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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria Éric Tadeu Gimenes da Silva EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DAS FRANQUIAS GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA GOU Clínicas de Odontologia Lins/SP LINS SP 2015

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gerência Contábil,

Financeira e Auditoria

Éric Tadeu Gimenes da Silva

EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO DE CASO

EM UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DAS

FRANQUIAS GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA

GOU Clínicas de Odontologia – Lins/SP

LINS – SP

2015

ÉRIC TADEU GIMENES DA SILVA

EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA

ODONTOLÓGICA DAS FRANQUIAS GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria sob a orientação dos professores Dr. André Ricardo Ponce dos Santos e Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2015

Silva, Éric Tadeu Gimenes da. Empreendedorismo: um estudo de caso em uma clínica odontológica das franquias GOU Clínicas de Odontologia. GOU Clínicas de Odontologia – Lins/SP/ Éric Tadeu Gimenes da Silva. -- Lins, 2015. 93p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gerência Contábil, Financeira e Auditoria, 2015.

Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Jovira Maria Sarraceni. 1.Empreendedorismo. 2. Gestão 3. Tomada de decisão. I Título.

CDU 657

G399e

ÉRIC TADEU GIMENES DA SILVA

EMPREENDEDORISMO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA CLÍNICA

ODONTOLÓGICA DAS FRANQUIAS GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Especialista em Gerência Contábil, Financeira e

Auditoria.

Aprovada em: _______/______/_______

Banca Examinadora:

Prof. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos

Doutor em Engenharia de Produção pela FGN – UNIMEP (Universidade

Metodista de Piracicaba)

_______________________________________________________________

Profª. Ma. Jovira Maria Sarraceni

Mestre em Administração pela UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)

_______________________________________________________________

LINS – SP

2015

Dedico a Deus pelo dom da vida e por proporcionar a ter capacidade de

conseguir auferir com êxito a realização desse objetivo, que faz parte de meu

sonho, o qual irei sempre buscar com honestidade e humildade para conseguir

sua realização.

Aos meus Pais, Maria Clara e Cláudio Batista que são meus melhores,

os quais foram alicerces e sempre procuraram proporcionar o melhor tipo de

auxílio que pude ter que é a vontade de buscar e acreditar que é possível

alcançar voos maiores com humildade, fé em Deus e em nós mesmos.

Ao meu irmão Evandro Raphael, meu anjo protetor que junto aos meus

pais formam uma base única e fonte minha de inspiração para não desistir e

persistir com muita Fé para superar os obstáculos diários.

Uma Frase que pode demonstrar um pouco dessa conquista seria essa:

“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei, não fosse por elas, eu

não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as

críticas nos auxiliam muito.” Chico Xavier

O meu muito obrigado, vocês realmente são fundamentais e essenciais

em minha vida, essa conquista é uma das tantas as quais quero demonstrar a

vocês!

Obrigado!

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por estar conseguindo trilhar meus caminhos e

conseguir ter forças para conquistá-los.

A todos os meus professores que direta ou indiretamente muito

importantes na trajetória do curso da Pós Graduação, os quais proporcionaram

e muito o principal combustível para chegar à concretização que é o

conhecimento, sendo algo que não tem valor mensurável, porém, que é de

valia extrema e enriqueceu e muito, desde estudante, profissional e muito para

vida.

Ao Prof. Dr. André Ponce, que foi meu orientador e auxiliou e muito para

trilhar meu caminho na direção certa, o meu muito obrigado por depositar em

mim confiança desde a época de graduação. Agradeço também a Profa. Ma.

Jovira por ter auxiliado na construção desse trabalho.

Agradeço a casa Salesiana juntamente com o INEC que proporcionaram

um curso de alto nível.

A todos os meus amigos e colegas que de alguma forma, seja direta ou

indiretamente, auxiliaram, apoiaram e estiveram dando forças para conseguir

auferir essa conquista.

Aos Proprietários da Franquia GOU Clínicas de Odontologia de Lins –

SP, os quais abraçaram a ideia e não mediram esforços para contribuir com os

dados para que pudesse constituir um ótimo trabalho. Agradeço imensamente

aos sócios, Juliano Poli e Cristiano Poli, como também a coordenadora

administrativa Camila Vicheti. Muito obrigado pela oportunidade!

Aos meus Pais e irmão, mais uma vez, por serem meus alicerces para

ter uma estruturação de buscar sempre os objetivos, metas e sonhos, com toda

humildade e paciência, vocês são muito especiais em minha vida!

Muito obrigado a todos que fizeram e fazem parte para essa conquista,

realmente valeu muito a pena todo o esforço!

Salute mi família!

“Só a compaixão do meu Senhor garantirá para os que

creem o verdadeiro pão descido do céu, Jesus Cristo,

através da Graça, da Cura, da Ternura, da Doçura, da

Misericórdia e do Perdão.”

Pe. Eraldo Germano

♪♪ "História, nossas histórias,

Dias de luta, dias de glória... ♪♪

Charlie Brown Jr

RESUMO

A necessidade de ferramentas que propiciem resultados fidedignos e

abrangentes em um mercado tão competitivo e com informações sólidas para a tomada de decisão é apresentado um estudo de caso na franquia GOU Clínicas de Odontologia de Lins, procurando constatar ferramentas empreendedoras utilizadas para o desenvolvimento do negócio, como também sugerir possíveis ferramentas para auxiliar a elevar ainda mais o padrão de qualidade da empresa no mercado tão seleto que está inserida. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância das técnicas de Empreendedorismo. Foi realizada uma revisão teórica sobre o assunto com vistas a resgatar as aplicações sobre empreendedorismo, assim como foi realizado um estudo de caso em uma empresa que explora o ramo de odontologia no interior do estado de São Paulo. O trabalho apresenta o que deve ser considerado para a implementação e constituição, desde suas premissas, tais como: missão, objetivos, valores e a cultura organizacional, juntamente com o mercado que a empresa encontra-se inserida, sendo requisitos primordiais para auferir o desenvolvimento, a solidificação e enaltecimento do trabalho que é desenvolvido, com o intuito de alcançar a continuidade e elevação no ramo em questão. A estruturação apresentada nesse trabalho demonstra um estudo que visa proporcionar o entendimento para os gestores em seus processos decisórios, visando agregar e auferir resultados abrangentes, apresentando maneiras eficientes e eficazes que podem ser utilizadas em vários momentos, sempre com o intuito de alcançar resultados satisfatórios.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Gestão. Tomada de Decisão

ABSTRACT

The need for tools that provide reliable and comprehensive results in a market so competitive and with solid information for decision making are a case study in Clinical dentistry GOU franchise Lins, looking to see entrepreneurial tools used for the development of the business, but also to suggest possible tools to help raise the standard of quality of the enterprise on the market so select that is inserted. This work aims to demonstrate the importance of Entrepreneurship. A theoretical review on the subject in order to rescue the applications about entrepreneurship, as well as a case study in a company that operates the branch of dentistry in the State of São Paulo in Brazil. The paper presents what should be considered for implementation and Constitution, from its premises, such as: mission, objectives, values and organizational culture, along with the market that the company is entered, being primary requirements to obtain development, solidification and praise of the work that is developed in order to achieve continuity and elevation in the field in question. The design presented in this work demonstrates a study that aims to provide the understanding to the managers in their decision-making processes, in order to aggregate and obtain comprehensive results, showing efficient and effective ways that can be used at various times, always with the aim of achieving satisfactory results.

Keywords: Entrepreneurship. Management. Decision-making

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Sede da franqueadora, localizada em Araçatuba – SP ..................... 17

Figura 2: Fachada da GOU Clínicas de odontologia de Lins ............................ 19

Figura 3: Sala de espera dos pacientes ............................................................ 20

Figura 4: Pesquisa feita pela empresa Ângulo pesquisas ................................ 21

Figura 5: Organograma da franquia GOU Clínicas de Lins - SP....................... 24

Figura 6: Análise SWOT ................................................................................... 43

Figura 7: Tempestade de ideias ........................................................................ 44

Figura 8: Os nove blocos do Modelo CANVAS ................................................. 49

Figura 9: Modelo de negócio CANVAS ............................................................. 50

Figura 10: Modelo de KANO de satisfação do cliente ....................................... 54

Figura 11: Coeficiente de Satisfação (CS) ........................................................ 56

Figura 12: Coeficiente de Insatisfação (CI) ....................................................... 57

Figura 13: Ciclo do PDCA ................................................................................. 58

Figura 14: Setores a efetuarem o Intraempreendedorismo .............................. 75

Figura 15: Análise SWOT da Empresa ............................................................. 78

Figura 16: PDCA da Empresa ........................................................................... 81

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Tabela de Macrofiltro ....................................................................... 45

Quadro 2: Tabela de Microfiltro ......................................................................... 47

Quadro 3: Questionário do Modelo de Kano ..................................................... 54

Quadro 4: Tabela de Avaliação dos Requisitos ................................................ 55

Quadro 5: Tabela de Macrofiltro ....................................................................... 64

Quadro 6: Tabela de Microfiltro ......................................................................... 66

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ASB: Auxiliares de Saúde Bucal

BMC: Business Model Canvas

CI: Coeficiente de Insatisfação

CS: Coeficiente de Satisfação

CSC: Coeficiente de Satisfação do Cliente

GOU: Grupo Ortodôntico Unificado

OAB: Ordem dos Advogados do Brasil

SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas

SP: São Paulo

UNIMEP: Universidade Metodista de Piracicaba

UNIP: Instituição Universidade Paulista

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

CAPÍTULO I GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA ....................................... 17

1 A EMPRESA ...................................................................................... 17

1.1 Constituição da empresa GOU .......................................................... 17

1.2 Franquia em Lins ............................................................................... 18

1.3 Sócios ................................................................................................ 21

1.4 Missão ................................................................................................ 22

1.5 Visão .................................................................................................. 22

1.6 Valores ............................................................................................... 22

1.7 Organograma ..................................................................................... 23

1.8 Marketing ........................................................................................... 26

1.9 Responsabilidade social-ambiental .................................................... 26

1.10 Perspectivas....................................................................................... 26

1.11 Visão Empreendedora ....................................................................... 27

CAPÍTULO II EMPREENDEDORISMO ......................................................... 28

2 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO.......................................... 28

2.1 Origem ............................................................................................... 29

2.2 Definição ............................................................................................ 29

2.3 Características ................................................................................... 30

2.4 Perfil ................................................................................................... 31

2.5 Mercado ............................................................................................. 31

2.6 Diferenças de definição do termo Empreendedorismo ...................... 32

2.7 Empreendedorismo no Brasil ............................................................. 33

2.8 Plano de Negócio ............................................................................... 34

2.8.1 Elaboração do Plano de Negócio ....................................................... 35

2.8.2 Estrutura do Plano de Negócio .......................................................... 36

2.9 Intraempreendedorismo ..................................................................... 39

2.9.1 As principais características do intraempreendedor ........................... 39

2.9.2 Análise da situação para implantação do intraempreendedorismo .... 41

2.9.2.1 Pontos fortes e fracos ........................................................................ 41

2.9.2.2 Ameaças e oportunidades ................................................................. 42

2.10 Ferramentas para um negócio Empreendedor ................................... 43

2.10.1 Brainstorm ou Brainstorming .............................................................. 44

2.10.1.1 Macrofiltro .......................................................................................... 45

2.10.1.2 Microfiltro ........................................................................................... 46

2.10.2 Modelo de Negócio Canvas ............................................................... 48

2.10.3 Modelo de Kano ................................................................................. 52

2.10.4 PDCA ................................................................................................. 57

2.10.5 5W2H ................................................................................................. 59

CAPÍTULO III PESQUISA DE CAMPO ......................................................... 61

3 INTRODUÇÃO ................................................................................... 61

3.1 Metodologia Aplicada à Pesquisa ...................................................... 62

3.1.1 Métodos ............................................................................................. 62

3.1.1.1 Método de Estudo de Caso ................................................................ 62

3.1.1.2 Método de Observação Sistemática .................................................. 62

3.1.1.3 Método histórico ................................................................................. 62

3.2 A constituição do empreendimento .................................................... 62

3.2.1 Ferramentas Empreendedoras Utilizadas .......................................... 63

3.2.1.1 Brainstorm ou Brainstorming .............................................................. 63

3.2.1.2 Macrofiltro .......................................................................................... 64

3.2.1.3 Microfiltro ........................................................................................... 65

3.2.1.4 5W2H ................................................................................................. 69

3.2.1.5 Prospecção de Clientes ..................................................................... 71

3.3 A continuidade do empreendimento ................................................... 73

3.3.1 Ferramentas Empreendedoras Sugeridas ......................................... 73

3.3.1.1 Intraempreendedorismo ..................................................................... 73

3.3.1.2 Análise Swot ...................................................................................... 75

3.3.1.2.1 Pontos fortes e fracos ........................................................................ 76

3.3.1.2.2 Ameaças e oportunidades ................................................................. 77

3.3.1.3 PDCA ................................................................................................... 79

3.4 Considerações Finais do Estudo de Caso ........................................... 81

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 83

CONCLUSÃO ................................................................................................... 84

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 86

APÊNDICES ..................................................................................................... 90

15

INTRODUÇÃO

Diante da necessidade de mecanismos que proporcionem resultados

assertivos e que possam apresentar dados e informações fidedignas para tomada

de decisões, faz necessário à utilização de ferramentas empreendedoras que

consigam auferir com eficiência essas informações.

Para o estudo e constituição do trabalho escolheu-se falar de ferramentas

empreendedoras em uma empresa do ramo odontológico, com o intuito de constatar

e demonstrar quais mecanismos desse empreendimento, e sugerir outras

ferramentas que serão essenciais para a continuidade no ramo que está inserida.

O termo Empreendedor surgiu na França, entre os séculos XVII e XVIII,

designando pessoas ousadas que buscavam novas formas de agir fazendo o

progresso econômico. Porém sua definição é muito complexa, pois, o

Empreendedorismo recebeu fortes contribuições vindas de outras áreas, como

psicologia e sociologia, o que pode ter acarretado variações em sua definição.

A palavra Empreendedorismo tem raízes Francesas, e é conhecida como

“entrepreneur”, sua tradução literal é empreendedor, empresário ou aquele que

empreende a criação por conta própria em seu benefício, e os seus riscos, de um

produto qualquer, ou aquele que lança à realização.

Para Drucker (1974) empreendedorismo é: prática; visão de mercado;

evolução, e diz ainda que o:

Trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente [...] Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática. (DRUKER, 1974, p.25)

.

No Cenário atual, as organizações possuem uma grande necessidade em

buscar e desenvolver profissionais com perfil empreendedor.

Esses profissionais são responsáveis pelas criações e inovações para que se

obtenha uma diferenciação positiva frente às empresas do mesmo ramo.

Neste contexto, este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância

das técnicas de Empreendedorismo. Foi realizada uma revisão teórica sobre o

assunto com vistas a resgatar e aplicações sobre empreendedorismo, assim como

foi realizado um estudo de caso em uma empresa que explora a franquia GOU

Clínicas de Odontologia é especializada em serviços de Ortodontia, está sediada na

16

Rua Comandante Salgado, nº 115, no Bairro Vila Alta, na cidade de Lins – São

Paulo.

Em um mercado tão competitivo e que cada vez mais faz com que os

pequenos, médios e grandes empresários para vencer e crescerem em seus

respectivos ramos precisam buscar ideias que resultem em ótimos negócios, surge o

seguinte questionamento: As técnicas de Empreendedorismo, quando aplicadas no

ramo Odontológico, podem auferir um melhor desempenho?

Para responder esse questionamento, a priori, sugere a seguinte hipótese

da existência de técnicas de empreendedorismo que já são aplicadas pela empresa

GOU Clínicas, e, que ao longo desse trabalho serão apresentadas quais são e como

implantar outras técnicas essenciais para alavancar e auferir o empreendedorismo

em uma empresa do segmento Odontológico.

A pesquisa foi realizada na empresa GOU Clínicas de Odontologia, no

período de setembro de 2014 a junho de 2015.

