bioengenharia.
Orientadores:
Prof. Dr. Rodrigo Alexis Lazo Osório
Prof. Dr. Nelson José Freitas da Silveira
São José dos Campos-SP
2008
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ARIANE HIDALGO MANSANO PLETSCH
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
Dissertação de Mestrado aprovada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Engenharia Biomédica, do Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, SP, pela seguinte banca examinadora: Presidente: Prof. Dr. Rodrigo Alexis Lazo Osório (UniVap)________________ Orientador: Prof. Dr. Nelson José Freitas da Silveira (UniVap) _____________________ Membro Externo:Prof. Dra.Tatiana de Sousa da Cunha (EPM-UNIFESP)________________ Membro interno:Prof. Dr. Alderico de Paula Júnior(Univap)__________________ Prof. Dra. Sandra Maria Fonseca da Costa. Diretora do IP&D- UniVap São José dos Campos, 15 de Dezembro de 2008.
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DEDICATÓRIA
Um dia, eu desejei ser um homem da ciência e refleti sobre o assunto.
A Ciência tem respostas para tudo. Mas na verdade é mais simples; o único que tem
a resposta é Você, o Deus Único e Universal. Quem pode explicar ás árvores
frondosas que são apenas seguras por raízes pequenas em relação ao seu peso? O
céu estrelado, enfeitando nossas noites? A brisa tão suave tocando o nosso ser.
Meu PAI Celestial! Tu és tão perfeito em tudo.
Nos cobre com a verdade sem nos magoar, porque, um dia mandaste
teu filho dileto Jesus Cristo de Nazaré com uma mensagem de esperança e sem
compreensão o homem vestido de falsa razão e muita imaturidade duvidou do
SENHOR e da sua Santidade e o feriu sem piedade. Hoje, conheço sua Palavra e a
sua Verdade. Sinto-me um peregrino rumo a luz, do seu filho dileto e do Espírito
Santo. Pai! Tu colocaste no meu caminho anjos! Para que eu nunca esqueça da Sua
Gloria! Mandou dois anjos me receber na Terra e estes são chamados: papai
“Evanir Garcia Mansano e mamãe Vera Lúcia Hidalgo Mansano”, eles com muito
carinho me ensinaram a andar, falar e a Te conhecer. Eles são fonte de carinho
inesgotável na Terra. Colocastes em meu caminho o meu grande amor! Meu esposo
dedicado e companheiro Alexandre Miguel Pletsch e, me destes meu maior tesouro,
minha filha Giovana.
Meu Pai! Também deu-me como orientadores pessoas dedicadas e
abençoadas “Prof.Dr. Rodrigo Aléxis Lazo Osório e Prof. Dr.Nelson José Freitas da
Silveira” , cientistas, inteligentes, ajudando esta sua filha em mais uma empreitada.
Dedico também o apoio do prof. Dr. Alderico de Paula Júnior e Prof.
Ms.Leandro Yukio Alves Kawaguchi bem como profissionais e amigos que de forma
direta ou indireta contribuíram para meu crescimento profissional.
A todos dedico esta conquista!
5
AGRADECIMENTOS
Para que a caminhada fosse possível e o objetivo
a qual me propus alcançasse a meta, grande foi meu
empenho, sem, contudo, esquecer dos amigos, colegas e
professores que me acompanharam com interesse,
ressaltando a significativa postura profissional do Dr.
Rodrigo Aléxis Lazo Osório, orientador da dissertação.
Dr. Nelson José de Freitas da Silveira co-
orientador, Dr. Alderico de Paula Júnior professor, aos
quais devo horas e horas de paciência e bom senso nas
sábias colocações.
A Secretaria Municipal de Saúde de Juara e Dr.
Gisel Pereira Caldas Jr.nome que oportunizaram a
efetivação do presente estudo e aos voluntários devo-
lhes meu reconhecimento.
Sempre grata!
6
RESUMO
Avaliar e comparar a Variabilidade da Freqüência Cardíaca (VFC) no domínio da
freqüência e do tempo de idosos com hipertensão arterial, diabéticos e de idosos
saudáveis frente a mudança postural na condição de repouso. Métodos: foram
estudados 18 indivíduos hipertensos, 18 indivíduos diabéticos e 18 indivíduos
saudáveis na faixa etária de 60 a 85 anos. A freqüência cardíaca e os intervalos R-R
foram coletados pelo instrumento Polar S810i durante 1200 s nas posturas supina e
sentada. A VFC foi analisada no domínio do tempo (DT) índice RMSSD-raiz
quadrada da média dos quadrados da diferenças entre iR-R sucessivos, SDNN-
desvio padrão da média dos iR-R normais em ms e PNN50% traduz a diferença de
duração superior a 50 milissegundos, e no domínio da freqüência, pelas bandas de
Alta (AF) e baixa freqüência (BF), e da razão BF/AF. Para análise intragrupo e
intergrupo foram utilizados, os testes de normalidade D′Agostinho um critério para
grupos paramétricos. Resultados: Ocorreu alteração na variabilidade da freqüência
cardíaca dos idosos tanto no grupo hipertenso, diabético e controle, no entanto não
houve mudanças significativas na VFC entregrupos estudados. Ao analisar a VFC
no domínio do tempo o estudo mostrou que a amostragem estudada apresenta alto
risco cardíaco ao analisar o parâmetro SDNN. Os resultados da pesquisa
evidenciaram diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca dos idosos
estudados decorrente ao fator envelhecimento e não a patogênese da Hipertensão
Arterial e Diabetes Melito.
PALAVRA-CHAVE: Hipertensão Arterial, Diabetes melitos, Idoso, Variabilidade da
Freqüência Cardíaca.
7
ABSTRACT
To evaluate and compare the Variability of Heart Frequency (VFC) in domain
frequency and time of seniors' people with arterial hypertension, diabetics and
healthy seniors in a postural change in a resting way. Methods: 18 hypertension
people, 18 diabetics and 18 healthy ones were studied in the age group from 60 to
85 years old. The heart frequency and the intervals R-R were collected by the Polar
instrument S810i during 1200 s in the supine and seated postures. VFC was
analyzed in the domain of time (DT) rate square RMSSD-root average of the squares
differences among go-R successive, SDNN - I divert pattern of the average of the go-
R normal in bad and PNN50% it shows the difference of superior duration to 50
milliseconds, and in the domain frequency, for the bands of Discharge (AF) and it
lowers frequency (BF), and of the reason BF/AF. For an analyse intragroup and
intergroup were used, the normality tests D’Agostinho a criterion for parametric
groups. Results: there was an alteration on the variability of the seniors' heart
frequency in the hypertension group, diabetic and control, however there were not
significant changes in VFC studied among groups. When analyzing VFC in the
domain time the study showed that the studied sampling presents high heart risk
when analyzing the parameter SDNN. The results of the research evidenced
decrease of the variability on seniors' heart frequency studied that occurs because of
the factor aging and not the patogênese of Arterial the Hypertension and Diabetes
Melitos.
KEY-WORD: Arterial Hypertension, Diabetes melitos, Senior, Variability of the Heart
Frequency.
