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ESCOLA ESTADUAL MARCELO TULMAN NETO ENSINO MÉDIO LEONARDO FREITAS MARIA JEANE NICOLLAS HENRIQUE THALIA MOTA USO DE ANIMAIS EM PESQUISAS SÃO PAULO 2015

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ESCOLA ESTADUAL MARCELO TULMAN NETO

ENSINO MÉDIO

LEONARDO FREITAS

MARIA JEANE

NICOLLAS HENRIQUE

THALIA MOTA

USO DE ANIMAIS EM PESQUISAS

SÃO PAULO

2015

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ESCOLA ESTADUAL MARCELO TULMAN NETO

ENSINO MÉDIO

LEONARDO FREITAS

MARIA JEANE

NICOLLAS HENRIQUE

THALIA MOTA

USO DE ANIMAIS EM PESQUISAS

Trabalho de Conclusão de Curso 3º ano do

Ensino Médio da Escola Estadual Marcelo

Tuma Neto, sob a orientação de todos os

professores.

SÃO PAULO

2015

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RESUMO

O presente estudo tem como objetivo apresentar informações referentes aos

testes e pesquisas realizadas em animais. Será feita uma abordagem das principais

experimentações, desde como são realizadas até a localização adequada e, se as

mesmas têm baseamento cientifico para serem executadas. Também serão

apresentadas as diversas alternativas que já existem hoje no mercado para que

esses animais sejam substituídos, as leis que regulamentam esse tipo de pesquisa,

e posteriormente será aprofundado o assunto com diversas entrevistas, gráficos

informativos e depoimentos pertinentes ao mesmo.

PALAVRAS-CHAVE: Pesquisas Realizadas em Animais, Testes Realizados em

Animais, Experimentações.

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ABSTRACT

The purpose of the present study is to present information regarding the tests

and surveys carried out on animals. We will approach those main experimentations,

how are performed, the appropriate location and if the same has baseamento

scientific to run. Also lish presented the various alternatives that already exist on the

market today for those animals are replaced, the laws governing this type of search,

and subsequently will be deepened the subject with various interviews, informational

charts and statements relevant to the same.

WORD-KEY: Surveys carried out on animals, Tests Carried out on Animals,

Experimentations.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................... 7

2 HISTÓRICO ................................................................................... 8

3 LEIS ............................................................................................. 10

4 OS TESTES REALIZADOS EM ANIMAIS. ................................... 11

4.1 Tipos de experimentos realizados em animais .......................... 13

4.1.1 Pesquisas básicas .......................................................................................... 14

4.1.2 Pesquisa biomédica ........................................................................................ 14

4.1.3 Engenharia genética ....................................................................................... 14

4.1.4 Teste de produtos ........................................................................................... 15

4.1.5 Ensino ............................................................................................................ 16

4.2 Testes mais comuns realizados ................................................ 17

4.2.1 O Teste de Irritação Ocular ............................................................................. 17

4.2.2 Teste Draize de Irritação Dermal .................................................................... 17

4.2.3 Teste de toxidade alcoólica e tabaco .............................................................. 18

4.2.4 Experimentos de comportamento e aprendizado ............................................ 18

4.2.5 Experimentos armamentistas ......................................................................... 19

4.2.6 Pesquisa de programa espacial ...................................................................... 19

4.2.7 Pesquisas dentárias ....................................................................................... 19

4.2.8 Cirurgias experimentais e práticas médico-cirúrgicas ..................................... 19

4.3 Experimentação animal na educação ........................................ 20

4.3.1 Miografia ......................................................................................................... 20

4.3.2 Sistema nervoso ............................................................................................. 20

4.3.3 Sistema cardiorrespiratório ............................................................................. 20

4.3.4 Anatomia interna ............................................................................................ 20

4.3.5 Estudos psicológicos ...................................................................................... 21

4.3.6 Farmacologia .................................................................................................. 21

4.3.7 Habilidades cirúrgicas ..................................................................................... 21

5 ALTERNATIVAS PARA SUBSTITUIÇÃO ..................................... 23

5.1 Os 3rs ....................................................................................... 23

5.1.1 Redução (Reduction) ...................................................................................... 23

5.1.2 Reposição (Replacement) .............................................................................. 24

5.1.3 Refinamento (Refinement) .............................................................................. 24

5.2 Testes ―in vitro” .......................................................................... 24

5.3 Testes in silico ........................................................................... 25

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5.4 EXEMPLOS DE ALTERNATIVAS ............................................. 26

5.5 EXEMPLOS FATAIS ................................................................. 27

6 GRÁFICOS INFORMATIVOS ....................................................... 31

7 CONCLUSÃO ............................................................................... 43

8 BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 45

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho visa informar acerca do uso de animais em pesquisa, que é

baseada em uma ultrapassada hipótese de que o animal responde aos estímulos da

mesma forma que nós, seres humanos, quando expostos a um mesmo tipo de

substância. Como são realizadas, se são realmente necessárias ou se

podem/devem ser substituídas devido ao grande avanço da tecnologia

recentemente.

Como todo ser vivo, os animais, detém do direito à vida conforme é garantido

constitucionalmente. Porém, esse mesmo direito vem sendo violado a séculos tanto

em casos de maus tratos, exploração, ou o uso em testes e experimentações.

Crueldades como rodeios, em que o animal é submetido constantemente ao uso do

sedém e da espora (objetos para provocar incomodo e dor, a ponto do mesmo

parecer furioso, enquanto, esses que na maioria das vezes são touros e cavalos,

apenas estão tentando se livrar daquilo que os machuca). Outro exemplo

repugnante é a farra do boi praticada até hoje em Santa Catarina, ou até mesmo as

horríveis rinhas de galo, em que os animais são instigados a lutar um contra outro.

Os galos levados à rinha sofrem mutilações desde o início de sua vida, suas cristas,

orelhas e barbelas são cortadas sem anestesia e seu bico e espora são reforçados

com aço inoxidável, facilitando assim o fim doloroso da luta, em que

obrigatoriamente um dos dois morre. Aprisionamento em circos e zoológico, onde

são expostos como objetos em vitrines, rinhas de cães, a sobrecarga de peso que

são submetidos a carregar nas roças, ainda existe os casos de maus tratos

domésticos e, é claro, o tema principal desse estudo, o uso desses animais em

testes e pesquisas.

Em diversos casos, nascendo e morrendo em laboratórios, diversas espécies

são privadas de conhecer seu habitat natural, ou seja, a natureza. Devemos

questionar se esses animais estão sendo devidamente resguardados, alimentados e

se estão entrando em contato com outras, ou até a sua mesma espécie. O que é

saudável para eles está sendo proporcionados aos mesmos? E suponhamos que a

resposta seja positiva, devemos pensar no quão é correto/justo que em pleno século

XXI animais sejam aprisionados e privados do seu maior direito, o direito à vida.

