em tempo - 27 de dezembro de 2015

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PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 37 MÍN.: 26 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.978 DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO DENÚNCIAS • FLAGRANTES 981163529 CURUMIM conta a história do Revéillon Para entrar no Ano-Novo Com o pé direito A primeira comemoração, cha- mada de “Festival de Ano-Novo”, ocorreu na Mesopotâmia por vol- ta de 2.000 a. C. O CURUMIM viaja no tempo para contar essa história aos seus leitores. ELENCO CURUMIM Para ter fartura de alimentos no ano que se inicia, coma de três a sete uvas. Veja superstições para entrar em 2016 com o pé direito. ‘Princesinha do tráfico’ na cadeia Após denúncia à polícia, a jovem Mirian Bindá Ferreira, intitulada como a “Princesinha do tráfico”, 19, foi presa com 140 pedras de oxi, escondidas no forro de sua residência, no beco Santana, conhecido como Jirau, bairro Coroado, Zona Leste. A ação ocorreu por volta de 23h, na noite da última sexta-feira (25), quando policiais militares da 11ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) apreenderam o material. Última hora A2 “Manaus poderia ter avançado ainda mais” Marechal Deodoro, o paraíso do consumo Em entrevista exclusiva ao EM TEMPO, o prefeito de Manaus fez uma análise do cenário político econômico e disse que “se não fosse a crise”, Manaus teria avançado ainda mais. Virgílio conseguiu cortar gastos e manter as obras. Com a Palavra A6 AM pode receber verba de R$ 375 milhões Os municípios do interior do Amazonas podem receber R$ 375 milhões referentes a repatriação de recursos públicos, segundo estimativa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e divulgada na última semana. Política A5 Principal nome do comércio de Manaus, a “rua do bate palma” mantém a sua força desde o período áureo da borracha. Dia a dia C1 ARTHUR PREVISÃO DA CNM THIAGO FERNANDO SEMCOM RICARDO OLIVEIRA Entrevista sobre o trabalho de MCs, artistas das rimas no hip hop, aproveitando a programa- ção do 4º Prêmio Xibé da Música Amazonense, que acontece neste domingo. Plateia D3 HIP HOP ‘BATE PALMA’ MCs, artistas da rima no 4º Prêmio Xibé O Amazonas segue lutando por vagas nos Jogos Olímpicos em um esporte pouco conhecido e valoriza- do nacionalmente: o tiro com arco. O grande nome da modalidade é o professor Anibal Forte. Pódio E3 NA MIRA Arco e flecha, nossa chance na Olimpíada Os amazonenses capricham na pontaria para chegar aos Jogos Olímpicos Fechando 2015 com as contas em dia, Arthur Virgílio disse que ainda há muito a ser feito em 2016 Mirian Bindá, a “Princesinha do tráfico”, escondia pedras de oxi no forro de sua casa DIVULGAÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 37 MÍN.: 26TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.978 � DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

DENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116�3529

CURUMIMconta a históriado Revéillon

Para entrar noAno-Novo Com o pé direito

A primeira comemoração, cha-mada de “Festival de Ano-Novo”, ocorreu na Mesopotâmia por vol-ta de 2.000 a. C. O CURUMIM viaja no tempo para contar essa história aos seus leitores.

ELENCO

CURUMIM

Para ter fartura de alimentos no ano que se inicia, coma de três a sete uvas. Veja superstições para entrar em 2016 com o pé direito.

OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

‘Princesinha do tráfi co’ na cadeia

Após denúncia à polícia, a jovem Mirian Bindá Ferreira, intitulada como a “Princesinha do tráfico”, 19, foi presa com 140 pedras de oxi, escondidas no forro de sua residência, no beco Santana, conhecido como Jirau, bairro Coroado, Zona Leste. A ação ocorreu por volta de 23h, na noite da última sexta-feira (25), quando policiais militares da 11ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) apreenderam o material. Última hora A2

“Manaus poderia ter avançado ainda mais”

Marechal Deodoro, o paraíso do consumo

Em entrevista exclusiva ao EM TEMPO, o prefeito de Manaus fez uma análise do cenário político econômico e disse que “se não fosse a crise”, Manaus teria avançado ainda mais. Virgílio conseguiu cortar gastos e manter as obras. Com a Palavra A6

AM pode receber verba de R$ 375 milhões

Os municípios do interior do Amazonas podem receber R$ 375 milhões referentes a repatriação de recursos públicos, segundo estimativa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e divulgada na última semana. Política A5

Principal nome do comércio de Manaus, a “rua do bate palma” mantém a sua força desde o período áureo da borracha. Dia a dia C1

ARTHUR PREVISÃO DA CNM

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FER

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SEM

COM

RICA

RDO

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VEIR

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Entrevista sobre o trabalho de MCs, artistas das rimas no hip hop, aproveitando a programa-ção do 4º Prêmio Xibé da Música Amazonense, que acontece neste domingo. Plateia D3

HIP HOP

‘BATE PALMA’

MCs, artistasda rima no 4ºPrêmio Xibé

O Amazonas segue lutando por vagas nos Jogos Olímpicos em um esporte pouco conhecido e valoriza-do nacionalmente: o tiro com arco. O grande nome da modalidade é o professor Anibal Forte. Pódio E3

NA MIRA

Arco e fl echa,nossa chancena Olimpíada

Os amazonenses capricham na pontaria para chegar aos Jogos Olímpicos

Fechando 2015 com as contas em dia, Arthur Virgílio disse que ainda há muito a ser feito em 2016

Mirian Bindá, a “Princesinha do

tráfi co”, escondia pedras de oxi no

forro de sua casa

CURUMIM

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AÇÃO

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Page 2: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A2 Ultima horaUltima hora

Após denúncias anônimas, Polícia Militar encontrou 140 pedras do entorpecente no forro da casa onde a mulher estava, na Zona Leste, além de dois smartphones

‘Princesinha do tráfi co’ é presa com pedras de oxi

Após uma denúncia à polícia, a jovem Mi-rian Bindá Ferreira, intitulada como a

“Princesinha do tráfi co”, 19, foi presa com 140 pedras de oxi. Os entorpecentes esta-vam escondidos no forro de sua residência, no beco San-tana, conhecido como Jirau, bairro Coroado, Zona Leste. A ação ocorreu por volta de 23h, na noite da última sexta-feira (25), quando policiais milita-res da 11ª Companhia Inte-rativa Comunitária (Cicom) apreenderam o material.

De acordo com a PM, a “Prin-cesinha do tráfi co” é suspeita de vender drogas no bairro Coroado. Depois de repassada a denúncia, os policiais foram até o local e, durante uma revista, encontraram dois ce-lulares e as drogas escondidas no forro da casa de Mirian. A suspeita foi encaminhada ao 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi autuada pelo crime de tráfi co de drogas.

A “Princesinha do tráfi co” será encaminhada ao Cen-tro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), localizado no quilômetro 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).

‘Musa do Instagram’Um caso semelhante ao de

Mirian ocorreu em fevereiro deste ano, com a prisão da universitária Rafaela Blanco de Almeida, que fi cou conhecida como a “Musa do Instagram”, 20. Ela foi presa com 12 quilos de cocaína, em uma casa no bairro São Francisco, Zona Sul.

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que o Estado já registrou a apreensão de quase 10 toneladas desde ja-neiro. A quantidade apreendida é superior à somatória dos últi-mos nove anos, durante ações integradas dos órgãos de se-

gurança, visando a combater ao tráfi co de drogas.

“Temos um total de 9 tone-ladas e 800 quilos de drogas apreendidos, e o ano ainda não terminou. Esse número é maior do que os últimos oito anos de apreensão. Nosso reforço está voltado ao com-bate do tráfi co com a Polícia Militar diariamente nas ruas e a integração dos órgãos de segurança, com investiga-ções apreendendo um número maior de drogas”, ressaltou o secretário de Segurança do Es-tado, delegado federal Sérgio Fontes, em entrevista no último dia 9 de novembro.

VIOLÊNCIA

SUFRAMA

Homem é assassinado com sete tiros num bar

Ministério cria GT com foco nas exportações

O auxiliar de equipe geofísica Damião Paulo Ramos, 26, foi assassina-do com sete tiros, em um bar, na rua Nossa Senhora da Conceição, bairro San-ta Etelvina, Zona Norte. Conforme a Delegacia Es-pecializada de Homicídios e Sequestros (DEHS), o crime pode estar relacio-nado com a disputa pela liderança do tráfi co de dro-gas na região. O gêmeo de Damião, Cosme, morreu há pouco mais de quatro me-ses, vítima de assassinato.

A polícia informou que a vítima é apontada por testemunhas como autor do homicídio de um tra-fi cante identifi cado como André Silva, o “Bocão”.

Conforme o relatório da DEHS, Damião estava no bar Terraço Drink’s, quan-do foi abordado por uma

dupla de suspeitos em uma motocicleta. O garupa da moto apontou a arma em direção a vítima e disparou oito vezes e, sete atin-giram Damião no peito, barriga e cabeça. A morte foi motivada por vingança, segundo moradores

LinchadoO corpo de um homem,

supostamente, identifi ca-do como Jhonata Ayres dos Santos, 30, foi encon-trado na noite da última sexta-feira (25), num iga-rapé, na rua 11 de Agosto, bairro Nova Vitória, Zona Leste. A vítima apresen-tava marcas de pauladas na cabeça e estava com as mãos e pescoço amar-rados com cordas. Quatro homens são suspeitos do crime, entre eles o trafi -cante “Playboy”.

Para driblar a crise que afeta a indústria amazo-nense, o Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) instituiu o Grupo Técnico Permanente para o incre-mento da competitividade da Zona Franca de Manaus (Suframa), como platafor-ma de exportação (GT-ZFM). A Portaria nº 397, de 18 de novembro de 2015, foi publicada no último dia 21 de dezembro, no Diário Ofi cial da União (DOU).

Segundo a superinten-dente da Suframa, Rebecca Garcia, a criação do grupo é resultado de reuniões que ela teve com o ministro do Mdic, Armando Monteiro, nos últimos meses. Na mi-nha primeira reunião, ela disse que levou ao minis-tro a preocupação sobre os números que demonstram uma queda maior na indús-tria do Amazonas do que no restante do país.

Para Rebecca, o proble-ma decorre pelo fato de que o Polo Industrial de Manaus (PIM) nasceu para

abastecer o mercado inter-no brasileiro, e se o padrão das famílias brasileiras cai, automaticamente, a indús-tria do PIM cai. “Ciente da a necessidade de estudar-mos uma alternativa de comércio para a ZFM, o ministro publicou a portaria que cria dentro do Mdic um grupo permanente para trabalhar as possibilidades na exportação”, explicou.

Entre as atribuições do GT-ZFM estão: propor diretrizes, prioridades e medidas para ampliação das possibilidades de in-serção internacional das empresas da região e para integração das empresas locais com o exterior, em especial com os países de fronteira e canais de escoamento da produção; estabelecer canais de co-operação com órgãos da Administração Pública para obtenção de infor-mações e meios visando à inserção internacional dos empreendimentos da região; e identifi car setores com potencial exportador.

A jovem Mirian Bindá Ferreira, 19, encontrada no beco Santana, foi encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminina, na BR-174

DEHS diz que crime ocorreu pela disputa do tráfi co de drogas

O GT vai propor ampliação das relações com países vizinhos

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AÇÃO

Brasília - Uma nova forma de mediar confl itos, sem a necessidade de ir à Justi-ça, começa a valer. Agora é possível resolver situações como brigas de trânsito, co-brança de dívidas, questões relacionadas a direitos do consumidor, trabalhista e fa-miliar, com o auxílio de um cartório, de uma empresa especializada em solução de confl itos ou de um mediador escolhido entre as partes.

A Lei de Mediação (13.140/2015), sancionada pela presidenta Dilma Rou-sseff no fi nal de junho deste ano, tinha prazo de 180 dias para entrar em vigor.

A ofi cial substituta do Car-tório Colorado, em Sobra-dinho, no Distrito Federal, Mariana Lima, disse que o serviço será gratuito porque não está previsto na tabe-la de emolumentos (preços dos serviços defi nidos pela Justiça). “Para os cartórios cobrarem alguma coisa, o valor precisa estar previsto

na tabela de emolumentos. O cartório pode cobrar por outros serviços que estão na tabela, por exemplo, uma noti-fi cação extrajudical, um regis-tro do acordo”, disse. Mariana acrescentou que o cartório decidiu oferecer o serviço gra-tuitamente por demanda da comunidade, que tem muitos confl itos relacionados a con-domínio, por exemplo.

A tabeliã do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro Fer-nanda de Freitas Leitão, espe-cialista em mediação de con-fl itos, defende que a lei seja aplicada aos mais diversos tipos de litígios, fortalecendo e aperfeiçoando a pacifi cação social e contribuindo para de-safogar o Poder Judiciário.

“A mediação caminha para apaziguar os ânimos e incen-tivar a tolerância. É impres-cindível que haja mudança comportamental, de sairmos de uma atitude adversária para uma atitude colabora-tiva. Acredito que nós, tabe-liães, poderemos contribuir

para que esse objetivo seja alcançado”, disse Fernanda.

Conforme a lei, pode atuar como mediador extrajudicial qualquer pessoa maior de idade que tenha a confi ança das partes e seja capacitada para mediação, independente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação. As partes po-derão ser assistidas por advo-gados ou defensores públicos.

As partes envolvidas em confl itos podem recorrer à mediação, mesmo que já tenham entrado com pro-cesso na Justiça. Nesse caso, devem pedir ao juiz a suspen-são do processo por prazo sufi ciente para a solução consensual do litígio.

A lei também prevê a me-diação judicial, com a cria-ção de centros de solução consensual de confl itos. A União, os Estados, o Distri-to Federal e os municípios poderão criar câmaras de prevenção e resolução admi-nistrativa de confl itos.

JUSTIÇA

Nova lei de solução de confl itos Recorde nas visitas de Natal

Mais de 11,1 mil visitantes passaram pelas dez unida-des prisionais de Manaus, deste quarta-feira (23) até sexta-feira (25). Foi o maior registro de visitas do siste-ma prisional, segundo balan-ço da Secretaria de Estado de Administração Peniten-ciária (Seap). Nenhuma uni-dade registrou alteração ou ocorrências graves, como tentativa de fuga, que foi apontada em um áudio que circulou nas redes sociais nos últimos dias. As visitas de Natal vão se estender até este domingo (27).

O secretário de estado de Administração Peni-tenciária, Pedro Florêncio, explica que para o período natalino, os dias, horário e número de visitas por interno foram estendidos. “Nos últimos anos as vi-sitas vinham apenas nos dias 24 e 25, colocamos mais um dia para a visita, iniciando no dia 23. A ques-tão do horário também foi modifi cada: os familiares estavam permitidos a per-manecerem nas unidades até uma hora da manhã. Outro diferencial esse ano é que liberamos mais cinco visitantes por interno, além dos que já estão cadas-trados em cada unidade prisional”, explicou.

Florêncio destacou que as visitas são fundamentais para humanizar os internos e que o convívio com a fa-mília possibilita o resgate das relações sociais. Durante os três dias 8.367 mulheres, 1.560 homens e 1.625 meno-res, visitaram seus parentes nas unidades prisionais.

SEAP

THAÍS GAMA

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Page 3: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

A Fundação Bill & Melinda Gates, com sede em Seattle (EUA), uma das maiores orga-nizações de caridade do mundo, com doações de US$ 41,3 bilhões, decidiu processar a Petrobras, para recuperar o que perdeu com ações da estatal brasileira, decorrentes do escândalo bilionário de corrupção, investigado pela operação Lava Jato. O esquema de suborno e lavagem de dinheiro teria causado à Gates e a outro autor da queixa, WGI Emerging Markets Fund LLC, uma perda de dezenas de milhões de dólares.

De acordo com as informações divulgadas pelas agências, creditadas à “Reuters”, a Pe-trobras está enfrentando “uma enorme quantidade de processos nos Estados, que alegam anos de corrupção, incluindo subornos, que teriam infl ado o valor de suas ações e títulos em mais de US$ 98 bilhões”. “Na verdade, o escândalo ainda parece aumentar a cada dia – à medida que mais criminosos, mais prisões e mais contas bancárias secretas são descobertos”, é sustentado nas ações.

A operação Lava Jato, à sua maneira, tenta recuperar perdas e danos que o Brasil ainda está sofrendo, apenas com os desmandos institucionalizados na estatal do petróleo – com-putem-se os novos escândalos, como o setor de energia, que está afl orando, e as ameaças de aumento de impostos e ressuscitação de outros que estão sendo feitas pelo governo federal para regenerar os rombos no Orçamento.

O valor de mercado da Petrobras caiu mais de 90%, dos quase US$ 300 bilhões, há sete anos. Em abril, a petroleira anunciou perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção e reduziu em mais de 44 bilhões de reais o valor de seus ativos. E o valor Brasil continua despencando. Enquanto isso, no Brasil, quase se pede desculpas para ouvir em depoimento um ex-pre-sidente, como testemunha. Quem vai ressarcir os brasileiros?

Tim Tones

Em um programa de televisão, por meio de uma emissora local, o ex-deputado divulga os dias e horários do culto.

E também recebe pedido de orações dos fi éis.

Tim Tones, personagem de Chico Anysio, que passava a sa-colinha em programa de humor nos anos 1980–90.

Família que ora unida...

No site do Mien, a esposa do ex-deputado, pastora Thaise Castelo Branco, disse que “o Mien vem se destacando por-que além de levar a palavra de Deus, também faz um trabalho social forte”.

...Permanece unida!

O trabalho social conta com apoio do fi lho de Sabino, o vere-ador Reizo Castelo Branco (PTB).

Gás chegou, diz a Cigás

A Companhia de Gás do Ama-zonas (Cigás) disse que desde fevereiro de 2010, somente no segmento termoelétrico, for-nece gás natural para sete usi-nas em Manaus e outras quatro no interior (Anori, Caapiranga, Anamã e Codajás). A usina de Manacapuru ainda não utiliza o gás natural, mas a palavra fi nal depende da Amazonas Energia, que é a responsável pelo consumo.

Foi uma resposta ao questio-namento do vereador Mário Fro-ta (PSDB), publicado na coluna Contexto, com o título “Perguntar não ofende, cadê o gás?”.

60% de energia

A Cigás disse que atualmen-te, mais de 60% da energia consumida na Região Metro-politana de Manaus é produ-zida a partir do gás natural.

E que, desde 2007, a Compa-nhia já investiu mais de R$ 220 milhões na implantação de dutos na capital amazonense, que hoje apresentam uma extensão de 88 quilômetros pela cidade.

Perguntar não ofende

Está dado o recado da Cigás.Agora o que não fi cou explicado

é que, se o gás vinha para comba-ter o alto custo do diesel consu-mido nas termoelétricas, por que a conta de luz não baixou, como foi cantada em verso e prosa?

Natal no cinema

Quem pensava que durante o feriado de Natal os cinemas de Manaus estariam vazios, se enganou.

No Shopping Ponta Negra, Zona Oeste, a partir das 14h, a fila para compra de ingressos era gigante.

‘Star Wars’

E, mesmo depois de uma se-mana de estreia, o fi lme “Star Wars: o Despertar da Força”, con-tinua sendo o mais procurado pelo público.

Fuzuiê na matinê

Amantes do cinema que vão para assistir à guerra nas telas, acabam vendo guerra contra as máquinas de compra eletrônica de ingressos.

Aqueles que hoje utilizam muito pouco dinheiro em espécie, prefe-

rindo as facilidades dos cartões de crédito e débito para pagamento, tiveram um ataque de nervos ao enfrentar mais de 30 minutos na fi la e deram de cara com máqui-nas fora do sistema operacional.

A revolta foi geral e o corre-corre para o caixa eletrônico, também.

Confusão

Cliente do Itaú, que mantem parceria com o Cinépolis, que dá 50% de desconto no valor do ingresso, fi cou revoltado ao saber que a promoção só é válida nas operações com cartão.

Raivoso

Com o sistema indisponível ele não obteve o desconto. E aí o bicho pegou. Mesmo apresentando o cartão do banco, o benefício foi negado.

— Isso é um absurdo! Não tenho culpa se o sistema de cartões está fora do ar. Tenho os meus direitos. Quero o meu desconto! - gritou o cliente esmurrando o balcão.

Filme triste

Depois de muita discussão, o cliente foi vencido pela in-transigência.

Perdeu a paciência e foi para casa, sem ver a saga de “Star Wars”.

Se deu bem

O passar dos anos só fez bem ao senador Jader Bar-balho (PMDB-PA).

