escola de pais

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Education


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CONTEÚDOS A DESENVOLVER

- Podias fazer o favor de me dizer para onde devo ir a partir de agora? [perguntou Alice]

- Isso depende muito de para onde é que queres

ir – disse o gato.

- Não me importa muito onde…- respondeu

Alice.

- Então também não importa por onde vás – disse o Gato.

- …desde que chegue a algum lado – explicou

Alice.

- Oh, com certeza que chegas – disse o Gato –

se andares o suficiente. Alice no Pais das Maravilhas

“Processo ativo no qual os sujeitos estabelecem os

objetivos que norteiam a sua aprendizagem tentando

monitorizar, regular e controlar as suas cognições,

motivação e comportamentos com o intuito de os

alcançar “ (Rosário, 2004, p.37).

Enfatiza a autonomia e responsabilidade dos alunos na

condução do seu projeto de aprendizagem.

O ensino de estratégias é considerado uma das

chaves principais na promoção da aprendizagem

auto-regulada (Zimmerman, 1998).

É possível e desejável, ensinar estratégias de

aprendizagem que capacitem os alunos para saber

como aprender, contudo, tal não é suficiente para

incrementar a qualidade das suas aprendizagens.

Alunos tem que querer aplicar esses ensinamentos

estratégicos na prática.

Conhecer é fundamental para mudar, mas não é

suficiente. Por estes motivos, ensinar o “conhecer” e o

“querer”, para que caminhem lado a lado é uma

condição para que avancemos na direcção do

“Aprender” (Rosário & Almeida, 2005).

Os alunos auto-reguladores da sua aprendizagem

têm de conhecer as estratégias de aprendizagem

que lhes facilitem a tarefa de aprender, mas também

de querer ser aprendizes efectivos (Rosário, Simão,

Chaleta & Grácio, 2005).

A tarefa dos educadores, orienta-se no sentido de

incentivar os alunos a assumirem a responsabilidade

pelo seu aprender.

Os professores por mais empenhados que estejam

no processo educativo, não podem sozinhos

colmatar as (in)competências dos alunos. É

necessária a ajuda dos próprios e dos seus

encarregados de educação. Para promover o

sucesso escolar é necessário um esforço

concertado de todos os agentes educativos

(Rosário, Simão, Chaleta & Grácio, 2005).

Atenção e concentração

Memória

Leitura

Motivação

Promover a motivação para o estudo;

Estabelecer e realizar tarefas de forma rotineira

mantendo a mesma metodologia de trabalho;

Dar pistas ao aluno para que inicie o trabalho e

preparar o início do trabalho de forma progressiva

(ex. daqui a cinco minutos vamos começar a

estudar!);

Estas pistas e indicações devem passar

paulatinamente do adulto para o aluno;

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E

CONCENTRAÇÃO

Planear o estudo a desenvolver:

Verificar os conteúdos a estudar e os conceitos a

reter (ex. verificar objectivos de aprendizagem

definidos pelo professor ou apresentados no início de

cada capítulo do manual);

Definir objectivos específicos para a sessão de

estudo;

Explicitar objectivos e finalidades do trabalho a

desenvolver;

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

Planear o estudo a desenvolver:

Planificar o trabalho a desenvolver, sinalizando o

número e tipo de tarefas que o aluno irá

executar;

Construir listas de verificação para que o aluno se

organize, antecipando o trabalho a desenvolver

e verificando a sua execução.

Utilizar um relógio como apoio à regulação do

trabalho;

Estabelecer limites precisos para terminar as tarefas.

Assumir uma postura activa nas aulas e estudo (ex.

tirar apontamentos, questionar-se sobre o significado

da matéria estudada, comparar informação com

conhecimentos anteriores, fazer resumos, etc.).

Fazer perguntas a si próprio para manter o interesse e

curiosidade no tema estudado.

Eliminar distractores (visuais, auditivos e cinestésicos)

do ambiente de estudo.

Organizar o material e a área de trabalho,

mantendo-a livre de materiais desnecessários.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

Garantir as condições ambientais adequadas ao

estudo: luz, temperatura, mobiliário, ventilação, etc.