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2 HISTÓRICO

A humanidade usa modelos de animais para pesquisas desde a antiguidade,

conhecendo-se citações sobre o tema feitas por Pitágoras (582-500 AC), Alcmaeon

(500 AC), Hipócrates (450 AC), Herophilus (330-250 AC) e Erasistratus (305-240

AC), incluindo registros de vivissecções animais com o objetivo de estudar órgãos e

formular hipóteses sobre seu funcionamento. Em Roma, Galeno (129-210 D.C.)

também realizou vivissecção com objetivos experimentais. Mais tarde (1638),

William Harvey publicou ―Exercitatio Anatomica de Motu Cordis et Sanguinis in

Animalibus‖ (O Estudo Anatômico do Movimento do Coração e do Sangue nos

Animais, em tradução livre) em 1628, onde descreveu a circulação sanguínea em

dezenas de espécies animais.

É com Jeremy Benthan, em 1789, que a idéia de proteção aos animais,

existente na Grécia antiga, volta a ser discutida com especulação sobre o sofrimento

animal, que Renné Descartes não admitia. Foi Charles Darwin, em 1859, com ―A

Origem das Espécies‖ que estabeleceu o possível vínculo evolutivo entre as

espécies animais, possibilitando a extrapolação dos dados obtidos em pesquisas

com modelos animais para seres humanos. Claude Bernard, em seu livro ―An

Introduction to the Study of Experimental Medicine‖ (Uma Introdução ao Estudo da

Medicina Experimental, em tradução livre), publicado em 1865, justificava a

utilização de animais em pesquisas.

A primeira lei a regulamentar o uso de animais em pesquisa foi proposta no

Reino Unido, em 1876, através do British Cruelty to Animal Act, o que em cem anos

mais tarde viria a ser feito no Brasil. A primeira publicação norte americana sobre

aspectos éticos da utilização de animais em experimentação foi proposta pela

Associação Médica Americana em 1909. Cinqüenta anos mais tarde (1959), William

M.S.Russell e Rex L. Burch publicaram um livro estabelecendo o princípio dos ―RS‖

(Replace, Reduce e Refine) para a pesquisa, utilizando animais, racionalizando

recursos e humanizando os cuidados.

A disseminação de experimentos com animais e a resistência pública à

vivissecção começaram no século XIX. Em meados do século XX, o número de

animais usados em pesquisas e experimentos aumentou drasticamente. Porém, no

começo dos anos 1980, os números começaram a cair devido à pressão da opinião

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pública e a restrições financeiras. Hoje, estima-se que mais de 100 milhões de

animais sejam usados todos os anos em experimentos de laboratório em todo o

mundo, sendo 11 milhões na União Europeia (UE). Em 2002, roedores e animais de

sangue frio representaram 75% dos animais usados em experimentos na UE.

As sociedades de proteção aos animais têm opiniões e posições diferentes

em relação a questões que envolvem experimentos com animais, que vão desde os

abolicionistas, que acreditam que essas práticas são eticamente erradas, até os

defensores do bem-estar, que tentam melhorar as condições e o tratamento dado

aos animais para experimentos. No entanto, apesar de suas opiniões serem

bastante diferentes, eles têm muito em comum quando examinados de forma mais

detalhada. Por exemplo, muitos bem estadistas se opõem a qualquer experimento

que provoque sofrimento, seja na captura, na reprodução, na criação, no

confinamento, no manuseio ou no próprio ato em si. Ambos os grupos apóiam os 3rs

(Substituição, Redução e Refinamento), mas os abolicionistas defendem a

substituição total, enquanto o bem estadistas vêem a redução e o refinamento como

passos em direção à substituição total.

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3 LEIS

No Brasil, a primeira medida de proteção animal foi através do Dec. n.º

24.645/ 1934, que reconheceu como tutelados todos os animais existentes no País.

Entretanto, foi em 1979 que surgiu a primeira Lei, de n.º 6.638, que estabelecia

normas e regras para a prática didático-científica da vivissecção de animais.

Todavia, a referida lei não foi respeitada, uma vez que não previa penalidades

contra aquele que a desrespeitasse, perdendo então assim sua força normativa.

Em fevereiro de 1998, foi criada a Lei nº 9.605 (lei de crimes ambientais), que

dispõe sobre condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, estabelecendo

penalidades em caso de experiência dolosa ou cruel. Já em julho de 2003, criou-se

o PL nº1. 691/2003, com a finalidade de estabelecer limites ao uso de animais para

fins científicos e didáticos, bem como estabelecer o direito a escusa de consciência

a experimentação animal, sendo tal projeto apensado ao PL. 01153/1995,

apresentado pelo deputado já falecido, Sergio Arouca, que regulamenta a pratica da

vivissecção no Brasil.

Neste ano, a Lei Arouca finalmente foi aprovada. Entretanto, para os

defensores dos animais é considerado um retrocesso científico, já que as práticas

vivisseccionistas pouco ajudam no aprendizado acadêmico, tendo a dita lei

estendido a sua legalização para as atividades do ensino médio que antes era

proibida, conforme Lei nº. 6.638/1979.

Entrando em vigor em exatos 8 de outubro de 2008, a tal Lei Arouca (Lei

11.794/08), regulamenta o inciso VII do § 1o do art. 225 da Constituição Federal,

estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei no

6.638, de 8 de maio de 1979; e dá outras providências. Trata basicamente da

criação e a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em

todo o território nacional. A Lei Arouca prevê que os laboratórios tenham dois anos –

a partir da publicação - para se adequar às normas internacionais que restringem o

uso de cobaias apenas para pesquisas que tenham como finalidade melhorar e

prolongar a vida do ser humano. Também é permitido o uso de animais em

experimentos que testem a segurança e eficácia de fármacos desenvolvidos para o

tratamento de doenças. Em ambos os casos, as pesquisas devem obrigatoriamente

prezar pelo bem-estar do animal utilizado.

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4 OS TESTES REALIZADOS EM ANIMAIS.

As pesquisas e testes realizados em animais denominam-se todo e qualquer

experimento, com animais é claro, cuja finalidade é a obtenção de um resultado seja

de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em

geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou

não envolver o ato da vivissecção.

A experimentação animal envolve o uso de vários termos, são eles:

"experimentação animal", "pesquisas com animais", "testes in vivo", ―vivissecção‖

entre outros.

Todo o termo supracitado tem denotações semelhantes, porém conotações

diferentes. Por exemplo, a "vivissecção" que se refere ao ato de dissecar um animal

ainda vivo, que é mais utilizado para fins de ensino. A vivissecção, na verdade é um

erro metodológico, busca-se através dela obter resultados nos seres humanos ou

em outros animais de outras espécies. Ocorre que tanto os animais de diferentes

espécies, quanto os seres humanos, possuem sistemas fisiológicos totalmente

diversos, reagindo de formas diferentes. Desta forma, o aprendizado, por exemplo,

em um cachorro, não servirá para sua aplicação prática em um gato, muito menos

em uma pessoa, por serem organismos diferentes que possuem funcionamentos

diferentes.