Desde que completou 70 anos, em outubro de 2014, o ex-presidente do Congresso se livrou de oito acusações criminais no Supremo Tribu-nal Federal (STF).

Na política amazonense, como na natureza, nada se perde, tudo se transforma. É o caso do ex-deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB) que, derrotado nas urnas,

virou pastor e abriu a própria igreja. Aproveitado os dias longe do parlamento, ele vem se dedicando ao Ministério Internacional Evangelizando as Nações (Mien) do qual é presidente.

Desde que perdeu as eleições, em 2014, Sabino virou pastor e é presidente do ministério.

Sabino, pastor?... ó Glória!

E ao nosso reino, nada? [email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para o abandono das ruas do Polo Industrial de Manaus (PIM), entregues ao mato e aos buracos, enquanto a Suframa tenta empurrar a culpa para a prefeitura. No início de 2015, a Suframa anunciou um convênio para o asfaltamento das 31 ruas do distrito, mas o ano acabou e a coisa não saiu do papel.

Buracos da Suframa RICARRDO OLIVEIRA

Para o garçom Fábio Júnior, de 35 anos, que tira R$ 250 do salário que recebe como garçom na Petrobras, compra panetones e caixas de chocolate e vai fazer a distribuição na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília. Longe da família, que mora em Minas Gerais, Fábio busca a alegria do Natal no sorriso dos outros.

Sorriso de NatalDIVULGAÇÃO

[email protected]

Nono nono nono

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO Acostumado a me emocionar com

os belos espetáculos que a Secreta-ria da Cultura oferece à cidade ao fim de cada ano, com o já consagrado título de “Glorioso”, no entorno do Teatro Amazonas, fiquei realmente muito preocupado quando soube que seríamos privados do evento, em razão de todas as dificulda-des financeiras que ora assolam o país inteiro.

Mas como a maior característica da realidade é aquela de impor-se ir-recusável e inegável a tudo e a todos, nada a fazer, a não ser lastimar, pois dinheiro não dá em árvore e nem cai do céu e o “Glorioso”, evidentemente, até pela sua magnifi cência, haveria de custar uma boa grana. Nada restou ao secretário Robério Braga senão reduzir o projeto original, a co-meçar por transmudá-lo para dentro do teatro, reduzindo a sua extensão espacial e levando a sua exposição a quantos não coubessem dentro, por meio da utilização de grandes telas no largo de São Sebastião.

Enganei-me e me penitencio por-que pensei numa inevitável perda de qualidade, sem considerar as pecu-liares qualidades do Robério, embora o conheça desde antigos carnavais. Num voto de confi ança, fui assistir a “Lágrimas de Brinquedos”, lembran-do a fi gura de Alfredo Fernandes e preparado para um arremedo simpli-fi cado dos belos espetáculos exibidos no largo, nos anos anteriores.

Não tenho qualidades e nem pre-tensões para me arvorar à condição de um crítico de artes cênicas, mas, mesmo assim, como não sou um poste, o espetáculo chegou à minha sensibilidade com muita força.

Agora sei que, entre os que vão ao palco e os que se mantêm por trás de tudo, para dar-lhes as condições que não lhes podem faltar, aí incluído o próprio secretário, algo em torno de 200 profi ssionais foram mobilizados

e tudo fi zeram para construir o su-cesso que construíram. Estou a falar de atores, de músicos, de cantores, de iluminadores, de dançarinos, de cenógrafos, de escritores e de quan-tos mais lá se entregaram em seus ofícios e cumpriram com esmero e honra os papéis que lhes couberam, sem esquecer a competente equipe técnica permanente da secretaria.

O espetáculo abre com a música e essa música não vem de playba-ck, mas da nossa já conhecida e plenamente aprovada Amazonas Filarmônica, na primeira noite do espetáculo regida pelo brilhante ma-estro Malheiros. Guiada pela música, revela-se logo a dimensão plástica, bela e oportuna, que vai conduzir o espectador em sua viagem, dentro do que já se terá defi nido como um “musical” e onde os atores vão narrar e encenar o conteúdo.

Como no teatro clássico, há ao fundo um cenário grego a abrigar o coral que narra, explica e dá as margens do enredo. Sou amazonense e manauense, constrangido a reco-nhecer a normal e rotineira pobreza da vida cultural da minha cidade, onde fazem sucesso maior as duplas sertanejas e os grupos de pagode. Nada contra, mas impossível deixar passar em branco os espetáculos que nos enriquecem e educam.

Por isso sou grato ao trabalho e à competência do Robério Braga que, como já disse um dia, consegue unir a efi ciência do gestor à erudição e à sensibilidade do homem culto. A seu respeito, ouve-se como crítica apenas o fato de que há muito tempo comanda a Cultura no Estado. Por isso, já me detive a buscar, entre nós, o nome que poderia substituí-lo. Talvez por canhestrice minha, com todo o respeito aos demais, ainda não consegui encontrar. Então, por esta e por outras, que se preserve o Robério.

De novo o Robério [email protected]

João Bosco Araújo

Sou grato ao trabalho e à competência do Robério Braga que, como já disse um dia, con-segue unir a efi ciência do gestor à erudição e à sensibilidade do homem culto. A seu respeito, ouve-se como crítica ape-nas o fato de que há muito tempo comanda a Cultura no Estado”

Editorial [email protected]

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Page 4: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Dom Sérgio Eduardo

Castriani Arcebispo

Metropolitano de Manaus

Paineldifi cultar fraudes na criação de partidos: agora, as informações sobre os apoiadores das novas siglas serão incluídas em um banco de dados.

Cadeado 2 A Justiça Eleitoral quer fazer cruzamentos para checar a duplicidade de assi-naturas e verifi car se o eleitor já é fi liado a partido político, o que é proibido.

Sofrimento contínuo A opo-sição e aliados de Michel Temer já calculam que, com a chegada dos recursos no Supremo sobre o rito defi nido para o impeach-ment, a novela da deposição de Dilma Rousseff pode se arrastar por todo o primeiro semestre.

Vai levando A estratégia dos dois grupos é prolongar a agonia da petista e tumultuar o ambiente no Legislativo para impedir que ela esboce reação e saia do buraco.

Todos contra um Alveja-do na Lava Jato, o PMDB do Senado engrossa o coro de petistas e quer José Eduardo Cardozo fora do Ministério da Justiça. Sonham em emplacar um nome da sigla para tentar infl uir nas investigações.

Escaldado Cardozo diz a in-terlocutores que se diverte com o movimento: uns querem sua saída porque ele interfere mui-to, outros, porque não interfere. “Não tem jeito.”

Afeto Deputados relatam que Marcelo Aro (PHS-MG), aliado de Eduardo Cunha, tem se referido ao presidente da Câmara pelo nome carinhoso de “papi” em reuniões. Já saiu até um “papito”.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Eleito em 2012 com a promessa de que contaria com a boa vontade do governo federal para engordar o caixa da prefeitura paulistana, o petista Fernando Haddad enfrenta difi culdades em sua relação com o Planalto desde que assumiu o posto.Recentemente, um secretário municipal comentava com o chefe que as obras de dre-nagem da cidade poderiam estar bem mais avançadas se a presidente Dilma Rousseff liberasse os recursos necessários.Ao que Haddad respondeu:– Eu fi caria satisfeito se ela ao menos atendesse os meus telefonemas!

Só dá caixa postal

TIROTEIO

Geddel diz que eu não sou candidato à Presidência em 2018. Fico tão feliz de concordar com ele! Coisa rara de acontecer.

DE EDUARDO PAES, prefeito do Rio e integrante de ala oposta à de Geddel Vieira Lima no PMDB, sobre a possibilidade de candidatar-se à sucessão de Dilma.

Num ano em que os bancos aumentaram os juros e reduziram o crédito, cerca de R$ 12 bilhões do FGTS que estavam à disposição das empresas fi caram simplesmente parados. O motivo? Falta de interessados. Os pedidos de empréstimo até chegaram à Caixa, que administra o FI-FGTS, mas as companhias não mandaram os documentos necessários ou desistiram de agendar reuniões. As em-presas dizem que a recessão e a incerteza sobre quem governará o país as fi zeram revisar planos.

Solitária Em abril, a CCR, de rodovias, recebeu R$ 610 milhões. Depois, ninguém mais. É um recorde negativo para o FI-FGTS, criado para investir dinheiro do fundo de garantia dos trabalhadores em infraestrutura. Em janei-ro, serão avaliados os casos de Rumo, Rialma e Energisa.

Transparência O fundo passou a divulgar na inter-net as recomendações de investimento da Caixa e o voto dos 12 membros do comitê gestor. A medida tenta inibir pedidos de vista desnecessários.

Foco Integrantes do fundo sustentam que um aliado de Eduardo Cunha solicitava mais tempo para analisar os processos para constranger empresas. O Ministério Público diz que o peemedebista já recebeu propina por negócios no FI-FGTS, o que ele nega.

Cobertor curto Partiu do PT e de governadores da sigla a ideia conside-rada “primária” por Nelson Barbosa (Fazenda) de usar as reservas internacionais para obras de infraestrutura.

Wellington Dias, governador do Piauí, sugeriu que parte fosse investida em ações contra a seca.

Vai ter marcha A Fren-te Brasil Popular, que reúne dezenas de movimentos so-ciais, fará encontro no dia 18 de janeiro em São Paulo para defi nir o cronograma de manifestações de 2016. Uma marcha contra o impe-achment de Dilma Rousseff deve ocorrer em Brasília no início do ano.

Planos ousados “Temos obrigação de colocar pelo menos 100 mil pessoas na Esplanada”, afi rma Rai-mundo Bonfi m, coordena-dor geral da CMP (Central de Movimentos Populares). Segundo ele, o objetivo é pressionar os deputados a barrar o processo.

Deixe estar A manifes-tação contra a presidente pensada pela oposição para a segunda quinzena de janei-ro deve fi car para a volta do recesso, depois do Carnaval.

Cadeado 1 O Tribunal Superior Eleitoral aprovou resolução em dezembro para

Neste domingo que cai entre o Natal e o Ano Novo, a Igreja celebra a Sagrada Família. Con-sequência direta da encarnação, Jesus teve uma família. Os evan-gelhos trazem a sua genealogia, para sublinhar o fato que ele é da linhagem de Abraão, portan-to membro do povo de Israel, e também descendente de Adão, parte da família humana. A vida de Jesus em Nazaré já revela a sua identidade e missão. Homem entre os homens, vive como car-pinteiro e é conhecido como filho de José. Vive a vida de seu povo sem chamar atenção até o dia que começa a anunciar que o Reino já tinha chegado, atrain-do sobre si as atenções e a ira das autoridades que conseguiram condená-lo a morte.

A vida da maioria das pessoas se assemelha a vida de Jesus em Nazaré. É no contexto familiar e profissional que vivem seus so-nhos e seus prazeres. Contemplar a Sagrada Família é descobrir va-lores fundamentais, sempre atu-ais e perenes. O tempo do Natal é o tempo propício para reforçar laços, renovar votos, redescobrir a alegria de estar ao redor da mesa comum, de gastar tempo contando histórias, recordando as figuras familiares que marcaram época e permanecem na lembran-ça comum fazendo com que cada família seja única nos seus feitos e nos seus amores, nas suas glórias e tragédias. As famílias chegam a desenvolver falares próprios dando às palavras significados que só seus membros entendem.

Natural que surgisse e se fir-masse na Igreja a devoção a Sagrada Família. Ícones e obras de arte no Oriente e no Ocidente se encarregaram de alimentar a imaginação dos fiéis. José, as

vezes jovem, outro ancião com seus instrumentos de trabalho, Maria que se ocupa com os afa-zeres domésticos, Jesus criança ou adolescente entre os dois. A esta família pedimos proteção e intercessão junto ao Pai. Durante o Sínodo dos bispos, um padre sinodal, bispo de rito grego co-locou em questão a oração que se encontrava no final do texto que servia como Instrumento de Trabalho. Seu argumento foi que não se pode colocar em pé de igualdade duas pessoas humanas, Maria e José e uma pessoa que também tem a natureza divina, Jesus. Sua argumentação foi co-erente e até convincente. Mas ele se esqueceu que a beleza da Sagrada Família está justamente no encontro da divindade com a humanidade. Nisto ela é modelo de todas as famílias.

É na família que a vida acon-tece, é aí que ela se mantém e é defendida, e isto é divino. É na família que fazemos a experiência de amarmos e sermos amados gratuitamente do jeito que Deus ama. É no seu interior que perdoa-mos e somos perdoados, vivendo a misericórdia que é atributo divino. É na família que experimentamos nossas limitações, nossa neces-sidade de carinho e de proteção. Nela vivemos nossa humanidade.

Se quisermos ter um mundo sim-plesmente mais humano é preciso enxergá-lo e construi-lo a par-tir da família. Políticas públicas nas áreas de moradia, educação, saúde, lazer devem sempre levar em conta a realidade familiar. O indivíduo nunca está só, somos todos seres de relações e as fundamentais que criam víncu-los definitivos são os familia-res e aí se entrelaçam o divino e o humano.

Sagrada Família [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Natuza Nery

CONTRAPONTOÉ na família que a vida acontece, é aí que ela se mantém e é defendida, e isto é divino. É na família que fazemos a experiência de amarmos e sermos amados gra-tuitamente do jeito que Deus ama. É no seu interior que perdoamos e somos perdo-ados. Vivendo a misericórdia que é atributo divino”

Quem quer dinheiro?

Frase

IONE MORENO

Elizabeth, rainha britânica, focou na “luz da fé cristã” em sua mensagem anual de Natal, sexta-feira 25. A chefe da Igreja da Inglaterra, de 89 anos, citou a “Bíblia” e falou sobre milhões de pessoas acendendo velas de esperança.

OLHO DA [email protected]

Existe um velho ditado que diz que é melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuri-

dão. Há milhões de pessoas acendendo velas de esperança em nosso mundo hoje. [...] O mundo teve que confrontar momentos sombrios este

ano, mas o Evangelho de João contém um ver-so de grande esperança: ‘A luz resplandece nas

trevas, e as trevas não a derrotaram’

É só por uma questão de reserva de domínio: como ninguém respeita a vaga legalmente consignada a idosos e portadores de necessidades especiais, e não existe uma fi scali-zação igualmente designada, os interessados estão apelando aos cães de guarda para assegurar os seus direitos. Mas até os cães de guarda não são assim tão fi éis...

Elizabeth,em sua mensagem anual de Natal, sexta-feira 25. A chefe da Igreja da Inglaterra, de 89 anos, citou a “Bíblia” e falou sobre milhões de pessoas acendendo velas de esperança.

acender uma vela do que amaldiçoar a escuri-acender uma vela do que amaldiçoar a escuri-acender uma vela do que amaldiçoar a escuri-dão. Há milhões de pessoas acendendo velas de dão. Há milhões de pessoas acendendo velas de dão. Há milhões de pessoas acendendo velas de esperança em nosso mundo hoje. [...] O mundo esperança em nosso mundo hoje. [...] O mundo teve que confrontar momentos sombrios este

ano, mas o Evangelho de João contém um ver-so de grande esperança: ‘A luz resplandece nas

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Polí[email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015

IMPEACHMENT

Dilma aumenta viagens

Política A7

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ULG

AÇÃO

Os municípios do inte-rior do Amazonas po-dem receber R$ 375 milhões referentes a

repatriação de recursos públi-cos, segundo estimativa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e divulgada na última semana. Segundo a CNM, os municípios brasileiros podem receber até R$ 24,5 bilhões com a sanção do Projeto de Lei da Câmara 185/15, aprovada no último dia 15 de dezembro pelo Senado Federal. A lei regulariza a repatriação de recursos do exterior e ainda deve passar

pela sanção da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

Segundo a CNM, a lei dispõe sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e Tri-butária (RERCT). O RERCT é uma declaração voluntária de recursos, bens ou direitos de origem lícita não declarados ou declarados com omissão, remetidos, mantidos no exte-rior ou repatriados por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no país.

Poderão aderir ao regime aqueles que tenham sido pro-prietários desses recursos em períodos anteriores a 31 de dezembro de 2014 e terão 210

dias para aderir ao mesmo, con-tados a partir da publicação da futura lei. Para a CNM, o mon-tante que seria arrecadado com tal projeto ainda é um número desconhecido, pois é difícil men-surar o quanto de dinheiro lícito está fora do país. A ideia deste texto é compreender de forma prática o que é efetivamente proposto pelo PLC, as polêmicas que levanta e como se daria a repartição da arrecadação do tributo e multa incidentes sobre os valores repatriados.

Para a CNM, em tempos de crise econômica, os recursos serão bem-vindos aos municí-pios que poderão aplicá-los na

administração pública. Dentre os Estados, as maiores estima-tivas são para São Paulo e Minas Gerais, que podem receber R$ 3,2 bilhões, além da Bahia que pode receber R$ 2,280 bilhões e Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul, que podem receber mais de R$ 1 bilhão de recursos repatriados, segundo a CNM.

EstimativaNo Amazonas, dos municípios

do interior do Estado, 16 podem receber R$ 3,5 milhões, nove estão na faixa dos que podem receber R$ 4,1 milhões, oito podem receber R$ 4,7 milhões,

quatro podem ter R$ 5,3 milhões disponíveis e outros oito municí-pios podem receber valores que variam de R$ 6,5 milhões a R$ 9,5 milhões. Os demais, podem receber entre R$ 1,3 milhão a R$ 2,7 milhões, segundo a CNM.

EstimativaO governo federal estimou

que, caso o projeto fosse apro-vado, seriam arrecadados de R$ 40 bilhões a R$ 100 bilhões. Segundo a CNM, a estima-tiva diz respeito ao máximo e mínimo previstos a serem arrecadados, ou seja, 30% do montante, efetivamente, repa-triado. Com isso o montante

mínimo que o governo espera repatriar é de R$ 133 bilhões e, o máximo, R$ 333 bilhões.

Para a Confederação, em uma ótica pessimista, onde fossem repatriados R$ 133 bilhões, os Estados receberiam 21,5% deste, consequência da meto-dologia adotada ser a mesma do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Ou seja, os Es-tados receberiam R$ 8,6 bilhões e os municípios receberiam R$ 9,8 bilhões que correspondem a 24,5% da arrecadação prevista. Caso a análise seja feita por um ângulo otimista, os Estados receberiam R$ 21,5 bilhões e os municípios R$ 24,5 bilhões.

AM pode receber R$ 375 milhões, segundo CNMDados são referentes a levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios, na última semana

Segundo a CNM, le-vantamento não inclui Manaus, que também deve ser benefi ciada

CAMILA CARVALHO

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A6 Com a palavraCom a palavraArthur Neto

“Ainda que HOUVESSE UM CLIMA DE maravilhas, NÃO CONSEGUIRIA fazer tudo que FALEI EM 2012”

É natural uma pessoa que tem direito à reeleição pen-sar nisso, mas não posso colocar o car-go acima da normalidade administrativa. O fi gurino para um governante maduro e res-ponsável não é aquele do candidato

Em 2016, será difícil, mas va-mos lutar para ser o melhor possível, pou-pando empre-gos e entre-gando obras para manter a cabeça da cidade erguida. Poderíamos ter feito mais de tudo, mas fi zemos o que foi possível

Não podemos dizer que pas-samos ilesos a crise, mas terminamos o ano bem. Nun-ca pensei que fosse, um dia, colocar como mérito do governo pa-gar em dia os funcionários, e continuar a fazer obras

ASAFE OLIVEIRA

EM TEMPO: Em 2015 o país presenciou uma cri-se econômica e política sem precedentes. Como isso tudo influenciou po-lítica e economicamente o município?

Arthur Neto: Esse foi um ano que a crise econômica puxou a social, e se agravou na política, além da crise ética mais escandalosa que o Brasil viveu. Isso afetou e muito nossa cidade. Se não fosse a crise nós teríamos entregue o shopping popular do T4, que só entregare-mos no primeiro trimestre de 2016. Se não fosse a crise teríamos avançado em várias frentes de obras.

EM TEMPO: Mesmo em meio à crise, os investi-mentos não pararam. Pas-samos um ano de obras na cidade. Diante desse cenário, como o Execu-tivo municipal finaliza 2015? As contas estão em dia ou entraremos 2016 com débito?