8
SUMÁRIO
RESUMO 6 ABSTRACT 7 SUMÁRIO 8 LISTA DE SÍMOBOLOS 10 LISTA DE QUADRO,TABELAS E FIGURAS 12 INTRODUÇÃO 14 2 REVISÃO DA LITERATURA 16 2.1 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 16 2.2 CONTROLE INTRÍNSECO 18 2.3 CONTROLE EXTRÍNSECO 19 2.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL 19 2.5 DIABETES MELITOS 21 2.6 VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA 22 2.7 MÉTODOS DE ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
23
2.8 ANÁLISE DO DOMÍNIO DE TEMPO 25 2.9 ANÁLISE DO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA 26 2.10 VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO IDOSO EM CONDIÇÃO DE REPOUSO
27
2.11 MUDANÇA DE POSIÇÃO E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
28
3 OBJETIVO 30 3.1 Objetivos Gerais 30 3.2 Objetivos Específicos 30 3.3 Material e Métodos 30 3.3.1 Amostragem 30 3.3.2 Critérios de Inclusão e exclusão 30 3.3.3 Material 31 3.3.4 Procedimento experimental 32 3.3.5 Cardiofrequencímetro Modelo Polar S810s 32
9
3.3.6 Exame Físico 33 3.3.7 Idade 33 3.3.8 Avaliação Antropométrica 33 3.3.9 Estatura 34 3.3.10 Índice de Massa Corpórea 34 3.3.11 Circunferência da Cintura 35 3.3.12 Controle Ambiental 35 3.4 Procedimento Experimental 35 3.4.1 Preparação do Voluntário 35 3.4.2 Protocolo Experimental 36 3.5 Análise dos Dados 36 3.5.1 Análise Estatística 38 4 RESULTADOS 40 4.1 CARACTERIZACÃO DO GRUPO CONTROLE, DIABÉTICO E HIPERTENSO
40
4.2 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO DOMÍNIO DO TEMPO ATRAVÉS DOS ÍNDICES: SDNN, RMSSD, PNN50%
42
4. 3 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
45
5 DISCUSSÃO 50 6 CONCLUSÃO 52 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53 ANEXO A 64 ANEXO B 66 ANEXO C 67 ANEXO D 71 ANEXO E 68
10
LISTA DE SÍMBOLOS
VFC ou HRV Variabilidade da Freqüência Cardíaca
DT Domínio do Tempo
iRR intervalo de tempo batimento a batimento sucessivos
RMSSD raiz quadrada da média dos quadrados da diferenças entre iR-R
sucessivos
SDNN desvio padrão da média dos iR-R normais em ms
PNN50% traduz a diferença de duração superior a 50 milissegundos
AF ou HF Alta freqüência
BF ou LF Baixa freqüência
FC Freqüência cardíaca
SA nó sinoatrial
SNA Sistema Nervoso Autônomo
DC Débito Cardíaco
RR-Rise-Rise o pico da onda R do ciclo cardíaco
AV nó atrioventricular
ECG Eletrocardiograma
DAN neuropatia autônoma diabética
TFD Tempo-frequência “Time-Frequency Distribution”
IPD Instituto de Pós Graduação
PA Pressão Arterial
IMC Indice de Massa Corporal
PSF Programa Saúde da Família
KG Kilograma
g Grama
11
mm Milímentro
cm Centímretro
m2 metros quadrados
Hz Hertz
F1 fase de deitada 200 a 400 seg após o início da aquisição dos
dados
F2 fase de transição de 400-800 intervalo da posição deitado para
sentado
F3 Fase posição sentada de 800-1000seg após o inicio da coleta de
dados
CNS Conselho Nacional de Saúde
Bioestat 4.0 Programa de Bioestatística versão 4.0
Kg/m2 Kilograma/metros quadrados
PAS pressão arterial sistólica
PAD pressão arterial diastólica
12
LISTA DE QUADRO, TABELAS E FIGURAS
Quadro 1: Classificação da pressão arterial (> 18 anos) e recomendações para seguimento com prazos máximos, modificados de acordo com a condição do paciente
20
Tabela 1: Média e desvio padrão dos valores antropométricos dos voluntários estudados
41
Tabela 2: Média e desvio padrão do parâmetro SDNN intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
41
Tabela 3: Média e desvio padrão do Parâmetro RMSSD intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
43
Tabela 4: Análise da depressão e presença vagal(RMSSD) 44 Tabela 5: Média e desvio padrão do Parâmetro PNN50% intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
46
Tabela 6- Média e desvio padrão PNN50% dos grupos controle, hipertenso e diabético nas fases repouso, transição e sentado
46
Tabela 7: Análise da atividade simpático e parassimpático dos grupos controle, hipertenso e diabético nas fases repouso, transição e sentado no domínio da freqüência
48
Tabela 8: Média e desvio padrão do parâmetro razão intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
48
Figura 01: Estrutura do coração, o curso do sangue através do coração, câmaras e válvulas cardíacas. (GUYTON et al,2006)
16
Figura 02: Sistema nervoso simpático e parassimpático. (GUYTON et al,2006) 17 Figura 3: Tela superior série temporal pelo intervalo RR, tela inferior atividade simpato-vagal relacionado a série RR
37
Figura 4: Tela superior série temporal dos intervalos RR, tela inferior transformadas wavelet da série temporal
38
Figura 5: Tela a esquerda Espectro médio no intervalo de 200 a 400ms e tela a direita resultado do dos parâmetros do domínio da freqüência
38
Figura 06- Boxplot parâmetro SDNN do Grupo controle fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado), grupo Hipertenso fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado) e grupo diabético fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado)
43
Figura 7: BoxPlot parâmetro RMSSD do Grupo controle fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado), grupo Hipertenso fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado)
45
Figura 8: BoxPlot parâmetro PNN50% do Grupo controle fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado), grupo Hipertenso fase F1(supina),
47
13
F2(transição),F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado) Figura 9: BoxPlot parâmetro Razão Simpática e Parassimpática do Grupo controle fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado),grupo Hipertenso fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado)
49
14
1 INTRODUÇÃO
A Variabilidade da freqüência cardíaca analisa o Sistema Nervoso
Autônomo (SNA), que é composto das vias simpáticas e parassimpáticas, as quais
comandam o sistema cardiovascular liberando neurotransmissores que podem
aumentar ou reduzir a freqüência cardíaca (FC) (1). As oscilações periódicas da FC
e dos intervalos R-R de batimentos cardíacos consecutivos, modulados pela atuação
do Sistema Nervoso Autonômico sobre o coração, são denominados de variabilidade
da freqüência cardíaca (VFC). (2, 3, 4)
A importância da análise de sinais da variabilidade da freqüência
cardíaca está relacionada com o estudo do Sistema Nervoso Autônomo, podendo
ser um indicador prognóstico de algumas doenças cardíacas e sistêmicas, uma vez
que, possibilita a avaliação do equilíbrio entre as influências autonômicas no ritmo
cardíaco, sendo que os altos valores dos mesmos indicam um bom funcionamento
dos mecanismos de controle do SNA, enquanto que os baixos índices são
indicadores de risco para saúde (1, 5, 6, 7). O estudo da VFC tem permitido, de
forma não invasiva, segura e reprodutível avaliar o controle neural sobre o coração,
adaptando o sistema cardiovascular as mais variadas situações cotidianas. (8)
Os fatores como idade, sexo, posição corporal e capacidade funcional
(9, 10) podem influenciar a variabilidade da freqüência cardíaca. Nesta abordagem,
este estudo analisou o parâmetro de idade, posição corporal e patologia hipertensão
arterial e diabetes que são considerados fatores de risco cardíaco. A hipertensão
arterial no Brasil acomete de 15% a 20% da população urbana adulta, chegando a
65% nos indivíduos idosos. (11)
No envelhecimento ocorre um processo de desgaste contínuo onde
mudanças morfofuncionais, bioquímicas, psicológicas e biomecânicas ocorrem
progressivamente. Na abordagem cardiovascular apresentam uma série de
alterações, tais como: arteriosclerose, diminuição da distensibilidade da aorta e das
grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca e redução da função
barorreceptora. (12) A literatura tem mostrado que com avanço da idade há um
declínio da Variabilidade da Freqüência Cardíaca (VFC), e com isso aumento na
15
probabilidade de doença cardiovascular (9, 13, 14, 15, 16). Sendo assim, faz-se
necessário salientar que a disfunção dos reflexos cardiovasculares na Hipertensão
Arterial, em particular o prejuízo na sensibilidade barorreflexa, pode induzir ao
aumento tônico da atividade simpática e o aumento de resistência periférica. (17)
Em se tratando da população idosa, pesquisas, verificam que a
redução da Variabilidade da Freqüência Cardíaca, em decorrência do processo de
envelhecimento, está relacionada com altas freqüências de morbidade e
mortalidade por doenças cardiovasculares. (18,4)
Em pacientes diabéticos sem evidência de neuropatia autônoma, a
redução do poder absoluto de LF (baixa freqüência) e HF (alta freqüência) durante
condições controladas também foram relatadas. No entanto, quando as proporções
LF/HF foram consideradas ou quando LH e HF foram analisados em unidades
normalizadas, nenhuma diferença significante em comparação as normais era
presente. Contudo, a manifestação inicial dessa neuropatia é propensa a envolver
ramificações eferentes do sistema nervoso autônomo. (4)
Verificando-se, então, que a complexa interação entre a idade, posição
corporal, diabetes melitos e hipertensão arterial no controle autonômico do coração
a análise da variabilidade da freqüência cardíaca de idosos se faz necessária,
auxiliando na avaliação, na intervenção e no prognóstico do tratamento da doença
cardiovascular.
Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar a variabilidade
da freqüência cardíaca, no domínio do tempo e da freqüência, nas posições supina e
sentada de idosos, hipertensos, diabéticos e saudáveis.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O sistema cardiovascular é controlado por regulação autonômica
através da atividade das vias nervosas simpáticas e parassimpáticas. (19)
A figura 01 mostra a estrutura do coração e o fluxo sanguíneo arterial e
venoso.
Figura 01: Estrutura do coração, o curso do sangue através do coração, câmaras e válvulas cardíacas. (GUYTON et al, 2006)
17
O Sistema Nervoso simpático informa a resposta do corpo ao estresse,
estimulando o coração, aumentando a freqüência cardíaca e promovendo
vasoconstrição. A taquicardia ocorre em decorrência da estimulação do nó sinoatrial
(SA), excitada pela liberação do neurotransmissor noradrenalina. (21)
A estimulação simpática intensa pode aumentar a freqüência cardíaca
(FC), nos adultos jovens, de 70 batimentos/minuto para 180 a 200 e até 250
batimentos/minuto. Aumentando a força de contração miocárdica e o débito cardíaco
(DC) por duas a três vezes (1)
Em compensação, o sistema nervoso parassimpático atua sobre o
coração através dos nervos vagos, provocando uma bradicardia, em decorrência da
atuação do neurotransmissor acetilcolina. (22)
A regulação da função cardíaca, promovida pelo SNA, permite avaliar o
desequilíbrio entre a atividade do tônus simpático e parassimpático. (23)
Em relação a inervação do sistema nervoso autônomo no coração,
ramificação simpática e parassimpático é observado na figura 2.