Os testes em animais conhecidos como "experimentação animal‖, ―pesquisa

com animais‖ e/ou ―ensaios in vivo", conforme informado anteriormente, referem-se

à utilização de animais não humanos em experiências que tem como finalidade obter

algum resultado fisiológico ou comportamental de alguma substancia no referido

corpo aplicado. Essa pratica não é apenas realizada em laboratórios científicos

especializados, também é feita em universidades, escolas médicas, empresas

farmacêuticas entre outros locais. Estes testes em animais são usados também nas

áreas da educação, criação de animais, e de defesa. A prática é regulamentada em

vários graus em diferentes países. Todos os anos mais de cem milhões de animais

são dissecados, infectados, injetados, envenenados, queimados e cegados em

laboratórios escondidos nas universidades e centro de pesquisas em todo o mundo.

No campo da aprendizagem didático-científico, as experiências com animais

não possuem caráter inovador, cujos resultados são notórios, podendo na sua

grande maioria serem demonstradas por outra forma que não utilize esses animais

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vivos. Entretanto, as universidades brasileiras mantêm os animais em cativeiros,

causando enormes prejuízos tantos mentais quanto físicos nos animais

desnecessariamente.

Animais também são usados para testar a segurança dos cosméticos,

produtos de limpeza doméstica e outros produtos de consumo diário, quais mal

imaginamos que trajetória percorreu para chegar ao estágio de estar pronto para o

uso.

Historicamente a experimentação animal tem impedido o avanço cientifico e

colocado a segurança humana em perigo, pois os resultados normalmente não

podem ser aplicados em seres humanos. O jornal da associação medica americana

informou que em abril de 1998 reações diversas a medicamentos (os quais primeiro

passam por uma bateria de testes em animais) matam mais de 100 mil pessoas a

cada ano.

Para que possamos exemplificar o quão absurda e desnecessária é tal

prática, no curso de Odontologia, animais recebem durante semanas apenas açúcar

como alimento, ou então introduzem bactérias em suas bocas para demonstrarem

que o excesso de ingestão de açúcar ocasiona a decomposição dos dentes.

Nem mesmo a utilização de animais na área médica-científica é justificável,

uma vez que já se sabe que a utilização de animais em pesquisas é um retrocesso,

um atraso na evolução científica, além de ser um grande desperdício de dinheiro

público.

Várias diretrizes da União Européia foram firmadas com o propósito de abolir

os testes com animais, dentre eles o terrível DL 50 (qual será apresentado no

decorrer deste estudo). Trata-se, portanto, de uma tendência mundial, em que a

preocupação com o bem-estar dos animais de laboratório provoca discussões éticas

no meio acadêmico e científico.

Na Europa muitas faculdades de medicina não utilizam mais animais, nem

mesmo nas matérias prática como técnica cirúrgica e cirurgia, oferecendo

substitutivos em todos os setores. Na Inglaterra e Alemanha, a utilização de animais

na educação médica foi abolida. Sendo que na Grã-Bretanha (Inglaterra, País de

Gales, Escócia e Irlanda) é contra a lei estudantes de medicina praticarem cirurgia

em animais. Note-se que os médicos britânicos são comprovadamente tão

competentes quanto qualquer outro. A produção de anticorpos monoclonais por

meio de animais foi banida na Suíça, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Suécia. Na

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Itália, entre 2000 e 2001 mais de um terço das universidades abandonaram a

utilização de animais para fins didáticos. A Província de Sul de Tirol, Itália, proibiu a

experimentação em animais ao longo de seu território. Nos EUA, mais de 100

faculdades de Medicina (70%) não utilizam animais vivos nas aulas práticas. As

principais instituições de ensino da Medicina, como a Harvard, Stanford e Yale

julgam os laboratórios com animais vivos desnecessários para o treinamento

médico.

De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o

desenvolvimento da vacina contra a pólio. A primeira vacina contra pólio e contra

raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a

aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver realizado pesquisas em

macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta da vacina para a pólio.

―A perigosa droga Talidomida foi lançada no mercado depois de ser testadas em

animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado‖, disse Dr.

Sabin. A Talidomida foi desenvolvida em 1954 destinada a controlar ansiedade,

tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser comercializada e em 1960 foram

descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga, quando consumida por

gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto,

provocando a focomelia que é o encurtamento dos membros junto ao tronco,

tornando-os semelhantes aos de focas.

Sendo assim, quando um medicamento chega ao mercado, os consumidores

são as primeiras cobaias de fato, independentemente da quantidade de testes

conduzida previamente em animais. Somente os humanos podem exibir efeitos

desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada. A indústria

vivisseccionista não apenas coloca em risco nossas vidas como impede que outras

vidas sejam salvas.

4.1 Tipos de experimentos realizados em animais

Os principais tipos de experimentos realizados com animais incluem: pesquisa

básica ou essencial (busca por conhecimento, tais como, fisiologia); pesquisa

biomédica (uso de animais como modelos para doenças humanas); engenharia

genética (para produzir animais transgênicos, por exemplo); testes de produtos

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(como produtos domésticos); e educação e treinamento (tais como dissecação em

escolas), as mesmas serão brevemente apresentadas a seguir.

4.1.1 Pesquisas básicas

Envolvem o maior número desses animais. Exemplos incluem testes para

descobrir como a memória funciona no cérebro ou como o fígado lida com

substâncias tóxicas. Os defensores do uso de animais para esse fim alegam que as

pesquisas freqüentemente contribuem indiretamente para o desenvolvimento de

novos ingredientes ativos e terapias. No entanto, antivivisseccionistas acreditam que

a contribuição da pesquisa para drogas e tratamentos novos é grosseiramente

superestimada.

4.1.2 Pesquisa biomédica

É a segunda maior área de experimentação com animais; dedica-se ao

estudo da prevenção e do tratamento de doenças e aos fatores genéticos e

ambientais relacionados com doenças e saúde.

Tradicionalmente, o desenvolvimento da medicina humana e veterinária tem

se baseado na experimentação com animais, de certa forma, assim como testes

para diagnóstico e controle de doenças. No entanto, nas duas últimas décadas,

métodos alternativos in-vitro (utilizando células, tecidos e órgãos) resultaram na

necessidade de menos animais para esse fim. Os antivivisseccionistas acreditam

que, mais do que depender de pesquisas biomédicas, maior atenção deveria ser

dada à medicina preventiva e à busca de estilos de vida mais saudáveis. Menos de

10% das doenças são congênitas (herdadas), e antivivissecionistas acreditam que o

foco da pesquisa deveria ser em epidemiologia, experimentos clínicos com seres

humanos e alternativos sem uso de animais.

4.1.3 Engenharia genética

É a área que cada vez mais utiliza experimentos com animais. Ela envolve a

manipulação de genes entre indivíduos da mesma espécie ou entre espécies

diferentes para produzir animais transgênicos. Cerca de 150 a 200 animais são

necessários para se tentar obter um espécime transgênico com uma configuração

específica de características desejáveis. Os animais produzidos são então usados

para estabelecer uma linhagem genética específica com esses traços.