Arthur Neto: Não pode-mos dizer que passamos ile-sos à crise, mas terminamos o ano bem. Nunca pensei que fosse, um dia, colocar como mérito do governo pagar em dia os funcionários, e continuar a fazer obras que são duas coisas que são de-ver de qualquer governante. Milhares de prefeituras não estão fazendo isso, mas nós conseguimos pagar salários e com isso injetando (re-cursos) no comércio. Não navegamos com conforto, mas navegamos direito. E, em 2016, será difícil, mas vamos lutar para ser o me-lhor possível, poupando em-pregos e entregando obras para manter a cabeça da

EM TEMPO: Daqui a pou-cos dias entraremos no seu último ano de man-dato à frente do Execu-tivo municipal. Ao longo dos três anos o senhor enfrentou grandes proble-mas: mobilidade urbana, requalifi cação do Centro com reorganização dos vendedores ambulantes, oportunidades de crédi-to aos microempreende-dores, organização dos mototaxistas e taxistas, alterações no transporte público municipal. O se-nhor conseguiu implantar tudo que pretendia durante a campanha em 2012?

Arthur Neto: Ainda que houvesse um clima de maravilhas, não conse-guiria fazer tudo que falei em 2012. Um exemplo são as cre-ches que gostaria de ter construído muito mais. Fiz mais do que outros prefeitos da história de Manaus. Todos fizeram ape-nas uma, que foi na administração do Serafim, eu fiz 14 e pretendo construir mais cinco. Achava que o governo fede-ral ajudava no finan-

ciamento da creche, mas ele racha o va-

lor comigo sendo 45% para o município e 55%

para o governo federal, mas em meio a tudo isso

eles ainda custeiam 10% e eu 90%, ou seja, o valor

de se custear uma creche, é o mesmo de se construir uma. Nós fazemos adapta-ções. Não prometi muitas coisas, mas mesmo assim fiz. Mesmo se não houvesse crise eu não faria tudo.

EM TEMPO: Muito foi feito ao longo do seu man-dato. Quais são os princi-pais desafios do Executivo municipal, em 2016?

Arthur Neto: Sobreviver bem à crise, mas se o Brasil não resolver o impasse polí-tico que está aí agravando a crise econômica, além do impasse moral, o Brasil não voltará a crescer. Medidas devem ser tomadas em 2016 para que em 2017 o país volte ao crescimento e retome a confiança internacional. As principais autoridades do país estão em decadência, mas com tudo que está acon-tecendo prefiro os tempos de hoje, aos de antes, pois vamos limpar tudo isso com o instrumento da democra-cia. Prefiro as mazelas do regime democrático, pois acertamos isso dentro da própria democracia.

EM TEMPO: O atual pro-cesso de impeachment pode ser considerado um golpe?

Arthur Neto: Esse pro-cesso está na constituição e não é golpe. Mas acho que a solução não está no impeachment, pois se houver uma resistência muito gran-de a ele isso custará muito caro ao país. Por outro lado, se ele for necessário e não acontecer pode ser mais caro ainda. O PT, na época do Collor, não achava golpe, e agora eles dizem que é golpe. Porém, penso que é preciso ter uma densidade popular para o impeachment.

cidade erguida. Poderíamos ter feito mais de tudo, mas fizemos o que foi possível. Em três anos entregamos 44 obras de saúde, sendo 35 de unidade básica.

EM TEMPO: Falando em 2016, entraremos um ano atípico: em meio a processos de impe-achment da presi-dente da República e de afastamen-to do presidente da Câmara dos Deputados, te-remos uma elei-ção municipal mais curta e com novas re-gras. O senhor será candidato à reeleição?

Arthur Neto: É natural uma pessoa que tem direito à ree-leição pensar nisso, mas não posso colocar o cargo acima da normalidade ad-ministrativa. Não trabalho com essa variável agora. O fi gu-rino para um governante maduro e responsável não é aquele do candidato. Estou exaurido mais que no ano passado, física e psicologicamente, por conta da luta que temos contando centavos para realizar o melhor possível pela cidade. Não tenho como jogar tempo útil para algo que hoje é inútil. Como sou prefeito quero exercer da melhor maneira o meu mandato, dirigindo Manaus bem. Por isso não penso em eleição e nem em vice ou coisas desse tipo.

EM TEMPO: Além do se-nhor, que por estar no cargo é candidato natural à reeleição, há ao menos três secretários munici-pais que, pela trajetória política, podem ser pré-candidatos ao Legislati-vo municipal (Homero de Miranda Leão, Sildomar Abtibol e David Reis). Como fazer para que o processo eleitoral não contamine a administra-ção municipal?

Arthur Neto: É uma pre-ocupação que tenho. Não quero que afete a adminis-tração. Vou sentar e ouvir quem quer se candidatar e colocaremos isso para ser resolvido.

EM TEMPO: O senhor determinará que os secre-tários que disputarão as eleições se afastem dos cargos, como fez em 2014?

Arthur Neto: É uma hipó-tese. Sou organizado e tra-balho de forma compartilha-da, assim como no judô que se alcança os objetivos por partes. No começo do ano terei ideias bem claras sobre o que farei no início de fevereiro.

Às vésperas de entrar no último ano do mandato, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), fez um balanço das ações do Executivo municipal em 2015. Enfrentando uma crise econômica e política que assolou todo o país, Arthur Neto conseguiu cortar gastos, economizar e manter os investimentos que garantiram a execução de obras essenciais para a cidade.

Fechando 2015 com as contas em dia, Arthur Neto disse que ainda há muito a ser feito em 2015. Com experiência de mais de 20 anos na vida pública, em entrevista ao EM TEMPO, o prefeito de Manaus fez uma análise do cenário político econômico nacional e disse que “se não fosse a crise”, Manaus teria avançado ainda mais.

SEM

COM

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Page 7: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

Presidente aumenta viagens após pedido de impeachmentEm 30 dias, Dilma Rousseff (PT) viajou sete vezes. Maratona de idas e vindas pelo Brasil seguirá até o fi m de janeiro de 2016

DIV

ULG

AÇÃO

Segundo interlocutores, objetivo das viagens é reverter noticiário negativo em agendas positivas com o máximo de participação pública

A presidente Dilma Rousseff (PT) inten-sifi cou as andanças pelo país depois que

o presidente da Câmara, Edu-ardo Cunha (PMDB-RJ), deu andamento, em 2 de dezem-bro deste ano, ao processo de impeachment requerido por juristas, entre outros 34 for-malizados contra sua gestão.

Durante 20 dias de dezem-bro (entre 2 e 22), Dilma fez sete viagens a municípios – mais do que nos 30 dias mês anterior, quando fez três deslocamentos Brasil afora.

A maratona de visitas a loca-lidades diversas está prevista para janeiro de 2016, quando Congresso e Judiciário, em recesso, não vão preocupar o Planalto. O objetivo, diz a reportagem veiculada, ontem, em um jornal nacional, é tentar “neutralizar a maré de notícias negativas” que tem inunda-do do noticiário, revertendo-a em agenda positiva, com o máximo de participação em eventos públicos.

Interlocutores têm dito que Dilma está disposta a discutir com aliados estratégias de reativação da economia, que defi nhou durante todo o ano, e de implementação da re-forma da Previdência. Nesse

sentido, a presidente também deve divulgar uma agenda que tire de foco a imagem do ajuste fi scal, considerada uma pauta desgastante – Olimpíadas Rio 2016 está nos planos, de maneira a tirar do caminho críticas antecipadas ao evento, a exemplo do que aconteceu na Copa do Mundo, no ano passado. “Dilma conci-liou duas viagens em uma só data. No mesmo dia em que foi até a Bahia, ela também foi até Floresta, no sertão de Pernambuco, para inaugurar uma estação de bombeamen-to do projeto de transposição do rio São Francisco que já funcionava há mais de dois meses. Não fosse a posse dos ministros da Fazenda (Nelson Barbosa) e do Planejamento (Valdir Simão), Dilma teria ido até Dourados (MS), na última segunda-feira, para conhecer o Sistema Inte-grado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron).

No entanto, optou por participar apenas da Cúpu-la do Mercosul, no Paraguai, e voltar a Brasília para o evento de mudança no pri-meiro escalão”, diz trecho da matéria assinada pelos repórteres Washington Luiz e Simone Iglesias.

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Page 8: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015A8 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

PODER SEM PUDOR

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Ela [Dilma] está bem”DR. ROBERTO KALIL FILHO, médico das estrelas, após

“exames de rotina” da presidente Modesto, ele

Ministro de João Goulart e dono de grande sabedoria po-lítica, Santiago Dantas disse certa vez a Antônio Balbino, na Faculdade Nacional de Direito, no Rio, cheio de ironia:

- Sou cristão e, como cristão, devo ser modesto...

Ante o silêncio do interlocu-tor, completou:

- ...por isso só peço a Deus que me dê três coisas: cultura, dinheiro e poder.

Impeachment: prova do crime está em nota do BB

Pedalada de R$ 3 bilhõesApenas com o Banco do Brasil,

graças a um único programa, as pedaladas fi scais no ano de 2015 foram de mais de R$ 3 bilhões.

RodapéConsta em uma nota de rodapé da

demonstração contábil do BB, nas fl s. 87 e 88, a confi ssão do crime de responsabilidade praticado.

Alongamento de créditoSegundo o BB, os bilhões que falta-

vam da demonstração contábil eram referentes às “operações de alonga-mento de crédito rural”

Plano safraO valor devido pelo Tesouro Nacio-

nal ao BB por equalização da taxa de juros pelo Plano Safra alcança a cifra de R$ 13,4 bilhões.

Bolsa Família supera R$ 180

bilhões em 10 anosO Bolsa Família já superou a marca

de R$ 180 bilhões gastos desde seu início em 2004 sem integrar políti-cas para reduzir a dependência dos benefi ciários. Apesar de defender o programa que garantiu a sua reelei-ção, a falta do mesmo empenho da presidente Dilma na redução de gas-tos do governo deu força à proposta de corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família para 2016 e destruiu nossa credibilidade no exterior.

Torneira abertaO governo manteve ritmo alucinan-

te de gastos nos últimos dois anos e já distribuiu mais de R$ 25,3 bilhões pelo Bolsa Família desde janeiro.

Previsão otimistaNo orçamento enviado ao Congres-

so, o governo Dilma disse que teria R$ 28,8 bilhões para torrar com o programa sem contrapartida alguma.

Demonstrações contábeis do Banco do Brasil do primeiro trimestre de 2015 contêm as provas das “pedaladas fiscais” no novo mandato de Dilma. O Tesouro, que deveria repassar ao BB os bilhões que bancam o Bolsa Família, reteve o dinheiro. Isso forçou o BB a bancar sozinho o programa social do governo: no 4º balanço de 2014 a dívida era de R$ 10,9 bilhões, e passou para R$ 12,7 bilhões em 31 de março de 2015.

PerrengueApesar de ter mais famílias atendi-

das, o Bolsa Família terá, em 2014, o pior aumento de gastos desde a sua criação: 1,9% em relação a 2013.

Máquina de boquinhasNa pressa para acomodar aliados

na estrutura pública, o governo petis-ta criou, entre outras 41 estatais e subsidiárias, a Empresa Brasileira de Legado Esportivo. Foi instalada em 2010 e sepultada no ano seguinte, mas custou R$ 4,65 milhões aos cofres públicos.

Futurologia furada ISem notícias boas, o governo re-

correu à “futurologia” e previu infl a-ção de 4,8% para 2017. Em 2014, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) dava como certa infl ação de 7,5% em 2015. Errou feio: será de 11%.

Futurologia furada IINo mesmo discurso, Barbosa mos-

trou todo o seu conhecimento técnico ao prever crescimento de 1% da economia este ano. O último boletim Focus do Banco Central prevê quedas de 3,7% (2015) e 2,8% (2016).

É crimeO presidente que atentar contra o

livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público ou dos Poderes dos Estados estará cometendo crime de respon-sabilidade previsto na Constituição.

Corda bambaO garotão Leonardo Picciani (PM-

DB-RJ) encerra o ano na liderança da

bancada peemedebista na Câmara, mas confi dencia a aliados que teme ser destituído novamente em janeiro.

Governo perdulárioO senador Antonio Reguff e (PDT-

DF) votará contra o relatório de Acir Gurgacz (PDT-PR) que pede aprovação das pedaladas de Dilma. “Um governo não pode gastar mais do que arrecada”, pondera Reguff e.

Dúvida no ar“O modus operandi da Câmara

foi colocado em xeque”, assegura o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), a respeito da decisão do Supremo que alterou o rito do impeachment de Dilma.

Fogo amigoMichel Temer vem tentando con-

vencer peemedebistas da Câmara e do Senado que a disputa interna do partido benefi cia exclusivamente o PT, que “teme perder espaço na eleição municipal, em 2016”.

Pensando bem…… mentir, enganar ou simplesmente

ignorar a lei não é “estratégia de comunicação”.

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B1

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015

APOSTA

Empreender é a saída para 2016

Economia B4 ARQ

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Ano-Novo pode ser maisassombroso para o PIMPerspectiva do setor para 2016 não são das melhores após um ano de queda na arrecadação e alta taxa de desemprego

EMERSON QUARESMA

De um ano difícil na eco-nomia para um ainda pior é como resumem representantes dos se-

tores econômicos do Amazonas, a perspectiva para a temporada de 2016. As interferências po-líticas são no geral o principal motivo para um ano ainda mais assombroso do que 2015, quan-do o país registrou acentuado índice de desemprego, altas taxas de juros e a pressão da infl ação causada pelo aumen-to de preços dos combustíveis, gás de cozinha, alimentação e energia elétrica.

Todos os índices negativos podem levar a situações pio-res nos próximos 12 meses pelo agravamento da falta de confi ança dos consumido-res que afetam o comércio e os serviços, bem como dos investidores nacionais e es-trangeiros que, segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ama-zonas (Fieam), Nelson Azevedo, podem prejudicar ainda mais a indústria brasileira.

Azevedo aponta que, se 2014 não foi um ano bom, 2015 foi ainda pior e para 2016 ele afi r-ma que o setor não tem grandes perspectivas de retomada do crescimento. “A crise generali-zada no país não é um problema causado pela economia, mas é uma crise institucional, causada pela política que infl uencia em todas as atividades econômicas do Brasil”, avalia.

Segundo ele, o Polo Industrial de Manaus (PIM) que começou 2015 com, aproximadamente, 126 mil empregos, deverá fe-char a temporada de produção com 94 mil empregos. Já o faturamento que em 2014 que foi de R$ 83 bilhões, neste

ano, segundo o Azevedo, será de até R$ 76 bilhões, uma queda média de 9%. Quando calculado pelo dólar, o prejuízo será de 33%, uma vez que no ano passado o PIM registrou faturamento de R$ 37 bilhões, e neste ano deverá arrecadar de R$ 24 a 25 bilhões.

“Quando a economia está ruim no país nós sentimos um impacto muito grande. Os bens de consumo duráveis que nós produzimos são as primeiras coisas que as pessoas deixam de comprar em momentos de crise. Os juros altos, a infl ação alta, o desemprego em todos os setores impacta diretamente no consumo, porque sem con-sumo o comércio não vende, por isso não tem pedidos para a indústria, que não produz e ajusta todo o seu programa de produção com redução de pessoal”, explica Azevedo.

Para o próximo ano, o vice-presidente do Fieam diz que a indústria torce para que o governo trace caminho novo para retomada da credibilidade do país e reconquiste a con-fi ança dos consumidores e dos investidores. Sem isso, a crise poderá acentuar as perdas que a Zona Franca de Manaus (ZFM) registrou com o fechamento de fábricas que deixaram inúmeros prédios nos distritos industriais e que hoje fechados estão para aluguel ou venda.

Sem uma luz no fi m do túnel, Azevedo aponta que o mês de janeiro será de preocupação por conta da crise política quer vive o país, com a ameaça de impeachment contra a presi-dente Dilma Rousseff e as inde-fi nições quanto ao comando da Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha tem contra ele uma série de graves acusações de corrupção.

Para o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos e Ele-trônicos e Similares de Ma-naus (Sinaees), Cleso Pia-centini, de maneira geral o país precisa primeiro entrar no eixo no seu ambiente político, para somente de-pois colher resultados na economia. “Porque do jeito que está eu não acredito em retomada. A perspectiva é totalmente ruim porque po-liticamente a coisa está de-sando no Brasil”, comenta.

Piacentini avalia que, nem mesmo a abertura à importação que o novo governo da Argentina sina-lizou neste mês conduzirá a retomada dos investimen-tos em abundância, mes-mo sendo o país vizinho um dos principais clientes do PIM na América Latina. “Honestamente falando, a

reabertura da Argentina para o mundo está longe de sanear a situação que estamos vivendo hoje. Es-tão achando que a Argen-tina pode salvar a nossa indústria. A mudança é boa, mas não é sufi ciente. O nosso mercado domésti-co que precisa melhorar e muito”, observa.

E para o mercado domés-tico se recuperar, o industri-ário diz que o Brasil precisa repensar as políticas sociais e as reformas. O que ele acredita que não será efeti-vado com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que assumiu o posto no lugar de Joaquim Levy. “O novo ministro mais assusta do que ajuda. O Levy queria uma política maia austera, e ele [Barbosa] quando minis-tro do Desenvolvimento ia no rumo contrário”, aponta.

Os trabalhadores são mais otimistas quanto ao novo ano, apesar da alta taxa de demissões de 2015. Para o presidente do Sindi-cato dos Trabalhadores da Indústria de Plástico, Fran-cisco Brito, ao sair de um ano de difi culdade, ele ainda espera um primeiro trimes-tre negativo por conta da reorganização do setor, mas enxerga uma luz no fi m do túnel, a partir de abril.

No segmento de plástico do PIM, Brito aponta que neste ano as perdas serão priores que as de 2014. Enquanto no ano passado o índice de o número de vagas ocupadas foi 19% menor em relação a 2013, neste ano a média será de 27% em relação ao ano passado. E para o começo de 2016, ele diz que poderá ocorrer mais demissões.

“As empresas já demi-tiram tudo que tinha que demitir. E se elas demitirem mais, quando começar a melhorar elas vão correr atrás daquelas que segura-ram os seus profi ssionais”, observa o sindicalista.

Mas, a recuperação da economia e dos empregos, segundo Brito, deve come-çar com a queda do presi-dente da Câmara dos Depu-tados, Eduardo Cunha, que para ele é um dos grandes responsáveis pela instabili-dade política do país, a qual afeta gravemente todos os setores econômicos.

“Quando chegar abril, con-seguimos ver uma luz no fi m do túnel, porque é uma crise mais política do que eco-nômica e na hora que esse cidadão [Eduardo Cunha] não grato cair, a Câmara vai melhorar”, comenta Brito.

‘País precisa entrar no eixo’ Uma luz no fi m do túnel

Fieam aponta que setor deve fechar 2015 com, aproximadamente, 94 mil empregos, enquanto em 2014 fechou com 126 mil postos ocupados

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Indústria amazonense fechará 2015 com prejuízo de, aproximadamente, 33% na arrecadação

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015B2 Economia

Márcio Vieira

Graduado em Comu-nicação Social

Especialista em Marketing

Palestrante em técnicas de vendas

e atendimentoConsultor em

marketing e posicio-namento

Mais uma vez, caro leitor, vamos dar uma pausa nas discussões sobre processo de vendas. Hoje é dia 27 de dezembro e, embora o Natal tenha ficado para trás - e talvez você tenha atin-gido suas metas de vendas, ou não – é hora de pensar em algo muito importante, pois o período de crise con-tinua, independentemente de datas festivas.

Mais do que nunca é hora de inovar. Muito mais do que antes é hora de pensar dife-rente. A crise, em geral, nos causa temor e cautela; ela tem o poder de nos desafi ar, po-rém, embora percebamos os efeitos da crise, nem sempre é fácil saber como superá-la. Muitos esperam o tempo pas-

sar; imaginam a crise como uma chuva. Por outro lado, as suas dívidas e seus compro-missos são imediatos e não dá para fi car esperando. Mas, como inovar? O que se deve fazer para começar o pro-cesso inovador? Como isso tudo começa? São perguntas comuns que podem surgir.

De forma prática. Penso que um bom caminho é es-tabelecer uma meta. Ela vai te desafi ar e fazer com que você refl ita sobre ela e busque meios de atingi-la. Ao fazer isso, você já começou o pro-cesso inovador. Fatalmente ao pensar na meta você vai ponderar processos, estabe-lecer críticas ao seu produto, ou produtos, refl etir sobre o que tem feito e os resultados

obtidos. Pronto. Sua mente está começando a desenvol-ver uma postura inovadora.

Vejamos um exemplo. Na semana anterior, um determi-nado vendedor, ou empresário, teve um volume de vendas com o qual ele não está satisfeito. Ele pensa um pouco e estabe-lece uma meta.

- Diferente da semana an-terior, nesta semana quero aumentar minhas vendas e 20% (considerando que esse é um percentual bom para os negócios).

- O que devo fazer para atingir essa meta? Pondera o empresário ou vendedor.

- Onde errei na semana pas-sada? O que preciso mudar?

