estado da arte das pesquisas em mudanças climáticas no ... · 03/01/2007 · no norte do estado...
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Estado da Arte das Pesquisas em Mudanças Climáticas no Estado
do Paraná
Johnny Flores de França
Curitiba
Março 2010
2
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas............................................................... 12
Figura 2 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado do Paraná............................ 13
Figura 3 – Tipos de Pesquisas Diretas no Paraná ............................................................... 14
Figura 4 – Pesquisas do eixo Mitigação - Subtemas............................................................ 14
Figura 5- Pesquisas em Adaptação ..................................................................................... 15
3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................10
MATERIAIS E METODOS............................................................................................11
RESULTADOS..........................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16
1 - PESQUISAS DIRETAS........................................................................................17
1.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS ..................................................................................... 17 1.1.1 Estudo do impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade - estudo de caso:
subsistema sul-sudeste brasileiro - IMC- hi.....................................................................................1 1.1.2 SIMCAFE - Simulação dos impactos das mudanças climáticas globais sobre os setores de
agropecuária, floresta e energia. ...................................................................................................18 1.1.3 Simulação de cenários agrícolas futuros a partir das projeções das mudanças climáticas
globais............................................................................................................................................20
1.2 ADAPTAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO ...................................... 21 1.2.1 Cenários agrícolas futuros para essências florestais.............................................................1 1.2.2 Cultivo consorciado de café: uma alternativa para reduzir os efeitos do aquecimento
global. ..............................................................................................................................................1 1.2.3 Mitigação dos efeitos do aquecimento global por sistemas agroflorestais. .........................23
1.3 ADAPTAÇÃO – SAÚDE............................................................................................ 24 1.3.1 Mudanças climáticas / aquecimento global e saúde / dengue: interações, evolução e
dinâmica na região sul do Brasil......................................................................................................1 1.3.2 Potencial de propagação do Aedes Aegypti no estado do Paraná sob cenários de
Mudanças Climáticas.....................................................................................................................25
1.4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS ....................................................................................... 27 1.4.1 Evolução climática do Estado do Paraná: 1970 - 1999. ........................................................1 1.4.2 Mudanças climáticas regionais observadas no estado do Paraná. .....................................29
1.5 EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL.................................................. 30 1.5.1 - Earthwatch...........................................................................................................................1 1.5.2 Restauração da floresta com araucária no Parque Estadual de Campinhos. .....................31
1.6 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO DE EMISSÕES ........................................................... 33 1.6.1 Pegada de Carbono de Prédios de Apartamentos para Classe A e B. .................................1 1.6.2 CAZA - Carbono Zero na Academia.....................................................................................34 1.6.3 Estudo Comparado de Dois Tipos de Casas Populares no Brasil e sua Contribuição para a
Mitigação dos Efeitos das Mudanças Climáticas Globais. ..............................................................1 1.6.4 Elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa da COPEL. .......................................36
4
1.6.5 - Inventário das Emissões para Municípios – dentro do Programa 2020 Emissões
Controladas. ..................................................................................................................................37
1.7 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO FLORESTAL............................................................... 38 1.7.1 Conbio ....................................................................................................................................1 1.7.2 Metodologia para detecção da elegibilidade (linha de base) e monitoramento de projetos
de MDL florestal.............................................................................................................................39 1.7.3 O estoque potencial de carbono nos produtos florestais madeiráveis no Brasil. ..................1 1.7.4 Implantação de florestas geradoras de créditos de carbono: estudo de viabilidade no sul do
Estado do Paraná, Brasil. ..............................................................................................................42 1.7.5 Crescimento e Biomassa de Espécies Arbóreas Nativas da Floresta Estacional em
Reflorestamentos, no Norte do Paraná, Brasil. .............................................................................44 1.7.6 Carbono na biomassa e na respiração do solo em plantio comercial de seringueiras no
Paraná. ..........................................................................................................................................46 1.7.7 Estrutura de fixação atômica de Carbono em povoamentos florestais de Bracatinga
(Mimosa scabrella Bentham). ........................................................................................................48 1.7.8 Fixação de carbono em sistema agroflorestal de cafeeiro e bracatinga..............................50 1.7.9 Planejamento de uma empresa florestal considerando a manutenção do estoque de
carbono. .........................................................................................................................................52
1.8 MITIGAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO......................................... 55 1.8.1 Estimação da contribuição das raízes de culturas e adubos verdes no aporte de carbono
do solo. ............................................................................................................................................1 1.8.2 Implantação e manejo de florestas em pequenas propriedades no Estado do Paraná: um
modelo para a conservação ambiental, com inclusão social e viabilidade econômica. ...............57 1.8.3 Caracterização microclimáticas e ecofisiológica de cafezais sob diferentes níveis de
sombreamento...............................................................................................................................59 1.8.4 Projeto restauração da mata atlântica..................................................................................60 1.8.4 Desmatamento evitado.........................................................................................................61 1.8.5 Caracterização de ácidos húmicos em solos sob diferentes manejos tendo em vista o
sequestro de carbono. .....................................................................................................................1 1.8.6 Sequestro de carbono, atributos físicos e químicos em diferentes sistemas de manejo em
um latossolo argiloso do sul do Brasil. ............................................................................................1 1.8.7 Projeto piloto de reflorestamento em Antonina. ...................................................................66 1.8.8 Estimativa do potencial de neutralização de dióxido de carbono no programa vivat
neutracarbo em tijucas do sul, Agudos do Sul e São José dos Pinhais, PR. ...............................67 1.8.9 Carbon sequestration in an agroforestry system of coffee and Mimosa scabrella
(bracatinga) in southern Brazil.......................................................................................................69 1.8.10 Avaliação do impacto ambiental, social e econômico da recomposição florestal no
município de Bandeirantes. ...........................................................................................................70
5
1.8.11 Estimativa de Seqüestro de Carbono da Biomassa Aérea como Indicador de
Sustentabilidade em Decorrência da Adequação da Área de Preservação Permanente na Sub-
Bacia do Rio Pequeno (Antonina - PR). ........................................................................................72 1.8.12 Contribuição à aquisição de dados essenciais para avaliação global do sequestro de
carbono no solo. ............................................................................................................................74 1.8.13 - “Cortina Verde” em estações de tratamento de esgoto. ..................................................75
1.9 MITIGAÇÃO – ENERGIA RENOVÁVEL ................................................................... 76 1.9.1 - Aproveitamento energético do biogás gerado em estação de tratamento de esgoto. ......76
1.10 MITIGAÇÃO – CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS ................................................ 77 1.10.1 - Construções Sustentáveis..................................................................................................1 1.10.2 Diretrizes da Arquitetura e da Construção Sustentável para Campi Universitários: Estudo
de caso do Campus Curitiba/Ecoville da UTFPR..........................................................................78
1.11 POLÍTICA ................................................................................................................ 79 1.11.1 Estratégias de mitigação e compensação das emissões de CO2 na mobilidade urbana:
uma análise da produção científica internacional. ..........................................................................1 1.11.2 Sequestro de carbono e a viabilização de novos reflorestamentos no Brasil....................81 1.11.3 Sequestro Florestal de Carbono no Brasil - Dimensões Política, Socioeconômicas e
Ambientais. ....................................................................................................................................83 1.11.4 - Análise do mercado de créditos de carbono e viabilidade econômica de florestamentos
e reflorestamentos para sequestro de carbono...............................................................................1 1.11.5 A utilização de créditos de carbono no Brasil: uma visão econômica e financeira............86 1.11.6 - Sustentabilidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)...............................87 1.11.7 Análise crítica dos mecanismos e instrumentos existentes e propostos no mercado de
carbono para obtenção de RCE (Redução Certificada de Emissões). .........................................89 1.11.9 Projetos de MDL em aterros sanitários no Brasil: alternativa para o desenvolvimento
sustentável.....................................................................................................................................92 1.11.10 Da função ambiental do contrato de implementação de um projeto de MDL no Brasil. ..94
2 - PESQUISAS INDIRETAS...................................................................................95
2.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS ..................................................................................... 95 2.1.1 Clima Urbano / conforto térmico e condições de vida na cidade: uma perspectiva a partir
do aglomerado urbano da Região Metropolitana de Curitiba..........................................................1 2.1.2 Impactos de inundações em áreas urbanas: o caso de Francisco Beltrão - Paraná...........97 2.1.3 Inundações Urbanas em Curitiba: impactos, riscos e vulnerabilidade sócioambiental no
bairro Cajuru. .................................................................................................................................99 2.1.4 Inundação urbana de maio de 2007 no Rio Iguaçu: análise sinótica e de mesoescala. ...101 2.1.15 Impacto Da Concentração Do Dióxido De Carbono Tmosférico No Gelo Marinho Antártico
6
.....................................................................................................................................................102 2.1.16 Interannual Climate Variability In South America: Impacts On Seasonal Precipitation,
Extreme Events And Possible Effects Of Climate Change. ........................................................103 2.1.17 Avaliação Do Impacto Das Mudanças Climáticas Na Hidroeletricidade ..........................104 2.1.18 Mudanças Climáticas No Sul Do Brasil: Possível Influência Na Produção De Espécies
Frutíferas De Clima Temperado ..................................................................................................105 2.1.19 Mudanças Climáticas Globais E O Melhoramento Genético Florestal ............................106
2.2 ADAPTAÇÃO – SAÚDE.......................................................................................... 110 2.2.1 Dengue: uma análise climato-geográfica de sua manifestação no estado do Paraná (1993-
2003)................................................................................................................................................1
2.3 ADAPTAÇÃO – VULNERABILIDADE .................................................................... 112 2.3.1 Utilização de dados de temperatura de superfície, precipitação e umidade para a
identificação e monitoramento de incêndios em tempo quase real. ...............................................1 2.3.2 Avaliação temporal de focos de calor no estado do Paraná (1999 a 2006). .....................113 2.3.3 Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Curitiba. ...............................114 2.3.4 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia hidrográfica do Rio
Belém - Município de Curitiba – PR. ...........................................................................................115
2.4 CLIMA ..................................................................................................................... 116 2.4.1 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia hidrográfica do Rio
Belém - Município de Curitiba – PR. ...............................................................................................1 2.4.2 Simulação da energia potencial convectiva disponível (cape) utilizando o modelo
atmosférico WRF (weather research and forecasting). ...............................................................118 2.4.4 Análise sinótica de eventos máximos de precipitação na cidade de Londrina. .................120 2.4.5 Caracterização do ritmo climático do sul do Brasil e seus possíveis desvios, com enfoque
no norte do estado do Paraná. ....................................................................................................121 2.4.6 Climatologia da precipitação no estado do Paraná............................................................122 2.4.7 Projeto ventar. ....................................................................................................................123 2.4.8 Estudo do microclima da cidade de Maringá – PR. ...........................................................124 2.4.9 Estudo das temperaturas do ar no Estado do Paraná. ......................................................126 2.4.10 Estimativa da precipitação provável para o estado do Paraná. .......................................128 2.4.11 Variabilidade da precipitação pluviométrica na Bacia Hidrográfica do Ivaí - Paraná.......130 2.4.12 Mapa Eólico do Paraná ....................................................................................................131 2.4.13 Estudo dos Períodos Extremos de Precipitação e Estiagem no Estado do Paraná........132 2.4.14 Estudo das temperaturas mínimas e máximas no estado do Paraná..............................133 2.4.15 Avaliação de modelos probabilísticos para o ajuste de dados de vento para a Região dos
Campos Gerais no Paraná. .........................................................................................................134 2.4.16 A Diversidade E Abundância De Peixes Em Zonas Rasas Estuarinas Como Indicadores
7
Sensíveis A Parâmetros Climáticos Regionais E Globais: Os Estuários Do Rio Grande Do Sul
Como Um Estudo De Caso. ........................................................................................................135 2.4.17 Climate Change And Interannual Variability Of Precipitation In South America ..............137 2.4.18 Harmonic Analysis Of Temperature Over Antarctica: Present Day Climate And
Greenhouse Warming Perspective..............................................................................................138 2.4.19 Urban Climate Risks.........................................................................................................140 2.4.20 RELAÇÕES ENTRE AS FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS DE CHUVA NA
BACIA DO PARANÁ (E NA AMÉRICA DO SUL) E A VARIABILIDADE INTERANUAL
ASSOCIADA A EPISÓDIOS EL NIÑO E LA NIÑA: CLIMA PRESENTE E PROJEÇÕES DE
CLIMA FUTURO..........................................................................................................................141 2.4.21 Variabilidade Climática Interdecadal No Clima Presente E No Clima Futuro Da América
Do Sul ..........................................................................................................................................142 2.4.22 Ilhas De Calor Em Ambiente Urbano – Uma Definição Para O Clima De Paranavaí-Pr.143 2.4.23 Boletim De Avaliação E Monitoramento Climático Em Paranavaí Através De Dados
Obtidos Na Estação Meteorológica Da Fafipa ............................................................................144 2.4.24 Variabilidade Climatica No Brasil E Cone Sul: Estudos Observacionais, Aplicacoes,
Mecanismos Dinamicos E Teleconexoes....................................................................................145 2.4.25 Variações Climáticas Na América Do Sul: Características, Mecanismos E Previsibilidade
.....................................................................................................................................................146 2.4.26 Ritimo Clímático Entre Os Anos De 1998 E 2007 No Município De Londrina – Pr .........147 2.4.27 Urbanizacao Regional E Mudancas Climaticas Globais: Impactos, Riscos E
Vulnerabilidades Socioambientais No Sul Do Brasil ...................................................................148 2.4.28 Aquecimento Global E Suas Manifestações Regionais E Locais ....................................149 2.4.29 Aquecimento Global E Saúde: Uma Perspectiva Geográfica – Notas Introdutórias .......150 2.4.30 Aquecimento Global E Possíveis Mudanças Climáticas Locais: O Caso De Irati. ..........151
2.5 MITIGAÇÃO – ENERGIA ALTERNATIVA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .............. 153 2.5.1 Viabilidade do uso do Biogás da bovinocultura e suinocultura para geração de energia
elétrica e irrigação em propriedades rurais. ....................................................................................1 2.5.2 Gestão Ambiental de Resíduos da Suinocultura e Produção de Energia Elétrica. ...........155 2.5.3 Biodigestores no Tratamento de Resíduos de Eqüinos e Produção de Energia Elétrica..156 2.5.4 Produção de etanol por hidrolise enzimática da biomassa da cana-de-açúcar – bioetanol.
.....................................................................................................................................................157 2.5.5 Geração própria de energia elétrica com aproveitamento de biogás. ...............................158 2.5.6 Projeto Energia Solar. ........................................................................................................160 2.5.7 Usina Eólica de Palmas..........................................................................................................1 2.5.8 Levantamento da oferta de biomassa de origem florestal para a geração da região
metropolitana de Curitiba e entorno. ...........................................................................................163 2.5.9 Geração de energia elétrica utilizando biomassa. .............................................................164
8
2.5.10 Potencial de produção de energia elétrica com aproveitamento de biogás da degradação
anaeróbia do lixo municipal de Santa Helena – PR. ...................................................................165 2.5.11 Análise da viabilidade da geração de energia elétrica com biogás da bovinocultura de
leite numa propriedade rural........................................................................................................167 2.5.12 Veículo Elétrico.................................................................................................................170 2.5.13 Avaliação de conjuntos de motores de combustão interna a biogás acoplados a gerador
de eletricidade em propriedades rurais. ......................................................................................172
2.6 MITIGAÇÃO- REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO ........................................ 173 2.6.1 Estimativa de biomassa e carbono em floresta ombrófila mista e plantações florestais a
partir de dados de imagens do satélite Ikonos ii. ............................................................................1 2.6.2 Efeitos da mudança de cobertura vegetal de uma área com Bracatinga (mimosa scabrella
benth.) sobre a temperatura e o albedo. .....................................................................................175 2.6.3 Florestas energéticas. ........................................................................................................177 2.6.4 Recomposição florística da mata ciliar do Rio Canguiri e revegetação das margens da
represa do Iraí. ............................................................................................................................179
2.7 POLÍTICA................................................................................................................ 180 2.7.1 O Direito Ambiental e o mundo em mudanças: considerações sobre a produção de
biocombustíveis no Brasil. ...............................................................................................................1 2.7.2 Metodologia para a determinação da eficientização energética elétrica e determinação dos
potenciais de conservação dos usos finais na Universidade Estadual de Maringá campus de
Umuarama. ..................................................................................................................................182
ANEXO - PROCESSOS ................................................................................................ 183 1. Uso de dejetos de suínos com biodigestor de fluxo tubular em sistema integrado. ...................1 2. Simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de dados diários de
Vento, visando o levantamento do potencial eólico na região dos Campos Gerais. ..................185 3. Obtenção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais por processo de pirólise catalítica
(craqueamento). ..........................................................................................................................187 4. Uso de biomassa como energia limpa e matéria-prima renovável. ........................................188 5. Produção de gás de síntese por gaseificação de bio-óleo obtido por pirólise rápida usando
diferentes tipos de biomassa.......................................................................................................189 6. Elaboração e Avaliação de um Sistema de Absorção de CO2 Contido no Biogás. ................190 7. Simulação de sistemas de aquecimento solar com materiais em mudança de fase (mmf)
adaptados de resíduos pesados do refino do petróleo sob condições transitórias de insolação e
demanda. .....................................................................................................................................191 8. Implantação do PROBIODIESEL. ...........................................................................................192 9. Uso da biomassa como fonte alternativa de energia no setor agro-industrial da região de
Cascavel. .....................................................................................................................................193
9
10. Modelo de captação de biogás para geração de renda e minimização do impacto ambiental
na suinocultura. ...........................................................................................................................194 11. Produção de biodiesel via transesterificação de óleo de soja utilizando métodos químicos e
enzimáticos. .................................................................................................................................195 12. Análise de Viabilidade de Cultivos Florestais para Fins de Produção de Energia Elétrica. .197 13. Avaliação de Sustentabilidade Aplicada ao Biodiesel...........................................................198 14. Análise do desempenho de misturas ternárias de combustíveis contendo óleo vegetal,
biodiesel e etanol em um motor de ignição por compressão. .....................................................199
10
INTRODUÇÃO
Apesar do tema sobre mudanças climáticas estar na ordem do dia, principalmente
após a publicação do ultimo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas / IPCC, em 2007, informações sobre a mudança do clima no nível local e
tecnologias de mitigação e ações de adaptação ainda são muito pouco conhecidas. Ou seja,
há, sem dúvida, necessidade de desenvolvimento de muito mais pesquisas para ser
possível um maior conhecimento dos impactos locais e proposição de medidas de mitigação
e enfrentamento.
O IPCC (2007) relata que há uma lacuna de conhecimento científico, na América
Latina, sobre a observação dos fenômenos relativos à variação climática, bem como de
seus possíveis impactos nos biomas, ecossistemas, recursos hídricos, regime de chuvas, na
economia e na sociedade, tanto em escala regional, como local, e que a ausência deste
conhecimento pode comprometer a eficácia dos esforços implementados para a mitigação e
adaptação à mudança do clima.
Devido à falta de informação sobre os fenômenos decorrentes das mudanças
climáticas, o Conselho Nacional do Meio Ambiente / CONAMA, em seu relatório da Câmara
Temática de Economia e Meio ambiente – Grupo de Trabalho Impactos das Mudanças
Climáticas no Brasil e o Papel do CONAMA na Adoção e Medidas de Adaptação, propôs,
que “os órgãos públicos de fomento à pesquisa científica, incentivem ao máximo a
realização de trabalhos científicos nas áreas referentes ao estudo da mudança global do
clima e no desenvolvimento de tecnologias de mitigação e adaptação, bem como
considerem a importância de se aumentar o número de bolsistas pesquisadores nos temas
relacionados à minimização dos impactos e redução das vulnerabilidades aos efeitos
adversos da mudança do clima no Brasil”.
O Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais prevê, no artigo 11 de seu
Regimento Interno, a criação de uma Câmara Temática de Pesquisa em Mudanças
Climáticas, para a qual estabelece que deverá ser composta por pesquisadores que
realizam trabalho sobre o tema, no Estado do Paraná. Um dos objetivos desta câmara é
desenvolver uma política pública que apóie a pesquisa sobre mudanças climáticas. Para
tanto, se faz necessário conhecer a produção científica relacionada ao tema, bem como os
pesquisadores e instituições que atuam na área.
O presente estudo teve como principal objetivo levantar e conhecer o estado da arte das
pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado, identificar as lacunas que necessitam de
maior aprofundamento e em particular, de um apoio público específico. As lacunas indicam
11
a necessidade do estabelecimento de uma estratégia para induzir um maior número de
pesquisa sobre elas que pode se dar através de um edital que priorizasse áreas que o setor
privado dificilmente adentraria, como é o caso das pesquisas básicas sobre a mudança do
clima e sobre adaptação aos impactos.
MATERIAIS E METODOS
Fontes de Pesquisa
O levantamento se deu através de busca de pesquisas no banco de dados das
Universidades, no banco de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível
Superior/CAPES, pesquisa no portal Google Acadêmico e envio de oficio as Universidades,
solicitando os resumos das pesquisas. O critério de pesquisa foi baseado nas palavras-
chave: mudanças climáticas, mitigação, adaptação, aquecimento global, seqüestro de
carbono, mudanças do uso do solo, impactos das mudanças climáticas, aquecimento global,
meteorologia, eficiência energética, energia alternativa, energia limpa, biogás,
biocombustível, agro-combustível, biodiesel, co-geração, biomassa, inventário de emissões,
GEE, inventário corporativo, GHG Protocol, reflorestamento, carbono florestal, reserva legal,
mata ciliar, aterros sanitários, efluentes, transporte público, processos industriais, créditos
de carbono, MDL, CER, vulnerabilidade climática, extremos climáticos, aumento do nível do
mar, saúde e mudanças climáticas, dengue, recursos hídricos e mudanças climáticas,
mapeamento de vulnerabilidade, vulnerabilidade de regiões costeiras, eventos climáticos,
ciclone, Catarina, ressacas e clima.
Foram consultadas as universidades estaduais e instituições de pesquisa do sistema
SETI (UEL, UEM, UPG, UNICENTRO, UNIOESTE, FAFIPAR, FAFIPA, IAPAR, TECPAR,
SIMEPAR), da SEPL (IPARDES), as universidades e instituições de pesquisa federais
(UFPR, UFTPR e EMBRAPA); as universidades particulares (PUCPR, TUIUTI e POSITIVO)
e outras instituições como COPEL, LACTEC, SANEPAR e ONG’s.
Critérios de Classificação
Para fins de melhor caracterização das pesquisas levantadas, estas foram classificadas,
primeiramente, em diretas e indiretas. As diretas são as pesquisas que tem objetivo de
estudar algo diretamente relacionado às mudanças do clima e essa intenção esta explicita
no texto. Já as indiretas, são as que estudam uma tecnologia ou um aspecto que pode ser
relacionada às mudanças climáticas, mas que não é explicitada na pesquisa em si a
12
correlação.
Os trabalhos destes dois grandes grupos foram, por sua vez, classificados de acordo
com os três grandes eixos do IPCC, mitigação, adaptação, mudança do clima.
Tabulação dos dados e analise estatística
A fim de verificar a quantidade de pesquisas em cada grupo elaborou-se uma planilha
do programa Microsoft Excel para Windows contendo, o titulo da pesquisa, o nome do
pesquisador, a instituição responsável, local de realização e o status da pesquisa. Os dados
foram tabulados e aplicou-se a ferramenta estatística de freqüência, com objetivo de
verificar áreas de maior demanda de pesquisa e temas que necessitam de maior
aprofundamento, bem como regiões/instituições que realizam estudos com maior
freqüência.
RESULTADOS
Ao final do levantamento obteve-se um total de 149 pesquisas, das quais 91
são diretas e 58 indiretas. Das 91 diretas, 67 estavam concluídas e apenas 24
estavam em fase de elaboração (Figura 1).
0
20
40
60
80
100
Pesquisas em Mudanças Climáticas
Diretas
Indiretas
Diretas 91 67 24
Indiretas 58 48 10
Total Concluídos Em andamento
Figura 1 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas
Para as pesquisas que estudam aspectos relacionados ao território
paranaense obteve-se um total de 94 trabalhos, dos quais classificou-se 52 como
diretas e 42 como indiretas(Figura 2).
13
0
20
40
60
Pesquisas em Mudanças Climáticas
No Paraná
Outros locais
No Paraná 52 42
Outros locais 39 16
Diretas Indiretas
Figura 2 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado do Paraná
Ao analisar as linhas de pesquisa dos projetos classificados como diretos no
estado do Paraná chegou-se ao numero de 32, 10, 6 e 3 para os temas Mitigação,
Adaptação, Clima e Educação Ambiental, respectivamente (Figura 3). Este quadro
provavelmente se deve ao fato de que um grande número de empresas vem
surgindo para explorar, exclusivamente, o mercado de tecnologias limpas, com
ênfase na mitigação das emissões de GEE (SMITH, 2001). E as principais iniciativas
do poder público dizem respeito às ações de mitigação e as questões do mercado
de carbono (FRANKE, 2008).
Observou-se que houve um numero pequeno de pesquisas nos eixos
Adaptação, Clima e Educação Ambiental, isto se deve, pois são ações de difícil
apropriação da iniciativa privada, uma vez que envolvem somente custo, IEDI (2009)
relata que o tema adaptação as mudanças climáticas é tratado de maneira marginal
pelas corporações, embora reconheçam que o Brasil possui vários pontos
vulneráveis.
14
0
5
10
15
20
25
30
35
Pesquisas em Mudanças Climáticas
Pesquisas em Mudanças Climáticas no Paraná
Adaptação
Clima
Educação
Mitigação
Figura 3 – Tipos de Pesquisas Diretas no Paraná
Investigou-se os sub-temas dentro de eixo mitigação e constatou-se que 12
tratam de reflorestamento e uso dos solo, 6 Inventário Florestal, 3 Inventário de
Emissões, 2 Construções Sustentáveis e apenas 1 de energia alternativa.
Observou-se que 66% das pesquisas abordam a questão florestal e uso do solo, fato
que reflete o perfil do Estado e que caracteriza o Paraná como um centro de
excelência em estudos florestais.
Pesquisas do eixo Mitigação
38%
28%
19%
6%9%
Reflorestamento e Uso do Solo
Inventário Florestal
Inventário de Emissões
Construções Sustentáveis
Energia Alternativa
Figura 4 – Pesquisas do eixo Mitigação - Subtemas
Para as pesquisas do eixo Adaptação, mapeou-se 3, 3, 2 nos temas saúde,
15
reflorestamento e uso do solo e impactos nos setores de energia, floresta e
agropecuária.
00,5
11,5
22,5
33,5
4
Pesquisas em Adaptação
Pesquisas em Adaptação
Saúde
Reflorestamento e Uso do Solo
Impactos
Figura 5- Pesquisas em Adaptação
Este levantamento dá idéia do estado da arte das pesquisas realizadas em
mudanças climáticas no Estado do Paraná, e permite subsidiar o lançamento de um
edital para incentivar e ampliar o número de pesquisas, atrair e direcionar novos
pesquisadores e instituições para as áreas mais carentes de pesquisa.
Dada a pertinência do tema de pesquisa a Secretaria de Ciência e Tecnologia
e Ensino Superior – SETI e o conteúdo estratégico do tema, o Edital será proposto à
Coordenação de Ensino Superior, à Fundação Araucária da SETI e à Coordenadoria
de Desenvolvimento Governamental da Secretaria de Planejamento / SEPL, para
apoio, encaminhamento e identificação de recursos.
16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Relatório Final do Grupo de Trabalho Impactos
das Mudanças Climáticas no Brasil e o Papel do Conama na adoção de Medidas de Adaptação.
Brasília 2008
FRANKE, Idésio Luis; Hackbart, Rolf. In: ENCONTRO NACIONAL DE ANPPAS, IV, 2008, Brasilia.
Mudanças Climáticas: Vulnerabilidades Socioeconômicas e Ambientais e Políticas Públicas
para a adaptação no Brasil.Brasília 2008.
IEDI – Instituto de Estudos para o desenvolvimento Industrial. Mudanças Climáticas: Desafios e
Oportunidades para um Novo Desenvolvimento. São Paulo. 2009.
IPCC – International Panel on Climate Change. www.ipcc.ch/officialdocuments. 2004
SMITH, M. T. Eco-innovation and market transformation. The Journal of Sustainable Product
Design, v. 1, n. 1, p. 19-26, 2001.
17
1 - PESQUISAS DIRETAS
1.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS
1.1.1 Estudo do impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade - estudo
de caso: subsistema sul-sudeste brasileiro - IMC- hi.
Nome do pesquisador: Eloy Kaviski, Cristovão Fernandes, Irani dos Santos, Heinz
Dieter Fill, Franciele Reynaud.
Nome do Orientador: Miriam Rita Moro Mine.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição de pesquisa: UFPR.
Situação do projeto: Projeto Novo.
Resumo/Abstract: O objetivo principal da pesquisa é investigar as mudanças na
energia firme das usinas hidrelétricas causadas pelas mudanças do clima global. O
estudo de caso será realizado na bacia hidrográfica do rio da Prata, no subsistema
hidrelétrico interligado sul-sudeste brasileiro. Como resultados esperados do projeto
IMC-HI têm-se a disseminação e estratégias de adaptação especialmente projetadas
para geração de energia elétrica, baseadas em cenários para o período 2010-2040.
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18
1.1.2 SIMCAFE - Simulação dos impactos das mudanças climáticas globais
sobre os setores de agropecuária, floresta e energia.
Nome do pesquisador: Rodrigo Tsukahara – Fundação ABC, Jorim Sousa das
Virgens Filho (Coordenador Institucional/UEPG).
Nome do orientador: Marcos S. Wrege - Embrapa Florestas.
Tipo de pesquisa: Aplicada.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: EMBRAPA.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Os limites dos fragmentos dos biomas atualmente existentes no
Estado do Paraná serão definidos geograficamente por meio de mapas de projeção
de sua distribuição e serão levantadas as características climáticas atuais dos
biomas, utilizando dados climáticos do IAPAR e do SIMEPAR, entre os quais:
temperatura, precipitação pluviométrica, vento, umidade relativa e radiação solar.
Serão definidas as exigências climáticas e os parâmetros fisiológicos das espécies-
chaves, relacionando estes dados com o bioma em que ocorrem. Em cada bioma,
será definida a ocorrência de eventos climáticos extremos e a relação destes
eventos com as espécies-chaves existentes. A escolha das espécies será feita com
base nos seguintes critérios: base de cadeia alimentar para a fauna; estágios
sucessionais das formações avaliadas; espécie dominante ou característica do
bioma; espécie ameaçada de extinção ou de ocorrência rara e as espécies de
variação na categoria ecológica (pioneiras; secundárias iniciais; secundárias tardias
e climáticas). As variáveis climáticas serão mapeadas em SIG, na escala 1:250.000,
com o uso de ferramentas de geoestatística e regressão linear múltipla e serão
sobrepostas às áreas de ocorrência natural dos principais fragmentos de biomas do
Estado (GALVÃO et al., 2002).
Definidos os fragmentos dos biomas, serão utilizados dados climáticos simulados
pelo modelo SEDAC_R (VIRGENS FILHO, 2001) para cenários futuros e serão
redefinidas as zonas de ocorrência dos biomas e das espécies-chaves, de acordo
com o impacto das mudanças climáticas sobre os biomas.
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Resultados esperados; mapas dos principais biomas do Paraná no estado atual,
independente do estado biológico, com as características climáticas atuais e mapas
dos biomas futuros para as espécies-chaves, gerados de acordo com os cenários do
IPCC para as alterações climáticas futuras.
20
1.1.3 Simulação de cenários agrícolas futuros a partir das projeções das
mudanças climáticas globais.
Nome do pesquisador: Giampaolo Q. Pellegrino.
Nome do orientador: Giampaolo Q. Pellegrino.
Tipo de pesquisa: Aplicada.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: EMBRAPA.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Avaliar e quantificar os impactos provocados pelas mudanças
climáticas globais sobre as principais culturas econômicas do Brasil, considerando
as projeções de cenários globais regionalizados, indicando diretrizes estratégicas
para a nova matriz produtiva.
