encarte orquestra paulistana de viola caipira - 15 anos

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Page 1: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

Adalmiro Oliveira, Décio Carratú, Heidy Torneze, João Carlos (J. Capa), Marcos Siqueira, Paulo Cortez, Reinaldo Silvério.

Alex Willian, Bruno Nogueira, Felipe Viola, Gabriel Maia, Igor Felipe, Jocimar F. Santos, Lucas Nogueira, Lucas Silvério, Lucas Torneze (Spalla), Pedro Alves, Thiago Paccola.

Rui Torneze.

Adriana Godoy, Ailton Rios, Gabrielle Monteiro, Luiz Alexandre, Márcia Eliete, Thiago Marcelino, Zé Vicente

Alessandra Melina, Almerinda Guerra, Cícero Fonseca, Cinira Leonardo, Cláudio Almeida, Delci Alves, Efrém Nogueira, Evaldionor Simão, Fábio Bueno, Flávio Oliveira, Gizelda Rennó, Grasiele Peperaio, Ivair Moreira, Jamil Dutra, Josafá Siqueira, José Roberto, Judith Guerra, Lidovino Fernandes, Lima, Marcel de Oliveira, Márcio Pivotto, Maria Rosa Alexandre, Marina Rezende, Nelson Cestari, Osvaldo Lopes, Paulo Morello, Paulo Gaucho, Raimundo Cândido, Reinaldo Rôla, Rosilda Cardoso, Rozana Fonseca, Toninho de Jesus, Vitor Ricardo.

Vera Carratú, Valmir Quinto.

Zé Vicente, Marina Rezende.

Ailton Rios.

Caio Torneze.

Simone Sperança.

Adriana Godoy.

Instituto São Gonçalo.

Bete Oliveira.

Carmela Petri.

Sueli Oliveira.

Rui Torneze.

Marcelo Mendonça.

Blue Movie (www.bluemovieproducoes.com.br).

Estúdio InPlug.

Cantadores:

Violas Solo:

Violona:

Violas Base Plugadas:

Violas Base “Over”:

Percussão:

Berranteiros:

Gaita de Boca:

Participação “Especial”:

Preparadora Vocal:

Produção/Coordenação:

Produção Executiva:

Fotos:

Secretaria:

Auxiliar de palco:

Arranjos e Regência:

Técnico de Gravação:

Arte Gráfica:

Mixagem e Masterização:

Agradecimentos

Corre um boato de que a vida de um artista musical começa a deslanchar à partir do 15º ano de trabalho contínuo. Até então os caminhos percorridos e os palcos enfrentados se fazem necessários à sólida base e aos pilares que sustentarão daí para a frente a futura carreira de quem teve a sorte e a oportunidade de se manter nessa estrada.Temos a certeza de que passamos por esse primeiro desafio. Estamos certos também que se depender da equipe de músicos, colaboradores, amigos e dos fãs que temos muitas ainda serão as alegrias que a Orquestra Paulistana de Viola Caipira irá proporcionar. A força e a qualidade da nossa amizade é o pacto com um futuro promissor. Diante disso, só temos de ser gratos a todos!

Capa - Página 01Contra Capa - Página 16

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Page 2: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

Página 02 Página 15

ReciclagemDestaque Vocal : Marcos Siqueira

(Zé Geraldo - EMI SONGS) (BR-C07-12-00766)

Saí de casa muito cedo os trapos na minha sacolaCamisa bordada no bolso na mão direita a viola

Principiava o mês de junho o céucinzento anunciava o inverno

O peito vazio de tudo e a mala cheia de amor maternoMeu companheiro que sai de casa e na vida cai

Com as cacetadas desses anos todosEu fiquei mais velho que meu velho pai

Meu companheiro que sai de casa e na vida caiCom as cacetadas desses anos todos

Eu fiquei mais velho que meu velho pai .....Os jardins da casa-grande as trancas ficando pra trás

Hoje, depois de algum tempo eu sei que ficou muito mais Ficou um sentido de vida uma filosofia, uma razão de ser

Que a idade impediu de ser vista eque hoje é a própria razão de viver

A moda na cidade é grande o medo é grande tambémA corrida do cheque encoberto o saldo não teve e não tem

Os valores trazidos da terra enfrentando as cancelasDo “pode-não-pode” a força falsa de um cartão de crédito

Ao invés de um fio de bigode

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Hino Nacional Brasileiro(Joaquim Osório Duque Estrada / Francisco Manuel da Silva) (BR-C07-12-00765)

Ouviram do Ipiranga as margens plá..á..cidasDe um povo heroico o brado retumbante,E o sol da Liberdade, em raios fúl...l...gidos,Brilhou no céu da Pátria nesse instanteSe o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó Liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!Ó Pátria amada,idolatrada,salve! Salve!Brasil, um sonho intenso, um raio ví..í..vidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e li...im...pido,A imagem do Cruzeiro resplandeceGigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandezaTerra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,pátria amada,Brasil!Deitado eternamente em berço esplê..ên..dido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da Amé...é...rica,Iluminado ao sol do Novo Mundo!Do que a terra mais garridaTeus risonhos, lindos campos têm mais flores;“Nossos bosques têm mais vida”,“Nossa vida” no teu seio “mais amores”Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve!Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro desta flâ...â...mulaPaz no futuro e glória no passadoMas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morteTerra adorada, entre outras mil,és tu, Brasil, ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