Nesse exercício, ele começa a pensar em soluções e uma

delas pode surgir como uma importante inovação para o negócio, fazendo com que em vez de 20%, o faturamento aumente em 30%, 40% ou até mais. Note bem: a inovação traz lucros, portanto invista nela. Invista tempo, pensa-mentos, criatividade, intuição e, se puder, dinheiro.

Além de estabelecer uma meta como um desafio para a inovação, é importante ouvir a opinião de clientes, fun-cionários, amigos, familiares buscar pesquisas de mercado disponíveis na internet, ob-servar sua valiosa concor-rência e tentar identificar as necessidades e desejos dos seus clientes. Em suas pes-quisas, invista algum tempo conhecendo o conceito e o

significado amplo que é a inovação. Você vai desco-brir que inovação não é algo restrito a grandes empresas ou vinculada à tecnologia de ponta ou sistemas de infor-mação. A inovação está, sim, ao seu alcance. Eu garanto.

Para os negócios, a pala-vra de ordem do momento é inovação. Uma pesquisa recentemente divulgada pela The Boston Consulting Group (BCG) mostrou que o Brasil está fora da lista das 50 empresas mais inovadoras do mundo. Isso é um dado ruim para nós, brasileiros. Portanto, não perca tempo.

Comece a inovar. [E fature mais.Até o próximo domingo, no

ano que vem.

A palavra de ordem nos negócios [email protected]

Técnicas e conhecimento combatem crise

TURISMO

Dólar alto pode favorecer o setor no próximo anoCECÍLIA SIQUEIRA

A alta do dólar e do euro deve tornar o Brasil um destino mais palpável para os turistas estrangeiros que pretendem conhecer as belezas naturais brasi-leiras em 2016. Segundo a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), com a proxi-midade das Olimpíadas, a perspectiva para o turismo no Amazonas deve fi car ainda melhor.

De acordo com o diretor de turismo da Manauscult, João Araújo, o país se torna atrativo aos olhos dos estrangeiros porque ele fi ca mais barato para consumo em relação a outros lugares do mundo.

“Os portões de entrada como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Fortaleza, têm uma perspectiva muito maior de receber esse con-tingente porque os turistas estrangeiros buscam praia e, no caso do Amazonas, especifi camente, a natu-reza”, explica Araújo.

Se a exuberância e di-versidades naturais são o maior atrativo, Araújo fri-sa que em tempo de jogos Olímpicos o movimento de turistas na região deverá ser intenso, sendo inclusi-ve comparado ao trânsito de pessoas durante a Copa

de Mundo, pois a capital amazonense é a única do Norte do país a ser uma das sedes do evento esportivo.

“O que nós imaginamos para um futuro de 2016 seja que com as Olimpí-adas, haja um atrativo a mais para que as pessoas possam vir pra Manaus, tendo como portão de entrada Lisboa, em Por-

tugal, através da TAP Li-nhas aéreas, para chegar diretamente ao Norte do País. Existe também essa perspectiva via EUA, prin-cipalmente pela crescente vontade de visitar o Esta-do por conta da natureza exuberante que existe”, reitera Araújo.

Além dos visitantes de lugares mais longínquos, os turistas dos países vizinhos que integram a Panamazônia também são muito esperados.

ACA aponta insegurança devido a ameaça de impeachment contra a presidente Dilma, mas aposta no público diferenciado que prestigiará os jogos olímpicos

Política preocupa comércio que aposta nas Olimpíadas

EMERSON QUARESMA

Apesar de um movimen-to aparentemente bom nas últimas semanas do fi m do ano, o co-

mércio varejista amazonense não espera recuperação do ano ruim que foi 2015, e não alimenta boas perspectivas para os próximos 12 meses do ano novo. Mas, conforme os empresários, tudo dependerá dos passos que serão dados no campo político no primeiro semestre para que os comer-ciantes mudem as expectati-vas com relação ao ano novo e de como se dará a organização dos Jogos Olímpicos.

De acordo com avaliação da Associação Comercial do Amazonas (ACA), o comércio varejista do centro da cida-de conseguiu um movimento melhor do que os shoppings centers. Mas, segundo o pre-sidente da entidade, Ismael

Bicharra, isso porque o poder de compra das pessoas caiu e nesse sentido elas passaram a procurar preços mais baixos. Para ele, esse movimento é um sinal de que o nível pode cair ainda mais em 2016. “Hoje estamos próximos de um equi-líbrio. Mas, somente se os dois (Centro e shoppings) tivessem bem, nós poderíamos dizer que seria bom”, observa.

Enquanto para a indústria, a mudança no Ministério da Fazenda com a entrada de Nelson Barbosa no lugar de Joaquim Levy, “assusta”, para o comércio ela pode signifi car retomada, segundo Bicharra. A sua avaliação se deu no momento em que o mercado sinalizava queda do dólar e subida da bolsa nacional. Mas, no geral, ele observa ainda muita insegurança, dado o cenário de incertezas geradas pela ameaça de impeachment contra a presidente da Repú-

blica, Dilma Rousseff .“O que percebemos é que

a mudança [no Ministério da Fazenda] criou uma nova ex-pectativa no mercado. Mas, para o cenário de 2016 exis-te uma preocupação muito grande por conta de um im-peachment que está anda-mento. Isso, possivelmente vai provocar problemas es-truturais”, aponta Bicharra.

Entre os problemas estrutu-rais elencados pelo presidente da ACA estão as incertezas pelas tão esperadas reformas tributárias, trabalhistas, pre-videnciárias e políticas, que país tanto precisa. “O impea-chment gera muitas incerte-zas. O mercado internacional não tem que em quem confi ar num país de incertezas. Esta-mos vendo quedas nas agên-cias reguladoras. E isso tudo está transformando a nossa economia em algo muito ne-gativo”, observa.

OlimpíadasDiferente da Copa do Mundo

de 2014, Bicharra avalia que, se tudo ocorrer bem com a or-ganização das Olímpiada 2016 - quando Manaus receberá 6 partidas de futebol, entre o feminino e o masculino -, desta vez o comércio poderá tirar um bom proveito. Segundo ele, na Copa, a expectativa foi muito grande, os empresários fi ze-ram alto investimentos, mais não teve retorno.

“O movimento começou a desabar a partir do segundo jogo. Mas, as Olímpiadas são um público mais selecionado. Na Copa, o comércio fez su-cesso limitado aos bares do Centro, mas nos restaurantes não. As delegações que virão para as Olimpíadas são for-madas por pessoas com poder aquisitivo alto. Eu acredito que nesse cenário teremos bons resultados”, avalia o presidente da ACA.

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Movimento nas ruas do Centro, durante as últimas semanas do ano, não anima o setor para o novo ano, que começa carregado de incertezas

Para estrangeiros, o país fi ca mais barato na hora do consumo

TORCEDORES

Para atrair ainda mais os turistas inte-ressados na região, a Manauscult investi-rá em divulgação nos países que jogarão em Manaus, já que a maior parte dos visitantes deverá ser de torcedores

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015B3Economia

Setor com expectativas sobre as obras públicasNa Construção Civil, de um lado os empresários aguardam licitações, de outro, os trabalhadores estimam 1,5 mil novas vagas

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Em 2015, número de empreendimentos lançados em Manaus foi bem menor do que em 2014, diz Sindicato

No rumo contrário das perspectivas da indús-tria e comércio, o se-tor da construção civil,

após um ano de difi culdades, vislumbra uma leve recupera-ção em 2016 . Estimativa de dos representanrtes de em-presários e trabalhadores é de uma geração de pelo menos 1,5 mil vagas de empregos, decorrentes de lançamentos de obras públicas e particulares.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Construção Civil (Sinduscon) Frank Souza, em 2015, o nú-mero de novos empreendi-mentos foi bem menor que os alcançados em outros anos do auge do mercado imobiliário local e nacional, entre os anos de 2008 e 2013.

Ele afi rma que em 2016, o setor espera conseguir se manter sem grandes perdas de postos de trabalho. No entanto, com uma boa expectativa de um crescimento no volume de licitações para o próximo ano.

Para Souza, a inadimplência é um dos principais proble-mas do setor, como o com o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Para que isso fosse

resolvido, o presidente do Sin-duscom afi rma que, em junho de 2015 houve uma cobran-ça forte ao Governo Federal para que cumprissem com os pagamentos atrasados e empresas amazonenses che-garam a receber pagamento na ordem de R$ 600 mil.

Apesar das difi culdades que

o setor enfrenta, Souza diz que não há notícias de atra-sos de pagamentos tanto nos salários dos trabalhadores, assim como no pagamento de decimo terceiro. “Isto nos causa muitos transtornos, as empresas têm difi culdade de saldar suas dívidas com forne-cedores, folha de pagamento e todos os envolvidos na cadeia construtiva. E isso gera um efeito cascata, a demora dos

pagamentos gera a inadim-plência fi scal das empresas onde elas fi cam impossibili-tadas de participar de novas licitações pela falta de certi-dões”, completa.

TrabalhadoresPara o presidente do Sin-

dicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Manaus (Sintracomec-Am), Cicero Custodio, desde 2014 o de-semprego no setor tem sido grande, e em 2015 o índice se elevou ainda mais. Mas, para 2016, ele espera uma temporada melhor por con-ta do lançamentos de obras públicas que vão abrir novas vagas de empregos.

Segundo ele, há a previsão da construção de 10 mil ca-sas pelo Minha Casa Minha. E aponta ainda a construção de 4 presídios, sendo no Rio Preto da Eva, outro na BR-174 e os outros 2 estão planejando para Iranduba e próximo do Pau-Rosa ou do Puraquequara.

“A primeira começa em mar-ço com 800 trabalhadores. E tudo indica que será na BR 174”, explica Custódio. Ele ressaltou que haverá lançamentos no setor privado, o que melhorará ainda mais as expectativas dos trabalhadores do setor, com a

DÍVIDA

As dívidas do progra-ma Minha Casa Mi-nha Vida, de acordo com o Sinduscon-AM, que chegaram a R$ 1,6 bilhão em nível nacional, foram ame-nizadas neste ano com pagamento de 30, 60 e 90 dias

geração de, aproximadamente 1,5 mil vagas a mais em rela-ção a 2015.

Custódio afi rma que em 2014 houve um desgaste muito grande com construtoras que contratam terceirizados. Cerca de 700 empresas apresenta-vam problemas. Segundo ele, o sindicato conseguiu resolver

alguns problemas fazendo com que o número de terceirizadas diminuisse para 400.

“Pelas empresas principais não temos muitos problemas. O grande problema é com as terceirizadas que não cumprem com o que está na convenção, que está na lei”, diz o sindica-lista. “O terceirizado não quer

pagar 13º, não quer dar cesta básica, não quer assinar cartei-ra. É a pior coisa na construção”, afi rmou Custódio ao ressaltar que é impossível chegar a zero a terceirização, porém, segundo ele, o sindicato quer que as ter-ceirizadas fi quem no mercado, mas apenas as que ele classifi ca como boas pagadoras.

ASAFE AUGUSTO

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Page 12: EM TEMPO - 27 de dezembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015B4 EconomiaEmpreendedorismo, uma saída para o desempregoCorecon-AM aposta no empreendedorismo individual para driblar a crise com o défi cit na geração de empregos para 2016

Com o desemprego em alta em todo o país, a aposta no empreen-dedorismo individual

pode ser a saída para driblar a crise e o risco de recessão em 2016, como apontou o Con-selho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM). De acordo com dados do Ca-dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), di-vulgados periodicamente pelo Ministério do Trabalho e Em-prego e Previdência Social, o Estado do Amazonas perdeu somente no mês de outubro 3.769 postos de trabalho. O défi cit na geração de empre-gos no acumulado de 2015 totaliza 24,9 mil no Estado.

“Se o novo empresário sou-ber escolher o produto e/ou serviço adequado para a re-gião que irá trabalhar bem como analisar a necessidade do público alvo, a aposta no próprio negócio pode até ul-trapassar os ganhos de um trabalhador assalariado após um tempo de investimento. Contudo, os desafi os são gran-des e é preciso planejar”, co-mentaram o presidente do Corecon-AM, Marcus Evange-lista, e o vice-presidente da entidade, Nelson Azevedo.

Segundo informações do Ser-

viço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a cada cem empresas abertas no Brasil, pouco mais de 75 sobrevivem ao primeiro ano, índice que vale também para o Amazonas. “A maioria das pes-soas que pensam em abrir um negócio, muitas vezes, é tomada pelo sentimento de medo por ser um grande desafi o. Porém,

o que muitos esquecem é de se concentrar no principal, que é elaborar bom planejamento estratégico e fi nanceiro e não apenas na ideia”, disse o presi-dente do Corecon-AM.

Para Evangelista e Azeve-do, os novos empreendedores precisam compreender que os desafi os não podem signifi -car impedimento para abrir o negócio próprio.Eles destaca-

ram algumas dicas para quem vai empreender. A primeira delas é não ter medo de com-partilhar a ideia para saber o que outros empreendedores pensam da iniciativa.

“Ao fazer isso os prejuízos serão menores e o sucesso mais real, bem como saber a importância de conhecer o cliente, porque assim a proba-bilidade do sucesso é maior”, frisou Evangelista. “Saber o tamanho do público-alvo é importante, mas não se pode esquecer que é preciso enten-der comportamento, hábitos e rotinas de quem você quer atingir”, apontou Azevedo.

O presidente do Corecon-AM também chamou atenção para a questão da informali-dade que faz muitos empre-endedores pecar. Ele destaca que fugir dos impostos pode impedir o crescimento do ne-gócio. Além de ter o conhe-cimento em administração para o bom desempenho.

Evangelista destacou que um ponto essencial para bons resul-tados é ter uma vida fi nanceira organizada. “Muitas querem ser empreendedores, mas vivem no vermelho não controlam seus gastos. Com organização isso é possível ser deixado de lado, planilhas simples podem ajudar

nesse controle”, destacou.

Despesas separadasNelson Azevedo apontou

outras dicas de sucesso do negócio próprio. Ele conta que muitos negócios acabam por que seus donos não sabem se-parar despesas pessoais das

empresariais. “O novo empre-sário precisa entender que ele é funcionário da empresa e nessa condição tem direito a apena um salário que é seu pró-labore”, declarou.

Outro fator considerado importante pelo economista é defi nir o valor do produto

de maneira realista e cons-ciente. “O empreendedor que planeja e persegue a fi losofi a de cortar gastos e economizar o máximo com certeza será bem sucedido. Negociar com fornecedores é uma boa estra-tégia, além de saber gerenciar o estoque”, contou.

CRÉDITO

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebra-e-AM) trabalha para retirar da informa-lidade os empreen-dedores individuais amazonenses e facili-tar o crédito

Escolher o produto ou serviço adequado ao público-alvo pode ajudar a aumentar os ganhos de um assalariado

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015B5Economia

Álcool produzido a partir de micro-organismos amazônicosPioneiro na Amazônia, coquetel de enzimas com micro-organismos da Amazônia que poderá ser usado na produção de álcool

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AÇÃO

Protótipo do mix de enzimas dos micro-organismos da região amazônica poderá ser concluído até 2017

Para driblar a crise eco-nômica e gerar uma alternativa de combus-tível, a pesquisadora

Pamella Santa Rosa Pimen-tal desenvolverá com apoio do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado do Amazonas (Fapeam) um coquetel de en-zimas com micro-organismos da Amazônia que poderá ser usado na produção de álcool. O protótipo do mix de enzimas deve ser concluído até 2017.

Pioneiro na região amazô-nica, o projeto de pesquisa “Enzyme Blend – Mix Enzi-mático de Micro-organismos da Amazônia para Aplicação Industrial” integra a lista das 40 propostas aprovadas na 1ª edição do Programa Sinapse da Inovação, realizado pela Fapeam em parceria com a Fundação Centros de Refe-rência em Tecnologias Inova-doras (Certi).

Segundo a doutoranda em Biotecnologia, a biomassa (qualquer matéria de origem vegetal rica em celulose) tem emergido como uma das principais estratégias para geração de biocombustíveis obtidos por via enzimática (substâncias do grupo das proteínas que atuam como

catalisadores de reações químicas), como o etanol de segunda geração (bioe-tanol). A proposta é tornar o negócio rentável.

“O desafi o é tornar o bioe-tanol economicamente viável em escala industrial. Nesse cenário, pesquisas e inovação voltadas para o processo de conversão da celulose são

fundamentais para o desen-volvimento de tecnologias próprias e fortalecimento da produção de biocombustíveis no país. Nossa proposta é pro-duzir um coquetel enzimático a base de celulases que são enzimas capazes de degra-dar a biomassa. Essas enzi-mas vão degradar a celulose e gerar a glicose, principal constituinte para produção

de etanol segunda geração”, disse a pesquisadora.

O mix de enzimas de di-ferentes micro-organismos da Amazônia, principalmente fungos, que são naturalmen-te degradadores de celulose, além de inédito também se mostra uma proposta promis-sora, uma vez que indústrias brasileiras de biocombustíveis podem investir nos coquetéis e ter maior rentabilidade com custos reduzidos. A fi bra de celulose está presente em qualquer material de origem vegetal como, por exemplo, em resíduos agrícolas, bagaço de cana e casca de frutas.

“O etanol de primeira ge-ração, que já utilizamos no mercado, é obtido a partir do caldo de cana, no Brasil. Existe a possibilidade de aproveitar-mos tudo o que é utilizado na indústria, no caso da cana, o rejeito que é formado é o bagaço. Você pode transfor-má-lo em etanol por meio da degradação da celulose. Esse processo pode ser feito por meio de processos químicos, mas isso se tornaria caro para a indústria. O ideal para eles (indústria) seria o processo enzimático que é mais barato”, explicou a pesquisadora.

Os micro-organismos pro-

RECURSOS

O Sinapse da Inova-ção é um programa da Fapeam, em par-ceria com a Fundação Certi, que apoia 40 propostas de estu-dantes e pesquisado-res, com recursos na ordem de R$ 50 mil para cada projeto

dutores das enzimas que irão compor os coquetéis foram isolados do solo e de mate-rial vegetal em decomposição no Amazonas. Conforme da-dos do estudo, a maioria das enzimas utilizadas no setor de biocombustíveis no Brasil assim como em outros seto-res (indústrias: têxtil e de de-tergentes) vem de empresas estrangeiras.

Nesse sentido, o desenvolvi-mento de um processo efi cien-

te com novas fontes de enzi-mas possui um alto potencial inovador, com possibilidade de depósito de patentes e atração para indústrias.

Negócio promissorSegundo Pamella, quanto

melhor o desempenho das en-zimas na transformação das moléculas de celulose em gli-cose, menor será o custo para as empresas. “O diferencial é que estamos buscando novas

fontes de enzimas na biodiver-sidade amazônica. Sabemos que o processo de decomposi-ção das folhas é feito por micro-organismos amazônicos que são potentes produtores de enzimas celulolíticas. Preten-demos superar os coquetéis já existentes, aperfeiçoar o processo e fazer o registro de patente. Depois, faremos a transferência de tecnologia e gerar lucro a partir disso”, disse a empreendedora.

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Paí[email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015

REABERTA

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AÇÃO

Depois de registrar o primeiro ataque de tubarão em Fernando de Noronha (PE), a baía do Sueste foi reaberta à visitação esta semana. Com o acesso limitado entre 10h e 15h, não foi registrado nenhum incidente. A praia estava interditada desde a última segunda (21), depois que o turista paranaense Márcio de Castro Palma da Silva, 32, foi atacado por um tubarão.

Famílias atingidas estãovivendo em casas alugadasFamília de Bento Rodrigues atingida por tragédia da Samarco é uma das que passam Natal em casa alugada em Mariana

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AÇÃO

O mar de lama causado pelo rompimento da barragem do Fundão, administrada pela empresa Samarco, em Mariana (MG), fez com que muitas famílias passassem as festas de fi m de ano de maneira triste

Mariana (MG) (Fo-lhapress) - Ori-des da Paixão de Souza, 83, agri-

cultora, trabalhou até os 60 anos. Perdeu seu marido aos 35, teve que criar seus 12 filhos sozinha e ainda adotou mais três.

O resultado disso são mais de 50 netos e 60 bis-netos -ninguém da família sabe dizer qual é o nume-ro exato de descendentes da dona Orides. Neste ano, no entanto, nem todos os parentes compareceram à ceia de Natal.

A família Souza, que vivia em dez casas no vilarejo de Bento Rodrigues, em Ma-riana (MG), está espalhada desde que uma barragem da mineradora Samarco, que tem como sócias a Vale e a anglo-australia-na BHP Billiton, se rompeu, no dia 5 de novembro.