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A engenharia genética pode provocar efeitos colaterais sérios e inesperados,

como o desenvolvimento de tumores, má-formação cerebral, deformidades nos

membros e no cérebro, infertilidade, artrite, diabetes e outras disfunções

metabólicas. O sofrimento pode também surgir como conseqüência direta da

pesquisa, como no caso de animais que foram geneticamente modificados para

servirem de modelos para doenças humanas dolorosas e penosas, como o câncer, o

Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson. Cientistas também já tentaram manipular

geneticamente animais de produção para fazê-los crescer maiores, mais magros ou

mais rapidamente. Outras questões ligadas à engenharia genética incluem

clonagem, registros de patente e xenotransplantes (transplantes de órgãos ou

tecidos de animais para seres humanos).

4.1.4 Teste de produtos

Os testes para riscos tóxicos de produtos químicos são normalmente exigidos,

apesar da possibilidade de exposição ser tão baixa que nem a menor dose tóxica

prevista será atingida na vida real. Uma abordagem mais realista, que exigiria

menos teste e conseqüentemente menor número de animais, seria primeiramente

medir os níveis de exposição (de Boo e Hendriksen, 2005). Essa abordagem é

conhecida como toxicologia invertida.

Em 2003, a Comissão Europeia adotou um novo critério regulador para

produtos químicos para a UE chamado REACH (Registro, Avaliação, e Autorização

de Produtos Químicos). Esta proposta visa ao teste de 30 mil produtos químicos que

estão já em uso e precisariam de 4 a 20 milhões de animais para testes (o número

depende de diferentes cenários). Muitas organizações de proteção vêm trabalhando

para persuadir autoridades nacionais e da UE a adotar novos métodos que não

usem animais.

O programa de testes REACH tem sido alvo de críticas de especialistas por

serem lentos caros e com poucas chances de atingir seus objetivos. O programa

levou 11 anos para avaliar os riscos de 140 produtos químicos, mas, mesmo assim,

REACH propõe que a indústria forneça dados semelhantes para 30 mil produtos

químicos, na mesma escala de tempo. Todos os anos, aproximadamente 35 mil

animais na Europa e milhões em todo o mundo são submetidos a dores e

sofrimentos intensos em experimentos para testar cosméticos e seus ingredientes.

Perfumes, xampus, pastas de dente, tinturas de cabelo, cremes dermatológicos,

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maquiagem, desodorantes e produtos de limpeza são testados em animais. As

sociedades de proteção são unânimes em concordar que não há nenhuma

justificativa para infligir sofrimento a eles unicamente para satisfazer a vaidade

humana. A UE adotou proibição gradual dos testes com animais para produtos

cosméticos e de perfumaria, e, a partir de 2012, todos os testes para esses fins

serão proibidos. No entanto, ainda são realizados em muitos países em todo o

mundo.

4.1.5 Ensino

Todos os anos, centenas de milhares de animais são usadas em testes,

mortos e dissecados em escolas e universidades em todo o mundo. Os defensores

do uso de animais para a educação alegam que a experiência do tipo ―mão na

massa‖ é a melhor forma de aprendizado e que é interessante oferecer aulas

práticas com animais para os alunos. Os que são contrários – ou ―opositores

conscienciosos‖ – questionam a (falta de) justificativa ética e a utilidade educacional

do uso de animais.

É importante que os alunos possam optar por não participar das sessões dos

cursosque usam animais para experimentos, se forem eticamente contrários a isso.

Da mesma forma, os alunos não devem ser prejudicados nos exames ou na

aprovação nos cursos, caso optem pela não participação. Organizações e websites

tais como InterNICHE, European Resource Center for Alternatives in Higher

Education (EURCA) e www.learningwithoutkilling.info foram criados especialmente

para ajudar alunos conscienciosos que se opõem a essa prática. Eles oferecem uma

grande variedade de recursos alternativos que podem ser usados em substituição a

experimentos com animais.

Estudos mostram que alunos treinados usando alternativas humanitárias têm

desempenho no mínimo tão bom como os treinados usando animais. 36,7% (11/30)

dos estudos em todos os níveis educacionais revelam que alunos que usaram

alternativas humanitárias obtiveram resultados superiores ou equivalentes, mais

rapidamente. Além disso, 56,7% mostraram eficácia educacional equivalente, e

apenas 6,7% apresentaram eficácia educacional inferior. O uso de alternativas

humanitárias na educação provavelmente influenciará os alunos que continuarem a

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atuar na área de pesquisa, uma vez que pensarão em alternativas desde o início,

incorporando os 3Rs quando planejarem seus experimentos.

4.2 Testes mais comuns realizados

Como foi brevemente apresentado no inicio do estudo, os animais passam

por diversas multições, cirurgias, ações desnecessárias que danificam o próprio

corpo apenas para os cientistas observarem como essas substâncias que são

aplicadas nos mesmos reagem no organismo do animal, afim de ter um ―base‖ para

iniciar a fase de aplicação em humanos. Existem variações de tipos de testes e

como são realizados, trataremos diretamente deles a seguir.

4.2.1 O Teste de Irritação Ocular

Consiste basicamente na aplicação de substâncias que possam provocar

irritação em olhos tanto humanos quanto animais, para que seja medido o nível de

desgaste ocular. Para se ter uma idéia os animais utilizados (que são na maioria das

vezes coelhos, por serem mais baratos e terem olhos grandes que facilitam na

observação do resultado) são imobilizados, colocados em um suporte onde só a

cabeça é projetada, para que assim não possam interferir, tentar ferir ou até mesmo

arrancar os próprios olhos.

Mesmo os animais sofrendo de dor extrema, pois além da substância que

esta sendo aplicada, as pálpebras são presas com clipes de metal, o teste continua

ineficaz se comparado com o fato de que os olhos são de total diferença fisionômica

pois a espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas de coelhos e de

humanos são diferentes; coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem

lágrimas). No fim, o animal é sacrificado para averiguar os efeitos internos das

substâncias experimentadas.

4.2.2 Teste Draize de Irritação Dermal

A pele do animal é raspadas e/ou fitas adesivas são coladas e arrancadas

brutalmente até que a carne viva esteja à mostra e substância químicas são

aplicadas nas feridas para a observação do surgimento de possíveis úlceras,

edema, enrijecimento cutâneo, etc.

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Teste LD 50

Um dos mais cruéis e temidos testes, o LD 50 que vem do termo em inglês

Lethal Dose 50 Perercent (Dose Letal 50%, em tradução livre) é de uma metodologia

totalmente falha, tendo em vista que seu resultado é muito influenciado pela espécie,

idade e sexo dos animais, bem como as condições de alojamento, temperatura, hora

do dia, época do ano e o método de administração da substância. Nele,

basicamente, um grande grupo de animais é reunida (na maioria das vezes de 200

animais ou mais) e neles são aplicados substâncias altamente tóxicas que podem

ser administradas por via subcutânea, intravenosa, intraperitoneal, misturada à

comida, por inalação, via retal ou vaginal.

O objetivo do teste é aplicar doses cavalares dessas substâncias (que variam

de cremes dentais, loções para o corpo, sabão líquido para roupas, etc) nos animais

até que 50% da quantidade iniciada no teste morra. Quando mortos, são estudados

os resultados das ações químicas e o restante que ainda não morreu, enfim,

também são sacrificados.