1 A Saudade é UmaEstrada LongaDestaque Vocal: J.Capa / Gaita: Ailton Rios(A. Sater - SATER & SATER) (BR-C07-12-00779)

A saudade é uma estrada longaQue começa e não tem mais fimSuas léguas dão volta ao mundoMas não voltam por onde vim A saudade é um estrada longaQue começa e não tem mais fimCada dia tem mais distânciasA.....fastando você de mimTantas foram as vezes que nos enganamosOutras vezes nos desencontramosSem nem perceberMesmo sem razão eu quero lhe dizerSem intenção ver tudo se perderDói tanto, tantoA saudade é uma estrada longaNem é boa e nem é ruimVou seguindo sempre adianteNunca volto, eu sou mesmo assimA saudade é uma estrada longaQue hoje passa dentro de mimMe armei só de esperançasMas usei balas de festim

15Disparada

Destaque vocal: Décio Carratú(Geraldo Vandré/Capinam -

FERMATA) (BR-C07-12-00780)

Prepare o seu coração prascoisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão eu venho lá do sertãoEu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não ver a morte sem chorarA morte, o destino, tudo a morte, o destino tudo

Estava fora de lugar eu vivo pra concertarNa boiada já fui boi mas um dia me montei

Não por um motivo meu oude quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesseporém por necessidade

Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreuBoiadeiro muito tempo laço firme braço forte

Muito gado muita gente pela vida segureiSeguia como num sonho que boiadeiro era um rei

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavaloE nos sonhos que fui sonhando

as visões se clariandoAs visões se clariando até que um dia acordei

Então não pude seguir valente lugar tenenteDe dono de gado e gente porque

gado a gente marcaTange, ferra, engorda e mata

mas com gente é diferenteSe você não concordar não posso me desculpar

Não canto pra enganar vou pegar minha viola Vou deixar você de lado vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui reiNão por mim nem por ninguém

que junto comigo houvesseQue quisesse ou que pudesse

por qualquer coisa de seuPor qualquer coisa de seu querer

mais longe que euMas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

E já que um dia voltei agora sou cavaleiroLaço firme braço forte de um reino que não tem rei

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Page 3: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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Tempo de MeninoDestaque Vocal: J. Capa(J. Capa - DIRETA) (BR-C07-12-00767)

Nascido no interior menino solto na vida Corria descalço na estrada no chão de terra batidaPeito aberto ao ar puro e na cabeça à vontadeDe viver bastante tempo e aproveitar a liberdadePassarada em revoada mergulhava ao baixadãoDe longe eu imaginava pegando eles na mãoMamãe chamava lá de baixo era hora de voltar Descia a verde campina cavalo de pau a pularSubia na cadeira e abria a tramela e debruçandoNa janela de madeira ficava horas observandoO sol caindo e espiando entre os galhos pela frestaAlegria da passarada deixando o sertão em festaCresci e deixei distante a passarada e o sertãoNa cidade olho o horizonte e não separo o céu do chãoAqui a poluição vem e bate na vidraçaEscuto longe os Bem-te-vis se perderem na fumaçaSeu canto vai se sumindo no veneno que respiraFecho os olhos me aborreço isso entristece o caipiraAqui não falta o trabalho tem de tudo com certezaMas tudo tem o seu preço uns eu pago com a tristezaPro sertão irei voltar farei disso o meu destino Correr de novo a campina do meu tempo de menino Abrir a camisa ao vento respirar fundo e gritar Sertão dos tempos de criança jamais eu vou te abandonar

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Terra de SonhosDestaque Vocal: Marcos Siqueira

(Almir Sater/Renato Teixeira - CAIPIRAPIRA/SATER & SATER) (BR-C07-12-00768)

A garça agora voou se foi que parecia um pla... na... dorE num corixo eu lavei meus pés de

camalote na ve... ga... dorQuando o fundão do mato se amorenou

Então se ouviu o canto do zabelêE tudo tem a ver com o pôr-do-sol

Que é quando se estende a rede em dois pé-de-pauE a noite vem pelo Pantanal.....

Quando o dia desativou a noite disse agora eu souE veio toda com seu andor de lua nova cheia de amor

Noite, suave noite dos sonhos meusNoite, mãe sigilosa do pererê

Noite que a todos têm porque não se vêA mesma noite infinita, noite astral

Amanhecendo pelo Pantanal.....Quando o sol brilhou, pousou

Uma borboleta no meu chapéuSó uma estrela sobrou no céu

Azul cintilante, um azul sem véuDia de tudo ter ou de nada ter

Desde cedinho horas pra se viverDia para plantar dia pra colher

O mesmo dia de sempre o velho solSe esparramando pelo Pantanal.....

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Não Fale Mal da Viola(Zé Mulato/Cassiano - WARNER)(BR-C07-12-00777)

Eu sou cheio de defeito nem ao menos tive escolaMuitos dizem que não presto escuto,mas não dou bolaNão ligo pra falatório despeito é mal da cacholaPodem falar mal mim mas não falem mal da violaEstão dando preferência pro povo que faz o dólarA música estrangeira toca em qualquer radiolaNossa moda tem apoio mas é dado como esmolaPodem comer enlatado mas não falem mal da violaMesmo o meio sertanejo já tem caboclo que enrolaPor trás de outro escudo obedecendo a bitolaVai tudo pro mesmo lado se um afunda outro atolaMe chamem de linguarudomas não falem mal da vio...o...laDesfazer do que é nosso é oque mais me descontrolaTo batendo em ferro frio mas avisa a curriolaNão fale mal do meu pinho se falar agente rolaPode ser mau brasileiro masnão falem mal da vio...o...la