No acidente, cerca de 40 bilhões de litros de lama vazaram, gerando um “tsu-nami” que destruiu o vilarejo, matou peixes, invadiu o lito-ral e deixou um saldo de ao menos 17 mortos - há ainda dois desaparecidos.

Ceia em péO assunto não podia ser ou-

tro na “ceia” da família Souza, improvisada em uma casa alu-gada pela Samarco. A árvore, o cachorro, memórias de Bento Rodrigues - nada escapa do encontro. Não há cadeiras para todos na nova casa.

De pé, embaladas por cer-veja, a família dança a música sertaneja que sai de um peque-no rádio pendurado no telhado por um arame.

“Não temos do que recla-mar, estamos vivos” afirma Sandra Maria de Souza, 48, filha de dona Orides. Nenhum

integrante da família morreu na tragédia.

“Eu vi a lama chegando e pen-

sei que todos estavam mortos”, diz Sandra. “É um alívio poder ver todos vivos”. Um celular é passado de mão em mão entre os membros da família. Mos-trava um vídeo, gravado após a tragédia, com uma borboleta cujas asas tinham um desenho que lembrava Nossa Senhora de Aparecida. A família se con-forma com a situação , tenta se adaptar à vida no centro de Mariana, que concentra a maior parte dos 58 mil mora-dores da cidade. “De antes pra agora? Tem diferença demais. Tranquilidade, só quem vivia ali [em Bento Rodrigues] sabe”.

Nada a comemorarSegundo a mineradora Sa-

marco, 908 pessoas foram realocadas após a tragédia, a maioria delas em imóveis mobiliados pela empresa ou em casas de parentes.

Marly de Fátima Felicio Felipe, 32, mora atualmente no centro de Mariana, no alto de um prédio de dois andares. Faz menos de um mês que enterrou sua mãe, morta na tragédia. Enquanto abana sua fi lha de 3 anos, reclama do calor e da falta de espaço. “Antes eu tinha áreas para estender roupa na frente e atrás de casa, hoje só tem isso aqui.”

DESALOJADOS

Segundo o secretário adjunto de Desen-volvimento Social de Mariana, João Paulo Paranhos, 263 famílias estão em residências temporárias alugadas pela Samarco. A realo-cação até o dia 24 foi uma exigência feita pelo Ministério Público

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015B7PaísPaís

Lago de Sobradinho seaproxima do volume morto Barragem no rio São Francisco é responsável pela geração de 60% da energia hidrelétrica para toda a Região Nordeste

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AÇÃO

Volume morto de um reservatório signifi ca que o volume útil de água acumulado no lago chega à cota zero

Quase 40 anos depois de Sá & Guarabyra cantarem na música “Sobradinho” que “o

sertão vai virar mar”, o sertão está voltando a ser sertão. O lago baiano criado pela re-presa que inspirou a música está praticamente no volume morto, com cerca de 2% de seu volume útil, nos menores níveis de sua história.

A previsão era que ele che-gasse ao volume morto neste mês, mas uma chuva inespe-rada no norte de Minas Gerais e da Bahia fez o reservatório subir pela primeira vez no ano, saindo de 1% para 1,98% na última quarta-feira (23). José Airton, diretor de operações da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), diz que não há segurança de que vá seguir enchendo. Se Sobradinho chegar ao volume morto, as duas das seis turbinas da usina que ainda estão operando terão de ser desligadas. Serão 170 MWh que deixam de ser gerados para o sistema elétrico que terão de ser compensados com energia mais cara.

Mesmo no volume morto, Sobradinho ainda reserva algo equivalente a quatro sistemas de abastecimento da Grande São Paulo cheios. Segundo Airton, é preciso administrar

bem essa quantidade para evitar um colapso.

“O rio São Francisco tem com-portamento pouco confi ável. E isso só vai aumentar para o futuro”, diz Airton, lembrando que já mediu quantidades de água chegando a Sobradinho que eram equivalentes a 5% do que ele está vertendo atualmente. “Se

não tivesse represa, seria o caos.”

Caos e revitalizaçãoA seca, de fato, foi grave.

Nos últimos dois anos chegou ao lago menos de metade da média dos últimos 80 anos, segundo dados da Chesf.

Mas há também problemas com o rio São Francisco, que fazem com que a média de água que chega venha caindo nos últimos anos, enquanto o uso da

água do rio só cresce - inclusive a decisão da presidente Dilma, em 2012, de baratear o preço da energia, o que inviabilizou a produção das térmicas e pres-sionou a vazão dos reservató-rios do São Francisco, secando rapidamente Sobradinho.

“O modelo de operação dos reservatórios da bacia está esgotado”, diz o presidente do Comitê de Bacia do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda.

O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou recentemente um relatório fi nal mostrando que o programa de revitalização do rio São Francisco é um fracasso. Quando começou a fazer o pro-jeto de transposição, o governo prometeu investir R$ 2,7 bilhões na revitalização do rio.

Em 2012 o TCU apontou que o dinheiro era gasto de forma dispersa, sem uma política efe-tiva para a melhora do rio, o que tornava o gasto inefi ciente. Fez várias recomendações para que o governo melhorasse o uso dos recursos, que foram ignoradas.

“O governo junta uma série de ações e chama de revitali-zação só porque está na bacia. Nada contra construir escola e estrada, mas revitalização é outra coisa”, afi rmou Miranda.

Sem revitalização, a situação do rio só se deteriorou ao longo

RUÍNAS

Muitas das cidades cantadas na música que foram alagadas com a formação do lago - que é o maior das hidrelétricas do país (o triplo do tamanho da capital paulista) - estão com ruínas visíveis

dos anos, antes mesmo de ini-ciar a captação de água prevista para abastecer a transposição, que está atrasada em mais de cinco anos e agora é alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de desvio de R$ 200 milhões nas obras.

O governo deverá decidir por uma nova redução da vazão da represa. A vazão mínima

deveria ser de 1.300 m³/s para garantir que até a foz haverá água sufi ciente para manter os ecossistemas do rio. Ela vem sendo reduzida nos últimos dois anos e está em 900 m³/s. Deve passar para 800 m³/s.

A redução deverá aumentar os confl itos já existentes. A quantidade menor é defen-dida por quem usa a água

do lago, como os irrigadores da região de Petrolina (PE), que dependem disso para a produção agrícola. Mas é combatida por quem está na parte à frente do rio, sob o argumento de que há risco de a água fi car mais poluída e criar algas que trazem bac-térias, tornando-a imprópria para consumo humano.

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RESUMO

Dois mortos em dia deprotestos contra israelenses

Um homem e uma mulher da Palestina foram mortos nesta sexta (25) por tiros disparados por soldados is-raelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Mahadia Hamad, 40, pa-lestina e mãe de cinco fi lhos, foi morta por militares is-raelenses quando, segundo a polícia, tentou atropelar uma patrulha de Israel du-

rante uma manifestação em Ramala, na Cisjordânia. Ao perceberem a tentativa de ataque, os soldados dispa-raram contra Mahadia, que morreu no local.

Os ataques palestinos, a maioria com uso de armas brancas ou de atropela-mentos ou tiros, deixaram 21 israelenses e três es-trangeiros mortos.

Aeroporto de Pequim cancela voos por poluição

O aeroporto internacional de Pequim cancelou nesta sexta-feira um total de 83 voos e atra-sou outros 143 pelos elevados níveis de poluição atmosférica com os quais a capital chinesa amanheceu, informou a rede de televisão ofi cial “CCTV”.

O governo municipal de-cretou um alerta laranja o segundo mais alto em uma escala de quatro níveis, en-

quanto as concentrações de partículas sólidas multiplica-vam por 20 os níveis reco-mendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nordeste da China se en-contra imerso em uma densa camada de smog (neblina ge-rada pela poluição) há várias semanas, o que levou a quase 50 cidades e duas províncias a emitir alertas por poluição

Reféns americanos presos no Irã receberão US$ 4,4 mi

Os americanos que foram feitos reféns na embaixa-da americana no Irã em 1979 receberão, após 35 anos, uma compensação fi-nanceira, por meio de um programa aprovado pelo Congresso dos EUA.

Os homens e mulheres, que fi caram 444 dias presos na embaixada em Teerã, rece-berão US$ 4,4 milhões cada

um, ou US$ 10 mil por cada dia de sequestro, iniciado em 4 de novembro de 1979. Parte dos reféns foi solta nos meses seguintes. Ao todo, 52 americanos fi caram presos durante todo o período. O acordo feito para a liberta-ção dos reféns, em janeiro de 1981, proibia que as vítimas pedissem reparações ao go-verno do Irã.

Dezoito refugiados mortos em naufrágio na TurquiaGuarda Costeira da Turquia conseguiu resgatar 21 sobreviventes, incluindo uma criança de um ano, mas há desaparecidos

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AÇÃO

Pelo menos 18 refugiados, incluindo várias crianças, morreram nesta quinta-feira em um naufrágio no

Mar Egeu, na costa da Turquia, quando seguiam para a ilha grega de Lesbos.

A pequena embarcação so-brecarregada, que zarpou da cidade turca de Bademli, virou em um mar extremamente agi-tado, a cerca de quatro quilô-metros do litoral, segundo a agência turca Dogan.

A Guarda Costeira da Turquia conseguiu resgatar 21 sobrevi-ventes, incluindo uma criança de um ano. Duas pessoas con-tinuam desaparecidas, segundo as autoridades. A nacionalidade dos passageiros não foi esta-belecida até o momento.

Apesar do frio do inverno, que transforma a travessia pelo Egeu em uma viagem perigosa, os migrantes continuam se ar-riscando para tentar entrar na Europa, mas em menor número do que nos últimos meses.

Com a queda da demanda, os trafi cantes de seres humanos oferecem agora seus serviços

ao preço de US$ 500 dólares (cerca de R$ 2.000) por pessoa. No verão eles cobravam US$ 1.200 (R$ 4.800), segundo a imprensa turca.

Mas os naufrágios continu-am acontecendo de maneira quase diária.

Pelo menos 13 pessoas, incluindo sete crianças, mor-reram afogados nas proximi-dades da ilha grega de Far-makonissi na madrugada de quarta-feira.

O naufrágio aconteceu pou-cas horas depois da publicação de um comunicado conjunto do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refu-giados) e da OIM (Organização Internacional de Migrações) que destacava a entrada de um milhão de migrantes na Europa em 2015.

Na terça-feira, 11 refugia-dos, entre eles três crianças, faleceram em um naufrágio similar na costa turca.

De acordo com a OIM, quase 3.700 pessoas, em sua maioria vindas de países em guerra como Síria, Iraque e Afega-

nistão, morreram ou desapa-receram desde janeiro no mar. Quase 700 deles tentavam atravessar o Egeu para chegar à Grécia e 3 mil o Mediterrâneo em direção à Itália.

A União Europeia se com-prometeu em novembro com uma ajuda de três bilhões de euros para que Turquia reforce o controle de suas fronteiras e a repressão do tráfico de seres humanos.

Quase 2,2 milhões de refu-giados sírios estão atualmente em território turco.

A guerra civil na Síria provo-cou mais de 250 mil mortes e milhões de deslocamentos em quatro anos e meio de confl ito. Quase 4,4 milhões de pessoas fugiram do país.

O alto comissário da ONU para Refugiados, o portu-guês António Guterres, afir-mou na segunda-feira que é favorável a um “New Deal” para os países limítrofes com a Síria, que recebem milhões de refugiados procedentes desta nação, como Turquia, Jordânia e Líbano. Refugiados zarpam em direção à Grécia em botes improvisados, sem as mínimas condições de segurança

SEM NEVE

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AÇÃO

Esqueça as cenas de frio e neve no fi m do ano em Nova York eter-nizadas pelo cinema. Com as altas temperaturas que atingem a cidade e o nordeste dos EUA, casacões e gorros de lã fi caram no armário e a neve só apareceu de mentirinha, nas vitrines decoradas para a festa. Foi o Natal mais quente já registrado em Nova York, com o termômetro chegando a 22°C na quinta (24).

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OBRAS

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AÇÃO

Batam palmas paraa Marechal DeodoroPrincipal rua do comércio popular do centro de Manaus concentra as venturas e desventuras dos que ali trabalham ou que buscam, em meio ao formigueiro humano, oportunidades de economizar algum trocado

Puxadores, vende-dores, locutores e gente de todas as cores, de todos os

estilos se encontram ou se trombam, sem querer ou de forma proposital, na mais famosa rua comercial de Manaus. E o som mais forte que o grito de promoções e anúncios é o das palmas, porque, “para o cliente en-trar tem que fazer barulho”. Entre traços históricos e emaranhados de fi os dos tempos de hoje, essa é a Marechal Deodoro, mais conhecida como a “rua do bate palmas”.

A estratégia comercial que popularizou a rua vem desde a antiga Zona Franca comercial, quando Manaus recebia vendedores e com-pradores de todo mundo. E até hoje é usada para cha-mar a atenção dos milhares de consumidores que vão até lá atraídos pelo mix

de produtos e de preços. Segundo a gerente da loja Estrela de Ouro, Elisangela Campos a “zuada” dá cer-to e em tempos de crise econômica ela é mais que necessária.

Lugar que com o tempo transformou muitos gal-pões de grandes lojas e prédios antigos em gale-rias para pequenos negó-cios, popularizou o serviço de puxador. Este é outro personagem típico que, com cruzetas com peças de roupas, calçados ou ele-trônicos tem o trabalho de abordar a cliente e atraí-los para as lojas que prestam o serviço.

É o caso do Thiago Silva, 22, e Raimundo Dantas, 24. O primeiro atua na Marechal Deodoro há dois anos e o segundo há quase um. Trocaram suas vidas de auxiliar de pedreiro e serviços gerais para falar alto sobre os produtos e os preços, sorrir para as

pessoas e levá-las aos bo-xes das galerias que eles trabalham. “É uma manei-ra mais fácil de ganhar dinheiro”, comenta Rai-mundo. “Nós chegamos a puxar até 80 pessoas por dia”, afi rma Thiago.

Oportunidades para o mundo

Esse mundo de lojas, galerias, compradores e vendedores, que um dia foi residencial na Manaus de antigamente, ganhou força com a chegada nos anos de 1970, de um povo cuja cultura comercial cor-re nas veias. Há 13 anos em Manaus, o palestino Mohammed Amwas lem-bra que seus imigrantes de países como Líbano, Arábia Saudita, Turquia e Plestina encontraram na região uma oportunidade de levar a vida com o que eles fazem de melhor.

“Meus tios começaram nos anos de 1970 e depois trouxeram os sobrinhos.

Nessa leva vieram os meus irmãos. Eu vim bem depois a passeio para visitar os meus irmãos Maomum e Aymana, mas acabei fi can-do pelas oportunidades”, lembra.

O comerciante que tem

um prédio de seis andares na esquina da Marechal De-odoro com a Quintino Bo-caiúva observa que a expe-riência comercial da rua do “bate palmas” deve muito a cultura árabe. “Nas outras ruas onde não tem árabes

se percebe que o movimen-to comercial é bem menor em relação a da Marechal”, avalia Mohammed.

Ele recorda que os tios começaram como sacolei-ros e depois passaram a comprar pontos comerciais para construir suas vidas em Manaus. “Deixaram o nosso país e construíram família aqui. Depois da Ma-rechal Deodoro a nossa família conseguiu expandir os negócios pela cidade”, conta. Segundo ele, entre os negócios da família em Manaus construídos depois da rua do “bate palmas” estão a indústria de papel Sovel da Amazônia e o Shopping Cidade Leste.

A Marechal Deodoro é uma rua com um dos prin-cipais conjuntos arquitetô-nicos do Centro Histórico de Manaus. Nela, ainda re-sistem ao tempo, fachadas importantes para a história da cidade como a do prédio da família J.G Araújo, da-

tada de 1990 e a dos Cor-reios. Ambos sobreviveram a incêndios que destruíram os seus interiores.

CuriosidadesA rua é uma homenagem

ao primeiro presidente da República do Brasil, o ma-rechal alagoano, Deodoro da Fonseca, que conduziu a mudança do regime de governo no Brasil, com a Proclamação da República, em 1889, fi nal do século 19.

A rua do “bate palmas” começa na rua Marques de Santa Cruz, próximo ao pré-dio da Alfândega, e fi nda na avenida Sete de Setembro, próximo a Biblioteca Públi-ca do Estado.

Na crônica de “Velhos Tempos”, publicada no O Jornal, no dia 28 de agosto de 1960, por André Jobim, a Marechal Deodoro, foi chamada como a pequena “Wall Street”, uma referên-cia ao centro fi nanceiro de Nova Iorque.

EMERSON QUARESMA

HOMENAGEM

A rua Marechal Deo-doro é uma homena-gem ao primeiro pre-sidente da República do Brasil, o marechal alagoano Deodoro da Fonseca, que con-duziu a mudança do regime de governo

RICA

RDO

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EIRA

Conhecida como a “rua do bate palma”, a Marechal Deodoro é uma das áreas de maior concentração do comércio de compras da capital. Entre os lojistas estão árabes, muçulmanos e judeus

Veja outras imagensdeste evento aqui

Patrocínio

GALERIA

Mobilidade urbana e perspectiva

Dia a dia C4 e C5

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015C2 Dia a diaAplicativo para agilizar o atendimento na saúdeA ferramenta deve contribuir na qualidade do trabalho, segurança para o paciente e melhoria dos níveis de formação

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AÇÃO

Projeto inovador está sendo desenvolvido por pesquisadores da Fapeam e deverá está pronto até dezembro de 2016. Tecnologia irá trazer benefícios para profi ssionais da saúde e pacientes

Um aplicativo desen-volvido por pesquisa-dores da Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado do Amazonas (Fape-am) auxiliará no atendimento realizado por enfermeiros nos hospitais e ambulatórios da rede pública no Amazonas. Intitulado “Sistematização de Assistência à Enferma-gem (SAE)”, no aplicativo, de-senvolvido nas plataformas Mobile e Web, será possível planejar todo o processo de enfermagem composto por histórico, diagnóstico, plane-jamento e intervenções para padronizar as informações e garantir mais segurança e excelência na prestação do serviço aos pacientes.

O aplicativo deve estar pron-to até dezembro de 2016. De acordo com uma das idealiza-doras do projeto de pesquisa para desenvolvimento do apli-cativo, Elielza Guerreiro, o app oferecerá diversas vantagens para enfermeiros. Entre elas, a redução de tempo no registro do Processo de Enfermagem (PE) e redução de erros nos enunciados diagnósticos.

“O projeto vai atuar com os cuidados de enfermagem na prática clínica dentro dos hospitais e ambulatórios de saúde. O aplicativo planeja o processo de enfermagem composto como histórico de enfermagem, diagnósticos de enfermagem, planejamento, intervenções de enfermagem, e avaliação da resposta do paciente frente às implemen-tações de cuidados durante 24 horas”, disse Guerreiro.

Atualmente, todo processo é feito manualmente. Com o app, a ideia é garantir a mobili-dade e padronização das infor-mações dentro do ambiente profi ssional da saúde, além da excelência na prestação de serviço para o paciente e seus familiares.

“A tecnologia vem avançan-

fen) que prevê medidas para suprir a lacuna existente no mercado de so� wares.

“Existe em outros países um aplicativo em que o en-fermeiro faz o processo de enfermagem ao lado do leito. Para nós ainda é uma no-vidade e estamos buscando alcançar. O que todo profi s-sional da saúde quer é avaliar o paciente da maneira mais rápida e segura, utilizando a tecnologia, com um tablet ou smartphone, reunindo os prin-cipais sintomas que levaram aquele paciente ao hospital”, disse Elielza Guerreiro.

InovaçãoO SAE é um dos 40 proje-

tos aprovados no âmbito do Programa Sinapse da Inova-ção. Fruto da parceria fi rmada entre a Fapeam com a Fun-dação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), que visa transformar os resultados de projetos de pesquisa de universidades e instituições de ciência, tecno-logia e inovação em produtos inovadores competitivos, além de fortalecer o empreendedo-rismo inovador.

A ideia de criar o aplicativo surgiu ainda no mestrado de

Guerreiro. Com ajuda do fi lho, Jander Cavalcanti, que tem li-cenciatura em Informática, e submeteu o projeto ao progra-ma Sinapse da Inovação está sendo possível transformar a ideia em algo que vai benefi ciar a sociedade.

Responsável pela parte téc-nica do aplicativo, Cavalcanti, explica que neste primeiro mo-mento a ideia e trabalhar com a plataforma android, por ser a mais utilizada no mundo. Para ele, as atividades e reuniões realizadas pelo Sinapse foram importantes para ensiná-los a como empreender. “Temos que

agradecer muito a Fapeam e ao Estado por essa oportunidade. A instituição nos ajudou muito na parte técnica desse projeto de pesquisa”, disse Cavalcanti.