Figura 02: Sistema nervoso simpático e parassimpático. (GUYTON et al, 2006)
18
2.2 CONTROLE INTRÍNSECO
No coração as contrações rítmicas dependem do seu sistema elétrico
que tem a função de originar e propagar a corrente elétrica garantindo seu
funcionamento mecânico. O sistema gerador é o nó sinoatrial (AS), onde inicia o
ciclo cardíaco. O nó AS funciona como um marcapasso natural do coração,
decidindo o ritmo e a freqüência dos batimentos cardíacos.
Para atingir o ventrículo, o impulso elétrico atravessa uma estrutura
chamada, nó atrioventricular (AV) que se constitui num aglomerado celular excitável
especializado, localizado na junção entre os átrios e os ventrículos. O nó AV
funciona como uma estação retransmissora de energia, havendo uma pequena
pausa durante a passagem da corrente para o próximo sistema. Os átrios são
conectados aos ventrículos por intermédio de um par de vias condutoras
denominadas ramos direto e esquerdo do fascículo átrio ventricular (feixe de Hiss).
Ao atingir os ventrículos, essas vias condutoras se ramificam em fibras cada vez
menores, denominadas ramos subendocárdicos (fibras de Punkinje), que
representam uma rede terminal de condução do impulso elétrico (cerca de cinco
vezes mais rápido que o músculo cardíaco normal) para o sincício ventricular
estimulando-o, e provocando a sua contração (24, 1, 20)
O sistema de condução elétrica cardíaca, através do nodo sinusal (AS)
e sistema de Purkinje, mostrando também o nodo atrioventricular, as vias atriais
internodais e os ramos ventriculares do Fascículo Átrio Ventricular. (1, 20)
19
2.3 CONTROLE EXTRÍNSECO
O sistema nervoso autônomo provê inervação para o coração. Embora
o músculo cardíaco tenha um mecanismo intrínseco para o controle da freqüência
cardíaca (FC), influências neurais se sobrepõem ao ritmo inerente ao miocárdio.
Esta influência é originada no centro cardiovascular do bulbo e flui através do
sistema nervoso simpático e componente parassimpático (vagal). (4)
A influência parassimpática na FC é mediada pela liberação de
neurotransmissores nomeados de acetilcolina pelo nervo vago. Receptores
muscarínicos de acetilcolina respondem a estas liberações, principalmente por um
aumento na condutância da membrana da célula ao potássio. (25, 20)
Quanto a influência simpática na FC, esta é mediada pela liberação de
noradrenalina e epinefrina. As fibras pós-glanglionares simpáticas inervam todo o
coração, inclusive os nodos sinoatrial (AS) e átrio ventricular (AV). (26)
2.4 HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial é considerada fator de risco de doença
coronariana no idoso e é nomeada a sexta doença cardíaca mais comum no idoso.
(29)
É considerada uma das mais importantes causas da morbi-mortalidade
universal podendo ser fator de risco para doenças coronarianas, insuficiência
cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, dentre outras patologias.
O quadro 1 refere-se a classificação da pressão arterial (>18 anos) e
recomendações para seguimento com prazos máximos, modificados de acordo com a
condição clínica do paciente.
20
Quadro 1: Classificação da pressão arterial (> 18 anos) e recomendações para seguimento com prazos máximos, modificados de acordo com a condição do paciente
Fonte: IV diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002
Ao analisarmos a Variabilidade da Freqüência Cardíaca verifica-se que
os indivíduos com idade >60 anos, a presença de hipertensão arterial sistêmica não
intensifica a diminuição da energia moduladora imposta pela idade. (30)
O comportamento da Variabilidade da Freqüência Cardíaca na
hipertensão arterial sistêmica foi realizado utilizando as técnicas que analisavam o
reflexo da freqüência cardíaca mediada pelos barorreceptores, segundo (31, 32) que
mostraram que a redução da freqüência cardíaca decorrente da ativação dos
barorreceptores, provocada pelo aumento da pressão arterial, era significativamente
menor nos indivíduos hipertensos. Por outro lado, (33) verificaram que a taquicardia
reflexa, induzida pela redução da pressão arterial e decorrente da desativação dos
barorreceptores, era significativamente menor nos indivíduos com hipertensão
arterial sistêmica. Esses achados demonstram a estrita relação entre os
mecanismos de controle da pressão arterial e da variabilidade da freqüência
cardíaca que, na presença de hipertensão arterial sistêmica, estão comprometidos.
(32)
21
Na hipertensão arterial sistêmica, os mecanismos reguladores
mediados pelos pressoreceptores sofrem uma reciclagem (35) e, da mesma forma
que observado nos indivíduos idosos, ficam menos sensíveis.
Portanto, podemos afirmar que as variáveis que quantificam a
variabilidade da freqüência, tanto no domínio do tempo quanto no domínio da
freqüência, quando registradas em pacientes com hipertensão arterial sistêmica,
têm valores significativamente mais baixos que os observados em indivíduos
normais. (35)
2.5 DIABETES MELITOS
Como uma complicação de Diabetes melitos, a neuropatia autônoma é
caracterizada por degeneração neural espalhada e precoce de pequenas fibras
nervosas de ambos os trato simpáticos e parassimpáticos. Suas manifestações
clínicas são presentes em toda parte, com diminuição da capacidade funcional e
inclui hipotensão postural, taquicardia persistente, salivação gustatória, gastroparesia,
bexiga hipotônica e diarréia noturna. Uma vez que as manifestações clínicas de uma
neuropatia autônoma diabética (DAN) intervêm, a mortalidade estimada em 5 anos é
de aproximadamente 50%. Contudo, a detecção subclínica precoce de disfunção
autônoma é importante para estratificação de risco e gerenciamento subseqüente. As
análises a curto prazo e/ou a longo prazo de VFC tem provado ser úteis na detecção
de DAN.(4)
Para o paciente que apresenta DAN real ou suspeito, há três métodos
de HRV os quais se pode escolher: (a) métodos de intervalo batimento a batimento
(iRR) ao leito simples, (b) medidas de domínio de tempo a longo prazo, as quais são
mais sensíveis e mais reprodutíveis do que os testes a curto prazo, e (c) análises de
domínio de freqüência realizadas sob condições de estado constante a curto prazo,
que são úteis para separação de anormalidades simpáticas e parassimpáticas. (4)
22
O espectro das modificações do SNA a estímulos fisiológicos e
patológicos crônicos pode ser exemplificado, de um lado, pelas adaptações ao
exercício dinâmico regular, de outro, pelo envolvimento dos sistemas simpático e
parassimpático na insuficiência cardíaca e na neuropatia autonômica do diabetes
melitos. (15)
2.6 VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA
A variabilidade da freqüência cardíaca se compõe por variações dos
intervalos RR, ou seja, da freqüência cardíaca, ficam na dependência de
moduladores biológicos como o SNA, através das atividades dos sistemas simpático
e parassimpático. A finalidade da VFC é emitir a variação entre cada batimento
sinusal sucessivo e tem sido utilizada como ferramenta não invasiva de avaliação do
controle neural sobre o coração, adaptando o sistema cardiovascular as mais
variadas situações cotidianas. (3, 8, 36)
A importância clínica da Variabilidade da Freqüência Cardíaca foi pela
primeira vez apreciada por Hon e Lee 1965, na área de monetarização fetal. No ano
de 1978 Wolf et al, foram os primeiros a demonstrar associação entre aumento do
risco de mortalidade pós-infarto com redução da VFC.(4)
O estudo da VFC tem permitido reconhecer e caracterizar algumas
situações em que as doenças afetam o controle autonômico. O ramo simpático
aumenta a FC (intervalos RR mais curtos) e dimimui a VFC, por sua vez, o
parassimpático diminui a FC (intervalo RR maior e aumenta a VFC).
Pesquisas têm demonstrado que a diminuição da VFC está
relacionada a um maior índice de morbidade e mortalidade cardiovascular,
implicando na presença de disfunção fisiológica do indivíduo e, uma alta
variabilidade da freqüência cardíaca é um bom sinal de adaptabilidade, envolvendo
indivíduos saudáveis com boa função do mecanismo de controle autonômico e
opostamente a baixa variabilidade é muitas vezes indicador de uma adaptabilidade
23
anormal ou insuficiente do sistema nervoso, significando o mau funcionamento
fisiológico. (37 3, 36, 8)
A capacidade de variar a freqüência cardíaca em função de estímulos
externos parece representar um importante papel fisiológico na vida diária, mesmo
em situações simples de mudanças posturais, mas principalmente em situações de
esforço físico mais intenso, como a atividade esportiva (36, 38), além disso, eventos
cardiovasculares ou mesmo a evolução natural da idade, parecem corroborar para a
perda ou redução da capacidade de variar a freqüência cardíaca. (35)
2.7 MÉTODOS DE ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Nos últimos anos, observa-se esse crescente desenvolvimento de
métodos que possam descrever o comportamento das oscilações cardiovasculares.