4.2.3 Teste de toxidade alcoólica e tabaco

Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois sejam

dissecados, a fim de estudar os efeitos de suas substâncias no organismo. Porém,

sabemos quais são as reações dessas substâncias a muito tempo.

4.2.4 Experimentos de comportamento e aprendizado

Pode ser o mais cruel se for se basear na ética, pois esse teste praticamente

priva o animal de ter várias coisas que são dadas como direito á eles. Os animais

são submetidos a todo tipo de privação (materna, social, alimentar, de água, de sono

etc.), são instigados a sentir dor, são aplicados choques elétricos, são induzidos a

estados psicológicos estressantes, entre diversas outras barbaridades apenas para

serem observados, para serem vistos reagindo a cada tipo de situação.

Não precisamos nem citar o fato de que tais testes são extremamente

desnecessários, vendo que os animais reagem de formas psicologicamente bem

diferentes dos humanos.

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4.2.5 Experimentos armamentistas

Os animais são submetidos a testes de irradiação de armas químicas

(apresentando sintomas como vômito, salivação intensa e letargia). São usados em

provas biológicas (exposição à insetos hematófagos); testes balísticos (os animais

servem de alvo); provas de explosão (os animais são expostos ao efeito bomba);

testes de inalação de fumaça, provas de descompressão, testes sobre a força da

gravidade, testes com gases tóxicos. São baleados na cabeça, para estudo da

velocidade dos mísseis.

Os testes são executados meramente para testar a eficiência de armas de

guerra, e não para aperfeiçoar o tratamento de vítimas de guerra.

4.2.6 Pesquisa de programa espacial

Como o próprio título é auto explicativo, animais são lançados ao espaço

dentro de sondas, balões, foguetes, capsulas espaciais, mísseis e paraquedas para

que sejam estudados os estados fisiológicos de cada um deles após a ―viagem‖, e

também a sua estadia. Os testes fisiólogicos, comportamentais e de força da

gravidade, são realizados por meio de fios, agulhas, máscara etc.

4.2.7 Pesquisas dentárias

Consiste em induzir bactérias nos dentes dos animais testados (que na

maioria das vezes são macacos, cães e camundongos) alimentando-os só com

açúcar durante meses, ou até mesmo inserindo a bactéria diretamente na arcada

dentária dos bichos, que é removida após o teste.

4.2.8 Cirurgias experimentais e práticas médico-cirúrgicas

Animais têm seus membros quebrados, mutilados, decapitados, afim de que

seja aprimorada as técnicas de cirurgias. Porém, o teste se torna ineficaz quando

observamos o fato de que cada espécie responde de uma forma diferente á

procedimentos cirúrgicos.

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4.3 Experimentação animal na educação

São várias as finalidades dos experimentos realizados com animais em

universidades brasileiras: observação de fenômenos fisiológicos e comportamento a

partir da administração de drogas; estudos comportamentais de animais em

cativeiro; conhecimento da anatomia interna; e desenvolvimento de habilidades e

técnicas cirúrgicas. Os experimentos são comuns em cursos de Medicina Humana e

veterinária, Odontologia, Psicologia, Educação Física, Biologia, Química,

Enfermagem, Farmácia e Bioquímica. Essas práticas vêm sendo severamente

criticadas por educadores e profissionais. Seus argumentos são de ordem ética e,

em alguns casos, técnica, levantados em favor de educação mais inteligente e

responsável. Abaixo estão descrições breves dos experimentos mais encontrados

nas universidades:

4.3.1 Miografia

Este experimento ocorre quando um músculo esquelético, geralmente da

perna, é retirado da rã ainda viva para estudar a resposta fisiológica a estímulos

elétricos.

4.3.2 Sistema nervoso

Uma rã é decapitada e um instrumento pontiagudo é introduzido

repetidamente na sua espinha dorsal, observando-se o movimento dos músculos

esqueléticos do restante do corpo.

4.3.3 Sistema cardiorrespiratório

Um cão é anestesiado, tem seu tórax aberto e observa-se os movimentos

pulmonares e cardíacos. Em seguida aplicam-se drogas, como adrenalina e

acetilcolina, para análise da resposta dos movimentos cardíacos. Outras

intervenções podem ser realizadas. Por fim, o animal é morto.

4.3.4 Anatomia interna

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Diversos animais podem ser utilizados para tal finalidade. Geralmente são

mortos ou são sacrificados como parte do exercício, com éter ou anestesia

intravenosa.

4.3.5 Estudos psicológicos

Ratos, porcos-da-índia ou pequenos macacos podem ser utilizados como

instrumento de estudo. São vários os experimentos realizados. Privação de

alimentos ou água (caixa de Skinner, por exemplo); experimentos com cuidado

materno (a prole é separada dos genitores); indução de estresse (utilizando-se

choques elétricos, por exemplo); comportamento social em indivíduos artificialmente

debilitados ou caracterizados. Alguns animais são mantidos durante toda a vida em

condições de experimentos, outros são mortos pelas condições extremas de

estresse ou quando não podem mais ser reutilizados.

4.3.6 Farmacologia

Geralmente pequenos mamíferos, como ratos e camundongos. Drogas são

injetadas intravenosas, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato

digestivo por cateter ou injeção). Os efeitos são visualizados e registrados.

4.3.7 Habilidades cirúrgicas

Muitos animais podem ser utilizados para estas práticas. Os animais

geralmente estão vivos e anestesiados, enquanto as práticas se procedem. Os

exercícios de técnica operatória são comuns em faculdades de medicina veterinária

e humana, e exigem uma grande quantidade de animais.

Já existem inúmeras métodos substitutivos eficientes e eficazes que podem e

já estão sendo usados nessa área. Isso sem falar dos modernos processos de

análise genômica e sistemas biológicos in vitro, que vêm sendo muito bem utilizado

por pesquisadores brasileiros. Sem falar que culturas de tecidos, provenientes de

biópsia, cordões umbilicais ou placentas descartadas, dispensam o uso de animais.

Vacinas também podem ser fabricadas a partir da cultura de células do próprio

homem.

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Ano passado o país passou a prestar mais atenção em testes feitos em

animais, em decorrência do famoso caso, mas que vem ganhando cada vez mais

reprovação ao passar dos anos, não só pelos ativistas que protegem a causa, mas

por cientistas do ramo e até os populares. Não só cães, mas ratos, coelhos e

diversos primatas são utilizados em pesquisas para remédios e cosméticos. Desde o

fim dos anos 50, porém, uma dupla de cientistas ingleses já dizia que, no futuro, o

uso de animais não aconteceria. Hoje, mais de cinqüenta anos depois, a tecnologia

já permite essa substituição?

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5 ALTERNATIVAS PARA SUBSTITUIÇÃO

Utilizarmos o termo ―alternativa‖ a testes com animais é um tanto não

apropriado, pois parte do pressuposto que utilizar animais é o modo correto de se

chegar a um determinado resultado para seres humanos, e isso não é verdade. No

entanto, o uso do termo é comumente empregado quando se refere a testes sem a

utilização de animais. Apresentaremos alguns já existentes no mercado, que podem

ser adotados como meio de substituição aos animais.