13 A Lenda do Rio Abaixo(Téo Azevedo - TRAMA DUETO EDIÇÕES)

(BR-C07-12-00778)

Nas... bandas norte mineira tem...lendas que apaga facho

E... a mais famosa delas é... a lenda do Rio AbaixoO... Diabo ia descendo o São... Francisco na canoa

To...cando sua viola e... tirando uma loaNa... afinação rio abaixo e...sse tocador do inferno

De... camisa e gravata sem... sapatos mas de ternoUma viúva que lavava rou...pa na beira do rio

Qua...ndo avistou o Diabo pra... ele deu um assovioO... seu filho de dez anos com... o toque ficou contente

Mã...e chame ele pra casa pra... ele tocar pra genteO ...Diabo apaixonou por... essa viúva bela

A...poitô sua canoa e foi... tocar na casa delaChe...gando na casa dela o... Diabo foi sentandoFi...cou bem perto da mesa a... viola ponteando

Um... litro de pinga boa a... mulher botou na mesaTi...ra gosto era torresmo pra... o Diabo uma beleza

E...le não tirou o chapéu e... os seus pés não mostravaMenino desconfiou pe...lo que observava

O... garoto curioso o...lhou em baixo da mesaVi...u dois baita pés de bode é do... Diabo com certeza

Já... falou pra sua mãe ó...ia os pés do freguêsDi...sse que menino besta é... tudo como Deus fez

E...pela terceira vez que o menino reclamouE...la resolveu olhar e... de medo se assustou

Tirou o chapéu do bicho vê...ndo o chifre do tinhosoE... logo rezou três credos com...tra o bicho perigoso

O... diabo explodiu na... hora tudo mudouVi...ola virou sabugo e a... fita preta ficou

A... canoa virou cuia e o... Diabô quietou o fachoÉ a lenda da afinação e... o toque Rio Abaixo

O... violeiro que crê em Deus e... não gosta de mutretaSe tem pacto com o Diabo na viola é a fita preta

Je...sus é a fita branca cor...-de-rosa é JoséA...zul é cor de Maria com... amor e muita fé

A...marelo é o Rei Belchior o... vermelho é BaltazarSão seis cores do Reisado com... o verde do Rei Gaspar

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Page 4: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

Página 04 Página 13

Fogão de Lenha(Carlos Colla/Maurício Duboc/Xororó - EMI SONGS/PEERMUSIC) (BR-C07-12-00769)

Espere minha mãe estou voltandoQue falta faz pra mim um beijo seuO orvalho da manhã cobrindo as floresUm raio de luar que era tão meuO sonho de grandeza,ó mãe queridaUm dia separou você e euQueria tanto ser alguém na vidaApenas sou mais um que se perdeuPegue a viola, e a sanfona que eu tocavaDeixe um bule da café em cima do fogãoFogão de lenha, e uma rede na varandaArrume tudo mãe querida,que seu filho vai voltarMãe eu lembro tanto a nossa casaAs coisas que falou quando eu saíLembro do meu pai que ficou tristeE nunca mais cantou depois que eu partíHoje eu já sei, ó mãe queridaNas lições da vida eu aprendiO que eu vim procurar aqui distanteEu sempre tive tudo e tudo está ai

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Era Uma Boiada(J. Wilson/Marcos Violeiro - ATRAÇÃO)

(BR-C07-12-00770)

Há quanto tempo eu não vejo uma boiadaA passo lento nas estradas do sertão

Há muito tempo não escuto em meus ouvidosO repicar de um berrante no estradão

Não ouço mais o grito da peonadaEm desespero num estouro de boiada

Há muito tempo deixei de ser boiadeiroPor que a idade me tirou lá das estradas

Era uma boiada pisando firme na areia do estradãoHoje é saudade que vai pisando o meu pobre coração

Meu velho laço tá guardado num cantinhoMinha guaiaca não é mais meu cinturãoO meu chapéu pendurei atrás da porta

O meu arreio tá jogado no porãoMas no meu peito eu guardei esta saudade

Daquele tempo de peão de boiadeiroQue fui feliz montado em um cavaloTocando boi por este chão brasileiro

Olho no espelho meu passado refletindoVejo o vermelho da poeira em meu rosto

Também me vejo com chapéu de aba largaE o meu lenço amarrado no pescoço

Aí então sinto as lágrimas caindoChoro a saudade que em meu peito dói demais

Do mesmo espelho vejo passar minha vidaVida de peão que não volta nunca mais

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Sobradinho(Sá/Guarabira - WARNER)(BR-C07-12-00775)

O homem chega e já desfaz a naturezaTira a gente, põe represaDiz que tudo vai mudarO São Francisco, lá pra cima da BahiaDiz que dia menos diaVai subir bem devagarE, passo a passo, vai cumprindo a profeciaDo beato que diziaQue o sertão ia alagarO sertão vai virar mar, dá no coraçãoO medo que algum dia o mar, também, vire sertãoVai virar mar, dá no coraçãoO medo que algum dia o mar, também, vire sertãoAdeus Remanso, Casa Nova, Santo SéAdeus Pilão Arcado,Vem o rio te engolirDebaixo d’água lá se vai a vida inteiraPor cima da cachoeiraO gaiola vai subirVai ter barragem no salto do SobradinhoE o povo vai se emboraCom medo de se afogarRemanso, Casa Nova,Santo Sé, Pilão ArcadoSobradinho, adeus, adeus...