Na concretização do trabalho, foram utilizados os métodos e técnicas de

pesquisa descritas no capítulo III.

O trabalho está assim estruturado:

Capítulo I – aborda o histórico da empresa, sua estrutura e toda sua

peculiaridade.

Capítulo II - aborda os conceitos e procedimentos referentes ao

empreendedorismo, demonstrando sua origem, ferramentas empreendedoras, sua

importância e como deve ser utilizado.

Capítulo IIl - aborda os resultados obtidos por meio das técnicas e

mecanismos Empreendedores aplicados à empresa, demonstrando a importância

dessas ferramentas, possibilitando acompanhamento por partes dos proprietários e

facilitando tomadas de decisão para outros processos decisórios.

Ao término do trabalho, são apresentadas a Proposta de Intervenção e a

Conclusão.

17

CAPÍTULO I

GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA

1 A EMPRESA

1.1 Constituição da empresa GOU

Este capítulo apresenta a empresa, objeto de estudo do presente

trabalho. A empresa GOU (Grupo Ortodôntico Unificado) foi fundada em

Fevereiro de 2010, com o objetivo de formar uma rede de franquias

ortodônticas para promover plena satisfação de seus clientes.

Com sua sede em Araçatuba - SP, o objetivo do grupo é oferecer

através de produtos e serviços diferenciados, parcerias sólidas que possibilitem

crescimento, consolidação e sustentabilidade. A empresa trabalha com um

sistema de administração de clínicas padronizado, com fluxos e procedimentos

rígidos, validados e atualizados periodicamente. A Figura 1 apresenta a foto da

fachada da empresa na cidade Araçatuba.

Figura 1: Sede da Franqueadora, localizada em Araçatuba – SP

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

18

Atualmente a empresa conta com mais de 80 franquias vendidas e

espalhadas pelo Brasil todo, tornando-se uma referência na prestação de

serviço em saúde bucal.

1.2 Franquia em Lins

A ideia de abrir uma Franquia na Cidade Lins, interior do Estado de São

Paulo, nasceu através de uma ideia ousada de dois irmãos, Juliano Poli e

Cristiano Poli, em conseguirem abrir seu próprio negócio, o qual poderia

propiciar evolução e estabilidade financeira. E além de ser um negócio

promissor e uma chance única, era a oportunidade para um dos irmãos que

trabalhava na cidade São Paulo viesse para mais próximo da família.

Por meio de várias conversas, estudos no que seria viável e próspero

para investir, e, concluírem a concretização de terem um próprio negócio houve

a oportunidade dos irmãos em conversar com um amigo em comum que detém

uma franquia do ramo odontológico da GOU Clínicas na cidade de Presidente

Prudente, no estado de São Paulo. Após, efetuarem uma visita a unidade e

verificarem o negócio, debateram, efetuaram cálculos e mais cálculos,

contaram com o auxílio dos pais e mesmo sem muitos recursos, acreditaram

que estavam efetuando um bom negócio adquirindo uma das franquias da

GOU Clínicas de Odontologia.

Em uma análise analítica de mercado e que pudesse ser em uma cidade

localizada mais próxima aos seus pais, havia algumas cidades e dentro delas

Lins, e, pôde ser verificado por meio da análise que era a cidade a qual mais

apresentava potencial para os irmãos Poli auferir seus objetivos.

A Franquia foi inaugurada na cidade de Lins, interior de São Paulo, em

23 de Março de 2012, e, está localizada na Rua Comandante Salgado, nº 115,

Vila Alta, comportando uma área de 300 m², que apresenta um ambiente

dividido por vários setores, buscando resultar em uma infraestrutura moderna e

agradável, que resulte estritamente na melhor satisfação do cliente, desde sua

entrada a empresa, até a realização do tratamento odontológico, com o fim de

proporcionar satisfação pela escolha e contração da empresa na prestação do

serviço da saúde dental.

19

Figura 2: Fachada da GOU Clínicas de Odontologia de Lins

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A empresa atualmente conta com 16 colaboradores, e mais os dois

sócios, envolvendo ao todo 18 pessoas, que buscam ao máximo auferir o

sucesso no ramo de serviços de odontologia.

Dentro da empresa, encontram-se alguns setores, tais como: setor de

recepção, as salas clínicas de atendimento aos pacientes com materiais novos

e de excelência para os possíveis tipos de tratamento odontológicos, setor

comercial, sala de espera estruturada e adequada para comodidade na espera

pelo atendimento, buscando ao máximo sempre resultar em satisfação e o

melhor serviço ao cliente.

A empresa funciona de segunda a sexta-feira, no período comercial, e,

também está em pleno funcionamento no sábado no período da manhã, devido

a grande demanda de clientes para avaliações ou tratamentos odontológicos.

Para conseguir alcançar a concretização das metas e objetivos traçados,

os sócios buscam periodicamente verificar o andamento dos setores da

empresa, com o intuito de poderem controlar de maneira assertiva e estarem

em sinergia com todos os colaboradores.

20

Figura 3: Sala de Espera dos Pacientes

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A empresa no ano de 2014 alcançou um resultado de extrema satisfação

aos sócios, que puderem verificar que todo esforço e empenho feito, e,

incansavelmente assimilado e desenvolvido pelos colaboradores de todos os

setores não tem sido em vão.

Uma pesquisa realizada no início do ano de 2014, mais precisamente no

período de 13 a 16 de Janeiro, pela empresa Ângulo Pesquisas demonstrou

que a unidade da GOU Clínicas foi eleita a melhor clínica odontológica da

cidade de Lins. Apresentando 29% de aceitação entre seis empresas avaliadas

do segmento. Segundo a empresa responsável pela pesquisa, para realização

e concretização dessa pesquisa, foram entrevistados em torno de 500 pessoas,

que puderem responder qual melhor clínica da cidade em suas opiniões.

21

Figura 4: Pesquisa feita pela empresa Ângulo Pesquisas

Fonte: GOU Clínicas, 2014.

Os sócios em pouco tempo puderam visualizar que o negócio está

sendo desenvolvido de maneira assertiva, e, ainda dá mais força em buscarem

manter o padrão alcançado e evoluírem na prestação de serviços

odontológicos.

1.3 Sócios

A sociedade é composta por duas pessoas, Juliano Poli e Cristiano Poli,

os quais são irmãos. Juliano Poli, 31 anos, casado, natural da cidade de Birigui,

interior do estado de São Paulo, bacharel em Direito, no ano de 2007, pela

Instituição Universidade Paulista – UNIP, Araçatuba – SP, advogado registrado

pela OAB desde o ano 2007.

Cristiano Poli, 35 anos, solteiro, natural de Birigui – SP, formado

em Análise de Sistema, no ano de 2002, pela Instituição Universidade Paulista

22

– UNIP, localizada na cidade Araçatuba, interior do estado de Paulo, trabalha

na empresa SIPLAN CONTROL - M (empresa de Software para cartórios de

todas as naturezas notariais, registrais, títulos, documentos e protesto), com a

função de Analista de Sistema, desde o ano 2004. Ambos são filhos de Antonio

Ademir Poli e Sueli de Fátima Crespi Poli.

O contato dos sócios é feito diariamente, apresentando sinergia para

tomadas de decisões mais importantes da empresa, como por exemplo:

investimentos, finanças, contratos de recebimento, prestação de serviços e

outros mais. Porém, para os assuntos corriqueiros as decisões são

centralizadas no sócio Juliano Poli que está presente todos os dias na

empresa.

1.4 Missão

Pode ser definida como o motivo pelo qual uma empresa é criada, a

razão de sua existência. A missão da empresa GOU Clínicas de Odontologia é

definida como: “Oferecer o mais alto padrão em tratamentos ortodônticos, com

atendimento personalizado, acessível a toda população”.

1.5 Visão

Deve demonstrar de forma clara seus objetivos, tendo uma posição

honesta com seus clientes e colaboradores segundo os proprietários. A Visão é

defina como “Ser a maior prestadora de serviços ortodônticos do país e

reconhecidos como referência pela sua qualidade”.

1.6 Valores

Em linhas gerais, demonstram a sua cultura organizacional e são

focados na qualidade e a fidelização do cliente, como forma de continuar

oferecendo serviços de qualidade. Os valores da empresa GOU Clínicas de

Odontologia: Fidelidade aos postulados da odontologia, rigor nos processos de

tratamento, respeito à dignidade humana, reconhecimento de que a nossa

visão será alcançada somente se conseguirmos encantar nossos clientes.

23

1.7 Organograma

Na criação do organograma deve-se levar em consideração que ele é

uma representação da empresa em determinado período, e, portanto pode

mudar. Por isso, deve ser flexível e de fácil interpretação.

Na concepção de Lacombe (2003), organograma é uma representação

gráfica simplificada da estrutura organizacional de uma instituição,

especificando os seus níveis hierárquicos e as principais relações formais entre

eles.

Quando o organograma é bem constituído e estruturado, permite aos

colaboradores da empresa saber exatamente quais suas responsabilidades e a

quem devem se reportar.

Segundo Stoner e Freeman (1999), o organograma pode ser definido

como diagrama da estrutura de uma organização, mostrando os departamentos

ou as posições na organização, e, como esses elementos se relacionam.

O organograma da unidade de Lins está estruturado a partir do topo do

nível hierárquico, onde estão localizados os sócios, que se encontram ligados a

Coordenação/Administração, que é responsável por três áreas e seus

respectivos segmentos, sendo: Recepção e Recepcionista, Atendimento

Clínico, Dentistas / ASB (Auxiliares de Saúde Bucal) / Estagiários, Comercial e

Promoters Comerciais. Fora desses componentes e está ligado ao topo no

nível hierárquico encontra-se a Contabilidade que é terceirizada. É visível

também que o Departamento está ligado intimamente com os sócios.

Fica perceptível que Contas a Pagar é de responsabilidade do alto nível

de gestão, que também é responsável por verificar o grupo contas de receber,

esse último, tem correlação com o setor de recepção que no primeiro momento

que é efetuado a prestação de serviço odontológico recebe os numerários

referentes ao tratamento feito, após isso, o controle é realizado pelo topo do

nível hierárquico.

O alto nível de Gestão administra o grupo de Contas a Pagar e Receber

com afinco, utilizando para isso o controle por meio do Banco Eletrônico via

internet, proporcionando maior praticidade e informações mais rápidas para o

efetivo controle.

24

Figura 5: Organograma da Franquia GOU Clínicas de Lins - SP

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A empresa detém de um software que faz sinergia entre os

departamentos citados e que tem como principal função a otimização do

serviço.

As funções de forma objetiva de cada setor que compõe o organograma

são as seguintes:

a) Sócios: traçar planejamentos, metas e tomada de decisões. Como

controle, das contas a pagar e contas a receber, verificando a

movimentação bancária;

b) Jurídico: ligado ao sócio Juliano Poli, o qual é Advogado, e

responsável por toda área do direito da empresa;

25

c) Coordenação/Administrativa: função que direciona e dá suporte ás

áreas sob a gestão que se encontra na estrutura da empresa;

d) Recepção e Recepcionistas: controlar agenda de pacientes e receber

pagamentos que os clientes efetuam na clínica. Além de confirmação

de agendas, remarcação de pacientes e o primeiro atendimento ao

paciente que entra na clínica;

e) Atendimento Clínico, Dentistas / ASB / Estagiários: atendimento

clínico é feito pelas dentistas, que são auxiliadas pelas Auxiliares de

Saúde Bucal (ASB), e, pelas Estagiárias de Odontologia. Um dos

funcionários das ASB é responsável pela “documentação”

odontológica (raios-X, moldes e fotos panorâmicas);

f) Comercial e Promoters Comerciais: têm como função captação de

clientes. O comercial é abrangido pelas promoters comerciais, e, um

deles é responsável também pelo setor de cobrança. Além de

efetuarem a explicação e fechamento de contrato com os clientes.

g) Contas a Pagar: é uma das funções desempenhas pelo topo do nível

hierárquico, e, especificamente é desenvolvido pelo sócio Juliano

Poli;

h) Contas a Receber: é dividido entre as recepcionistas, que recebem

os pagamentos realizados na clínica e pelo sócio Juliano Poli que

está presente na empresa, o qual controla diariamente e verifica a

movimentação bancária e os pagamentos feitos pelos clientes

através dos boletos;

i) Contabilidade Terceirizada: é feita por um escritório contratado, que

rege e efetua a contabilidade da empresa.

j) Limpeza: é responsável pela limpeza geral da clínica.

A empresa apresenta 16 colaboradores, sendo distribuídos dessa

maneira aos setores:

a) 03 Dentistas;

b) 05 Estagiárias;

c) 02 Recepcionistas;

d) 02 Promoters Comerciais;

e) 02 ASB (Auxiliares de Saúde Bucal);

26

f) 01 Funcionária do setor de limpeza;

g) 01 Coordenadora/Administrativa.

Ressaltando que a empresa, mais os sócios compõe um total de 18

pessoas envolvidas na busca da solidificação e enaltecimento no ramo

odontológico.

1.8 Marketing

A franquia GOU Clínicas de Lins atualmente não dispõe de um setor

específico de marketing. As ações voltadas para divulgação em grande

proporção é feito pela franqueadora.

Na unidade de Lins existe uma divulgação pontual, que é feita através

principalmente da captação de clientes e agendamento de avaliações. Outros

métodos são utilizados para auferir possíveis clientes e divulgação do

estabelecimento na cidade, tais como: feiras, palestras, e outros eventos que

propiciem de maneira ética e satisfatória a captação de pessoas.

1.9 Responsabilidade social-ambiental

Visando contribuir de maneira ampla, a empresa preocupa-se muito com

a utilização da água, que é essencial para a vida da maior parte dos

organismos e imprescindível para muitas outras utilizações. Para isso a

empresa busca efetuar sua utilização de maneira eficaz, e, economizar ao

máximo seu consumo, como também como o gasto de energia.

Outro ponto relevante é referente ao Lixo, à empresa descarta em locais

apropriados, sendo recolhido por uma empresa que presta serviço

especializado para a coleta desse tipo de dejeto.

1.10 Perspectivas

Atualmente, a empresa conta com os 02 sócios e mais 16 colaboradores

os quais são responsáveis pelo o enaltecimento e desenvolvimento no

segmento odontológico na cidade Lins.

27

Segundo um dos sócios Sr. Juliano Poli, a empresa procura enaltecer

ainda mais no segmento odontológico na cidade de Lins, e, auferir a

microrregião que está em sua volta.

A perspectiva é ser a maior prestadora de serviços odontológicos de

Lins e Região.

1.11 Visão Empreendedora

A visão empreendedora dos sócios no início não era tão aguçada, pois,

a ideia primordial dos irmãos era em investir em algum negócio que pudesse

trazer um retorno positivo.

Após efetivarem a compra da franquia da GOU Clínicas, visualizaram

em Lins uma oportunidade, uma cidade com potencial altíssimo, visto que a

população era carente em serviços de qualidades com preços acessíveis.

Os sócios salientam os pontos em comum que acreditam ser essenciais,

tais como:

a) Atendimento com excelência; e,

b) Foco na satisfação dos clientes.

Outro ponto que os irmãos destacam, é que após esse tempo de

funcionamento da empresa na cidade Lins, vislumbram que podem fazer algo

diferente e útil na vida dos clientes, que está intimamente ligado à autoestima.

Ademias vislumbram um caminho infinito, tendo como ideal de sempre

evoluírem, para poder atender os clientes com qualidades que merecem.

Salientando, que para conseguirem auferir essa visão necessitam valorizar as

pessoas, por isso, investem no potencial dos colaboradores, buscando extrair

ao máximo o melhor, desde a criatividade, o conhecimento e a experiência,

ressaltando sempre que sem eles, não teriam como colher qualquer resquício

de sucesso.

No próximo capítulo serão apresentadas as premissas do

Empreendedorismo, passando por vários pontos, como sua origem, conceitos,

perfil, criatividade, característica, entre outros mais, que devem ser ressaltados,

fazendo referência ao tema proposto por esse trabalho.