Garantir a presença de todos os materiais

necessários ao estudo para evitar quebras nos

períodos de concentração para ir buscar materiais;

Colocar na mesa de trabalho um sinal sinalizador

para manutenção da atenção.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

Controlar pensamentos

parasitas/

distractores:

•Estar vigilante e reconhecer que se está pensar noutros temas que não a matéria a estudar;

•Dar auto-instruções: “Vou deixar de pensar nisto, agora vou estudar!”

•Fazer questões orientadoras: “O que estava a estudar? onde é que eu ia? O que vou estudar agora?”;

•Levantar-se ou fazer algum movimento para “expulsar” o pensamento.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A CONCENTRAÇÃO

Dividir o tempo de estudo em períodos mais

pequenos, fazendo intervalos regulares.

Alternar o estudo de matérias fáceis com o estudo de

matérias mais difíceis para o aluno.

Alternar actividades paradas com actividades mais

activas.

Dividir as tarefas complexas em tarefas mais

pequenas.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

Estudar em períodos do dia em que o aluno está mais

desperto e menos cansado.

Utilizar material de suporte visual como complemento

do estudo (ex. esquemas e desenhos/gravuras).

Mudar de tarefa apenas quando a primeira está

concluída. Evitar mudar constantemente de

tarefa/actividade.

Reforçar positivamente a finalização das tarefas e os

todos os comportamentos adequados.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A ATENÇÃO E A

CONCENTRAÇÃO

Para uma boa memorização são condições

essenciais:

A convicção de que se é capaz, ou seja, a

autoconfiança, a par da motivação.

A realização de revisões periódicas da matéria.

A utilização de estratégias adequadas para a

realização do estudo.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A

MEMORIZAÇÃO

Há que reter um princípio muito importante: a

organização da informação deve ser feita de uma

forma o mais pessoal possível, de modo a que faça

sentido para o aluno!

É essencial para que o aluno consiga fixar bem e para

poder evocar mais tarde com facilidade. Assim,

precisamos sempre de relacionar os nossos novos

conhecimentos com os anteriores e outras

experiências. Essa organização será mais eficaz se

resultar de um trabalho pessoal.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER A

MEMORIZAÇÃO

Fases de estudo de um texto e estratégias

FASE COMO?

Pré

-le

itu

ra

Examinar todo o tema rapidamente para saber

como está organizado:

Transformar o título numa questão

Observar títulos e subtítulos existentes

Observar mapas, diagramas, gráficos, etc.

Fazer uma leitura rápida de todo o tema, lição

ou capítulo, sem paragens de nenhum tipo

Procurar no dicionário no vocabulário que não

se conhece para haver uma melhor

compreensão.

ESTRATÉGIAS PARA PROMOVER UMA LEITURA EFICAZ

FASE COMO Le

itu

ra A

na

lític

a

Antes de começar a ler:

Perguntar à medida que se vai lendo:

Porque é que o professor quer que eu leia este

texto;

Que passos devo seguir na sua leitura

A partir da informação fornecida por desenhos,

gráficos, títulos e subtítulos, qual será o tema do texto?

Se houver uma lista de questões, tentar responder.

Enquanto está a ler:

Colocar questões sobre os conteúdos do texto;

LER cada parágrafo de forma mais profunda e

sistemática;

Concentração nos pontos principais; Sublinhar o mais importante em cada parágrafo à

medida que se vai lendo;

FASE Como P

ós-

Leitu

ra

Esquematizar o que foi sublinhado:

Evitar as palavras acessórias e desnecessárias;

Ser o mais breve e conciso possível;

Distinguir as ideias mais importantes das

complementares;

RESUMIR

Para resumir é importante:

Compreender o texto que se leu;

Seleccionar as ideias principais e acessórias;

Hierarquizar a informação obtida;

Escrever as ideias identificadas como as mais importantes em pequenas frases ou por tópicos;

Dar um carácter pessoal ao que se escreve de

modo ser mais facilmente retido;

REVER periodicamente os esquemas, as notas e os

resumos.