11 FronteirandoSolo de Viola: Lucas Torneze

(Lucas Torneze - DIRETA)(BR-C07-12-00776) 12

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Page 5: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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RosaSolo Vocal: Décio Carratú(Pixinguinha - MANGIONE) (BR-C07-12-00771)

Tu és, divina e graciosa estátua majestosaDo amor por Deus esculturada e formada com ardorDa alma da mais linda flor de mais ativo olorQue na vida é preferida pelo beija-flo..........orSe Deus, me fora tão clemente aqui neste ambienteDe luz formada numa tela deslumbrante e belaO teu coração junta ao meu, lanceado, pregadoE crucificado sobre a rósea cruz do arfante peito teuTu és a forma ideal estátua magistralOh! Alma perenal do meu primeiro amor sublime amorTu és de Deus a soberana florTu és de Deus a criação que em todo coraçãoSepultas o amor, o riso, a fé e a dor em sândalos olentesCheios de sabor em vozes tão dolentes como um sonho em florÉs láctea estrela és mãe da realezaÉs tudo enfim que tem de belo em todo esplendorDa santa naturezaPer......dão, se ouso confessar que eu hei de sempre amar-teOh! Flor, meu peito não resiste oh meu Deus quanto é tristeA incerteza de um amor que mas me faz penarEm esperar, conduzir-te um dia ao pé do alta............arJurar, aos pés do Onipotente em preces comoventesDe dor, e receber a unção da tua gratidãoDepois, de remir meus desejos em nuvem de beijosHei de envolver até meu padecer de todo o fenecer

7 Águia do Peito Cinzento(Zé Mulato/Cassiano - MANGIONE)

(BR-C07-12-00772)

Arranjei um grande amor, masQuase que me arrasam um.....

Gavião bom de bico quis roubar ela de casaMas eu tenho um trinta e oito “que”.....

Adora cuspir brasa “eu”.....Rapei nele um “metár” bem no encontro da asa

Gavião saiu capenga ju.....rando que tinha raça e jun.....

tou uma “gaviãozada” pra quebrar minha carcaçaEu falei pro meu amor, é.....

hoje que o tempo embaça ga.....vião que não morreu saiu preto de fumaça

Era rapina baixando e eu.....arrastando tição ca.....

da tiro que eu dava derrubava um gaviãoPe...nacho conquistador es.....

queceu que era um machão fu.....giu deixou meu terreiro que era só pena no chão

Hoje eu tô com meu amor, fe.....liz por fora e por dentro ga.....

vião aqui não tem se vier eu espaventoO que veio não sabia, mas.....Agora eu me apresento eu.....

sou o rei das rapinas, água do peito cinzento

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O Boaideiro e o Berrante(J. Wilson e Marcos Violeiro - FERMATA)(BR-C07-12-00773)

Olha seu moço meu berrante penduradoTudo sujo empoeirado na parede do porãoHá muito tempo eu ali dependureiNele nunca mais toquei pra não chorar de paixãoTambém meu peito já não tem força bastantePra repicar o berrante e amenizar minha dorDe uma saudade das estradas e poeiraDe uma vida boiadeira que pra mim já se acabouPor que saudade machuca tantoNem do meu pranto você não...tem dóE como dói é torturanteVer meu berrante todo coberto de póOlha seu moço como dói meu coraçãoVer a mina profissão que não tem mais serventiaPor que agora se transporta uma boiadaNuma gaiola fechada em modernas rodoviasNão tem poeira não tem grito de peãoNão se ouve no sertão um berrante em surdinaPor isso sinto no meu peito a grande dorO progresso me forçou a mudar a minha sinaOlha seu moço meu berrante no abandonoParece que não tem dono o seu toque emudeceuQuando lhe vejo os meus olhos enchem d’águaRemoendo minhas mágoas me pergunto quem sou euEu sou aquele um antigo boiadeiroUm velho peão estradeiro sem cavalo e sem boiadaQue ainda guarda um berrante penduradoComo um troféu polvilhado de poeira das estradas

9 Padecimento(Carreirinho - VITALE)

(BR-C07-12-00774)

Ai, a viola me conhece que eu não posso cantar sóAí, se eu sozinho canto bem junto eu canto melhor

Ai, vai chegando o mês de agosto bem pertinho de SetembroOs passarinhos cantam alegres por ver as matas florescendo

Ai, eu não sei o que será que já vai me entristecendoPassando tantos trabalhos de baixo de chuva e sereno

Eu não como e não bebo nada vivo triste padecendoAi prum coração de quem ama o alívio é só morrendo ai, ai, ai

Ai quem já teve amor na vida e por desventura perdeuNão deve se lastimar e ficar triste como eu

Pois eu também já tive amor mas não me correspondeuO desgosto no meu peito quis ser inquilino meu

Mas eu tenho essa viola que foi enviada por DeusAi que só me traz alegria e as tristezas rebateu ai, ai, ai

Ai a viola me acompanha desde os quinze anos de idadeEla é minha companheira nas minhas contrariedades

Faço moda alegre e triste conforme a oportunidadeEsse dom de fazer moda não é querer e ter vontade

Tem muita gente que quer mas não tem facilidadeÉ um dom que Deus me deu pra desabafar saudade ai, ai, ai

Ai pra aprender cantar de viola primeiro estudo que eu tiveAprendi com violeiro velho que fazia moda impossível

Pois eu sou um violeiro novo mas também quero ser terrível Faço modas de gente boa e de alguns incorrigíveis