Entre os vários métodos disponíveis para avaliar a variabilidade da freqüência
cardíaca destacando-se os realizados no domínio da freqüência ou no domínio do
tempo. Além disso, métodos de abordagem não-linear também têm sido
desenvolvidos. (15)
Os estudos da VFC analisam a variação entre os batimentos sinusais
sucessivos. Todavia, como a onda P é de baixa amplitude e apresenta dificuldade
técnica na sua identificação, utiliza-se o pico da onda R como referência, justificando
a sintonia da variabilidade do intervalo RR. O estudo da VFC permite analisar as
oscilações que ocorrem durante gravações eletrocardiográficas de curta duração (2,
5, 15 minutos) (51, 52, 53) ou de longa duração (Holter 24 horas). (48) Entretanto
vários aspectos metodológicos ainda carecem de padronização.
Nos últimos anos, observa-se um interesse crescente no
desenvolvimento de métodos que possam descrever o comportamento das
oscilações cardiovasculares, e são classificados como não-lineares e lineares.
Métodos não lineares são: a Dimensão Fractal, a Entropia, Exponentes
de Lyapunov e Mapa de Retorno Tridimensional que se baseiam na Teoria do Caos,
24
(fenômeno altamente irregular e complexo, mas não ao acaso). Nos últimos anos, o
crescente interesse pelo comportamento dos sistemas dinâmicos não-lineares, em
áreas da ciência, começou a influenciar também estudo da regulação
cardiovascular. A não-linearidade está presente em todos os sistemas vivos,
produzindo comportamentos irregulares, que não são identificados corretamente
pelas técnicas estatísticas convencionais e encontra-se ainda em investigação. (52,
53, 19)
Os métodos lineares utilizam a construção de uma série temporal,
cujos dados são analisados no domínio do tempo (métodos estatísticos ou
geométricos) e domínio da freqüência (análise espectral), sendo atualmente, as
duas formas mais utilizadas na prática clínica, e requerem como regra que o sinal
seja estacionário devido à limitação do algoritmo utilizada. (59) Outra classe de
métodos de estimação espectral diz respeito aos métodos com base nas
distribuições Tempo-frequência “Time-Frequency Distribution” (TFD).
Esses métodos são particularmente adaptados à análise de sinais não
estacionários, uma vez que descrevem as modificações do conteúdo de freqüências
do sinal com o tempo, mapeando uma função unidimensional do tempo, noutra
função bidimensional do tempo e freqüência. Normalmente a maior parte desses
sinais estão disponíveis num curto espaço de tempo. São exemplos os sinais do
ECG obtidos num teste de esforço físico máximo, ou no caso de sinais de fluxo
sanguíneo (sinal Doppler), em que a velocidade do sangue varia com o tempo o que
provoca não-estacionaridade do sinal. (59)
Os índices dos métodos são utilizados como indicadores sensíveis e
precoces do estado de saúde e de condição física, sendo que os altos valores dos
mesmos indicam um bom funcionamento dos mecanismos de controle da SS,
enquanto que os baixos índices são indicadores de risco para saúde. (43, 6)
25
2.8 ANÁLISE DO DOMÍNIO DE TEMPO
A análise no domínio do tempo reflete a atividade autonômica de
maneira global, ou seja, se ela apresenta alguma alteração ou não. (39, 3, 4)
O índice no domínio do tempo mais amplamente usado é a FC comum
que é calculado em cima de uma duração satisfatória de tempo. Outro parâmetro
comumente usado é o SDNN (normalmente usado em Holter 24-horas) é
considerado que estas variáveis refletem as influências parassimpáticas e
simpáticas em VFC. (44, 45) Em um estudo de Kleiger e colaboradores (1992)
associou-se os valores de SDNN < 50 ms como preditor de mortalidade quando
comparados aos pacientes com VFC preservada (SDNN>100ms).
Em relação a análise temporal, o índice RMS é considerado com
expressivo da VFC total, enquanto que o RMSSD reflete quase que exclusivamente
as oscilações de alta freqüência, ou seja, comparta-se como um índice sensível e
expressivo da atividade vagal sobre o coração (40), não sendo influenciado pela
atividade simpática (41), o que foi comprovado por meio de experimentos com
bloqueio farmacológico. (42) Esses índices têm sido utilizados como indicadores
sensíveis e precoces do estado de saúde e de condição física, sendo que os altos
valores dos mesmos indicam um bom funcionamento dos mecanismos de controle
do sistema nervoso autonômico, enquanto que os baixos índices são indicadores de
risco para saúde. (5, 6)
Avaliar o comportamento das oscilações cardiovasculares é calcular a
dispersão em torno da média da freqüência cardíaca analisada por período
prolongado. Por levarem em consideração o fator tempo e não o fator freqüência,
como na análise espectral, os índices derivados desse tipo de abordagem são
conhecidos como índices no domínio do tempo. Apesar de traduzirem de forma
muita simplificada o complexo comportamento do sistema cardiovascular, esses
índices fornecem informações relevantes. (15)
Os índices mais popularizados até o momento, com as suas
abreviações conhecidas internacionalmente, são os seguintes: desvio padrão de
todos os intervalos RR normais (SDNN); média dos desvios padrão dos intervalos
26
RR normais calculados em intervalos de cinco minutos (SDNNi); desvio padrão das
médias dos intervalos RR normais calculadas em intervalos de cinco minutos
(SDNNi); raiz quadrada da média das diferenças sucessivas entre intervalares RR
normais adjacentes (RMSSD); percentagem das diferenças entre intervalos RR
normais adjacentes que excedem a 50 milissegundos (PNN50). (15)
De uma forma geral, todos eles correlacionam-se com os componentes
de alta freqüência, mas não permitem distinguir quando as alterações da
variabilidade da freqüência cardíaca são devidas a aumento do tônus simpático ou a
retirada do tônus vagal. (15)
2.9 ANÁLISE DO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
A freqüência cardíaca humana no repouso apresenta flutuações
espontâneas que refletem a influência contínua do SNA no nódulo sino-atrial. As
oscilações devem ser corretamente quantificadas provendo assim um importante
método de investigação do equilíbrio simpato-vagal no coração.
A análise espectral da VFC leva a detecção de três tipos principais de
oscilações dos intervalos R-R: (i) na banda de freqüência muito baixa do espectro
(0.001-0.03 Hz, VLF), cujo significado ainda está sendo debatido e parece estar
relacionado a quimiorreceptores, termorregulacão e fatores humorais; (ii) na banda
de baixa freqüência (0.03- 0.015 HZ, LF) que reflete a modulação da atividade
simpática aferente e função de barorreflexo; (iii) banda de alta freqüência (0.15-
0.45Hz, HF) que reflete a modulação da atividade parassimpática.
No entanto, salienta-se que a detecção de uma quantidade de força
numa banda específica do espectro não significa a mensuração direta do tônus
simpático ou parassimpático desde que, mensure apenas a variabilidade e não o
valor absoluto do sinal. (46)
As variações de FC provêm um padrão favorável de resposta do SNA
A sua ausência prediz problemas. Em particular a ausência de uma força de baixa
27
freqüência, ou seja, atividade vagal para o coração revela um risco de morte súbita.
A literatura científica afirma que a banda de baixa freqüência representa a atividade
do SNS, ao contrário da banda de alta freqüência que representa exclusivamente a
atividade vagal para o coração no ritmo respiratório. (47)
A análise no poder espectral permite a caracterização quantitativa e
qualitativa, individualizada e simultânea, em termos absolutos e relativos das
atividades simpática e parassimpático cardíacas. (39, 3, 4)
2.10 VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO IDOSO EM CONDIÇÃO DE REPOUSO
O envelhecimento conduz a perda progressiva das aptidões físicas do
organismo, aumentando o risco do sedentarismo, que é um importante fator de risco
para doenças crônico-degenerativas. (55, 56,57)
O processo de envelhecimento parece associar-se a modificações
desfavoráveis na forma de andar, no aumento do tempo necessário para se
percorrer certa distância, na necessidade de se utilizar apoio para o deslocamento.
Parece existir, portanto, uma relação entre a manutenção da capacidade de marcha
e o nível de independência funcional das pessoas idosas. (58)
O envelhecimento conduz a uma perda progressiva das aptidões
funcionais do organismo, aumentando o risco do sedentarismo. Essas alterações,
nos domínios biopsicossociais, põem em risco a qualidade de vida do idoso, por
limitar a sua capacidade para realizar, com vigor, as suas atividades do cotidiano e
colocar em maior vulnerabilidade a sua saúde. (55)
Para explicar o processo de envelhecimento, devemos considerar duas
teorias: a teoria do envelhecimento primário e a teoria do envelhecimento
secundário. (59) A primeira ocorre em decorrência da morte neural, que por sua vez,
leva o individuo idoso a apresentar déficits funcionais devido à perda de força
muscular, flexibilidade e deteriorização do equilíbrio. Já a teoria do envelhecimento
28
secundário justifica o processo de envelhecimento, a partir de fatores externos,
como modo de vida e patologias. (60)
Os dados do presente trabalho são extremamente relevantes
considerando-se que a relação da VFC, em decorrência do processo de
envelhecimento, está relacionada com altas freqüências de morbidade e mortalidade
por doenças cardiovascular. (41, 4)
No que se refere ao processo fisiológico de envelhecimento, alguns
autores (35, 4, 62, 16) constataram que com o aumento da idade, ocorreu
diminuição da VFC. A diminuição da VFC pode ser um indicador prognóstico de
algumas doenças cardíacas e sistêmicas e, uma alta VFC indica um indivíduo com
bom funcionamento dos mecanismos de controle autonômico. (8)
São necessários registros a curto prazo de 5 minutos feitos sob
condições fisiológicas estáveis processados por métodos de domínio de freqüência
para padronizar estudos fisiológicos e clínicos. (4)
2.11 MUDANÇA DE POSIÇÃO E VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
Na condição de repouso, o nódulo do seio é rico em
acetilcolinesterase, o efeito de qualquer impulso vago é breve porque a acetilcolina é
rapidamente hidrolisada. A influência parassimpática excede os efeitos simpáticos
provavelmente por via de dois mecanismos independentes: uma redução
colinérgicamente de norepinefrina lançada em resposta à atividade simpática, e a
atenuação colinérgica da resposta ao estimulo adrenérgico.