Dimensão que influencia de forma contínua o processo de

ensino-aprendizagem, cuja dinâmica se explica, em

função do seguinte conjunto de finalidades:

Do conhecimento que cada aluno possuiu acerca

dos objectivos que orientam as actividades

propostas;

Do significado que se atribui a esses objectivos e a

essas actividades;

Das crenças e expectativas que se possui

relativamente às possibilidades de sucesso no

desempenho dessas actividades;

Do grau de controlo que se exerce, ou julga poder

exercer, a este nível.

MOTIVAÇÃO

1. Porque é que alguns alunos enfrentam as tarefas de

aprendizagem com entusiasmo e outros não?

Existe um conflito entre a luta pelo sucesso e o

evitamento do insucesso;

A esperança do aluno e a antecipação do orgulho

sentido face a resultados positivos encorajam os alunos

a orientarem-se para o estudo;

MOTIVAÇÃO

MOTIVAÇÃO

No entanto, a antecipação dos sentimentos de

vergonha e humilhação (fracasso) conduzem os

alunos a evitar as situações em que percepcionam

insucesso.

Assim, as expectativas positivas face ao

desempenho escolar são uma variável

determinante na motivação.

2. Como é que os alunos interpretam os resultados que obtêm e lhes atribuem significado?

Os alunos tentam compreender as razões ou causas

que estão na origem dos seus resultados escolares.

A forma como eles percebem as causas dos seus

sucessos ou insucessos é o factor decisivo na escolha e

envolvimento das tarefas.

Os alunos podem atribuir as causas dos resultados a

factores internos (ex. a capacidade, sentido de

responsabilidade, expectativas, significado da

tarefa para o sujeito) ou externos (ex. grau de

dificuldade da tarefa).

MOTIVAÇÃO

Podem também atribuir os resultados a causas

instáveis (como a sorte, o que produz alterações nas

expectativas, elevando-as ou baixando-as), ou a causas

estáveis (como a dificuldade na disciplina, o que tende a

manter o nível das expectativas).

O aluno pode ainda classificar as causas como

controláveis ou incontroláveis em função da percepção

do domínio dos acontecimentos, o que está relacionado

com emoções como a pena, raiva, gratidão ou

vergonha.

A atribuição do sucesso a causas internas, estáveis e

controláveis é preditora de um envolvimento futuro

positivo.

MOTIVAÇÃO

3. Porque é que os alunos por vezes referem/pensam

que não se querem esforçar em determinada matéria ou disciplina?

A preocupação prioritária dos alunos é a procura de

aceitação própria.

Os alunos preferem atribuições ao esforço do que à

capacidade (face ao insucesso), para não ferir o seu

ego.

MOTIVAÇÃO

A percepção da capacidade depende muitas vezes

da competência exibida para alcançar o sucesso.

Por isso, muitos alunos confundem capacidade com

valor próprio.

Objectivo final dos alunos é assegurar um

autoconceito académico positivo, e em algumas

ocasiões, podem manipular as suas atribuições

causais (pergunta 2).

A atribuição dos êxitos a causas internas e dos

fracassos a causas externas, desempenha uma

função de autoprotecção.

MOTIVAÇÃO

MOTIVAÇÃO

O esforço pode representar uma ameaça para os

alunos, pois:

Um esforço intenso associado ao fracasso

constitui uma atribuição à ausência de

capacidade, o que pode danificar o

sentimento de valor pessoal.

Desta forma, é preferível não investir na tarefa

para não se confrontar com o fracasso!

4. Quais são os objectivos académicos dos alunos? Objectivos referem-se à finalidade ou propósito do

comportamento;

Desempenham uma função organizadora do comportamento, dirigindo-o e monitorizando-o para a

obtenção de fins desejados.

Na ausência de objectivos o aluno é improdutivo e comporta-se ao sabor dos acontecimentos, sem

auto-direcção ou regulação interna.

Os alunos têm diferentes objectivos nas situações de

ensino/aprendizagem.

MOTIVAÇÃO

5. Porque é que o meu filho, por vezes, acha que não

é capaz? Os alunos fazem avaliações pessoais acerca das suas

capacidades (inteligência, habilidades,

conhecimentos), que são as percepções de

competência em determinada área (ex. “sou muito

bom a Matemática, mas péssimo a línguas.”).