Todas modas que eu invento poupo régua prumo e nívelAi pensando bem um violeiro com prazer

no mundo vive ai, ai, ai

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Page 6: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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Page 12: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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RosaSolo Vocal: Décio Carratú(Pixinguinha - MANGIONE) (BR-C07-12-00771)

Tu és, divina e graciosa estátua majestosaDo amor por Deus esculturada e formada com ardorDa alma da mais linda flor de mais ativo olorQue na vida é preferida pelo beija-flo..........orSe Deus, me fora tão clemente aqui neste ambienteDe luz formada numa tela deslumbrante e belaO teu coração junta ao meu, lanceado, pregadoE crucificado sobre a rósea cruz do arfante peito teuTu és a forma ideal estátua magistralOh! Alma perenal do meu primeiro amor sublime amorTu és de Deus a soberana florTu és de Deus a criação que em todo coraçãoSepultas o amor, o riso, a fé e a dor em sândalos olentesCheios de sabor em vozes tão dolentes como um sonho em florÉs láctea estrela és mãe da realezaÉs tudo enfim que tem de belo em todo esplendorDa santa naturezaPer......dão, se ouso confessar que eu hei de sempre amar-teOh! Flor, meu peito não resiste oh meu Deus quanto é tristeA incerteza de um amor que mas me faz penarEm esperar, conduzir-te um dia ao pé do alta............arJurar, aos pés do Onipotente em preces comoventesDe dor, e receber a unção da tua gratidãoDepois, de remir meus desejos em nuvem de beijosHei de envolver até meu padecer de todo o fenecer

7 Águia do Peito Cinzento(Zé Mulato/Cassiano - MANGIONE)

(BR-C07-12-00772)

Arranjei um grande amor, masQuase que me arrasam um.....

Gavião bom de bico quis roubar ela de casaMas eu tenho um trinta e oito “que”.....

Adora cuspir brasa “eu”.....Rapei nele um “metár” bem no encontro da asa

Gavião saiu capenga ju.....rando que tinha raça e jun.....

tou uma “gaviãozada” pra quebrar minha carcaçaEu falei pro meu amor, é.....

hoje que o tempo embaça ga.....vião que não morreu saiu preto de fumaça

Era rapina baixando e eu.....arrastando tição ca.....

da tiro que eu dava derrubava um gaviãoPe...nacho conquistador es.....

queceu que era um machão fu.....giu deixou meu terreiro que era só pena no chão

Hoje eu tô com meu amor, fe.....liz por fora e por dentro ga.....

vião aqui não tem se vier eu espaventoO que veio não sabia, mas.....Agora eu me apresento eu.....

sou o rei das rapinas, água do peito cinzento

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O Boaideiro e o Berrante(J. Wilson e Marcos Violeiro - FERMATA)(BR-C07-12-00773)

Olha seu moço meu berrante penduradoTudo sujo empoeirado na parede do porãoHá muito tempo eu ali dependureiNele nunca mais toquei pra não chorar de paixãoTambém meu peito já não tem força bastantePra repicar o berrante e amenizar minha dorDe uma saudade das estradas e poeiraDe uma vida boiadeira que pra mim já se acabouPor que saudade machuca tantoNem do meu pranto você não...tem dóE como dói é torturanteVer meu berrante todo coberto de póOlha seu moço como dói meu coraçãoVer a mina profissão que não tem mais serventiaPor que agora se transporta uma boiadaNuma gaiola fechada em modernas rodoviasNão tem poeira não tem grito de peãoNão se ouve no sertão um berrante em surdinaPor isso sinto no meu peito a grande dorO progresso me forçou a mudar a minha sinaOlha seu moço meu berrante no abandonoParece que não tem dono o seu toque emudeceuQuando lhe vejo os meus olhos enchem d’águaRemoendo minhas mágoas me pergunto quem sou euEu sou aquele um antigo boiadeiroUm velho peão estradeiro sem cavalo e sem boiadaQue ainda guarda um berrante penduradoComo um troféu polvilhado de poeira das estradas

9 Padecimento(Carreirinho - VITALE)

(BR-C07-12-00774)

Ai, a viola me conhece que eu não posso cantar sóAí, se eu sozinho canto bem junto eu canto melhor

Ai, vai chegando o mês de agosto bem pertinho de SetembroOs passarinhos cantam alegres por ver as matas florescendo

Ai, eu não sei o que será que já vai me entristecendoPassando tantos trabalhos de baixo de chuva e sereno

Eu não como e não bebo nada vivo triste padecendoAi prum coração de quem ama o alívio é só morrendo ai, ai, ai

Ai quem já teve amor na vida e por desventura perdeuNão deve se lastimar e ficar triste como eu

Pois eu também já tive amor mas não me correspondeuO desgosto no meu peito quis ser inquilino meu

Mas eu tenho essa viola que foi enviada por DeusAi que só me traz alegria e as tristezas rebateu ai, ai, ai

Ai a viola me acompanha desde os quinze anos de idadeEla é minha companheira nas minhas contrariedades

Faço moda alegre e triste conforme a oportunidadeEsse dom de fazer moda não é querer e ter vontade

Tem muita gente que quer mas não tem facilidadeÉ um dom que Deus me deu pra desabafar saudade ai, ai, ai

Ai pra aprender cantar de viola primeiro estudo que eu tiveAprendi com violeiro velho que fazia moda impossível

Pois eu sou um violeiro novo mas também quero ser terrível Faço modas de gente boa e de alguns incorrigíveis

Todas modas que eu invento poupo régua prumo e nívelAi pensando bem um violeiro com prazer

no mundo vive ai, ai, ai

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Page 13: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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Fogão de Lenha(Carlos Colla/Maurício Duboc/Xororó - EMI SONGS/PEERMUSIC) (BR-C07-12-00769)