As variações do intervalo RR presentes durante as condições de
repouso representam uma sintonia fina de mecanismos de controle de batimento a
batimento. A estimulação aferente vaga leva a refletir excitação de atividade eferente
vaga e a inibição da atividade eferente simpática. Os efeitos de reflexo oposto são
mediados pelo estímulo de atividade eferente simpática. A atividade eferente vaga
também aparece sob restrição “tônica” por atividade simpática eferente. As
29
atividades vaga e simpática eferente, dirigidas ao nódulo do seio são caracterizadas
por descargas altamente sincrônicas com cada ciclo cardíaco que possa ser
modulado por osciladores centrais (ex. centros vaso motor e respiratório) e
periféricos (ex. oscilações na pressão arterial e movimentos respiratórios). Esses
osciladores geram flutuações rítmicas em descargas neurais eferentes as quais se
manifestam tanto a longo quanto a curto prazo no período cardíaco. Análises destes
ritmos podem permitir inferências no estado e na função de (a) osciladores centrais,
(b) atividade eferente vagal e simpática, (c) fatores de humor, e (d) nódulo do seio.
A seleção de testes autonômicos não invasivos como: respiração
controlada, mudança postural ativa e manobra de valsalva, foram sensíveis o
suficiente para retratar a melhora na aptidão cardiovascular dos indivíduos que
participaram do estudo. (61)
30
3 OBJETIVO
3.1 Objetivos Gerais
Avaliar o controle autonômico do coração a partir das respostas da
freqüência cardíaca e de sua variabilidade nas condições de repouso em idosos
hipertensos, diabéticos e saudáveis.
3.2 Objetivos Específicos
- Correlacionar as doenças hipertensão arterial, diabetes e idosos
saudáveis para avaliar o risco cardíaco.
3.3 Material e Métodos
3.3.1 Amostragem
Foram estudados 54 indivíduos idosos, na faixa etária entre 60 a 85
anos do sexo masculino e feminino, divididos em três grupos, sendo 18 idosos grupo
controle (saudáveis), 18 idosos (grupo diabético tipo II) e 18 idosos (grupo
hipertenso leve e moderado).
3.3.2 Critérios de Inclusão e exclusão
Foram incluídos neste estudo voluntários, regularmente residentes no
município de Juara-MT, sedentários, com ausência de utilização de medicamentos
beta bloqueadores e com diabetes melitos tipo II diagnosticada até 5 anos. Nos
voluntários foram realizadas avaliações clinica, exame laboratorial, eletrocardiografia
de repouso e avaliação com dados antropométricos e sinais vitais. Os critérios de
31
exclusão se basearam na ausência da colaboração nos procedimentos e os
voluntários que apresentaram hipertensão grave ou alteração cardiovascular;
fibrilação atrial, arritmias atriais e ventriculares freqüentes, doença de chagas e
acidente vascular e uso de medicamentos beta bloqueadores e bloqueadores de
canais de cálcio. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UNIVAP - São José dos Campos protocolo e os participantes assinaram um termo
de consentimento formal para participação.
3.3.3 Material
01 cardiofrequencímetro Polar, modelo S810i
01 cronômetro
01 notebook
01 Programa Polar Precision Performance
01 balança digital
01 termômetro de ambiente
01 maca
01 escada
Fichas de avaliação
01 estadiômetro
01 esfigmomanômetro
01 estetoscópio
01 Fita métrica
01 cadeira
32
3.3.4 Procedimento experimental
Os experimentos foram realizados no mesmo período do dia, em uma
sala do Programa Saúde da Família (PSF), a temperatura variando entre 23ºC e
24ºC e umidade relativa do ar entre 47% e 63%. Os voluntários foram instruídos a
abster-se de bebidas cafeinadas e cigarro 24 horas antes dos testes. A freqüência
cardíaca e os intervalos R-R (iRR) sucessivos foram registrados usando o
cardiofrequencímetro ( Polar® modelo S810s). A freqüência cardíaca e os iRR foram
posteriormente transferidos para o notebook utilizando o "software" Polar Precision
Performance12. Os dados foram captados em condições de repouso, 10 minutos na
posição supina e 10 minutos na posição sentada.
3.3.5 Cardiofrequencimetro Polar Modelo S810s
Os monitores cardíacos possuem a função de capturar os dados dos
intervalos consecutivos nos períodos cardíacos (intervalos RR).
Para utilização do equipamento no sujeito estudado é aplicado um gel
de Ultra som no eletrodo e no cinto transmissor, o qual é fixado na região pré cordial
do voluntário para captação dos intervalos RR, essa captação é gravada no monitor
do Polar S810s e transferida para o Software Polar Precision e, subseqüentemente
exportado para o formato txt. Os resultados do estudo referem que o Polar S810s e
o ECG ambulatorial digital Reinolds são consistentes ferramentas de monitoramento
da freqüência cardíaca e dos intervalos RR durante o restante do exercício
progressivo. (27)
Em seu estudo comparou o Polar S810s com o Eletrocardiograma
(ECG), cujo resultado refere que a captação da Variabilidade da Freqüência
Cardíaca com dados consistentes como ECG em sujeitos saudáveis no teste
ortostático. O erro padrão dos intervalos RR do Polar em comparação com o sistema
de ECG foi de 0,40%. Pesquisas prevêem erro padrão de 0,32-2,8%. (28)
33
3.3.6 Exame Físico
Foram avaliados a idade, pressão arterial utilizando as diretrizes a IV
Diretrizes de Hipertensão Arterial ano 2004 da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
foram colhidos no prazo de até seis meses os exames complementares de glicemia,
colesterol e hemograma dos três grupos e foram colhidas características
antropométricas (peso e estatura) e o Índice de Massa Corpórea (IMC).
3.3.7 Idade
A idade registrada e considerada para fins de análise foi aquela que o
voluntário apresentar no início da coleta de dados, mesmo que o indivíduo mude de
faixa etária durante o período do estudo.
3.3.8 Avaliação Antropométrica
As mensurações antropométricas seguiram a padronização descrita
por Franças e Vívolo, 1998. (63)
a) Peso Corporal
Para a mensuração do peso corporal foi utilizada uma balança com
precisão de 0,1 Kg. O voluntário foi orientado a apresentar-se com o mínimo de
vestimenta, descalço e de costas para a escala de medidas da balança.
34
3.3.9 Estatura
A estatura foi mensurada através de um estadiômetro fixado na
balança, constando de plataforma horizontal de apoio para os pés unidos em ângulo
reto ao encosto vertical com o cursor em ângulo de 90 graus para apoio no vértex.
O sujeito se posicionou sobre a plataforma horizontal, de costas para o
apoio vertical, em posição ortostática e o mais ereto possível, descalço, pés unidos,
com calcanhares, quadril, região escapular e parte posterior da cabeça em contato
com o apoio do antropômetro, braços relaxados ao lado do corpo e cabeça orientada
no plano horizontal de Frankfurt por meio de auxílio do avaliador.
No momento exato da medida, o voluntário foi orientado a manter-se
em apnéia inspiratória máxima enquanto o cursor foi apoiado em seu vértex. A
medida foi obtida em centímetros (cm) com precisão de milímetros (mm) sendo
utilizada como resultado final a média aritmética de três mensurações. (64)
3.3.10 Índice de Massa Corporal (IMC)
O Índice de massa corporal (IMC) foi calculado pela razão do peso
(kg) pelo quadrado da altura (m). Os valores de IMC foram classificados em: < 18,5
kg/m2 (baixo peso); 18,5 a 24,9 kg/m2 (normal); 25 a 29,9 kg/m2 (sobrepeso); e > 30
kg/m2 (obesidade). (65)
3.3.11 Circunferência da Cintura
A medida da Circunferência da cintura (CC) foi realizada com fita
métrica inextensível, no nível natural da cintura, ponto médio entre a crista ilíaca
anterior superior e a última costela, com precisão de 0,1 cm. O acúmulo de gordura
na cintura, ou obesidade abdominal, foi classificado em dois níveis. O nível 1
correspondeu aos valores de CC entre 80,0 e 87,9 cm para as mulheres, e entre 94,0
35
e 101,9 cm para os homens; o nível 2 correspondeu a uma CC> 88 cm e > 102 cm
para mulheres e homens, respectivamente. Valores abaixo de 80,0 cm para as
mulheres e 94,0 cm para os homens foram classificados como adequados. (65)
3.3.12 Controle Ambiental
As condições ambientais da sala de coleta de dados foram controladas
artificialmente, de forma a manter a temperatura e umidade relativa do ar variando
entre 22 a 25º C e 40 a 60%, respectivamente. O controle da temperatura foi
efetuado por um ar condicionado.