Esta percepção vai evoluindo cimentada nos

resultados mais ou menos positivos, que indicam a

medida da sua capacidade relativamente a uma

determinada tarefa ou área de conhecimento.

MOTIVAÇÃO

Esta percepção de competência para realizar uma

determinada tarefa com sucesso no nível

pretendido, não é alimentada do exterior, mas sim

em função das aspirações do aluno.

Assim, a diferença entre o que o aluno gostaria de

atingir e os resultados obtidos podem conduzir a

percepções de incapacidade, nem sempre reais.

MOTIVAÇÃO

Ter objectivos definidos

Os objectivos devem ser pensados a curto (o que

pretende saber no final da sessão de estudo) e a

longo prazo (que nota quer tirar no final do

período). É importante definir tudo ao pormenor,

inclusive, por exemplo, aquilo que o aluno vai

estudar naquele dia.

Estabelecer Objectivos CRAva

Os objectivos estabelecidos devem ser Concretos,

Realizáveis e Avaliáveis.

ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS

As sessões de estudo devem ter aproximadamente

40 minutos para os mais novos e 50 para os mais

velhos. Os intervalos não devem exceder os 10

minutos;

Exemplo de Reforços motivadores: Reforço social - é fornecido através da atenção,

feedback, a aprovação, contingentes aos

comportamentos positivos do aluno;

Recompensas imediatas - Para manter a atenção no

estudo, por vezes é preciso auto-recompensar-se.

ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS

Exemplo de reforços motivadores (cont.)

Sistema de créditos

É uma técnica de gestão de comportamento que

visa aumentar comportamentos apropriados.

Os créditos podem ser atribuídos com as notas

obtidas, e/ou no final do período (ou do ano) ou

dos comportamentos adoptados pelo aluno. É

atribuído um prémio previamente estabelecido.

Prémio pode ser um objecto, um privilégio ou uma

tarefa agradável.

ESTRATÉGIAS MOTIVACIONAIS

Planificação

Execução Avaliação

Modelo Cíclico da Auto-regulação da

aprendizagem

Constrói-se um conjunto de razões para aprender e

escolhe-se um reportório de estratégias de

aprendizagem com o intuito de alcançar os objec-

tivos estabelecidos.

É o pensar no que queremos fazer e preparar um

plano para saber quando e como o faremos.

Em consequência, os alunos analisam a tarefa,

avaliando os seus recursos pessoais e ambientais, e

cogitam um plano que os conduza do projectado

ao realizado.

PLANIFICAÇÃO

EXECUÇÃO

O Objectivo é colocar o plano estabelecido em

prática.

Implementação de um conjunto de estratégias de

aprendizagem ao serviço das tarefas.

Torna-se também essencial o controlo e

monitorização da sua eficácia tendo em vista as

metas propostas.

AVALIAÇÃO

O que se pretende é julgar se as tarefas de

aprendizagem estão a acontecer como o previsto e a

produzir os resultados esperados.

Feito através da analise da relação entre o produto e

as metas estabelecidas, equacionando os porquês.

Os resultados desta fase alimentam a planificação de

novas tarefas reiniciando assim o ciclo de auto-

regulação.

PREPARAR O ESTUDO: PLANIFICAÇÃO

Planificar o trabalho poupa energia conseguindo

produzir mais e melhor com menos esforço.

Antes de iniciar qualquer tipo de abordagem aos

processos de estudo, é importante destacar o papel

do auto-conhecimento do aluno.

Para um estudo bem sucedido, o aluno precisa,

antes de mais conhecer-se como estudante,

perceber aquilo que faz bem ou mal. Conhecer

quais as melhores estratégias para o seu estudo.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA

Horário de estudo semanal - o acto de elaborar um

horário constitui por si só, um importante passo

educativo em que o aluno reflecte sobre o seu plano

de actividades e se procura organizar (inclui

actividades diárias como comer, dormir, actividades

extracurriculares, etc.). Depois de experimentado o

horário deve ser revisto e reestruturado nos aspectos

menos conseguidos.