Espere minha mãe estou voltandoQue falta faz pra mim um beijo seuO orvalho da manhã cobrindo as floresUm raio de luar que era tão meuO sonho de grandeza,ó mãe queridaUm dia separou você e euQueria tanto ser alguém na vidaApenas sou mais um que se perdeuPegue a viola, e a sanfona que eu tocavaDeixe um bule da café em cima do fogãoFogão de lenha, e uma rede na varandaArrume tudo mãe querida,que seu filho vai voltarMãe eu lembro tanto a nossa casaAs coisas que falou quando eu saíLembro do meu pai que ficou tristeE nunca mais cantou depois que eu partíHoje eu já sei, ó mãe queridaNas lições da vida eu aprendiO que eu vim procurar aqui distanteEu sempre tive tudo e tudo está ai

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Era Uma Boiada(J. Wilson/Marcos Violeiro - ATRAÇÃO)

(BR-C07-12-00770)

Há quanto tempo eu não vejo uma boiadaA passo lento nas estradas do sertão

Há muito tempo não escuto em meus ouvidosO repicar de um berrante no estradão

Não ouço mais o grito da peonadaEm desespero num estouro de boiada

Há muito tempo deixei de ser boiadeiroPor que a idade me tirou lá das estradas

Era uma boiada pisando firme na areia do estradãoHoje é saudade que vai pisando o meu pobre coração

Meu velho laço tá guardado num cantinhoMinha guaiaca não é mais meu cinturãoO meu chapéu pendurei atrás da porta

O meu arreio tá jogado no porãoMas no meu peito eu guardei esta saudade

Daquele tempo de peão de boiadeiroQue fui feliz montado em um cavaloTocando boi por este chão brasileiro

Olho no espelho meu passado refletindoVejo o vermelho da poeira em meu rosto

Também me vejo com chapéu de aba largaE o meu lenço amarrado no pescoço

Aí então sinto as lágrimas caindoChoro a saudade que em meu peito dói demais

Do mesmo espelho vejo passar minha vidaVida de peão que não volta nunca mais

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Sobradinho(Sá/Guarabira - WARNER)(BR-C07-12-00775)

O homem chega e já desfaz a naturezaTira a gente, põe represaDiz que tudo vai mudarO São Francisco, lá pra cima da BahiaDiz que dia menos diaVai subir bem devagarE, passo a passo, vai cumprindo a profeciaDo beato que diziaQue o sertão ia alagarO sertão vai virar mar, dá no coraçãoO medo que algum dia o mar, também, vire sertãoVai virar mar, dá no coraçãoO medo que algum dia o mar, também, vire sertãoAdeus Remanso, Casa Nova, Santo SéAdeus Pilão Arcado,Vem o rio te engolirDebaixo d’água lá se vai a vida inteiraPor cima da cachoeiraO gaiola vai subirVai ter barragem no salto do SobradinhoE o povo vai se emboraCom medo de se afogarRemanso, Casa Nova,Santo Sé, Pilão ArcadoSobradinho, adeus, adeus...

11 FronteirandoSolo de Viola: Lucas Torneze

(Lucas Torneze - DIRETA)(BR-C07-12-00776) 12

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Page 14: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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Tempo de MeninoDestaque Vocal: J. Capa(J. Capa - DIRETA) (BR-C07-12-00767)

Nascido no interior menino solto na vida Corria descalço na estrada no chão de terra batidaPeito aberto ao ar puro e na cabeça à vontadeDe viver bastante tempo e aproveitar a liberdadePassarada em revoada mergulhava ao baixadãoDe longe eu imaginava pegando eles na mãoMamãe chamava lá de baixo era hora de voltar Descia a verde campina cavalo de pau a pularSubia na cadeira e abria a tramela e debruçandoNa janela de madeira ficava horas observandoO sol caindo e espiando entre os galhos pela frestaAlegria da passarada deixando o sertão em festaCresci e deixei distante a passarada e o sertãoNa cidade olho o horizonte e não separo o céu do chãoAqui a poluição vem e bate na vidraçaEscuto longe os Bem-te-vis se perderem na fumaçaSeu canto vai se sumindo no veneno que respiraFecho os olhos me aborreço isso entristece o caipiraAqui não falta o trabalho tem de tudo com certezaMas tudo tem o seu preço uns eu pago com a tristezaPro sertão irei voltar farei disso o meu destino Correr de novo a campina do meu tempo de menino Abrir a camisa ao vento respirar fundo e gritar Sertão dos tempos de criança jamais eu vou te abandonar

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Terra de SonhosDestaque Vocal: Marcos Siqueira

(Almir Sater/Renato Teixeira - CAIPIRAPIRA/SATER & SATER) (BR-C07-12-00768)

A garça agora voou se foi que parecia um pla... na... dorE num corixo eu lavei meus pés de

camalote na ve... ga... dorQuando o fundão do mato se amorenou

Então se ouviu o canto do zabelêE tudo tem a ver com o pôr-do-sol

Que é quando se estende a rede em dois pé-de-pauE a noite vem pelo Pantanal.....