De acordo com a maioria dos pesquisadores não existe a possibilidade de se

substituir o uso de animais no campo da pesquisa, no entanto, a razão de toda esta

resistência é pelo simples fato de todo o fator econômico que versa sobre o

comércio destes animais.

Em 1959, William Russel e Rex Burch, cientistas ingleses, já se preocupavam

com as condições e tratamentos oferecidos aos animais em laboratórios e

realizaram um estudo sobre o tema. Dessa forma, eles criaram algumas normas que

poderiam ser seguidas para que os animais não sofressem tanto. Assim, foram

estabelecidos os ―três Rs da experimentação animal‖: Redução, Refinamento e

Replacement (substituição).

Dentro da filosofia dos 3Rs (Replacement, Reduction e Refinement), são

considerados métodos ―alternativos‖ todos aqueles que se proponham a reduzir

(Reduction) o numero de animais necessários para se executar determinado

experimento, diminuir o sofrimento animal através do melhor treinamento de pessoal

e refinamento (Refinement) da técnica e por fim, sempre que possível, a completa

substituição (Replacement) do uso de animais por outros métodos.

5.1 Os 3rs

5.1.1 Redução (Reduction)

Apresenta a ideia de usar sempre o menor número de animais possível para o

objeto de investigação. Isso pode ser conseguido com, por exemplo, o

desenvolvimento de técnicas genéticas ou de aparelhagem que permitam a geração

de animais com menor variabilidade de respostas, reduzindo a necessidade de mais

animais para se conseguir resultados confiáveis.

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5.1.2 Reposição (Replacement)

Remete-se ao uso de modelos alternativos de investigação, por exemplo,

utilizar gatos ou ratos em vez de macacos, cultura de células em vez de modelos

animais e, após longos períodos de experimentação e aquisição de dados, modelos

computacionais. A reposição do modelo acaba por reduzir o uso de animais,

dependendo do objetivo experimental.

5.1.3 Refinamento (Refinement)

Por fim, traz o aperfeiçoamento de todos os processos envolvidos na

experimentação visando, no fim, a redução do uso de animais ou redução do seu

sofrimento. A exemplo, podemos falar do aperfeiçoamento da aparelhagem dos

biotérios (de criação, manutenção etc.) e de desenhos experimentais em si, das

técnicas que possam proporcionar o menor nível de aversão (dor, estresse e afins)

possível.

Diversas são as formas alternativas à experimentação animal que podem ser

utilizadas em aulas práticas nas universidades, com o intuito de aprendizado

científico, dentre elas: sistemas biológicos ‗in vitro‘, necropsias, biópsias e

simulações computadorizadas.

No Brasil, algumas universidades já não utilizam os animais vivos como

objeto de estudo, dentre elas estão a USP (Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia), a UNIFESP, a UNB e a FMUZ.

Os métodos alternativos são tão eficientes quanto às experiências realizadas em

animas, tendo como vantagem que podem ser reutilizadas quantas vezes forem

necessárias, além de muitas alternativas serem mais baratas quando comparadas

aos gastos com a manutenção de animais em laboratórios.

A adoção de meios alternativos, além de ser um progresso tecnológico, contribui

para formação de um pensamento ético e moral dos futuros profissionais, que iram

aprender as suas atividades práticas - cientificas em um ambiente saudável,

humanizando-os.

5.2 Testes “in vitro”

Investigadores do Centro de Neurociências (CNC) e da Faculdade de

Farmácia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um teste pioneiro para a

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detecção do potencial alergênico cutâneo de químicos (avaliação da sensibilização

cutânea), que permite reduzir significativamente os ensaios em animais na indústria

de cosmética.

O teste in vitro (―em vidro‖) é uma expressão latina que designa todos os

processos biológicos que têm lugar fora dos sistemas vivos, no ambiente controlado

e fechado de um laboratório e que são feitos geralmente em recipientes de vidro. Foi

popularizada pelas técnicas de reprodução assistida (fertilização in vitro). Baseia-se

na utilização de células de pele imortalizadas para avaliar, através da análise de

diversos parâmetros, o potencial alergênico cutâneo de químicos antes da sua

introdução no mercado, substituindo deste modo os respectivos ensaios em animais.

Denominado ‗Sensitiser Predictor‘, o projeto resulta de sucessivos estudos

realizados ao longo dos últimos seis anos pelos investigadores Teresa Cruz Rosete,

Bruno Neves e Susana Rosa. Já foi distinguido com vários prémios nacionais e

internacionais, pois além de ―dar resposta à imposição legislativa da União Europeia

no sentido de abolir a utilização de animais em ensaios de produtos da indústria de

cosmética, é um método muito mais rápido do que os atuais que recorrem aos

ensaios em animais, mais económico e passível de ser usado em grande escala‖,

enumera Teresa Cruz Rosete.

5.3 Testes in silico

Outra importante frente desenvolvimento de alternativas a testes em animais

é a simulação em computador, chamada de teste in silico.

―Nos testes computacionais, o que se faz é acessar bases de dados de

drogas já testadas e buscar semelhanças com as drogas novas, efeitos semelhantes

de toxicidade e absorção farmacocinética ou até mesmo eficácia para determinadas

indicações. Trata-se de predições teóricas feitas por comparações da molécula nova

com outras já testadas.‖ (Eduardo Pagani, 2015)

Ainda sobre os modelos computacionais, e a ideia de termos de reproduzir

em um computador todo o sistema biológico de um ser vivo, para que outros sejam

poupados e resguardados, Ray Greek, médico norte-americano contrário a testes

em animais, declarou, numa entrevista à revista Veja em 2010:

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―(...) não temos informações suficientes para criar 100% do corpo

humano, e isso não vai acontecer nos próximos 100 anos. Mas não

precisamos de toda essa informação. ‖ (Ray Greek, 2010)

A citação do mesmo é intrigante para aqueles que detêm de pouco conhecimento

sobre o assunto, porém ele esclarece com a seguinte afirmação:

―(...) O que precisamos é saber como e do que um receptor celular é

constituído — Isso já se sabe — e a partir daí podemos desenvolver, no

computador, remédios baseados nas leis da química que se encaixem nesses

receptores. Depois disso, a droga é testada em tecido humano e depois em

seres humanos. ‖ (Ray Greek, 2010)

Um exemplo que pode ser citado é o trabalho de Martin Karplus, Michael

Levitt e Arieh Warshel, que lhes rendeu o prêmio Nobel de Química pela elaboração

de simulações por computador utilizadas para entender e prever processos

químicos. A Real Academia Sueca, ao anunciar o prêmio, complementou o

comunicado com a seguinte declaração: "Modelos computacionais que espelham a

vida real tornaram-se cruciais para a maioria doa avanços feitos na química

atualmente".

