em tempo de comemoração... dia dos pais. esqueço a vergonha e o receio, enviando a vocês, meus...
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Em tempo de comemoração... Dia dos Pais.
Esqueço a vergonha e o receio, enviando
a vocês,
meus queridos amigos, um texto que escrevi para o
meu pai, em 12 de agosto de 1978, ocasião da última
comemoração em que ele passou conosco neste plano.
Agosto de 2007
Tributo ao meu amado Pai
Alonso Cintra Amaral 28-03-1917 – 15-03-1979
Sentimentos... Emoções profundamente individuais.
Cada um de nós vive em função daquilo que sente e acredita.
Como muitos neste vasto mundo, eu acredito na força e poder do Amor
em todas suas formas.
Acredito no Amor que me fez ser, no Amor que me alimentou e alicerçou
minha personalidade e caráter.
Obrigada meu Pai, por ter iluminado meu
caminho!
Pai...
Faz-se encontro o seu amor em meu canto.Caibo nele, como em mim
mesma.
Olho através do seu olhar, penetro no escuro, não tenho
medo e assim descubro
os mistérios do seu silêncio.
Deixo meu pensamento solto,
seguindo ao lado do vento
que encosta-se às árvores, ajudando o
balanço dos seus galhos.Meu pensamento
buscando o encontro com o seu próprio ser.
No espelho do tempo, vejo sua imagem amada,
querida. Vejo meu alicerce.
Sinto seu coração pulsando quietamente, embalado no
ritmo do amor, que você, meu pai, sempre sentiu por nós, teus
filhos.
Vejo suas mãos sempre prontas a amparar
e a ensinar o caminho da verdade e do Amor.
Vejo seu olhar sempre carregado de preocupação
com os passos que nós, seus filhos, teríamos ainda que dar pelos
caminhos desta vida.
Sinto ainda, sua alma carente de reciprocidade, sua alma criança,
pai, sua essência baseada sempre na verdade que o fez ser o homem
que foi.
Eu o sinto sempre presente, mesmo quando a fraqueza encosta em meu momento...
E eu reajo, porque sinto sua presença em mim.
Eu o encontro sempre, meu pai, na hora em que o mundo exige de mim o máximo que eu, pobre ser, posso dar.
Pai, a minha vida é resultado dos seus ensinamentos.
É sua presença, é seu carinho,
e acima de tudo é a busca da Verdade, da Justiça e do Amor,
que tão bem, me ensinou.
Sua missão agora é nossa, seus filhos.
Colhemos os frutos da semente que você
lançou. Firmada na essência do pai maravilhoso que você foi,
lançarei ao chão novas sementes...
E assim, sempre, deste mesmo chão,
será colhida uma bela rosa, eternizada com o aroma
do verdadeiro Amor.
Tributo a Meu Pai
Elenice Amaral Baratella Agosto de 1978
Midi: “As rosas não falam” -Cartola- Imagens: - Arquivo pessoal e Net 08/08/2007 http://www.eleniceamaralb.com.br