Criar um plano de estudos diário – dentro do horário,

antes de estudar, pensar no que vai ser feito nesse dia,

através de, por exemplo, listas CAF (Coisas A Fazer).

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA

Ter em atenção a marcação dos testes e

desenvolver um plano de estudo de acordo com o

mesmo (adaptar o horário em épocas de testes).

Preparar tudo o que é necessário antes de começar

a estudar é o primeiro passo. Interromper o estudo

para procurar material que falta (livros, cadernos,

etc.) irá quebrar a concentração e

consequentemente o rendimento no estudo.

Afastar de distractores – motivar o aluno a retirar todo

o material que possa ser motivo de distracção

durante o estudo: telemóvel, jornais, revistas,

televisão, etc.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CASA

Criação de rotinas -– é fundamental para que o

aluno se organize e gira melhor o seu tempo, para

que crie hábitos de estudo regulares.

Criação de um local e de condições adequadas

para o estudo: ambiente de estudo, condições físicas

e psicológicas.

Boa gestão do tempo de televisão (TV) e do

computador (PC).

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Tirar apontamentos

O que são apontamentos?

Os apontamentos são registos que se elaboram durante

as aulas ou apresentações, onde ficam elencadas as

ideias principais das temáticas abordadas.

Para tirar bons apontamentos é necessário que os alunos

saibam seleccionar a informação que lhes convém reter ao longo de uma aula, logo, devem saber distinguir as

ideias principais das complementares. Em cada aula, o

aluno deve assumir uma postura activa.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

A escrita literal de tudo o que é dito na aula, sem

compreensão da informação transmitida é, na

maioria dos casos, uma perda de tempo.

Como tirar bons apontamentos?

Ter o material em condições

Caneta para escrever e uma suplente para se

esta falhar.

Cadernos ou folhas com divisórias por

disciplina.

Caneta de cor para realçar títulos e palavras-

chave.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Utilizar bem o material

Lição aberta com a indicação da data da aula.

Indicação do tema e capítulo da aula – os

apontamentos devem ser claros e as matérias

referidas sem confusão.

Deve ser deixado espaço entre as informações

anotadas para facilitar a leitura e possibilitar

eventuais acrescentos de matéria. A boa

apresentação torna os apontamentos mais

atractivos e fáceis de estudar.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Os apontamentos devem ser breves, claros

e bem organizados!

Distinção clara entre ideias principais e ideias

secundárias: os apontamentos devem focar as

ideias principais de determinada temática,

evitando repetições.

Devem ser anotados os pontos para os quais o

professor chama mais a atenção .

A informação recebida deve ser compreendida

antes de ser escrita.

O aluno deve tentar escrever o conteúdo

lido/ouvido pelas suas próprias palavras.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Os apontamentos devem ser breves, claros

e bem organizados!

O aluno deve procurar resumir tudo o que for

possível sem modificar o seu significado.

Devem ser escritos com a melhor caligrafia

possível. As abreviaturas podem ser uma ajuda

para uma escrita mais célere e legível.

Acompanhados de desenhos ou esquemas que

o professor elabora no quadro para apoiar na

visualização da matéria.

utilizar realces de cor para destacar o mais

importante.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

O que conseguimos com os bons apontamentos?

Se os apontamentos forem bem realizados:

O aluno poderá ter confiança neles quando for

estudar.

Serão mais atractivos e o aluno poderá relembrá-los mais facilmente.

Poderão favorecer uma imagem positiva do seu

trabalho, por parte do professor.

O aluno ficará orgulhoso do trabalho por si

desenvolvido.

O aluno estará mais concentrado durante as aulas e

prestará mais atenção para entender tudo o que se vai explicando.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Tirar notas

As notas são o resultado escrito do processamento da

informação que ouvimos ou lemos. Quando tiramos

notas de um texto escrito devemos:

Ler o texto completo para termos uma ideia geral

do assunto e compreendermos a sua estrutura.

Ler o texto por partes e em cada uma:

Sublinhar ou destacar as palavras ou frases

mais importantes. Escrever notas na margem com os

conceitos chave.

Utilizar setas a partir da margem para

indicar conceitos ou definições importantes.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Resumos

O que é um resumo?