Questionado diretamente durante a apresentação do prêmio, um dos

conceituados cientistas Arieh Warshel, de 72 anos, que trabalha na Universidade da

Califórnia do Sul, explicou que o trabalho dos cientistas premiados foi "desenvolver

métodos que permitem ver como as proteínas funcionam de fato". "O que

desenvolvemos foi uma forma computacional de olhar para a proteína e perceber

como faz, e o que faz", acrescentou, exemplificando que esta informação pode ser

utilizada para criar medicamentos, por exemplo. Por tanto, já existem tecnologias

que suprem a necessidade da pesquisa utilizando animais, porém são alternativas

de alto custo por exigirem um computador excepcional, mas não são inviáveis para

empresas de cosméticos e medicamentos de auto custo.

5.4 EXEMPLOS DE ALTERNATIVAS

Abaixo segue algumas alternativas diretas para que os animais sejam

substituídos, e/ou poupados:

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1. O Instituto Nacional do Câncer, nos ESTADOS UNIDOS, adotou um filtro

inicial anticâncer in vitro para compostos, automaticamente substituindo mais

de um milhão de camundongos por ano.

2. Episkin – epiderme humana reconstituída in vitro para avaliação de

corrosividade para cosméticos e componentes químicos.

3. Corrositex – um sistema de dupla câmara com membrana de colágeno. A cor

(PH) muda quando o químico em teste penetra no indicador da câmara

(amplamente usado nos ESTADOS UNIDOS e Europa para testar

corrosividade).

4. Relação química de estrutura-atividade computadorizada (SAR) e sistemas de

base de dados especializados permitem que se preveja a eficácia e a

segurança/toxicidade de novos compostos.

5. Epiocular- tecido de diversas camadas, reproduzível, derivado de células

humanas para testar irritação ocular de químicos e outros materiais.

6. EpiAirway- é uma cultura tridimensional de células epiteliais traqueo-

bronquiais humanas para estudos pré-clínicos de drogas inalatórias.

7. Epiderm- é um tecido reproduzível, tridimensional, derivado de células

epiteliais humanas para estudos de irritantes e corrosivos.

8. O teste Ames utiliza classes específicas de bactérias comuns para detetar

mudanças genéticas causadas pelas substâncias em teste – possibilidades

de mutagênese e carcinogênese.

9. A Toxicogenômica utiliza chips de DNA para identificar padrões de mudanças

genéticas característicos de endpoints de toxicidade específicos. Irá substituir

praticamente todos os testes baseados em animais.

5.5 EXEMPLOS FATAIS

Algumas tragédias já ocorreram devido ao uso de animais em pesquisa, tanto

para os mesmos que tinham o seu destino fatal, quanto para a população, que

diversas vezes confiou nos produtos que haviam sido testados anteriormente, com a

falsa sensação de segurança, como se todos os maus que aquela substancia podia

lhe causar, já haviam sido prevenidos. Segue alguns relatos que serão brevemente

apresentados, como exemplos:

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1. Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao

fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas

continuam fumando e morrendo de câncer;

2. Embora haja evidências clínicas e epidemiológicas de que a exposição à

benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi retida como

produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos fabricantes

para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à benzina

falharam;

3. Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não

revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após

estudos em humanos, a OSHA – Occupational, Safety and Health

Administration – os rotulou de cancerígenos;

4. Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como substância cancerígena para

humanos por várias décadas, cientistas encontraram poucas evidências em

animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido, após o câncer

ter sido reproduzido em animais de laboratório;

5. Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol

elevado e DIETA rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias.

Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas

mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.

6. Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não

diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento

da substância. Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de

hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de

pessoas foram vítimas de derrame;

7. Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a Keratotomia Radial (cirurgia

para melhorar a visão) em coelhos, mas o procedimento cegou os primeiros

pacientes humanos. Isso porque a córnea do coelho tem capacidade de se

regenerar internamente, enquanto a córnea humana se regenera apenas

superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na superfície da

córnea humana;

8. Transplantes combinados de coração e pulmão também foram

―aperfeiçoados‖ em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos

23 dias subsequentes à cirurgia [13]. De 28 pacientes operados entre 1981 e

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1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite

Obliterante, uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos

experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais

conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite

obliterante passou a ser o maior risco da operação;

9. Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico

geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento

perderam todas as suas funções renais;

10. Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite, testado em ratos, macacos e

cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram após tomar a droga;

11. Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A

droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos;

12. Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca, foi testado em inúmeros

animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram trombocitopenia,

ou seja, ausência de células necessárias para coagulação;

13. A medicação para a doença do coração Eraldin provocou 23 mortes e casos

de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito colateral ter sido

observado em animais. Quando lançado, os cientistas afirmaram que houve

estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após as mortes e os

casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso desenvolver em

animais efeitos similares aos das vítimas;

14. A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de

asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos,

provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os

cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes

em animais;

15. Domperidone, droga para o tratamento de náusea e vômito, provocou

batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser retirada do

mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em cães,

mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior;

16. A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação de úlceras gástricas,

mas causou retenção de água a ponto de causar insuficiência cardíaca em

alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga em humanos, os

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cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos, sem

conseguirem reproduzir os mesmos sintomas;

17. O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma condição intestinal em

humana chamada colite pseudomembranosa. O medicamento foi testado em

ratos e cães, diariamente, durante um ano. As cobaias toleraram doses 10

vezes maiores que os seres humanos.

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6 GRÁFICOS INFORMATIVOS

Uma pesquisa de campo foi realizada, na qual 43 pessoas foram

questionadas sobre alguns assuntos relacionados ao tema do estudo. Segue a

relação das respostas dos entrevistados, de forma imagética, contendo a

porcentagem de cada resposta divergente e breves considerações.

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Não foi denominado um critério de preferência de qual dos gêneros

entrevistar, para que haja igualdade das opiniões. Dos 43 entrevistados, como

podemos identificar no gráfico acima 16 deles (37% do total) são homens e 27 (63%

do total) são mulheres.

37%

63%

GENÊRO SEXUAL

Homens

Mulheres

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Vemos que a maioria das pessoas que responderam à pesquisa tinha de 19 a

30 anos, com o resultado de 66% do total. Veremos com os demais informativos a

seguir que essa faixa etária não influência diretamente na opinião dos entrevistados,

pois as respostas comparadas dos mesmos não necessariamente têm um padrão de

semelhança.

7%

19%

32%9%

33%

FAIXA ETÁRIA

Menor de 15 anos

De 16 à 18 anos

De 19 à 23 anos

De 24 à 30 anos

Maior de 30 anos

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Das pessoas entrevistadas uma quantidade esmagadora de 70% deles diz

ser adepto a religião evangélica. Pode ser levado em conta o fato do local onde a

pesquisa de campo foi realizada, pois na região existem muitas igrejas que pregam

tal religião. Outro exemplo é o budismo, que foi marcado como opção de religião por

apenas uma pessoa, tal religião que não detém de muitos centros praticantes na

região.

21%

70%

2%

7%

RELIGIÃO

Catolicismo

Evangelismo

Budismo

Outra

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Em relação à quantidade que possui um animal de estimação e se está contra

ou favor de que pesquisas e testes sejam realizados em animais, o resultado é

surpreendedor, pois 67% dos entrevistados que não tem um animal de estimação

em casa são contra a esses tipos de experimentações, enquanto apenas 57% dos

que possui animais de estimação em casa, são contra, sendo 43% a favor de tais

testes.