O Programa é uma reali-zação do governo do Estado, via Fapeam, em parceria com a Fundação Certi, com o ob-jetivo de apoiar 40 propostas inovadoras de estudantes, pesquisadores, professores e profi ssionais dos diferentes setores do conhecimento e econômicos com recursos na ordem de R$ 50 mil para o desenvolvimento de negócios e/ou produtos de sucesso.

do muito na área da saúde. Os benefícios dessa ferramenta são a qualidade da assistên-cia de enfermagem, cuidado direto ao pacientes, rapidez no atendimento. Ao invés de escrevermos algo, só marca-remos no check list do apli-cativo, garantindo agilidade, segurança e qualidade”, disse a pesquisadora.

Doutoranda em Enferma-gem com enfoque em Siste-matização da Assistência de Enfermagem, ela explicou que o aplicativo surgiu a partir de uma resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Co-

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015C3Dia a dia

ANA SENA

Presos burlam sistema de tornozeleira eletrônica Tecnologia implantada para controlar o comportamento de presos do sistema semiaberto tem cerca de 30% de violação

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A polícia registrou casos de detentos que, mesmo usando a tornozeleira, cometeram crimes e assassinatos

A grande aposta da Jus-tiça e da Secretaria de Estado de Admi-nistração Penitenci-

ária (Seap) para diminuir a superlotação dos presídios da capital e interior e também com a promessa de uma vigi-lância 24 horas por dia vem se mostrando falha, isso porque somente este ano, mais de 10% dos crimes cometidos na cidade foram realizados por apenados do regime semia-berto monitorados pelas tor-nozeleiras eletrônicas. Segun-do a própria Seap, desde que o sistema foi implementado, em 2014, a porcentagem de violação do aparelho chega a 30%. Hoje em dia, cerca de 450 detentos são monitorados.

Casos como o do presidiário Frank Wilton Pereira da Sil-va, 33, que mesmo usando a tornozeleira eletrônica, matou quatro membros de uma mesma família em setembro deste ano, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste, se repetem com uma frequência. A questão coloca em cheque se a implantação deste sistema é mesmo uma medida segura, tanto para o apenado, quanto para a sociedade.

De acordo com o secretário

de administração penitenciária, Pedro Florêncio, o monitora-mento é um referencial. Atu-almente, uma equipe de dez pessoas são responsáveis por vigiar todos os passos dos ape-nados para impedir que eles saiam da zona delimitada. “Se o apenado sai da área estipulada, a tornozeleira vibra para ele, e

imediatamente nós entramos em contato para saber o que aconteceu. Como se trata de um aparelho eletrônico, é claro que tem suas falhas, muitos detentos quebram e jogam em outros locais para despistar a polícia”, disse.

Ao ser perguntado sobre os crimes que os presidiários mo-nitorados cometem na cidade como homicídio, roubo e tráfi co de drogas, o secretário afi rmou

que é pequeno os envolvimentos desses detentos em crimes na capital. “Como é uma decisão judicial, o juiz da Vara de Exe-cuções Penais (VEP) é quem de-cide qual o detento que merece aquele benefício, é claro que alguns agem de má-fé e acabam matando, roubando e trafi cante, mas esses são minorias e não podem colocar nosso sistema em cheque”, explicou.

Violação O titular do Departamento

de Narcóticos (Denarc), Samir Freire, informou que nos úl-timos meses, muitas prisões foram feitas pela delegacia de chefes do tráfi co que usavam a tornozeleira eletrônica. “Um caso recente de uma das nossas prisões foi de um dos gerentes da facção criminosa Família do Norte (FDN) Johnson Alves Bar-bosa, o “Playboy”, que tirava a tornozeleira e deixava em casa para trafi car. Quando fomos até a residência dele, o aparelho estava em cima da cama e ele estava na rua”, relatou.

Outro caso de violação da tornozeleira por criminosos de alta periculosidade é o da fuga do pistoleiro da FDN Gregório da Graça Alves, o “Mano G”, que alegou ser portador do vírus HIV, para quebrar o monitoramento.

DADOS

Segundo dados da própria Seap, desde que o sistema foi implantado, em 2014, a porcentagem de violação do apare-lho chegou a quase 30%. Atualmente, 450 detentos estão sendo monitorados

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015C4 Dia a dia C5

Perspectivas para o desenvolvimento da cidadeAno olímpico, Manaus começa a pensar em como será a sua estrutura para receber os jogos, e principalmente, os visitantes. Questão da infraestrutura é um dos projetos

Ano Olímpico. Com 2016 batendo à porta, a Pre-feitura de Manaus e o governo do Amazonas

ainda não apresentaram à po-pulação novos projetos que vi-sem a mobilidade urbana, além da conclusão das obras já em andamento.

O período de crise que o país atravessa foi apontado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) como o motivo em relação ao avan-ço de algumas das principais obras iniciadas em 2015, como a construção do Shopping T4, reforma da orla da Manaus Moderna, revitalização da ave-nida Eduardo Ribeiro e outros projetos que não ainda não saíram do papel.

Segundo o subsecretário de obras públicas da Seminf, Antônio Nelson de Oliveira, a prioridade para o próximo ano é entregar todos os trabalhos em execução até o fi nal do pri-meiro semestre. “Reprograma-mos metas para poder entregar todas em 2016. Nenhuma obra está parada, algumas sofreram aditivos de prazo exatamente por conta dessa reprograma-ção. Muitas delas dependem

de recursos federais e a gente tem trabalhado intensamente em Brasília para poder concluir”, explica Antônio Nelson.

Entre as obras estão a orla da Manaus Moderna, o Terminal 2, o shopping T4, Conforme Nelson, após a entrega dos pro-jetos, a prefeitura então dará início a obras de investimento em mobilidade urbana. “A gente pretende começar o projeto de execução do Terminal 6 (T6) no extremo Norte da cidade, no bairro Santa Etelvina. Ele é fundamental para a gente tirar algumas linhas que estão à direita na avenida Constantino Nery e passem a trafegar na Faixa Azul”, conta.

Já Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) infor-mou que dará continuidade ao cronograma de obras da avenida das Flores, Zona Norte, e dos anéis viários Sul e Leste.

Extensão da avenida Go-vernador José Lindoso (das Torres), a construção do trecho 2 da avenida das Flores – que vai da avenida Timbiras até a rua Curió, ambas no bairro Cidade Nova – iniciou em julho do ano passado e até ago-ra, segundo informações da pasta, alcançou apenas 10% de conclusão. A previsão é de que o trecho seja entregue em fevereiro de 2017.

Mais próximo de ser entre-gue, o trecho 4 da via, que parte da rua 7 de Maio, no conjunto Cidadão, Zona Norte e vai até o início da rodovia AM-010, deve ser inaugurado até março do ano que vem. Totalizando 8,2 quilômetros, o trecho está em processo de fi nalização da infraestrutura.

Também prevista para ser entregue no primeiro trimes-tre do próximo ano, está sendo construída desde o dia 26 de novembro a primeira etapa da passagem de nível da avenida das Torres. A instalação do tabuleiro onde deverão passar os veículos deve ser feita em outra etapa.

De acordo com a assessoria da Seinfra, o investimento total da obra na avenida das Flores alcançou R$ 244,4 milhões. Orçado em R$ 245 milhões, outro projeto a ser continuado ao longo de 2016, é a implan-tação dos anéis viários Sul e Leste, que se tornarão um eixo viário entre o Distrito Industrial e o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

Conforme a pasta, o com-plexo deve retirar de circula-ção de carretas do centro da cidade e facilitando o fl uxo direto de mercadorias e de insumos entre o Polo Indus-trial e o aeroporto.

Novas aveni-das estão sendo

construídas para melhorar o fl uxo

de veículos na capital

CECÍLIA SIQUEIRAJOSEMAR ANTUNESTHAIS GAMA

Com os planos de conti-nuar melhorando as ruas da capital amazonense, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) anunciou que os planos para 2016 são de recupe-rar a camada asfáltica em mais de 60 corredores de Manaus. As obras devem ser iniciadas a partir de um convênio fi rmado entre a Prefeitura e o governo do Estado. No último ano, pelo menos 130 quilôme-tros de ruas receberam aaplicação de asfalto.

De acordo com o subse-cretário da Seminf, Antônio Nelson, aproximadamente, 60 corredores viários de-vem receber aplicação de uma camada asfáltica mais resistente. O processo de

recapeamento ocorre em determinadas vias em vir-tude do grande fl uxo de veículos que recebem dia-riamente. “Estamos aguar-dando um posicionamento do governo do Estado para reativar um convênio que foi iniciado no fi nal de 2015, para recapear, apro-ximadamente, 60 ruas, que dá em média, 120 quilômetros de nova capa asfáltica”, informou.

O subsecretário infor-mou que em 2015 os tra-balhos foram feitos em corredores viários como foram os casos das ruas Ramos Ferreira e Leonardo Malcher, no Centro; aveni-das Mirra e Hilário Gurjão, no Jorge Teixeira; Tefé e Costa e Silva.

Corredores viários avançam

Para 2016, cerca de 60 corredores viários serão recuperados

Os jogos de futebol da Olimpíada Rio 2016, em Manaus, não exigirão pro-jetos de mobilidade ur-bana, segundo informou diretor presidente da Fun-dação Municipal de Cultura e Turismo (Manauscult), e também coordenador mu-nicipal da Olimpíada, Ber-nardo Monteiro de Paula. Segundo ele, as ações uti-lizadas na Copa do Mundo 2014, serão repetidas no período do evento Olímpico na capital amazonense.

Os projetos aprovados no encardo da Federação In-ternacional de Futebol (do francês: Fédération Inter-nationale de Football As-

sociation), mais conhecida pelo acrônimo FIFA, foram parabenizadas pela entida-de máxima do futebol. “Todo o plano utilizado na Copa do Mundo será mantido nos jogos de futebol em Manaus. A Fifa nos elogiou e repetir o que deu certo é dar con-tinuidade no ótimo trabalho desenvolvido pelos órgãos organizadores municipal e estadual”, declarou.

Conforme Bernardo Mon-teiro de Paula, o sistema de transporte coletivo será mantido. Assim como ocor-reu na Copa do Mundo, o trânsito sofrerá mudança no seu itinerário. As vias de acesso próximas à Arena

da Amazônia serão interdi-tadas para facilitar o acesso dos torcedores. Os estádios Carlos Zamith, bairro Co-roado e Ismael Benigno, a “Colina” funcionarão como Centros de Treinamentos (CT) para as delegações de futebol masculino e femini-no. Todos estão dentro do cronograma e aprovados no encargo do comitê olímpico.

De acordo com o coorde-nador do comitê olímpico local Manaus 2016, Mau-ro Aufi ero, 10 mil pessoas, sendo 3.200 voluntários, es-tarão envolvidas nas opera-ções de segurança e saúde durante o evento olímpico em dias de jogos.

Herança do período da Copa Coordenador do Comitê Olímpico, Mário Aufi ero disse que 10 mil pessoas devem vir a Manaus nos jogos

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015C4 Dia a dia C5

Perspectivas para o desenvolvimento da cidadeAno olímpico, Manaus começa a pensar em como será a sua estrutura para receber os jogos, e principalmente, os visitantes. Questão da infraestrutura é um dos projetos

Ano Olímpico. Com 2016 batendo à porta, a Pre-feitura de Manaus e o governo do Amazonas

ainda não apresentaram à po-pulação novos projetos que vi-sem a mobilidade urbana, além da conclusão das obras já em andamento.

O período de crise que o país atravessa foi apontado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) como o motivo em relação ao avan-ço de algumas das principais obras iniciadas em 2015, como a construção do Shopping T4, reforma da orla da Manaus Moderna, revitalização da ave-nida Eduardo Ribeiro e outros projetos que não ainda não saíram do papel.

Segundo o subsecretário de obras públicas da Seminf, Antônio Nelson de Oliveira, a prioridade para o próximo ano é entregar todos os trabalhos em execução até o fi nal do pri-meiro semestre. “Reprograma-mos metas para poder entregar todas em 2016. Nenhuma obra está parada, algumas sofreram aditivos de prazo exatamente por conta dessa reprograma-ção. Muitas delas dependem

de recursos federais e a gente tem trabalhado intensamente em Brasília para poder concluir”, explica Antônio Nelson.

Entre as obras estão a orla da Manaus Moderna, o Terminal 2, o shopping T4, Conforme Nelson, após a entrega dos pro-jetos, a prefeitura então dará início a obras de investimento em mobilidade urbana. “A gente pretende começar o projeto de execução do Terminal 6 (T6) no extremo Norte da cidade, no bairro Santa Etelvina. Ele é fundamental para a gente tirar algumas linhas que estão à direita na avenida Constantino Nery e passem a trafegar na Faixa Azul”, conta.

Já Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) infor-mou que dará continuidade ao cronograma de obras da avenida das Flores, Zona Norte, e dos anéis viários Sul e Leste.

Extensão da avenida Go-vernador José Lindoso (das Torres), a construção do trecho 2 da avenida das Flores – que vai da avenida Timbiras até a rua Curió, ambas no bairro Cidade Nova – iniciou em julho do ano passado e até ago-ra, segundo informações da pasta, alcançou apenas 10% de conclusão. A previsão é de que o trecho seja entregue em fevereiro de 2017.

Mais próximo de ser entre-gue, o trecho 4 da via, que parte da rua 7 de Maio, no conjunto Cidadão, Zona Norte e vai até o início da rodovia AM-010, deve ser inaugurado até março do ano que vem. Totalizando 8,2 quilômetros, o trecho está em processo de fi nalização da infraestrutura.

Também prevista para ser entregue no primeiro trimes-tre do próximo ano, está sendo construída desde o dia 26 de novembro a primeira etapa da passagem de nível da avenida das Torres. A instalação do tabuleiro onde deverão passar os veículos deve ser feita em outra etapa.

De acordo com a assessoria da Seinfra, o investimento total da obra na avenida das Flores alcançou R$ 244,4 milhões. Orçado em R$ 245 milhões, outro projeto a ser continuado ao longo de 2016, é a implan-tação dos anéis viários Sul e Leste, que se tornarão um eixo viário entre o Distrito Industrial e o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.

Conforme a pasta, o com-plexo deve retirar de circula-ção de carretas do centro da cidade e facilitando o fl uxo direto de mercadorias e de insumos entre o Polo Indus-trial e o aeroporto.

Novas aveni-das estão sendo

construídas para melhorar o fl uxo

de veículos na capital

CECÍLIA SIQUEIRAJOSEMAR ANTUNESTHAIS GAMA

Com os planos de conti-nuar melhorando as ruas da capital amazonense, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) anunciou que os planos para 2016 são de recupe-rar a camada asfáltica em mais de 60 corredores de Manaus. As obras devem ser iniciadas a partir de um convênio fi rmado entre a Prefeitura e o governo do Estado. No último ano, pelo menos 130 quilôme-tros de ruas receberam aaplicação de asfalto.

De acordo com o subse-cretário da Seminf, Antônio Nelson, aproximadamente, 60 corredores viários de-vem receber aplicação de uma camada asfáltica mais resistente. O processo de

recapeamento ocorre em determinadas vias em vir-tude do grande fl uxo de veículos que recebem dia-riamente. “Estamos aguar-dando um posicionamento do governo do Estado para reativar um convênio que foi iniciado no fi nal de 2015, para recapear, apro-ximadamente, 60 ruas, que dá em média, 120 quilômetros de nova capa asfáltica”, informou.

O subsecretário infor-mou que em 2015 os tra-balhos foram feitos em corredores viários como foram os casos das ruas Ramos Ferreira e Leonardo Malcher, no Centro; aveni-das Mirra e Hilário Gurjão, no Jorge Teixeira; Tefé e Costa e Silva.

Corredores viários avançam

Para 2016, cerca de 60 corredores viários serão recuperados

Os jogos de futebol da Olimpíada Rio 2016, em Manaus, não exigirão pro-jetos de mobilidade ur-bana, segundo informou diretor presidente da Fun-dação Municipal de Cultura e Turismo (Manauscult), e também coordenador mu-nicipal da Olimpíada, Ber-nardo Monteiro de Paula. Segundo ele, as ações uti-lizadas na Copa do Mundo 2014, serão repetidas no período do evento Olímpico na capital amazonense.

Os projetos aprovados no encardo da Federação In-ternacional de Futebol (do francês: Fédération Inter-nationale de Football As-

sociation), mais conhecida pelo acrônimo FIFA, foram parabenizadas pela entida-de máxima do futebol. “Todo o plano utilizado na Copa do Mundo será mantido nos jogos de futebol em Manaus. A Fifa nos elogiou e repetir o que deu certo é dar con-tinuidade no ótimo trabalho desenvolvido pelos órgãos organizadores municipal e estadual”, declarou.

Conforme Bernardo Mon-teiro de Paula, o sistema de transporte coletivo será mantido. Assim como ocor-reu na Copa do Mundo, o trânsito sofrerá mudança no seu itinerário. As vias de acesso próximas à Arena

da Amazônia serão interdi-tadas para facilitar o acesso dos torcedores. Os estádios Carlos Zamith, bairro Co-roado e Ismael Benigno, a “Colina” funcionarão como Centros de Treinamentos (CT) para as delegações de futebol masculino e femini-no. Todos estão dentro do cronograma e aprovados no encargo do comitê olímpico.

De acordo com o coorde-nador do comitê olímpico local Manaus 2016, Mau-ro Aufi ero, 10 mil pessoas, sendo 3.200 voluntários, es-tarão envolvidas nas opera-ções de segurança e saúde durante o evento olímpico em dias de jogos.

Herança do período da Copa Coordenador do Comitê Olímpico, Mário Aufi ero disse que 10 mil pessoas devem vir a Manaus nos jogos

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015C6 Dia a dia

Com o objetivo de deixar a cidade mais bonita para receber os Jogos Olímpicos de 2016, a

prefeitura de Manaus, deverá iniciar nos primeiros meses do próximo ano, a restauração dos prédios do antigo Corpo de Bombeiros, da Câmara Munici-pal de Manaus, da Praça Dom Pedro II, da Biblioteca Municipal e do Hotel Cassino.

Conforme a assessoria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, assim que os docu-mentos de posse forem emi-tidos pelo governo do Estado, as obras devem ser iniciadas rapidamente. Ao todo dez obras

ligadas ao centro histórico se-rão revitalizadas.

Atualmente, quatro espaços públicos localizados no centro da capital recebem obras de recuperação e revitalização, que devem ser entregues até o primeiro semestre do próximo ano. Sendo elas, a praça da Matriz (custo de R$ 5,6 milhões); a recuperação do entorno do mercado Adolpho Lisboa (R$ 3 milhões); a praça Tenreiro Ara-nha (R$2,015 milhões); a praça Adalberto Vale (R$ 284 milhões) e a recuperação do Pavilhão Universal (R$ 411 milhões).

Na praça Adalberto Vale, a obra foi orçada no valor de R$ 376.600,97, o projeto pre-

vê adequação da área quanto à acessibilidade; instalação de bancos e novo sistema de ilu-minação pública; sinalização e paisagismo. O entorno da pra-ça será circundado por jardins baixos, onde serão plantadas árvores e palmeiras. No intuito de aumentar a área de pedes-tre, a via lateral da praça será bloqueada por balizadores de concreto, enquanto uma nova via será aberta do lado Oeste da Adalberto Vale, para resga-tar o fl uxo semelhante ao da década de 20.

Já o projeto do Pavilhão Universal foi recentemente aprovado pelo Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico

Nacional de Brasília, no valor de R$ 411.136,49. Segundo sub-secretário da Secretaria Muni-cipal de Infraestrutura (Seminf) Antônio Nelson, o tempo pre-visto para conclusão das duas obras é de 12 meses. Neste período, o Pavilhão, um dos be-los exemplares da arquitetura neoclássica, será desmontado para passar por restauração das estruturas metálicas e de-mais elementos arquitetônicos históricos. Além de estabelecer maior conexão com a Praça Tenreiro Aranha, situada à frente, o objetivo é posicionar o monumento em um ponto de grande visibilidade, em que terá a função de Centro de

Atendimento ao Turista (CAT).De acordo com a assesso-

ria do centro histórico, todos os projetos do PAC buscam resgatar os aspectos originais de cada monumento. Todas as obras do PAC permitem uma conexão com outras obras de revitalização do Centro Históri-co, do Paço Municipal até o largo de São Sebastião, criando um percurso cultural contínuo entre todos esses pontos turísticos

Na Matriz será feito o resgate do espaço original, na avenida Eduardo Ribeiro a restauração de todo o local, Também have-rá a transferência do Pavilhão Universal da praça Tenreiro Aranha para o centro da pra-

ça Adalberto Vale. O objetivo da transferência é resgatar os aspectos originais da praça da década de 1920.