Resumir significa concentrar tudo num pequeno

espaço.

Implica fazer escolhas, seleccionar primeiro as

ideias principais e do muito retirar apenas o

essencial, reescrevendo os conteúdos essenciais

com as suas próprias palavras.

Como fazer um resumo:

Ser breve – colocar apenas o essencial e evitar

repetição de ideias. O sublinhado do texto é o

primeiro passo para esta selecção de informação.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Como fazer um resumo? Ser claro - compreender a matéria para distinguir

cada uma das ideias do tema estudado e

seleccionar apenas o essencial. Utilizar títulos e

subtítulos para distinguir os temas.

Estabelecer hierarquias - dar maior importância às

ideias principais. Utilizar símbolos (quadros, setas,

cores, …) para destacar o prioritário do secundário.

Garantir integridade – o resumo deve conter todas

as ideias essenciais da matéria.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Nota: Para elaborar um resumo devem ser tidas em conta 5 fases

Fase 1: Transformar o título numa questão;

Fase 2: Sublinhar as ideias principais;

Fase 3: Parafrasear: a utilização das próprias

palavras requer pensamento activo, estimulando a

aprendizagem;

Fase 4: Sequenciar as ideias parafraseadas e os

sublinhados;

Fase 5: Reproduzir a informação por escrito.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Esquemas

O que são esquemas? O esquema é uma representação da

informação através de palavras/ conceitos chave.

Como fazer esquemas? O esquema deve ser perfeitamente estruturado

e hierarquizado, permitindo que se identifique, à

primeira vista, o que é mais importante.

Devem ser apresentados apenas os conceitos

chave de uma temática.

Devem permitir a visualização das relações entre

os conceitos chave do tema.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Realização de testes

Fazem parte do processo de ensino-aprendizagem

e estão inseridos nas diversas actividades do

quotidiano escolar.

Não devem constituir um motivo de particular

ansiedade para os alunos.

Estes devem ser encarados como um desafio, ou

como uma oportunidade de avaliar a evolução das

aprendizagens.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Preparação para os testes

1. Identificar os conteúdos sobre os quais o teste vai

incidir.

2. Determinar o volume de trabalho e planear o

estudo de acordo com o tempo disponível.

3. Verificar se estão disponíveis e acessíveis todos os

materiais necessários para o estudo.

4. Rever a matéria, atendendo especialmente às

ideias principais (cf. sublinhados, notas, resumos,

esquemas) e aos assuntos assinalados pelo aluno

durante o estudo como sendo de maior dificuldade

para si.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Preparação para os testes

5. Repetir os exercícios mais difíceis ou, pelo menos,

seguir as etapas que levaram à sua resolução.

6. Se necessário, clarificar alguns pontos da matéria

em recursos complementares (ex. dicionário,

enciclopédia, gramática, …).

7. Esclarecer possíveis dúvidas com professor ou com

colegas.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Na véspera do teste Fazer uma revisão geral da matéria dando

particular atenção aos pontos em que o aluno tem

mais dificuldade (e menos aos pontos que domina).

Preparar todo o material necessário para o teste.

Dormir o número de horas suficiente.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

No dia do teste

Dormir o número de horas suficiente;

Estar confiante, ciente das suas capacidades e

trabalho desenvolvido.

Ter a consciência de que se trabalhou o suficiente

para um bom resultado.

Ter presente que é natural a sensação de ter

esquecido tudo. Assim que se começa a ler o

enunciado, a memória activa-se.

Evitar conversas geradoras de ansiedade antes do

teste.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Na Realização do teste Chegar atempadamente à sala.

Colocar o material necessário em cima da mesa.

Manter-se confiante.

Se necessário, respirar profundamente para aliviar a

tensão.

Ouvir as instruções prévias do professor.

Preencher o cabeçalho.

Ler todo o enunciado do teste – permite gerir o

tempo disponível de acordo com o tipo e a

complexidade das perguntas. Devem ser previstos

uns minutos para a revisão final.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Realização do teste

Manter a concentração, afastando pensamentos

distractores.

Ler cada pergunta pelos menos duas vezes antes

de responder e sublinhar as palavras mais

importantes.