28

CAPÍTULO II

EMPREENDEDORISMO

2 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO

Este capítulo apresenta as premissas do empreendedorismo, sendo

apresentado por tópicos estruturados e relevantes sobre o estudo do trabalho

em questão.

A nomenclatura Empreendedorismo apresenta vários significados

amplos para diferentes segmentos, e, um dos seus significados é o estudo

voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à

criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo

empreender que significa realizar, fazer ou executar.

Entende que empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. (HISRICH; PETERS, 2004, p.27).

Em diversas referências bibliográficas existentes podem-se encontrar

diversos estudos relacionados ao empreendedorismo. Destacando a

contribuição teórica de Schumpeter que desde meados da década de 30

analisava os processos inovadores, que eram advindos das ações de

"empresários empreendedores".

Segundo Schumpeter (1959), o progresso de empreendedorismo

ocorria devido aos empresários inovadores.

O Conceito de empreendedor não serve apenas para pessoas que quebram paradigmas, inovam ou revolucionam. Ele se aplica também a qualquer pessoa que assume riscos e tenha adicionar valor a um negócio, mesmo já existente e conhecido. Afinal, a maioria das novas empresas não traz ideias inovadoras ou revolucionárias para o mercado, mas atende a demandas comuns da sociedade. (BOLSON, 2003, p.59).

Empreendedorismo aplica-se a qualquer pessoa que assuma riscos, e

procure solucioná-los da melhor maneira possível, de forma que seja único.

29

2.1 Origem

O termo Empreendedor surgiu na França, entre os séculos XVII e XVIII,

designando pessoas ousadas que buscavam novas formas de agir fazendo o

progresso econômico. Porém sua definição é muito complexa, pois, seu

conteúdo pode variar dependendo do lugar e do autor. Isso, porque o

Empreendedorismo recebeu fortes contribuições vindas de outras áreas, como

psicologia e sociologia, o que pode ter provocado e acarretado variações em

sua definição.

A palavra Empreendedorismo tem raízes Francesas, e é conhecida

como “entrepreneur”, sua tradução literal é empreendedor, empresário ou

aquele que empreende a criação por conta própria em seu benefício, e os seus

riscos, de um produto qualquer, ou aquele que lança à realização.

Na concepção de Hisrich (1986), o termo "entrepreneur" e significa

ousado, aquele que assume riscos e que começa algo novo.

Conforme Bom Ângelo (2003), a História mostra que o ato de

empreender é, portanto, tão antigo quanto à civilização.

2.2 Definição

É um termo muito usado no âmbito empresarial e está relacionado com

a criação de empresas ou produtos novos.

Para Drucker (1974), empreendedorismo é: prática; visão de mercado;

evolução, e diz ainda que o:

Trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente [...] Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática. (DRUKER, 1974, p.25).

E costuma ser definido como o processo pelo qual as pessoas iniciam e

desenvolvem seus negócios. É um fenômeno complexo, no qual envolve o

empreendedor, a empresa e o cliente, que fazem parte deste processo.

Segundo Dolabela (1999), “empreendedorismo envolve qualquer forma

de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”.

30

A função do empreendedor é reformar ou revolucionar o padrão de produção explorando uma invenção ou, de modo geral, um método tecnológico não experimentado para produzir um novo bem ou um bem antigo de maneira nova, abrindo uma nova fonte de suprimento de materiais ou uma nova comercialização para produtos, e organizando um novo setor. (SCHUMPETER, 1952, p.72.).

2.3 Características

Para ser Empreendedor é preciso de:

a) Conhecimento, Habilidade e Atitude, formando assim o CHA, sendo

fatores primordiais para obter o sucesso no negócio.

b) Ser arrojado, corajoso, estar disposto a ser inovador, buscando se

adaptar as mudanças que são necessárias ao mercado.

c) E não menos importante, estudar qual o negócio que irá desenvolver,

como efetuar o planejamento, e, o que necessita para colocá-lo em

prática.

O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. (SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37).

As características da ação empreendedora em todas as suas etapas

apresenta a criação de algo novo mediante a visualização de uma

oportunidade, sempre com dedicação e persistência na atividade que se

propõe a efetuar para auferir os traçados pretendidos e com ousadia para

assumir os riscos nessa nova empreitada.

Conforme Schumpeter (1952), Dornelas (2001) e outros autores

algumas características do empreendedor são:

a) criatividade;

b) capacidade de organização e planejamento;

c) responsabilidade;

d) capacidade de liderança;

e) habilidade para trabalhar em equipe;

f) gosto pela área em que atua;

g) visão de futuro e coragem para assumir riscos;

31

h) interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o

seu negócio;

i) persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas);

j) saber ouvir as pessoas; e

k) facilidade de comunicação e expressão;

Conforme Filon (1999) apresenta um modelo com quatro fatores

essenciais para que uma ação seja empreendedora, liderança, visão, energia e

relações, visando à formação do empreendedor.

Para Tachizawa & Faria (2002) empreendedores são pessoas que

fazem a diferença, que realizam, fazem acontecer e que desenvolvem sua

capacidade de superar limites.

2.4 Perfil

O Profissional Empreendedor deve ser ousado, com iniciativa, sem

vícios e bloqueios, estar disposto a assimilar a cultura da empresa, buscando

trabalhar de forma que obtenha um bom conhecimento do seu ramo de

atividade para entender os problemas, vantagens e desvantagens, bem como

todas as características do empreendimento.

“O empreendedor não é um talento que nasce da terra, o espírito

empreendedor é um potencial existente em qualquer ser humano que precisa

ser desenvolvido e estimulado para que possa produzir efeitos”. (DOLABELA,

2003, p.24).

Segundo Bermagaschi (2000), diz que o ritmo de mudanças no mundo

dos negócios está acelerado e fica evidente que as garantias de sucesso no

passado não garantem o sucesso de amanhã.

2.5 Mercado

No Cenário atual, as organizações possuem uma grande necessidade

em buscar e desenvolver profissionais com perfil empreendedor.

Esses profissionais são responsáveis pelas modificações, criações,

visões e inovações para que se obtenha uma diferenciação positiva frente às

empresas do mesmo ramo.

32

O Empreendedor apresenta um papel muito importante dentro da

organização, é capaz de enfrentar obstáculos internos e externos, sabendo

olhar além das dificuldades, com foco no melhor resultado.

“O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas

acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e

capacidade de identificar oportunidades”. (CHIAVENATO, 2005, p. 5)

Esse alto desejo de realização que explica o comportamento dos empreendedores pode ser resumido em desejo das pessoas pela responsabilidade das tomadas de decisões pessoais, a preferência para as decisões que envolvam um grau de risco moderado e o interesse dessas pessoas em conhecimento concreto dos resultados das decisões tomadas. (MCCLELLAND, 1971, p. 109).

Para conseguir o sucesso desejado em seu segmento o empreendedor,

não tem somente um tipo de ação que se deve efetuar, mas sim uma gama de

fatores para que consiga auferir o êxito desejado e tão esperado.

Não se pode dizer que o sucesso de um empreendimento será consequência de determinadas características comportamentais, mas certamente pode-se afirmar que um conjunto de condições presentes no indivíduo contribuirá para o seu sucesso como empreendedor. (PESSOA e GONÇALVES, 2004, p. 2).

2.6 Diferenças de definição do termo Empreendedorismo

Diversos autores apresentam definições e entendimentos a respeito do

termo Empreendedorismo diferentes, porém, por mais que isso ocorre à ênfase

é a mesma, demonstrando que ambos encontram em sinergia e que o

conhecimento pode ser vasto e com diferentes entendimentos em vários

campos, entretanto vindas das mesmas premissas.

Para o economista, um empreendedor é aquele que combina recursos, trabalho, materiais e outros ativos para tornar seu valor maior do que antes; também é aquele que introduz mudanças, inovações e uma nova ordem. Para um psicólogo tal pessoa é geralmente impulsionada por certas forças – a necessidade de obter ou conseguir algo, experimentar, realizar ou talvez escapar a autoridade dos outros. Para alguns homens de negócios, um empreendedor pode ser um aliado, uma fonte de suprimento, um cliente ou alguém que cria riqueza para outros, assim como encontrar melhores maneiras de utilizar recursos, reduzir desperdício e produzir empregos que outros ficarão satisfeitos em conseguir. (VESPER, 1975, p.2.).

33

2.7 Empreendedorismo no Brasil

No Brasil, o empreendedorismo começou a ter ascendência e fortalecer

no ano de 1990, com a abertura da economia interna para as importações, na

qual as empresas nacionais de diferentes segmentos tiveram que se adaptar à

modernização para poder competir e voltar a evoluir continuamente.

Antes desse período cenário político e econômico era desfavorável, e o

empreendedor, não conseguia obter ajuda e nem informações para iniciar o

seu próprio empreendimento.

Nessa mesma época surge o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE), que é amplamente difundido entre os

pequenos empresários brasileiros, com finalidade de informar e dar suporte

necessário para a abertura de uma empresa, bem como acompanhar através

de consultorias seu andamento, solucionando pequenos problemas do negócio.

Atualmente o Brasil vive um forte e grande movimento em relação ao

empreendedorismo. Na concepção de Schlindwein (2004), esse momento pode

ser chamado de a era do empreendedorismo, pois, esses empreendedores

estão quebrando paradigmas e eliminando barreiras comerciais e culturais.

Diante das transformações pelas quais o mundo está passando, o mercado de trabalho está exigindo qualificações diferentes para as pessoas. Mas, para que isso seja possível, é necessário que a educação no país mude. Pois, a educação superior é um componente fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico de um país, para a qualificação da mão de obra, e para a melhoria de todo o sistema educacional. Assim, o mundo está exigindo que as universidades desenvolvam aptidões e formem seus alunos com um conjunto de habilidades diferentes das enfatizadas na pedagogia dos meados do século XX. (HEIS, 2006. p. 24).

Entretanto, com o auxílio das instituições em disseminar o estudo sobre

o empreendedorismo, maior será a quantidade de pessoas aptas a auferir seu

próprio empreendimento com sucesso, resultando em uma melhoria para a

economia que está inserida e consequentemente em um todo.

Apesar das dificuldades, o Brasil apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao empreendedorismo. Desde alguns anos atrás, foram criados órgãos e iniciativas de apoio ao empreendedor, como o SEBRAE, as fundações estaduais de apoio à pesquisa, as incubadoras de novos negócios e as escolas superiores, que tem oferecido cursos e outros tipos de programas sobre o empreendedorismo (MAXIMIANO, 2006, p. 6).

34

"Mais do que aumentar a renda nacional através da criação de novos

empregos, o empreendedorismo atua como uma força positiva no crescimento

econômico ao servir como ligação entre a inovação e o mercado". (PETERS;

HISRICH, 2002, p.53).

2.8 Plano de Negócio

Na concepção de Rosa (2007), um empreendimento muitas vezes é

como se fosse uma viagem desconhecida, que não houvesse ocorrido ainda, e,

para que esta viagem seja concluída é necessário haver um planejamento.

Sua importância é fundamental para qualquer pessoa que irá iniciar um

projeto de montar seu próprio negócio, utilizando como premissas suas

características pessoais, tais como:

a) Caráter;

b) Planejamento;

c) Cultura;

d) Objetivo; e,

e) Pela sua utilidade.

Antes mesmo de elaborar um plano de negócios, é interessante verificar

o conhecimento sobre o empreendimento que se pretende montar.

O Empreendedor deve imaginar o plano de negócios como uma

ferramenta essencial para conseguir minimizar e ter detalhamento do que irá

enfrentar ou poderá deparar-se pela frente, estando apto ou precavido dessas

futuras ocorrências.

O Plano de Negócios deve ser encarado como se o empreendedor

estivesse efetuando uma longa viagem de carro com sua família, e, para

conseguir concluir com êxito deve estar munido de informações, passando

desde um mapa detalhado, pontos dificultosos ou positivos da jornada, como

também de fatores básicos.

A necessidade de efetuar esse tipo de ação irá minimizar e precaver a

jornada para implantação do seu negócio no segmento que deseja, pensando

que dessa forma irá ter mais conhecimento do que irá efetuar e estando apto

para realização do que deseja. Por isso frisa-se que perseverança e

35

determinação são características fundamentais para a busca de informações, e

o empreendedor iniciante não deve desistir no meio do caminho.

Prado (2011) ressalta que o plano de negócios deve conter no mínimo

três partes básicas, que são: conceito do negócio, ambiente e o financeiro.

a) Conceito do negócio: é necessário descrever de forma clara como

funciona a atividade, a estrutura, produto, serviços e como é

planejado levar o empreendimento a auferir o sucesso almejado;

b) Ambiente: onde se analisa os clientes potenciais, ou seja, onde eles

estão inseridos e o que eles fazem ou o que eles compram.

Ressaltando que nesta etapa também se analisa o ambiente interno

da empresa;

c) Financeiro: aqui se encontra o potencial financeiro do negócio, onde

está definida a fonte de receita, os custos e despesas, o fluxo de

caixa, a análise dos indicadores de desempenho, as aplicações e

fontes de recursos.

Assim, o plano de negócio é uma ferramenta ideal para traçar um retrato

fiel do mercado ao qual estará inserido, do produto ou serviço, e, das atitudes

do empreendedor. Procurando propiciar segurança para quem quer começar o

seu próprio negócio com maiores condições de auferir o êxito ou promover

inovações em seu segmento.

2.8.1 Elaboração do Plano de Negócio

O plano de negócio é um documento que descreve os objetivos e metas

do segmento escolhido e quais passos devem ser dados para que sejam

alcançados, minimizando as incertezas e os riscos. Essa ferramenta permite

identificar seus erros ao invés de cometê-los no mercado.

Para elaborar com eficácia o plano de negócios, necessita de

elaboração de questões que ajudem para a construção das ideias, do que

necessita, a forma de alcançar e como deve ser feito.

As questões fundamentais para a elaboração do plano de negócio

seriam:

a) Quais os objetivo e metas do negócio?

b) Do que se trata o produto ou o serviço?

36

c) Qual é o crescimento previsto para o segmento em que pretende

atuar?

d) Quais serão os principais concorrentes e fornecedores?

e) Quais motivos levarão as pessoas a adquirirem o produto ou serviço

em vez dos oferecidos pelos concorrentes?

f) Quais os pontos fortes e fracos do produto ou serviço frente aos

concorrentes?

Um plano de negócios é um resumo escrito do que você espera conseguir em seu negócio e como pretende atingir este objetivo. Ele deve conter metas e objetivos claros, com uma explicação de como você pretende administrar seus recursos, ou seja, suas instalações, equipamentos e funcionários, bem como, suas finanças, para atingir estas metas e objetivos (STONE, 2001, p. 3).

“Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele

sem planejamento, na mesma igualdade de condições”. (DORNELAS, 2005, p.

93).

2.8.2 Estrutura do Plano de Negócio

Na concepção de Dornelas (2005), a estrutura do plano de negócios

deve ter uma sequência lógica, buscando proporcionar um entendimento

completo do negócio, permitindo que qualquer leitor compreenda como a

empresa será estruturada.

Pode-se afirmar que existem três tipos de plano de negócios, claro que

para isso depende do segmento, cultura organizacional, premissas, missão,

visão, valores e outras características peculiares de cada empresa.

Os três tipos de plano de negócios são:

a) Plano de Negócios Resumido: é utilizado para apresentar algumas

informações de forma resumida a um possível investidor. Procurando

apresentar e focar em informações específicas do negócio.

b) Plano de Negócios Completo: é mais utilizado quando o proprietário

ou gestor busca apresentar uma visão completa do seu negócio.

c) Plano de Negócios Operacional: é muito importante e deve ser

utilizado internamente na empresa pelos proprietários, gestores e

37

funcionários. Ë excelente para traçar os objetivos internos em direção

metas da empresa.

“Não existe estrutura rígida e específica para se escrever plano de

negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo

impossível definir modelo padrão universal e aplicado a qualquer negócio”

(DORNELAS, 2005, p. 100).

O Plano de Negócios é formado várias seções, que se relacionam e

permitem um entendimento do negócio.