Ao todo, o PAC Cidades Históricas já destinou cerca de R$ 15 milhões – dos R$ 33,7 milhões previstos – para projetos de recuperação de áreas tombadas no Centro Histórico de Manaus. Ao tér-mino de todas as obras, os monumentos estarão com o resgata completo do período da Belle Époque, bem como a adequação dos espaços, mais acessibilidade, instalação de novo sistema de iluminação pública, sinalização, mobiliá-rio urbano e paisagismo.

Prédios históricos ganham ‘cara nova’ em 2016 No total, dez obras ligadas ao centro histórico, como antigo prédio da Câmara e Hotel Cassino, serão revitalizadas

Obras de reestruturação estão sendo executadas pelo PAC Cidades Históricas. Entre os projetos estão o entorno da igreja da Matriz, o antigo prédio da Cãmara Municipal, a praça Dom Pedro II e praça Adalberto Vale

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Falta de recursos serão obstáculos para o BTRProjeto de sistema para o transporte de passageiros poderá não sair do papel em 2016, segundo a própria SMTU

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Sistema BRT integrou as ações de mobilidade urbana de Manaus para os jogos da Copa do Mundo de 2014

Com um custo inicial estimado em R$ 1,118 bilhão, o Bus Rapid Transit (BRT),

sistema de transporte de passageiros considerado pela Prefeitura de Manaus o mais indicado para a ca-pital, pode não sair do papel em 2016. A falta de dinheiro para viabilizar a obra é o maior obstáculo à imple-mentação do projeto, disse Pedro Carvalho, diretor-pre-sidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU). “É preci-so, primeiro, homologar o Plano de Mobilidade Urbana (PLanMob) – e, depois, tentar viabilizar os recursos com o governo federal”, disse.

Carvalho lembra que a ne-gociação por recursos fede-rais é demorada porque é preciso cumprir um processo burocrático rigoroso e exten-so. “Não temos recursos para fazer o sistema rodar, mas quero deixar claro que esse problema de falta de recursos para o BRT não ocorre só na nossa cidade. Outras, como o Rio de Janeiro, também passaram por isso. Não tem como melhorar o transporte

se não tiver melhoria na in-fraestrutura”, disse.

Em Manaus, segundo Car-valho, o BRT seria implan-tado por etapas. A primeira parte da obra seria constru-ída na avenida Constantino Nery, a primeira também a receber a “Faixa Azul” – corredor exclusivo para

ônibus articulados. “O pri-meiro corredor seria o eixo Norte-Sul, pois é o que está mais preparado para isso no momento. Em seguida, a obra envolveria o trecho na avenida Torquato Tapajós. Estamos fazendo de tudo para que esse projeto saia do papel e melhore o trá-fego nas principais vias da cidade”, ponderou. Sobre a ação judicial movida pelo

Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) que determinava a suspensão imediata da “Faixa Azul”, Carvalho lembrou afi rmou que a Justiça foi favorável à continuação do corredor exclusivo. “Vamos manter a ‘Faixa Azul’ até a implanta-ção defi nitiva do BRT, porque até ele fi car pronto temos que dar mais mobilidade para o trânsito da nossa cidade”, declarou.

O BRT integrou as ações de mobilidade urbana de Ma-naus para Copa do Mundo de 2014. Entretanto, a pri-meira proposta foi descar-ta porque o MP identifi cou superfaturamento no valor estimado do projeto. Na ocasião, foi alegado que o projeto apresentava “gran-des prejuízos ao patrimônio histórico” da cidade. O or-çamento inicial era de R$ 1,3 bilhão. Já a segunda proposta não saiu do papel. A Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas ale-garam inviabilidade devido ao atraso, aprovação do pro-jeto e liberação de recursos. Após o mundial de futebol, a Prefeitura e o governo do Estado mantiveram a ideia de implantar o BRT.

ETAPA

Em Manaus, o segun-do o presidente do SMTU, Pedro Carva-lho, o sistema seria implantando em vá-rias etapas. A primei-ra seria construída na avenida Constantino Nery

MICHELE FREITAS

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[email protected], DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015

Plateia D1‘XIBÉ’

Batalha de rimas entre ‘MCs’ locais

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O ano dos heróisnos cinemas

O EM TEMPO reuniu as principais esperas cinematográfi cas a partir de 2016 até 2020 para os amantes dos fi lmes baseados em “superquadrinhos”

Das adaptações de Histórias em Qua-drinhos (HQs), o ca-lendário do cinema

de 2016 promete ser um dos mais incríveis para os apaixonados por histórias de heróis e heroínas, e porque não dizer também de gran-des vilões. Serão pelo menos oito fi lmes de personagens produzidos por grandes es-túdios como a Fox, Warner, Sony e Marvel que já têm suas agendas de produção e estreias até 2020.

A expectativa dos cinéfi los segue pelas sequências de superproduções como a dos heróis do mundo Marvel, que serão novamente reunidos na franquia dos Vingadores, com o “Capitão América 3: Guerra Civil”, agendado para o dia 28 de abril, e a constru-ção das conexões do mundo DC Comic com o longa “Bat-man v Superman – A Origem da Justiça”, produzido pela Warner, que estreia no dia 24 de março.

Marcados pelo tom po-lítico, os longas dos per-sonagens concorrentes mostrarão um momento confuso na vida dos heróis. Enquanto Steven Rogers (Chris Evans), o Capitão América, formará um novo grupo de Vingadores para combater a equipe de Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro, que pas-sou a defender a política de controle sobre a existência de heróis do governo nor-te-americano, Bruce Wayne (Ben Affl eck), o Batman con-frontará Clark Kent (Henry Cavill), o Superman, depois que algumas ações do fi lho

do planeta Krypton, em “O Home de Aço”, ter dividi-do a opinião da população sobre a sua permanência no plante Terra.

Antes previsto para estre-ar em 2015, segundo o jorna-lista Aristeu Santos, o longa da Warner foi transferido inicialmente para o mês de maio de 2016 e depois para março, para não confrontar bilheteria com Capitão Amé-rica “A Marvel já conseguiu se estabelecer nos cinemas, com os seus principais he-róis – Capitão América, Thor, Homem de Ferro e Homem Aranha. Mas, ainda ponho

uma interrogação em Bat-man v Superman, que tem Ben Affl eck como Batman. Ele não teve atuação das melhor quando interpretou Demolidor – O homem sem medo (2003)”, avalia Ari, um apaixonado por esse tipo de conteúdo cinematográfi co.

No calendário de 2016, a disputa entre as duas gi-gantes criadoras de heróis, a Marvel segue disparada com a transformação dos seus HQs em fi lmes, como será com a sequência dos seus mutantes em “X-Men Apocalypse” (Fox), progra-mado para o dia 27 de maio.

Mas, a grande expectativa, segundo ele, está na investi-da da Warner com a reunião dos vilões mais famosos da DC, como Coringa, Ar-lequina, Pistoleiro, Capitão Bumerangue e Rick Flagg, que formarão o “Esquadrão Suicida”, programado para o dia 4 de agosto.

“Acredito que o Esquadrão Suicida, com Jared Leto (Coringa), sob a direção de David Ayer, é ainda mais esperado do que Batman v Superman. Claro que todos que assistiram o Coringa com Jack Nicholson (Bat-man / 1989) e Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas / 2008) também po-derão se surpreender com Leto”, observa.

Até o mês de setembro, a franquia “Vingadores: Era de Ultron” foi a terceira maior bilheteria do mundial acu-mulada, com US$ 1,4 bilhão, atrás de “Jurassic World” (US$ 1,6 bi) “Velozes e Fu-riosos 7” (US$ 1,5 bi). No Brasil o longa foi a maior estreia com R$ 37 milhões e nos EUA a segunda com US$ 191,2 milhões. Na bilheteria acumulada deste ano, até setembro, o “Homem Formi-ga” é outro herói de HQs que aparece como a décima no Brasil com R$ 41,7 milhões e nos EUA é a nona com R$ 177,8 milhões.

Nem todos os fi lmes de heróis conseguiram bons resultados neste ano como foi o caso do “Quarteto Fan-tástico”, produzido pela Fox. Com orçamento de US$ 125 milhões, o fi lme teve arreca-dação mundial de US$ 146,7 milhões, mas com expecta-tiva de perdas de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões.

EMERSON QUARESMA

Muitos dos heróis progra-mados para 2016 já passa-ram pelas telonas, mas a expectativa fi ca por heróis estreantes como “Deadpool” (Fox), interpretado por Ryan Reynolds, e “Doutor Estra-nho” (Marvel), com Benedict Cumberbatch, que, para Ari Santos, serão apostas dos estúdios, como foi para a

Marvel “Homem Formiga” neste ano, e “Guardiões da Galáxia”, no ano passado.

“O Homem Formiga era um herói que ninguém co-nhecia e os Guardiões da Galáxia, quem diria que um grupo de heróis forma-do com uma árvore e um guaxinim daria certo? As franquias deram tão certo

que já estão com suas se-quencias programadas para os próximos anos”, comenta o jornalista.

Há desconfi ança, porém, sobre “Deadpool”, de acordo com Ari, pelo fato de ele já ter aparecido no fi lme “X-Men Oringens – Wolverine” (2009). “Ele não foi bem visto por não chegar nem

perto do que ele era nos quadrinhos. Mas, dessa vez quero acreditar que o que assistimos nos trailers, o Deadpool será bem fi el a sua origem. E o ator já deu sinal de que ele vai tirar uma onda com o fi lme anterior e também com o Lanterna Verde (2011)”, conta.

Ainda sobre o Lanterna

Verde, Ari comenta que a Warner perdeu a chance naquele ano de fazer uma grande chance de fazer uma boa conexão para a forma-ção da “Liga da Justiça”, desta vez programa para novembro de 2017, como sequência de “Batman v Su-perman” “Mulher Maravilha” (junho de 2017).

Estreantes marcam expectativas

201612 de fevereiro – “Deadpool” (Fox)25 de março – “Batman e Superman: Alvorecer da Justiça” (Warner)06 de maio – “Capitão Amé-rica: Guerra Civil” (Marvel)27 de maio – “X-Men: Apo-calypse” (Fox)05 de agosto – “Esquadrão Suicida” (Warner)07 de outubro – “Gambit” (Fox)04 de novembro – “Doutor Estranho” (Marvel)

201703 de março – “Wolverine 3” (Fox)04 de maio – “Guardiões da Galáxia 2” (Marvel)02 de junho – “Quarteto Fantástico 2” (Fox)23 de junho – “Mulher Ma-ravilha” (Warner)28 de julho – “Thor: Ragna-rok” (Marvel)03 de novembro – “Pantera Negra” (Marvel)17 de novembro – “Liga da Justiça” (Warner)

201815 de fevereiro – “Pantera Negra”22 de março – “The Flash”3 de maio – “Vingadores – Guerra Infi nita Parte 1”5 de julho – “Homem For-miga e a Vespa”12 de julho – “Filme Marvel Misterioso” (Fox)19 de julho – “Animação Homem Aranha” (Sony)26 de julho – “Aquaman”

20197 de março – “Capitã Marvel”4 de abril – “Shazam”2 de maio – “Vingadores – Guerra infi nita parte 2”13 de julho – “Liga da Justiça Parte 2”11 de julho – “Inumanos”

20202 de abril – “Cyborg”30 de abril – “Doutor Estra-nho 2” (Marvel)18 de junho – “Tropa dos Lanternas Verdes”9 de julho – “Homem Aranha 2” (Marvel/Sony)5 de novembro – “Guardiões da Galáxia 3” (Marvel)

PROGRAMAÇÃO

PROMESSAS

Serão pelo menos oito fi lmes de perso-nagens produzidos por grandes estúdios como a Fox, Warner, Sony e Marvel que já têm suas agendas de produção e estreias até 2020

“X-Men” (alto), “Batman Vs Superman” (acima) e “Esquadrão Suicida” (abaixo) estão entre as próximas estreias

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[email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr.

Rèveillon. Quer uma inspiração para o look

da virada?. A coluna dá uma dica: o longo branco

da badaladíssima marca francesa Balmain é um exemplo de como uma mulher pode chamar para si todas as atenções. Chic com modernidade, os folhos estão up to date again.

Substância. A pesquisadora da Ufam, Marne Vasconcellos, está

analisando, com apoio do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), substâncias e extratos da Amazônia que possam auxiliar no tratamento do câncer de pele.

. Segundo ela, em busca dos resultados, já foi feito uma triagem com várias substâncias que podem ter potencial para agir contra as células melanoma, tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele).

. Para a pesquisadora, que é doutora em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará, apesar do estudo ainda estar em fase experimental, os resultados podem benefi ciar milhares de pessoas que acometidas com o câncer de pele.

A virada. Nem só de Carnaval vive

o Brasil.. Celebs internacionais

começaram a agendar o nosso Brasil para as festas de réveillon.

. A top model britânica Naomi Campbell está confir-madíssima em Trancoso para a festa da virada, aliás, pelo segundo ano consecutivo.

Livro. Conhecido pelas suas cachoeiras, trilhas, cavernas e

muita natureza, o município de Presidente Figueiredo, localizado a 107 km de Manaus, serviu de inspiração para os biólogos Maurício Noronha e Dayse Campista, ao escreverem o livro que lançam neste fi nal de ano.

. Trata-se da obra ‘Presidente Figueiredo: A Terra das Cachoeiras’, produzida com incentivo do Ministério da Cultura, por meio do Programa Amazônia Cultural. O livro resgata a história da cidade, privilegiada pela enorme diversidade cultural, uma natureza exuberante, inúme-ras unidades de conservação e seu grande potencial para o ecoturismo.

. ‘Presidente Figueiredo: A Terra das Cachoeiras’ le-vou um ano para ser produzido e apresenta os vários aspectos da cultura, da história da ocupação humana, das comunidades tradicionais, da natureza, assim como atividades econômicas sustentáveis e as iniciativas de conservação dos recursos naturais. O livro possui 140 páginas e mais de 70 imagens. A tiragem é de 2.000 exemplares. Com a intenção de contribuir ao acesso e fortalecer a cultura dos povos e comunidades tradicio-nais representadas nesta obra, o livro será distribuído gratuitamente para líderes comunitários das comuni-dades tradicionais, organizações da sociedade civil, gestores municipais, escolas e bibliotecas públicas.

1- Andréa Moutinho e a primei-ra-dama do Amazonas, Edilene Gomes de Oliveira, em evento que movimentou o TCE-AM no meio da semana

2- Ednéa e Euler Ribeiro circu-lando na cena social da cidade

3- Azemilcas e Geraldo Montei-ro com a debutante da tempo-rada Mariana Lima Monteiro, em sua linda festa no Condo-mínio Vila Rica

4- A chic Emanuelle Gil enchen-do de charme almoço badalado no Jardim das Américas

5- Fabricio Lago, Vanessa e Ju-cimar Pinto com a fi lha Vitória, em sua festinha de aniversário no Mundi

Legendas

MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015

. A pesquisadora da Ufam, Marne Vasconcellos, está analisando, com apoio do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), substâncias e extratos da Amazônia que possam auxiliar

. Segundo ela, em busca dos resultados, já foi feito uma triagem com várias substâncias que podem ter potencial

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Mestres do hip hop local assumem batalha de MCsModalidade artística faz parte da programação da quarta edição do Prêmio Xibé de Música Amazonense, que acontece hoje

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Segundo colocado no evento de 2014, MC Charuto (à esquerda) é o favorito para a edição deste ano

Muito mais que um ritmo. Mistura de crença, música, esti-lo e dança, o hip hop

ganha espaço no fi nal de se-mana manauense no 4º Prêmio Xibé de Música Amazonense, que acontece hoje, a partir das 19h. Com diversas atrações, o evento tem como uma das principais atrações o Xibé na Rima 2.0 – Batalha de MCs, com a presença confi rmada de nomes conhecidos na cidade como Jander Manauara, Nati-vidade MC e Ellen MC.

Segundo colocado da última edição, Ayrton Dias, ou como é mais conhecido, MC Charuto, chega como favorito para a competição. Fazendo rap há 6 anos, o músico analisa que o hip hop local evoluiu muito nos últimos anos. Para ele, o grande marco foi a inclusão de festivais como o Xibé no calendário cul-tural da cidade.

“Faço parte da cultura e estou sempre presente nos eventos da cidade. Vejo que a cada ano, o movimento vai ganhando proporção tanto em número de participantes, quanto em pú-blico. A expectativa para esse prêmio é grande pelo tamanho do evento. A cena do hip hop,

que está incluindo rap, DJs, dan-ça e MCs, está crescendo. São inúmeros grupos que compõem e estão presente para fortalecer o movimento”, afi rma o MC, que fez questão de lembrar que no começo da década, eles não tinham estrutura para realizar as batalhas.

“O hip hop manauense tem

tudo a crescer e espero que um dia possamos fazer os nossos artistas reconhecidos nacional-mente, mas sem perder a nossa originalidade. Com o passar dos anos, vem surgindo novos MCs. Eles têm algumas facilidades que não tinha quando come-cei. Não tínhamos microfones e caixas. Era uma parada bem underground. Hoje tem tudo. A batalha é tradicional em Ma-naus e nos divertimos. Cada um

tem 40 segundos e quem decide é a plateia para ver quem é o melhor no ataque e na defesa das rimas”, diz Charuto, que afi rma ainda não saber explicar com palavras a sensação de ver o público pulando e vibrando com cada rima.

Outra parte importante para que a batalha seja um sucesso é o DJ. Segundo Edevan San-tos, mais conhecido como DJ Carapanã, a interação com o MC tem que ser perfeita para não deixar o clima cair e man-ter alto o astral do festival. “A minha interação com os MCs na hora da discotecagem é sol-tar os instrumentais. A minha missão é liberar a base. Isso é executado em 40 segundos, tempo para que possamos fazer a composição. Ter a resposta e fazer uma pergunta nesse período com ritmo”, explica o DJ que começou sua carreira em 2005 em um projeto chamando “Hip Hop nas Escolas”, implan-tado nas instituições localiza-das no bairro São José, zona Leste de Manaus.

O 4º Prêmio Xibé acontece no Drum Pub & Club (rua Saldanha Marinho, Centro, Zona Sul de Manaus) e tem outras atrações como Eutanase, Platindos e Ala-ídenegão. Ingressos serão ven-didos no local e custam R$10.

PROGRAMA

SÃO PAULO, SP - Na ter-ça-feira (29), às 21h, o SBT exibe o especial de fi m de ano “Mansão Bem Assombrada”. A atração, em formato de sitcom (comédia de situação), conta a história de Zepa (Pedro Lemos), um professor que dá aulas para o grupo de teatro da escola em que trabalha. “Ele é uma cara apaixonado pelo que faz, fala com prazer do ofício de ser ator e também é um pouco criança. Por isso, tem o carinho dos alunos”, descreve Lemos.

O grupo de alunos sob o comando de Zepa é formado por Tecão (Nicholas Torres), Paty (Cinthia Cruz), Bruno (Pe-dro Henrique), Fabi (Graciely Junqueira), Eduardo (Jean Paulo Campos) e Michele (Duda Mat-te). Eles formam a Trupe dos Seis, que precisa montar uma peça de teatro para a festa de fi m de ano da escola. “Mas não há um lugar para as crianças ensaiarem. Então, o Zepa tem

a ideia de usar a velha mansão do avô, o barão Alfredo [Arthur Kohl]”, adianta Lemos. “O avô não gosta nada da ideia de ver as crianças bagunçando por lá, tampouco de ver o neto dando aula de teatro. Alfredo não queria essa profi ssão para Zepa”, conta.

Mas o que aguarda o pro-fessor e a Trupe dos Seis na mansão da família são os fantasmas Bugabu (Dani-lo Gentili) e Mumuca (Marlei Cevada). Atrapalhados, eles tentam assombrar os alunos e o professor. “Como a casa está abandonada, eles não têm quem assombrar. Então, a chegada das crianças é uma festa, pois eles querem ser aceitos no sindicato dos fan-tasmas e, para isso, precisam assustar sete pessoas”, explica Marlei, adiantando que existirá um suspense nessa divertida trama. “Só há seis pessoas que eles conseguem assustar,

então, fi ca faltando uma. E es-sas almas conhecem o dono da mansão, mas não posso dizer qual é a relação deles”.

Lemos destaca outro misté-rio que envolve os fantasmas do especial. “Algumas pessoas

são imunes a eles, não os veem nem se assustam. Isso fi ca claro ao longo do programa”, fala.