O aluno deve assegurar-se de que percebe o que

lhe é pedido. Deve conhecer as diferentes palavras

que requerem diferentes tipos de resposta (analisar,

avaliar, definir, comentar, descrever, etc.).

Responder primeiro às questões que o aluno

considera mais fáceis (em que sente mais seguro ou

que recorda melhor).

ESTUDAR: EXECUÇÃO

Realização do teste Fazer um breve plano mental da resposta antes de

escrever (pensar na resposta no seu formato escrito);

Procurar escrever de forma legível, evitando riscar ou

utilizar demasiado corrector. Avançar as perguntas a que não sabe responder,

assinalando o que deixa por fazer para tentar

responder mais tarde. Se não se conseguir dar a resposta completa a uma

questão, escrever o que se sabe, sem se desviar do

assunto.

Deixar um espaço em branco no final das respostas, caso seja necessário acrescentar algo.

ESTUDAR: EXECUÇÃO

No final do teste

Rever o teste com atenção e fazer as correcções

necessárias.

Verificar se todas as perguntas foram respondidas.

Se alguma pergunta não foi respondida por não se

lembrar; do assunto, procurar fazê-lo nesta altura.

É a experiência subjectiva que os alunos têm da sua

ansiedade que determina o seu aparecimento,

duração, intensidade e qualidade.

Quando os alunos sentem as situações como

ameaçadoras, podem sentir-se vulneráveis, ou seja,

acreditar que lhes faltam competências para lidar

com a ameaça e activar processos fisiológicos

associados à ansiedade: aumento do ritmo cardíaco,

sudação, tremor, etc.

O desconforto emocional deriva assim da avaliação

cognitiva que o aluno faz da situação e não da

situação em si.

Como controlar a ansiedade?

Reconhecer o estado de ansiedade e os seus motivos

é o primeiro passo para que o aluno o possa

controlar.

Respiração e relaxamento muscular – existem

exercícios de relaxamento que podem ajudar a

reduzir os sintomas fisiológicos de ansiedade. A

respiração diafragmática é útil e fácil de aplicar:

inspirar colocando a barriga para dentro, expirar

colocando a barriga para fora! Este tipo de

estratégias podem ajudar o aluno a desenvolver o

autocontrole.

Como controlar a ansiedade?

A prática de exercício físico regular pode ser uma

boa ajuda para promover o bem-estar físico e

psicológico e libertar o aluno de preocupações e

obsessões relacionadas com o estudo.

Modelagem – se o adulto adoptar uma postura

calma e tranquila servirá de modelo ao aluno e este

tenderá a reproduzir o modelo que observa.

ANSIEDADE

Como controlar a ansiedade?

Imagem positiva

A imagem positiva constrói-se com base em

experiências agradáveis, de sucesso e com

consequências positivas.

É importante elogiar o aluno pelo trabalho

desenvolvido, centrando a aprovação na forma

como desenvolve o seu estudo (processo)e

menos nos resultados.

Como controlar a ansiedade?

Imagem positiva

A associação de actividades agradáveis a um

bom desempenho escolar poderá ser também

uma boa forma de reforçar positivamente o

trabalho desenvolvido pelo aluno (ex. ir ao

cinema).

É importante ensinar o aluno a estabelecer

reforços para si próprio, de acordo com o

cumprimento de objectivos pessoais que podem

passar, por exemplo, pela concretização do plano

de estudo diário.

REVER PARA MELHORAR: AVALIAÇÃO

Tem lugar quando o aluno analisa a relação entre o

resultado da sua aprendizagem e os objectivos

estabelecidos para si próprios.

De um modo geral, podemos dizer que a avaliação,

em qualquer situação, se deve orientar para dois

aspectos:

Revisão de dados: esforços e iniciativa dos alunos

para reverem informações ou para se prepararem

para uma aula ou exercício escrito.

Administração de auto-consequências:

imaginação ou concretização de recompensas

ou sanções face aos resultados.

AVALIAÇÃO DE CONTEÚDOS

Leitura dos sublinhados.

Elaboração de questões sobre a matéria - desta

forma, espera-se que tome consciência dos aspectos

ainda a necessitar de consolidação e irá dirigir a sua

atenção para aspectos concretos, dando sentido ao

processo de revisão.