Quando o dia desativou a noite disse agora eu souE veio toda com seu andor de lua nova cheia de amor

Noite, suave noite dos sonhos meusNoite, mãe sigilosa do pererê

Noite que a todos têm porque não se vêA mesma noite infinita, noite astral

Amanhecendo pelo Pantanal.....Quando o sol brilhou, pousou

Uma borboleta no meu chapéuSó uma estrela sobrou no céu

Azul cintilante, um azul sem véuDia de tudo ter ou de nada ter

Desde cedinho horas pra se viverDia para plantar dia pra colher

O mesmo dia de sempre o velho solSe esparramando pelo Pantanal.....

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Não Fale Mal da Viola(Zé Mulato/Cassiano - WARNER)(BR-C07-12-00777)

Eu sou cheio de defeito nem ao menos tive escolaMuitos dizem que não presto escuto,mas não dou bolaNão ligo pra falatório despeito é mal da cacholaPodem falar mal mim mas não falem mal da violaEstão dando preferência pro povo que faz o dólarA música estrangeira toca em qualquer radiolaNossa moda tem apoio mas é dado como esmolaPodem comer enlatado mas não falem mal da violaMesmo o meio sertanejo já tem caboclo que enrolaPor trás de outro escudo obedecendo a bitolaVai tudo pro mesmo lado se um afunda outro atolaMe chamem de linguarudomas não falem mal da vio...o...laDesfazer do que é nosso é oque mais me descontrolaTo batendo em ferro frio mas avisa a curriolaNão fale mal do meu pinho se falar agente rolaPode ser mau brasileiro masnão falem mal da vio...o...la

13 A Lenda do Rio Abaixo(Téo Azevedo - TRAMA DUETO EDIÇÕES)

(BR-C07-12-00778)

Nas... bandas norte mineira tem...lendas que apaga facho

E... a mais famosa delas é... a lenda do Rio AbaixoO... Diabo ia descendo o São... Francisco na canoa

To...cando sua viola e... tirando uma loaNa... afinação rio abaixo e...sse tocador do inferno

De... camisa e gravata sem... sapatos mas de ternoUma viúva que lavava rou...pa na beira do rio

Qua...ndo avistou o Diabo pra... ele deu um assovioO... seu filho de dez anos com... o toque ficou contente

Mã...e chame ele pra casa pra... ele tocar pra genteO ...Diabo apaixonou por... essa viúva bela

A...poitô sua canoa e foi... tocar na casa delaChe...gando na casa dela o... Diabo foi sentandoFi...cou bem perto da mesa a... viola ponteando

Um... litro de pinga boa a... mulher botou na mesaTi...ra gosto era torresmo pra... o Diabo uma beleza

E...le não tirou o chapéu e... os seus pés não mostravaMenino desconfiou pe...lo que observava

O... garoto curioso o...lhou em baixo da mesaVi...u dois baita pés de bode é do... Diabo com certeza

Já... falou pra sua mãe ó...ia os pés do freguêsDi...sse que menino besta é... tudo como Deus fez

E...pela terceira vez que o menino reclamouE...la resolveu olhar e... de medo se assustou

Tirou o chapéu do bicho vê...ndo o chifre do tinhosoE... logo rezou três credos com...tra o bicho perigoso

O... diabo explodiu na... hora tudo mudouVi...ola virou sabugo e a... fita preta ficou

A... canoa virou cuia e o... Diabô quietou o fachoÉ a lenda da afinação e... o toque Rio Abaixo

O... violeiro que crê em Deus e... não gosta de mutretaSe tem pacto com o Diabo na viola é a fita preta

Je...sus é a fita branca cor...-de-rosa é JoséA...zul é cor de Maria com... amor e muita fé

A...marelo é o Rei Belchior o... vermelho é BaltazarSão seis cores do Reisado com... o verde do Rei Gaspar

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Page 15: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

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ReciclagemDestaque Vocal : Marcos Siqueira

(Zé Geraldo - EMI SONGS) (BR-C07-12-00766)

Saí de casa muito cedo os trapos na minha sacolaCamisa bordada no bolso na mão direita a viola

Principiava o mês de junho o céucinzento anunciava o inverno

O peito vazio de tudo e a mala cheia de amor maternoMeu companheiro que sai de casa e na vida cai

Com as cacetadas desses anos todosEu fiquei mais velho que meu velho pai

Meu companheiro que sai de casa e na vida caiCom as cacetadas desses anos todos

Eu fiquei mais velho que meu velho pai .....Os jardins da casa-grande as trancas ficando pra trás

Hoje, depois de algum tempo eu sei que ficou muito mais Ficou um sentido de vida uma filosofia, uma razão de ser

Que a idade impediu de ser vista eque hoje é a própria razão de viver

A moda na cidade é grande o medo é grande tambémA corrida do cheque encoberto o saldo não teve e não tem

Os valores trazidos da terra enfrentando as cancelasDo “pode-não-pode” a força falsa de um cartão de crédito

Ao invés de um fio de bigode

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Hino Nacional Brasileiro(Joaquim Osório Duque Estrada / Francisco Manuel da Silva) (BR-C07-12-00765)

Ouviram do Ipiranga as margens plá..á..cidasDe um povo heroico o brado retumbante,E o sol da Liberdade, em raios fúl...l...gidos,Brilhou no céu da Pátria nesse instanteSe o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó Liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!Ó Pátria amada,idolatrada,salve! Salve!Brasil, um sonho intenso, um raio ví..í..vidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e li...im...pido,A imagem do Cruzeiro resplandeceGigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandezaTerra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil, ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,pátria amada,Brasil!Deitado eternamente em berço esplê..ên..dido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da Amé...é...rica,Iluminado ao sol do Novo Mundo!Do que a terra mais garridaTeus risonhos, lindos campos têm mais flores;“Nossos bosques têm mais vida”,“Nossa vida” no teu seio “mais amores”Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve!Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro desta flâ...â...mulaPaz no futuro e glória no passadoMas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morteTerra adorada, entre outras mil,és tu, Brasil, ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!