Essas seções devem ser expressas de modo que o leitor consiga auferir

o entendimento sobre a empresa, ressaltando que devem ser informações

fidedignas e de maneiras claras.

Salim (2003) apresenta de maneira simples a estrutura do plano de

negócios: sumário executivo, resumo da empresa, produtos e serviços, análise

do mercado, estratégia do negócio, organização e gerência do negócio,

planejamento financeiro.

A estrutura do plano de negócio pode ser ainda mais ampla e completa,

dependendo do que necessita para o momento, desde a iniciação de um

negócio, tal como a apresentação para conseguir, parceiros, investidores e

clientes.

A elaboração do Plano de Negócios deve ser feita a partir de

informações e peculiaridades da empresa, com padronizações e

customizações, de forma a expor os dados relevantes em informações

altamente assertivas aos leitores que venham visualiza-lo.

Na Concepção de Zamberlan (2011), o Plano de negócio pode ser

constituído conforme estrutura abaixo:

a) Capa: é uma das partes mais importantes do plano de negócio,

sendo um dos atrativos convidativos para causar uma boa impressão

no leitor.

b) Sumário: deve apresentar o título de cada seção que compõe o

Plano de Negócio e a página que se encontra.

c) Sumário Executivo: é a principal seção do seu plano de negócio.

Deve ser feito com muita atenção e apresentando uma síntese das

principais informações que compõe o plano de negócio. Explicando

quais os objetivos e metas (apresentando a empresa para parceiros,

38

clientes ou empréstimos junto a instituições financeiras), e, essa

seção depende de todas as outras para ser compilada.

d) Planejamento Estratégico do Negócio: ocorre a definição das metas e

objetivos de negócio, bem como a descrição da visão, valores e

missão da empresa.

e) Descrição da Empresa: nesta seção deve ser descrito a empresa,

desde o seu histórico, estrutura organizacional, localização, parcerias

e outros.

f) Produtos ou Serviços: apresentando quais são os produtos ou

serviços, como são constituídos ou realizados, duração.

g) Análise de Mercado: deverá demonstrar o mercado consumidor do

seu produto ou serviço, apresentando como estão segmentados, as

características dos consumidores, análise da concorrência, a

participação da empresa no mercado e a dos principais concorrentes,

os riscos e oportunidades do negócio.

h) Plano de Marketing: apresenta como os proprietários pretendem

vender seu produto ou serviço e auferir seus clientes de maneira

satisfatória, buscando o interesse dos mesmos aumentar a procura,

fazendo a elevação do seu negócio. Abordando os métodos de

comercialização, diferenciais do produto ou serviço e estratégias de

comunicação, publicidade e promoção.

i) Plano Financeiro: nesta seção deve apresentar em números todas as

ações planejadas da empresa, e o sucesso do negócio. Contendo

itens como: fluxo de caixa financeiro, balanço patrimonial,

demonstração do resultado do exercício (DRE), com o histórico

mínimo dos últimos três ou mais exercícios de atividade da empresa,

perante o ano que for constituído o plano de negócio.

j) Anexos: deve apresentar todas as informações que os proprietários

julgarem relevantes para o melhor entendimento do plano de

negócio. E uma informação que não pode ser esquecida é a de

incluir os currículos dos sócios da empresa. Podendo ainda alocar

nessa seção mais informações que sejam relevantes como: fotos de

produtos e localização, resultados das pesquisas de mercado,

material publicitário e muitos outros.

39

O principal objetivo do plano de negócio é retratar a empresa e seu

segmento de negócio, com a finalidade de conquistar investidores, parceiros,

fornecedores, clientes e funcionários.

Além de que o plano de negócio é uma ferramenta que permite ao

empreendedor verificar a situação do ramo de atividade em que se pretende

atuar, pois, é importante conhecer a história e a evolução de possíveis cenários

que podem ocorrer.

.

2.9 Intraempreendedorismo

O termo intraempreendedorismo é dito com ênfase na década de 1980

pelo consultor Gifford Pinchot III. Após duas décadas, os dicionários passaram

a apresentar o termo intrapreneur, que designa o colaborador dentro da

empresa, assume a responsabilidade de transformar uma ideia ou projeto em

algo rentável. Na concepção de Pinchot (1985), o intraempreendedor é sempre

o sonhador que apresenta a capacidade de tornar uma ideia em realidade.

É uma modalidade do empreendedorismo que é praticada pelos

funcionários da própria empresa. Para efetuar esse procedimento de

empreendedorismo independe o tamanho da empresa, sendo ela grande ou

pequena.

O intraempreendedorismo é praticado por aqueles colaboradores que

possuem uma capacidade diferenciada para se elevarem e vislumbrarem

cenários, ideias, inovações e que buscam por oportunidades. São eles a

principal força indireta de movimento e criação de uma empresa.

Essa modalidade de empreendedorismo com o foco nos colaboradores

vem se destacando cada vez mais e sendo também valorizada pelas

empresas, seja ao valor dado para seu trabalho ou até mesmo na ascensão

alcançada internamente.

2.9.1 As principais características do intraempreendedor

O intraempreendedor se destaca com a busca pelo novo, ele não se

intimida pelos riscos e possibilidade de insucesso, procura sempre gerar uma

boa ideia e compartilhar com seus superiores para reconhecimento, está

40

focado na melhoria continua e luta contra a estagnação de seu departamento

ou da sua empresa, além da facilidade em descobrir oportunidades ocultas.

O intraempreendedorismo é um sistema feito para acelerar as inovações

dentro de grandes e pequenas empresas, através do uso melhor dos seus

talentos empreendedores. É um sistema que oferece uma maneira saudável

para se reagir aos desafios empresariais do novo milênio.

Segundo Pinchot (1985), intraempreendedorismo e inovação dependem

dos colaboradores da empresa, mesmo de grande, médio ou pequeno porte, e

agem como se fossem proprietários. Esses intraempreendedores trabalham

para transformar as boas ideias em fatores de sucesso, tornando-as

realidades. O autor complementa ressaltando que uma empresa

empreendedora deve ser organizada em torno de equipes que funcionam como

empresas agrupadas, atuando em sinergia. Corroborando o autor apresenta os

mandamentos do intraempreendedor:

a) Forme sua equipe. Intraempreendedorismo não é uma atividade

solitária;

b) Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas;

c) Solicite aconselhamento antes de pedir recursos;

d) É melhor prometer pouco e realizar em excesso;

e) Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho,

independentemente de sua descrição de cargo;

f) Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão;

g) Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos

clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra

ou evitar a burocracia;

h) Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido;

i) Seja leal à suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-

las; e

j) Honre e eduque seus patrocinadores.

Esses são os principais fatores para conseguir auferir o

intraempreendedorismo na empresa, sendo uma das principais essências para

o sucesso desejado no negócio.

O intraempreendedorismo ganha força nesse cenário, uma vez que, essencialmente, a empresa valoriza o espírito empreendedor,

41

estimulando as pessoas a concretizarem suas ideias, através do patrocínio e liberdade de ação para agir. Trata-se de um método eficiente, porque libera o gênio criativo dos empregados, que são justamente as pessoas que melhor conhecem a organização. (DANTAS, 2008, p.17)

2.9.2 Análise da situação para implantação do intraempreendedorismo

Para implantação do intraempreendedorismo é necessário um estudo

aprofundado de como será feito, para isso, faz necessário à utilização de uma

análise com nomenclatura americana, conhecida como Análise SWOT

(strengths, weaknesses, opportunities, threats), termos traduzidos em pontos

fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças respectivamente, a análise da

situação geralmente inclui uma investigação dos pontos fortes e fracos,

oportunidades e ameaças que afetam o desempenho das organizações.

Na concepção de Santos (2006), as informações externas sobre

oportunidades e ameaças podem ser obtidas através de uma variedade de

fontes externas, tais como:

a) Clientes;

b) Relatórios governamentais;

c) Revistas profissionais;

d) Fornecedores;

e) Bancos; e, entre outros.

Já os proprietários obtêm as informações sobre os pontos fortes e fracos

por meio de uma variedade de relatórios, incluindo orçamentos, índices

financeiros, demonstrações de lucros e perdas, satisfação dos empregados,

funcionamento dos departamentos em sinergia, otimização do funcionamento

da empresa e outros. Frisa-se que através de conversas e reuniões com

empregados de todos os níveis hierárquicos, os proprietários desenvolvem o

conhecimento e uma compreensão dos pontos fortes e fracos internos da

empresa.

2.9.2.1 Pontos fortes e fracos

Os pontos fortes são as características internas positivas que a empresa

poderá explorar para auferir seus objetivos e metas. Já os pontos fracos são as

42

características internas que podem inibir ou restringir o desempenho da

empresa. Deve-se analisar analiticamente as expectativas de mercado no qual

a organização está inserida, para que por meio de comparabilidade, seja

identificado se seus negócios estão em situação propícia ou não. Diante disso,

Daft (1997) chama a atenção para a elaboração de um check-list (lista de

checagem) para serem utilizados na análise dos pontos fortes e fracos de uma

empresa.

2.9.2.2 Ameaças e oportunidades

Na análise do ambiente externo, consideram-se as ameaças e

oportunidades. Tratando das ameaças, estas se caracterizam pelos fatores que

podem impedir a organização de auferir seus objetivos e metas. As

oportunidades são características do ambiente externo que tem potencial para

ajudar a empresa a alcançar ou elevar as metas e objetivos. Ressalta que as

ameaças e oportunidades são fatores que dependem de onde a empresa está

inserida, portanto é necessário o estudo fidedigno do seu ambiente.

Conforme Oliveira (2002) salienta de forma enxuta as definições das

análises internas e externas:

a) Pontos fortes: são as variáveis internas que propiciam uma condição

favorável para a empresa;

b) Pontos fracos: variáveis internas que causam uma situação

desfavorável para a organização;

c) Oportunidades: variáveis externas que podem sugerir condições

favoráveis à empresa;

d) Ameaças: variáveis externas que podem causar condições

desfavoráveis à organização.

Segundo o a definição do autor, fica nítido que existe há necessidade de

análise do ambiente interno e externo da empresa, para conseguir auferir e

mensurar maneiras que cheguem a resultados satisfatórios.

Presume-se que a análise SWOT pode ser considerada um dos

primeiros passos da elaboração da estratégia organizacional e um dos

métodos de estruturação do intraempreendedorismo na empresa. A figura a

seguir demonstra como é feita a análise SWOT.

43

Figura 6: Análise SWOT

Fonte: Adaptado de Padoveze (2003, p. 97).

O processo de planejamento estratégico contempla a análise das variáveis do ambiente externo (identificação das oportunidades e ameaças) e do ambiente interno da empresa (identificação de seus pontos fortes e fracos). Assim, o conjunto de diretrizes estratégicas objetiva evitar as ameaças, aproveitar as oportunidades, utilizar os pontos fortes e superar as deficiências dos pontos fracos. (CATELLI, 2001, p. 138)

A análise SWOT apresenta de forma clara os pontos fortes, fracos,

ameaças e oportunidades da empresa, de forma com que os proprietários ou

gestores da empresa conheçam seus déficits ou superávits, para verificarem o

que deve ser feito de maneira a buscar sempre a continuidade do negócio, de

maneira a elevar a empresa e conquistar resultados melhores.

2.10 Ferramentas para um negócio Empreendedor

Atualmente em um mercado altamente competitivo que se faz

necessário à utilização de mecanismos que apresentem confiabilidade e

melhorias no ramo do negócio, o empreendedorismo tem cada vez evoluído e

apresentado desde suas premissas vindas do século XX, ferramentas capazes

de auxiliar e dar credibilidade aos empresários e gestores das empresas,

44

proporcionando melhor preparo e qualidade para auferir a tão sonhada

evolução e firmamento do negócio.

2.10.1 Brainstorm ou Brainstorming

Essa ferramenta ao ser traduzida apresenta o significado de

Tempestade de Ideias, e, como sua nomenclatura em português salienta, é

uma ferramenta utilizada para geração de ideias, que consiste em uma ou

várias discussões de opiniões e análises, propiciando para as pessoas

envolvidas explorarem e apresentarem ideias, referindo-se ao que pode ou não

ser desenvolvido em relação ao futuro negócio, referente ao ramo que se

busca adentrar.

O Brainstorm pode ser em uma ou duas etapas, a primeira é de geração

de ideias, onde serão todas coletadas, e, a segunda é em relação à avaliação,

onde as ideias coletadas serão discutidas e analisadas detalhadamente para

conseguir verificar qual a melhor. Ressaltando que para essa avaliação e

decisão final, deve levar-se em conta uma cerca de fatores, como: localidade,

premissas e cultura organizacional dos empresários, e muitos outros fatores. A

figura a seguir ilustra como é feito o Brainstorming.

Figura 7: Tempestade de Ideias

Fonte: Belém Coworking, 2011.

45

Importante frisar que na fase de geração e inicialização do Brainstorm,

as ideias não devem ser criticadas e muito menos avaliadas, pois cada ideia

pode levar a outras novas ideias, e, com isso todos os envolvidos nesse projeto

cooperaram para atingir o objetivo comum, que é auferir uma boa ideia, para

realização de um bom negócio.

Conforme Sommervile (2001) as ideias consideradas valiosas pelos

participantes serão mantidas e classificadas em ordem de prioridade.

2.10.1.1 Macrofiltro

O Macrofiltro será utilizado em sequência ao Brainstorm, nessa etapa

será feito um filtro das ideias do futuro negócio, com o intuito de verificar qual

ideia deve ser mantida e qual deve ser descartada.

Nessa etapa será utilizado um ranking de pontuação com o intuito de

avaliar qual o segmento do negócio, levando em consideração o local onde

será inserido, a demanda, sua complexidade e outros fatores para análise. A

escala de pontuação varia do numeral 0 a 5, o número maior significa

altamente interessante em efetuar o negócio, e já o número inferior o inverso,

no final de cada coluna respectiva as ideias efetuadas será somado à

pontuação total, auferindo nas ideias mais favoráveis para o negócio.

Quadro 1: Tabela de Macrofiltro

MACROFILTRO Negócio 1 Negócio 2 Negócio 3 Negócio 4

Necessidade de Mercado

Conhecimento sobre o Negócio

Investimento

Localização

Complexidade

TOTAL

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A planilha pode ser customizada de acordo com a necessidade que

deseja alcançar.

Nesse macrofiltro, os fatores para avaliar as ideias foram:

46

a) Necessidade de mercado: demonstrando sobre o negócio em

questão, para saber se é viável ou não;

b) Conhecimento sobre o negócio: aqui o conhecimento sobre o

possível segmento é primordial para o futuro do negócio, não adianta

ter um negócio extraordinário caso não sabia geri-lo;

c) Investimento: quais são as necessidades para conseguir gerir o

negócio em questão, desde instalações físicas até e não divulgação;

d) Localização: expõe onde estaria sendo instalado o negócio, levando

em consideração se o ponto seria favorável ou desfavorável;

e) Complexidade: levando em consideração a amplitude para

desenvolver o negócio, pontos fortes, fracos, oportunidades e

ameaças que irão ocorrer e outros tantos fatores que podem compor

esse item;

De maneira sintética esse seria um macrofiltro, ou qual é uma

ferramenta que auxilia para inicialização do futuro negócio, auxiliando a ter um

conhecimento do que seria viável ou não para investir.

Após, a análise do macrofiltro podem ainda restar algumas ideais de

negócio, não necessariamente uma só, pois, nessa etapa o importante é em

alcançar momentaneamente os melhores projetos.

Os melhores projetos seriam analisados na próxima etapa, que tem por

nomenclatura microfiltro.

2.10.1.2 Microfiltro

O microfiltro é uma sequência do macrofiltro, porém, pode ser utilizado

logo após o Brainstorming, sem a necessidade da utilização da primeira,

ressaltando que o macrofiltro é uma maneira de auxiliar a enxugar e qualificar

as ideias que foram resultadas para o futuro negócio.

A etapa do microfiltro é em resultar na melhor ideia do futuro negócio,

portanto, nessa nova etapa a planilha a ser utilizada deve ter mais itens para

análise, sendo que deverá também ser customizada de acordo com a

necessidade que busca auferir, ressaltando que essas análises são essenciais

para conseguir resultar na melhor ideia de negócio.