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21
1.2 ADAPTAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO
1.2.1 Cenários agrícolas futuros para essências florestais.
Nome do pesquisador: Rosana Clara Victoria Higa.
Nome do orientador: Rosana Clara Victoria Higa.
Tipo de pesquisa: Aplicada.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: EMBRAPA.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Neste projeto busca-se a definição de cenários agrícolas futuros
para essências florestais a partir dos cenários regionalizados de mudanças
climáticas. Simulações serão feitas por meio da adaptação de novos modelos
matemáticos, ou aprimoramento dos modelos herdados do zoneamento de risco
climático para essências florestais.
Objetivos: Adaptar, testar e validar modelos de zoneamento para Pinus taeda.,
Eucalyptus sp., Mimosa scabrella (bracatinga), Acacia mearnsii (acácia negra),
Schyzolobium amazonicum (paricá), Araucaria angustifolia, Tectona grandis (teca) e
Hevea brasiliensis (seringueira) para as regiões produtoras brasileiras.
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22
1.2.2 Cultivo consorciado de café: uma alternativa para reduzir os efeitos do
aquecimento global.
Nome do pesquisador: H. Morais, A. C. Leal, P. H. Caramori, L. Grodzki, W. S. Ricce.
Nome do Orientador: H. Morais.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O cafeeiro arábica originou-se nos sub-bosques de florestas
localizadas em regiões elevadas da Etiópia e do Sudão e por isso não tolera
temperaturas altas. Assim, existe um forte indício que o aquecimento global possa
comprometer a cafeicultura brasileira, com redução da área de cultivo e perda de
competitividade no mercado mundial, caso se mantenha os padrões tecnológicos
atuais. O sistema consorciado com espécies arbustivas e arbóreas é uma alternativa
para reduzir o impacto do aquecimento global na cafeicultura, pois funciona como um
moderador dos extremos térmicos. Neste trabalho foram avaliadas na região Norte do
Paraná, as temperaturas no interior de plantações de café consorciadas com guandu
(Cajanus cajan), macadâmia (Macadamia integrifolia) e leucena (Leucaena spp),
monitoradas com estações meteorológicas automáticas nos sistemas agroflorestais e
em monocultivo. Os resultados mostraram que as temperaturas ao longo do dia são
significativamente mais amenas nos sistemas consorciados, com diferenças de até 8ºC
no consórcio com guandu e macadâmia, comparado com o monocultivo e 5ºC no
consórcio com leucena. Assim, o cultivo do cafeeiro em consórcio constitui excelente
alternativa para minimizar os impactos do aquecimento global e manter a
competitividade da cafeicultura brasileira.
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23
1.2.3 Mitigação dos efeitos do aquecimento global por sistemas agroflorestais.
Nome do pesquisador: Alex Carneiro Leal, Heverly Morais, Paulo Henrique Caramori
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Aumentos na temperatura média do ar, um consenso entre os
estudiosos das mudanças climáticas, provocarão alterações substanciais na agricultura
nos próximos anos. A distribuição geográfica da cafeicultura, uma das explorações
agrícolas de grande importância e tradição no Brasil, é muito dependente do clima,
particularmente da temperatura, por ser o cafeeiro arábica muito sensível às variações
deste parâmetro climático. Conforme simulações realizadas em cenários de aumentos
na temperatura média, a área apta para cultivo comercial de café no Paraná deve sofrer
redução com elevação de 3,0°C ou mais na temperatura média do ar. A inclusão de
árvores no agroecossistema café modifica o balanço de radiação e pode reduzir
substancialmente os danos causados pela ocorrência de eventos extremos de
temperatura. O objetivo deste estudo foi discutir o impacto da adoção de um sistema
agroflorestal de produção de café no Sul do Brasil na mitigação dos efeitos do
aquecimento global. As análise foram feitas a partir de dados de temperatura de folhas
de cafeeiros em sistemas de produção arborizados e a pleno sol. Conclui-se que a
adoção de tecnologias agroflorestais tem potencial para mitigar os efeitos do
aquecimento global na cafeicultura paranaense.
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24
1.3 ADAPTAÇÃO – SAÚDE
1.3.1 Mudanças climáticas / aquecimento global e saúde / dengue: interações,
evolução e dinâmica na região sul do Brasil.
Nome do pesquisador: Inês Moresco Danni Oliveira, Deise Fabiana Ely.
Nome do Orientador: Francisco Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Projeto Novo.
Resumo/Abstract: Analisar a evolução climática da Região Sul do Brasil e,
particularmente, identificar aspectos que evidenciem indicadores de mudanças
climáticas no âmbito regional. No contexto desta abordagem analisar-se-á também a
dinâmica da dengue e sua possível interação com a evolução climática da região.
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1.3.2 Potencial de propagação do Aedes Aegypti no estado do Paraná sob
cenários de Mudanças Climáticas.
Nome do pesquisador: Paulo Henrique Caramori, João Henrique Caviglione, Wilian
Da Silva Ricce, Heverly Morais.
Nome do Orientador: Paulo Henrique Caramori.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O mosquito Aedes aegipty vem se tornando um dos principais
agentes transmissores de doenças no mundo equatorial e tropical, atuando como vetor
na transmissão da dengue e da febre amarela. No Brasil, as condições de clima
favoráveis fizeram com que este inseto proliferasse intensamente, exigindo
investimentos de grande porte para o seu controle. O estado do Paraná localiza-se
numa região de transição climática, apresentando atualmente potencial de propagação
do Aedes aegipty principalmente nas regiões norte, oeste e em parte da região central.
As condições térmicas, juntamente com o regime pluviométrico que é favorável
praticamente o ano todo, regulam o potencial de propagação. Neste trabalho
são apresentados os potenciais de infestação no estado estimados pela disponibilidade
de graus-dia, considerando-se as condições climáticas atuais e dois cenários de
mudanças climáticas apresentados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC) em 2007. Foi estabelecida uma temperatura base inferior de
crescimento de 8,5oC e uma constante térmica de 275 graus-dia para o mosquito
completar a fase de ovo a adulto, com base em dados de literatura. Considerou-se que
o desenvolvimento cessa quando a temperatura é inferior a 13oC. Os resultados
mostraram que para as condições atuais de clima, no Paraná o número anual de
gerações varia de 20 no norte até abaixo de 10 no limite sul. Sob o cenário de
aquecimento de 1,8oC, o número potencial de gerações sobe para mais de 22, e no
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cenário de aquecimento de 4oC poderão ocorrer mais de 24 gerações anuais. Os
resultados apresentados neste trabalho representam as condições potenciais para a
proliferação deste inseto vetor e servem de alerta para a necessidade permanente de
se adotar políticas e métodos rigorosos de controle, sob pena de a dengue vir a se
tornar uma doença de proporções de difícil controle.
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1.4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS
1.4.1 Evolução climática do Estado do Paraná: 1970 - 1999.
Nome do pesquisador: Mozart Nagarolli.
Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.
Resumo/Abstract: A pesquisa intitulada “Evolução Climática do Estado Paraná: 1970 –
1999” propõem a análise e identificação das alterações registradas no clima
paranaense no período em questão. As mudanças climáticas observadas são
decorrentes de fatores endógenos e exógenos. Internamente, desde o século XIX, o
Paraná teve transformada sua paisagem principalmente pela expansão agrícola,
industrialização e urbanização. Externamente foram os fatores associados à elementos
de ordem planetária, tais como, o Aquecimento Global e os eventos de El Niño e La
Niña, ODP, dentre outros, que contribuíram para estas alterações. Na pesquisa,
procurou-se identificar e mapear a evolução do clima paranaense, assim como
correlacionar os resultados obtidos com as questões vinculadas às mudanças
climáticas globais. A análise, que tem como área de estudo o estado do Paraná, foi
desenvolvida sobre uma base meteorológica de 25 estações, das quais se utilizaram os
dados de temperatura máxima, média e mínima, de precipitação e umidade. Os
resultados apontam para alterações em todos os fatores climáticos, com destaque para
a temperatura mínima pela maior evolução positiva. Em se tratando de temperatura
máxima os índices de aumento foram baixos em alguns casos nulos. A espacialização
das variações identificadas se deu a partir dos mapas produzidos, sendo possível
revelar evoluções diferenciadas por região e, partindo-se do histórico de ocupação,
dados econômicos e populacionais apontaram-se possíveis causas destas alterações.
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O resultado final constitui-se num panorama do clima no estado do Paraná nas últimas
três décadas do século XX.
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1.4.2 Mudanças climáticas regionais observadas no estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Maria Elisa Siqueira Silva; Alexandre K. Guetter.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável: SIMEPAR.
Situação do projeto: Concluído em 06/12/2002.
Resumo/Abstract: Este documento recapitula os efeitos das mudanças climáticas
globais ocorridas as últimas décadas e aponta algumas alterações regionais,
focalizando as observadas no estado do Paraná. O aumento da temperatura média
global, associado possivelmente à ingestão antropogênica excessiva de gases do efeito
estufa na atmosfera, leva o sistema climático a cenários indesejáveis. Regionalmente,
observou-se que alguns municípios do estado do Paraná têm apresentado uma
aceleração do ciclo hidrológico desde o início da década de 70, o que pode ser
constatado através do aumento da freqüência de chuvas mais intensas, do aumento de
vazões médias e da ocorrência de estiagens com maior duração. Além de alterações
diretas no ciclo hidrológico, a tendência de aumento de temperatura mínima e
diminuição da temperatura máxima foi observada em Ponta Grossa. A identificação dos
efeitos regionais aumenta o grau de adaptabilidade do sistema e auxilia a definição dos
limites de interferência humana, de modo a minimizar os danos.
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30
1.5 EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
1.5.1 - Earthwatch
Nome do pesquisador: Robson e Marcelo
Nome do Orientador: Ricardo Miranda de Britez
Tipo de pesquisa: Não disponível
Local da pesquisa: Reserva Natural do Rio Cachoeira
Instituição responsável: Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação
Ambiental (SPVS)
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract: Projeto de pesquisa realizado em parceria com a Ong Earthwatch e
o Banco HSBC, com a participação de forma voluntária de funcionários do Banco HSBC
(América Latina) os quais colaboram no desenvolvido de uma pesquisa relacionando
aspectos biológicos da flora e fauna e os padrões de clima, com o objetivo de avaliar
possíveis influências da mudança climática.
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31
1.5.2 Restauração da floresta com araucária no Parque Estadual de Campinhos.
Nome do pesquisador: Marcello Brotto, Tatiana Reis.
Nome do Orientador: Carolina R. Cury Muller.
Tipo de pesquisa: Aplicada..
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição Responsável: Mater Natura.
Situação do projeto: Em andamento (previsão para termino 2011).
Resumo/Abstract: O HSBC Climate Partnership é um programa ambiental para
responder às urgentes ameaças das mudanças climáticas em todo o mundo, sendo
desenvolvido por meio de uma parceria global entre o HSBC, Climate Group, Instituto
Earthwatch, Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical e o WWF - Fundo Mundial para
a Natureza. Com duração de cinco anos (2007-2011), o programa tem ações com foco
na redução e prevenção aos efeitos das mudanças climáticas em pessoas, florestas,
água e cidades.
O HSBC Climate Partnership conta com ações locais no Paraná através do Mater
Natura que coordena e executa o projeto em parceria com o IAP - Instituto Ambiental do
Paraná (gestor do Parque onde são realizadas as atividades).
O Instituto Earthwatch é o responsável pelo desenvolvimento e implementação do
programa no Brasil, e selecionou o Mater Natura como parceiro, face à nossa
experiência em projetos na área de trabalho e com conservação da natureza.
O Mater Natura desenvolve ações referentes ao componente do programa denominado
“Projeto de Voluntariado Local”. Com base nos objetivos deste componente são
realizadas mensalmente, de forma voluntária por colaboradores do HSBC de diferentes
agências bancárias de Curitiba, atividades de recuperação de áreas degradadas, no
Parque Estadual de Campinhos, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Nas
atividades em campo, os voluntários atuam na retirada de espécies exóticas e realizam
plantio e manutenção de mudas de espécies nativas em diversas áreas do Parque, com
a finalidade de contribuir para a realização de algumas recomendações previstas no
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32
plano de manejo da unidade de conservação e a restauração da biodiversidade local.
Além do trabalho prático também fazem parte das atividades sessões de vídeos,
palestras e discussões relacionadas às mudanças climáticas, biodiversidade e atitudes
individuais cotidianas.
O principal objetivo da iniciativa é engajar o colaborador do HSBC na redução dos
impactos das mudanças climáticas. Em todo o planeta, calcula-se que, ao longo dos
cinco anos do programa, mais de 25.000 colaboradores do HSBC trabalharão como
voluntários em inúmeras ações em prol de causas ambientais.
33
1.6 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO DE EMISSÕES
1.6.1 Pegada de Carbono de Prédios de Apartamentos para Classe A e B.
Nome do pesquisador: Elsa Cubas
Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UTFPR
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: O projeto quantifica a emissão de CO2 associado a produção de
materiais convencionais utilizados na construção de prédios de apartamentos voltados
para as classes A e B, buscando sugerir a substituição deste materiais para a redução
das emissões.
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1.6.2 CAZA - Carbono Zero na Academia.
Nome do pesquisador: Não definido.
Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.
Tipo de pesquisa: Não definido.
Local da pesquisa: Não definido.
Instituição responsável: UTFPR
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Visa quantificar a emissão de carbono relacionada as atividades
acadêmicas envolvendo docentes, discentes e ações administrativas do Campus
Curitiba da UTFPR como projeto piloto, a fim de estabelecer diretrizes para sua redução
e mitigação, que passa por parâmetros sustentáveis para as reforma das edificações
existentes e para novas construções, planejamento de eficiência energética, uso
racional da água e gestão de resíduos.
1.6.3 Estudo Comparado de Dois Tipos de Casas Populares no Brasil e sua
Contribuição para a Mitigação dos Efeitos das Mudanças Climáticas Globais.
Nome do pesquisador: Éderson Augusto Zanetti, Eloy Casagrande, Joesio Siqueira,
Edílson Batista, Fabiano Ximenes, Roberto Mello, Daniele Maia de Souza
Nome do orientador: Não Disponível.
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Tipo de pesquisa: Não Disponível
Local da pesquisa: Não Disponível.
Instituição responsável: Embrapa
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: A redução das emissões dos gases do Efeito Estufa têm sido uma
grande preocupação mundial diante das mudanças climáticas e um aumento de
desastres ambientais. Entre os setores industriais que estão relacionados a estes
impactos está o da construção civil, hoje apontado como um grande emissor,
especialmente o dióxido de carbono (CO2). Podemos acrescentar ainda que é um
importante consumidor de recursos naturais e energia, além de gerar alta quantidade
de resíduos sólidos. Neste contexto, a busca por materiais para construção de menor
impacto ambiental tem sido uma exigência constante da sociedade, sendo a produção
de casas que utilizem madeira uma grande opção para esse setor. Entre as vantagens
no uso da madeira, podemos citar: seqüestro de carbono durante seu crescimento,
custo acessível, disponibilidade, boas características mecânicas, isolante térmico e
acústico, alta durabilidade conforme uso/tratamento, uso de menos energia em sua
produção, portanto menor emissão de carbono para a atmosfera, e ainda possibilita o
uso de seus resíduos para geração de energia. Esse artigo analisa o uso de madeira,
especificamente na construção de habitação de interesse social, comparando casas
com mesma área construída, feitas de madeira e alvenaria convencional com concreto.
A conclusão é que o uso da madeira de manejo sustentável na construção fornece uma
grande possibilidade de sumidouro para os gases causadores do efeito estufa e
também, reduz as emissões com a diminuição da demanda por produtos
tradicionalmente utilizados nas construções.
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1.6.4 Elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa da COPEL.
Nome do pesquisador: Juliane de Melo Rodrigues.
Nome do Orientador: Juliane de Melo Rodrigues.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: COPEL.
Instituição Responsável: Lactec.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: Elaboração do inventário de gases de efeito estufa corporativo da
COPEL, segundo as diretrizes do documento "Greenhouse Gás (GHG) Protocol A
Corporate Accounting and Reporting Standart – Revised Edition".
A elaboração o inventário com base em dados de operação da COPEL foi realizado a
partir das abordagens:
Top down: que opera com fatores de emissão agregados permitindo maior simplicidade
na elaboração do inventário, gerando, entretanto, um resultado com maior grau de
incerteza e pouca possibilidade de gestão;
Bottom-up: que demanda a obtenção de informações in situ acompanhadas de uma
análise crítica acerca de sua qualidade, portanto com menor incerteza dos resultados e
alta possibilidade de gestão.
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37
1.6.5 - Inventário das Emissões para Municípios – dentro do Programa 2020
Emissões Controladas.
Nome do pesquisador: Marcelo Lubas, Ana Paula Dalla Corte.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: PARANÁ.
Instituição de pesquisa: FUPEF.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: O Programa Emissões Controladas 2020 surgiu com o propósito de
estimular os municípios a realizar seus inventários de emissões, empregando
metodologias reconhecidas universalmente, como as que são adotadas pelo Painel
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas – IPCC e Protocolo de Gases de
Efeito Estufa – GHG Protocol. O programa reunirá especialistas paranaenses com
experiência no tema, que auxiliarão os municípios nessa empreitada, calibrando as
ferramentas de cálculo para inventários de emissões e disponibilizando-as às
prefeituras e órgãos locais.
A realização dos inventários de emissões dos municípios possibilitará ações
concretas para mitigar o aquecimento global e as mudanças climáticas em todas as
esferas, traçando um raio X das fontes poluentes e norteando quais ações e
tecnologias deverão ser empregadas.
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1.7 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO FLORESTAL
1.7.1 Conbio
Nome do pesquisador: Fabíola e estagiários
Nome do Orientador: Elenise Sipinski
Tipo de pesquisa: Não disponível
Local da pesquisa: Curitiba e Região Metropolitana
Instituição responsável: Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação
Ambiental (SPVS).
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract: O Programa tem como objetivo incentivar atitudes que preservem a
biodiversidade e revertam processos de degradação ambiental nas áreas
remanescentes de vegetação nativa em Curitiba e Região Metropolitana. Para tanto,
dissemina o manejo conservacionista de pequenas áreas verdes urbanas, buscando
expandir o número de cidadãos participantes desta iniciativa. É realizado em parceria
com a Prefeitura Municipal de Curitiba. Uma das etapas desta parceria é realizar o
inventário do estoque de carbono contido nos bosques e parques municipais. Ao
mesmo tempo a Prefeitura deverá realizar o inventário de emissões da Capital
paranaense.
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1.7.2 Metodologia para detecção da elegibilidade (linha de base) e monitoramento
de projetos de MDL florestal.
Nome do pesquisador: Ana Paula Dalla.
Nome do orientador: Carlos Roberto Sanquetta.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Bituruna e General Carneiro.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/10/2004.
Resumo/Abstract: O presente trabalho, desenvolvido na área de abrangência da
Floresta Ombrófila Mista (F.O.M.), no Estado do Paraná, visa detectar os principais
focos de carbono fixado nos limites da F.O.M. bem como estimar a quantidade de
carbono que estaria sendo fixada pelos mesmos. Visa ainda, realizar um estudo mais
detalhado em dois municípios, Bituruna e General Carneiro, com o objetivo de detectar
áreas potenciais para Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Florestais. E, para
uma área ainda menor, uma propriedade, simular o impacto de um projeto de MDL
Florestal segundo quatro Cenários com práticas adotadas na região, sendo elas: plantio
de Pinus, plantio de Bracatinga, plantio de Araucária e plantio de Araucária com Erva-
mate. Para o primeiro objetivo foram utilizadas imagens dos satélites Sino-Brasileiro
CBERS e Landsat. O segundo objetivo foi embasado nas definições do Protocolo de
Quioto e das definições complementares. Assim, foram geradas áreas consideradas
potenciais para MDL Florestal dentro dos dois municípios. E, em uma destas áreas
foram desenvolvidos quatro cenários para simular o impacto da instalação de um
projeto. Os resultados indicaram que 5,19% da área originais da F.O.M. são
reflorestamentos de acordo com a definição do Protocolo de Quioto. Ainda, estimou-se
que cerca de 97.999.708,2 ton CO2e estariam estocados nestes reflorestamentos.
Observou-se que os dois municípios teriam 21.686,10 ha potenciais para um projeto de
MDL Florestal tendo uma capacidade de fixar algo próximo a 8.365.127,7 ton CO2e. A
avaliação financeira para os cenários demonstra uma taxa Interna de Retorno (TIR)
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18,9%, 17,3%, 15,1% e 10,5% para Pinus, Bracatinga, Araucária e Araucária com Erva-
mate respectivamente.
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1.7.3 O estoque potencial de carbono nos produtos florestais madeiráveis
no Brasil.
Nome do pesquisador: Ederson Augusto Zanetti, Edilson Batista Oliveira,
Danielle Maia de Souza, Joésio Deoclécio Siqueira Perin, Fabiano Ximenes,
Eunice Reis Batista.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: Embrapa
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O setor de Uso e Mudanças de Uso da Terra, tem
emissões que somaram 55,8 TgC em 1994, 75% do total brasileiro. Os
produtos florestais fazem parte das considerações sobre o estoque e fluxos de
carbono nesse setor, mas na contabilização das emissões e seqüestros, não
foi realizado o cálculo dos produtos florestais madeireiros, que podem ser
utilizados para neutralizar parte dessas emissões, levando-se em consideração
o tempo de permanência dos diferentes tipos de materiais, resultantes da
colheita florestal. Descontadas as exportações, os produtos florestais resultam
em um consumo nacional da ordem de 187,1 milhões m3 / ano, que
representam o equivalente a 42,3 TgC em 2006. Se esse valor for subtraído do
total de emissões, o resultado é uma redução de 75% no total. Neste contexto,
a ferramenta de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), um instrumento de gestão
que permite identificar os impactos sociais, ambientais e econômicos ao longo
de uma cadeia produtiva, pode auxiliar na realização do balanço de massa e
energia e identificação de impactos do setor florestal. São sugeridas
estratégias para aumentar o consumo de produtos florestais e com isso, a
contribuição para o enfrentamento das mudanças climáticas globais pelo setor.
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42
1.7.4 Implantação de florestas geradoras de créditos de carbono: estudo
de viabilidade no sul do Estado do Paraná, Brasil.
Nome do pesquisador: Rafaelo Balbinot.
Nome do orientador: Carlos Roberto Sanquetta.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: General Carneiro e Bituruna.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/10/2004.
Resumo/Abstract: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a
viabilidade de um projeto de florestas geradoras de créditos de carbono nos
municípios de General Carneiro e Bituruna, no sul do Estado do Paraná, de
acordo com os critérios e indicadores do Protocolo de Quioto. Primeiramente,
foi necessário identificar áreas com potencial (elegíveis) para a implantação
deste tipo de projeto. Para isso foram gerados mapas do uso da terra, com
ênfase nos recursos florestais, referentes aos anos de 1993 e 2000, e de
acordo com os critérios e indicadores do Protocolo de Quioto e acordos
subseqüentes (linha de base), identificadas estas áreas. A seguir foram
realizadas as estimativas da dinâmica do estoque de carbono nestas áreas,
com ênfase nas plantações florestais e nas florestas naturais. Por fim, foi
realizada a análise técnica e econômica sobre a viabilidade de implantação
deste tipo de floresta na região. Na questão do uso do solo, foi identificado um
aumento na área com cobertura florestal, tanto para plantações florestais como
para florestas naturais, na ordem de aproximadamente 5.900 ha e 2.750 ha,
respectivamente, que conseqüentemente promoveram um aumento no estoque
de carbono nesta vegetação, para o período em análise, de aproximadamente
384.800 Mg de carbono, que correspondem a pouco mais de 1.411.000 Mg de
CO2 equivalente. Foram identificados em torno de 48.000 ha de áreas
potenciais para implantação de reflorestamentos geradores de créditos de
carbono. Financeiramente, o retorno advindo da venda dos créditos de carbono
gerados, em ambos os tipos de floresta, não cobrem o custo do investimento
necessário para implantação de reflorestamentos com os preços praticados
����
43
hoje, porém os retornos são melhorados significativamente, especialmente
para plantações florestais, se as receitas advindas dos créditos de carbono
com aquelas oriundas da venda da madeira. Concluiu-se que a implantação de
florestas fixadoras de carbono é uma atividade tecnicamente viável, mas
somente atrativa se for considerado o valor da madeira vendida pela colheita
do reflorestamento for levada em conta na análise.
44
1.7.5 Crescimento e Biomassa de Espécies Arbóreas Nativas da Floresta
Estacional em Reflorestamentos, no Norte do Paraná, Brasil.
Nome do pesquisador: Pedro Sant´ana Jardim.
Nome do orientador: José Marcelo Domingues Torezan.
Tipo de pesquisa: Tese de mestrado.
Local da pesquisa: Norte do Paraná.
Instituição responsável: UEL.
Situação do projeto: Concluído em 01/06/2006.
Resumo/Abstract: Estudos sobre crescimento e estimativas de biomassa
florestal fornecem informações importantes relacionadas ao manejo florestal,
ao estágio de sucessão e à capacidade de produção de nutrientes da
vegetação. O crescente aumento da quantidade de carbono na atmosfera, em
função da queima de combustíveis fósseis e seu conseqüente efeito sobre o
clima, como aquecimento dos oceanos e o derretimento de geleiras,
culminando na elevação do nível do mar vem, há alguns anos, despertando
maior interesse no estudo do ciclo deste elemento. A quantificação de carbono
fixado nos ecossistemas florestais é realizada a partir de estimativas de
biomassa, contribuindo, dessa forma, com estudos de mudanças ambientais no
planeta. O reflorestamento de áreas degradadas, e o conseqüente crescimento
da floresta têm potencial para contribuir com a captação de carbono
incorporando-o na biomassa, além de possibilitar a recuperação de ambientes
florestais. Pensando na significativa contribuição que reflorestamentos podem
representar aos ecossistemas no que se refere à dinâmica florestal e produção
de biomassa, que este estudo foi realizado. No primeiro capítulo deste trabalho
foi quantificado o incremento de altura e área basal e identificado padrões de
arquitetura das árvores pertencentes a 40 espécies nativas de florestas
estacionais em reflorestamentos de 1; 1,5; 2; 2,5; 9 e 15 anos. Além disso,
também foram desenvolvidas 24 equações espécie-específicas, para viabilizar
uma estimativa mais precisa da biomassa dessas plantas. Nos plantios mais
jovens, de 1 a 2,5 anos, as espécies investiram mais biomassa no crescimento
do caule e da copa, aproveitando uma maior disponibilidade de luz para seu
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45
desenvolvimento, enquanto nos plantios mais velhos, de 9 e 15 anos, ocorreu
um crescente investimento de biomassa em altura, em contrapartida à copa
cada vez mais reduzida e distante do solo, com as espécies explorando melhor
a luminosidade acima do dossel. No segundo capítulo foram realizadas, a partir
de equações específicas, estimativas de biomassa de espécies arbóreas
nativas em reflorestamentos de 1; 1,5; 2 e 2,5 anos, ao longo da Bacia do
Tibagi e Médio Paranapanema, e a necromassa produzida nos mesmos. As
variações de biomassa de cada espécie nos plantios de diferentes idades
foram comparadas, visando à proposição da utilização daquelas com maior
acúmulo, em reflorestamentos com características semelhantes aos
analisados. Os reflorestamentos apresentaram um aumento de biomassa
significativo ao longo de 2,5 anos, atingindo uma média de 21,3 ton.ha-1,
semelhantes à de áreas em sucessão secundária. A quantidade de serapilheira
acumulada atingiu uma média de 3,5 ton.ha-1, quantidade semelhante às
presentes em florestas maduras, contribuindo com a melhora na riqueza do
solo. Espécies como Trema micrantha, Croton floribundus, Guazuma ulmifolia,
Heliocarpus americanus, Schinus therebintifolius e Senna multijuga foram
fundamentais a esse acúmulo, sendo responsáveis por mais da metade da
biomassa acumulada. Esses dados aconselham a utilização de uma ou mais
dessas espécies para projetos de reflorestamentos, com fins econômicos ou de
manejo, em áreas de preservação permanente e de reserva legal, pois
garantem ao reflorestamento um rápido desenvolvimento.
46
1.7.6 Carbono na biomassa e na respiração do solo em plantio comercial
de seringueiras no Paraná.
Nome do pesquisador: Dalziza de Oliveira, Jomar da Paes Pereira, André
Luiz Medeiros Ramos, Paulo Henrique Caramori, Celso Jamil Marur, Heverly
Morais, Cláudia Wagner-Riddle, Paul Voroney.
Nome do Orientador: Não disponivel.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição Responsável: IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O Brasil é um dos primeiros países em desenvolvimento a
criar regras específicas para obtenção de créditos de carbono dentro do
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), espinha dorsal do Protocolo de
Kyoto para reduzir as emissões mundiais de gases do efeito estufa. Os MDL´s
são projetos entre os países desenvolvidos com compromisso de redução de
emissões e os países em desenvolvimento, sem compromissos de emissão
(MAN YU, 2002). Entre as atividades elegíveis para projetos de MDL estão o
aumento da eficiência energética, o uso de fontes renováveis de energia e os
projetos de florestamento e reflorestamento. O pagamento dos créditos
carbono para projetos de florestamento e reflorestamento, contudo, depende
da quantificação das taxas de fixação de carbono em tipo de sistema florestal.
Experimentos de campo com sistemas agroflorestais conduzidos no
INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR durante os últimos 15 anos
mostraram que plantações de seringueira (Hevea brasiliensis) são indicadas
para a recuperação de solos degradados, contribuem para a geração de
empregos no campo e proporcionam receita para os produtores a partir do
sexto ano de plantio (PEREIRA et al., 1994). A seringueira tem ainda o atrativo
de ser uma espécie potencial para uso nas áreas de reserva legal do Estado do
Paraná. Vislumbrando-se as potencialidades de uso da seringueira em
projetos de reflorestamento e também em composição de áreas de reserva
legal, ambos elegíveis para obtenção de créditos de carbono buscou-se,
����
47
através deste estudo, quantificar o potencial das plantações de seringueira
para seqüestrar carbono atmosférico por meio da quantificação do carbono
fixado na biomassa e do carbono emitido através da respiração do solo.
As árvores tinham altura média de 6, 8 e 18 m para as idades de 4, 6 e 15
anos, respectivamente. O teor de carbono (expresso em gramas de carbono/
gramas de matéria seca) foi, em média, de 56% nas folhas, 62% nos galhos
grossos, 60% nos galhos finos. No tronco os teores foram de 63% na madeira
e 56% na casca. O acúmulo de carbono na biomassa ocorreu a uma taxa de 2
Mg/ha.ano, durante os primeiros 4 anos, e aumentou para aproximadamente 7
Mg/ha.ano no período entre o quarto e décimo quinto ano. O acúmulo total de
carbono na biomassa chegou a 90 Mg/ha após 15 anos (Tabela 1). A maior
parte do carbono, como era esperado, proveio dos galhos (28-45%) e do tronco
(35-40%), com 15-22% oriundos das raízes e apenas 3-12% das folhas (Figura
4).
48
1.7.7 Estrutura de fixação atômica de Carbono em povoamentos florestais
de Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham).
Nome do pesquisador: Roberto Rochadelli.
Nome do orientador: Roberto Tuyoshi Hosokawa.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2001.