1 A Saudade é UmaEstrada LongaDestaque Vocal: J.Capa / Gaita: Ailton Rios(A. Sater - SATER & SATER) (BR-C07-12-00779)

A saudade é uma estrada longaQue começa e não tem mais fimSuas léguas dão volta ao mundoMas não voltam por onde vim A saudade é um estrada longaQue começa e não tem mais fimCada dia tem mais distânciasA.....fastando você de mimTantas foram as vezes que nos enganamosOutras vezes nos desencontramosSem nem perceberMesmo sem razão eu quero lhe dizerSem intenção ver tudo se perderDói tanto, tantoA saudade é uma estrada longaNem é boa e nem é ruimVou seguindo sempre adianteNunca volto, eu sou mesmo assimA saudade é uma estrada longaQue hoje passa dentro de mimMe armei só de esperançasMas usei balas de festim

15Disparada

Destaque vocal: Décio Carratú(Geraldo Vandré/Capinam -

FERMATA) (BR-C07-12-00780)

Prepare o seu coração prascoisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão eu venho lá do sertãoEu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não ver a morte sem chorarA morte, o destino, tudo a morte, o destino tudo

Estava fora de lugar eu vivo pra concertarNa boiada já fui boi mas um dia me montei

Não por um motivo meu oude quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesseporém por necessidade

Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreuBoiadeiro muito tempo laço firme braço forte

Muito gado muita gente pela vida segureiSeguia como num sonho que boiadeiro era um rei

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavaloE nos sonhos que fui sonhando

as visões se clariandoAs visões se clariando até que um dia acordei

Então não pude seguir valente lugar tenenteDe dono de gado e gente porque

gado a gente marcaTange, ferra, engorda e mata

mas com gente é diferenteSe você não concordar não posso me desculpar

Não canto pra enganar vou pegar minha viola Vou deixar você de lado vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui reiNão por mim nem por ninguém

que junto comigo houvesseQue quisesse ou que pudesse

por qualquer coisa de seuPor qualquer coisa de seu querer

mais longe que euMas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

E já que um dia voltei agora sou cavaleiroLaço firme braço forte de um reino que não tem rei

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Page 16: Encarte Orquestra Paulistana de Viola Caipira - 15 Anos

Adalmiro Oliveira, Décio Carratú, Heidy Torneze, João Carlos (J. Capa), Marcos Siqueira, Paulo Cortez, Reinaldo Silvério.

Alex Willian, Bruno Nogueira, Felipe Viola, Gabriel Maia, Igor Felipe, Jocimar F. Santos, Lucas Nogueira, Lucas Silvério, Lucas Torneze (Spalla), Pedro Alves, Thiago Paccola.

Rui Torneze.

Adriana Godoy, Ailton Rios, Gabrielle Monteiro, Luiz Alexandre, Márcia Eliete, Thiago Marcelino, Zé Vicente

Alessandra Melina, Almerinda Guerra, Cícero Fonseca, Cinira Leonardo, Cláudio Almeida, Delci Alves, Efrém Nogueira, Evaldionor Simão, Fábio Bueno, Flávio Oliveira, Gizelda Rennó, Grasiele Peperaio, Ivair Moreira, Jamil Dutra, Josafá Siqueira, José Roberto, Judith Guerra, Lidovino Fernandes, Lima, Marcel de Oliveira, Márcio Pivotto, Maria Rosa Alexandre, Marina Rezende, Nelson Cestari, Osvaldo Lopes, Paulo Morello, Paulo Gaucho, Raimundo Cândido, Reinaldo Rôla, Rosilda Cardoso, Rozana Fonseca, Toninho de Jesus, Vitor Ricardo.

Vera Carratú, Valmir Quinto.

Zé Vicente, Marina Rezende.

Ailton Rios.

Caio Torneze.

Simone Sperança.

Adriana Godoy.

Instituto São Gonçalo.

Bete Oliveira.

Carmela Petri.

Sueli Oliveira.

Rui Torneze.

Marcelo Mendonça.

Blue Movie (www.bluemovieproducoes.com.br).

Estúdio InPlug.

Cantadores:

Violas Solo:

Violona:

Violas Base Plugadas:

Violas Base “Over”:

Percussão:

Berranteiros:

Gaita de Boca:

Participação “Especial”:

Preparadora Vocal:

Produção/Coordenação:

Produção Executiva:

Fotos:

Secretaria:

Auxiliar de palco:

Arranjos e Regência:

Técnico de Gravação:

Arte Gráfica:

Mixagem e Masterização:

Agradecimentos

Corre um boato de que a vida de um artista musical começa a deslanchar à partir do 15º ano de trabalho contínuo. Até então os caminhos percorridos e os palcos enfrentados se fazem necessários à sólida base e aos pilares que sustentarão daí para a frente a futura carreira de quem teve a sorte e a oportunidade de se manter nessa estrada.Temos a certeza de que passamos por esse primeiro desafio. Estamos certos também que se depender da equipe de músicos, colaboradores, amigos e dos fãs que temos muitas ainda serão as alegrias que a Orquestra Paulistana de Viola Caipira irá proporcionar. A força e a qualidade da nossa amizade é o pacto com um futuro promissor. Diante disso, só temos de ser gratos a todos!

Capa - Página 01Contra Capa - Página 16

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