47

Quadro 2: Tabela de Microfiltro

PROJETOS

Demanda Solvente

Pessoal Qualificado

Tecnologia/ Equipamento

Matéria Prima

TOTAL Concorrentes TOTAL

Atualizado Fatores Críticos

de Sucesso (+) (+) (+) (+) (=) (-) (=)

Fonte: Adaptado Sebrae (2007, p.52)

A tabela do Microfiltro é representada por alguns itens os quais serão

analisados de forma minuciosa.

a) Projetos: nomes dos segmentos que pretende desenvolver, alocando

seus produtos ou serviços;

b) Demanda Solvente: é referente à procura por bens desse segmento

em questão;

c) Pessoal Qualificado: faz referência a mão de obra especializada para

desenvolver o futuro negócio;

d) Tecnologia / Equipamento: representa os equipamentos para

desenvolver o negócio, desde informações menos relevante ou

altamente, como também máquinas que serão necessárias para

desenvolver o trabalho, apresentando qualidade nos produtos ou

serviços gerados;

e) Matéria Prima: locais de onde irá ocorrer o fornecimento para dar

suporte à constituição do produto ou serviço;

f) Concorrentes: é um item em questão que apresenta fatores

negativos e positivos ao futuro empreendedor, pois, dependendo da

quantidade de concorrentes na localidade a sobrevivência do negócio

pode ser mínima, porém, dependendo da quantidade conforme já foi

dito acima e a qualidade do produto ou serviço em questão podem

ser pontos chaves para o sucesso do novo negócio;

g) Fatores Críticos de Sucesso: após serem feitos os cálculos será

descrito os fatores de sucesso e insucesso de forma refinada, porém

48

de forma abrangente, referentes aos futuros negócios que estão

sendo avaliados.

A classificação para medir a pontuação será desenvolvida nos mesmos

moldes do macrofiltro, sendo de 0 a 5, e cada número dessa classificação tem

um significado, que representa:

a) Pontuação Máxima 5: tem uma pontuação chamada de

“extremamente alto” demonstrando que é algo muito relevante e de

fator altamente preponderante;

b) Pontuação Alta 4: tem uma pontuação próxima a máxima, porém,

como o nome já diz é definida como “alta”, apresentando com esse

numeral um significado elevado;

c) Pontuação Média 3: essa pontuação representa uma qualificação

que está sendo dado a algo que é considerado “médio”;

d) Pontuação Baixa 2: apresenta uma qualificação que é chamada de

“regular”;

e) Pontuação Fraca 1: como o nome já diz, é uma representação

“fraca”;

f) Pontuação Nula 0: esse numeral apresenta algo que é considerado

abaixo de fraca ou também que não existe e é considerado nulo.

O Microfiltro é uma ferramenta que apresenta um suporte muito

significativo aos futuros empreendedores, sendo altamente relevante, desde

que seja feito de forma minuciosa os dados alocados apresentaram

informações altamente fidedignas.

2.10.2 Modelo de Negócio Canvas

A tradução de Business Model Canvas (BMC) resulta no significado de

Modelo de Negócios Canvas, que é uma ferramenta de planejamento

estratégico de extrema relevância, desde que utilizada da maneira correta.

O modelo Canvas foi desenvolvido por Alexander Osterwalder, que é um

expert em Modelos de Negócios, mas foi adaptada por ele e Yves Pigneur,

apresentando somente essa ferramenta e com mais detalhes no livro que

ambos constituíram juntos, que tem o nome de “Business Model Generation”

ou com a tradução em português de “Geração de Modelo de Negócios”.

49

O foco principal desse modelo de negócio é de pensar diferente sobre o

segmento em questão, mesmo o negócio já estar em funcionamento ou não.

Essa ferramenta é conhecida por ser de nível de gerência estratégica,

permitindo desenvolver modelos de negócio em as empresas recém-nascidas

quanto as já inseridas no mercado.

Referindo-se a imagem abaixo, os noves blocos estão divididos em:

parceiros chave, atividades chave, proposta de valor, relacionamento com

clientes, recursos chave, canais, segmento de clientes, estrutura de custos e

fontes de receita.

Figura 8: Os nove blocos do Modelo Canvas

Fonte: Osterwalder e Pigneur (2011, p.18-19).

Referindo-se em uma representação abstrata dos nove grupos que

compõem o modelo de negócio, apresentando um cenário interativo, onde é

perceptível visualizar as interações e sinergia entre as áreas.

O modelo Canvas de forma abrangente é um mapa que representa os

principais itens que compõe a empresa.

50

A facilidade que é proporcionada pelo modelo passa a ser compreendida

que ocorra a sua utilização no dia a dia da empresa. Na figura a seguir, será

apresentado como é representado o modelo Canvas.

A aplicação e utilização do modelo de negócio Canvas auxilia bastante o

entendimento e a concepção de novos serviços e produtos, como também,

possibilita integração e desenvolvimento de opiniões, principalmente, por parte

dos envolvidos no projeto.

O modelo de negócio Canvas para as pessoas que já o utilizam esta

ferramenta salientam que é um substituto para o plano de negócios, mas como

também, outros usuários que entendem que seja uma ferramenta que

complementa o mesmo. Portanto, ressalta-se que a utilização do modelo de

negócio Canvas é relacionada a o que a empresa quer auferir, e, salienta-se

que a união do Plano de Negócio e do Canvas torna mais forte e eficiente para

alcançar os objetivos da empresa.

Figura 9: Modelo de Negócio Canvas

Fonte: Adaptado de Osterwalder e Pigneur (2011, p.44).

As áreas descritas acima apresentam cada uma um significado

diferente, porém, elas são sinérgicas e são essenciais para alcançar o

resultado em cada área. Conforme Osterwalder e Pigneur (2011), os

significados dos noves blocos são:

51

1) Segmentos de clientes: são as pessoas que a empresa pretende

atingir como clientes. Auferindo os potenciais clientes e servi-los.

2) Proposta de valor: essa área refere-se às propostas que atendam as

necessidades dos clientes, sendo os produtos ou serviços. O objetivo

é construir e consolidar um determinado valor para o cliente e ter

diferenciais da concorrência.

3) Canais: são os meios pelos quais a empresa transmite as

informações e valores para seus clientes. Sendo a interface entre o

cliente e a empresa, auxiliando a conhecer e avaliar o produto em

questão, conseguindo assim receber assistência.

4) Relacionamento com clientes: é a forma como a empresa interage

com o segmento de clientes. Com o propósito de fortalecer o

envolvimento do cliente com negócio da empresa.

5) Fontes de receita: são as possibilidades de geração de renda que a

empresa pode alcançar com cada segmento de clientes.

6) Recursos chave: são os recursos principais necessários para que a

empresa faça o seu modelo de negócio funcionar de maneira

fidedigna, ou de maneira simplificada, pode-se dizer que são os

ativos ligados ao funcionamento do modelo, tais como: (equipes,

máquinas, tecnologia, equipamento e outros).

7) Atividades chave: basicamente, são as atividades essenciais para

que o modelo de negócio funcione corretamente.

8) Estrutura de custos: são os custos necessários para manter e

construir todo o modelo proposto de negócio, sendo os custos

embutidos na operação.

9) Parceiros chave: é o elemento que tem base nos fornecedores e

parceiros essenciais que auxiliam a garantir o funcionamento do

modelo de negócio. Basicamente são aqueles que contribuem com

os recursos chave, quanto com as atividades chave.

O processo de construção do Canvas recomenda-se que seja impresso,

e, as ideias construídas por meio de post-its (um pequeno papel com um

adesivo de fácil remoção em seu verso, de forma que seja facilmente pregado,

retirado e recolocado por algumas vezes, para apresentar de forma resumida

determinado assuntos). A utilização do post-it é para deixar o processo mais

52

flexível e dinâmico, buscando resultar em propostas e ideias de forma rápida e

prática.

Conforme Fritscher e Pigneur (2010), nenhum dos elementos que

compõem o Canvas é considerado novo pelos empresários, porém a

representação do modelo de maneira holística em apenas uma folha de papel é

algo surpreendentemente para a maioria dos empreendedores.

O Canvas é uma ferramenta empresarial fantástica, podendo ser

utilizadas por organizações de todos os portes e segmentos, porém atualmente

vem sendo utilizada com mais no desenvolvimento de startups (empresas

novas, em fase de constituição, que contam com projetos promissores, ligados

à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras, entre outros

quesitos mais), contribuindo e auxiliando para que novos empreendedores

definam seu modelo de negócios de uma forma mais simples.

Ressalta-se que para auferir os objetivos desejados se faz necessário a

revisão de cada bloco ao longo do tempo para saber se cada um está sendo

bem desenvolvido ou se é necessário efetuar alterações para auferir um melhor

resultado.

2.10.3 Modelo de Kano

Foi desenvolvido nos anos 80 pelo professor Noriaki Kano, com o

objetivo de criar um modelo que proporcionasse auxiliar na priorização dos

requisitos necessários de um produto ou serviço de uma empresa, buscando

atender melhor às necessidades dos usuários do modelo.

Para Figueiredo (2005), o autor Noriaki Kano, criou o Modelo Kano de

Satisfação do Cliente, com o intuito de conhecer quais peculiaridades podem

determinar a satisfação dos clientes.

Na concepção de Tontini (2003), o modelo de Kano de satisfação do

cliente não identifica satisfação dos clientes, e, sim os atributos que influenciam

a satisfação dos clientes.

O modelo de Kano foi construído com o intuito de relacionar ao

desenvolvimento dos produtos ou serviços da empresa, apresentando e dando

ênfase na satisfação e expectativas dos clientes. Para conseguir alcançar o

que o modelo propôs, Noriaki Kano apresentou algumas prioridades que

53

podem ser expressas como qualidades, atributos ou requisitos sendo

classificadas em cinco categorias, que são: obrigatório, atrativo,

unidimensional, neutro ou indiferente e reverso.

Conforme Borsoi (2005), Lofgren e Witell (2005), Drumond (1995) e

Kano (1991), cada uma das qualidades citadas acima apresenta o seguinte

entendimento:

a) Atrativo: é um requisito que pode ser considerado um dos fatores

diferenciais da empresa em busca de alcançar a satisfação do

cliente, porém, caso não seja desenvolvido não trará insatisfação por

parte do cliente. Pode se dizer que é um requisito que o cliente não

espera receber, pois, seria uma lembrança ou um brinde que está

sendo entregue por parte da empresa.

b) Obrigatório: é um atributo esperado por parte do cliente, que um

serviço ou produto deverá ter, sendo considerados “mínimos” por

parte dos clientes, caso esteja ausente causará insatisfação por parte

dos clientes. Um exemplo seria a limpeza do estabelecimento de

onde são vendidos os produtos ou ocorre à prestação do serviço.

c) Unidimensional: esta qualidade pode gerar uma satisfação por parte

do cliente, como também vice e versa. Gerando insatisfação quando

não encontrados e satisfação quando encontrados. A gama de

exemplos desse atributo é grande, e uma que pode ser citada é a

procura por parte de um livro, jornal ou revista, que quando o cliente

busca e encontra gera satisfação e quando não causa insatisfação.

d) Reverso: este requisito presente gera uma alta insatisfação, porém

sua ausência apresenta o inverso, causando satisfação por parte dos

clientes. Um exemplo que pode ser utilizado é o caso do teto solar

para automóveis, que por parte de algumas pessoas não é bem

vindo, então, tornando-se para essas pessoas um requisito reverso.

e) Neutro ou Indiferente: são os atributos que ausentes ou presentes

não influenciam na insatisfação ou satisfação dos clientes, podendo

ser definido como requisitos que o cliente não utiliza ou utiliza

raramente.

Esses são os requisitos, qualidades ou atributos podem ser

apresentados da seguinte maneira:

54

Figura 10: Modelo de Kano de Satisfação do Cliente

Fonte: Tontini (2003, p. 1).

Na concepção de Kano (1991), o modelo nasceu de pesquisas que

buscavam verificar a relação entre dois pontos de vista específicos. Com a

utilização do modelo de Kano de satisfação do cliente, é possível conseguir um

delineamento e estabelecimento de relações que vão demonstrar o nível de

satisfação dos clientes com relação a um determinado serviço ou produto.

Os requisitos, atributos ou qualidades são classificados mediante

perguntas de forma funcional e não funcional, para que o usuário do modelo de

Kano passe a visão sobre cada função a ser desenvolvida.

Quadro 3: Questionário do Modelo de Kano

Questão Funcional (Positiva)

O Atributo em questão fosse bom, no que resultaria?

1 – Satisfeito

2 - Deve ser assim

Caso houvesse a existência do Atributo em questão, no que resultaria?

3 – Indiferente

4 - Pode ser convivido com isso

5 – Insatisfeito

Questão Não Funcional (Negativa)

O Atributo em questão fosse ruim, no que resultaria?

1 – Satisfeito

2 - Deve ser assim

Caso Não houvesse a existência do Atributo em questão, no que resultaria?

3 – Indiferente

4 - Pode ser convivido com isso

5 – Insatisfeito

Fonte: Adaptado de Tontini (2003).

55

Através da combinação das respostas referente às questões funcionais

e não funcionais, é possível classificar os atributos ou requisitos mensurados

em seis categorias, acrescentando uma categoria ao modelo tradicional que

apresentava cinco atributos, e esse novo requisito tem a nomenclatura de

Questionável, o qual demonstra uma contradição nas repostas por parte dos

clientes nas partes funcional e não funcional do questionário.

Assim resultando ao gráfico de expectativas alcançadas e conseguindo

saber quais atributos serão atrativos, ou deixados para um segundo momento

pela empresa.

Quadro 4: Tabela de Avaliação dos Requisitos

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A classificação dos requisitos deve ser constituída em uma tabela de

frequências relativas à qual correlaciona os requisitos com as categorias

possíveis no modelo. A classificação final será constituída a partir da maioria

das classificações em uma determina classe, entretanto, nem sempre a

classificação será óbvia, pois pode existir dispersão das respostas igualmente

em mais de uma classe.

Conforme Matzler et al. (1996) salienta, a utilização de uma hierarquia

de classificação, com o intuito de evitar situações que tragam insatisfações

para o cliente.

Quando não existir a possibilidade de identificar um requisito com a

categoria precisa, a regra hierárquica de importância das categorias deverá ser

aplicada para desenvolver o processo em relação ao serviço ou produto em

Resposta do Cliente,

referente ao questionário

do Modelo de Kano

NÃO FUNCIONAL

1 - Satisfeito

2 - Deve ser assim

3 – Indiferente

4 - Pode ser

convivido com isso

5 - Insatisfeito

FU

NC

ION

AL

1 – Satisfeito Q A A A U

2 - Deve ser assim R Q N N O

3 – Indiferente R N N N O

4 - Pode ser convivido com isso

R N N Q O

5 – Insatisfeito R R R R Q

O = OBRIGATÓRIO; A = ATRATIVO; U = UNIDIMENSIONAL; N = NEUTRO; R = REVERSO; Q = QUESTIONÁVEL

56

questão. A regra consiste numa sequência lógica, em que o índice obrigatório

vem antes, depois o unidimensional, depois o atrativo e por fim o neutro, (O >

U > A > N).

É possível correlacionar ao Modelo de Kano, o Coeficiente de Satisfação

do Cliente (CSC), que foi desenvolvido por Berg, et al. (1993), o qual apresenta

a porcentagem de clientes que se encontram satisfeitos ou insatisfeitos com a

presença ou ausência de um requisito.

O Coeficiente de Satisfação do Cliente é formado por dois índices, o

Coeficiente de Satisfação (CS) e o Coeficiente de Insatisfação (CI), os quais

determinam se a satisfação do cliente poderá ser aumentada ao se melhorar

um requisito do produto ou serviço, ou, somente evitar-se-á insatisfação do

cliente.