Auto-questionamento constante.

Anotação das dúvidas e o recurso aos materiais

escolares, pais, Internet ou outros para o seu

esclarecimento.

AVALIAÇÃO DE CONTEÚDOS

Saliente-se que num aluno com baixa auto-regulação

ou menos autónomo, os pais podem e devem ter uma

influência duplamente importante:

Podem funcionar como modelos neste processo

de avaliação da matéria, verbalizando junto do

aluno os passos/pensamentos inerentes a um

processo de avaliação;

Poderão ser eles a questionar os alunos sobre a

matéria, oralmente ou através de perguntas

escritas, à semelhança de um teste. Este processo

deverá ser tão mais próximo tanto quanto a

capacidade de auto-regulação do aluno for

menor.

AVALIAÇÃO DE OBJECTIVOS

Horário de estudo

Para que este seja eficaz no estudo do aluno

deverá ser alvo de uma avaliação, no sentido de

se saber se estão a ser cumpridas as tarefas nos

tempos previstos.

Por isso, o aluno deverá questionar se: o meu

horário inclui todas as actividades e tarefas

previstas? O horário é cumprido? Em caso

negativo, porque razão? É irrealista? Está bem

organizado, mas não é cumprido por falta de

concentração e empenho na tarefa? E, uma vez

encontradas as razões, qual o novo perfil de

horário?

AVALIAÇÃO DE OBJECTIVOS

Avaliação da sessão de estudo

Também este aspecto deve ser avaliado para que o

aluno tome consciência da sua eficácia ou não.

Assim, poderá colocar questões como as seguintes:

estou a cumprir o tempo de estudo definido para

cada disciplina? Se não, o que está a interferir? Falta de motivação? Estímulos distractores? Quais são e

como os posso eliminar? O local de estudo não é o

mais adequado?

O aluno poderá mesmo atribuir uma pontuação de

1 a 5, dependendo da proximidade da avaliação

que fez da sessão de estudo ao plano traçado inicialmente.

Quer-me assim, por favor

Não me dês tudo o que peço. Às vezes só peço para

ver até quanto posso colher.

Não me grites. Respeito-te menos quando o fazes, e

ensinas-me a gritar a mim também, e eu não quero

fazê-lo.

Não me dês sempre ordens. Se às vezes me pedisses as

coisas, eu as faria mais rapidamente e com mais gosto.

Cumpre as promessas, boas ou más. Se me prometes

um prémio, dá-mo; mas também se é um castigo.

Não me compares com ninguém, especialmente da

família. Se tu me apresentas melhor que os outros,

alguém vai sofrer; se me apresentas pior que os outros,

serei eu quem sofre.

Não mudes de opinião constantemente sobre o que

devo fazer, decide e mantém essa decisão.

Deixa-me valer-me por mim mesmo. Se tu fazes tudo

por mim, eu nunca poderei aprender.

Não digas mentiras diante de mim, nem me peças que

as diga por ti ainda que seja para livrar-te de um apuro.

Fazes-me sentir mal e perder a fé naquilo que dizes.

Não me exijas que te diga o porquê quando faço algo mal. Às vezes nem eu mesmo sei.

Admite os teus erros. Fortalecerá a boa opinião

que tenho por ti e ensinas-me a admitir os meus.

Trata-me com a mesma amabilidade que aos teus amigos. Será que por sermos família não podemos

tratar-nos com a mesma cordialidade como se

fossemos amigos?

Não me digas que faça uma coisa se tu não a fazes.

Eu aprenderei e farei sempre o que tu fizeres ainda

que não o digas; mas nunca farei o que tu dizes e

não o fazes.

Não me digas “não tenho tempo” quando te conto

um problema pessoal. Trata de compreender-me e

ajudar-me.

E quer-me e diz-mo. Eu gosto de ouvir-te dizê-lo,

ainda que tu não julgues necessário dizê-lo.

Com amor, teu filho

Boletim informativo do colégio, Associação de Pais e Antigos Alunos S.

Inácio de Loyola de Las Palmas de Gran Canaria