Resumo/Abstract: A conservação e a ampliação das florestas naturais e
plantadas tem sido aceita como de importância fundamental no propósito de
reduzir os níveis de gás carbônico na atmosfera. Todas as plantas absorvem
gás carbônico e convertem em carboidratos na forma de tecidos da madeira,
folhas, sementes e frutos. A escolha da bracatinga (Mimosa scabrella
Bentham) como objeto deste estudo, deve-se ao fato da mesma ser nativa,
abundante, ter seu cultivo altamente difundido no meio sócio-cultural rural
através do sistema de agrofloresta e ser de rápido crescimento. Desenvolvida
de forma conjunta e utilizando-se de dados da linha de pesquisa "Identificação
e quantificação dos principais componentes químicos da biomassa da Mimosa
scabrella Bentham (bracatinga) relacionados com parâmetros de Manejo
Florestal", formalizado oficialmente junto ao CNPq no Diretório dos Grupos de
Pesquisa no Brasil sob o título "Qualidade e produtividade na atividade florestal
primária", esta tese visa analisar a estrutura de fixação de carbono dos
povoamentos da espécie estudada. A concentração de carbono na biomassa
foi determinada tomando-se os dados de produção e produtividade, assim
como a massa específica básica (g/cm3) e os teores dos componentes
fundamentais e acidentais da biomassa de povoamentos com idade de 3 a 7
anos, estando representadas na amostragem suas respectivas classes de
diâmetro. Os resultados apresentaram a biomassa da espécie com
concentração relativa do elemento carbono variando entre 40 e 45% da
biomassa total. As classes dominadas apresentaram maior eficiência na
fixação do elemento carbono, em detrimento das classes dominantes. O
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49
sistema de manejo tradicional, baseado na obtenção de multi-produtos dos
povoamentos, proporciona uma compensação natural àqueles produtos de
menor remuneração pelo mercado, devido a sua carbono-eficiência. De uma
forma geral, pode-se concluir que esta compensação natural permite otimizar a
renda bruta obtida em função do regime de manejo utilizado.
50
1.7.8 Fixação de carbono em sistema agroflorestal de cafeeiro e
bracatinga.
Nome do pesquisador: Heverly Morais.
Nome do Orientador: Dr. Ana Maria de Arruda Ribeiro.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: Londrina.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.
Situação do projeto: Concluído em 13/12/2006.
Resumo/Abstract: Na conferência de Kyoto em dezembro/2001 as nações
concordaram com o investimento em práticas ambientais que compensariam a
emissão de gases poluentes através da absorção de carbono convertido em
créditos. Levantamentos sobre gases causadores do efeito estufa a serem
apresentados em Kyoto, em 2010, pelos países signatários, poderão levar em
consideração a absorção de carbono pela biomassa e pelo solo. Os sistemas
agroflorestais em cafezais apresentam uma série de vantagens como: mantêm
empregos rurais; proporcionam receitas para os produtores; experimentos de
campo indicaram que arborização de cafeeiros diminui o estresse da cultura e
aumenta a longevidade de cafeeiros; reduz custos; mantém/aumenta a
fertilidade do solo; aumenta a cobertura morta e consequentemente à
disponibilidade de nutrientes; ganhos econômicos com madeira, além de
melhorar o microclima reduzindo danos de geadas; favorecer o ciclo
hidrológico, balanço de energia, entre outros. Todavia, embora as agroflorestas
e o cultivo de culturas perenes sejam reconhecidos como ecologicamente
viáveis e promissores usos da terra, sua viabilidade como forma alternativa de
reduzir os níveis crescentes de carbono atmosférico e aquecimento global,
através da fixação de carbono no sistema solo-planta-atmosfera ainda não foi
avaliado nas condições de clima e solo de toda a América do sul. Diante deste
quadro, propõe-se um projeto visando quantificar o potencial de cafeeiros
arborizados, comparativamente a cafeeiros a pleno sol, para fixar carbono
atmosférico. A pesquisa será conduzida no Iapar. O carbono sequestrado será
monitorado por meio de mediações no solo e na planta. O conhecimento
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51
ambiental gerado pelo projeto será muito relevante para os tomadores de
decisão voltada à implementação de mecanismos de desenvolvimento limpo
propostos pelo protocolo de Kyoto, e também contribuirá para a melhoria do
conhecimento dos efeitos das mudanças do uso da terra induzidas pelo homem
sobre as emissões de gases que causam o efeito estufa. O objetivo deste
trabalho é quantificar o carbono atmosférico fixado na vegetação e no solo,
utilizando como modelo uma plantação de cafeeiro arborizado com bracatinga
comparada com cafeeiros cultivados a pleno sol.
52
1.7.9 Planejamento de uma empresa florestal considerando a manutenção
do estoque de carbono.
Nome do pesquisador: Anabel Aparecida de Mello.
Nome do orientador: Celso Carnieri.
Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.
Local da pesquisa: General Carneiro.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/ 04/2004.
Resumo/Abstract: Este estudo foi realizado nas áreas da Indústria Pedro N.
Pizzatto, localizada na região de General Carneiro, região Centro-Sul do
Paraná, com o objetivo geral de modelar o planejamento florestal otimizado de
longo prazo visando maximizar o lucro da empresa florestal em questão,
levando em consideração o estoque de carbono existente nas florestas com o
decorrer dos tratamentos silviculturais. O estudo apresentou os seguintes
objetivos específicos: estimar o volume de sortimento retirado nos desbastes e
no corte raso, em 11 projetos, utilizando quatro simulações dos regimes de
manejo e o regime de manejo atual da empresa; estimar a quantidade de
carbono (C), existente acima do solo, que é retirada nos desbastes simulados
para cada regime de manejo e para os projetos, assim como a quantidade
remanescente dessa variável; apresentar a quantidade total de carbono que
seria fixada aos 20 anos para os projetos e regimes de manejo estudados,
verificando se existe diferença significativa entre eles; avaliar economicamente
os projetos submetidos aos diferentes regimes de manejo; identificar a melhor
opção de manejo florestal para cada projeto da empresa, maximizando o lucro
total e mantendo um nível de carbono na área. De posse dos dados advindos
de 11 Projetos da referida empresa, utilizou-se o Software SISPINUS para
prognosticar o volume, a altura e o diâmetro desses projetos, submetidos a
cinco diferentes regimes de manejo, para um horizonte de planejamento de 21
anos. Através dos resultados obtidos de diâmetro e altura estimou-se a
quantidade de carbono remanescente e retirado nos anos do horizonte de
planejamento, assim como a quantidade total de carbono aos 20 anos de cada
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53
projeto com o objetivo de verificar se existe diferença significativa entre as
médias encontradas para os projetos e para os regimes de manejo. Na
programação linear adotou-se 36 cenários, sendo que estes variaram em
função da demanda de madeira (exigida pela empresa, 20% menor e 30%
menor), da taxa de desconto anual (8, 10, 12 e 16,5% a.a.) e da estratégia
comercial (Compra e Venda maximizando o VPL, DownGrade minimizando a
compra e DownGrade maximizando o VPL). Adotou-se também um modelo de
programação em metas, onde foram estabelecidas metas de carbono (baseada
no resultado obtido com o melhor cenário), metas econômicas (baseada no
faturamento anual da empresa) e metas de demanda para cada sortimento.
Após a análise dos resultados encontrados as seguintes conclusões podem ser
tiradas: o maior volume dos sortimentos estudados (serraria, torno pequeno e
torno grande) concentrou-se nos primeiros anos do horizonte de planejamento,
em todos os regimes de manejo adotados, devido à idade avançada dos
projetos no ano considerado como base para início do estudo; a quantidade
remanescente total de carbono, considerando todos os projetos, apresentou-se
instável durante o horizonte de planejamento, sendo a maior quantidade
encontrada nos primeiros e nos últimos anos do horizonte de planejamento,
nos 5 regimes de manejo adotados no estudo; comparando-se estatisticamente
os regimes de manejo estudados verificou-se que estes apresentam diferenças
estatísticas significantes ao nível de 5% de probabilidade, sendo que o regime
da empresa e o regime 4 apresentaram as menores médias e os regimes 1, 2 e
3 as maiores médias para quantidade de carbono total aos 20 anos de idade;
com relação às médias de carbono total encontradas aos 20 anos para os
projetos estudados pode-se dizer que apenas o Projeto 12 apresentou
resultado significativo, sendo a maior média de todos os projetos, o que pode
ser justificado pelo seu alto índice de sítio; o cenário que apresentou o melhor
resultado para a função objetivo no modelo de programação linear foi o de
número 5. Este cenário considera uma taxa de desconto de 8% ao ano no
cálculo do Valor Presente Líquido, a compra e venda da madeira e uma
demanda 30% do que a utilizada pela empresa; os projetos apresentaram
áreas muito quebradas, sendo que algumas muito pequenas. Isto pode ser
causado pelo número grande de restrições impostas pelo modelo e a quebra
54
dos projetos grandes pode estar sugerindo a criação de novas unidades de
manejo
55
1.8 MITIGAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO
1.8.1 Estimação da contribuição das raízes de culturas e adubos verdes
no aporte de carbono do solo.
Nome do pesquisador: Ivan Bordin.
Nome do Orientador: Dr. Carmen Silvia Vieira.
Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.
Local da pesquisa: Londrina-PR e Santa Maria-RS.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.
Situação do projeto: Concluído em 03/06/2008.
Resumo/Abstract: Em decorrência dos problemas de emissão de gases e do
consequente efeito estufa, tem sido muito grande o interesse no estudo do
comportamento dos solos quanto à sua capacidade de armazenar ou perder
carbono, nas diversas condições de manejo agrícola. O acúmulo deste carbono
orgânico no solo, principalmente em profundidades maiores daquelas
influenciadas diretamente pelos implementos agrícolas, está relacionada à
decomposição dos resíduos provindos das raízes. Nesse contexto, o objetivo é
propor uma técnica que possa auxiliar na estimação do carbono do solo
provindo do sistema radicular de culturas comerciais e de adubos verdes, e
avaliar as relações destas raízes com as estruturas do solo determinadas pelo
perfil cultural. O projeto será realizado em duas cidades Londrina-PR e Santa
Maria-RS, onde serão avaliados os sistemas radiculares da soja e do tremoço
na cidade de Londrina e das cultuas do sorgo, milho e de adubos verdes de
verão em Santa Maria. As raízes serão avaliadas pelo método da trincheira,
com auxílio de imagens digitais pelo sistema integrado de análise do solo
(siarcs 3.0) obtendo-se como variáveis o comprimento e área, que serão
submetidos à análise de variância e teste de tukey 5%. Para cada espécie
avaliada será estimada a quantidade de massa seca radicular através de
correlações utilizando análises de regressão dos dados das imagens
(comprimento e área) e da massa seca e densidade do solo obtida por anéis
volumétricos. Com a determinação da proporção c orgânico contido na massa
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56
seca radicular, será possível estimar a quantidade de carbono radicular
existente num determinado volume de solo. As estruturas do perfil do solo
serão caracterizadas pela técnica do perfil cultural para a determinação da
relação destas estruturas do solo com as variáveis radiculares e a densidade
do solo obtidas pelos anéis.
57
1.8.2 Implantação e manejo de florestas em pequenas propriedades no
Estado do Paraná: um modelo para a conservação ambiental, com
inclusão social e viabilidade econômica.
Nome do pesquisador: Erich Gome Schaitza, Manyu Chang, Edilson Batista
de Oliveira, Erni Lemberger, Luiz Marcos Feitosa dos Santos, Jarbas Yukio
Shimiz, Davi Gobor, Edson Fortunato Siquerolo, Gracie Abad Maximiano,
Ananda Virginia de Aguiar, Letícia Penno de Sousa, Aparecido de Jesus
Bianco, Eliseu Souza dos Santos, Ivanildo Passarelli, João Carlos de Freitas,
Ricardo Domingues, Antonio Roberto Gonçalves, Wilson Aparecido Garbelini,
Vanderlei Soares, Jadir Francisco dos Santos, Alberto Carlos Moris, Antonio
Leodi Sabot e Antonio Souza dos Santos.
Nome do orientador: Não disponível.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Situação da pesquisa: Em andamento.
Resumo/Abstract: Tendo por base um modelo formatado como um projeto
MDL florestal, 187 pequenos produtores familiares implantaram
reflorestamentos mistos, com espécies nativas ameaçadas e uma espécie
exótica de rápido crescimento, em seis municípios na região noroeste do
Estado do Paraná, Brasil, área de Floresta Estacional Semidecidual, sob
domínio da Mata Atlântica. As propriedades têm menos de 30 hectares e em
cada uma foram reflorestados de 1 a 5 ha. As áreas reflorestadas do projeto
somam 379 ha e eram principalmente de pasto e degradadas. Todas elas
foram georreferenciadas, projetadas sobre imagens de satélite, demarcadas
como reserva legal das propriedades através do SISLEG e registradas em
cartório. A implantação dos reflorestamentos ocorreu a partir de 2006 e teve o
apoio financeiro de 50% do investimento pelo Programa Paraná
Biodiversidade. As espécies nativas secundárias foram cuidadosa e
cientificamente selecionadas dentro da região, já com o intuito de constituir
bancos de germoplasma de espécies nativas relevantes da região. Cada
reflorestamento é manejado seguindo os princípios de sucessão florestal
�
58
natural. A indução inicial de uma mistura de espécies exóticas e nativas
pioneiras serve de base para o desenvolvimento de um ambiente favorável
para o crescimento e regeneração natural de espécies nativas secundárias
iniciais e tardias. As exóticas e nativas pioneiras são desbastadas ao longo do
tempo, deixando espaço para o crescimento e a regeneração natural das
nativas mais importantes. Ao final do ciclo de 20 anos do projeto, todas as
árvores exóticas estarão cortadas, bem como a maioria das nativas pioneiras
plantadas, que também devem ter findado o seu ciclo natural. Assim,
permanecerão apenas as nativas secundárias iniciais e tardias plantadas, junto
com nativas regeneradas naturalmente. A espécie exótica utilizada é o
Eucalyptus grandis por apresentar bom desenvolvimento na região. No plantio
foram utilizados dois delineamentos para a disposição das espécies nativas:
um em bloco e outro em faixa. Para o projeto de MDL foi considerado apenas o
carbono seqüestrado pelos eucaliptos, estimando-se ao longo do período de 20
anos do projeto o total equivalente a 102 mil tCO2Eq. O modelo é inovador,
pois concilia conservação ambiental, formando bancos de conservação
genética de espécies ameaçadas, o que garante a sobrevivência de
populações locais dessas espécies; a produção econômica e a inclusão social,
pois gera renda com a atividade florestal e com os créditos de carbono; e usa
conceitos modernos de genética de população, de modelagem florestal e de
sensoriamento remoto em sua estrutura. Como resultados esperados,
destacam-se a reconstituição da floresta nativa, o estabelecimento de reservas
legais, a formação de bancos de germoplasma de espécies nativas da região, a
melhoria da qualidade de vida dos produtores com a geração de renda através
do pagamento do crédito de carbono, da venda de madeira dos desbastes e
colheita final, bem como de sementes de espécies nativas coletadas nos
bancos de germoplasma, a replicação em grande escala do modelo ora
proposto, o estimulo à atividade madeireira, em particular, a indústria de
processamento de madeira, com agregação de valor à produção regional. A
coordenação do projeto é do Programa Paraná Biodiversidade, da Secretaria
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), com parcerias da Embrapa
Florestas (CNPF), da EMATER-PR e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
59
1.8.3 Caracterização microclimáticas e ecofisiológica de cafezais sob
diferentes níveis de sombreamento.
Nome do pesquisador: Ciro César Hanisch, Heverly Morais, Paulo Henrique
Caramori.
Nome do Orientador: Dr. Ana Maria de Arruda Ribeiro.
Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.
Local da pesquisa: Londrina.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.
Situação do projeto: Concluído em 31/12/2006.
Resumo/Abstract: Dentro das atividades do subprojeto em andamento no
Iapar, intitulado arborização do cafezal para proteção contra geadas, serão
instalados experimentos de campo para avaliar a arborização temporária,
utilizando guandu, aveia preta, tremoço e nabo forrageiro, a arborização
permanente, utilizando grevílea, casuarina, pinus e leucena e a arborização
com bracatinga. As validações que serão efetuadas no transcorrer do
experimento são as seguintes: produção de café, alturas e diâmetros das
espécies florestais, modificações no solo, modificações microclimáticas com
avaliação de temperatura, umidade e radiação solar, e danos de geadas. A
partir de um ano após o plantio, na arborização com bracatinga, serão feitas
coletas de plantas e solo para quantificação do carbono sequestrado. Com
base na performance das opções de cultivo serão sugeridas estratégias para
viabilizar a obtenção de créditos de carbono para o cultivo do café e para
proteção efetiva contra geadas.
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60
1.8.4 Projeto restauração da mata atlântica.
Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Reserva Natural do Cachoeira, no município de Antonina
Instituição responsável: SPVS.
Situação do projeto: Iniciado em Julho de 2001, duração 40 anos.
Resumo/Abstract: Projeto de reflorestamento de uma área de 10 mil hectares
na Reserva Natural do Cachoeira, no município de Antonina, Paraná. Os
projetos de seqüestro de carbono são orientados pelo princípio de que é
possível compensar e evitar as emissões de CO2 conservando florestas
ameaçadas pelo desmatamento, bem como retirando carbono da atmosfera,
através de atividades de restauração florestal, em áreas anteriormente
desmatadas. Dessa maneira, por evitar futuras emissões e capturar o CO2,
esses projetos colaboram não apenas no combate aos efeitos do aquecimento
global, mas também na manutenção da biodiversidade e na geração de outros
benefícios indiretos. Dentre esses últimos, é possível destacar a proteção do
solo e da água, assim como o desenvolvimento das comunidades locais de
forma compatível com a conservação ambiental.
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1.8.4 Desmatamento evitado.
Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição de pesquisa: SPVS.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Sob orientação do "Greenhouse Gases Protocol"
(Protocolo de Gases de Efeito Estufa), publicação do World Resources Institute
sobre orientações para inventários de emissões de gases de efeito estufa, e
políticas do IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas) sobre diferentes fontes e características de inventários de gases de
efeito estufa, técnicos da SPVS estão aptos a calcular emissões de empresas e
eventos.
Uma vez conhecida a quantidade de emissões, a SPVS oferece a possibilidade
para compensar emissões por meio da manutenção de áreas naturais
preservadas (o que tecnicamente dá-se o nome de desmatamento evitado),
evitando a devolução para a atmosfera do carbono estocado na área. Com
base em tendências históricas, é possível afirmar que áreas remanescentes
estão ameaçadas de desmatamento devido a pressões econômicas e falta de
políticas públicas para sua efetiva proteção. É isto que acontece com a Mata
Atlântica brasileira (da qual é estimada em menos de 7% de áreas
remanescentes em bom estado de conservação, de um bioma que cobria mais
de 1,3 milhão km2 do território brasileiro).
1.8.5 Caracterização de ácidos húmicos em solos sob diferentes manejos
tendo em vista o sequestro de carbono.
Nome do pesquisador: Isis Kaminski Caetano.
Nome do orientador: Antonio Salvio Mangrich.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
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Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/10/2002.
Resumo/Abstract: Considerações sobre o aquecimento global, elevado pelo
aumento de concentração do CO2 na atmosfera, forma um segundo enfoque de
maior interesse em ciências húmicas. O primeiro foi o da descoberta que
substâncias mutagênicas são produzidas quando substâncias húmicas
aquáticas são cloradas. As reservas de carbono orgânico do solo (SOC) são
quase três vezes aquelas existentes na matéria viva na terra. Entretanto as
emissões de carbono do solo são cerca de 10 vezes maiores do que a emissão
resultante da queima de combustíveis fósseis. Com base nestas considerações
os objetivos dos cientistas do solo envolvem encontrar maneiras para reduzir a
emissão de CO2 do solo, tornando-o uma melhor fonte seqüestrante de C.
Dessa forma, o conhecimento das propriedades de agregação, constituição,
forma e tamanho da estruturas da matéria orgânica do solo (MOS) tem-se
constituído em objetivo maior dos cientistas do solo para conhecer que tipo de
MOS será melhor para estocar C. Em solos minerais, componentes orgânicos e
inorgânicos são tão fortemente associados que, com as técnicas analíticas e
métodos disponíveis, é difícil separar e estudar a SOM com o detalhamento
necessário. Neste trabalho usou-se a técnica de sedimentação em proveta
para obter diferentes frações de dois ácidos húmicos (AH) extraídos de duas
áreas adjacentes de um latossolo, submetidos a plantio direto por 10 anos
(soja/milho) (AHPD) e a re-povoamento de floresta nativa de Araucaria
angustipholia (AHF). O plantio direto produziu AH menos maturado e menos
efetivo na agregação orgânico-inorgânico. A técnica de sedimentação
juntamente com as espectroscopias de EPR, FTIR, UV-VIS e XPS foram
eficientes para obter informações sobre as diferenças entre as estruturas de
agregação dos AH de solos sob diferentes manejos. A interação da fração de
AH rica em oxigênio e partículas inorgânicas levou a mais baixa velocidade de
sedimentação (fração 10/8). Esta fração de AH tem mais interações Fe-Fe para
o AHPD do que para o AHF. No sistema de floresta as interações foram mais
intensivas para a fração 2/0 (de mais alta velocidade de sedimentação e maior
diâmetro de Stokes). O maior conteúdo de cinzas e de carboxilato da fração
63
AHF2/0 justifica a sugestão que as interações orgânico-inorgânicos nesta
fração se dão através de ácidos e bases duros como, Al3+ e/ou Fe3+ e COO-,
respectivamente. As análises por PCA e PLS permitiram a obtenção de
informações sobre as interações orgânico-inorgânicos nas amostras de AH e
suas frações. Em geral as associações intermoleculares são mais fortes na
amostra AHF e suas frações. Através da sedimentação foram obtidas cinco
frações de cada amostra, diferenciadas tanto pela técnica de sedimentação em
proveta quanto como por espectroscopias no infravermelho por transformada
de Fourier (IVTF), paramagnética eletrônica (EPR), eletrônica (UV-VIS), e
também por análise elementar C,H,N, (O+S), e análise térmica diferencial
(ATD).
1.8.6 Sequestro de carbono, atributos físicos e químicos em diferentes
sistemas de manejo em um latossolo argiloso do sul do Brasil.
Nome do pesquisador: Ademir Calegari.
Nome do orientador: Ricardo Ralisch.
Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.
Local da pesquisa: Sudoeste do Paraná.
Instituição responsável: UEL.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.
Resumo/Abstract: Em um experimento de longa duração, foram avaliados os
efeitos de diferentes seqüências de culturas em dois diferentes sistemas de
preparo do solo: Plantio Direto (PD) e Preparo Convencional (PC) nos atributos
físicos e químicos e no estoque de carbono orgânico do solo (COS) em um
Latossolo Vermelho aluminoférrico, textura argilosa, localizado na região
sudoeste do Estado do Paraná. O experimento consiste em seis tratamentos
com culturas de inverno: tremoço azul, ervilhaca peluda, aveia preta, nabo
forrageiro, trigo e pousio, em seqüência à soja ou milho em PD e PC. Em PC, o
preparo do solo foi efetuado a uma profundidade de 0,20 m antes do plantio
das culturas, com duas arações e quatro gradagens anuais. Amostras de solo
foram coletadas nas camadas de: 0,00-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20, 0,20-0,30,
�
64
0,30-0,40, 0,40-0,60 m para a determinação da densidade do solo, da
porosidade do solo, do COS, da estabilidade de agregados, do teor de
nutrientes e do estoque de COS. O cultivo do solo por dez anos, a partir da
retirada da mata nativa, diminuiu drasticamente os teores de COS. Após
dezenove anos da implantação do experimento, verificou-se um aumento no
estoque de COS do solo em PC em relação aos teores iniciais. Este resultado
deve-se ao controle da erosão, à utilização de plantas de cobertura, do manejo
da fertilidade do solo e às altas produtividades das culturas comerciais. Em PD,
os teores de COS do solo das camadas superficiais (0,00-0,10 m) foram
superiores aos de PC. As taxas de seqüestro de COS da camada 0,00-0,20 m
foram de 1,24 e 0,96 Mg ha1 ano-1 no PD e PC, respectivamente. Na camada
0,00-0,10 m, o PD seqüestrou 6,84 Mg ha-1, o que representa 64,6 % a mais
que o PC. Na camada de 0,00-0,20 m, o PD seqüestrou 29,4 % a mais que o
PC e, na camada de 0,20-0,40 m, não foi observada diferença entre PD e PC.
Em ambas as camadas (0,00-0,20 m e 0,00-0,40 m), o PD apresentou um
maior seqüestro do COS que o PC, embora na camada 0,00-0,40 m não tenha
havido diferença significativa entre os dois sistemas. Independente do método
de preparo do solo, os maiores estoques de COS foram obtidos: tremoço azul
> aveia preta > nabo > ervilhaca peluda > trigo. Similarmente, o pousio
apresentou a menor taxa de seqüestro (estoque) de carbono em todas as
profundidades de solo avaliadas. Em função da aplicação em superfície dos
corretivos e dos fertilizantes, os teores de Ca++, Mg++, P, K+ os valores de pH,
as saturações com Al3+ e por bases foram maiores e os teores de Al3+ trocável
foram menores no PD em relação ao PC na camada superficial (0,00-0,10 m).
Por outro lado, nas camadas mais profundas, todos os atributos químicos
relacionados à acidez e à disponibilidade de P e K+ foram mais favoráveis no
PC. Em PD, os teores de P disponíveis nas camadas abaixo de 0,10m estão
abaixo da faixa ótima para o desenvolvimento das culturas comerciais. As
densidades do solo foram maiores no PC do que no PD nas camadas 0,20-
0,30 e 0,30-0,40 m, e não diferem entre PC e PD nas camadas de 0,00-0,10 e
0,40-0,60 m. O PD apresentou maior concentração da classe de agregados >
2,00 mm, enquanto que no PC a maior concentração ocorreu nas classes de
agregados < 0,25, 0,25-0,50, 0,50-1,00, e 1,00- 2,00 mm. Considerando as
65
diferentes espécies de inverno e, independente do sistema de preparo do solo,
nas camadas 0,00-0,10 e 0,10-0,20 m constatou-se maior concentração das
classes de menores agregados do solo no tratamento pousio. Nas camadas de
0,00-0,10 e 0,10-0,20 m, o PD foi > que o PC quanto aos valores de diâmetro
médio ponderado (DMP), diâmetro médio geométrico (DMG) e índice
estabilidade de agregados (IEA) e, na superfície (0,00-0,10 m), apresentou um
aumento em 78% no índice DMP, 238% para o índice DMG e 7,8% para o IEA,
em comparação ao PC. Nas camadas superficiais do solo (0,00-0,10 e 0,10-
0,20 m), o tratamento PC apresentou as maiores proporções da
macroporosidade do solo. A microporosidade foi maior em PD do que em PC
nas duas camadas superiores e iguais até 0,40 m, enquanto na porosidade
total não foram constatadas diferenças entre PD e PC em todas as camadas
amostradas.
66
1.8.7 Projeto piloto de reflorestamento em Antonina.
Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Reserva Natural Morro da Mina, Antonina.
Situação do projeto: Iniciado em Setembro de 2001, duração de 40 anos.
Resumo/Abstract: Projeto de reflorestamento em uma área de 1.000 hectares
na Reserva Natural Morro da Mina, no município de Antonina, Paraná. Os
projetos de seqüestro de carbono são orientados pelo princípio de que é
possível compensar e evitar as emissões de CO2 conservando florestas
ameaçadas pelo desmatamento, bem como retirando carbono da atmosfera,
através de atividades de restauração florestal, em áreas anteriormente
desmatadas. Dessa maneira, por evitar futuras emissões e capturar o CO2,
esses projetos colaboram não apenas no combate aos efeitos do aquecimento
global, mas também na manutenção da biodiversidade e na geração de outros
benefícios indiretos. Dentre esses últimos, é possível destacar a proteção do
solo e da água, assim como o desenvolvimento das comunidades locais de
forma compatível com a conservação ambiental.
����
67
1.8.8 Estimativa do potencial de neutralização de dióxido de carbono no
programa vivat neutracarbo em tijucas do sul, Agudos do Sul e São José
dos Pinhais, PR.
Nome do pesquisador: Sylvio Péllico Netto, Érico Emed Kauano, Márcio
Coraiola, Saulo Henrique Weber, Sergius Erdelyi.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Tijucas do Sul – PR, São Jose dos Pinhais - PR
Instituição responsável: PUC -PR
Situação do projeto: Concluido
Resumo/Abstract: A ação antrópica, principalmente resultante da
industrialização, tem provocado mudanças climáticas globais, com inúmeras
conseqüências ao ambiente e com repercussões sobre a biodiversidade. As
emissões mais nefastas advêm do Dióxido de Carbono (CO2) e de outros
gases como o Metano (CH4) e o Óxido Nitroso (NO2), que provocam o
aquecimento global. A partir do Protocolo de Quioto, iniciou-se em todos os
países do mundo uma ação pública e de toda a sociedade, visando reduzir as
emissões e neutralizá-las através de plantios florestais, uma das formas mais
eficientes para minorar os fortes efeitos poluidores no ambiente. Foi com este
intuito que a PUC-PR, através da Aliança Ecológica, estabelecida entre a
Instituição Filantrópica Sergius Erdelyi - IFSE, a Associação Paranaense de
Cultura – APC e a empresa florestal PANAGRO, lançaram o Programa VIVAT
NEUTRACARBO, desenvolvido em Tijucas do Sul, Agudos do Sul e São José
dos Pinhais, PR. O Programa tem dois grandes objetivos para combater o
aquecimento global: a educação sócio-ambiental e a neutralização de dióxido
de carbono, CO2 atmosférico, pela fixação do carbono em reflorestamentos e
florestas nativas durante se crescimento. As espécies utilizadas no
reflorestamento são: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Pinus taeda L.,
Pinus elliottii Engelm, Eucalyptus viminalis Labill., Mimosa scabrella Benth.,
além de remanescentes florestais nativos (Floresta Ombrófila Mista) em estágio
médio a avançado de sucessão secundária. Os resultados obtidos no presente
����
68
trabalho constituem ainda uma primeira aproximação sobre estimativas de
neutralização de carbono por florestas plantadas e naturais no Primeiro
Planalto Paranaense. Atualmente o programa tem capacidade de neutralizar
um total de 962.013,29 ton. de CO2 em 20 anos, dos quais 522.582,97;
15.724,51; 86.308,21; 59.184,37; 278.213,22 ton. de CO2 são provenientes
das espécies Pinus, Eucalipto, Bracatinga, Araucária e remanescentes de
florestas naturais, respectivamente.
69
1.8.9 Carbon sequestration in an agroforestry system of coffee and
Mimosa scabrella (bracatinga) in southern Brazil.
Nome do pesquisador: Paulo Henrique Caramori, Alex Carneiro Leal, Wilian
Da Silva Ricce, Heverly Morais, Fabio Suano De Souza, Armando Androcioli
Filho.
Nome do Orientador: Não diponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Londrina - PR.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Coffee shading has been a common practice used for frost
protection in southern Brazil. The opportunities of the Clean Developing
Mechanism established in the Kyoto Protocol opened the possibility of obtaining
carbon credits for reforestation. Agroforestry Systems in tropical regions have
the potential of producing significant amounts of biomass and could also
become eligible in the near future. In this work the biomass production and
carbon sequestration was evaluated in an agroflorestry system of coffee and
Mimosa scabrella, compared to an open-grown coffee plantation in Londrina,
Paraná state, Brazil (23o22´S).
����
70
1.8.10 Avaliação do impacto ambiental, social e econômico da
recomposição florestal no município de Bandeirantes.
Nome do pesquisador: Luiz Carlos Reis.
Nome do Orientador: Dr. Otavio Jorge Grigoli Abi Saab.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: Bandeirantes-PR.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. De Agronomia.
Situação do projeto: Em andamento (término previsto 31/01/2011).