3.4 Procedimento Experimental
3.4.1 Preparação do Voluntário
Os voluntários foram instruídos cuidadosamente 24 horas antes da
coleta dos dados a seguirem algumas recomendações:
- Não ingerir bebidas alcoólicas e/ou estimulantes (chá, café,
chocolate) e não realizar exercícios físicos nas 24 horas que antecedem o teste;
- Não ingerir alimentos 3 horas antes da realização da coleta;
- Comparecer no dia do teste com roupas e calçados confortáveis;
- Comparecer no local da pesquisa no período vespertino entre 13h
ás 17hs.
36
3.4.2 Protocolo Experimental
O protocolo experimental foi dividido em duas etapas:
a) Na posição repouso em decúbito dorsal
Os sujeitos estavam deitados em decúbito dorsal confortavelmente, as
mãos do voluntário permaneceram próximas ao corpo. O tempo de captação da
freqüência cardíaca será de 10 minutos.
b) Na posição repouso sentada
O voluntário foi orientado pela pesquisadora a sentar-se, permanecer
em silêncio com as mãos apoiadas sobre os joelhos ou coxas, a coluna apoiada na
cadeira, membros inferiores apoiados no chão. O tempo de captação da freqüência
cardíaca foi de 10 minutos.
3.5 Análise dos Dados
Para a análise dos dados foi utilizado o programa Análise da
Variabilidade da Freqüência Cardíaca desenvolvido no IPD do UNIVAP (22), este
programa inicialmente calcula a transformadas wavelet da série temporal formada
pelos intervalos RR e em seguida permite calcular os parâmetros da VFC tanto no
tempo (SDNN,RMSSD,PNN50%) e domínio da freqüência (área simpática 0,004-
0,15Hz e área parassimpática de 0,15 a 0,4Hz para uma janela de tempo escolhida
pela pesquisadora).
Foram escolhidas três janelas de tempo F1 (fase de deitada 200 a 400
seg após o início da aquisição dos dados), F2 fase de transição de 400-800 intervalo
da posição deitado para sentado e F3 (posição sentada de 800-1000 seg após o
início da coleta de dados).
37
Os dados coletados foram organizados em tabelas. A variabilidade da
freqüência cardíaca foi avaliada no domínio do tempo pelos índices RMSSD, SDNN
dos iRR em milissegundos (ms) e PNN50%. O índice RMSSD corresponde a raiz
quadrada da média das diferenças dos intervalos R-R subseqüentes com diferenças
entre intervalos subseqüentes, em milissegundos. Já o índice SDNN corresponde ao
desvio padrão de intervalos R-R subseqüentes em milissegundos, em relação ao
índice PNN50% traduz a porcetagem dos intervalos RR com diferença de duração
superior a 50 milissegundos análise no domínio da freqüência aplicou-se a
transformada wavelet aos dados da série temporal, implementada por meio de rotina
específica desenvolvida para esse fim, no aplicativo "Matlab 6.1.1.450 Release
12.1.2001".
Pela análise espectral, foram obtidas bandas de baixa freqüência
(baixa freqüência = 0,04 ms²/Hz-0,015 Hz) e de alta freqüência (alta freqüência =
0,15 Hz-0,4 Hz) em unidades normalizadas, indicadoras da modulação simpática e
da modulação vagal, respectivamente, e razão baixa freqüência representando o
balanço simpatovagal sobre o coração. (3, 4, 68)
Para exemplificar a utilização do programa análise da freqüência
cardíaca foi anexado a figura 3,figura 4 e figura 5 que mostram as telas foram
geradas para um voluntário, abaixo.
Figura 3: Tela superior série temporal pelo intervalo RR, tela inferior atividade simpato-vagal relacionado a série RR
38
Figura 4: Tela superior série temporal dos intervalos RR, tela inferior transformadas wavelet da série temporal
Figura 5: Tela a esquerda densidade espectral da potência média no intervalo de 200 a 400ms e tela a direita resultado do dos parâmetros do domínio da freqüência
3.5.1 Análise Estatística
Foi utilizado para análise estatística o programa Bioestat 4.0,
inicialmente os dados foram submetidos ao teste D Agostinho para verificar a
utilização dos métodos estatísticos paramétricos ou não paramétricos, como a
maioria das variáveis satisfizeram o teste para α< 5% optou-se por utilizar métodos
paramétricos.
39
Para verificar se há diferença significativa (α< 5%) entre as médias das
varáveis adquiridas intragrupo e intergrupo foi utilizado o teste estatístico ANOVA
um critério. A VFC foi avaliada no domínio do tempo pelos índices RMSSD, SDNN
dos iRR em milissegundos (ms) e PNN50%. Na análise no domínio da freqüência
foram obtidas bandas de baixa freqüência, alta freqüência e razão baixa
freqüência/alta freqüência. Aplicou-se a transformada wavelet aos dados da série
temporal, implementada por meio de rotina específica desenvolvida para esse fim,
no aplicativo "Matlab 6.1.1.450 Release 12.1.2001". (3, 4, 68)
40
4 RESULTADOS
4.1 CARACTERIZACÃO DO GRUPO CONTROLE, DIABÉTICO E HIPERTENSO
Foram estudados 54 indivíduos idosos, na faixa etária entre 60 a 85
anos do sexo masculino e feminino, divididos em três grupos, sendo 18 idosos grupo
controle (saudáveis) idade 67 ± 5 anos, altura 1,60 ± 7cm, peso 70 ± 8Kg sem uso
de medicamentos, 18 idosos (grupo diabético) idade 68,059 ± 5 anos, altura 1,53cm,
peso 66 ± 9Kg sendo que 08 não utilizavam medicamentos, 02 idosos
administravam insulina, 06 indivíduos utilizavam de glibenclamida e 02 faziam uso
de glibenclamida e metformina e 18 idosos (grupo hipertenso leve e moderado)
idade 63 ± 4 anos, altura 1,57 ± 10cm, peso 68 ± 8 Kg neste grupo 1 não utilizava
medicamento, 14idosos utilizaram captopril, 02 indivíduos faziam uso de ácido
acetilsalisílico e 01 idoso utilizava higroton. De acordo com as IV Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão, o Grupo Hipertenso (n=18) apresentou 7 voluntários
pressão arterial(PA) classificação limítrofe, 6 classificação hipertensão estágio 1 e 5
classificação estágio 2 de acordo com IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
Arterial.
A tabela 1 apresenta os valores da média e desvio padrão dos valores
antropométricos coletados na ficha de avaliação dos grupos estudados.
41
Tabela 1: Média e desvio padrão dos valores antropométricos dos voluntários estudados
Dados antropométricos
Grupo idoso Controle (n = 18)
Grupo hipertenso(n = 18)
Grupo Diabético
(n=18)
Idade (anos) 67,44 ± 5,84 63,00 ± 4,37 68,06 ± 4,93
Peso (kg) 70,47 ± 9,95 68,55 ± 8,50 65,94 ± 9,75
Altura (m) 1,60 ± 0,07 1,57 ± 0,10 1,53 ± 0,07
IMC (kg/m2) 27,81 ± 4,40 27,76 ± 3,56 27,99 ± 3,53
CC(cm) 95,44 ± 13,61 95,44 ± 6,49 96,23 ± 8,78
FC (bpm) 74,72 ± 11,64 68,39 ± 8,51 74,44 ± 9,5
PAS (mmHg) 12,22 ± 0,94 13,00 ± 1,49 11,79 ± 1,10
PAD (mmHg) 7,83 ± 1,29 7,28 ± 1,37 8,45 ± 1,4
IMC = índice de massa corporal; CC=Circunferência da Cintura; FC = freqüência cardíaca; PAS =
pressão arterial sistólica; PAD = pressão arterial diastólica
Verifica-se que a PAS e PAD não ocorreu alterações ficando a média e
desvio padrão na classificação de normal de acordo com a IV Diretrizes de
Hipertensão Arterial, pois os voluntários do grupo hipertenso estavam em
acompanhamento e tratamento no PSF (Programa Saúde da Família). Ao analisar o
parâmetro IMC constatou-se que em todos os grupos estão sobrepeso.