A equação que forma o coeficiente de satisfação é formada através da

soma dos valores dos requisitos atrativos e unidimensionais, divido pelo

resultado da soma dos valores dos requisitos atrativos, unidimensionais,

obrigatórios e neutros. O resultado próximo ao 1 (um) expressa satisfação,

porém o resultado do coeficiente próximo a 0 (zero) demonstra que certo

requisito tem pouca influência na satisfação do cliente.

Figura 11: Coeficiente de Satisfação (CS)

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A equação do coeficiente de insatisfação é desenvolvida pela soma dos

valores dos atributos unidimensionais e obrigatórios, dividindo o resultado pela

soma dos valores dos atributos atrativos, unidimensionais, obrigatórios e

neutros, após a divisão o resultado parcial dessa operação será multiplicado

por -1 (menos um), caso o resultado final seja próximo a -1 (menos um)

significará insatisfação elevada, porém, caso expresse resultados próximo a 0

(zero) indicaram insatisfação baixa.

57

Figura 12: Coeficiente de Insatisfação (CI)

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

O coeficiente de satisfação do cliente é bastante útil na identificação de

prioridades no desenvolvimento, como um melhor entendimento dos requisitos

analisados no empreendimento, verificando prós e contras dos serviços ou

produtos que são oferecidos ao público.

2.10.4 PDCA

O Ciclo PDCA é uma ferramenta de alta qualidade que tem o propósito

de auxiliar no diagnóstico, prognóstico e análise de problemas organizacionais,

com o propósito de solucioná-los.

Esta ferramenta é uma das primeiras da gestão da qualidade e foi criada

na década de 20 por Walter A. Shewart, porém foi graças William Edward

Deming, (conhecido como “guru do gerenciamento da qualidade”), que

disseminou sua utilização no mundo todo, por isso na década de 50, o ciclo

PDCA começou a ser chamado por Ciclo de Deming, fazendo referência a

Willian Edward Deming.

A sigla PDCA, é uma sigla de palavras em inglês que designam cada

etapa do ciclo (Plan, Do, Check, Action), termos traduzidos em planejar, fazer

ou executar, verificar ou checar e ação.

A ferramenta PDCA pode ter sua etapa definida da seguinte maneira:

a) Plan (planejar): o primeiro alicerce desta ferramenta é

estabelecimento de um planejamento que deverá ser estabelecido

com base nas diretrizes ou premissas da empresa. A elaboração

correta deste plano será essencial para evitar falhas e perdas de

tempo nas próximas etapas do ciclo;

58

b) Do (fazer ou executar): o segundo alicerce é a execução ou o fazer

do plano que consiste no treinamento dos envolvidos, para terem a

capacitação adequada, efetuando também a coleta de dados para

dar sequência nas próximas etapas;

c) Check (verificar ou checar): o terceiro alicerce desta etapa é a

verificação dos resultados alcançados e dados coletados. Podendo

ocorrer concomitantemente com a realização do plano quando

verifica se o trabalho está sendo desenvolvido da maneira correta, ou

após a execução quando serão feitas as análises dos dados e

verificação dos itens de controle;

d) Action (Ação): o último alicerce do PDCA é a realização das ações

corretivas, ou seja, a correção das falhas encontradas. Após a

realização deverá repetir ou aplicar o ciclo PDCA para corrigir as

falhas, de maneira que consiga melhorar cada vez mais o método de

trabalho.

Pode-se afirmar que o PDCA é uma ferramenta que necessita que

ocorram os procedimentos exatos para alcançar um resultado assertivo, visto

que seu processo é sinérgico e necessita desse processo completo.

Figura 13: Ciclo do PDCA

Fonte: Adaptado de Davis, Aquiliano e Shae (2001, p. 157)

59

Conforme Paranhos (2007, p. 114), “trouxe para prática um método

simples e racional aplicável a qualquer atividade da indústria e mesmo fora

dela, pois o ciclo ajuda o gestor a procurar sempre a melhoria contínua”.

Esta ferramenta pode ser aplicada em todas as áreas funcionais da

empresa, nas quais poderão ser identificadas as funções de planejamento,

organização, controle e direção.

2.10.5 5W2H

Esta é uma ferramenta essencial para auferir uma organização

adequada das informações em um plano de ação ou planejamento.

O tratado escrito por Marcus Fabius Quintilianus na década de 30

observava que para alcançar a compreensão do público sobre qualquer tema

era necessário à utilização de perguntas chaves, as quais formavam um

hexágono de questões, as quais são:

a) What? (o quê?);

b) Who (quem?);

c) When (quando?);

d) Where (onde?);

e) Why (por quê?);

f) How (como?); e,

g) How Much (Quanto Custa?).

Acrescentando esse último, passando a não falar mais hexágono de

questões, e sim a chamar de 5W2H.

Conforme Paris (2002) é uma excelente ferramenta para resolução de

problemas, e proporciona informações sólidas para tomada de decisões.

Segundo Pacheco (2009), a ferramenta 5W2H auxilia nas decisões a

serem tomadas.

A ferramenta 5W2H é frequentemente apresentada como um modelo

eficiente para análise, desenvolvimento e ação que deverá ser tomada na

empresa.

É uma das ferramentas mais fáceis de ser implementada em uma

empresa, e, apresenta resultados altamente benéficos, auxiliando e muito os

60

gestores para conseguirem tomar decisões e resultar em processos

fidedignos.

No próximo capítulo será averiguado minuciosamente e estruturado com

ferramentas empreendedoras a fim de constatar o tema proposto por esse

trabalho, com o intuito de demonstrar de maneira clara e chegando à conclusão

do estudo em questão.

61

CAPÍTULO III

PESQUISA DE CAMPO

3 INTRODUÇÃO

Este capítulo apresenta as ferramentas do empreendedorismo que

foram utilizadas pela empresa GOU Clínicas de Odontologia, desde sua

implantação na cidade de Lins como também as ferramentas empreendedoras

que podem ser sugeridas para melhoria e elevação da empresa.

A empresa está instalada na cidade de Lins, situada na Rua

Comandante Salgado, nº 115, Vila Alta, estado de São Paulo, e vem

apresentando resultados expressivos no seu ramo.

A pesquisa na empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins, surgiu

com a oportunidade de comprovar os conceitos e efetuar a aplicação das

técnicas de empreendedorismo para obter diferenciais e permanência dos

padrões no ramo Odontológico.

Em virtude do crescimento e solidificação da empresa, torna-se

necessária a utilização de ferramentas eficazes e eficientes que proporcionem

informações fidedignas para a tomada de decisão e acompanhamento dos

processos que a empresa está inserida ou que serão desenvolvidos.

Nesse contexto surge com ênfase à ideia de constatar as ferramentas

empreendedoras utilizadas para a construção do negócio, como também a

sugestão da utilização de outras ferramentas que proporcionem melhorias

significativas tanto nos processos externos quanto nos internos da empresa,

auferindo elevações positivas como um todo e apresentando uma visão exata

do que pode ser feito.

Para demonstrar o empreendedorismo e suas ferramentas como

mecanismos de controle para auferir o devido acompanhamento do negócio,

procurando proporcionar maiores facilidades para constatar dados e

transformá-los em informações fidedignas nas tomadas de decisão, será

realizada uma pesquisa de campo na empresa GOU Clínicas de Odontologia

de Lins, Ltda., no período de setembro de 2014 a junho de 2015.

Para a realização da pesquisa de acordo com os padrões científicos,

62

utilizaram-se os seguintes métodos:

3.1 Metodologia Aplicada à Pesquisa

3.1.1 Métodos

3.1.1.1 Método de Estudo de Caso

Foi realizado um estudo de caso na empresa GOU Clínicas de

Odontologia, analisando a importância das técnicas de empreendedorismo

para poder auferir diferenciais e o melhor desempenho na prestação de

serviços odontológicos.

3.1.1.2 Método de Observação Sistemática

Foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos

aplicados às técnicas de empreendedorismo como suporte para

desenvolvimento do estudo de caso.

3.1.1.3 Método histórico

Foi observada a evolução histórica da empresa GOU Clínicas de

Odontologia da cidade de Lins – SP.

As técnicas utilizadas no trabalho foram o:

a) Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A);

b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);

c) Roteiro do Histórico da GOU Clínicas de Odontologia (Apêndice C).

3.2 A constituição do empreendimento

Os irmãos Juliano Poli e Cristiano Poli, em uma conversa informal

falaram sobre uma vontade e objetivo em comum que era a concretização de

uma ideia de muitas pessoas que buscam a realização e constituição do

próprio negócio, mas para conseguir dar sequência na realização dessa ideia e

63

dar sequência nos próximos passos para a realização profissional de ambos,

era necessário o amadurecimento e análise analítica das possíveis ideias.

Chegando a conclusão que para dar andamento era de extrema importância

que fosse estruturado um elenco de informações e questionamentos do

possível segmento a investir.

3.2.1 Ferramentas Empreendedoras Utilizadas

Os conhecimentos dos irmãos Juliano Poli e Cristiano Poli sobre

algumas ferramentas empreendedoras foram primordiais para a concretização

do negócio próprio, sendo de extrema importância para a solidificação do ramo

que escolheram serão apresentadas posteriormente neste capítulo, desde a

pré-inicialização da ideia do futuro negócio em questão até o último dia que foi

realizado a pesquisa na empresa, demonstrando a constatação do que foi

utilizado e descrevendo como foram alcançados seus resultados.

3.2.1.1 Brainstorm ou Brainstorming

Os irmãos inicialmente conforme descrito anteriormente, tiveram a ideia

de efetuar um negócio. Com isso, os empresários estavam fazendo a utilização

de uma ferramenta de extrema importância que é o Brainstorming, sendo

essencial para conseguirem galgar e prospectar o que deveriam fazer para

alcançar o tão sonhado empreendimento próprio.

Inicialmente os irmãos, analisaram quais negócios e segmentos seriam

interessantes investir, e, as ideias foram muitas, porém, chegaram à conclusão

em montar três tipos de negócios:

a) Restaurante com comidas caseiras;

b) Franquia de lanches da Rede Subway; ou,

c) A Franquia de tratamentos odontológicos da franchising GOU

Clínicas.

Agora restava aos irmãos analisar qual seria o melhor segmento em que

estarão investindo e o que deveria ser feito para implantação deste negócio em

questão.

64

3.2.1.2 Macrofiltro

Os empresários persistindo na ideia de conseguirem a concretização do

negócio próprio utilizaram uma das ferramentas essenciais para o futuro

empreendimento que é o Brainstorming, em sequência para analisarem quais

dos três segmentos seriam interessantes para efetuar o investimento,

utilizaram o Macrofiltro para verificar qual ideia deverá ser mantida e quais

devem ser descartadas.

O Macrofiltro foi customizado conforme alguns itens que foram

exemplificados no capítulo anterior, sendo quesitos que foram pertinentes para

o conhecimento dos empresários:

a) Necessidade de mercado;

b) Conhecimento sobre o negócio:

c) Investimento;

d) Localização; e,

e) Complexidade.

No quadro a seguir será demonstrada a análise sobre os três segmentos

em questão:

Quadro 5: Tabela de Macrofiltro

MACROFILTRO GOU Clínicas Subway Restaurante

Necessidade de Mercado 3 2 3

Conhecimento sobre o Negócio 4 2 2

Investimento 3 2 4

Localização 5 5 5

Complexidade 4 4 4

TOTAL 19 15 18 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A escala de pontuação é composta do número 0 a 5, o número menor

significa que é muito irrelevante e não satisfatório no quesito que está sendo

avaliado, já o maior significa o inverso no quesito que está sendo analisado.

Ao final do processo foi somada a pontuação de cada segmento em

questão, a fim de conseguir saber o total de cada negócio e em seguida a partir

destas informações será analisado para saber qual o é o investimento que

deve ser feito.

65

Os irmãos por meio dessa análise constataram que a melhor opção era

o investimento na franchising da GOU Clínicas de Odontologia, porém, para

não errarem no que investir, acreditavam ser preciso efetuar outra análise com

o fim de apresentar mais resultados, com o intuito de conseguirem ter uma

informação fidedigna do que investir.

3.2.1.3 Microfiltro

Os futuros empresários buscavam ferramentas que proporcionassem

ainda mais resultados fidedignos sobre qual seria o melhor negócio para

investir, e para isso procuraram utilizar para dar sequência nos andamentos

das ferramentas que foram descritas acima, uma ferramenta não menos

importante que é o Microfiltro, sendo uma ferramenta que complementa o

Macrofiltro e está em sinergia com Brainstorming.

O microfiltro tem o intuito em resultar na melhor ideia do futuro negócio,

sendo que para resultar nessa análise, faz necessária a customização de forma

a englobar mais itens que apresentem outros resultados que possam ser

altamente relevante aos empresários, tendo assim uma ideia sólida do que

investir.

A tabela do Microfiltro é representada por alguns itens os quais foram

exemplificados no capítulo anterior, sendo quesitos altamente pertinentes para

uma análise minuciosa. Os itens que as compõe são:

a) Projetos;

b) Demanda Solvente;

c) Pessoal Qualificado;

d) Tecnologia / Equipamento;

e) Matéria Prima;

f) Concorrentes; e os,

g) Fatores Críticos de Sucesso.

A classificação para medir a pontuação foi desenvolvida conforme foi

realizada na Tabela de Macrofiltro, sendo de 0 a 5, e cada número dessa

classificação tem um significado, o número maior significa altamente

interessante em efetuar o negócio, e já o número inferior o inverso.

66

A Tabela do Microfiltro é uma ferramenta muito importante para os

futuros empresários, sendo uma ferramenta que vem a reiterar dados já

analisados até aqui, e, apresentar com maiores significados, sendo

fundamental para os empresários terem uma informação que seja altamente

relevante para decidirem qual o negócio será desenvolvido. Uma análise mal

feita poderá acarretar danos irreversíveis, sendo o principal em um

investimento errado, por isso salienta a análise altamente minuciosa dos dados

para que no final gerem informações elevadas e fidedignas.

Quadro 6: Tabela de Microfiltro

PROJETOS

Demanda Solvente

Pessoal Qualificado

Tecnologia/ Equipamento

Matéria Prima

TOTAL Concorrentes TOTAL

Atualizado Fatores Críticos

de Sucesso

(+) (+) (+) (+) (=) (-) (=)

Gou Clínicas

5 4 5 4 18 5 13

Subway 3 3 4 5 16 5 11

Restaurante 3 3 3 5 14 5 9

Fonte: Adaptado Sebrae (2007, p.52).

Os resultados obtidos demonstram com mais clareza qual o melhor

investimento a ser desenvolvido dos três em questão, que foram analisados

pelos empresários.

Os Fatores Críticos de Sucesso foram descritos analiticamente pelo

investimento que obteve uma menor pontuação e assim sucessivamente.

O Restaurante foi o investimento que apresentou uma pontuação mais

baixa da análise, sendo um negócio que seria interessante para os irmãos

investirem, porém, por serem leigos em vários aspectos buscaram mais alguns

investidores em conjunto, para tentarem conseguirem montar uma ideia sólida

e o que poderia ser feito para resultar em um ótimo empreendimento. Os

irmãos perceberam que era um investimento não tão alto e que poderia trazer o

retorno financeiro mais rápido, porém, os irmãos concordaram que não tinham

experiência suficiente para desenvolver um segmento nesse ramo. Precisavam

de alguém para se basear, mas não tinham ao seu redor alguém que pudesse

67

auxiliar, e, começaram a verificar que seria um investimento que não deveria

ser feito, por isso quando efetuando a análise do Microfiltro como confirmação

levaram em consideração esse e outros aspectos, fazendo com que essa ideia

fosse retirada da listagem.

O segundo lugar na tabela do Microfiltro fica por conta da Franquia do

Subway, o fato de não ter experiência avantajado nesse campo era um fator

que não era tão desfavorável, visto que a maioria dos detalhes são

padronizados e o que facilita para efetuar o empreendimento em questão. Os

irmãos chegaram a fazer uma entrevista para adquirirem uma unidade e as

cidades possíveis que tinham opção era Lins, interior de São Paulo ou e Três

Lagoas, que fica localizada no estado do Mato Grosso do Sul.