Resumo/Abstract: As atividades econômicas e industriais têm provocado
alterações na biosfera, duplicando a concentração de gases de efeito estufa
(GEE) na atmosfera nos últimos 250 anos. Levantamentos do
Intergovernmental Panel On Climate Change mostram que essa alteração
poderá desencadear um aumento da temperatura média do planeta nos
próximos cem anos. As metas de redução desses gases estão definidas no
protocolo de Kyoto, para o primeiro período de compromisso, além de critérios
e diretrizes para a utilização dos mecanismos de mercado. O protocolo criou o
mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) com o objetivo de facilitar a
redução de emissões GEE e ao mesmo tempo promover iniciativas de
sustentabilidade nos países em desenvolvimento. A formação do "mercado de
carbono", através do MDL, em nível nacional e internacional, pode tornar – se
"commodity ambiental". As atividades antrópicas que exigem investimentos
expressivos e que efetivamente reduzem a concentração atmosférica de
dióxido de carbono, como reflorestamento e florestamento, podem e devem ser
consideradas como projetos elegíveis para o mecanismo de desenvolvimento
limpo. No município de bandeirantes, a necessidade de recomposição florestal,
para atender as exigências legais, será de aproximadamente 12000ha. A
hipótese é de que a recomposição florestal, conforme legislação ambiental,
ocupará terras com potencial produtivo, refletindo em sua capacidade produtiva
e que a transformação destas florestas recompostas, em "commodity"
ambiental poderá representar alternativa viável nos aspectos econômico, social
e ambiental para os produtores rurais. O trabalho visa analisar os efeitos da
����
71
recomposição florestal, na capacidade produtiva do município e a contribuição
desta recomposição e dos remanescentes florestais existentes, no seqüestro
de carbono da atmosfera e análise da viabilidade desses sistemas florestais
como projetos MDL. O estudo dar-se-á no município de Bandeirantes - Pr,
considerando os remanescentes, obtidos a partir de dados de sensoriamento
remoto, processados em sistema de informação geográfica. Utilizar-se-á da
metodologia preconizada pelo "executive board ar-am0001/version 01", para
avaliar a contribuição dessas florestas no seqüestro de carbono.
72
1.8.11 Estimativa de Seqüestro de Carbono da Biomassa Aérea como
Indicador de Sustentabilidade em Decorrência da Adequação da Área de
Preservação Permanente na Sub-Bacia do Rio Pequeno (Antonina - PR).
Nome do pesquisador: Luiz Ermindo Cavallet; Eduardo Vedor de Paula
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Antonina –PR.
Instituição responsável: FAFIPAR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: A atividade de recuperação dos ecossistemas florestais
configura fonte potencial de seqüestro de carbono. A adequação das
propriedades rurais conforme determina o Código Florestal implica em parte na
manutenção ou regeneração das Áreas de Preservação Permanente (APP’s).
Uma das formas para a estimativa da quantidade de carbono na biomassa
florestal relacionada às áreas de preservação permanente é associar
ferramentas de geoprocessamento com levantamentos no campo, quando se
mede a superfície da área de preservação existente e também a superfície
daquela que se deve regenerar. Dessa forma, pode-se obter um indicador de
sustentabilidade, o qual reflete o grau de preservação que as áreas protegidas
por lei se encontram. O presente trabalho objetivou apresentar uma forma de
estimar a quantidade de carbono a ser seqüestrada em decorrência da
adequação da área de preservação permanente na sub-bacia do Rio Pequeno,
pertencente à microbacia hidrográfica do Rio Cachoeira, situada na região
litorânea do estado do Paraná. Dentre os resultados obtidos deve-se destacar
que depois de efetuada a adequação das propriedades rurais da sub-bacia do
Rio Pequeno, pode haver um aumento de 32,1% na quantidade de carbono na
biomassa florestal aérea, totalizando o valor de 120.726, 35 Mg de C ha-1.
Quanto às tipologias vegetais, destacou-se a formação Floresta Ombrófila
Densa Submontana devido ao significativo potencial de seqüestro de carbono.
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73
Os resultados permitiram a proposição de um indicador de sustentabilidade
dentro dos propósitos do trabalho, que de uma escala de 0 a 1, obteve-se o
valor de 0,75 para a área de estudo, tal valor demonstra o estado de
preservação relativamente bom, em que se encontram as APP’s na sub-bacia
em questão.
74
1.8.12 Contribuição à aquisição de dados essenciais para avaliação global
do sequestro de carbono no solo.
Nome do pesquisador: Antonio Salvio Mangrich.
Nome do Orientador: Antonio Salvio Mangrich.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição Responsável: UFPR.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: O aumento da população mundial vem causando impacto
ambiental e redução da qualidade de vida. O necessário crescimento das
atividades agrícolas e industriais tem como efeito o aumento dos níveis de
poluição, causado pelo acúmulo de rejeitos sólidos, líquidos e gasosos. Os
solos do mundo contêm mais carbono que o existente nos vegetais e na
atmosfera, juntos. Assim, os solos são importantes reservatórios e possíveis
absorvedores, ou sequestradores, de C. As emissões do CO2 estão
aumentando no Brasil em razão das queimadas em florestas e pastagens e do
crescente uso dos combustíveis fósseis.
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75
1.8.13 - “Cortina Verde” em estações de tratamento de esgoto.
Nome do pesquisador: Péricles Weber
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: PARANÁ
Instituição de pesquisa: SANEPAR.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: Implantação de “cortina verde" nas estações de
tratamento de esgoto para fins de redução de odor. Esta prática também
contribui para armazenamento de CO2 e consequentemente redução de gases
de efeito estufa.
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76
1.9 MITIGAÇÃO – ENERGIA RENOVÁVEL
1.9.1 - Aproveitamento energético do biogás gerado em estação de
tratamento de esgoto.
Nome do pesquisador: Péricles Weber
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: PARANÁ
Instituição de pesquisa: SANEPAR.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: O aproveitamento energético do biogás gerado em estação
de tratamento de esgoto para fins de geração de energia elétrica. Isto
possibilita reduzir a emissão de metano presente no biogás gerado nas ETEs.
77
1.10 MITIGAÇÃO – CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS
1.10.1 - Construções Sustentáveis.
Nome do pesquisador: Marcelo Lubas, Ana Paula Dalla Corte.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: PARANÁ.
Instituição de pesquisa: FUPEF.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Este programa visa estimular à adoção de práticas,
técnicas, processos e materiais de baixa emissão e que contribuem para o
caminho da sustentabilidade, através da integração de ações institucionais.Na
linha construções sustentáveis, de onde os recursos materiais advêm de fontes
renováveis e não-renováveis, uma das ações junto aos profissionais é
demonstrar as vantagens do uso da madeira de origem legal em construção,
pois a madeira (árvore) seqüestra carbono, e pode-se dizer que fixa o carbono
a longo prazo, no momento em que o processo de industrialização transforma-
a em um bem durável (móveis, estruturas, painéis, etc).
Com o desenvolvimento do novo padrão tecnológico criado para a
madeira – pastilhas, para móveis e revestimentos, é possível aumentar o índice
de fixação de carbono/m3 de madeira serrada e beneficiada. Estima-se que a
redução das emissões de dióxido de carbono pode ser de até 2,4 milhões de
toneladas por ano, somente para a madeira tropical. O Paraná industrializa
cerca de 750.000 m3 de madeira de origem amazônica anualmente (Fonte:
IMAZON), sendo, portanto, responsável por parte das emissões geradas na
região amazônica.
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78
1.10.2 Diretrizes da Arquitetura e da Construção Sustentável para Campi
Universitários: Estudo de caso do Campus Curitiba/Ecoville da UTFPR.
Nome do pesquisador: Vania Deeke
Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UTFPR
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: A pesquisa analisa os impactos ambientais da construção e
utilização de edifícios que compõe campi universitários, principalmente em
relação a emissão de CO2, propondo uma nova abordagem da construção
sustentável no planejamento do Campus Curitiba/Ecoville, da UTFPR, ainda
em fase de construção.
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79
1.11 POLÍTICA
1.11.1 Estratégias de mitigação e compensação das emissões de CO2 na
mobilidade urbana: uma análise da produção científica internacional.
Nome do pesquisador: Rafael Sindelar Barczak.
Nome do orientador: Dr. Fábio Duarte.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: PUC-PR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: A contemporaneidade deste tema enfatiza na literatura
científica as discussões que buscam soluções para os elevados custos sociais,
econômicos e principalmente ambientais dos atuais padrões de mobilidade
urbana expressos pela crescente motorização da população mundial. Tais
padrões são reforçados quando se analisam as tendências de crescimento
econômico onde há crescimento da população, sobretudo urbana; expansão
urbana e dispersão periférica das atividades incrementando as distâncias de
deslocamento; a demanda crescente de mobilidade exercendo pressão cada
vez maior sobre a oferta de energia, sobretudo fóssil; e
conseqüentemente, aumentando a intensidade com que a economia mundial
produz as emissões de dióxido de carbono (CO2). Cabe ressaltar que o CO2 é
o gás de origem antrópica com maior contribuição ao efeito estufa. O setor de
transportes, atualmente responsável por um quarto das emissões globais deste
gás, tem apresentado as maiores taxas de crescimento nas emissões globais
de CO2, em comparação aos demais setores da economia, desde a década de
1970. Face às projeções que apontam até o ano de 2050 um crescimento de
140% nas emissões de CO2 pelos transportes, sobretudo em função do
aumento dos deslocamentos motorizados, políticas de mitigação e
compensação das emissões e seus respectivos efeitos na mobilidade urbana
passam a constituir esforços locais de redução da vulnerabilidade das cidades
����
80
aos impactos das mudanças climáticas, no incremento da capacidade
adaptativa e no estabelecimento de novos padrões
sustentáveis de desenvolvimento urbano, sem o comprometimento dos
recursos naturais, dos ecossistemas e da qualidade de vida em escala local e
global. Partindo do reconhecimento de que o Protocolo de Kyoto passa a
representar uma reversão nas tendências históricas de crescimento das
emissões para os próximos anos e posteriormente, a presente pesquisa
objetiva analisar os dez anos de produção científica internacional entre a
assinatura deste acordo e o início da
efetivação das suas metas de redução das emissões de CO2, investigando os
estudos científicos que abordam estratégias de mitigação ou compensação das
emissões relacionadas à mobilidade urbana, subdivididas em cinco grupos de
medidas: econômico-fiscais e financeiras; regulatórias; de informação e
comunicação; de planejamento; e tecnológicas. Deste modo, além de explorar
as diferentes bases teórico-conceituais na literatura científica nacional e
internacional sobre as medidas em questão, tal investigação, analisando a
produção científica de acordo com a importância que é dada a um ou mais
grupos de medidas, poderá suscitar discussões e debates e servir de base
conceitual e metodológica para a produção técnico-científica na área
acadêmica, em uma readequação da produção de informações de caráter
técnico-científico em âmbito
internacional e inclusive auxiliando na operacionalização de ações práticas na
gestão local e regional, salvo suas especificidades.
81
1.11.2 Sequestro de carbono e a viabilização de novos reflorestamentos
no Brasil.
Nome do pesquisador: Rosana Maria Renner.
Nome do orientador: Luiz Roberto Graça.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/04/2004.
Resumo/Abstract: Recentemente, tem se formado um consenso internacional
com relação ao fenômeno natural - Mudança Climática (aquecimento global) - e
suas origens na elevação dos Gases do Efeito Estufa (GEE), ocorrida a partir
da Revolução Industrial. A unanimidade em torno do assunto foi obtida com a
realização da Convenção Quadro sobre Mudança Climática das Nações Unidas
em 1992. A partir de então, iniciaram-se negociações para a redução das
emissões de CO2 que culminaram com o estabelecimento do Protocolo de
Quioto, ocorrida no Japão em 1997. Decorrente do consenso internacional
sobre o tema, existe um mercado comprador de créditos de Carbono. O
presente trabalho tem como principais objetivos comparar o resultado
financeiro de regimes de manejo através de simulações na taxa de desconto;
preços de venda do carbono e nas alíquotas potenciais dos Impostos de Renda
e CSSL (Contribuição Social Sobre o Lucro) sobre a receita líquida a ser obtida
pelo carbono; verificar a influência econômica do ingresso dos recursos do
carbono em diferentes momentos de desenvolvimento temporal dos projetos;
identificar a área mínima que torna um projeto de reflorestamento para
seqüestro de carbono viável economicamente para a situação apresentada; e
recomendar parâmetros que possam ser utilizados na definição de políticas,
viabilizando a utilização dos recursos do carbono para proporcionar a
ampliação da base florestal. A metodologia utilizada foi o VPL? Valor Presente
Líquido, o VPLa - Valor Presente Líquido Anualizado, o VET ? Valor Esperado
da Terra e a TIR? Taxa Interna de Retorno. Os dados de custos e preços foram
coletados na Klabin Florestal Paraná, para áreas de reflorestamento de Pinus
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82
spp. O trabalho? Estudo de viabilidade para implantação de florestas fixadoras
de carbono: estudo de caso no sul do Estado do Paraná?, da UFPR ?
ECOPLAN (2003) foi utilizado para o cálculo da quantidade de carbono fixado.
Os resultados se mostraram promissores para diferentes regimes de manejo
utilizados, principalmente, quando o ingresso de carbono foi considerado nos
diferentes momentos de desenvolvimento temporal do projeto e sem a
cobrança dos impostos de renda e CSSL (contribuição social sobre o lucro)
sobre o recurso advindo do carbono, os índices econômicos chegam a ter um
incremento de até 72,6% quando comparado ao projeto sem o cômputo do
carbono (situação regime de manejo 1). Para a implementação de projetos de
reflorestamento com Pinus taeda, nas condições apresentadas, recomenda-se
áreas acima de 200 ha. A taxa de juros foi o fator que mais penalizou os
projetos de reflorestamento. Conclui-se, então, que é oportuna a captação
destes recursos, principalmente quando a comercialização de carbono é
realizada em diferentes momentos de desenvolvimento temporal do projeto. O
setor florestal, no seu viés público e privado, deve buscar esta captação como
um mecanismo auxiliar na implantação de novas áreas florestais produtivas.
Isto deve ser feito de forma a viabilizar também o acesso de pequenos
produtores rurais aos benefícios da atividade por intermédio do associativismo,
enfatizando a necessidade de uma política específica para incidência de
impostos e taxas sobre estes recursos. O mercado de carbono com ou sem a
implementação do Protocolo de Quioto é uma importante fonte de receita para
a ampliação da base florestal nacional, tornando projetos viáveis
economicamente. Palavras chaves: seqüestro de carbono; avaliação
econômica; ampliação da base florestal brasileira.
83
1.11.3 Sequestro Florestal de Carbono no Brasil - Dimensões Política,
Socioeconômicas e Ambientais.
Nome do pesquisador: Manyu Chang.
Nome do orientador: Rodolfo Jose Ângulo.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: Brasil.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/01/2004.
Resumo/Abstract: A presente pesquisa analisa os limites e as oportunidades
do seqüestro florestal do carbono, enquanto mecanismo de desenvolvimento
limpo para o Brasil, bem como avalia a contribuição dos projetos-piloto ao
desenvolvimento sustentável. No marco geral da mudança climática, discutem-
se os aspectos ecológicos sobre o aquecimento, seus impactos e influência
antropogênica, assim como as questões econômicas em jogo, as posições
políticas dos países e a questão ética da eqüidade. Na questão do seqüestro
de carbono, cotejam-se os argumentos a favor e contra o instrumento, no
mundo e no Brasil, e explicita-se a posição oficial do governo brasileiro. Os
argumentos são sintetizados de forma a mostrar as potenciais vantagens e
desvantagens do seqüestro de carbono como instrumento de gestão para a
mitigação da mudança do clima, tanto da perspectiva de países investidores
quanto da de hospedeiros. Para efeito de referência, são arrolados os projetos
florestais do carbono no mundo, implementados desde a fase das atividades
implementadas em conjunto até o ano 2001. A reflexão sobre a contribuição do
seqüestro de carbono para o desenvolvimento sustentável tem como
referencial teórico: as diferentes interpretações do desenvolvimento
sustentável; a questão da participação social; as políticas de gestão ambiental
via mercado; e a tendência da responsabilidade ambiental e social das
empresas. Quatro projetos florestais de carbono em curso no Brasil em 2001
(Projeto Peugeot - Mato Grosso; Projeto Ação Contra Aquecimento Global-
Paraná; Projeto Plantar-Minas Gerais; e Projeto Seqüestro de Carbono na Ilha
do Bananal-Tocantins) são analisados quanto à sua contribuição ao
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84
desenvolvimento sustentável. A metodologia propõe uma tipologia dos projetos
(comercial, conservacionista e desenvolvimentista) e uma matriz
multidimensional, multiescala e multitemporal para a avaliação dos impactos.
Finalmente, os projetos são examinados quanto à sua aderência aos
regulamentos do Protocolo de Kyoto. Os resultados levam a afirmar que,
embora todos os projetos de carbono analisados contribuam com alguns
impactos positivos, o que os diferencia são os limites e a duração destes, por
serem subordinados a objetivos prioritários diferentes. Conclui-se que o tipo
desenvolvimentista apresenta o maior potencial de contribuição para o
desenvolvimento sustentável. Uma outra conclusão da pesquisa é que o
sequëstro florestal do carbono, como mecanismo de desenvolvimento limpo,
apesar de suas limitações, pode constituir uma oportunidade, no contexto
brasileiro-que a opção energética não apresenta-, de contribuir para o
desenvolvimento rural e para o uso sustentável dos recursos, de forma a
atender às demandas sócioambientais das populações rurais. Isto, desde que
os projetos sejam formatados e implementados dentro de uma perspectiva
desenvolvimentista, em parceria com organizações governamentais, e
respaldados por políticas públicas de maior alcance.
1.11.4 - Análise do mercado de créditos de carbono e viabilidade
econômica de florestamentos e reflorestamentos para sequestro de
carbono.
Nome do pesquisador: Roberto Baptista Nadal Junior.
Nome do Orientador: João Carlos Garzel Leodoro Da Silva.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição de Pesquisa: UFPR.
Situação do projeto: Projeto Novo.
Resumo/Abstract: O presente trabalho, além de fortalecer a pesquisa na área
comercial e econômica do seqüestro de carbono em biomas florestais, tem
como objetivos diretos: -Estudar e transparecer as ações realizadas na
comercialização de Créditos de Carbono; -Identificar e avaliar as tendências
�
85
deste mercado em nível Mundial e seus reflexos no mercado Nacional; -
Analisar a viabilidade econômica de florestamentos e reflorestamentos com
florestas comerciais e naturais (recuperação de áreas degradadas) para o
seqüestro de carbono, através de estudo de casos e simulações.
86
1.11.5 A utilização de créditos de carbono no Brasil: uma visão
econômica e financeira.
Nome do pesquisador: Acef Antonio Said.
Nome do orientador: Maurício Dziedzic.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UNIPOSITIVO.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.
Resumo/Abstract: O presente estudo traça a evolução histórica das
convenções sobre o meio ambiente promovidas pela organização das Nações
Unidas - ONU, desde o final dos anos 1980, devido à crescente preocupação
com a degradação ambiental, conseqüente à emissão de gases de efeito
estufa na atmosfera. São analisados os principais programas da onu para o
meio ambiente, como o PNUMA - programa das nações unidas para o meio
ambiente, a OMM - organização mundial de meteorologia, e o IPCC - Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Entre as principais
convenções estudadas, é dada especial atenção a ECO-92, no Rio de Janeiro,
e à convenção de quioto, no Japão, como forma de preparação para o perfeito
entendimento do protocolo de quioto, documento que criou os mecanismos de
desenvolvimento limpo - MDL, e, conseqüentemente, o mercado de créditos de
carbono. Com o objetivo de analisar a importância ambiental e econômica dos
créditos de carbono para o Brasil, é efetuado um estudo evolutivo da formação
da consciência ambiental tanto de países desenvolvidos como de
subdesenvolvidos e em desenvolvimento, de forma a permitir a compreensão
dos mecanismos que regem o mercado em análise, e as negociações da
"moeda ambiental" certificado de emissões reduzidas. Por meio da relação
entre os créditos de carbono e a pesquisa científica, o agronegócio e a
formação de parques públicos e privados, são feitas análises críticas e
propostas ações relevantes tanto para a causa ambiental como para o
desenvolvimento econômico sustentável do Brasil.
����
87
1.11.6 - Sustentabilidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL).
Nome do pesquisador: Ana Cristina Casara.
Nome do orientador: Vladimir Passos de Freitas.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: PUC-PR.
Situação do projeto: Concluído em 01/07/2006.
Resumo/Abstract: A sustentabilidade do mecanismo de desenvolvimento
limpo está relacionada às mudanças climáticas globais. As expressões
mudanças climáticas e aquecimento global estão na ordem do dia, já que a
imprensa tanto internacional quanto nacional vem, cada vez mais, dando
destaque à matéria. As conseqüências ambientais, sociais e econômicas das
mudanças climáticas globais tornam-se a cada dia mais evidentes,
ocasionando insegurança aos seres humanos e alterando o cenário
macroeconômico e geopolítico do mundo. A mudança do clima já é apontada
como a principal ameaça para a paz e a segurança global, uma vez que a
disputa por escassos recursos hídricos, alimentares e energéticos é geradora
de conflitos bélicos entre povos e entre países. A matéria é regulamentada pela
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (1992),
pelo Protocolo de Quioto (1997) e pelos Acordos de Marraqueche (2001). O
mecanismo de desenvolvimento limpo foi criado por esse Protocolo com o
escopo de promover o desenvolvimento sustentável nos países em
desenvolvimento e auxiliar os países desenvolvidos a reduzir suas emissões de
gases causadores do efeito estufa. Tal mecanismo, por ser um instrumento
financeiro em prol do meio ambiente, coaduna se com o preceito contido no
artigo 170 da Carta Magna, inciso VI, segundo o qual a atividade econômica
deve respeitar o princípio da defesa do meio ambiente, e com o artigo 225 da
Constituição Federal, que consagra o princípio do desenvolvimento
sustentável. Todos os projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo
deverão ser compatíveis com os princípios éticos, sociais, ambientais,
����
88
econômicos e políticos estabelecidos juridicamente com a finalidade de guiar
os povos, as nações e as organizações internacionais e nacionais nos
caminhos de um mundo pacífico, solidário, justo, ambientalmente íntegro e
saudável, onde todos os seres vivos, em qualquer época, existam em harmonia
com a natureza. Embora o Protocolo de Quioto tenha previsto o período de
2008 a 2012 para se alcançar a redução das emissões totais de gases de
efeito estufa em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990, já são
inegáveis os resultados alcançados nas ações internas de vários países na
busca de um novo desenvolvimento que concilie métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
89
1.11.7 Análise crítica dos mecanismos e instrumentos existentes e
propostos no mercado de carbono para obtenção de RCE (Redução
Certificada de Emissões).
Nome do pesquisador: Eder Zanetti.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: Embrapa
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Por conta do aquecimento global, resultante do aumento
dos Gases do Efeito Estufa – GEE na atmosfera pela atividade humana,foi
estabelecida a Convenção Quadro das Nações Unidades para as Mudanças
Climáticas. Dentro da Convenção, foi elaborado o Protocolo de Quioto, que
busca estabilizar a quantidade desses GEE na atmosfera, através de uma série
de atividades de mitigação. Para o Brasil, é importante o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo – MDL do Protocolo e, no caso das florestas
energéticas, os setores de Energia, Resíduos e Florestamento e
Reflorestamento – A/R. Dentro do MDL, os instrumentos que estão disponíveis
são as atividades de projeto de pequena e grande escala, e os projetos de
Programa de Atividades de pequena e grande escala. Existem 121 projetos do
setor de Energia que utilizam biomassa florestal ou equivalente, 18 projetos do
setor de Resíduos e quatro projetos do setor de A/R, em nenhum dos setores
existe projeto de Programa de Atividades que utilize a biomassa florestal. Há
uma grande oportunidade para desenvolvimento de atividades de projeto que
utilizem esse instrumento para ingressar no MDL.
����
90
1.11.8 The Carbon Market and the Harvested Wood Products Potential
within Latin America.
Nome do pesquisador: Ederson Augusto Zanetti, Edílson Batista Oliveira,
Daniele Maia de Souza, Roberto Tuioshy Hosokawa, Joesio Deoclécio Siqueira
Perin, Fabio Ximenes.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: Embrapa
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: The International Panel on Climate Change – IPCC,
estimates a potential of emission’s reduction or sequestration for seven sectors
contribution for climate change mitigation until 2030: energy, industry,
construction, transport, agriculture, residues and forests. Forest sector
contributes to global climate change through different ways: trees sequestrate
carbon during their natural growing process, forest stands store carbon in their
aerial and underground biomass, litter, dead wood and soils and Harvested
Wood Products - HWP either keep the carbon for periods ranging from one to a
couple hundred of years, depending on their raw material origin and
characteristics. Some woods are used in the same years as energy, others are
applied to paper products and there are also many used for construction and
furniture. HWP are part of carbon stocks and flux considerations within the
Agriculture Forests And Other Land Use (AFOLU) sector of Kyoto Protocol.
Currently, national reporting of greenhouse gas emissions and removals in Latin
America does not include carbon store in HWP, however, carbon stored in HWP
can be used to offset part of Greenhouse Gases – GHG emissions, taking into
account the lifetime of different materials, resulting from forest harvesting. As an
example, the consumption of HWP in Brazil in 2006, discounting exports, was
in order of 187,1 million m3 / year, 42,3 Tg of Cabon. When this value is
subtracted from the country’s total GHG emissions, the result is around a 75%
reduction. Within this context, Life Cycle Assessment (LCA), a managerial
instrument which helps identifying environmental impacts along each production
����
91
chain, can help the compilation of mass and energy balances and on
identification of forest sector impacts. Strategies have been suggested to
increase forest products consumption and therefore forest sector contribution to
face global climate change. The Latin America has low rates of forest
production and consumption levels, thus increasing regional use and trade of
long living wood species can largely contribute to mitigate global climate change
impacts.
92
1.11.9 Projetos de MDL em aterros sanitários no Brasil: alternativa para o
desenvolvimento sustentável.
Nome do pesquisador: Adriana Carneiro Duarte.
Nome do orientador: Maria Cristina Borba Braga.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/12/2006.
Resumo/Abstract: O MDL é um dos instrumentos de flexibilização
estabelecidos pelo Tratado de Quioto com o objetivo de facilitar o cumprimento
das metas de redução de emissão de GEE, definidas para os países que o
ratificaram. Com a introdução do MDL, as empresas estrangeiras que não
conseguirem, ou não desejarem, diminuir suas emissões poderão comprar os
CERs de países em desenvolvimento, através de projetos de mitigação de
GEE. Os países em desenvolvimento, por sua vez, devem utilizar o incremento
financeiro oriundo do MDL para promover seu desenvolvimento sustentável. Os
projetos que se habilitarem à condição de projeto de MDL deverão cumprir uma
série de procedimentos até receber a chancela da ONU e, conseqüentemente,
certificar as reduções alcançadas. No escopo das atividades estabelecidas
para a mitigação de GEE está a disposição final de resíduos, pois o CH4, um
GEE, é um dos componentes do biogás, produzido como conseqüência do
processo de decomposição anaeróbia da matéria orgânica presente nos
resíduos domésticos. Atualmente, no Brasil, existem 22 projetos no âmbito do
MDL desenvolvidos em aterros sanitários, objetivando reduzir as emissões de
GEE através da mitigação de emissões de CH4 em aproximadamente 53
milhões de tCO2e nos próximos 10 anos. O biogás, gerado em aterros, é
considerado uma fonte de energia renovável e, portanto, sua recuperação e
seu uso energético apresentam vantagens ambientais, sociais, estratégicas e
tecnológicas significativas A recuperação do biogás, associada ao seu uso
energético, pode não ser a solução final para a questão do gerenciamento dos
resíduos no Brasil, todavia é a melhor opção que se apresenta para o
����
93
momento. A captação do biogás com aproveitamento do seu potencial
energético ou não, poderá tornar-se um forte candidato a projetos de
comercialização de créditos de carbono. Este estudo teve por objetivo avaliar
as características especificadas nos projetos de MDL para aterros sanitários
brasileiros com vistas à mitigação das emissões de CH4. Para o
desenvolvimento deste estudo, dos 22 projetos brasileiros, foram selecionados
cinco aterros sanitários para visita técnica, tendo sido realizada uma análise
criteriosa das suas características individuais.
94
1.11.10 Da função ambiental do contrato de implementação de um projeto
de MDL no Brasil.
Nome do pesquisador: Antonio Lorenzoni Neto.
Nome do Orientador: Antonio Lorenzoni Neto.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UEM.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Com Pendência (desde 01/07/2008).
Resumo/Abstract: Sabe-se que todo contrato deve cumprir a sua função
social, tratando-se de conteúdo dessa função, também, a proibição de que do
contrato surtam efeitos prejudiciais ao equilíbrio ecológico do meio ambiente.
Assim, a função social do contrato possui um entorno ambiental como
decorrência da relação jurídica ambiental stricto sensu, prevista no Art. 225 da
Constituição Federal brasileira de 1988, cuidando-se, também, de uma cláusula
geral dos contratos, inclusive do contrato de implementação de um projeto de
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) bilateral, instrumento em que se
estabelece a compra e venda de créditos de carbono, disciplinado pelo Tratado
de Kyoto à Convenção Quadro das Nações Unidas de Mudança do Clima.
Contudo, como resultado do presente projeto de pesquisa, burcar-se-á
identificar no referido contrato de MDL, além do entorno ambiental da função
social do contrato, uma função ambiental específica, característica dessa
"novel" espécie contratual, haja vista que no seu mister, exige-se a promoção
do desenvolvimento sustentável do local do domicílio do projeto de MDL.
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95
2 - PESQUISAS INDIRETAS
2.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS
2.1.1 Clima Urbano / conforto térmico e condições de vida na cidade: uma
perspectiva a partir do aglomerado urbano da Região Metropolitana de
Curitiba.
Nome do pesquisador: Eliane Muller Seraphim Dumke.
Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima; Francisco de Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.
Local da pesquisa: Região Metropolitana de Curitiba.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/12/2003.
Resumo/Abstract: Curitiba se distingue no cenário brasileiro por seu contexto
histórico, pelo planejamento urbano e pelas especificidades climáticas: o
desconforto por frio durante a maior parte do ano e com mais intensidade nos
meses de inverno. Porém, o acelerado desenvolvimento da cidade se insere no
processo de urbanização corporativa (Santos, 1993), do capitalismo
exacerbado, do domínio da tecnologia e da informação, e da crescente
dissociação do meio ambiente. Fruto das contradições próprias da sociedade
globalizada, a intensificação das relações socioespaciais urbanas resulta em
um espaço estratificado. Assim, a presente investigação tem por objetivo
avaliar o clima e o conforto térmico nas paisagens intra-urbanas e suas
relações com as desigualdades socioespaciais geradas pelo desenvolvimento
do Aglomerado Urbano da Região Metropolitana de Curitiba (AU-RMC) como
fator intensificador da vulnerabilidade social da população em função das
condições de vida. O trabalho se particulariza por relacionar o estudo do clima
urbano e do conforto térmico às condições sociais da população, pela
interdisciplinaridade e pela utilização do Sistema Ambiental Urbano (SAU), de
Mendonça (2004b), como fundamento teórico-metodológico. A pesquisa foi
elaborada, ainda, com base na metodologia para o estudo do clima urbano de
cidades de porte médio e pequeno de Mendonça (1995), que propõe análises
�
96
no âmbito das relações sociedade/natureza, espaço/tempo (clima) e na
perspectiva da interação global/local. A partir da cartografia dos elementos do
sítio (hipsometria, declividades, orientação das vertentes do relevo e ventos
superficiais), do fato urbano (uso do solo, distribuição socioespacial das
habitações) e de sua correlação, elaborou-se a setorização espacial da cidade,
que orientou a geração da rede de monitoramento em campo. Em paralelo, a
Análise Temporal resultou na caracterização do clima local sob os aspectos
dinâmicos da atmosfera e na contextualização do experimento. Os valores de
temperatura do ar e de umidade relativa do ar, coletados in situ em 16 locais
selecionados, em agosto de 2006, foram comparados aos dados obtidos por
estações meteorológicas, espacializados, analisados por meio de gráficos
comparativos e avaliados segundo os modelos de conforto térmico de Sorre
(1984), Givoni (1992) e Aroztegui (1995). A Termografia de Superfície, obtida
por imagem de satélite Landsat 5, possibilitou uma averiguação mais detalhada
do clima intra-urbano e a comparação entre a temperatura da superfície e a
temperatura do ar. Confrontando-se os graus de desconforto térmico à
classificação das condições e qualidade de vida dos locais amostrados,
verificou-se a coincidência, em geral, de um duplo desconforto – por frio, e por
maiores amplitudes térmicas – nos espaços em que as parcelas menos
favorecidas da sociedade se estabelecem, devido ao padrão de estratificação
social observado em Curitiba, agravando ainda mais os baixos índices de
qualidade de vida e a vulnerabilidade socioambiental. Os resultados
encontrados devem subsidiar o planejamento urbano e os órgãos públicos no
atendimento da população em relação à saúde pública.