4.2 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO DOMÍNIO DO TEMPO ATRAVÉS DOS ÍNDICES: SDNN, RMSSD, PNN50%
A tabela 2 apresenta os valores da média e desvio padrão do
parâmetro SDNN intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
42
Tabela 2:Média e desvio padrão do parâmetro SDNN intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
Fases Grupo idoso Controle
Grupo Hipertenso
Grupo Diabético P
Repouso
(F1)
23,011±9,05 40,04±19,99 194,39±92,46 0,5399
Transição
(F2)
21,53±7,12 20,83±12,71 33,58 ±14,87 0,0871
Sentado
(F3)
50,60±30,80 21,47±8,94 165,67 ±94,41 0,3212
P 0,0001 0,0002 0,0002
Ao analisar o parâmetro SDNN verificou-se que 100% da amostragem
do grupo idoso controle, grupo diabético e hipertenso apresenta Alto Risco cardíaco
SDNN (menor) 50 ms em todas as fases do protocolo. Considerando a relação
intergrupo não houve diferença significativa.
43
Figura 06- Boxplot parâmetro SDNN do Grupo idoso controle fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado), grupo Hipertenso fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado) e grupo diabético fase F1 (supina), F2 (transição), F3 (sentado)
A tabela 3 apresenta os valores da média e desvio padrão do
parâmetro RMSSD intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
Tabela 3: Média e desvio padrão do parâmetro RMSSD intergrupo e intragrupo dos
intervalos R-R para p<0,05
Fases Grupo idoso Controle
Grupo Hipertenso
Grupo Diabético P
Repouso
(F1)
16,44 ±11,86
14,76 ±8,73
12,15±9,74 0,5540
Transiçã
o (F2)
18,13±10,75
14,37±9,22
11,11 ±6,62 0,0731
Sentado
(F3)
15,42 ±14,74 13,43 ±9,28
10,04 ±6,47 0,3328
P 0,7965 0,3459 0,7230
44
Resultados alcançados em todas as fases da pesquisa. Não houve
diferença significativa entre as fases e para cada fase e intergrupos α<5%.
A tabela 4 informa os valores de depressão e presença vagal
analisando os valores do parâmetro RMSSD.
Tabela 4: Análise da depressão e presença vagal (RMSSD)
Fases Grupo idoso Controle
Grupo Hipertenso Grupo Diabético
Depressão vagal 88,8% 88,8% 88,8%
Presença vagal 11,2% 11,2% 11,2%
Ao analisar a depressão e a presença da atividade vagal, não houve
diferença significativa entre os grupos estudados, sendo que houve maior percentual
na fase depressão vagal em todos os grupos.
45
Figura 7: BoxPlot parâmetro RMSSD do Grupo Idoso controle fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado), grupo Hipertenso fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado)
A tabela 5 informa os valores da média e desvio padrão do parâmetro
PNN50% intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
46
Tabela 5: Média e desvio padrão do parâmetro PNN50% intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
Fa
ses
Grupo
idoso Controle
Grupo
Hipertenso
Grupo
Diabético
P
Repouso
(F1)
3,01 ± 7,93
1,19 ±3,97 1,29 ±5,16 0,6627
Transição
(F2)
3,33 ± 7,18
2,06 ±4,56
0,68 ±1,79 0,2921
Sentado
(F3)
3,27 ±10,39 2,19 ±5,65
0,38 ±0,86 0,5488
P 0,9937 0,9204 0,6925
Os resultados alcançados em todas as fases da pesquisa. Não houve
diferença significativa entre as fases e para cada fase e intergrupos α<5%.
A tabela 6 apresenta os valores em percentual do parâmetro PNN50%
intergrupo e intragrupo analisando os valores vagal, depressão vagal e presença
vagal média.
Tabela 6- Média e desvio padrão do parâmetro PNN50% dos grupos idoso controle, hipertenso e diabético nas fases repouso, transição e sentado
Vagal Depressão Vagal Presença Vagal Média
Cont. Hipert. Diabét. Cont. Hipert. Diabét. Cont. Hipert. Diabét.
Repouso - - - 88,8% 88,8% 88,8% 11,2% 11,2% 11,2%
Transição 5,5% - - 83,3% 83,3% 88,8% 11,2% 16,7% 11,2%
Sentado 5,5% - - 88,8% 83,3% 88,8% 5,5% 16,7% 11,2%
Verificou-se que a maior percentual está concentrado em todos os
grupos no parâmetro depressão vagal ao avaliar o PNN50%.
47
Figura 8: BoxPlot parâmetro PNN50% do Grupo Idoso controle fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado), grupo Hipertenso fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado) 4. 3 ANÁLISE DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA
A tabela 7 apresenta os valores em percentual intergrupo e intragrupo
dos intervalos R-R para p<0,05 da análise da atividade
simpática/parassimpática(razão).
48
Tabela 7: Análise da atividade simpático e parassimpático (razão) dos grupos idoso controle, hipertenso e diabético nas fases repouso, transição e sentado no domínio da freqüência
Análise atividade Simpático/Parassimpático(razão)
Repouso Transição sentado
Razão Contr. Hip. Diab. Contr. Hip. Diab. Contr. Hip. Diab.
>1 66,7% 66,7% 66,7% 88,8% 100% 88,8% 72,2% 77,8% 66,7%
<1 33,3% 33,3% 33,3% 11,2% - 11,2% 27,8% 22,2% 33,3%
=1 - - - - - - - - -
Constatou-se que o maior percentual apresentou na razão>1 que
significa predominância simpática nas fases de repouso, transição e sentado em
todos os grupos.
Tabela 8: Média e desvio padrão do parâmetro razão intergrupo e intragrupo dos intervalos R-R para p<0,05
Fases Grupo idoso Controle
Grupo Hipertenso Grupo Diabético P
Repouso
(F1)
2,87 ± 2,88 2,93 ± -2,69 3,93± 3,64 0,6810
Transição
(F2)
3,54 ± 2,81 4,29 ± 3,41 5,48 ± 5,29 0,3458
Sentado
(F3)
3,06 ± 2,45 4,03 ± 3,38 3,99± 3,68 0,6034
P 0,7638 0,3510 0,6810
Não houve diferença significativa para cada fase e intergrupos.
49
Figura 9: BoxPlot parâmetro Razão Simpática e Parassimpática do Grupo idoso controle fase F1(supina), F2(transição),F3(sentado),grupo Hipertenso fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado) e grupo diabético fase F1(supina), F2(transição), F3(sentado)
50
5 DISCUSSÃO
No que se refere ao processo fisiológico de envelhecimento, alguns
autores (35,14, 62,16) constataram que o aumento da idade ocorreu diminuição da
VFC, em repouso entretanto, um outro estudo (18) com homens entre 20 e 97 anos,
referiu a diminuição da capacidade aeróbica nesta população, e não o
envelhecimento por si só, pode ser o responsável pelo declínio da VFC, haja visto
vários trabalhos científicos (73, 74), reportaram que a VFC aumenta com a melhora
da capacidade aeróbica.
Os resultados da pesquisa mostram a diminuição da variabilidade da
freqüência cardíaca dos idosos estudados em ambos os grupos evidenciando que a
patologia hipertensão arterial e diabetes melitos não foram fatores de interferência
da VFC, confirmando estudo de (69, 70) que relatam a presença de HVE ou DM2
não influenciaram significativamente a V-RR sendo divergente aos estudos (76, 77,
78) que verificaram a participação do aumento da atividade do sistema nervoso
simpático na hipertensão arterial e diabetes melitos (4) em decorrência do processo
de envelhecimento, onde ocorrem alterações estruturais vasculares,
especificamente, a diminuição na complacência vascular da aorta e dos grandes
vasos, aumenta a síntese do colágeno e diminui a síntese de elastina, levando ao
enrijecimento dos vasos.
Na HAS, este processo ocorre prematuramente. Como resultado direto
das alterações mecanoelásticas da parede dos vasos, ocorre menor distensibilidade
e conseqüentemente menor estiramento dos pressorreceptores levando à menor
sensibilidade do barorreflexo, culminando em menor atividade simpatoinibitória do
barorreflexo, (79) e no diabetes melitos, o comprometimento autonômico é
complicação freqüente, que acomete ambos os ramos do SNA, manifestando-se,
entre outras formas, pela diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca, a qual
está associada com aumento da mortalidade. (6)
Ao analisar a mudança postural da posição decúbito dorsal para
sentado o estudo verificou diminuição da variabilidade cardíaca intragrupo idosos
tanto no grupo idoso controle, hipertenso e diabético, no entanto não houve
mudanças significativas na VFC intergrupos estudados em decorrência das
51
alterações das variáveis cardiovasculares devido a desvios hidrostáticos e respostas
reflexas causadas pelo movimento sanguíneo das extremidades superiores para as
inferiores, redução do volume sistólico, aumento da freqüência cardíaca para manter
a pressão arterial e o débito cardíaco, ativação dos receptores arteriais e
cardiopulmonares, com diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca pela
menor ativação do vago sobre o nodo sinusal sendo verificado este dado no estudo
de (80) sendo divergentes dos resultados encontrados na análise dos índices
temporais onde não demonstraram diferença significativa em relação a mudança
postural. (13)
Ao analisar a VFC no domínio do tempo verifica-se que nos grupos
estudados intragrupo houve no parâmetro SDNN menor que 50ms que sinaliza alto
risco cardíaco conferindo com dados (4) em relação aos parâmetros RMSSD,
PNN50% estudados não houve diferença significativa.com predomínio de depressão
vagal concordando com estudos (82) que verificaram presença vagal na condição de
repouso.