O que encantava os empresários em investir nesta franquia era a

facilidade para treinamento dos funcionários, o “marketing” da franquia que era

muito atrativo e também a facilidade em administrar o negócio. Porém, dentre

as opções que estavam analisando era o negócio com maior investimento, e

não havia uma previsão de retorno, pois, era difícil mensurar a quantidade de

clientes que iriam ter e o valor gasto por cliente. Por essas razões e com o

auxílio das ferramentas empreendedoras feitas até o momento, chegou à

conclusão que não seria interessante investir neste negócio.

O primeiro lugar é pertencente à franquia da cidade de Araçatuba, GOU

Clínicas de Odontologia. Os irmãos verificaram que o investimento inicial, era

bem menor considerado ao Subway, e, isso já era um ponto atrativo e positivo.

A previsão de retorno era viável em um tempo oportuno, desde que fossem

atingidas algumas metas de inserção de pacientes por mês dentro da unidade,

e o melhor que não eram metas absurdas para serem auferidas. Outro ponto

positivo e de extremo significado foi que os empresários tinham em quem se

apoiar e basear para começarem a desenvolver o empreendimento, referente à

indicação de um amigo que apresentava resultados muitos expressivos e tendo

muito sucesso com a franquia na cidade de Presidente Prudente, localizada no

estado de São Paulo.

Em resumo os empresários conseguiram uma indicação sólida e que

contou muito para dar coragem de investir nesse empreendimento, sendo uma

franquia nova que estava se estruturando e elevando-se muito bem,

68

apresentando uma previsão de retorno convincente, com ações de marketing

quando bem realizadas auferiam retorno mais rápido, apesar do investimento

alto, pois, os equipamentos seriam os de melhor nível e novos, mas para

alcançarem a excelência no atendimento, precisavam empregar uma

quantidade significativa de funcionários, para montar uma equipe forte, e esse

era um fator desafiador visto que necessitam procurarem e escolherem

pessoas de extrema capacidade para desenvolverem e vestirem a camisa da

empresa com o intuito de enfrentarem os desafios juntamente com os

proprietários, porém, o fator que auxiliava para isso era que a cidade de Lins

tinha um algo a mais para auxiliar, que era o curso de Odontologia

desenvolvido pela faculdade UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)

que está localizada na cidade de Lins, a qual apresenta profissionais muito

capazes para desenvolverem as atividades de estagiários (Alunos) e Cirurgiões

Dentistas (Formados).

Os empresários decidiram por investirem na cidade de Lins, interior de

São Paulo, sendo a cidade mais próxima da cidade natal de ambos e próximo a

Franchising que é localizada em Araçatuba, salientando que após as análises

feitas realizaram a escolha mais adequada, porém, que para conseguirem a

elevação e a continuidade desejada para terem uma vida sólida com esse

negócio não seria fácil, porém, seria muito válida e recompensadora, pois, o

fator que mais os motivava era acreditar um no outro para desenvolverem esse

negócio, e, que por mais que não tinham experiência no ramo de odontológico,

tinham um fato inicial muito importante para apresentarem seu negócio e ser

um dos principais fatores para solidificação do negócio que é a ortodontia.

A análise do Microfiltro é muito importante, pois, com os resultados

expressos nela é possível descrever de maneira clara quais os pontos

assertivos e não assertivos dos negócios em questão, fazendo com que as

pessoas envolvidas busquem ter conhecimento do que desenvolver e como

efetuar tal procedimento, a fim de conseguirem ter informações únicas que

resultaram em uma compilação de dados que serão expressos em informações

que serão extremamente importantes para a constituição do empreendimento

em questão.

A mensuração eficaz será muito relevante para o sucesso do negócio.

69

3.2.1.4 5W2H

Os irmãos após efetuarem a utilização dessas três ferramentas,

começaram a se perguntar sobre alguns quesitos e buscaram mais

conhecimento que fosse relevante para implantação do negócio.

Surgi à ferramenta 5W2H sendo essencial para o desenvolvimento do

negócio, sendo uma das maneiras mais simples e completas de conseguir ter

passos estruturados e constituir uma rota do que deve ser feito e como efetuá-

los, sendo muito completa e que propícia para conseguir auferir ótimos

resultados.

Os irmãos e empresários da franquia GOU Clínica de Odontologia de

Lins, fizeram uso de uma ferramenta para solidificar ainda mais o negócio e

sua constituição, com perguntas pontuais e simples conseguiriam mensurar

dados e transformá-los em informações altamente relevantes.

Os questionamentos feitos pela ferramenta 5W2H foram respondidos

desta forma:

a) What? (O Quê?): uma empresa do ramo Odontológico, sendo uma

franchising, que tem o foco na saúde bocal das pessoas, com o

intuito de atingir a qualidade nos tratamentos dentários, desde a

correção ortodôntica alinhada à instalação do aparelho que também

deve apresentar à estética, como também uma limpeza de dentes a

um processo mais complexo, sempre com o intuito de ser referência

no segmento;

b) Who (Quem?): o empreendimento em questão será constituído por

dois sócios, os quais são irmãos e que apresentam um sonho em

comum, que é de ter o negócio próprio, e contando com a ajuda

primordial dos pais e da coordenadora da GOU Clínicas de

Odontologia de Lins, que é a esposa do senhor Juliano Poli, a

senhora Camila Costa Vichetti;

c) When (Quando?): a vontade de investir já ocorria nas veias dos

irmãos, e foi ainda mais aguçada quando o pai dos futuros

empresários cultivou e incentivou os filhos para efetuarem o

empreendimento. O momento da aquisição da franquia foi em Agosto

de 2012 e após isso os empresários foram procurar evoluir até

70

sentirem-se preparados, profissionalmente, psicologicamente, quanto

financeiramente, tendo o lugar o qual iriam efetuar as instalações, os

recursos e outras peculiaridades do negócio;

d) Where (Onde?): em um primeiro momento, a intenção dos irmãos era

de efetuarem o negócio o mais próximo possível à família. Foi nesse

exato momento que se visualizaram a frente à cidade de Lins, que se

encaixava nas características que os empresários buscavam de ser

próxima a cidade natal, que é Birigui, interior de São Paulo, como

também outras expectativas que vinham desde a necessidade de

uma empresa que oferecesse os recursos os quais estavam

oferecendo, como também de conseguirem auferir as metas e

objetivos pessoais do negócio;

e) Why (Por quê?): conforme descrito no item acima, primeiro era um

sonho, em um segundo momento uma oportunidade, o terceiro a

forma de manter o contato mais próximo com a família, e, o principal

a chance de implantar um empreendimento que poderia ser

altamente rentável e estável a nós;

f) How (Como?): após diversas análises e com uma informação que foi

muito primordial que seria um bom investimento, foi à indicação e o

sucesso que o amigo em comum dos irmãos Poli estava

apresentando com a franquia na cidade de Presidente Prudente,

sendo essencial para constituírem o empreendimento. Passando por

inúmeras dificuldades até conseguirem inaugurarem a empresa, os

irmãos buscam encontrar um local estratégico o qual fosse grande o

suficiente, em sequência adequarem o imóvel de acordo com as

necessidades, garimparem os futuros colaboradores, de todos os

seguimentos que estarão compondo a empresa, formando e

estruturando uma equipe muito forte e com qualidade desde as

recepcionistas, auxiliares, estagiárias, o setor comercial, dentistas e

de todo os diferencias impostos pela franqueadora para conseguirem

auferir com extrema eficiência um ótimo trabalho;

g) How Much (Quanto Custa?): Inicialmente, os futuros

empreendedores tentaram minimizar todos os gastos que fossem

desnecessários, focando no que necessitavam e com qualidade, para

71

isso precisaram ser perfeccionistas. O prédio apesar de difícil de

adaptar, não causou muitos gastos, mas, já para adquirir os

equipamentos e materiais para o trabalho gerou um dispêndio

financeiro significativo, pois, são equipamentos caros e que

necessitam ser de alta qualidade. Outro gasto grande foi à aquisição

dos equipamentos de informática e móveis. Necessitando em torno

de R$ 250.000,00 para estar completamente em funcionamento,

sendo um valor alto, mas que foi alcançado com muito esforço

sabendo que valeria sacrifícios e traria resultados altamente

positivos.

A ferramenta 5W2H foi muito importante para constatação para traçar

pontos de desenvolvimento, como também ações do que deveriam ser

tomadas.

É uma ferramenta que propicia o planejamento de como traçar pontos

fundamentais a serem realizados no futuro empreendimento, como também ser

realizada a qualquer momento na empresa com o intuito de elencar o que foi

realizado e suas peculiaridades, sendo assim uma ferramenta que pode ser de

acompanhamento empresarial, auxiliando e muito os gestores para

conseguirem tomar decisões fidedignas.

3.2.1.5 Prospecção de Clientes

Os proprietários da empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins,

desde o princípio foram audaciosos e buscavam conseguir maneiras de efetuar

prospecções de clientes, sendo maneiras diferenciadas e que conseguissem

atrair a clientela, apresentando as qualidades da empresa e o que pode ser

desenvolvido pela clínica, apresentando comodidade, segurança, alta

qualidade, um preço diferenciado e que o cliente tivesse a maior satisfação

possível em fazer o seu tratamento odontológico na empresa.

Para conseguir alcançar os clientes, os empresários começaram a

utilizar de alguns métodos que são:

a) Capacitação e divulgação no calçadão, que está localizado no centro

da cidade de Lins.

72

b) Patrocínio em eventos que a divulgação seja clara e que consiga

demonstrar o valor do estabelecimento, atraindo possíveis clientes.

c) Palestras sobre diversos temas, o qual faz uma capacitação dos

participantes e em troca oferece uma consulta avaliativa para saber o

que necessitam efetuar de tratamento, desde uma simples limpeza

ou até um tratamento mais específico, e, claro sem custo algum e

sendo a cargo do cliente para contratar o negócio.

d) O Marketing boca a boca, como um dos fatores preponderantes para

o sucesso da empresa, e, em contra partida auferir uma divulgação

fidedigna dos seus clientes, os quais estarão repassando essas

informações para mais e mais pessoas que poderão ter o interesse

em conhecer a clínica e efetuar os devidos tratamentos.

e) Divulgação em Escolas de Ensino, sendo desde o ensino

fundamental até na graduação, com o foco de conscientizar e

orientar as pessoas sobre a saúde bucal.

Enfim, esses são alguns dos métodos mais utilizados pela GOU Clínicas

de Odontologia da cidade de Lins, visto que os proprietários sempre estão

buscando maneiras de conseguir efetuar uma melhor divulgação, e,

procurando manter as prospecções que são assertivas para continuarem a

auferir novos clientes.

As prospecções feitas são sempre muito bem desenvolvidas, o que gera

uma assertividade muito grande para empresa. Mas para isso ocorrer é

necessário um trabalho árduo por parte dos empresários e equipe de

funcionários, que necessitam estar em sinergia para conseguirem os mesmos

objetivos juntos, buscando desenvolverem e desempenhar suas funções com o

máximo de rigor e qualidade, para auferir o fator principal para o sucesso da

empresa que é contentamento do cliente, e um dos fatores primordiais para

gerar uma imagem extremamente positiva da empresa, demonstrando que o

negócio é confiável com alicerces altamente sólidos e sustentáveis para o

sucesso contínuo do segmento.

Essa ferramenta é altamente eficaz e eficiente, sendo um dos passos

fundamentais para auferir novos clientes e conquistar novos campos, e,

sempre colocando a marca em evidência, sendo um trabalho que pode ser

expressivo a curto, médio e longo prazo, dependendo do planejamento que

73

será feito, e em segundo instante a forma que será executado, pois, para

alcançar o sucesso com essa modalidade, é necessário que todos estejam na

mesma sinergia, de forma que compreendam que são fundamentais para o

sucesso contínuo da empresa.

3.3 A continuidade do empreendimento

A continuidade e busca pela elevação do empreendimento faz

necessário a todo o momento, pois, a alta competitividade do mercado está

cada vez mais ampla e para poder ter maneiras de competitividades assertivas

será descrito e sugerido o que pode ser feito, com o intuito de apresentar

ferramentas acessíveis que serão auxiliares para continuidade do sucesso do

empreendimento da empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins e poderão

apresentar informações confiáveis para as tomadas de decisões.

3.3.1 Ferramentas Empreendedoras Sugeridas

As ferramentas que serão apresentadas foram estudadas e constatadas

que podem ser importantes para continuidade e elevação do estudo em

questão que é a empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins, para isso será

sugerida algumas ferramentas que podem ser utilizadas e qual ênfase que

poderão estar alcançando dentro do negócio, ressaltando que serão de imenso

valor para melhorar e conseguirem auferir um resultado ainda mais positivo.

3.3.1.1 Intraempreendedorismo

Conforme o próprio nome diz é uma maneira de trabalhar o

empreendedorismo dentro da empresa, porém, é um trabalho que se deve ter

atenção redobrada de como ser feito e estruturado, visto que faz necessário os

setores e colaboradores estarem falando a mesma linguagem que será

desenvolvida pelo alto nível da empresa, que no presente estudo são os sócios

e irmãos Juliano Poli e Cristiano Poli.

Essa modalidade de empreendedorismo pode ser altamente explorada

dentro de qualquer empresa, visto que sua utilização de maneira correta irá

74

proporcionar alta qualidade e elevação no segmento ao qual está inserida,

ressaltando que nos dias atuais faz necessário à utilização de mecanismos que

proporcionem informações compiladas altamente fidedignas.

A empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins apresenta uma equipe

de colaboradores nos diversos setores que a compõe que serão fundamentais

nesse processo, sendo importante para o desenvolvimento dessa ferramenta.

O empreendimento dos irmãos Juliano e Cristiano Poli apresenta

características que podem ser trabalhadas e melhoradas, proporcionando de

imediato:

a) Qualidade interna de trabalho aos colaboradores;

b) Alta Competitividade;

c) Elevação dos Pontos Fortes e Fracos;

d) Visualização e Otimização das Ameaças e Oportunidades; e,

e) Fidelidade e desenvolvimento da marca junto aos clientes.

A maneira para conseguir desenvolver essa modalidade de

empreendedorismo com eficiência e eficácia dentro do negócio, faz necessário

um estudo contínuo e crítico de como funciona a empresa e seus

departamentos para verificar o que deve ser feito em cada setor.

O intraempreendedorismo é desenvolvido por pessoas as quais

procuram apresentar uma boa ideia e compartilhar com seus superiores para

auferirem além do reconhecimento uma melhoria continua dentro do

empreendimento, resultando também em outra busca a valorização dentro da

empresa.

Por isso o intraempreendedorismo deve ser ressaltado e muito bem

demonstrado aos colaboradores da empresa, que serão parte fundamental

para conseguir apresentar maneiras e métodos do que deve ser feito e como

efetuar, demonstrando aos colaboradores a importância deles dentro da

empresa, como se fossem os “os patrões“ os quais visualizarão as

oportunidades no negócio obter sucesso, por isso a sinergia entre funcionários

e gestores da empresa é primordial para auferir o sucesso.

No próximo item desse capítulo será demonstrada a ferramenta a qual

será essencial para desenvolver o intraempreendedorismo e enfatizado quais

os setores que devem ser utilizados para conseguir auferir com sucesso esse

trabalho.

75

3.3.1.2 Análise Swot

A Análise Swot é de extrema importância para o

intraempreendedorismo, através da utilização dessa ferramenta será possível

mensurar e exemplificar de que forma devem ser ressaltados e o que será

sugerido, para que a alta cúpula da empresa tome as decisões.

Conforme foi descrito no 2° capítulo essa ferramenta apresenta

sua nomenclatura americana, conhecida como Análise SWOT (strengths,

weaknesses, opportunities, threats), que em português significam: pontos

fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças respectivamente.

A partir do estudo que foi desenvolvido no primeiro Capítulo, referente

ao Organograma será apresentado quais setores devem ser focados.

Figura 14: Setores a efetuarem o Intraempreendedorismo

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

Os Sócios que ocupam o alto nível hierárquico do organograma devem

trabalhar em sinergia com a Coordenação/Administração, para desenvolver o

intraempreendedorismo.