97
2.1.2 Impactos de inundações em áreas urbanas: o caso de Francisco
Beltrão - Paraná.
Nome do pesquisador: Dirce Grando Diaz Santis.
Nome do Orientador: Francisco de Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Francisco Beltrão-Pr.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: A preocupação diante dos impactos resultantes de
inundações fluviais em espaços urbanos tem aumentado consideravelmente
nas ultimas décadas. As inundações desorganizam a vida das populações
atingidas e acarretam expressiva deterioração da qualidade de vida, bem como
danos materiais de grande monta, tanto para a sociedade civil como para o
poder público. No Brasil, em função de sua tropicalidade e, consequentemente,
de suas constantes chuvas de verão, vários centros urbanos são
repetidamente afetados por episódios de chuvas concentradas, impactantes
para a economia e para a sociedade. Alia-se também a este fato a
característica brasileira, ou mesmo subdesenvolvida, do desenvolvimento e
crescimento urbano destituído de qualquer planejamento que orientasse uma
melhor ocupação do solo. Partindo desse principio analisou-se a interação
entre os eventos climáticos naturais e a forma de ocupação do espaço urbano,
com ênfase nas inundações e suas repercussões na cidade de Francisco
Beltrão, localizada no sudoeste do Estado do Paraná. Para tanto se utilizou a
metodologia proposta por Monteiro (1976) relativa ao SCU - Sistema Clima
Urbano, particularmente do sub-canal hidrometeórico, tendo sido utilizados
dados oficiais, de reportagens jornalisticas e registro de observador
independente. A abordagem contemplou uma perspectiva histórica do
problema das inundações naquela cidade, bem como destacou cinco episódios
mais impactantes nas três ultimas décadas, para os quais dedicou-se analise
detalhada do fenômeno e seus impactos urbanos. O trabalho culmina com a
elaboração de uma carta das áreas de risco a inundações na cidade de
����
98
Francisco Beltrão.
99
2.1.3 Inundações Urbanas em Curitiba: impactos, riscos e vulnerabilidade
sócioambiental no bairro Cajuru.
Nome do pesquisador: Maria Elisa Zanella Veríssimo.
Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: Curitiba.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/02/2006.
Resumo/Abstract: O tema desta tese é o estudo das inundações e seus
impactos, dentro da perspectiva do Sistema Clima Urbano de Monteiro, em
uma área do bairro Cajuru, localizada às margens do rio Atuba, na cidade de
Curitiba, e sujeita a riscos de inundações. Da mesma forma, contempla a
percepção das comunidades atingidas, da imprensa e dos gestores públicos
sobre os referidos problemas e sobre as modificações relativas à contenção
das cheias no espaço das comunidades que lá residem. Num primeiro
momento, é elaborado um referencial teórico sobre o processo de urbanização
e o clima urbano, sobre risco ambiental e vulnerabilidade e sobre percepção,
fundamentais para embasar a pesquisa. É feita, ainda, a leitura do sítio urbano
e do processo de urbanização de Curitiba e do bairro Cajuru, destacando sua
importância com relação às inundações. Os resultados apontam que,
concomitantemente ao crescimento da cidade, aumentou o número de eventos
pluviométricos intensos, bem como de inundações e seus impactos, e que com
a ampliação da ocupação das áreas de risco junto aos rios, um número cada
vez maior de pessoas vêm sendo atingidas. As comunidades estudadas
convivem com o problema hoje amenizado em virtude das melhorias
implementadas na área para a contenção das inundações. Apesar das
implementações feitas, essas comunidades têm a consciência de sua
localização em uma área de risco, e ainda se sentem inseguras quanto à
possibilidade de ocorrência de novos eventos. Reagem às inundações por
meio de modificações em seus espaços, de forma individual e coletiva, esta
última por intermédio de reivindicações junto ao Poder Público. A imprensa
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100
notifica os eventos pluviométricos que causam maiores inundações e impactos,
dando maior destaque às perdas materiais, deixando de perceber os
sentimentos das pessoas atingidas. Os gestores públicos, pelas suas
diferentes formações acadêmicas, percebem de forma diferenciada o problema
da ocupação das áreas de risco de inundações, gerando conflitos entre os
mesmos quando da implementação de infra-estrutura naqueles locais.
Entretanto, percebem e concordam que a complexidade destes problemas
exige um tratamento interdisciplinar, inclusive com a participação das
comunidades atingidas. No caso específico das comunidades estudadas, as
mesmas participaram das reivindicações para a contenção das inundações na
área e também das discussões por ocasião da realização das obras, mas não
participaram da elaboração do projeto.
101
2.1.4 Inundação urbana de maio de 2007 no Rio Iguaçu: análise sinótica e
de mesoescala.
Nome do pesquisador: Ana Beatriz Porto da Silva, Leonardo Calvetti, Cesar
Beneti, Cezar Duquia.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Rio Iguaçu.
Instituição responsável: SIMEPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Neste trabalho foi verificado um evento de seis dias
consecutivos de chuva na bacia do médio Iguaçu. Entre os dias 16 a 21,
ocorreu na região sul do estado do Paraná chuvas fortes, acompanhadas de
descargas atmosféricas e rajadas de vento isoladas. Em várias estações
hidrológicas do SIMEPAR, que ficam na região de União da Vitória, a vazão e o
nível do rio se elevaram com valores de 800 m3s-1 no dia 16 para 1400 m3s-1 no
dia 21. Esta instabilidade provocou inundações com muitos prejuízos para a
população da cidade e região. Assim como, afetou a parte de geração de
energia elétrica da região sul do estado do Paraná. As análises foram feitas
através de imagens de satélite, dados de reanálise do NCEP/NCAR, dados de
refletividade do radar meteorológico do SIMEPAR e dados das estações
automáticas meteorológicas e hidrológicas do SIMEPAR. Verificou-se que a
causa dos vários dias consecutivos de chuva, foi devido a dois sistemas
convectivos de mesoescala (SCM), o deslocamento de um sistema frontal, o
transporte de ar úmido e quente de latitudes mais baixas e o acoplamento de
um jato de baixos níveis (JBN) e um jato de altos níveis Polar (JAN).
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102
2.1.15 Impacto Da Concentração Do Dióxido De Carbono Tmosférico No
Gelo Marinho Antártico
Nome do pesquisador: Alice Grimm, Felipe Hastenreiter, Flávio Justino & Carlos
Schaefer
Local da pesquisa: Antártica
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
Com base em 5 experimentos de sensibilidade numérica conduzidos com um
modelo acoplado de intermediária complexidade, extendendo-se por 1500 anos do
modelo, e com diferentes níveis de CO2 (500, 600, 700 e 800 ppm), demonstra-se que
o aumento na concentração de CO2 leva a um aquecimento da região polar austral
com sérias implicações na cobertura de gelo marinho. Os resultados numéricos
mostram claramente a redução na espessura do gelo em até 1m, em particular no mar
de Weddell e no mar de Amundsen. Na parte leste da Antártica, desde o mar de Ross
até a zona Antártica do oceano Índico, a ausência do gelo foi a característica principal
dos experimentos de sensibilidade climática. Numa análise inicial, nota-se que estas
anomalias na criosfera deve-se a um substâncial aumento na quantidade de calor
oceânico transportado para a região Antártica.
Palavras-chave: Gelo Marinho, Antártica, mudanças climáticas, transporte de calor.
103
2.1.16 Interannual Climate Variability In South America: Impacts On
Seasonal Precipitation, Extreme Events And Possible Effects Of Climate
Change.
Nome do pesquisador: Alice Grimm
Local da pesquisa: América do Sul
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract: Não Disponível
104
2.1.17 Avaliação Do Impacto Das Mudanças Climáticas Na
Hidroeletricidade
Nome do pesquisador: Miriam Rita Moro Mine
Local da pesquisa: Bacia do Rio da Prata
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract:
Este projeto apresenta em linhas gerais o método a ser empregado e os
resultados esperados do estudo a ser realizado dentro do projeto CLARIS-LPB sob o
impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade na bacia do rio da Prata. O
método a ser utilizado baseia-se nas seguintes etapas: gerador de séries sintéticas de
chuva e/ou vazão; modelo chuva-vazão mensal; simulação do sub-sistema elétrico;
sumário e conclusões acerca das mudanças na energia firme e eventualmente nas
possíveis mudanças na estratégia de operação das usinas.
105
2.1.18 Mudanças Climáticas No Sul Do Brasil: Possível Influência Na
Produção De Espécies Frutíferas De Clima Temperado
Nome do pesquisador: Marcos Wrege, Flávio Gilberto Herter, Silvio Steinmetz
Carlos Reisser Junior
Local da pesquisa: Sul do Brasil
Instituição de pesquisa: Embrapa
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
O objetivo do trabalho foi fazer uma análise das mudanças climáticas globais, a
partir de resultados obtidos em outras regiões do mundo e recentes informações
obtidas no Brasil, e sua influência na produção de frutas de clima temperado. Os
principais resultados obtidos indicam aumento da temperatura. No Japão, em
Utsunomiya, ocorreu um aumento de 1,5°C, na temperatura mínima, durante o mês
de novembro. Na Alemanha o aumento da temperatura média foi de 1,4°C nos
últimos 40 anos. No Brasil, em Pelotas, o aumento foi de 1,66°C na temperatura
mínima anual, nos últimos 50 anos. Em Pelotas, observou-se ainda um aumento da
precipitação anual de 430 milímetros, nos últimos 54 anos. Os possíveis impactos
na produção, no mundo, apontam para alterações na duração do ciclo, com
antecipação da época de floração, tanto em pereira, como damasqueiro. No Brasil
não tem sido quantificado o efeito das modificações de temperatura, em fruteiras de
clima temperado. São apresentadas algumas estratégias que poderão ser adotadas
em fruticultura de clima temperado, para avaliar o efeito das mudanças climáticas
no Brasil.
106
2.1.19 Mudanças Climáticas Globais E O Melhoramento Genético Florestal
Nome do pesquisador: Rosana Clara Victoria Higa
Local da pesquisa: Não Disponível
Instituição de pesquisa: EMBRAPA
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
Foram analisadas as possíveis conseqüências das mudanças climáticas
globais no desenvolvimento das plantas e nas diferentes etapas que compõem um
programa de melhoramento genético, baseado em regeneração via sementes.
Segundo o relatório do Grupo de Trabalho I do IPCC (Intergovernamental Pannel of
Climate Change), Mudanças Climáticas 2001: a Base Científica, a temperatura da
superfície do globo terrestre aumentou 0,6 ± 0,2°C durante o século 20. Diferentes
cenários de emissões de gases de efeito estufa (SRES: Special Report on Emission
Scenarios) indicam que a temperatura média vai subir de 1,4 a 5,8 °C até o ano de
2100 em relação ao ano de 1990 e o nível dos oceanos deverá subir de 0,09 a 0,88m
até o ano de 2100. O aquecimento deverá ser variável entre diferentes regiões e serão
acompanhados por quedas e aumentos nas taxas de precipitação. Também poderão
ocorrer mudanças na variabilidade do clima com alterações na freqüência e
intensidade de fenômenos climáticos extremos. Durante os últimos cem anos, a
temperatura média anual do Brasil subiu aproximadamente 0,5 °C (Hulme e Sheard,
1999). Os três anos mais quentes (1995, 1997 e 1998), ocorreram na década de 90, a
mais quente deste século. Este aquecimento ocorreu em todas as estações do ano,
sendo mais pronunciado no período de junho a agosto. Os registros de
existentes desde o início do século indicam um aumento da precipitação anual em
cerca de 4%, ao longo do século 20. Grande parte deste crescimento tem ocorrido nos
períodos de março a maio. As projeções apontam para um aumento de 0,2 e 0,6 °C
por década durante o período de junho a agosto, sendo que os maiores aumentos
serão observados na Amazônia, onde a precipitação deverá diminuir entre 5 e 20%
durante o período de março a maio. O estado do Rio Grande do Sul pode observar um
aumento na precipitação entre 5 e 20%. No Pantanal do Mato Grosso, os anos mais
úmidos serão duas ou três vezes mais freqüentes, com maior risco de enchentes. A
zona seca do nordeste sofre variações opostas numa primeira metade do ano entre
dezembro e maio (se tornando mais úmida) e numa segunda, de junho a novembro
(se tornando mais seca) (Hulme e Sheard, 1999). Essas alterações têm sido atribuídas
107
ao aumento na concentração dos chamados gases de efeito estufa na atmosfera.
Entre eles o CO2 é considerado o gás que mais contribui para a intensificação do
efeito estufa. Sua concentração subiu de 280 partes por milhão, no período que
antecede à Revolução Industrial, para quase 360 partes por milhão nos dias de hoje
(Brasil, 1999). O aumento na concentração desses gases é decorrente da atividade
antrópica.
O tema vem gerando grandes preocupações na comunidade técnico-científica
em nível mundial, pelos prováveis impactos aos diferentes ecossistemas. A área
florestal está entre as mais preocupantes, pois, entre outros efeitos, são citados
aumento no período de crescimento vegetativo em regiões de altas latitudes,
alterações na distribuição natural de animais e plantas, “declínio” de populações
naturais, precocidade de florescimento de espécies florestais, severidade de pragas e
doenças. Alguns estudos discutem os efeitos das mudanças climáticas em espécies
florestais de interesse para os Brasil, como o Pinus taeda, espécie florestal mais
plantada nas regiões frias do planalto sulino brasileiro. De acordo com Groninger et al.
(1999) as principais respostas fisiológicas do P. taeda em relação ao aumento do CO2
atmosférico, são: as taxas de fotossíntese poderão ser inicialmente aceleradas através
da maior disponibilidade de CO2 e maior eficiência fotossintética (efeito fertilizador no
CO2); respiração, condutância estomática e evapotranspiração não serão afetadas ou
podem decrescer; ponto de compensação poderá diminuir com conseqüente aumento
do período de retenção das folhas (beneficia as folhas sombreadas); área foliar poderá
aumentar, mas a densidade foliar (área foliar por unidade de comprimento de galhos)
poderá diminuir; arquitetura da copa poderá ser alterada em função de modificações
nas estruturas dos galhos; sistema radicular poderá aumentar, beneficiando a
resistência ao deficit hídrico.
Quais seriam, então, os principais efeitos das mudanças climáticas globais nos
programa de melhoramento genético clássico de uma espécie florestal? Para essa
análise, é importante lembrar que uma estratégia de melhoramento genético para
espécies florestais envolve uma série de etapas discutidas a seguir, onde o ambiente
(clima e solo) desempenham papel fundamental:
a) Zonas de melhoramento são áreas ambientalmente homogêneas onde um
material genético selecionado poderá ser plantado. Isso significa que os locais de
plantios deverão ser caracterizados quanto ao clima e solo e, agrupados em zonas
relativamente semelhantes. Os principais fatores climáticos que afetam o
desenvolvimento (sobrevivência, crescimento e reprodução) das espécies florestais
108
utilizadas em reflorestamentos no Brasil, são a geada e o déficit hídrico (seca).
Alterações climáticas significativas na temperatura, que alterem a intensidade e
ocorrência de geadas em um determinado local podem, portanto, influir na definição
da Zona de Melhoramento.
b) A espécie/procedência deve ser adaptada ao clima e solo do local de plantio
(Zona de Melhoramento), além de produzir madeira com qualidade para o mercado
local e apresentar rentabilidade econômica competitiva. Resultados observados em
plantios localizados na divisa dos Estados do Paraná e São Paulo, entre as latitudes
24000’ S e 24030’ S, região de transição entre os climas tropical e subtropical, ilustram
bem o efeito climático na escolha da espécie. A produtividade atual do P. taeda e P .
elliottii é 25 m3/ha.ano e a produtividade dos Pinus tropicais é 35 m3/ha.ano, ou seja,
40% superior. Isso mostra a importância do clima no estabelecimento das Zonas de
Melhoramento e, consequentemente, na escola de espécies/procedências e na
complexidade da seleção das árvores que irão compor a População de Melhoramento
e os Pomares de Sementes. Caso haja um aumento significativo na temperatura, as
sementes de P. taeda utilizadas atualmente não seriam mais adequadas para as áreas
de plantio da espécie ou, numa situação mais crítica, a própria espécie deveria ser
substituída por outra mais tropical.
c) A seleção das árvores para compor a População de Cruzamento e para compor o
Pomar de Sementes é baseada na performance do indivíduo em relação a
produtividade (volume) e qualidade da madeira (retidão do fuste, ramificação, etc).
Estas são características quantitativas bastante influenciadas pelo ambiente.
d) A população de cruzamento é normalmente composta por várias centenas de
indivíduos selecionados. Assim, as árvores selecionadas podem ser agrupadas em
uma única população ou várias sub-populações. Geralmente utiliza-se várias sub-
populações no caso do programa envolver várias Zonas de Melhoramento.
e) Os cruzamentos entre as árvores selecionadas podem ser controlados ou abertos.
Em ambos os casos, os processos são signicativamente influenciados pelo ambiente,
principalmente pelo clima. Observações
fenológicas realizadas em um banco clonal de P. taeda, estabelecido em Sengés, PR,
no período de 1999 a 2000, mostram que a precipitação influiu na época de
florescimento. Com base nos aspectos discutidos anteriormente e, considerando que o
109
ciclo (rotação) de uma espécie florestal pode demandar várias anos (sete anos para os
eucaliptos e acácia-negra destinados a produção de celulose ou energia; vinte anos
para o P. taeda destinados a serraria), conclui-se que os efeitos das possíveis
mudanças climáticas não devem ser negligenciados no planejamento de um programa
de melhoramento genético de uma espécie florestal.
Como não se tem certeza do que possa acontecer, recomenda-se selecionar
genótipos (espécies/procedências/progênies/indivíduos) mais generalistas (plásticos e
estáveis) e/ou implantar um programa de melhoramento abrangendo toda a área
efetiva e potencial de plantio, com uma População de Cruzamento formada por um
número muito grande de árvores (várias centenas). As sementes das árvores que
deverão compor a População de Selecionada deverão ser plantadas na forma de
testes de progênies, não somente nas áreas potenciais de plantios, mas também de
locais representativos dos climas futuros, conforme os vários cenários possíveis.
110
2.2 ADAPTAÇÃO – SAÚDE
2.2.1 Dengue: uma análise climato-geográfica de sua manifestação no estado
do Paraná (1993-2003).
Nome do pesquisador: Eduardo Vedor de Paula.
Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/04/2005.
Resumo/Abstract: No presente trabalho, elaborado no âmbito da Geografia da
Saúde, a manifestação da dengue no estado do Paraná encontra-se analisada a
partir da relação de sua incidência com a infestação predial de seus vetores e com
as condições climáticas regionais. Embora os casos de dengue notificados na região
Sul tenham representado apenas 2,4% do total registrado para o país de 1995 a
2003, cabe destacar que nesta região identificou-se a maior taxa de crescimento de
notificações ao longo dos últimos cinco anos. A taxa média anual registrada cresceu,
entre 1999 e 2003, cerca de 475% para a região e de 1.605% somente para o
estado do Paraná, sendo que o crescimento médio encontrado para o Brasil no
mesmo período tenha sido de 62%. O recorte temporal de análise desta pesquisa
abrange o ano em que foi confirmado o primeiro caso autóctone de dengue no
Paraná (1993) até o ano de 2003. No entanto, a evolução sazonal da incidência da
doença, infestação dos vetores e variação térmica e pluviométrica foram delimitadas
somente partir de 1997, devido à disponibilidade dos dados do SINAN e do SISFAD.
Para as três cidades de maior número de casos da enfermidade em questão
efetuou-se a análise mensal dos dados. A principal epidemia registrada em território
paranaense, ocorrida no primeiro semestre de 2003, foi investigada de modo
introdutório por meio da análise diária de sua evolução. Espacialmente a incidência
da dengue no Paraná evidenciou sua estreita relação com as áreas de maior
infestação dos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, particularmente deste
último. A relação entre a área de maior incidência da doença e a porção mais quente
�
111
do estado, onde domina o tipo climático Cfa, também apareceram de maneira
bastante explicita na abordagem aqui desenvolvida. Os poucos casos autóctones de
dengue confirmados em municípios cujo tipo climático é Cfb ocorreram sob
condições térmicas acima da normalidade. Com o aumento das temperaturas e das
chuvas no verão a infestação de ambos vetores é ampliada, a inserção do vírus da
dengue, por meio de casos importados no Paraná, ocorre geralmente na segunda
metade desta estação. Assim, devido principalmente ao período de incubação
extrínseca no vetor e ao tempo em que a doença leva para se manifestar no homem,
é na estação de outono que se confirma o maior número de casos autóctones
(78,85% das ocorrências). Como sugestões para o monitoramento e controle da
dengue no estado do Paraná cita-se a utilização de um método oportuno para o
levantamento dos índices vetoriais, bem como o desenvolvimento de um sistema de
informações geográficas que integre os dados do SINAN, do SISFAD e informações
sócioambientais.
112
2.3 ADAPTAÇÃO – VULNERABILIDADE
2.3.1 Utilização de dados de temperatura de superfície, precipitação e umidade
para a identificação e monitoramento de incêndios em tempo quase real.
Nome do pesquisador: Flavio Deppe, Marciel Lohmann, Luisnei Martini, Carlos
Meneghette.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: SIMEPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Neste trabalho dados de temperatura de superfície, precipitação
e umidade foram incorporados em tempo quase real em um sistema utilizado para
identificação e monitoramento de incêndios. Dados de precipitação, assim como o
número de dias sem precipitação e dados de umidade do ar, forma utilizados para
gerar mapas de Índices de Risco de Incêndio. Imagens de temperatura de superfície
geradas a partir das imagens NOAA/AVHRR, foram utilizadas para a identificação de
focos de calor. Adicionalmente, dados de logística e dados físico territorial também
foram utilizados. Assim, o sistema proposto representa uma inovação principalmente
em função de utilizar em tempo quase real dados e informações que apresentam alta
resolução temporal, média resolução espacial e cobertura regional. Resultados
incluíram a demonstração, em caráter operacional, da identificação e monitoramento
em tempo quase real, do incêndio ocorrido no Parque Nacional de Ilha Grande,
Paraná, Brasil. O incêndio foi identificado a partir de seu início e os 236 focos de
calor foram monitorados e espacializados com sucesso nos dias subseqüentes.
�
113
2.3.2 Avaliação temporal de focos de calor no estado do Paraná (1999 a 2006).
Nome do pesquisador: Luisnei Martini, Flávio Deppe, Marciel Lohmann.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: SIMEPAR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Este trabalho apresenta um estudo sobre a ocorrência de pontos
críticos detectados em imagens NOAA, sensor AVHRR (Advanced Very High
Resolution Radiometer), no Estado do Paraná, Brasil, durante o ano de 2006. A
análise comparativa foi realizada utilizando dados diários do índice de Risco de
Incêndio, denominado "Índice de Monte Alegre" (IMA). Os focos de calor foram
mapeados em uma base mensal indicando a ocorrência espacial no Estado do
Paraná. Assim, foi possível definir regiões que apresentaram maior incidência de
focos de calor durante o ano de 2006. Além disso, foi possível definir dias
específicos que apresentaram maior ocorrência de focos de calor. Estes focos de
calor foram então plotados nos mapas diários de Índice de Risco de Incêndio. O
objetivo foi comparar os focos de calor com os altos valores do Índice de Risco de
incêndios florestais, para o dia selecionado. A análise pode ser utilizada para validar
a detecção dos focos de calor, bem como para produzir informações para as
agências governamentais, tais como corporações de bombeiros, a fim de planejar as
suas atividades de prevenção e combate a incêndios.
����
114
2.3.3 Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Curitiba.
Nome do pesquisador: Marley Vanice Deschamps.
Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça, Daniel, Joseph Hogan Mariano
de Matos Macedo.
Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.
Local da pesquisa: Curitiba.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2006.
Resumo/Abstract: O tema desta tese é o estudo da vulnerabilidade socioambiental
na Região Metropolitana e Curitiba, e tem por objetivo identificar áreas socialmente
vulneráveis que se sobrepõem a espaços ambientalmente vulneráveis, ou seja,
áreas sujeitas a algum risco ambiental, neste caso, as enchentes, demonstrando que
há uma distribuição desigual dos danos ambientais. Num primeiro momento, é feita a
leitura do processo de urbanização/metropolização da RMC e seu rebatimento na
conformação social do espaço metropolitano. O processo de segregação
socioespacial na Região é analisado sob a ótica dos movimentos migratórios. Na
identificação das áreas de vulnerabilidade socioambiental, aplica-se um modelo em
que se priorizam alguns indicadores socioeconômicos e demográficos para a
classificação de determinados grupos populacionais, de acordo com sua capacidade
(ou incapacidade) de resposta perante algum evento ambiental adverso.
����
115
2.3.4 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia
hidrográfica do Rio Belém - Município de Curitiba – PR.
Nome do pesquisador: Rafaela Antunes Fortunato.
Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Curitiba.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/05/2006.
Resumo/Abstract: A presente pesquisa busca subsídios para a prevenção e o
controle das inundações nas cidades por meio de ações de planejamento e gestão
ambiental urbana, abordando como cenário de estudo a bacia hidrográfica do rio
Belém, situada no município de Curitiba-PR. No Brasil, o processo de ocupação e
uso do solo urbano está intimamente ligado à freqüência das inundações. Em
Curitiba, um dos maiores problemas tem ocorrido na bacia hidrográfica do rio Belém,
formada por bairros densamente ocupados, incluindo o Centro da cidade e outros 36
bairros. Essa bacia apresenta diversas áreas cujos condicionantes naturais como
relevo, geologia e hidrografia tornam desaconselhável sua ocupação. Contudo,
mesmo com esses condicionantes a urbanização se intensificou ao longo dos anos,
impermeabilizando o solo e instalando-se nas margens dos rios e córregos que
formam a bacia, fatores que têm acarretado inúmeros problemas relacionados à
drenagem e às inundações urbanas. Para compreender de que forma as ações de
planejamento e gestão ambiental urbana podem contribuir para a mitigação das
inundações na área de estudo foram identificados seus erros e acertos por meio da
realização de diagnósticos físico-territoriais, sócio-econômicos e das inundações,
aprofundando-se sobre os pontos críticos e cenários de risco existentes, além da
análise das medidas de prevenção e controle executadas e propostas para a bacia.
Todos esses aspectos aliados ao método e fundamentação teórica selecionados
propiciaram o fornecimento de bases para a aplicação de ações sustentáveis na
bacia hidrográfica do rio Belém, as quais podem ser aplicadas a demais bacias
hidrográficas urbanas situadas em contextos que apresentem características
semelhantes.
����
116
2.4 CLIMA
2.4.1 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia
hidrográfica do Rio Belém - Município de Curitiba – PR.
Nome do pesquisador: Rafaela Antunes Fortunato.
Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Curitiba.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/05/2006.
Resumo/Abstract: A presente pesquisa busca subsídios para a prevenção e o
controle das inundações nas cidades por meio de ações de planejamento e gestão
ambiental urbana, abordando como cenário de estudo a bacia hidrográfica do rio
Belém, situada no município de Curitiba-PR. No Brasil, o processo de ocupação e
uso do solo urbano está intimamente ligado à freqüência das inundações. Em
Curitiba, um dos maiores problemas tem ocorrido na bacia hidrográfica do rio Belém,
formada por bairros densamente ocupados, incluindo o Centro da cidade e outros 36
bairros. Essa bacia apresenta diversas áreas cujos condicionantes naturais como
relevo, geologia e hidrografia tornam desaconselhável sua ocupação. Contudo,
mesmo com esses condicionantes a urbanização se intensificou ao longo dos anos,
impermeabilizando o solo e instalando-se nas margens dos rios e córregos que
formam a bacia, fatores que têm acarretado inúmeros problemas relacionados à
drenagem e às inundações urbanas. Para compreender de que forma as ações de
planejamento e gestão ambiental urbana podem contribuir para a mitigação das
inundações na área de estudo foram identificados seus erros e acertos por meio da
realização de diagnósticos físico-territoriais, sócio-econômicos e das inundações,
aprofundando-se sobre os pontos críticos e cenários de risco existentes, além da
análise das medidas de prevenção e controle executadas e propostas para a bacia.
Todos esses aspectos aliados ao método e fundamentação teórica selecionados
propiciaram o fornecimento de bases para a aplicação de ações sustentáveis na
bacia hidrográfica do rio Belém, as quais podem ser aplicadas a demais bacias
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117
hidrográficas urbanas situadas em contextos que apresentem características
semelhantes.
118
2.4.2 Simulação da energia potencial convectiva disponível (cape) utilizando o
modelo atmosférico WRF (weather research and forecasting).
Nome do pesquisador: Reverton Luis Antunes Neundorf , Leonardo Calvetti, César
Beneti e Alex Conselvan de Oliveria.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: SIMEPAR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Neste trabalho foi avaliado o potencial de previsão da
instabilidade atmosférica no verão utilizando o modelo WRF. Os resultados da
simulação do modelo foram comparados com medidas realizadas por radar e
radiosondagens. Em geral os valores da CAPE puderam ser simulados. Há uma
tendência em subestimar a amplitude. Também se observou alguns casos de
convecção em que a simulação gerou energia suficiente para gerar convecção, mas
o modelo não gerou precipitação suficiente. Embora, ainda não seja possível a
determinação do local de formação de células ordinárias, os resultados mostram um
bom potencial para utilização na previsão de instabilidade à curto prazo (até 12h).
����
119
2.4.3 Início de Convecção de Células Isoladas: Interação entre Meso e Micro
Escalas.
Nome do pesquisador: Leonardo Calvetti, Cezar Duquia, Alex Conselvan de
Oliveira, Cleber Souza Corrêa..
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: SIMEPAR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Neste trabalho, examinamos situações da interação da
circulação em superfície com a orografia e a formação de áreas de convergência de
massa e a repercussão na formação de tempestades isoladas. Por meio das
simulações de alta resolução, observando-se que além da interação da orografia,
também há formação de tempestades resultantes do encontro de rajadas de vento
provocadas por outras células em estágio maduro e de dissipação. Estas rajadas ao
interagir com escoamentos relativamente acelerados devido à confluência pela
orografia geram novas células convectivas.
����
120
2.4.4 Análise sinótica de eventos máximos de precipitação na cidade de
Londrina.
Nome do pesquisador: Rogério do Amaral Varela.
Nome do Orientador: Dra. Ana Maria de Arruda Ribeiro.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Londrina - PR.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O sul do Brasil, devido à sua localização latitudinal, sofre mais
influência dos sistemas de latitudes médias, onde os sistemas frontais são os
principais causadores de chuvas durante o ano, suscetíveis a dinâmica de
fenômenos climáticos como El Nino e La Nina. Estudos sobre precipitação são
necessários para analisar o deslocamento de sistemas frontais, responsáveis por
grande parte dos totais pluviométricos registrados, não só para possibilitar a
compreensão dos aspectos físicos envolvidos, mas também para que as estimativas
realizadas a partir das observações existentes sejam fidedignas às condições reais.
A precipitação intensa (grandes volumes de água em curtos intervalos de tempo)
provoca grandes escoamentos superficiais, mesmo em solos não saturados, já que,
nesses casos, o volume de água que atinge a superfície do solo é superior à taxa de
infiltração do mesmo e aceleram o processo de erosão do solo. Por outro lado, na
área urbana de Londrina, isso se traduz em áreas pavimentadas sujeitas a
alagamento, distúrbios no escoamento do transporte urbano e perdas materiais
consideráveis. Outro aspecto relacionado com a precipitação é sua importância à
agricultura e pecuária, o que torna vital o seu estudo para Londrina, que fundamenta
boa parte de sua economia no agronegócio.
����
121
2.4.5 Caracterização do ritmo climático do sul do Brasil e seus possíveis
desvios, com enfoque no norte do estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Veridiana Lima da Silva, Rudolpho César Morello Gomes,
Claudia Cristina dos Santos, Nelson Jesus Ferreira.
Nome do Orientador: Leonor Marcon da Silveira.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UEM.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Em Andamento.
Resumo/Abstract: Não disponível.
����
122
2.4.6 Climatologia da precipitação no estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Sônia Maria Soares Stivari, Eraldo Schunk Silva.
Nome do Orientador: Jonas Teixeira Nery.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UEM.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Concluído em 30/08/1994.
Resumo/Abstract: Não disponível.
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123
2.4.7 Projeto ventar.
Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.
Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição Responsável: Copel
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Com o propósito de avaliar o potencial eólico do Paraná, no ano
de 1994, a Copel implementou o Projeto Ventar. O projeto levantou o potencial de 25
locais em diferentes regiões do Paraná.
A campanha de medições foi realizada com a instalação de estações anemográficas
(equipamentos que medem e registram os dados relativos à velocidade e direção de
vento) em locais previamente escolhidos em diferentes áreas do Estado do Paraná.
O Mapa Eólico do Paraná, no qual podem ser identificadas as áreas mais
promissoras ao aproveitamento da energia eólica, foi elaborado através da colheita e
interpretação dos seguintes dados:
� Informações obtidas através do Projeto Ventar.
� Dados de vento de algumas estações meteorológicas do Iapar.
� Arquivo digital com os dados de relevo do Cehpar.
� Base cartográfica da Sema/Liserp e da Sanepar.
� Mapa do Uso do Solo da Sema/Liserp.
����
124
2.4.8 Estudo do microclima da cidade de Maringá – PR.
Nome do pesquisador: Eder Rodolfo Feltrin, Julio César Arruda Germano, Maria de
Lourdes Orsini Fernandes Martins, Amauri Pereira de Oliveira, Eraldo Schunk Silva.
Nome do Orientador: Sônia Maria Soares Stivari.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UEM.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Em Andamento (desde 12/12/2008).
Resumo/Abstract: O presente projeto de pesquisa dá continuidade ao projeto
intitulado Estudo do Impacto do crescimento urbano da Cidade de Maringá sobre o
microclima local. Seu principal objetivo é analisar o micro clima da cidade de
Maringá-PR. Para avaliar o comportamento da temperatura e da umidade relativa
horária, serão analisadas séries de dados horários de 30 anos de registro da
Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM). Para continuar a análise do
índice de conforto térmico, índice UV, análise do campo térmico e de umidade, serão
utilizadas séries climáticas observadas em cinco locais da cidade nos últimos três
anos e simulação numérica. É previstas a construção e manutenção de uma página
na Internet, disponibilizando informações e sínteses das análises dos dados
meteorológicos, assim como alerta quanto ao índice UV.
Objetivos gerais
Estudar o clima urbano da cidade de Maringá e seu efeito na qualidade de vida da
população, a partir dos atributos geo-urbanos.
Objetivos específicos
Estudar as variabilidades das séries temporais de temperatura e umidade de 30 anos
de dados horários e verificar se há correlação com a urbanização;
Avaliar o comportamento da precipitação em Maringá ao longo dos últimos 30 anos.
Determinar índices de Qualidade Ambiental, de Conforto Térmico;
Avaliar o índice Ultra-Violeta (UV); Divulgar os dados meteorológicos para a
população via página na internet; Obter a intensidade do fluxo de veículos, o número
����
125
de indústrias e prédios e a extensão das áreas verdes situadas no entorno dos
pontos de coletas e a dimensão da malha asfáltica.
126
2.4.9 Estudo das temperaturas do ar no Estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Sueli Hiromi Kay Ichiba.
Nome do orientador: Jonas Teixeira Nery.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Estado do Paraná.
Instituição responsável: UEM.
Situação do projeto: Concluído em 01/03/2006.
Resumo/Abstract: O Estado do Paraná está inserido na região Sul do Brasil entre
os paralelos 22º29’33“ a 26º42’59” de latitude Sul e 48º02’24” a 54º37’38” de
longitude Oeste, abrangendo uma área de 201.000km2. Em decorrência de sua
localização e extensão, o Estado ocupa posição de transição entre regiões tropicais
e subtropicais, constituindo assim, um mosaico de paisagens por todo o seu
território. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a evolução e a variabilidade da
temperatura do ar, no Estado do Paraná, para a compreensão do grau de
interferência das atividades humanas sobre os elementos atmosféricos, bem como,
a sua relação com as peculiaridades geográficas em um dado lugar. Utilizou-se para
esta pesquisa dados das temperaturas máxima, média e mínima mensal e interanual
de 30 estações meteorológicas no Estado do Paraná, abrangendo o período de 1979
a 2003. Os dados de temperatura foram obtidos junto ao Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR) e algumas estações foram completadas com dados do Instituto
Tecnológico do SIMEPAR. Os dados de temperatura da Estação de Maringá foram
obtidos junto à Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM), conveniada com
o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os seguintes métodos estatísticos
foram aplicados: média, desvio padrão, coeficiente de variação, anomalia, média
móvel, medida de dispersão e reta de tendência. Com os valores de temperatura
média foram elaboradas isolinhas de temperaturas associadas à anomalia da
Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para períodos de eventos El Niño e La
Niña, de acordo com a classificação de Trenberth (1997). Através da análise
multivariada de cluster, geraram-se grupos homogêneos para o Estado,
correlacionando as temperaturas máximas e mínimas com o índice de anomalia da
temperatura da superfície do mar (TSM) para eventos mais significativos de El Niño
����
127
e La Niña. Também foram feitas análises de autocorrelação para verificar a
persistência das séries de temperaturas. Pode-se considerar para o Estado do
Paraná uma variabilidade nas temperaturas anuais intensificados em períodos de
fenômenos El Niño e La Niña, assim como um aumento na temperatura de 0,5ºC a
1ºC para o período analisado.
128
2.4.10 Estimativa da precipitação provável para o estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Adair José Longo.
Nome do orientador: Silvio César Sampaio.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 01/02/2003.
Resumo/Abstract: O estado do Paraná é conhecido no cenário nacional pelas
atividades agrícolas e agropecuária desenvolvidas, porém necessita de estudos mais
detalhados sobre suas condições climáticas, possibilitando o planejamento das
atividades agrícolas, como: preparo do solo, semeadura, época de semeadura, tratos
culturais e colheita, reduzindo dessa maneira riscos e possibilidade de perda de
produção. No desenvolvimento do trabalho, utilizou-se dados diários de precipitação
de 22 postos de coleta, com no mínimo 12 anos de dados, foram ajustados às
distribuições gama e log-normal, estimando a precipitação provável nos períodos de
10, 15 e 30 dias, ao nível de 75% de probabilidade. Tanto os parâmetros e da
distribuição gama, quanto e da distribuição log-normal, foram determinados pelo
método da máxima verossimilhança. Os teste qui-quadrado e Kolmogorov-Smirnov,
ao nível de 5% de significância, foram utilizados para verificar qual das distribuições
melhor se ajusta às condições pluviométricas do estado do Paraná. Um programa
em linguagem Matlab foi desenvolvido, para totalização e determinação da
precipitação provável, testar as séries de dados das estações. Os mapas de
isolinhas de precipitação foram construídos no software SURFER 6.0, utilizando o
método de interpolação: “inverso do quadrado da distância”. Os resultados
mostraram que a distribuição gama, tende à ajustar adequadamente às condições
pluviométricas do estado, em todos os períodos estudados. O estado do Paraná não
apresenta estações no ano divididas em seca e chuvosa, pois a precipitação
pluviométrica é distribuída durante o ano, os meses mais chuvosos, são: janeiro e
fevereiro, enquanto os mais secos, são: julho e agosto. O estado do Paraná
apresenta aumento na quantidade de precipitação pluviométrica na direção;
litoral/oeste e norte/sul, nos períodos mais chuvosos e secos, respectivamente. O
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129
estado do Paraná mostra condições pluviométricas, capaz de tornar a agricultura
desenvolvida e competitiva, quando aliada à utilização de técnicas adequadas.
130
2.4.11 Variabilidade da precipitação pluviométrica na Bacia Hidrográfica do Ivaí
- Paraná.
Nome do pesquisador: Aparecido Ribeiro de Andrade.
Nome do orientador: Jonas Teixeira Nery.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Bacia Hidrográfica do Ivaí.
Instituição responsável: UEM/UNICENTRO.
Situação do projeto: Concluído em 01/07/2003.
Resumo/Abstract: O objetivo deste trabalho é discutir a variabilidade da
precipitação pluviométrica na bacia do Rio Ivaí. Foram utilizados dados diários,
mensais e anuais de precipitação, dados estes cedidos pela Superintendência de
Recursos Hídricos do Governo do Estado do Paraná (SUDERHSA). O período de
estudo foi de 1974 a 2001. Foram utilizados alguns parâmetros estatísticos tais
como: média, desvio padrão e correlação linear. Também se calculou as anomalias
para alguns anos específicos. Estudou-se a correlação entre a precipitação nesta
bacia e a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Oceano Pacífico
Equatorial. Foi efetuada a correlação da precipitação pluviométrica com o Índice de
Oscilação Sul (IOS). Foram analisados dados de fluviometria da área da bacia e
correlacionados com a TSM do Pacífico. Através de dados de temperatura e
precipitação, foram elaborados balanços hídricos e seus resultados foram
correlacionados com a TSM do Pacífico. Através das medidas das distâncias entre
as estações e a correlação da precipitação, foi possível efetuar a correlação linear
para alguns períodos específicos (períodos úmido, seco, de eventos El Niño e La
Niña). Pode-se observar a variabilidade da precipitação pluviométrica na bacia, de
ano para ano e de evento para evento. A variabilidade espacial também foi
verificada, pois a precipitação pluviométrica é mais intensa a montante na bacia,
enquanto a jusante a pluviometria é menor.
����
131
2.4.12 Mapa Eólico do Paraná
Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.
Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.
Tipo de pesquisa: Básica.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: Copel
Situação do projeto: Concluído em 31/12/2006
Resumo/Abstract: A primeira versão do Mapa do Potencial Eólico do Estado do
Paraná foi publicada em 1999, como resultado do Projeto Ventar, desenvolvido pela
COPEL desde 1994. A campanha de medições de vento utilizou 25 torres, na
maioria postes de concreto, objetivando reduzir custos, com alturas de 18-20 metros,
e um modelo computacional de simulação do vento na camada-limite atmosférica
dotado de recursos de geoprocessamento (GIS). Esse mapa foi um marco no
conhecimento dos recursos eólicos no Brasil. Muitos outros mapeamentos de
potencial eólico foram produzidos usando metodologia similar.
Como resultado prático, através de uma parceria entre a COPEL e um fabricante de
aerogeradores, a primeira usina eólica do sul do Brasil foi instalada em Palmas,
em 1999, com potência de 2,5MW. A partir de 2003, iniciou-se uma nova campanha
de medições de vento conduzida pela COPEL-LACTEC-Camargo Schubert, no
âmbito de um projeto de pesquisa e
desenvolvimento do Programa de P&D da ANEEL, utilizando equipamentos
calibrados e comissionados de acordo com os atuais padrões e procedimentos da
indústria eólica mundial. Torres treliçadas de 50 e 100 metros de altura foram
instaladas nas áreas potencialmente mais promissoras para aproveitamento eólico. A
partir das medições validadas, que cobriram, no mínimo, um ciclo climatológico
completo, de uma recente base de dados topográficos, de imagens de satélite
atualizadas e de amostragens em campo, foram elaborados modelos de terreno mais
detalhados (relevo e rugosidade), levando ao desenvolvimento de um novo
mapeamento de potencial eólico mais preciso e com melhor resolução que o de
1999, tendo tido o modelamento de mesoescala como base de processamento.
����
132
2.4.13 Estudo dos Períodos Extremos de Precipitação e Estiagem no Estado do
Paraná.
Nome do pesquisador: Ingrid Illich Muller.
Nome do Orientador: Ingrid Illich Muller.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Estado do PR.
Instituição Responsável: Lactec.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: Foram efetuados estudos visando à fixação de uma norma de
procedimento para a avaliação das máximas intensidades médias prováveis de
chuvas intensas de diversas durações, para aplicação dos dados pluviométricos de
diversos postos do Estado do Paraná. Foi estudada também a freqüência de
mínimos totais de precipitação pluvial em 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses consecutivos.
����
133
2.4.14 Estudo das temperaturas mínimas e máximas no estado do Paraná.
Nome do pesquisador: Wilian Da S. Ricce, Paulo H. Caramori, João H. Caviglione,
Heverly Morais, Lívia M. P. Pereira.
Nome do Orientador: Wilian Da S. Ricce.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O objetivo foi estudar a ocorrência das temperaturas mínimas e
máximas no estado do Paraná. Foram avaliadas as temperaturas mínimas e
máximas obtidas em 30 estações meteorológicas do IAPAR espalhadas pelo estado
do Paraná com 30 anos de dados. Foram avaliadas as temperaturas absolutas as
freqüências de ocorrência de temperaturas abaixo de 3°C e acima de 32°C. Para a
espacialização das temperaturas foram estimadas equações de regressão com base
na Latitude; longitude a altitude de cada estação. Estas estimativas foram aplicadas
no modelo digital de elevação, SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) com
resolução espacial de 90 m. O estado do Paraná apresenta grande variabilidade em
relação à temperatura. Tanto temperaturas extremas mínimas como as máximas
podem causar danos graves às plantas. Temperaturas mínimas extremas podem
matar as plantas pelo congelamento do citoplasma e vazamento das células e
temperaturas máximas extremas podem afetar negativamente o metabolismo das
mesmas causando abortamento das estruturas reprodutivas e saldo negativo na
relação entre a fotossíntese e a respiração. As mínimas
absolutas registradas variaram entre -6,8° e 0,6°C, enquanto as máximas absolutas
variaram entre 33° e 41,5°C. Porém a freqüência destas temperaturas extremas é
pequena. A simples alteração da época de semeadura pode contribuir para a
diminuição dos riscos de temperaturas baixas (geadas) e temperaturas altas para as
culturas anuais. Já para culturas perenes, a escolha de locais com menores riscos
ou a utilização de outras técnicas conjuntas, como a consorciação de café com
espécies arbóreas, pode ser crucial para a viabilidade do empreendimento agrícola.
����
134
2.4.15 Avaliação de modelos probabilísticos para o ajuste de dados de vento
para a Região dos Campos Gerais no Paraná.
Nome do pesquisador: Jorim Sousa das Virgens Filho.
Nome do orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Campos Gerais
Instituição responsável: UEPG – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA
GROSSA
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: Os grandes impactos ambientais provenientes de fontes
energéticas tradicionais têm levado muitos países a investirem cada vez mais no
desenvolvimento de tecnologias para o uso de fontes renováveis de energia. A
busca por soluções ecologicamente viáveis de geração de energia possibilitará
suprir, no futuro, as necessidades de grande parte da população, principalmente em
locais de mais difícil acesso. Sob estes aspectos, a força do vento é uma abundante
fonte de energia renovável, limpa e disponível em quase todos os lugares. No
entanto, para o aproveitamento dessa energia é preciso ter um bom conhecimento
do regime de ventos no local, o que pode ser obtido através de estudos de
distribuições de probabilidade da velocidade do vento e das direções predominantes.
Diante dessas perspectivas, surgem questionamentos do tipo: Qual o
comportamento do vento nesta região? Ocorrem ventos fortes de caráter danoso
para a agricultura e engenharia civil? A velocidade máxima atingida por esses ventos
vem aumentando, diminuindo, ou permanecendo invariável? Existe potencial para
obtenção de energia eólica nestes locais? Pretende-se com esta pesquisa, fazer um
estudo mais aprofundado dos ventos para a Região dos Campos Gerais, Estado do
Paraná, como contribuição ao planejamento de atividades que dependam das
condições do vento e como subsídio para estudos relacionados ao monitoramento
ambiental e agrícola. Além disso, será possível Impulsionar pesquisas relacionadas
às potencialidades regionais no que se refere à utilização de energia eólica e
contribuir para a geração de conhecimentos e formação de pessoal qualificado,
visando ao desenvolvimento científico e tecnológico do país.
����
135
2.4.16 A Diversidade E Abundância De Peixes Em Zonas Rasas
Estuarinas Como Indicadores Sensíveis A Parâmetros Climáticos
Regionais E Globais: Os Estuários Do Rio Grande Do Sul Como Um
Estudo De Caso.
Nome do pesquisador (es): Alice M Grimm (UFPR), João Paes Vieira Sob (FURG),
Alexandre Miranda Garcia (UFRGS-FURG), , David da Motta Marques (UFRGS), Kirk O.
Winemiller (Texas A&M University, EUA).
Local da pesquisa: Rio Grande do Sul
Instituições Responsáveis: UFPR, FURG, UFRGS, Texas A&M University, EUA
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract: O Brasil possui uma extensa faixa litorânea de cerca de 8.000 Km. Um
ambiente de destaque nesta zona costeira é a região de encontro das águas doces de rios e
lagunas com o mar, que caracterizam um ecótono geralmente definido como o ambiente
estuarino. Estudos elaborados pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas
(IPCC, 2002), sugerem que modificações climáticas e ambientais, resultantes de emissões
de gases de efeito estufa, como o aumento do nível do mar, alteração nos padrões de
precipitação local e regional, aumento na ocorrência de episódios climáticos extremos,
poderão acarretar impactos profundos nos ambientes costeiros. Um aspecto primordial para
orientar ações de conservação e manejo da biodiversidade, em um contexto de mudanças
climáticas, é o monitoramento e avaliação dos impactos sofridos. Para que isso seja
possível, é necessário o estabelecimento de indicadores sensíveis às alterações nos
parâmetros decorrentes das mudanças climáticas (SCBD, 2003). O pressuposto geral deste
subprojeto é de que a variação interanual na diversidade e abundância de guildas de peixes,
que habitam as zonas rasas em estuários, possuem um excelente potencial como um
indicador biológico sensível aos impactos oriundos de mudanças climáticas. Estudos no
estuário da Lagoa dos Patos, realizados no âmbito do programa Pesquisas Ecológicas de
Longa Duração - PELD (CNPq-MCT), indicam que a diversidade e abundância da fauna de
peixes são sensíveis às variações plurianuais em parâmetros climáticos regionais e globais,
como padrões de precipitação na bacia de drenagem e a ocorrência de eventos El Niño. Em
suma, observa-se uma relação significativa entre a entrada, tempo de permanência e saída
dos peixes da região estuarina, especialmente em termos de guildas de espécies de peixes
como Visitantes de Água Doce, Visitantes Marinhos, Estuarinos Residentes e Estuarinos
Dependentes, e as alterações acarretadas pelo excesso ou escassez de chuva na bacia de
136
drenagem da Lagoa dos Patos durante eventos El Niño e La Niña, respectivamente. Estes
resultados sugerem, portanto, que o monitoramento da diversidade e abundância da fauna
de peixes em estuários pode representar um indicador com adequado custo-efetivo e
sensibilidade aos cenários de mudanças climáticos projetados pelos cientistas (IPCC, 2002).
137
2.4.17 Climate Change And Interannual Variability Of Precipitation In South
America
Nome do pesquisador: Alice M Grimm (UFPR)
Local da pesquisa: América do Sul
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract: We analyze the interannual variability of the summer monsoon rainy
season in South America and its relationship with SST as simulated by the ocean-
atmosphere coupled model ECHAM5-OM for present-day conditions (1961–1990) and future
A2 emission scenario (2071–2100). The first mode of model precipitation variability, both in
spring and summer, is associated with El Niño-Southern Oscillation (ENSO). In both seasons
it features a dipole of anomalies between northern and southeastern South America. These
modes correspond, with some differences, to the first variability mode of observed spring
precipitation, and to the third variability mode of observed summer precipitation, which are
also associated with ENSO. The relationship between ENSO events and precipitation
variability in southeastern South America weakens for the A2 scenario, especially in spring,
which is presently the season with strongest ENSO-related impact. The weakened
teleconnection is probably due to the reduction of the SST subtropical latitudinal gradient in
the ENSO mode.
138
2.4.18 Harmonic Analysis Of Temperature Over Antarctica: Present Day
Climate And Greenhouse Warming Perspective
Nome do pesquisador: A. Grimm , A. Setzer , T. J. Bracegirdle , F. Justino , D. Mendes ,
G. Dechiche , C. E. G. R. Schaefer
Local da pesquisa: Antártica
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
On the basis of ERA40 and NCEP/NCAR Reanalysis (NNR) and simulations from
CCCma, CCSM, CSIRO, HadCM3, MIROC-MEDRES and GFDL, which support the
Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) 4th Assessment Report (AR4), we
demonstrated that the amplitude of the annual and the semi-annual harmonics delivered by
the ERA40 and NNR is dominated by distinct seasonal variability. The maximum first
harmonic amplitude of near surface temperature 2-metre air temperature (t2m) according the
NNR is located over the Plateau of East Antarctica, whereas analyses for ERA40 show
maximum amplitude over the west Antarctic ice sheet. The spatial pattern of the first
harmonic of t2m in NNR more closely corresponds to station observations, suggesting that
the seasonal cycle of t2m over Antarctica may be biased in ERA-40. A comparison between
the global climate models (GCMs) and NNR demonstrates that the models satisfactorily
simulate the amplitude of the first and second harmonics; however, the modelling results
differ among themselves in terms of the amplitude values. Larger seasonal variability is
identified for CCCma, HadCM3 and MIROC-MEDRES with values as high as 20 °C over the
Antarctic plateau. We have further identified that the CSIRO GCM does not reproduce the
seasonal amplitude of t2m as compared to other models, which is primarily due to its
overestimation of the cloud cover and weak seasonal changes of precipitation. Calculations
of the harmonic analysis based upon greenhouse warming (GW) conditions reveal that there
is no substantial seasonal difference between the amplitude of the first harmonic as projected
by GW and present day (PD) simulations over the Antarctic continent. Over the polar ocean,
however, the amplitude of the first harmonic is reduced in all climate models under future
conditions. In order to narrow down the uncertainties on future climate projections, analyses
of the cloud forcing which include the short- and long-wave radiation and the surface mass
balance (SMB) may provide substantial information on the cause of the discrepancies as
simulated by climate models over the Antarctic region. Copyright © 2010 Royal
Meteorological Society
139
140
2.4.19 Urban Climate Risks
Nome do pesquisador: Grimm, A., Blake, R., M., e Toshiaki Ichinose, T.,
Local da pesquisa:
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract: Não Disponível
141
2.4.20 RELAÇÕES ENTRE AS FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS DE
CHUVA NA BACIA DO PARANÁ (E NA AMÉRICA DO SUL) E A VARIABILIDADE
INTERANUAL ASSOCIADA A EPISÓDIOS EL NIÑO E LA NIÑA: CLIMA
PRESENTE E PROJEÇÕES DE CLIMA FUTURO.
Nome do pesquisador: Alice Grimm
Local da pesquisa: Bacia do Paraná
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract: Não Disponível
142
2.4.21 Variabilidade Climática Interdecadal No Clima Presente E No Clima
Futuro Da América Do Sul
Nome do pesquisador: Alice Grimm
Local da pesquisa: América do Sul
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract: Não Disponível
143
2.4.22 Ilhas De Calor Em Ambiente Urbano – Uma Definição Para O Clima De
Paranavaí-Pr
Nome do pesquisador: Carlos Alberto Filipak, Pedro Messias Ribeiro, Rose Hélida Astolfo
Freire
Local da pesquisa: Paranavaí
Instituição de pesquisa: FAFIPA
Situação do projeto: Em Andamento
Resumo/Abstract:
Investigar as diferenças de temperatura e umidade do ar em diferentes áreas do
centro urbano de Paranavaí, e seu entorno, a fim de verificar a formação de ilhas de calor e
apontar sugestões acessíveis e eficientes que possam contribuir para melhoria do conforto
térmico no município.
144
2.4.23 Boletim De Avaliação E Monitoramento Climático Em Paranavaí Através
De Dados Obtidos Na Estação Meteorológica Da Fafipa
Nome do pesquisador: Rafael Picolli Peliza e Vanda maria Silva kramer
Local da pesquisa: Paranavaí
Instituição de pesquisa: FAFIPA
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract:
Com o objetivo de dar ênfase ao clima da região Noroeste do Paraná na atualidade, e
validar as suspeitas de um crescente aumento da temperatura média do planeta,
correlacionando com os dados obtidos na estação meteorológica da FAFIPA que se localiza
no município de Paranavaí – PR. Para as análises foram feitas a interpretação dos dados e a
confecção de um boletim meteorológico semestral. Neste trabalho apresentaremos os dados
referentes aos meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2009. Os dados extraídos foram:
Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Radiação Solar, Velocidade do Vento e Precipitação.
De posse dos resultados será possível fazer uma comparação com outras regiões do Brasil
e avaliar se são anomalias climáticas ou mudanças climáticas.
145
2.4.24 Variabilidade Climatica No Brasil E Cone Sul: Estudos Observacionais,
Aplicacoes, Mecanismos Dinamicos E Teleconexoes
Nome do pesquisador: ALICE MARLENE GRIMM
Local da pesquisa: América do Sul
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract: Estudos Globais Indicam Que A America Do Sul Sofre Variacoes
Climaticas Em Escalas De Tempo Intrasazonais E Interanuais.As Variacoes Interanuais
Estao Principalmente Associados As Fases Extremas Da Oscilacao Sul,Que Ocorrem Em
Eventos El Nino E La Nina No Pacifico Central E Leste.As Variac.Intasazonais Devem-Se
Principal. A Oscilacao De 30-60 Dias.Estudos Region.Evidenciam A Influen.Destes Fenom.
Na America Do Sul E Paticularm. Em Certasreg. Do Brasil.O Presnete Proj.Foccaliza Os
Impactos Reg.Destas Variac,Mecan.Possib,De Previs,E Aplic.Da Previs,Ao Planj,Em Areas
Como Agric,E Ger. De Energ El
146
2.4.25 Variações Climáticas Na América Do Sul: Características, Mecanismos E
Previsibilidade
Nome do pesquisador: ALICE MARLENE GRIMM
Local da pesquisa: América do Sul
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract: O foco deste projeto é a avaliação e a concretização da previsibilidade
climática na América do Sul. Objetivos gerais abrangem: (1) aperfeiçoar a descrição da
variabilidade climática na América do Sul, (2) determinar seus efeitos sobre escalas de
tempo menores, (3) investigar e explorar sua previsibilidade, (4) investigar as forçantes e as
conexões responsáveis pela previsibilidade, (5) verificar sua reprodutibilidade nos modelos
climáticos, (6) explorar outros métodos de previsão (empíricos, estatísticos) e (7) verificar
efeitos de mudança climática antropogênica sobre variabilidade natural.
147
2.4.26 Ritimo Clímático Entre Os Anos De 1998 E 2007 No Município De
Londrina – Pr
Nome do pesquisador: Felipe das Neves Fávaro, Lindberg Nascimento Junior, Vinícius
Carmello, Gustavo Nascimento
Local da pesquisa: Londrina-PR
Instituição de pesquisa: UEL
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
Trabalho Completo
148
2.4.27 Urbanizacao Regional E Mudancas Climaticas Globais: Impactos, Riscos
E Vulnerabilidades Socioambientais No Sul Do Brasil
Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça
Local da pesquisa: Sul do Brasil
Instituição de pesquisa: UEL
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
Trabalho Completo
149
2.4.28 Aquecimento Global E Suas Manifestações Regionais E Locais
Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça
Local da pesquisa: Sul do Brasil
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
As mudanças climáticas observadas na Era Moderna despertam a atenção de todo o
mundo, delineiam o discurso climático-meteorológico-ambiental e se impõem definitivamente
na pauta da geopolítica internacional do presente e do futuro. Um consenso internacional,
mesmo marcado por algumas vozes dissonante, formado acerca das previsões para a
intensificação do aquecimento climático planetário no século XXI aponta para a formação de
cenários complicados para os ecossistemas, o meio ambiente e a vida dos homens. No
presente texto são evidenciadas características naturais do fenômeno, bem como das
interferências decorrentes das atividades humanas na sua intensificação. Alguns reflexos
das mudanças climáticas globais na escala regional são evidenciados no presente texto,
com destaque para a região Sul do Brasil, na qual foram identificadas alterações térmicas
(aquecimento de mais de 0,7º C com mudanças, sobretudo, nas temperaturas mínimas) e
elevação dos totais pluviométricos anuais (umidificação com tendência à concentração) nas
ultimas décadas.
Palavras chave: Clima – mudanças climáticas – aquecimento - Brasil – região Sul.
150
2.4.29 Aquecimento Global E Saúde: Uma Perspectiva Geográfica – Notas
Introdutórias
Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça
Local da pesquisa: Não Disponível
Instituição de pesquisa: UFPR
Situação do projeto: Concluído
Resumo/Abstract:
As mudanças climáticas dos dois últimos séculos constituem, hoje, um fato
incontestável. Uma elevação da ordem de 3°C a 6°C na temperatura média da troposfera
nos próximos cem anos constitui uma previsão aceita de maneira geral. As repercussões
positivas e negativas deste aquecimento sobre a natureza e a sociedade são, sobretudo,
ainda especulativas, mas as segundas são bastante preocupantes. A incidência de algumas
enfermidades tenderá a diminuir, mas a de muitas, principalmente as transmissíveis e
infecciosas (cólera, malária, dengue etc.), tenderá a se agravar em condições de maior calor.
A expansão das áreas
mais aquecidas para latitudes e altitudes mais elevadas far-se-á acompanhar pela
expansão da área geográfi ca destas doenças.
Palavras-chave
Mudanças globais – aquecimento troposférico – doenças
151
2.4.30 Aquecimento Global E Possíveis Mudanças Climáticas Locais: O Caso
De Irati.
Nome do pesquisador: ANDRÉIA TISATO
Local da pesquisa: Irati-PR
Instituição de pesquisa: UNICENTRO
Situação do projeto: Em andamento
Resumo/Abstract:
O fenômeno aquecimento global é comentado desde 1850, mas somente em 1950 foi que
cientistas iniciaram um monitoramento constante dos níveis de carbono na atmosfera, e
desde então os estudos sobre esse fenômeno climático têm se intensificado. O
aquecimento global é um problema ambiental que preocupa cientistas do mundo inteiro,
pois esse aquecimento é provocado pelo aumento dos gases estufa como: o metano, o
vapor d’água e principalmente o dióxido de carbono, o qual vem se intensificando desde a
revolução industrial, de forma que a sociedade é considerada como principal agente
modificador neste processo. Com o aumento da camada de gases na atmosfera, a
quantidade de calor aprisionado na Terra é maior do que o necessário, sendo assim o
efeito estufa deixa de ser natural e benéfico, para tornar-se uma preocupação ambiental.
As indústrias e a queima de combustíveis fósseis são consideradas as principais formas
de produção de gás carbônico, além da pecuária que produz o metano em grandes
quantidades, retendo 20 vezes mais calor na atmosfera que o gás carbônico, embora sua
concentração seja menor. O crescimento demográfico e das cidades, também são fatores
contribuintes para o aquecimento, pois para a construção das cidades é necessária a
retirada da vegetação de forma rápida e agressiva, causando fortes impactos ambientais,
principalmente pela modificação da estrutura do terreno, como a pavimentação, que além
de deixar o solo impermeável, retém mais energia e calor. É nas cidades que se
concentra a maioria das atividades humanas, como a grande circulação de automóveis.
Desta forma as cidades podem ser consideradas grandes modificadoras do clima, sendo
que o processo de urbanização se intensificou no século XX. Atualmente as cidades são
mais atrativas, assim a maioria da população deixa a vida rural para habitar os grandes
centros urbanos, provocando uma ocupação acelerada e desenfreada, a qual ultrapassa
a capacidade administrativa e de planejamento, ocupando os solos urbanos de forma
inconseqüente, danificando o espaço ecológico da cidade. As áreas
verdes estão cada vez menores no ambiente urbano, o que não é benéfico, pois além de
colaborar na estética das cidades, essas áreas contribuem para o conforto térmico e ajudam
152
no escoamento das águas das chuvas. O aumento da temperatura terrestre trás consigo
conseqüências ambientais, onde alguns países mais vulneráveis a essas variabilidades
climáticas já estão sofrendo com as graves conseqüências, como variações das chuvas,
derretimento das geleiras, aumento do nível do mar, extinção de espécies animais e
vegetais, furacões, etc., além da grande preocupação com as reservas de água potável.
Embora atualmente existam órgãos como o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate
Change), responsável em fornecer relatórios e informações sobre impactos ambientais
causados por ações humanas, convenções como a ECO- 92 onde se discutiu o meio
ambiente e desenvolvimento, além de conferências como a de Kyoto, a qual visava e
propunha a redução dos níveis de carbono, os progressos na mitigação do aquecimento
global ainda são incipientes. Sabese que apesar de toda essa política ambientalista, ainda
está longe a solução
do problema, já que para o desenvolvimento econômico é necessário a produção de dióxido
de carbono (alegam alguns países) e sabe-se que os países desenvolvidos são os principais
poluidores, pois indústrias lançam diariamente grandes quantidades de gás carbônico na
atmosfera. Alguns autores criticam o modo de produção capitalista, o qual induz a população
ao consumismo, de forma que os recursos naturais são devastados, buscando suprir o
consumo humano excessivo da sociedade moderna. Contudo, o principal enfoque desta
pesquisa é descobrir através da concepção da população urbana de Irati, se nessa cidade
também ocorre uma possível alteração na temperatura nos últimos anos, já que a cidade
teve um crescimento considerável, mesmo sendo uma cidade de pequeno porte. Atualmente
Irati conta com aproximadamente 54.151 habitantes, sendo que cerca de 75% dessa
população residem na área urbana. Tal realidade tende a contribuir para o aumento do efeito
estufa. Entretanto, em virtude de falta de dados meteorológicos sistematizados, que
propiciem uma avaliação mais concreta sobre um possível aquecimento ocorrido em Irati, se
tentará descobrir através de entrevistas com alguns moradores mais antigos da cidade, se
os mesmos detectaram alguma alteração climática nos últimos anos, e é através da
concepção da população que se buscará uma explicação sobre tal questionamento. A
pesquisa ainda se encontra em fase de coleta de dados de campo, mas os primeiros
resultados obtidos apontam, que apesar do tema ser muito comentado na mídia, o morador
possui um conhecimento mínimo sobre o assunto, e algumas pessoas não tem idéia do que
se trata.
Palavras-chave: clima urbano, aquecimento global, percepção ambiental
153
2.5 MITIGAÇÃO – ENERGIA ALTERNATIVA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
2.5.1 Viabilidade do uso do Biogás da bovinocultura e suinocultura para
geração de energia elétrica e irrigação em propriedades rurais.
Nome do pesquisador: Anderson Coldebella.
Nome do orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Toledo.
Instituição responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 01/07/2006.
Resumo/Abstract: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a viabilidade do uso
do biogás proveniente das atividades de bovinocultura de leite e suinocultura em
conjuntos motor gerador e motor bomba para irrigação em propriedades rurais. O
experimento foi realizado no município de Toledo/PR, em duas propriedades, uma
com as atividades voltadas para bovinocultura de leite com 130 cabeças em regime
de confinamento e outra com as atividades voltadas a suinocultura trabalhando como
unidade produtora de leitões com um plantel de 1.000 matrizes. Ambas as
propriedades utilizam biodigestores para tratamento dos efluentes gerados e tem
como subprodutos o biogás e o biofertilizante. Para determinar o consumo de biogás
por HP/hora foi utilizado um compressor para abastecer uma bolsa denominada de
gasômetro. Com a quantidade de biogás conhecida dentro do gasômetro o mesmo
foi conectado aos motores que permaneceram em funcionamento até consumir todo
biogás. Para o biogás da bovinocultura o consumo foi de 0,981m³/HP/hora para o
conjunto motor bomba e de 2,77m³/HP/hora para o conjunto motor gerador,
enquanto que para o biogás de suinocultura o consumo foi de 1,113m³/HP/hora e
0,791m³/HP/hora para gerador e bomba respectivamente. A eficiência para produção
de energia foi de 4,14% para o biogás de bovinos e de 10,3% para o biogás de
suínos. Considerando o tempo de amortização de 10 anos o custo do biogás foi de
R$ 0,229 por m³ para bovinos e de R$ 0,063 por m³ para suínos. O custo da energia
elétrica gerada está em função do aproveitamento da capacidade da planta e do
custo do biogás, para o biogás da bovinocultura o custo da energia gerada foi de R$
�
154
465,07 por MWh e para o biogás de suinocultura o custo foi de R$ 90,86 por MWh
considerando que ambas as plantas estejam operando durante 10 horas diárias. O
tempo de retorno do investimento depende do investimento inicial e do valor da tarifa
de energia elétrica cobrada pela concessionária, com uma tarifa de R$ 300,00
por MWh operando o sistema de geração por 4 horas diárias e considerando a
economia gerada com o sistema de irrigação o tempo de retorno encontrado foi de
4,3 e 6,7 anos para bovinos e suínos respectivamente. Além disso, o biofertilizante
gerado pelos bovinos pode fertilizar 37 ha/ano e o gerado pelos suínos 480 ha/ano.
Apesar dos baixos níveis de eficiência para geração de energia o tempo de retorno
do investimento é razoável e pode se tornar menor se for considerada a economia
gerada pelo uso do biofertilizante.
155
2.5.2 Gestão Ambiental de Resíduos da Suinocultura e Produção de Energia
Elétrica.
Nome do pesquisador: Maria Alessandra Mendes.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Xavantina - SC.
Instituição Responsável: Lactec.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: Objetivo: implantação de um processo de gerenciamento e
tratamento dos rejeitos da suinocultura, visando à produção do biogás para
aproveitamento energético no município de Xavantina, oeste de Santa Catarina.
Foram realizadas as seguintes atividades:
Identificação da melhor alternativa tecnológica para tratamento de resíduos de
suínos, como ferramenta de gestão e controle, visando eliminar e/ou minimizar
impactos ambientais frente à realidade produtiva;
Descrição do sistema de tratamento (tecnologia) proposto para resíduos da
suinocultura e identificar possíveis impactos ambientais advindos do mesmo;
Implantação de sistema integrado que permita o aproveitamento total dos dejetos
suínos, transformando-os em novos produtos como o biogás, energia elétrica,
nutrientes para a piscicultura e adubo para plantações, procurando eliminar quase
que totalmente a contaminação ambiental;
Avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do modelo de gestão, da
tecnologia de tratamento de resíduos e da produção de energia elétrica;
Monitoramento da qualidade da água no trecho de influência do tratamento.
����
156
2.5.3 Biodigestores no Tratamento de Resíduos de Eqüinos e Produção de
Energia Elétrica.
Nome do pesquisador: Maria Alessandra Mendes.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Brasília – DF.
Instituição Responsável: Lactec.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: Objetivo: implantação de um processo de gerenciamento e
tratamento dos rejeitos de eqüinos, visando à produção do biogás para
aproveitamento energético. Visa também contribuir com o programa de eficientização
energética em desenvolvimento no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, de
Brasília. Foram realizadas as seguintes atividades:
Revisão bibliográfica sobre os métodos de avaliação dos impactos ambientais
causados pela disposição de resíduos de eqüinos, realizando uma descrição
comparativa entre os sistemas de avaliação, através de fundamentos teóricos;
Identificação da melhor alternativa tecnológica para tratamento de resíduos de
eqüinos, como ferramenta de gestão e controle, visando eliminar e/ou minimizar
impactos ambientais frente à realidade produtiva;
Descrição do sistema de tratamento (tecnologia) proposto para resíduos de eqüinos
e identificar possíveis impactos ambientais advindos do mesmo;
Avaliação da viabilidade técnica, econômica e ambiental do modelo de gestão, da
tecnologia de tratamento de resíduos e da produção de energia elétrica;
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157
2.5.4 Produção de etanol por hidrolise enzimática da biomassa da cana-de-
açúcar – bioetanol.
Nome do pesquisador: Jose Eduardo Olivo, Flavio Faria de Moraes.
Nome do Orientador: Gisella Maria Zanin.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UEM.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Em Andamento (desde 13/08/2008).
Resumo/Abstract: Não disponível.
����
158
2.5.5 Geração própria de energia elétrica com aproveitamento de biogás.
Nome do pesquisador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Aplicada.
Local da pesquisa: UNIOESTE.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 30/4/2004.
Resumo/Abstract: A Mesoregião Oeste do Paraná é um grande pólo industrial,
onde são cultivados principalmente a soja, milho e trigo. Além da produção vegetal a
região é destaque nacional na produção animal, avicultura e suinocultura. Na
atividade de suinocultura são liberados grandes quantidades de resíduos, os quais
são dispostos diretamente na natureza causando impactos ambientais, tais como a
poluição de mananciais. Uma maneira encontrada pelos suinocultores para reduzir
este impacto ambiental e a disposição de tais resíduos em lagoas, mas mesmo
assim este não é o método mais eficiente de redução destes impactos ambientais.
Uma outra solução encontrada, a qual é mais eficiente seria o tratamento destes
resíduos em biodigestores, os quais reduzem a carga orgânica liberando um efluente
que se constitui num adubo orgânico e o biogás, o qual é um gás pobre em metano.
O biogás pode ser utilizado na própria propriedade agrícola como uma fonte primária
de energia renovável, as aplicações seriam a geração de calor por meio da queima
direta do gás em equipamentos térmicos e o seu uso como combustível em motores
de combustão interna para produção de energia mecânica ou energia elétrica com o
auxílio de um gerador. Neste estudo propõe-se a utilização do biogás para geração
de energia elétrica em conjunto motor gerador. Onde seriam analisadas a produção
de eletricidade por meio de um conjunto motor-gerador e o potencial de geração de
eletricidade via a esta tecnologia na Mesoregião oeste do Paraná.
Potencial de biogás na Mesoregião Oeste do Paraná:
A quantidade de resíduo na forma de chorume existente na Mesoregião Oeste
do Paraná é de aproximadamente 77 milhões de litros por dia. O potencial de
geração de biogás é de 816.534 metros cúbicos por dia, que corresponde a
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159
instalação de 111 MW de potência elétrica.
Desempenho do Motor a Biogás:
A maior potência do motor utilizado para o biogás foi obtida quando se utilizou
a taxa de compressão 12,5:1 mesclador de gases longo e ponto de ignição
adiantado em 45º, pois nestas condições obteve-se a potência máxima 100%
superior ao original biogás.
Conjunto Motor gerador:
O conjunto motor gerador apresenta um consumo específico de biogás de 1,6
m3/kWh (25% de eficiência). A geração é de 35 kVA. Encontra-se em fase de testes
numa propriedade rural.
Custo de geração de eletricidade via biogás:
Por meio das análises dos resultados foi possível observar que a viabilidade do
sistema depende da tarifa paga pelo proprietário rural a concessionária local de
energia. O conjunto motor gerador pode ser utilizado na ponta com um custo do
biogás de R 190,00/MWh (tempo de amortização de 5 anos), utilizando biogás a um
custo de R 0,21/m3. Na base (10 horas diárias) o custo encontrado foi de R
190,00/MWh.
O retorno do investimento depende da tarifa de energia paga pelo produtor e
da disponibilidade da planta, para uma tarifa de R 190.00/MWh e a planta operando
10 horas/dia, o retorno seria de 5,4 anos, o que é razoável. Rorre de absorção de
CO2 do Biogás: Os testes mostraram que é possível reduzir o teor de CO2 do biogás
de 40% para 20%, aumentando o poder calorífico do biogás e assim seu valor
energético.
160
2.5.6 Projeto Energia Solar.
Nome do pesquisador: Francisco Alves de Oliveira.
Nome do Orientador: Francisco Alves de Oliveira.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição Responsável: Copel.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O estudo do aproveitamento da energia solar para eletrificação
de residências e para o aquecimento d´água na substituição de chuveiros elétricos
teve início na Copel em meados de 1994, na antiga Superintendência de Energias
Alternativas (SEA). O objetivo era atender algumas necessidades específicas e dotar
o corpo técnico de experiência na utilização destas tecnologias. Em 1996, utilizando
recursos do Prodeem - Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e
Municípios e do Governo Federal, foi instalada na comunidade de Barra do Ararapira
(litoral norte do Paraná) uma central fotovoltaica de carregamento de baterias, para a
iluminação de 35 casas de pescadores artesanais.
Nos anos de 1996 e 1997 foi implantado o Projeto de Conservação de Energia
na Ilha do Mel, com recursos provenientes do Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel), contemplando: a instalação de mais de 200
aquecedores solar d’água em substituição a chuveiros elétricos e a troca de 2.000
lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas.
Este projeto foi reconhecido como um dos melhores em sua categoria, no Congresso
Mundial de Meio Ambiente, realizado no Rio de Janeiro em 1998.
Entre 1997 e 1998, com recursos próprios da Copel, mais 12 comunidades isoladas
no litoral norte do Paraná foram eletrificadas através de sistemas fotovoltaicos,
atendendo a aproximadamente 230 famílias de pescadores baixa renda.
Em 1997, a Copel avaliou, através de um Projeto Piloto, a eletrificação rural através
da energia fotovoltaica. Para isso, instalou sistemas fotovoltaicos em residências
rurais, distribuídas em diversas regiões do interior do estado do Paraná,
aproveitando a infra-estrutura de seus escritórios regionais.
Em paralelo a estas realizações, a Copel atendeu a solicitações de diversos órgãos
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161
do governo, como IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Ibama, Marinha do Brasil e a
Polícia Florestal, entre outros, para a eletrificação de parques ambientais, faróis de
marinha, postos avançados de fiscalização, respectivamente, situados em locais
remotos e de difícil acesso, através da energia solar.
Além disto, foram empregados esforços no sentido de divulgar esta tecnologia dentro
e fora da Copel, através de seminários, feiras, cursos e folhetos. Vários artigos foram
editados a respeito, em jornais e revistas de grande circulação. Isto tudo ajudou a
deixar ainda mais claro para o público o conceito que a Copel tem da sua função na
sociedade: uma empresa que investe na utilização de novas tecnologias para o
incremento de sua eficiência aliada à preservação do meio ambiente.
162
2.5.7 Usina Eólica de Palmas
Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.
Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Palmas.
Instituição responsável pela pesquisa: Copel.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: A usina eólica foi realizada sob a forma de parceria entre COPEL
Participações (30%) e Wobben Windpower Ind. e Com. Ltda. (70%) - Subsidiária da
Enercon, fabricante de aerogeradores líder de mercado na Alemanha. Suas cinco
máquinas entraram em operação em 01/02/1999. A COPEL adquiriu a participação
da sócia em 2007 e desta forma se tornou proprietária integral da usina. Veja a
seguir as instalações e conheça os dados técnicos da Usina Eólica de Palmas e
também de todo o projeto que envolveu a sua construção.
Configuração Artística: Localização: PR 280 km 97, no Município de Palmas-PR,
próximo à divisa PR/SC
Dados Técnicos: Potência Total: 2,5 MW: Número de Turbinas: 05 (cinco): Potência
unitária: 500 kW: Diâmetro do rotor: 40 m: Altura da torre: 44 m: Fabricante:
ENERCON (Alemanha): Geração média anual: 4.850 MWh (cerca de 1/2 do
consumo residencial de Palmas).
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163
2.5.8 Levantamento da oferta de biomassa de origem florestal para a geração
da região metropolitana de Curitiba e entorno.
Nome do pesquisador: Anadalvo Juazeiro dos Santos, Graciela Ignez Bolzon
Muniz, Umberto Klock, Marcus Pius, Samuel de Araújo Vicente, Paulo Augusto
Veronese.
Nome do Orientador: Dimas Agostinho da Silva.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Projeto novo.
Resumo/Abstract: O projeto visa estimar a disponibilidade de biomassa florestal
formada por bracatinga e os resíduos da indústria madeireira para a geração de
energia na região metropolitana de Curitiba e entorno, de forma sustentada. Avalia o
uso como combustível direto na forma de cogeração e derivados como carvão
vegetal, briquetes e alcatrão.
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164
2.5.9 Geração de energia elétrica utilizando biomassa.
Nome do pesquisador: Francisco Américo Siebra de Brito Jr, Marcio Vinicius
Kosny.
Nome do Orientador: Helio Irani da Motta E Camanducaia.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: UFPR.
Instituição Responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: O trabalho busca estudar a viabilidade do aproveitamento de
biomassa para geração, de forma competitiva, de energia elétrica. Na cidade de
Imbituva está sendo construída uma termoelétrica para aproveitamento de resíduos
de madeira, abundantes na região. O trabalho conclui pela viabilidade econômica da
usina em construção na cidade de Imbituva PR, PCT Winimport Tratando-se do
projeto de uma pequena central termelétrica que utiliza a biomassa como
combustível analisou-se a complexidade de sua construção, operação e
manutenção. Todos os dados de desempenho foram estudados e relacionados em
capítulo próprio. A usina conta com um único gerador de 11,5 MW/ 13,8 kV/1.800
rpm.
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165
2.5.10 Potencial de produção de energia elétrica com aproveitamento de biogás
da degradação anaeróbia do lixo municipal de Santa Helena – PR.
Nome do pesquisador: Nágela Angelini, Paulo Sérgio Wolff, Reinaldo Prandini
Ricieri, Silvana Quallio.
Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Santa Helena.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 31/5/2006.
Resumo/Abstract: O lixo constitui-se num dos maiores problemas ambientais para
os diversos municípios brasileiros, a solução encontrada geralmente é a deposição
do lixo em áreas isoladas (lixões), onde o mesmo permanece por muitos anos em
decomposição, pois é composto de resíduos rapidamente degradáveis, lentamente
degradáveis e não degradáveis.
A composição do lixo municipal de Santa Helena de 0,282 kg/pessoa dia de restos
de alimentos (61,5%), 0,0923 kg/pessoa dia de papel (20,1%); 0.036 kg/pessoa dia
de plástico (7,9%) e 0,0482 kg/pessoa dia de outras quantias (10,5%), sendo que o
total per capital de lixo doméstico gerado em Santa Helena seria de 0,4585
kg/pessoa dia. O valor obtido está próximo ao da literatura que é de 0,50 kg/pessoa
dia. O total de lixo doméstico gerado em Santa Helena seria de aproximadamente
8100 ton./dia, desse total 6613 tonaladas seriam de lixo rapidamente degradável,
constituindo-se numa fonte de geração de biogás, o qual pode ser utilizado como
fonte primaria. Um ensaio com dinamômetro num motor ciclo Otto foi realizado, onde
se obteve o consumo de biogás (m3/kWh) variando-se a rotação do motor. Tal dado
é importante para a obtenção da potência elétrica obtida como biogás. Foi
encontrado um potencial de produção de biogás para o município de Santa Helena
de 306975 m3/ano (2004) e 38957 m3/ano (2020), em função do crescimento
populacional e produção anual de lixo. Esse biogás seria utilizado para geração de
eletricidade em motores de combustão interna/geradores com uma eficiência de
25%, considerando-se que o poder calorífico do biogás é de 6,5 kWh/m3. Para
determinação do potencial de produção de biogás foi utilizada a metodologia do
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166
manual do IPCC (Internacional Panel of Climate Change), o lixo acumulado no
primeiro ano (2004) pela cidade foi de 2966 toneladas, o que gerou 77300 m3/ano de
biogás e uma potência de 14,4 kW, o que pode suprir 52 domicílios (200 kWh/mês).
Após 10 anos todo o lixo acumulado no aterro tem um potencial de produção de
biogás de 140 kW, o qual é possível suprir 512 domicílios.
167
2.5.11 Análise da viabilidade da geração de energia elétrica com biogás da
bovinocultura de leite numa propriedade rural.
Nome do pesquisador: Anderson Coldebella.
Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: UNIOESTE.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 30/4/2008.
Resumo/Abstract: As conquistas tecnológicas relacionadas a evolução do setor
agrícola são dependentes de alguma forma de energia, dentre elas, podemos
destacar a energia elétrica que tem alto custo e os derivados de petróleo, que estão
se esgotando com o passar dos anos, gerando oscilações de preço, insegurança
quanto ao fornecimento futuro além de serem altamente poluentes. O Brasil já
apresenta tradição no uso de fontes renováveis de energia, destacando-se a energia
hidroelétrica que é responsável por mais de 80% de toda eletricidade consumida no
país, seguida pelo etanol, um derivado da cana-de-açúcar que pode ser utilizado
puro ou misturado a gasolina (derivado de petróleo) para substituí-la. Outras fontes
que são pouco exploradas, tais como, a energia solar, energia eólica e a biomassa,
tem possibilidade de tornarem-se representativas na matriz energética no Brasil. Por
se tratar de um país tropical, o Brasil apresenta um enorme potencial para produção
de biomassa vegetal, além de produzir resíduos industriais e dejetos gerados pela
atividade agroindustrial. A região oeste do Paraná destaca-se pela produção gerada
pelas agroindústrias, porém, com o aumento da demanda e consequentemente o
aumento da produção, a geração de esterco, seja ele de bovinos, suínos, aves ou de
qualquer outro tipo de animal vem se tornando um sério problema ambiental. Estes
dejetos são importantes matérias-primas para produção de biogás, um combustível
semelhante ao gás natural que pode ser convertido em energia elétrica, térmica ou
mecânica dentro da própria propriedade, reduzindo os custos de produção. A
eficiência dos sistemas de geração varia em função da composição do biogás e do
equipamento utilizado para conversão, podendo chegar a 38%, que equivale a 2,0 a
2,5 kWh por m3 de biogás. Este trabalho tem por objetivo avaliar a viabilidade da
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168
produção de energia elétrica a partir do biogás gerado por dejetos da bovinocultura
de leite, utilizando um motor de combustão interna convertido para o biogás e
acoplado a um gerador elétrico numa propriedade rural.
Espera-se como resultados o valor da relação kWh produzido por metro cúbico de
biogás, tempo de retorno com a implantação do sistema e o custo da eletricidade
gerada.
Com o aumento da demanda energética nos diversos setores de produção, a busca
por fontes renováveis de energia que não causem impactos ambientais vem se
tornando cada vez mais importantes. O Brasil é país que apresenta tradição no uso
de fontes renováveis de energia, por sermos um país tropical apresentamos um
enorme potencial para produção de biomassa, seja ela vegetal, de resíduos
industriais ou de dejetos gerados pela agroindústria. O tratamento dos efluentes via
biodigestor, além, de ser eficiente para evitar a degradação ambiental gera como
subproduto o biogás e o biofertilizante que podem tornar o produtor auto-suficiente
em produção de energia através da cogeração e ainda reduz o custo da produção
agrícola com o uso do biofertilizante na irrigação. a análise econômica voltada para
redução dos gastos com energia elétrica propiciada pelo uso do biogás, mostra que
o investimento é vantajoso e o tempo de retorno varia de acordo com a taxa de
energia cobrada pela concessionária e o valor do investimento inicial.
Usando o biogás para cogeração de energia elétrica e como combustível usado para
irrigação o tempo de retorno do investimento pode ser de apenas 1,8 anos. O custo
de implantação do sistema de irrigação é de R 25.000,00 para o biodigestor e de R
15.000,00 para o conjunto motor/bomba, se o sistema operasse com energia elétrica
o consumo seria de 30 kWh e funcionaria durante 2,5 horas/dia, considerando a
tarifa de R 270,00MWH o tempo de retorno para este investimento seria de 10,7
anos. Se o produtor trabalhar com os dois sistemas em conjunto o investimento total
seria de R 60.000,00 e o TRI seria de 1,8 anos se o gerador operasse por 10 horas
diárias e de 2,65 anos com tempo de operação do gerador de 4 horas diárias.
Somente a implantação de um sistema de cogeração de energia elétrica viabiliza o
investimento do uso de biodigestores como forma de saneamento rural, com o
sistema operando somente 4 horas por dia o tempo de retorno é de cinco anos.
Maximizando o uso do biogás através da irrigação e trabalhando com o gerador
durante 10 horas diárias o tempo de retorno do investimento pode chegar a 1,8 anos
169
se a tarifa cobrada pela concessionária for de R 270,00/MWH.
170
2.5.12 Veículo Elétrico.
Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.
Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Copel.
Instituição responsável pela pesquisa: Copel.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: O projeto Veículo Elétrico prevê a realização de projetos de
pesquisa e desenvolvimento para a obtenção de um protótipo aperfeiçoado de
veículo elétrico que torne técnica e economicamente viável sua utilização como meio
de transporte que não cause impacto ambiental. O protótipo de veículo elétrico em
desenvolvimento é ecológico, com emissão zero de poluentes e praticamente sem
ruídos. Os conjuntos de componentes elétricos, com motor, inversor, baterias e
acessórios, estão sendo fornecidos inicialmente pela empresa suíça Mesdea, do
grupo Cebi, e montados em carrocerias do modelo Pálio Weekend. Em 1980, houve
a participação da COPEL em um convênio para o desenvolvimento de tecnologia
para a produção de veículos a energia elétrica (baterias), em conjunto com as
empresas Bardella, Puma, Invel e Lucas/Vulcânia. Foram desenvolvidos programas
de controle da tração, comando e consumo de energia, assim como foi construído
um protótipo de um pequeno caminhão. (Além disso, nesta década, também foi
adquirido e analisada a operação de um veículo elétrico para passageiros nacional
da Gurgel).
Em 21 de março de 2007, a Copel assinou o termo de inclusão ao convênio n°
8226/2006, como parceira no projeto de pesquisa de viabilidade técnica e econômica
de veículos movidos à eletricidade, PROJETO VE, desenvolvido e gerido por Itaipu
Binacional e Kraftwerk Oberhasli AG KWO. Neste convênio foi também incluída a
participação da Eletrobrás, além de outras concessionárias de energia, da Fiat, Weg
e Correios.
A Fiat em acordo com a Itaipu Binacional estruturou uma unidade de montagem,
testes e manutenção dos veículos elétricos em um galpão da Itaipu em Foz do
Iguaçu de onde saem todas as unidades de veículos elétricos adquiridas pelas
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171
empresas participantes no convênio do Projeto VE.
Os objetivos do projeto: Aperfeiçoar o protótipo do VE existente; Capacitar
profissionais para a manutenção do VE; Propiciar a pesquisa e o desenvolvimento
tecnológico; Reduzir o custo de fabricação do VE; Viabilizar a produção do VE em
escala industrial; Incentivar o uso do VE no Brasil, Paraguai e Suíça; Gerar emprego
e renda.
Características principais do veículo elétrico: Posição Elétrica assíncrona trifásica;
Potência nominal 15 kW (20 CV); Torque nominal 50 Nm (5,1 kgm); Potência
máxima 28 kW (37,8 CV); Torque máximo 124 Nm (12,6 kgm); Combustível Energia
elétrica; Bateria Sódio-Níquel-Cloro; Tensão 253 V; Tempo de recarga 8 horas;
Energia por recarga 19.2 kWh; Vida útil 1100 ciclos de recarga completo.
172
2.5.13 Avaliação de conjuntos de motores de combustão interna a biogás
acoplados a gerador de eletricidade em propriedades rurais.
Nome do pesquisador: Guilherme Neitzke.
Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Região Oeste do Paraná.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 30/10/2007.
Resumo/Abstract: Em face das perspectivas otimistas de produção de biogás na
Região Oeste do Paraná em propriedades de suinocultura, sendo o biogás em
subproduto do sistema de tratamento dos resíduos com o uso de biodigestores. É
necessário o estudo do aproveitamento do biogás disponível na forma de
combustível gasoso, o qual pode ser utilizado num motor de combustão
interna/gerador para geração de energia elétrica. Objetivou-se nesse estudo avaliar a
produção de energia em propriedades rurais utilizando-se como fonte geradora
conjuntos motor ciclo Otto a biogás otimizados acoplados a gerador de energia
elétrica e, por fim, o custo de geração da energia. Serão montados conjuntos
motor/gerador em propriedades agrícolas e monitorados a produção de eletricidade,
consumo de biogás. Com esses dados é possível conhecer o consumo de biogás
para gerar 1kWh e analisar a viabilidade econômica, tais como a taxa interna de
retorno, custo de geração e custo de conservação de energia.
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173
2.6 MITIGAÇÃO- REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO
2.6.1 Estimativa de biomassa e carbono em floresta ombrófila mista e
plantações florestais a partir de dados de imagens do satélite Ikonos ii.
Nome do pesquisador: Luciano Farinha Watzlawick.
Nome do orientador: Flávio Felipe Kirchner.
Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.
Local da pesquisa: General Carneiro.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/09/2003.
Resumo/Abstract: O presente trabalho teve como objetivo geral desenvolver
metodologia utilizando imagens do satélite IKONOS II para realizar estimativas de
biomassa arbórea e carbono orgânico arbóreo em plantações de Pinus taeda e
Araucaria angustifolia, e na Floresta Ombrófila Mista Montana. O estudo foi
desenvolvido no município de General Carneiro (PR) na propriedade pertencente às
Indústrias Pedro N. Pizzato Ltda. O desenvolvimento metodológico foi realizado
inicialmente com a caracterização dos aspectos estruturais da floresta natural;
quantificação da biomassa e do carbono orgânico nas plantações e na floresta
natural, na vegetação arbórea, arbustiva, serapilheira acumulada e nas raízes;
análise estatística (matriz de correlação) das bandas e índices de vegetação com os
dados de biomassa arbórea e carbono orgânico arbóreo; ajuste e seleção de
equações para estimar a biomassa arbórea e o carbono orgânico arbóreo (variáveis
dependentes) em função de variáveis provenientes das imagens de satélite, sendo a
reflectância das bandas MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, Razão de Bandas (MS-4/MS-3),
NDVI e SAVI (variáveis independentes); e a espacialização e quantificação das
variáveis dependentes para toda a área de estudo. Os resultados da análise
estatística mostraram uma alta relação entre a biomassa arbórea e carbono orgânico
arbóreo, as quais possuem média correlação com as variáveis digitais MS-4, Razão,
NDVI e SAVI. Com a realização da regressão stepwise foram selecionadas
equações que melhor explicassem as variáveis biomassa e carbono orgânico
arbóreo nos povoamentos de Pinus taeda e Araucaria angustifolia, e na Floresta
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174
Ombrófila Mista Montana. As estimativas das variáveis dendrométricas consideradas
utilizando-se de imagens provenientes do satélite IKONOS II, apresentaram
resultados bastante satisfatórios, possibilitando com que as mesmas possam ser
realizadas, necessitando para tanto que modelos matemáticos sejam ajustados.
Ressalta-se a importância da utilização das técnicas de sensoriamento remoto e SIG
nas estimativas, visto que as mesmas possibilitam realizar quantificações utilizando
métodos não destrutivos, bem como realizar a espacialização das informações,
tornando-se uma ferramenta útil também com finalidade de monitoramento.
175
2.6.2 Efeitos da mudança de cobertura vegetal de uma área com Bracatinga
(mimosa scabrella benth.) sobre a temperatura e o albedo.
Nome do pesquisador: Leocádio Grodzki, Paulo H.Caramori, Heverly Morais
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Paraná.
Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Há fortes evidências de que as atividades humanas estão
interferindo seja na concentração dos gases causadores do efeito estufa, seja na
mudança das condições naturais de cobertura dos solos. Estes efeitos podem se
traduzir também em mudança na intensidade dos ventos, nos regimes de chuva
(quantidade, distribuição e intensidade), entre outros fatores. A mudança da
cobertura do solo provocada por secas prolongadas como a existência de veranicos
ou por devastação da área vegetada, podem causar significativas alterações locais.
Desenvolveu-se um estudo das alterações ambientais que ocorrem após um
processo de derrubada em um sistema agroflorestal com uma espécie florestal, a
bracatinga, na região Metropolitana de Curitiba, Paraná. Foram medidas as
alterações de temperatura em função da retirada da cobertura do solo – floresta e
sem floresta, bem como o albedo, em decorrência desta mudança. As medidas de
amplitude térmica entre as áreas sem e com floresta de bracatinga mostraram uma
diferença aproximada de 2,0ºC, com maiores valores para a área aberta. A
temperatura média foi sempre maior na área aberta do que com relação à floresta,
com tendência à diminuição desta diferença à medida que o solo ia sendo re-
vegetado. Da mesma forma o poder refletor da superfície, o albedo, sofreu
variações, aumentando a partir dos dias de retirada e queima dos resíduos da
floresta, tendendo diminuir com a re-vegetação. O albedo médio variou de 0,21 a
0,23 para a área desmatada, antes da queima dos resíduos da floresta, decrescendo
após para 0,20. Na área com bracatinga, no mesmo período, o albedo teve um valor
de 0,16, se estabilizando após em 0,17, mostrando uma maior absorção da energia
�
176
solar. Os dados obtidos podem em parte explicar o que vem sendo observado nas
séries de dados das estações agrometeorológicas do IAPAR. Na maior parte das
estações foi observado um acréscimo de 0,6 a 0,8ºC na temperatura média e até
1,5ºC na temperatura mínima.
177
2.6.3 Florestas energéticas.
Nome do pesquisador: Eder Zanneti.
Nome do Orientador: Não disponível.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição Responsável: Embrapa.
Situação do projeto: Não disponível.
Resumo/Abstract: A forte relação entre setor florestal, universidades e instituições
de pesquisa geraram, no Brasil, o maior acervo de germoplasma mundial de
Eucalyptus, e vem desenvolvendo tecnologias silviculturais reconhecidas nacional e
internacionalmente. Os 3,0 milhões de hectares plantados no País são utilizados
para celulose e papel, siderurgia e energia. Esses setores deparam com forte
desequilíbrio entre a oferta e a procura de madeira, com previsão de perda de
competitividade internacional. Novas diretrizes governamentais prevêem a utilização
da biomassa florestal para a matriz energética brasileira, o que agravará de forma
insustentável o desequilíbrio já existente. Com isso torna-se obrigatória à expansão
da área de florestas plantadas no País, sendo a baixa disponibilidade de sementes o
maior entrave. O segundo problema a ser enfrentado é o desenvolvimento de
tecnologias de conversão da biomassa em energia. Algumas tecnologias arcaicas e
ineficientes são usadas e bastante difundidas no Brasil, por exemplo, os fornos de
carbonização para formação de carvão, chamados de rabos-quentes. Estes fornos
são energeticamente ineficientes, apresentam baixa taxa de conversão, desperdiçam
os finos de carvão, a moinha, e também os vapores da pirólise, licor pirolenhoso.
Além da perda de produtos que poderiam aumentar a rentabilidade do processo,
esta tecnologia não é ambientalmente amigável. A possível expansão de plantios
florestais e o estimulo ao uso da biomassa como energia levam ao questionamento
se estas cadeias produtivas podem se tornar viáveis, competitivas e sustentáveis na
produção de biocombustíveis. Assim, existe a necessidade de disponibilizar
tecnologias mais eficientes e sustentável. Por outro lado, deve-se desenvolver e
adaptar outras tecnologias ainda não usadas ou em estado embrionário no país,
como a compactação de biomassa florestal e a produção de bio-óleo, celulignina,
����
178
álcool e outros derivados de alto valor agregado. Estes produtos são uma forma de
promover o aumento da densidade energética da biomassa proporcionando, dentre
outras vantagens, uma logística de transporte competitiva. As respostas tecnológicas
esperadas serão obtidas através de estudos sobre prospecção, oportunidades no
mercado de crédito de carbono (Protocolo de Kyoto), viabilidade econômica, social e
sustentabilidade destas cadeias, além de propostas de gestão ambiental e ações de
transferência de tecnologias viabilizadoras das inovações tecnológicas no negócio
biocombustíveis oriundos da biomassa de plantios florestais. Este projeto é
composto por cinco projetos componentes, sendo um de gestão e quatro de
pesquisa científica estruturados numa plataforma em rede, com vistas à promoção
de sinergismos, fluxos de recursos e de informações. Instrumentos de comunicação
digital serão desenvolvidos visando integrar a rede de entidades participantes e
facilitar a interação que se mostra necessária para a construção compartilhada do
seu planejamento e gestão. As atividades gerenciais ficarão sob responsabilidade da
Embrapa Florestas, unidade líder do projeto em rede, a qual desenvolverão o
ambiente eletrônico, processos específicos e ferramentas a serem utilizadas para
planejar, executar e controlar de maneira eficaz seus projetos componentes,
aumentando de forma significativa às probabilidades de sucesso e conclusão das
atividades conforme prazos, custos e escopo previamente estabelecidos. A reunião
de multicompetências deverá indicar processos que permitam ao País a definição de
modelos de produção-industrialização de biocombustíveis em escalas regionais.
Como impactos esperados tem-se a expansão das florestas energéticas em base
sustentável, para produtores familiares e empresariais, a disponibilização de
tecnologias de transformação, a manutenção de recursos naturais e a promoção de
trabalho, emprego e renda.
179
2.6.4 Recomposição florística da mata ciliar do Rio Canguiri e revegetação das
margens da represa do Iraí.
Nome do pesquisador: Celina Wisniewski, Ligia Carla De Souza, Gustavo Pacheco
Dos Santos, Carlos Bruno Reissmann.
Nome do Orientador: Renato Marques.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Fazenda Experimental do Canguiri.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: O presente projeto tem por objetivos repor a vegetação do
entorno da Represa do Iraí com espécies florestais, avaliar o crescimento das
espécies pertencentes ao grupo ecológico das pioneiras em diferentes tipos de solos
e ainda avaliar as modificações físicas e químicas na camada superficial do solo
resultante da interação entre a vegetação e o solo.
O projeto foi implantado no campo, no início de 2004, na Fazenda Experimental do
Canguiri, de propriedade da Universidade Federal do Paraná. Tem por objetivo a
revegetação com espécies nativas de áreas degradadas ou desflorestadas, com o
intuito de recompor floristicamente e proteger áreas de captação hídrica e também
áreas ciliares de cursos d´água. Os estudos em andamento buscam avaliar a
resposta das espécies nativas a diferentes situações de plantio, avaliando os efeitos
de características do solo e da densidade de plantio no crescimento e nutrição das
plantas. Até a presente data, não foram obtidos ainda resultados que permitam uma
avaliação das respostas das plantas. Espera-se uma primeira avaliação preliminar
para meados de 2005.
����
180
2.7 POLÍTICA
2.7.1 O Direito Ambiental e o mundo em mudanças: considerações sobre a
produção de biocombustíveis no Brasil.
Nome do pesquisador: Ana Karina Ticianelli Möller.
Nome do orientador: Maria Luisa Faro Magalhães e Tânia Lobo Muniz.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UEL.
Situação do projeto: Concluído em 01/01/2007.
Resumo/Abstract: Cumpre observar, preliminarmente, que esta pesquisa trata-se
da relação do meio ambiente com o desenvolvimento e a globalização, bem como
sobre a necessidade de sua proteção jurídica, analisando alguns importantes
princípios que norteiam o direito ambiental. O segundo ponto propõe a análise da
proteção do meio ambiente pelo direito internacional ambiental, com enfoque nos
documentos que tratam sobre a questão ambiental relacionada a desenvolvimento,
bem como sobre aqueles que propõem a redução da emissão de gases de efeito
estufa como forma de mitigar os efeitos do aquecimento global e mudanças
climáticas. O terceiro capítulo expõe sobre a legislação ambiental pátria, com ênfase
a normatização pertinente aos impactos oriundos da produção de biocombustíveis.
Na segunda parte da dissertação - Do contexto jurídico-político da adoção de
biocombustíveis - inserem-se três capítulos. O primeiro procura explicar, após breve
histórico de sua evolução, o papel do Estado na promoção do desenvolvimento,
especialmente o sustentável, bem como o surgimento de novas solicitações de
adoção de políticas públicas pertinentes, em face da emergência da questão
ambiental. Procura-se identificar como o Estado tem respondido às demandas
ambientais, especialmente a partir das últimas décadas do século XX, quando a
proteção ao meio ambiente passou a ser discutida internacionalmente e a proteção
passou a ter sede constitucional em diversos países. A seguir discorre sobre a
política energética do Estado brasileiro. No segundo capítulo, analisam-se as três
questões nucleares que fundamentam a produção de uso de energias limpas e
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181
renováveis, ou seja, a questão das mudanças climáticas, a crise e a dependência do
petróleo no mundo e suas conseqüências, bem como um potencial mercado
internacional. Em seguida, no terceiro capítulo, passa-se ao estudo específico da
produção de etanol e biodiesel no Brasil, com seus marcos regulatórios específicos,
seus impactos ambientais, sociais e econômicos, abordando especialmente como a
legislação ambiental brasileira está preparada para enfrentar as externalidades
decorrentes da produção destes combustíveis.
182
2.7.2 Metodologia para a determinação da eficientização energética elétrica e
determinação dos potenciais de conservação dos usos finais na Universidade
Estadual de Maringá campus de Umuarama.
Nome do pesquisador: Marcos Donizetti Rossi.
Nome do Orientador: Marcelo Marques.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Umuarama - PR.
Instituição Responsável: UEM.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer linhas de ações
para promover o uso racional e eficiente de energia elétrica junto a unidades
consumidoras. Através de ações que otimizam os sistemas de cada uso final de
energia elétrica presentes em uma instalação, é possível reduzir o seu consumo sem
comprometer o seu desempenho. Para analisar a viabilidade técnica e econômica de
tais ações, é preciso determinar inicialmente, a forma como a energia elétrica está
sendo utilizada, procedimento este chamado diagnóstico energético, permitindo
assim, propor soluções que aumentem a eficiência dos sistemas analisados, bem
como calcular os respectivos potenciais de conservação.
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183
ANEXO - PROCESSOS
1. Uso de dejetos de suínos com biodigestor de fluxo tubular em sistema
integrado.
Nome do pesquisador: André Ricardo Angonese.
Nome do orientador: Aloísio Torres de Campos.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Ouro Verde do Oeste.
Instituição responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 01/12/2005.
Resumo/Abstract: O experimento foi desenvolvido na Fazenda Vale dos Ipês,
município de Ouro Verde do Oeste, no Oeste do Estado do Paraná. Uma unidade
suinícula em sistema de terminação, com 600 animais foi acompanhada nos meses
de janeiro a junho de 2005. O sistema de tratamento é composto por: um biodigestor
com capacidade de depósito para 50 m3, construído em aço, um tanque de
sedimentação, um tanque de algas e um depósito para o biofertilizante. A limpeza
das instalações é realizada diariamente por raspagem a seco. Os dejetos gerados
são conduzidos nas canaletas, por gravidade, até o biodigestor. O tempo de
retenção hidráulica foi de 12 dias. A caracterização dos dejetos foi realizada por meio
de amostragens na entrada e saída do biodigestor, na saída do tanque de
sedimentação (biofertilizante) e na saída do tanque de algas (efluente líquido).
Foram analisados os seguintes parâmetros: pH, DBO5, DQO, sólidos totais, sólidos
voláteis totais, sólidos fixos totais, nitrogênio total e amoniacal, potássio, fósforo total,
produção média de biogás, estimativa da quantidade de redução de emissão de
carbono em tCO2eq ano-1 e avaliação energética do sistema. Os resultados
indicaram que o sistema de tratamento biológico anaeróbio e aeróbio foi eficiente
para reduzir e estabilizar a matéria orgânica dos dejetos de suínos. Expressivas
reduções de DBO, DQO, ST e SVT, sendo obtidos valores de 76, 77, 43 e 59%,
respectivamente, para o efluente resultante do biodigestor. A produção média diária
de biogás no período analisado foi de 31,5 m3. O potencial de redução de carbono foi
de 325,16 tCO2eq ano-1. No cálculo da eficiência energética, o componente
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184
energético ração é o maior custo energético no sistema de produção de suínos em
terminação, correspondendo a 95,3% do total da energia direta. Nas saídas de
energia do sistema, o componente energético dos suínos para abate corresponde a
56,8%. O sistema se enquadrou nas características de um agroecossistema
industrial, importando a maior parte da energia consumida no processo produtivo e
exportando mais de 56% da produção, na forma de suínos para abate enquanto o
restante é utilizado na forma de adubo na propriedade.
185
2. Simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de
dados diários de Vento, visando o levantamento do potencial eólico na região
dos Campos Gerais.
Nome do pesquisador: Jorim Sousa das Virgens Filho
Nome do orientador: Jorim Sousa das Virgens Filho
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Campos Gerais.
Instituição responsável: UEPG
Situação do projeto: Em andamento.
Resumo/Abstract: A “energia” pode ser considerada um dos maiores requisitos
básicos da vida humana. De maneira geral, observa-se que a maior quantidade
utilizada no dia a dia é proveniente de combustíveis fósseis e carvão vegetal, sendo
que estas fontes vêm sendo exaurídas em uma velocidade acentuada nos últimos
anos. Preocupados com estes problemas, diversos países têm incentivado o
desenvolvimento de fontes alternativas de energia como a solar, a eólica e outras,
que são limpas, não poluem a atmosfera, nem destroem o meio ambiente. Segundo
a Organização Mundial de Meteorologia, em países como Dinamarca, Holanda,
França e Estados Unidos já existem sistemas para aproveitamento da energia dos
ventos para produção de eletricidade, que podem variar de menos de um quilowatt a
alguns megawatts de potência, para fornecer energia para diversas finalidades entre
elas, a indústria, atividades agrícolas e uso doméstico. O dimensionamento e a
escolha de tais sistemas requer, entretanto, o conhecimento do potencial eólico da
região onde será instalado o equipamento. Esta pesquisa objetiva desenvolver um
simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de dados
diários de vento, visando o levantamento do potencial eólico como alternativa
energética para a região dos Campos Gerais e será conduzida no Laboratório de
Pesquisa em Tecnologia da Informação Aplicada ao Agronegócio e Ciências
Ambientais - INFOAGRO, pertencente ao Departamento de Informática da
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Ponta Grossa – PR, onde serão
utilizados registros diários da velocidade média e da direção predominante do vento,
obtidos junto às estações meteorológicas localizadas na região dos Campos Gerais,
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186
pertencentes ao SIMEPAR e à Fundação ABC.
187
3. Obtenção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais por processo de
pirólise catalítica (craqueamento).
Nome do pesquisador: Andressa Del Fraro Frederico, Dionísio Borsato, Eduardo de
Mauro, Herverson Renan de Freitas, Rafael Henrico Carvalho, Ricardo Ralisch,
Talita Cardoso Quessada.
Nome do Orientador: Dra. Carmem Luisa Barbosa Guedes.
Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.
Local da pesquisa: Londrina.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.
Situação do projeto: Em andamento (término previsto para 31/12/2009).
Resumo/Abstract: Propõe-se a desenvolver um protótipo para obtenção de
biocombustíveis sucedâneos de petrodiesel, gasolina, querosene e GLP, a partir de
óleos vegetais. Diferencia-se de transesterificação (biodiesel) por gerar uma mistura
de hidrocarbonetos de cadeia linear, semelhante aos derivados de petróleo. Não
necessita de outros insumos, como o álcool anidro, nem gera sub-projetos, como
glicerina, razão pela qual adapta-se a uma ampla gama de usuários, desde a
pequena produção rural ou o pequeno empresário, até a produção por atacado.
Adapta-se perfeitamente ao atendimento energético de comunidades isoladas.
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188
4. Uso de biomassa como energia limpa e matéria-prima renovável.
Nome do pesquisador: Talita Pedroso Quessada, Pamella Cristina Scheel, Juan
Miguel Mesa Perez, Jose Dilcio Rocha, Heverson Renan de Freitas, Flavia Correia
Zanutto, Eduardo Di Mauro, Dionísio Borsato, Daniele Cristina Adão.
Nome do Orientador: Dr. Carmen Luisa Barbosa Guedes.
Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.
Local da pesquisa: Londrina - PR.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.
Situação do projeto: Concluído em 31/10/2007.
Resumo/Abstract: Este projeto propõe realizar um estudo teórico e experimental
visando melhorar as propriedades combustíveis do bio-óleo obtido na planta de
pirólise da unicamp. Várias amostras de bio-óleo serão obtidas e caracterizadas para
diferentes condições de operação do reator. Fazendo uso de um planejamento
experimental serão realizados no Laflurpe/uel sobre a estabilidade e a eficiência da
combustão de misturas do biodiesel (bioflex) obtido a partir do bio-óleo com o diesel
e a gasolina, derivados de petróleo.
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189
5. Produção de gás de síntese por gaseificação de bio-óleo obtido por pirólise
rápida usando diferentes tipos de biomassa.
Nome do pesquisador: Carlos Alberto Luengo, Dr. Dionísio Borsato, Dr. Eduardo Di
Mauro, Felix Felfli, Gerson José dos Santos Ciampi, Henry Ramon Marin Mesa, Jose
Dilcio Rocha, Juan Miguel Mesa Perez, Ms. Olivio Fernandes Galao, Robson
Cristiano Martins.
Nome do Orientador: Dr. Carmen Luisa Barbosa Guedes.
Tipo de pesquisa: Inovação Tecnológica.
Local da pesquisa: Londrina.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.
Situação do projeto: Em andamento (término previsto 30/06/2010).
Resumo/Abstract: Esse projeto de desenvolvimento tecnológico insere-se no
contexto do uso racional da fonte de energia renovável da biomassa. A biomassa é
uma vocação natural do Brasil e seu uso como fonte de energia e materiais em
bases sustentáveis com a aplicação de tecnologias eficientes é imprescindível para
que o país alcance maiores índices de aproveitamento e possa manter e ampliar sua
liderança mundial em biocombustíveis. Por biomassa entende-se toda matéria
orgânica de origem vegetal ou animal inclusive os materiais procedentes de sua
transformação natural ou artificial. Uns dos processos com maior potencial de
mercado na atualidade é a gaseificação de biomassa para a produção de
combustíveis líquidos a partir do gás de síntese, porém vários gargalos tecnológicos
e comerciais precisam ser resolvidos. Uma análise da cadeia produtiva para a
produção de gás de síntese permite identificar barreiras tecnológicas e comerciais.
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190
6. Elaboração e Avaliação de um Sistema de Absorção de CO2 Contido no
Biogás.
Nome do pesquisador: Edney Alves Magalhães.
Nome do orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 01/02/2004.
Resumo/Abstract: A utilização do biogás como fonte renovável de energia é uma
forma de agregar valor aos produtos oriundos da agricultura. Além disso, surge como
uma solução para descarte dos resíduos gerados, evitando possíveis impactos
ambientais. O biogás dependendo de seu uso final necessita de melhorias em suas
características físicas e químicas, como a remoção do H2S (ácido sulfídrico), da
umidade e do CO2 (dióxido de carbono). Esta pesquisa teve como objetivo construir
e avaliar um dispositivo capaz de remover o CO2 do biogás, utilizando métodos
físicos de remoção com o objetivo de aumentar a concentração de CH4 (metano). O
mecanismo criado foi uma coluna recheada de absorção com 2500 mm de altura e
300 mm de diâmetro utilizando tubos de pvc rígido de 20 mm de diâmetro como
recheio. O solvente utilizado foi à água por possuir menor custo de aquisição. As
pressões de serviço variaram entre 300 a 500 kPa. A vazão de biogás variou entre
190 a 650 cm3/s. O biogás estudado possuía 33% CO2, mas com a utilização da
coluna de absorção, atingiu-se um nível de 15% de CO2 aumentando a concentração
de metano. Isso representa uma redução de 54% no teor de CO2 no biogás e um
aumento de 57% a mais no poder calorífico por unidade de massa devido a maior
concentração de CH4.
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191
7. Simulação de sistemas de aquecimento solar com materiais em mudança de
fase (mmf) adaptados de resíduos pesados do refino do petróleo sob
condições transitórias de insolação e demanda.
Nome do pesquisador: Alexandre Ferreira Lobo.
Nome do orientador: Marcelo Risso Errera.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UFPR.
Situação do projeto: Concluído em 01/11/2004.
Resumo/Abstract: A ocorrência dos picos de demanda de energia elétrica é um
problema enfrentado por todas as concessionárias de energia elétrica. Os sistemas
de geração e distribuição de eletricidade são determinados para atender a demanda
no pico de consumo, o que leva à ociosidade do sistema fora destes períodos. O
presente trabalho visa contribuir para a redução destes picos (shaving) através do
suprimento de energia térmica para atender a demanda de energia nos períodos
críticos (por exemplo, água quente para banho). A solução proposta é a termo-
acumulação de energia solar em Materiais com Mudança de Fase. O Material em
Mudança de Fase (MMF) estudado é um resíduo pesado de processo de refino de
petróleo. Assim, espera-se que a solução em estudo deverá ter duplo efeito benéfico
ao Meio Ambiente. Para tal, um modelo de simulação numérica é proposto com base
em algumas hipóteses simplificadoras, resultando em um sistema de equações
diferenciais de primeira ordem relativas ao fluxo de calor devido à diferença de
temperatura nos volumes de controle considerados, isto é, fluido térmico de trabalho,
Material em Mudança de Fase (MMF) e água para uso doméstico e equações
básicas da literatura com a variação de energia interna do Material de Mudança de
Fase (MMF).
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192
8. Implantação do PROBIODIESEL.
Nome do pesquisador: Dr. Bill Costa.
Nome do orientador: Dr. Bill Costa.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Curitiba.
Instituição responsável: TECPAR.
Situação do projeto: Concluído.
Resumo/Abstract: Caracterização físico-química do biodiesel obtido de diferentes
óleos vegetais e testes de aplicação de biodiesel puro em motores estacionários
para geração de energia elétrica.
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193
9. Uso da biomassa como fonte alternativa de energia no setor agro-industrial
da região de Cascavel.
Nome do pesquisador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 31/5/2002.
Resumo/Abstract: Junto a algumas agroindustrias e propriedades agrícolas da
região administrativa de Cascavel-Pr, ocorre a disponibilidade de resíduos de
biomassa (casca de cereais, resíduos resultantes da colheita mecanizada de trigo,
milho e soja, dejetos de animais e outros.) As agroindústrias podem utilizar os
resíduos disponíveis junto a suas unidades para produção de calor e eletricidade por
meio da cogeração, de modo a satisfazer uma parte ou totalmente suas
necessidades de energia elétrica e calor. Este trabalho tem como meta determinar o
potencial de energia derivada da biomassa disponível na região administrativa de
Cascavel-PR e estudar as possíveis formas de utilização.
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194
10. Modelo de captação de biogás para geração de renda e minimização do
impacto ambiental na suinocultura.
Nome do pesquisador: Debora da Silva Lobo, Homero Fernandes Oliveira, Sandra
Mara Pereira.
Nome do Orientador: Weimar Freire da Rocha Junior.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Toledo - PR.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 30/7/2008.
Resumo/Abstract: O objetivo deste projeto é elaborar um modelo de captação de
biogás nas propriedades produtores de suínos no município de Toledo - Paraná para
otimizar a coleta desse recurso energético. Nesse sentido, o projeto prevê o
georeferenciamento de 425 propriedades, também levantados seus dados sócio-
econômicos. Espera-se desenvolver um modelo logístico que otimize a coleta e
captação desse insumo energético e sirva para ser aplicados em outras regiões
produtoras.
O estudo levantou 380 propriedades de produção de suínos no sistema de
terminação. Com essa amostra de propriedades agrícolas foi desenvolvida a
heurística Clark e Write de roteirização da coleta de dejetos de suínos no município
de Toledo. Como consideração a esse quesito afirma-se que a heurística Clark e
Write foi suficiente para o trabalho. Como foi o primeiro estudo a respeito de coleta
de dejetos a heurística Clark e Write atendeu as necessidades básicas, mas seria
interessante testar novas heurísticas e fazer um comparativo de resultados para se
descobrir qual o modelo que mais otimiza o processo. Observou-se que o estudo
proposto não se esgota devendo ser elaborados mais estudos que apontem as
melhores alternativas de uso do biogás como fonte energética e renda, além de
trabalhar com outros produtos que podem melhorar ainda mais a renda do agricultor
como o biofertilizante e biocarvão.
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195
11. Produção de biodiesel via transesterificação de óleo de soja utilizando
métodos químicos e enzimáticos.
Nome do pesquisador: Aparecido Nivaldo Módenes, Bruno Munchen Wenzel, Jean
Marcel Ragugnetti Furlaneto, João Batista Oliveira dos Santos.
Nome do Orientador: Alexander Dimitrov Kroumov.
Tipo de pesquisa: Não disponível.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição Responsável: UNIOESTE.
Situação do projeto: Concluído em 31/3/2005.
Resumo/Abstract: A proposta deste trabalho aborda o desenvolvimento de um
processo químico e um enzimático para produção de biodiesel, sendo este último
inovador na área. Espera-se com este trabalho, desenvolver métodos de
transesterificação de óleo de soja que sejam mais eficazes e baratos do que os
métodos tradicionais para a produção de biodiesel. A transesterificação de óleo de
soja será realizada via catálise química e enzimática, utilizando-se álcool etílico
como solvente. Pretende-se desenvolver modelos da cinética para os dois processos
e com estes modelos obter condições ótimas para a reação de transesterificação e
prever resultados da produção de biodiesel em determinadas condições. O processo
químico utiliza, normalmente catalisadores básicos NaOH, KOH e NaOCH3 entre
outros, e catalisadores ácidos como H2SO4. Utilizaremos o processo químico como
uma referência para a avaliação do novo processo (enzimático). O processo
enzimático baseia-se na transesterificação de óleo de soja com etanol e lipase como
catalisador. Este novo método de produção de biodiesel oferece vantagens
importantes em relação ao processo convencional, que utiliza como catalisador
básico. Os resultados dos dois processos serão comparados. O custo de produção
do biodiesel utilizando-se o processo de transesterificação de óleo de soja
empregando-se NaOH como catalisador é, aparentemente, mais barato que o
método enzimático. Cada processo tem suas desvantagens, por exemplo, a
recuperação e purificação de glicerina (que é um sub-produto da reação de
transesterificação) no processo químico aumenta o preço do biodiesel, já no
processo enzimático, a recuperação de glicerina é mais simples, portanto, a
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196
avaliação econômica precisa ser multicriteriosa. Como resultado final do trabalho
espera-se desenvolver uma tecnologia de produção de biodiesel mais barata
baseada na modelagem e otimização do processo utilizando critérios tecnológicos e
econômicos.
Durante a execução deste trabalho foram realizados vários experimentos utilizando
catalisadores básicos (principalmente o NaOH). Foram utilizados como reagentes:
óleo de soja refinado, bruto e óleo usados (obtidos em restaurantes da região).
Também se utilizou óleo de milho, girassol e óleo de canola. Obteve-se sucesso em
todos os experimentos de produção de biodiesel, no entanto, não foi possível até o
momento, fazer as análises de qualidade do biodiesel produzido, bem como a
realização da avaliação dos produtos gasosos de combustão, devido a falta de
equipamentos adequados para as análises. Quanto à recuperação do glicerol como
subproduto da reação, os métodos utilizando catalisadores químicos não se
mostraram muitos eficientes, devido às reações de saponificação. Este trabalho
também focou a modelagem cinática do processo, utilizando como catalisador a
enzima lipase, que pode ser obtida de microorganismos como pseudomonas
fluorescens, P. cepacia, Candida Antarctica, dentre outros. Nesta etapa do trabalho
foi proposto um mecanismo da transesterificação de triglicerídeos catalisado por
enzima lipase, que foi formalizada em três reações consecutivas, onde são formados
os diglicerídeos, monoglicerídeos, glicerol e biodiesel em cada uma delas. Outras
três etapas intermediárias envolvendo a lipase foram consideradas. A identificação
dos parâmetros do modelo desenvolvido foi feita para condições reacionais onde a
alimentação ocorre em proporção estequimética dos reagentes. O modelo
desenvolvido foi testado com dados experimentais em diversas condições
operacionais encontradas na literatura. Os resultados das simulações mostram boa
flexibilidade do modelo, ajustando os dados em várias condições de
transesterificação enzimática para produção de biodiesel.
197
12. Análise de Viabilidade de Cultivos Florestais para Fins de Produção de
Energia Elétrica.
Nome do pesquisador: Sérgio Inácio Gomes.
Nome do orientador: Cid Marcos Gonçalves Andrade; Paulo Roberto Paraíso.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: UEM.
Situação do projeto: Concluído em 01/01/2007.
Resumo/Abstract: As reservas de petróleo e de outros combustíveis fósseis irão se
esgotar nas próximas décadas. Além disso, o aquecimento global exige mudanças
urgentes nas políticas energéticas. Este trabalho refere-se ao estudo da viabilidade
do uso de plantações florestais para a produção de energia elétrica e apresenta os
princípios de um programa de computador usado como uma modelagem para
simulação das relações entre os fatores básicos da produtividade de plantações
florestais com os fatores básicos de um sistema elétrico de potência, tais como a
energia gerada e seu custo, balanço de carbono, influência da umidade ambiental da
biomassa florestal e muitas outras variáveis de interesse. A tentativa, no sentido de
estabelecer relações entre inúmeras variáveis de diferentes áreas de estudo, mostra-
se um desafio, especialmente ao se considerar a importância de estabelecer essas
relações no que se refere à preocupação com os aspectos sociais e ambientais.
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198
13. Avaliação de Sustentabilidade Aplicada ao Biodiesel.
Nome do pesquisador: Mariana Passos.
Nome do orientador: José Antonio Velasquez Alegre.
Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.
Local da pesquisa: Não disponível.
Instituição responsável: PUC-PR.
Situação do projeto: Concluído em 01/04/2004.
Resumo/Abstract: Nesta dissertação, um sistema de produção de biodiesel foi
avaliado quanto a sua sustentabilidade. O biodiesel considerado na análise foi um
éster etílico de soja, obtido através da reação de óleo de soja degomado e álcool
etílico anidro, ambos produzidos a partir de recursos repostos pelo crescimento de
vegetais (soja e cana de açúcar). Para tanto, foram aplicadas ao sistema de
produção do biodiesel algumas metodologias de avaliação de sistemas: a análise de
exergia, a análise de emergia e a metodologia integrada de análise ambiental. Esta
contabiliza em sua análise os recursos (econômicos e ecológicos) e os processos
(naturais, agrícolas e industriais) empregados na produção do biodiesel, além de
considerar o impacto na natureza dos poluentes emitidos pelo sistema avaliado.
Como resultado deste trabalho são apresentados e discutidos os valores de
eficiência e de sustentabilidade do sistema de produção deste biocombustível, além
de alguns outros aspectos relacionados à utilização energética do biodiesel
(características, vantagens, desvantagens, etc.). Dentre as maiores vantagens do
biodiesel pode ser citada a redução das emissões globais de dióxido de carbono
(CO2) e suas conseqüências para o efeito estufa. Por outro lado, o elevado custo de
produção do biodiesel pode ser considerado o maior obstáculo para sua
comercialização.
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199
14. Análise do desempenho de misturas ternárias de combustíveis contendo
óleo vegetal, biodiesel e etanol em um motor de ignição por compressão.
Nome do pesquisador: Jose Luiz Bernardo Borges.
Nome do Orientador: Dr. Ricardo Ralisch.
Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.
Local da pesquisa: Londrina.
Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.
Situação do projeto: Em andamento (término previsto para 31/01/2010).
Resumo/Abstract: O aumento do custo da energia do petróleo impacta as
diferentes atividades humanas, independentemente da cadeia produtiva.
Especificamente, a agropecuária depende do uso de máquinas movidas a óleo
diesel, o que onera fortemente o custo de produção, portanto a redução da
dependência de combustíveis derivados do petróleo será de suma importância para
o equilíbrio econômico da matriz energética nacional. Além disso, a utilização intensa
de combustíveis fósseis, entre eles o diesel, está contribuindo com o aumento da
concentração de CO2 na atmosfera, redundando em mudanças climáticas globais.
Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho será avaliar o desempenho de
misturas ternárias compostas de álcool, biodiesel e óleo vegetal em um motor ciclo-
diesel, numa tentativa de certificar a utilização dessas misturas como aditivo ou um
possível sucedâneo do diesel convencional no mercado de combustíveis. A seleção
das misturas para as avaliações serão conduzidas da seguinte maneira: a) seleção
pela análise das propriedades físico-químicas; e b) seleção pelo desempenho nas
avaliações primárias, tais testes primários indicarão a melhor amostra que comporá a
avaliação secundária de durabilidade dos motores. O teste secundário será realizado
aplicando-se um funcionamento contínuo aos motores durante um período de 200
horas, conduzido apenas com dois combustíveis, um dos motores trabalhará sempre
com diesel convencional, enquanto o outro funcionará com a mistura ternária pré-
selecionada. Espera-se obter com os resultados deste projeto o desenvolvimento de
um eficiente aditivo para ser incorporado ao óleo diesel ou até mesmo um novo
sucedâneo ao petrodiesel, contribuindo assim com o processo de busca por um
substituto ao petróleo na matriz energética brasileira.
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