65%

35%

POSSUINTES DE ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

SIM

NÃO

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Dos entrevistados que não possuem nenhum tipo de animal de estimação,

podemos perceber que a quantidade de que tem desejo de ter pelo menos um, e a

quantidade de pessoas que não querem, pois não apreciam a idéia de ter um animal

na própria residência é da mesma proporção. Enquanto a quantidade pessoas que

gostariam de ter um animal de estimação, porém são impossibilitados por algum

motivo, é bem maior em relação a aqueles não querem, mas tem apreço pelos

bichos mesmo assim.

33%

27%7%

33%

NÃO POSSUINTES DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Gostariam de ter, pois tem apreço por animais

Gostariam de ter, porém não podem

Não gostariam ter, porém tem apreço pelos animais

Não gostam muito da idéia

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É surpreendente o fato de quase ¾ do total de pessoas que responderam à

pesquisa, já tenham presenciado um caso de maus tratos contra animais, coisa que

é não regularmente mostrada pela mídia, que acaba nos entorpecendo da verdade

de que casos envolvendo maus tratos a animais vêm ocorrendo cada vez com mais

freqüência.

72%

28%

CASO DE MAUS TRATOS

Já ouviu falar ou jápresenciou algum casode maus tratos contraanimais

Nunca ouviu falar oupresenciou algum casode maus tratos

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Podemos nos surpreender mais com o fato de que de todos os entrevistados

que já haviam vivido/presenciado alguma situação em que um animal era mau

tratado, apenas 21% deles tomaram as providencias necessárias para que a ação

fosse interrompida. Ou seja, 79% apenas presenciaram e não notificaram as

autoridades responsáveis.

21%

79%

DENÚNCIAS

Assim que soube/presenciei fiz a denúncia as autoridades responsáveis

Não denunciei

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Como podemos ver exemplificado no informativo à cima, quando

questionados se permitiriam que fossem usados como ―cobaias‖ em relação a algum

teste de uma nova substância que ainda não teria seus efeitos colaterais definitivos,

todos negaram.

100%

PERMITIRIAM PRODUTOS QUÍMICOS FOSSEM TESTADOS EM SI MESMO, SEM A CIÊNCIA DOS

POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS

Permitiria

Não permitiria

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Intrigante o fato de que mesmo não sendo totalmente a favor ou contra à

essas pesquisas realizadas em animais, mais que a metade dos entrevistados

afirmaram que se soubessem que algum produto que estivessem prestes a utilizar,

foram testados em animais anteriormente daria preferência a aqueles que não

foram. Enquanto a minoria representada apenas por 14% da soma total de pessoas

que responderam à pesquisa, indagaram que continuariam a utilizar o produto

normalmente, sendo ele testado ou não em animais, pois suas opiniões eram

indiferentes em relação ao assunto.

14%

51%

35%

SE SOUBESSEM QUAIS PRODUTOS SÃO TESTADOS ANTES EM ANIMAIS, CONTINUARIA A USAR TAIS

PRODUTOS ?

Sim, não me importo com a causa

Talvez, daria preferência aos não testados

Não, pois não sou a favor a qualquer tipo de exploração animal

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Enfim, chegamos a questão final, na qual 63% dos pesquisados (27 pessoas)

dizem serem contra a realização de todo tipo de teste, experimento, e pesquisa que

utilize de animais como material principal. Em relação a quantidade restante de 37%

dos entrevistados (16 pessoas) que disseram ser a favor dessas pesquisas,

percebemos que o fator do não amplo conhecimento em relação ao assunto

influencia bastante nessa opinião, pois a maioria optou pela realização de testes

com animais simplesmente por não saber das várias alternativas para a substituição

dos mesmos.

Portanto, mesmo com a maioria das pessoas que foram entrevistadas,

optando pela afirmação de que é contra a esses tipos de pesquisas, podemos

diminuir ainda mais a porcentagem da população que acredita que o único meio de

pesquisa, é da experimentação animal, não sabendo eles que o mesmo método é o

menos eficaz.

63%

37%

A FAVOR OU CONTRA

Contra à realização dos testes A favor da realização dos testes

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Acreditamos que se mais informações sobre todas os métodos seguros e

alternativos que substituem e poupam a utilização desses animais, fossem

dispersadas, a conscientização seria maior, pois o que influenciou muito nas

respostas foi a quantidade de conhecimento que o entrevistado tinha sobre o

assunto.

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7 CONCLUSÃO

Diante de tantos fatos, é seguro concluir que o uso de animais, tanto em

pesquisas cientifica, quanto no ensino e/ou testes de produtos para uso geral (como

cosméticos, produtos de limpeza, etc.) é totalmente desnecessário, pois a afirmação

de que esses experimentos podem contribuir com o avanço cientifico é uma total

falácia. A falácia nesse caso é de que devemos testar essas drogas primeiro em

animais antes de testá-las em humanos. Testar em animais não nos dá informações

sobre o que irá acontecer em humanos.

Já vimos que diversas faculdades de grande porte já não realizam mais esse

tipo de aula prática (onde o animal é o meio busca de informação), adotaram como

alternativa o uso de meios tecnológicos que simulam a troca de informações entre

as células e as substancias aplicadas. Também já não são mais usados em matérias

como ―Habilidades Cirúrgicas‖ em que o animal em questão era aberto vivo, (ato

também conhecido como dissecação e/ou vivissecção).

Podemos afirmar também que, conforme foi visto no decorrer do estudo, o

teste de produtos do tipo cosmético é de uma metodologia totalmente incerta, pois

os resultados que seriam obtidos quando a aplicação do produto for realizada nos

pobres bichos, será totalmente diferente da reação química que causaria no corpo

de um ser humano.

A idéia pode ser confirmada mais ainda quando se trata do uso desses

animais em testes e pesquisas realizados em laboratórios especializados, para que

seja obtida uma falsa sensação de ―segurança‖ sobre o que será distribuído à

população (que na maioria das vezes são medicamentos).

Além do triste fato de que a maioria desses animais nasce, cresce, vive e

morre nesses laboratórios onde são submetidos à vários tipos de privações, como

principalmente a de não viver em seu habitat natural e também não ter contato com

outros animais, podemos considerar que diversos avanços já foram alcançados sem

o uso desses animais em pesquisas.

Não partindo então da ética em relação a seres que tem o direito à vida,

assim como nós, seres humanos, mas partindo do propósito cientifico, já que não

obteremos informações o suficiente sobre o que tal medicamento causará em nós,

seres humanos, porque devemos continuar os sacrificando por motivo nenhum?

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Portanto, é possível concluir que é necessária a criação e utilização de

métodos alternativos, pois a pesquisa que utiliza animais em testes nos revela fatos

sobre os animais, e não sobre os seres humanos. É necessário investir

tecnologicamente neste ramo e também a criação de órgãos que fiscalizem e punam

laboratórios que utilizam dos maus tratos dos animais é importante.

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ANEXOS