Através do estudo e constatação dos setores da empresa, fica

perceptível onde o intraempreendedorismo deve ser trabalhado:

a) Recepção e Recepcionista;

76

b) Atendimento Clínico, Dentistas, ASB e Estagiários;

c) Comercial e Promoters Comerciais; e,

d) Limpeza.

Esses setores são altamente importantes para a empresa, sendo

responsáveis pelo contato direto com os clientes, desde a recepção até o

término do seu tratamento.

Os funcionários os quais estão inseridos nesses setores necessitam

estarem altamente motivados para desempenhar sua função, visto que através

do desempenho de suas funções os resultados serão auferidos e a elevação

do nome da empresa será ressaltada, o que irá gerar a confiança das pessoas

em serem clientes da empresa.

Os sócios precisam estar alinhados com a Coordenação/Administração

para obter informações do intraempreendedorismo trabalhado em conjunto com

a análise Swot, que irão apresentar os pontos fortes, fracos, ameaças e

oportunidades, que podem ser expressos depois de compilados os dados em

informações altamente assertivas e únicas em:

a) Relatórios;

b) Índices financeiros;

c) Satisfação dos empregados,

d) Funcionamento dos departamentos em sinergia; e,

e) Entre outros.

Por meio de conversas esporádicas e reuniões com os empregados

desses setores, os proprietários conseguirão ter o conhecimento e

compreender mais informações sobre a empresa e pontos a serem trabalhados

e analisados, os quais podem ser que passem despercebidos ou não vistos

com a mesma intensidade do que os funcionários.

3.3.1.2.1 Pontos fortes e fracos

Os pontos fortes devem ser valorizados e extraídos com esses setores,

visto que todos esses departamentos que foram escolhidos após o estudo,

apresentam características importantes que podem ser explorados, tais como:

a) Comunicação e Atendimento de excelência;

b) Trabalho Assertivo;

77

c) Enaltecimento e elevação dos clientes;

d) Valorização da Marca.

Já os pontos fracos são as características que podem restringir o

desempenho da empresa e resumem em três aspectos que devem ser

ressaltados a todo o momento pelos sócios e coordenação/administração:

a) Respeito entre os funcionários;

b) Trabalho de qualidade;

c) Valorização da pessoa.

Esses podem ser considerados um alerta, visto que podem aparecer,

porém na empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins o trabalho não

apresenta esse fatores citados acima, mas deve ser reiterado, pois, podem

aparecer e ser prejudiciais.

Os pontos fortes e fracos são características que são encontrados no

ambiente externo, e por isso os colaboradores dos setores citados acima são

altamente importantes para auxiliarem a conseguir verificar juntamente com o

topo do nível hierárquico os pontos fortes e fracos da empresa.

3.3.1.2.2 Ameaças e oportunidades

As ameaças e oportunidades são características que são verificadas

através da análise do ambiente externo e ambas deverão ser analisadas pelos

sócios.

As ameaças devem ser verificadas junto ao mercado que a empresa

está inserida, com análise sobre fatores que podem impedir a conseguir atingir

os objetivos que foram traçados, os quais podem ser descritos de tal forma:

a) Novas Empresas e consultórios;

b) Custo para serviços;

Tratando das oportunidades são características que apresentam

potencial para auxiliar empresa a atingir seus objetivos, os quais são:

a) Oportunidade de Elevação e Fidelização da Marca;

b) Demonstração da qualidade do serviço;

c) Busca de novos clientes e ressaltando a clientela já fixa;

d) Ampliação e prospecção de parceiros;

78

Por mais que seja uma análise que deve ser constituída pelo topo do

nível hierárquico que no caso são os sócios, os colaboradores da empresa dos

setores que foram ressaltados podem ser fundamentais para auxiliar esse

processo, pois a visão que tem do mercado e o que estão sabendo a respeito

pode ser uma informação única e que será muito importante para a

assertividade da empresa.

A busca contínua da elevação e da empresa como referência na cidade

de Lins como também na macro região é um dos objetivos que podem ser

auferidos junto à análise SWOT.

Figura 15: Análise SWOT da Empresa

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A análise SWOT da empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins

apresenta os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades da empresa de

maneira que passe um entendimento fácil, para que os proprietários da

empresa tenham o entendimento e consigam compreender o que foi descrito

de maneira objetiva e clara.

Os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades foram representados

na figura acima com uma diferenciação, os quais são representados pela inicial

79

“E”, que estará demonstrando o que devem ser constatar e para a busca

contínua da assertividade e qualidade do serviço que é desenvolvido.

As quatro palavras que têm a inicial “E” representam, pela ordem dos

numerais descritos na figura:

1) Extinguir

2) Enaltecer

3) Evoluir

4) Examinar

Representando a Análise SWOT customizado de acordo com a empresa

GOU Clínicas de Odontologia de Lins, com o enfoque em criar e demonstrar os

pontos descritos acima, através de palavras chaves, as quais irão apresentar o

entendimento de maneira fácil e eficaz, de maneira a elevar a empresa a

auferir resultados melhores e evoluir dentro de si própria, sendo fundamental

para manter o sucesso e o destaque da marca.

3.3.1.3 PDCA

O PDCA ou Ciclo de Deming como também é conhecido é uma

poderosa ferramenta da gestão da qualidade e que tem como essência auxiliar

no diagnóstico e prognóstico de problemas organizacionais, com a principal

finalidade de solucioná-los.

Conforme foi apresentado no capítulo anterior, a sigla PDCA, é advinda

do inglês que designam cada etapa do ciclo (Plan, Do, Check, Action), termos

traduzidos em planejar, fazer ou executar, verificar ou checar e ação.

O presente estudo utilizou da ferramenta PDCA como uma maneira de

auxiliar ainda mais a empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins, com o

foco principal na continuidade e elevação da competitividade a qual está

inserida no mercado, visto que o ramo odontológico é altamente taxativo e

competitivo, o qual busca por padrões de excelência a todo o momento,

portanto, sugere-se com uma das ferramentas que pode ser de extrema

importância e assertiva em sua utilização na busca contínua de melhoria na

qualidade dos padrões do empreendimento em questão.

Foi elaborado a partir do PDCA passos fidedignos que podem ser

utilizados pelos proprietários para conseguir auferir suas metas e objetivos,

80

refletindo em uma melhor qualidade de informações, sendo expressa nos

resultados da empresa.

O PDCA sugerido fica descrito da seguinte forma:

a) Plan (Planejar): o primeiro passo é referente ao planejamento, ato

que deve ser feito a qualquer instante e revisado a qualquer

momento pela alta hierarquia, ressaltando que as premissas

estabelecidas pela empresa, como sua cultura organizacional deve

ser utilizada para alinhar e efetuar um bom planejamento.

b) Do (fazer ou executar): o segundo passo refere-se à execução do

planejamento, o qual será importante para dar continuidade nessa

ferramenta empreendedora. Este passo refere-se ao treinamento dos

envolvidos, sendo primordial para demonstrar a importância dos

colaboradores para conseguir auferir as metas e objetivos de

maneira, que a elevação da empresa será feita por eles.

c) Check (verificar ou checar): o terceiro passo refere-se à verificação

dos resultados auferidos. Sendo muito importante para constatar o

que está feito de maneira assertiva ou não, e com esse item poder

tomar outras medidas de decisões, de maneiras fidedignas e

altamente importante para saúde da empresa.

d) Action (Ação): o último passo, o qual é tão importante quantos os

outros três já citados, refere as a realização das ações corretivas

como também melhorar ainda mais o processo pelos dados que

foram verificados.

O PDCA ou Ciclo de Deming é uma ferramenta que pode ser elaborada

em qualquer fase de uma empresa, e que deve ser feita e repetida quantas

vezes os empresários ou gestores da empresa acreditem ser necessário para

corrigir as falhas, como também melhorar ainda mais os processos que estão

sendo desenvolvidos.

As informações que serão apresentadas pelo PDCA na empresa GOU

Clínicas de Odontologia de Lins necessitam que seja feito e estruturado de

maneira corretas, para conseguir auferir dados que sejam compilados e

transformados em informações única aos empresários e gestores da empresa,

com o intuito de tomarem medidas e decisões que resultem em pontos

altamente assertivos da empresa, visando sempre à continuidade, melhora dos

81

procedimentos internos e externos e não menos importante a qualidade dos

serviços, que é o ponto culminante para o sucesso.

A figura abaixo demonstrará de maneira clara como seria o PDCA da

empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins.

Figura 16: PDCA da Empresa

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

A ferramenta PDCA auxilia e muito para que a empresa possa continuar

a elevar e auferir resultados altamente expressivos, visto que para isso é

necessário que ocorram os procedimentos exatos, para alcançar a

assertividade, seu método de trabalho é simples, porém muito completo.

Ressalta-se que esta ferramenta pode ser fundamental para a melhora

contínua e elevação da empresa, como também é pode ser aplicada em todas

as áreas funcionais da empresa.

3.4 Considerações Finais do Estudo de Caso

Diante do estudo realizado juntamente com a leitura bibliográfica das

diversas teorias de ferramentas empreendedoras, é possível afirmar que os

conceitos de empreendedorismo quando aplicados em uma empresa do

segmento de odontologia podem agregar e auferir resultados expressivos, com

assertividade e valia extrema, proporcionando continuidade e elevação da

empresa.

82

Os procedimentos que foram feitos pela empresa GOU Clínicas de

Odontologia de Lins, foram identificados e observados, com ênfase no que se

diz respeito às técnicas, ferramentas e outros conceitos de empreendedorismo.

O presente estudo realizado demonstra que a empresa GOU Clínicas de

Odontologia de Lins, possui uma estrutura sólida e que se encontra em

ascensão em seu segmento, sendo um fator preponderante para competir no

acirrado mercado odontológico e auferir bons resultados.

Contudo, para conseguirem manter esse alto nível faz necessário que

tenham um controle que verifiquem os dados e os expressem em informações

fidedignas que serão utilizadas para as tomadas de decisões, de maneira que

resulte sempre no padrão de qualidade o qual os sócios juntamente com seus

colaboradores conseguiram alcançar e elevem ainda mais, sempre frisando na

continuidade e melhoras do que já está sendo feito com qualidade.

As ferramentas empreendedoras apresentadas e as quais foram

constatadas à utilização pelos sócios, apresentam e reiteram ainda mais que a

utilização será positiva para o sucesso contínuo da empresa.

83

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Diante do trabalho realizado juntamente dos conceitos e técnicas

aplicados em relação às ferramentas empreendedoras, ficou constatado a

utilização de ferramentas empreendedoras para criação de qual negócio

deveria ser constituído juntamente de uma ferramenta para conseguir elevar e

auferir possíveis mais clientes, porém sugere-se que a empresa inclua as

ferramentas sugeridas.

Em síntese, as propostas de intervenção são:

a) implantar o Intraempreendedorismo, com o intuito de melhorar e

elevar ainda mais a sinergia dos colaboradores, demonstrando serem

fundamentais para o sucesso da empresa;

b) implantar a Análise SWOT, visualizando os pontos fortes e fracos

juntamente com as ameaças e oportunidades, com o intuito de poder

trabalhar em sinergia o intraempreendedorismo como também o

empreendedorismo externo;

c) implantar o PDCA e utilizar as premissas juntamente com a cultura

organizacional da empresa para auferir ainda mais resultados

positivos e minimizar ao máximo situações adversas ou pequenas

divergências.

d) utilizar e manter os procedimentos já adotados para conseguir

visualizar qual seria o melhor negócio para investir, sendo que essas

ferramentas podem ser utilizadas em outros momentos e não só para

inicialização do negócio em questão.

e) manter e solidificar ainda mais a prospecção de clientes, visto que é

um método altamente positivo, de grande retorno e baixo custo.

Ressalta-se que, embora constituam aparentemente ferramentas

simples, serão necessários diversos aprimoramentos para conseguir resultar

em eficácia e eficiência, visto que a colaboração, dedicação, controle e vontade

de elevar a todo o momento a qualidade interna e externa para resultar em

pontos ainda melhores, serão de extrema necessidade que estejam em

sinergia.

84

CONCLUSÃO

O atual mercado econômico que se encontra cada vez mais competitivo

e com alta concorrência entre os pequenos, médios e grandes empresários,

exige que as empresas procurem obter ferramentas que proporcionem

melhores resultados e de confiabilidade para tomada de decisões.

Entretanto, para que uma empresa se mantenha em ascensão ou com

uma continuidade de um padrão de confiabilidade alto é necessário que a

mesma possua ferramentas confiáveis e de fácil entendimento para os usuários

com o intuito de ter assertividade nas tomadas de decisões.

Diante desse contexto, as ferramentas empreendedoras apresentadas

surgem para possibilitar uma melhor gestão, com o intuito de elevar ainda mais

os resultados que foram obtidos até o presente momento, como também

manter o mesmo nível de resultados. As ferramentas empreendedoras têm

como o propósito de qualificar e quantificar ainda mais, sendo valia extrema

suas informações, visto que através de seus resultados serão capazes de

mensurar e serem fundamentais para tomadas de decisões.

Com a realização deste trabalho, constatou-se que a empresa GOU

Clínicas de Odontologia de Lins é uma empresa em pleno crescimento, que já

fez uso de ferramentas empreendedoras e no momento faz a utilização de

apenas uma para galgar e auferir ainda mais clientes. No entanto, para que

seja mantido o nível de crescimento e padrão atual, torna-se necessário a

implantação de outras ferramentas empreendedoras, com o foco em auxiliar a

auferir os objetivos e metas já traçados como também melhorar os processos

internos e externos da empresa, demonstrando que existem outros métodos

auxiliares de simples entendimento, mas com resultados expressivos que serão

fundamentais para o sucesso contínuo da empresa.

O presente estudo de caso realizado teve como objetivo principal a

análise e elaboração de ferramentas empreendedoras como forma de se obter

informações fidedignas para os gestores executarem e atingirem resultados tão

bons quanto os já auferidos.

As ferramentas de empreendedoras são de extrema importância na

gestão de qualquer organização.

Diante do exposto, conclui-se que a pergunta problema foi respondida e

85

que a hipótese foi comprovada, demonstrando que as ferramentas

empreendedoras na empresa GOU Clínicas de Odontologia de Lins

proporcionarão melhores vantagens competitivas como também em elevações

externas e internas em seus controles.

Ressalta-se que o trabalho é de enorme relevância e que contribuiu para

o conhecimento teórico e prático, além de constituir um assunto amplo e

interessante que deve ser explorado, e, esse tema não se finda aqui, por ser

vasto e que tem como gerar inúmeras possibilidades de pesquisas futuras.

86

REFERÊNCIAS

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90

APÊNDICES

91

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Serão descritos os objetivos do estudo de caso, assim como os métodos

e técnicas de pesquisa utilizadas no levantamento dos dados, abordando sobre

os projetos e as técnicas de empreendedorismo da empresa GOU Clínicas de

Odontologia.

2 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado.

Descrever os projetos e as técnicas de empreendedorismo utilizadas

pela GOU Clínicas de Odontologia.

1.1 Discussão

Confrontar-se-á a teoria com a prática verificada na empresa.

1.2 Parecer final do caso e sugestões sobre manutenção ou modificações

de procedimentos a serem adotados nas técnicas de empreendedorismo.

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APÊNCIDE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Cidade: Estado: Atividade: 2 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 2.1 As técnicas de empreendedorismo adotadas pela empresa GOU Clínicas de Odontologia.

2.2 Os projetos desenvolvidos.

2.3 As estratégias adotadas pela empresa GOU Clínicas de Odontologia.

2.4 Parecer sobre os resultados obtidos com a utilização das técnicas de

empreendedorismo aplicadas a uma empresa do segmento odontológico.

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APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO DA EMPRESA

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Cidade: Estado: Atividade: 2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA GOU CLÍNICAS DE ODONTOLOGIA 2.1 Origem

2.2 Evolução da empresa

2.3 Ramo de atividade

2.4 Organograma

2.5 Clientes