52
6 CONCLUSÃO
Conclui-se que o fator que evidenciou a redução da VFC está
relacionado ao mecanismo de envelhecimento e ao estilo de vida. Estudos futuros
são necessários para melhor investigar a influência dos fatores de risco na
variabilidade da freqüência cardíaca em idosos. Sendo assim este estudo verificou
que a redução da VFC nos grupos estudados foi devido ao estilo de vida sedentário,
ao processo de envelhecimento não possuindo correlação com os fatores de risco
estudados Hipertensão arterial e diabetes melitos.
Ao analisar a VFC no domínio do tempo o estudo mostrou que a
amostragem estudada apresenta alto risco cardíaco ao analisar o parâmetro SDNN,
com predominância da depressão vagal ao avaliar o parâmetro RMSSD e maior
porcentagem de depressão vagal ao analisar o item PNN50%.
Pode-se considerar que no domínio da freqüência ocorreu
predominância simpática com o parâmetro razão >1.
A mudança postural alterou a variabilidade da freqüência cardíaca
desses idosos tanto no grupo idoso controle, hipertenso e diabético, no entanto, não
houve mudanças significativas na VFC intergrupos estudados.
Salienta-se a importância de implementar medidas de promoção e
prevenção a Saúde do idoso para evitar doenças cardiovasculares, bem como
estudos futuros para buscar a influência dos fatores de risco na variabilidade da
freqüência cardíaca em idosos.
53
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J. N. Effect of exercise training on heart rate variability in healthy older adults. American Heart Journal, v.138, p.567-576, 1999.
76- WYSS, J. M. The role of the sympathetic nervous system in hypertension. Curr Opin Nephrol Hypertens 1993; 2:265-73.
77- PANZA, J.; EPSTEIN, S. E.; QUYYUMI, A. A. Circadian variation in vascular tone and its relation to alpha-sympathetic vasoconstrictor activity. N Engl J
Méd 1991; 325: 986-90.
78- ANDERSON, E. A.; SINKEY, C. A.; LAWTON, W. J.; MARK, A. L. Elevated sympathetic nerve activity in borderline hypertensive humans. Evidence from
direct intraneural recordings. Hypertension 1983; 5:86-99.
63
79- SAFAR, M. E. Systolic hypertension the elderly: arterial mechanicl properties and the renin-angiotensin-aldosterone system. J Hypertens
2005;23:673-81
80- PAGINI,P;MALFATTO, C.; PIERINI, S.;. CASATI, R.; MASU, A. M.; POLI, M.;,
CUZZATI, S.; LOMBARDI, F.; CERUTTI, S.; MALLANI, A. Spectral analysis of heart rate variability in the assessment of autonomic diabetic neuropathy. J.
Auton Nerv Syst 1988; 23(2):143-53.
81- FREEMAN, R.; SAUL, J. P.; ROBERTS, M. S.; REMER, R. D.; RMADHRIDGE,
G.; COHEN, R. J. Spectral analysis of heart rate in diabetic neuropathy. Arch
Neurol 1991; 48: 185-190.
82-ROSENWINKEL,E.T. et al. Exercise and autonomic function in health and cardiovascular disease. Cardiol Clin.2001; 19( 3):369-387.
83- EWING, D. J.; MARTYN, C. N.; YOUNG, R. J.; CLARKE, B. F. The value of cardiovascular autonomic function tests: 10 years experience in diabetes. Diabetes Care 1985; 8:491-98.
64
ANEXO A
SOLICITAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DO PSF
Prezado Sr(a). Secretário(a) de Saúde
Solicito a autorização para utilizar o espaço físico do PSF, para o
desenvolvimento da pesquisa referente ao Mestrado de Bioengenharia.
O estudo tem por tema:
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS.
Salienta-se que utilizarei o equipamento de Polar para aquisição de
sinais em indivíduos idosos a partir de Novembro de 2007.
Antecipadamente agradeço.
__________________________
Mestranda Ariane H. M. Pletsch
65
ANEXO B
CONSENTIMENTO PARA UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DO PSF (Programa
Saúde da Família).
Eu, .................................., RG ........................ dou pleno consentimento para Ariane
H. M. Pletsch, a coletar dados com o instrumento Polar para sua dissertação de
mestrado, no espaço físico do PSF que está localizado nesta cidade.
............................., ___ de __________ de 2007.
_____________________________
Secretário Municipal de Saúde de ____________
RG:
66
ANEXO C
PREZADA SR( A) VOLUNTÁRIA
Convido a participar da coleta de dados para fins acadêmicos da
pesquisa:
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS.
Saliento que será garantido o anonimato de sua participação.
Na certeza que as suas características anatomofisiológicas se
enquadram aos requisitos determinados nesta pesquisa, agradecemos de antemão
o seu aceite.
__________________________
Orientanda: Ariane H. M.Pletsch.
_______________________________________
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Alexis Lazo Osório
___________________________________________
Orientador:Nelson José Freitas da Silveira
67
ANEXO D
Eu, ______________________________________________, declaro ter sido
informado sobre a pesquisa :
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS.
Inclusive sua importância, justificativa, objetivos, metodologia e
procedimentos para coleta de dados, estando assim esclarecido das implicações de
minha participação nele como sujeito da pesquisa.
Declaro ainda que minha participação na pesquisa e minha assinatura
neste documento são de livre e espontânea vontade, estando ciente de que os
resultados da pesquisa poderão ser divulgados e utilizados em estudos e
publicações futuras.
Ficam-me assegurados os seguintes direitos: liberdade para
interromper em qualquer fase da pesquisa no momento em que julgar necessário,
anonimato de minha identidade e o conhecimento dos resultados obtidos quando
por mim solicitado. Declaro também ter recebido todos esses esclarecimentos por
escrito, junto com este termo de consentimento.
Juara-MT, __ de __________________ de 2007.
Nome: ______________________________________
Assinatura: ___________________________________
Classificação das Condições Físicas (F) da American Socity of
Anestesiologists
68
Segundo HOFFER, 1997.
Paciente saudável normal, ausente de distúrbio fisiológico,
psicológico, bioquímico ou orgânico.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO:
NOME DO VOLUNTÁRIO:_________________________________
ENDEREÇO:____________________________________________
TELEFONE PARA CONTATO:______________________________
CIDADE:_______________________________________________
1-Título:
ESTUDO COMPARATIVO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA
CARDÍACA EM REPOUSO DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS
2-Objetivo:
Estudar o comportamento do SNA através da análise quantitativa da
variabilidade da freqüência cardíaca em idosos pelo Polar.
3-Justificativa:
Espera-se uma mudança no comportamento autonômico em repouso
de idosos diabéticos, hipertensos e saudáveis.
4-Procedimento experimental:
Serão avaliados 600 indivíduos do sexo masculino e feminino, com
idade variando entre 60 e 85 anos, usuários do Sistema único de Saúde de quatro
PSF de quatro municípios (Juara, Novo Horizonte do Norte, Tabaporã e Porto dos
69
Gaúchos) no estado do Mato Grosso que constitui a região denominada Vale do
Arinos.
5-Desconforto ou riscos esperados:
O voluntário estará na posição sentada e decúbito dorsal podendo
sentir vertige.
6-Informações:
Os voluntários têm garantia de que receberão respostas a qualquer
pergunta ou esclarecimento de dúvida quanto aos procedimentos, riscos, benefícios
e outros assuntos relacionados à pesquisa em questão. O pesquisador assume o
compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda
que esta possa afetar a vontade do indivíduo em continuar participando.
7-Retirada do consentimento:
Os voluntários têm a liberdade de retirar seu consentimento a
qualquer momento e deixar de participar do estudo.
8-Aspectos legais:
Estudos de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de
pesquisa envolvendo seres humanos atendendo a Resolução 196, de 10 de outubro
de 1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde-Brasília-DF.
9-Garantia de sigilo:
70
O pesquisador assegura a privacidade dos voluntários quanto aos
dados confidenciais envolvidos na pesquisa.
10-Formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa:
Não serão ressarcidas despesas com eventuais deslocamentos.
11-Local e tempo da pesquisa:
A coleta de dados será no espaço físico dos PSF, no período do mês
de Novembro de 2007, ou após aprovação do CEP. Os indivíduos voluntários serão
orientados antecipadamente a não ingerir substâncias com derivados de cafeína,
também deverão utilizar roupas leves e tênis.
12-Telefone do pesquisador responsável:
Ariane H. Mansano Pletsch (66)9902-2004 ou (66)3556-5637.
71
ANEXO E
FICHA DE AVALIAÇÃO DO PACIENTE
I – Identificação do Voluntário
Nome:
Idade:
Sexo:
Cor:
Médico responsável:
II – Dados Clínicos
Medicamentos:
Diagnóstico clínico:
III – Exame Físico
Dados Vitais: FC:
Glicemia:
Colesteral:
Hemograma:
Peso:
Estatura:
IMC:
CC:
Paciente sentado:
PA antes:
PA durante:
PA término:
Paciente decúbito dorsal:
PA antes: