escravidão na américa portuguesa
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ESCRAVIDÃO NA AMÉRICA PORTUGUESAESCRAVIDÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
(...)Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! (...)
NAVIO NEGREIRO – CASTRO ALVES
EscravidãoSubmissão de um indivíduo a outro,
independente da sua vontade.
Como a escravidão negra no Brasil tomou proporções marcantes na história da sociedade, ficou no imaginário coletivo a referência quase que automática da palavra escravidão ligada exclusivamente ao tráfico de negros da África. No entanto, a primeira opção da coroa portuguesa foi a utilização da mão de obra dos povos indígenas, para colonizar efetivamente suas terras na América através do seu sistema de administração (Capitanias Hereditárias e Governo Geral). Também houve no Brasil a escravização de pessoas brancas, embora em número bem menor do que os outros tipos de escravos (negros e índios).
O processo de integração indígena ao mundo colonial
Os europeus inseriram-se na relações intertribais. Na condição de aliados ou inimigos(...)
A conquista e a colonização passaram a ser também história dos índios que nela participaram intensamente, atribuindo a elas significados próprios (...)
ALMEIDA, Mª Regina Celestino de
Os jesuítas tiveram
participação crucial na
tentativa de integração dos
povos nativos na realidade colonial
cristã.
As entradas e bandeiras tiveram papel fundamental
na expansão das fronteiras coloniais
na América Portuguesa e no
apaziguamento dos índios nas chamadas
guerras justas.
Imagem disponível em: http://temmaisnoblog.blogspot.com.br/2010/03/bandeirantes-nem-herois-nem-viloes.html
GUERRA JUSTA
Eram consideradas guerras justas os conflitos entre colonizadores e indígenas que se opusessem à catequese e ao processo de expansão da colônia, interferindo, assim, diretamente nos interesses da metrópole. Uma forma de burlar a proibição da Igreja de escravizar os povos nativos, pois eles deveriam ser convertidos a fé cristã e não escravizados.
O tráfico de negros como escravos para o Brasil se deu ainda no século XVI. Em carta enviada ao rei de Portugal, Duarte Coelho já citava a importância e a necessidade de trazer negros escravos para a colônia como forma eficiente de colocar em prática o processo de ocupação do território americano.
Imagem disponível em: http://www.historiabrasileira.com/biografias/duarte-coelho/
O tráfico de escravos no AtlânticoAo contrário do senso comum, que nos faz
imaginar o tráfico como sendo algo desorganizado e amador; soando mais
como aventura do que profissionalismo, a literatura atual nos mostra que o tráfico de escravos configurou-se numa organização altamente estruturada e que contava com a participação de vários reinos africanos
nessa empreitada.
A organização do tráfico
O tráfico possuía planejamento. Devemos lembrar que os escravos eram mercadorias
muito valiosas. Portanto, perder uma “peça” se constituiria em prejuízo para o traficante. Algumas embarcações contavam com a
presença de médicos e suprimentos mínimos para garantir a sobrevivência da tripulação e da
carga.
Proibição do tráficoCom a proibição do tráfico por
diversas nações ao redor do mundo, o transporte de escravos tornou-se
ainda mais arriscado. Patrulhas inglesas vigiavam o Atlântico em busca de traficantes negreiros.
ROTAS DO TRÁFICO NO ATLÂNTICO
Veja o mapa mostrando o fluxo dos escravos no século XVIII em:
http://3.bp.blogspot.com/-0HTGe2Mf8HU/TpMTs0-yb5I/AAAAAAAABsk/gZz2OSEKw-k/s1600/mapa_sec_XVIII.jpg
Resistência
Oposição, reação, recusa de submissão à vontade
de outrem...
Imagem disponível em: http://www.brasilescola.com/historiab/a-resistencia-dos-escravos.htm
Liberdade
Faculdade de escolher seu caminho e de que maneira trilhá-lo.
A VIDA DOS ESCRAVOS NOS ENGENHOS COLONIAIS.
OS ESCRAVOS DENTRO DA CASA GRANDE
AMAS DE LEITE
Era comum, nas casas-grandes dos engenhos, as negras servirem de amas de leite para os filhos dos senhores.
A expectativa de vida de um escravo, durante seu trabalho na lavoura da cana de açúcar, era de, aproximadamente, 10 anos.
A Sociedade do Açúcar
Principais formas de castigo para os escravos que se rebelassem.
ESCRAVOS CASTIGADOS
INSTRUMENTOS DE TORTURA
SUGESTÃO DE LEITURAS
A ESCRAVA ISAURA – Bernardo Guimarães
MENINO DE ENGENHO – José Lins do Rego
MOLEQUE RICARDO – José Lins do Rego
O GUARANI – José de Alencar
SUGESTÃO DE FILMES
A MISSÃO – Roland Joffé
AMISTAD – Steven Spielberg
BIBLIOGRAFIA-ALMEIDA, Maria Regina Celestino de – Os índios na História do Brasil. 2010. 1ª Ed. Editora FGV, Rio de Janeiro.
-CARVALHO, Marcus J. M. de. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822-1850. Recife: Editora Universitária da UFPE, 1998.
-FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 34. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, cap. IV.
-REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos; CARVALHO; Marcus J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro (c. 1822 – c. 1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.