“Mansão Bem Assombrada” ainda terá uma linda histó-ria de amor. É que a orien-

tadora pedagógica da escola, Giovanna (Lisandra Parede), é perdidamente apaixonada por Zepa. “Ele vai perceben-do, aos poucos, que também gosta dela. Mas é um cara sem muita iniciativa no amor. Então, as investidas dela serão importantes para que a relação aconteça”, diz Lemos, que, na vida real, namora Lisandra.

Com os fantasmas atra-palhando os ensaios, com o casal apaixonado tentando se entender e com o dono da mansão revelando segredos do passado, Marlei diz que o especial tem uma mensagem muito clara. “Fala de união, de que é preciso sorrir para a vida, ter amor, amigos e bom humor para enfrentar as difi culdades juntos, e não perder tempo com coisas ruins”, avalia. “É um es-pecial para a família se divertir e refl etir”, completa Lemos.

Por Alex Francisco

SBT é ‘Mansão Bem Assombrada’

Professor e alunos ensaiam em casa abandonada e levam sustos

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ULG

AÇÃO

THIAGO FERNANDO

PERSPECTIVA

Artistas das rimas, os MCs locais mais expe-rientes observam que existe um crescimento qualitativo na cena da cidade de Manaus, onde surgem novos talentos a cada ano

PROBLEMAS

Na história de comé-dia, o que aguarda o professor Zepa e a Trupe dos Seis na mansão da família são os fantasmas Bugabu, interpretado por Danilo Gentili, e Mumuca, Marlei Cevada

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015D4 PlateiaVilões são aprovados em ‘Cúmplices de um resgate’Público infantil que assiste à novela do SBT apresenta simpatia por três dos personagens malvados da trama diária

São Paulo, SP (Fo-lhapress) - Na nove-la “Cúmplices de um Resgate” (SBT), os vi-

lões Regina (Maria Pinna) e Geraldo (Nando Pradho) não precisam sujar as mãos na hora de fazer suas maldades. Eles contam com a ajuda de um trio de capangas que até cumprem suas missões, mas sempre de maneira divertida e atrapalhada. Assim, San-dro (Miguel Nader), Navarro (Luciano Vianna) e Vargas (Carlos De Niggro) acaba-ram conquistando o público. “Estou assustado com essa repercussão, pois as crianças nos abordam, nos chamam de ‘Meu Malvado Favorito’ [fi lme de 2010], dizem que gostam dos capangas, mesmo que eles façam maldades com a Isabela ou com a Manoela”, diz Na-der, referindo-se às gêmeas vividas por Larissa Manoela. “Pensamos que elas fossem odiar esses três e, por isso, nos preocupamos em fazer as cenas de maneira mais leve, brincalhona, como se fôsse-mos ‘Os Três Patetas’ [1922-1970]”, complementa Vianna.

O que chama a atenção no trio atrapalhado é o fato de cada um ter um jeito diferente. Santo, por exemplo, é o fortão,

com cara de mau, que, na verdade, morre de medo de tudo. “Até quando a Isabela grita, ele começa a tremer todo [risos]”, fala Nader. “Além disso, ele é o mais emotivo, já demonstrou que, no fundo, tem um bom coração. Mas precisa ser mau porque diz ser um grande profi ssional

naquilo que faz”, completa.Já Navarro é o mais sério. Lí-

der do grupo, ele coloca ordem no trabalho. “Ele acha que é um galã e vive paquerando as mulheres, principalmente a empregada da mansão, a Laura [Camila Demaman]”, fala Vianna. “E ele é o úni-co que consegue enfrentar a Regina e o Geraldo, colocar algum tipo de limite na vilania deles, embora acabe cedendo

e seja comprado por uma boa quantia de dinheiro.”

Vargas é o mais cômico. Metido a ilusionista, ele vive criando truques durante as missões do trio. “É o artis-ta do grupo e acredita ser um grande mágico, o que na verdade não é”, comen-ta De Niggro. “Fica divertido quando ele acerta alguma brincadeira e todos olham admirados”, completa.

Segundo o ator, o trio de-senvolveu uma sintonia que o público percebe em cena. “Nós conversamos muito so-bre cada detalhe da gravação, damos dicas, inserimos brin-cadeiras e não nos preocupa-mos se um vai aparecer mais do que o outro”, fala.

Para os intérpretes, a maior maldade do trio até o momen-to, em “Cúmplices de um Res-gate”, foi ter sequestrado Ma-nuela e ainda manter Isabela refém. “Por mais que tenha esse fi ltro cômico, isso que eles fi zeram é imperdoável. Eles separaram a fi lha de uma mãe, que está desesperada procurando por ela. Então, os três vão ter de pagar por esse crime em algum momento”, fala De Niggro.

Por Alex Francisco

OPINIÃO

Para os três intér-pretes ouvidos pela reportagem, a maior maldade do trio até o momento, em “Cúm-plices de um Resga-te”, foi ter sequestra-do Manuela e ainda manter Isabela refém

Luciano tam-bém admite

que achou que seriam

odiados

Ator que interpreta Sandro se diz surpreso

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015D5Plateia

TV TudoVai indoDepois de um começo com-

plicado, com a forte concor-rência de “Os Dez Manda-mentos”, a novela “A Regra do Jogo” conseguiu se colocar.

Hoje, sem correr sustos, já tem se colocado no patamar dos 30 pontos e com tendên-cia de crescimento.

Cuidado necessárioVale por aí também des-

tacar a fi rme liderança de Silvio de Abreu à frente da teledramaturgia da Globo.

Não por acaso“A Regra do Jogo”, na pa-

ralela de todos os cuidados tomados na sua produção, teve a cautela de realizar dois grupos de discussão.

Um, bem no come-ço, e outro, mais recen-temente, para aparar as arestas necessárias.

Os segredos da novelaNão raramente, o autor

João Emanuel Carneiro tem escrito capítulos especiais de “A Regra do Jogo”, cujos rotei-ros são entregues somente aos atores que irão participar daquelas cenas.

Muita coisa acaba sendo segredo para grande parte do elenco.

Em formaNas redes sociais, para os

seguidores da Luciana Gime-nez, o que se exige, no mínimo, é um bom preparo físico.

Na grande maioria das fo-tos publicadas ela aparece fazendo ginástica e, não ra-ramente, de ponta-cabeça. Incansável. E isto a qualquer hora do dia, manhã, tarde ou noite, até madrugada, se bobear.

Saiu mesmoVinícius Valverde, no “Big

Brother Brasil” desde o seu começo, já pode ser confir-mado com desfalque desta próxima edição.

Para o seu lugar, de-

sempenhando as mes-mas funções, foi chamada Dadá Coelho.

Não está esquecidoHouve uma pausa nos

trabalhos do filme sobre a vida de Edir Macedo, mas isto não significa que ele foi esquecido ou será deixado de lado.

A ideia é acelerar a sua produção no primeiro tri-mestre do ano que vem.

A exemplo do que acon-teceu com os seus livros lançados, o jornalista Douglas Tavolaro está à frente de tudo.

Bate – Rebate• O antigo RecNov, agora nas

mãos da Casabranca, também será destinado para produções de cinema.

• Pelo menos nesses últimos dias de 2015 houve um grande silêncio sobre o projeto de novo programa para Marcelo Rezende...

• ... Aliás, o próprio Marcelo nunca se pronunciou sobre esse assunto.

• As fotos recentes da Bruna Lombardi também repercutiram na Globo...

• ...A sua volta às novelas é um assunto que já está em cogitação...

• ...Há informações de que pelo menos dois autores entraram com a sugestão do nome dela.

• Na TV paga, com as festas do Natal e Ano Novo, vários progra-mas esportivos saíram de férias...

• ...Entre eles, o “Bem Amigos”, do SporTV, e o “Linha de Passe”, da ESPN Brasil.

• A nova temporada de “Plano Alto” já foi totalmente escrita por Marcílio Moraes...

• ...Mas ainda não há uma posi-ção sobre a sua produção.

Desencontrada

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AÇÃO

/TV

GLO

BO

Pessoal fala, brinca e há até quem exagere nas brincadei-ras, mas apesar da mesmice de sempre, o especial do Ro-berto Carlos na Globo sempre chama atenção.

E chama atenção do lado po-sitivo. É uma atração integrada a este período de festas.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Precisa contarÉ necessário, no

entanto, destacar que, junto com outro inegável bom texto do João Emanuel Carneiro, “A Regra da Vida” está exageran-do no direito de boas interpretações.

Chama atenção como a maioria vestiu seu persona-gem. Se hoje existe um nivelamento em sua interpretação, é um nivelamento por cima.

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

“Totalmente Demais” está longe de ser a novela dos sonhos da Adriana Biroli.

Depois de bons trabalhos na Globo – “Império” foi um deles, ela tem, deixado a desejar no desempenho da Lorena. A personagem, como defesa à ela, também não é lá essas coisas.

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

A diretora e iluminadora, Cibele Forjaz, em palestra que trata da relação entre o teatro e a cidade procura discutir o ambiente de in-quietação criativa no teatro e sua difi culdade em encontrar espaços que legitimem sua criação levando o teatro a se reinventar e a adotar experiências de linguagem em múl-tiplos espaços ditos “não convencio-nais” como garagens, restaurantes, teatros de bolso, sem bolso etc - o que é convencional hoje no teatro contemporâneo, eis a questão. Uma realidade que se confi gura em São Paulo, mas também em outras partes do país; uma necessidade advinda do próprio espírito dinâmico da arte que cada vez busca se relacionar com o público através de diferentes formas em diferentes espaços. Daí pululam, há não muito tempo, espetáculos como “Barafonda” da Cia São Jorge e “BR-3” do Teatro da Vertigem que se apropriaram de formas processuais de teatro de modo a tensionar os ele-mentos de refl exão acerca do bairro da Barrafunda, no primeiro caso, e do rio Tietê, no segundo, tudo envolta de conjunturas sociopolíticas.

Em Manaus, temos pelo menos cinco espaços como os que a famo-sa diretora citou. São teatros que imprimem por si só uma linguagem, e que dão a esta senhora idosa (Manaus) estuprada por arruacei-ros sem eira mas já com beira, um tom de sofi sticação e luta, uma contemporaneidade latente, com programações interessantes para quem curte uma bom teatro, uma boa dança ou simplesmente uma boa experiência artística.

O Espaço das Companhias é um destes polos de arregimentação criativa, que abrigou no último dia 19, o espetáculo solo “Herculano” idealizado pela Cia de Intérpretes Independentes, a tutora do espaço, sob a direção do talentoso Francis

Madson. O espetáculo parte das memórias e sensações do intérprete Ricardo Risuenho acerca de seu pai, falecido em 2015. Pela poesia do es-petáculo, eis que, de cara, já se impõe um desafi o: como transpor para o palco experiências tão íntimas sem cair no melodrama e no “localismo” de referências individuais, de forma a não comprometer o conjunto do espetáculo e a compreensão, mesmo que apenas sensorial, da plateia?

Vimos arrolar sob o palco, diversos elementos dialógicos, que busca-ram provocar sensações diversas, da pureza à melancolia profunda, do carinho à raiva desmedida, visíveis e de conotações fortes. No entanto, estivemos diante de um espetáculo sem a vitalidade característica de outros espetáculos da companhia. O que pretendemos dizer é que, partindo das lembranças e sensações do intérprete sob algo tão particular, a Cia de Intérpretes Independentes deveria ter em mente (sempre) em não transformar o espetáculo numa espécie de etnografi a da memória, em reproduzir sensações sem perder a noção de conjunto, com ritmo, im-pressões e impactos. Se os sapatos remetem a memória do intérprete e consequentemente da personagem, como traduzir este elemento em ter-mos coreográfi cos sem fi car refém às lembranças que o incitaram. Estas devem servir de impulso criativo onde, a partir destes, outras cone-xões com outros elementos podem ser estabelecidos.

A cenografi a de Nelson Magli pro-voca as inquietações necessárias para desconstruir a cena. O cavalo é a personifi cação de algo construído pela personagem, uma metáfora, contundente e inquietante. Talvez esteja aí o que estas linhas busca-ram refl etir sobre o trabalho. Fugir da simples reprodução e alcançar contornos contundentes.

O afeto que se [email protected]

Márcio Braz

Pela poesia do espetá-culo, eis que, de cara, já se impõe um desafi o: como transpor para o palco ex-periências tão íntimas sem cair no melodrama e no “localismo” de referências individuais, de forma a não comprometer o conjunto do espetáculo e a compreen-são, mesmo que apenas sensorial, da plateia?”

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015D6 Plateia

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AÇÃO

Hoje à tarde, a Bandeirantes exibe a comédia “Uma babá quase perfeita”

SBT GLOBO3H45 Jornal Da Semana 5H Brasil Caminhoneiro 5H30 Turismo & Aventura 6H15 Acelerados 7H Chaves 8H Programa Isto É Manaus 9H Chaves 9H15 Pequenos Campeões 10H Mundo Disney 11H Domingo Legal 13H Eliana 17H Roda A Roda Jequiti 17H45 Sorteio Da Telesena 18H Programa Silvio Santos 22H Retrospectiva 2015 23H Arqueiro 0H15 True Blood 1H15 Big Bang 2H30 Igreja Universal

BAND

5H30 Igreja Int Da Graça 9H Tv Kids 9H30 Programa Ad & D 10H Igreja Da Graça 11H Fique Ligado 12H En Circuito 13H30 Tv Kids 14H Te Peguei14H30 Sensacional16H Programa Viagem Cultural16H30 Chega Mais18H Encrenca20H30 Te Peguei Na Tv21H45 Mega Senha – Reprise22H45 Operação De Risco – Reprise23H30 Luta Tribal 0H30 Luciana By Night - Reprise1H30 Igreja Int Da Graça

4H Dragon Ball Z Kai6H30 Santa Missa No Seu Lar7H30 Dragon Ball Z Kai8H30 Qual É O Desafi o?9H45 Verdade E Vida10H Pé Na Estrada10H30 Pague Menos Sempre Bem11H Os Simpsons – Maratona “Não Pode Comprar Meu Amor” “Eles Salvaram A Inteligência De Lisa” “Trinta Minutos Sobre Tokyo” “Além Da Mancada Do Trovão” “Irmãozinho Drogado” “Adivinhe Quem Vem Para Criticar” “A Casa Da Árvore Dos Horrores 10”13H40 Sessão Livre - “Uma Babá Quase Perfeita”15H50 Sessão Livre - “Karatê Kid Iih A Hora Da Verdade Continua”17H50 Sabe Ou Não Sabe18H50 Só Risos19H50 Só Risos – Extra21H20 Pânico Na Band0H15 Canal Livre1H15 Wendell & Vinnie1H45 Ei Arnold!2H05 Igreja Universal

5H22 Santa Missa

8H30 Amazônia Rural

8H58 Pequenas Empresas, Grandes

Negócios

9H25 Globo Rural

10H Esporte Espetacular

12H45 Esquenta

13H55 Escolinha Do Professor Raimundo

14H53 Temperatura Máxima

17H02 Domingão Do Faustão

20H30 Fantástico

22H47 Domingo Maior

0H20 Sessão De Gala

1H58 Corujão

3H33 Mentes Criminosas

Programação de TV

ÁRIES - 21/3 a 19/4Momento de boa disposição para com a vida, presente não somente hoje como ao longo destes dias. Você compreende mais e melhor as pessoas e o mundo à sua volta.

TOURO - 20/4 a 20/5Alguma boa oportunidade leva os negócios a se desenvolverem com vigor. Bom momento para praticar atividades físicas regeneradoras do organismo e da saúde.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Momento de grande energia para sua mente funcionar, favorecendo tanto atividades culturais e a am-

pliação de conhecimento, quanto o uso do intelecto a favor do trabalho.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Você está num período muito favorável ao desenvolvimento profissional. O apoio material e o entusiasmo estão a seu favor. Velhos impedimentos podem ser bem superados.

LEÃO - 23/7 a 22/8O bom aspecto entre Júpiter e Marte indica ser momento posi-tivo para os grandes projetos e viagens, assim como as ativida-des culturais e de cunho filosófico e religioso.

VIRGEM - 23/8 a 22/9A energia vital presente e dis-ponível neste dia favorece o tra-balho e as conquistas materiais. Você pode fazer gastos oportunos para melhoras a situação em seu trabalho.

LIBRA - 23/9 a 22/10As relações afetivas e amorosas estão em alta, cheias de energia e entusiasmo. Bom momento para atividades criativas e divertidas, talvez viagens, junto às pessoas queridas.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Bom dia para reformas e melho-

ria em sua casa e no conforto pessoal. Momento para usufruir melhores condições materiais e de aprimorar o bem estar físico e emocional.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Júpiter em bom aspecto com Marte indica disposição para aventuras e atividades junto com a pessoa amada e seus parceiros Coloque essa energia em atividades legais.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1O bom aspecto do dia favorece os negócios imobiliários, os investi-mentos e a dedicação à melhoria no lar e relações familiares. Você

pode vir a ter melhores condições de conforto.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Disposição entusiasmada para atividades intelectuais, viagens e convívio com pessoas interes-santes. No amor, você se dispõe a viver mais intensamente seus sentimentos.

PEIXES - 19/2 a 20/3Há muita energia física e força para lidar com as situações mais exigentes. Favorecimento nos ne-gócios e na melhoria de condi-ções em seu lar e nas relações familiares.

CruzadinhasCinema

Horóscopo

ESTREIAS

CONTINUAÇÕES

Até Que a Sorte Nos Separe 3 - A Falência Final: BRA. 10 anos. Depois de perder a he-rança da família em Las Vegas, Tino se vira como pode para ganhar um trocado. Sua sorte muda quando ele é atropelado pelo fi lho do homem mais rico do Brasil e descobre que sua fi lha Teté e o rapaz se apaixonaram. Tino ganha um emprego na corretora do milionário, mas consegue quebrar a empresa e provocar a desvalorização de ações brasileiras na Bolsa, levando a economia do país ao colapso. Agora, ele precisa administrar uma crise nacional, além de realizar um casa-mento digno para a fi lha. Cinemark 1 – 13h20 (exceto sexta-feira), 16h10, 18h50, 21h30 (exceto quinta-feira), Cinemark 4 – 12h20 (exceto sexta-feira), 15h (diariamente), 17h45, 20h30 (exceto quinta-feira), 23h20 (somente sábado); Kinoplex 4 – 14h30, 16h45, 19h, 21h15 (diariamente).

Alvin e Os Esquilos – Na Estrada: EUA. Livre. Cinemark 3 – 14h20 (dub/exceto sexta-feira), 16h40 (dub/exceto quinta-feira); Kinoplex 1 – 15h, 17h, 19h (dub), Kinoplex 2 – 14h, 16h, 18h, 20h (dub).

Star Wars – O Despertar da Força: EUA. 12 anos. Cinemark 3 – (3D/dub/exceto quinta-feira); Kinoplex 3 – 15h05, 18h05, 21h05 (dub).

No Coração do Mar: EUA. 14 anos. Cinemark 5 – 21h50 (dub/exceto quinta-feira).

Bem Casados: BRA. 10 anos. Kinoplex 1 – 13h (diariamente).

Pegando Fogo: EUA. 12 anos. Cinemark 2 – 11h30 (dub/somente sábado), 14h (dub/exceto sexta-feira), 16h30 (dub/exceto quinta-feira).

Olhos da Justiça: EUA. 14 anos. Cinemark 2 – 21h50 (dub/diariamente).

Jogos Vorazes: A Esperança – O Final: EUA. 14 anos. Kinoplex 1 – 21h (dub).

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015D7Plateia

SEBOS

São Paulo, SP - As listas das fi cções mais vendidas no Brasil confi rmam: 2015 vai terminar com “Grey”, de E.L. James, em primeiro lugar, seguido por “Se Eu Ficar”, de Gayle Forman, e “Cidades de Papel”, de John Green. Entre os dez best-sellers da categoria, não há escritores brasileiros.

A realidade é bem diferente nos sebos on-line. Segundo levantamento da Estante Vir-tual, plataforma que agrega 1.350 lojas de livros novos e usados, oito das dez fi c-ções mais vendidas em 2015 são nacionais.

Curiosamente, dos oito tí-tulos brasileiros no ranking, apenas um não está em do-mínio público: “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. Os demais podem ser adquiridos

gratuitamente na internet. Ainda assim, leitores pagam, em média, R$ 8,40 por livro.

Cauda longaDe acordo com a edição

de novembro do Painel de Venda de Livros no Brasil, levantamento mensal reali-zado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pelo Instituto de Pesquisas Nielsen, os 500 livros mais populares no país corres-pondem a 36% de todas as unidades vendidas. A con-centração, segundo Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel e diretor da editora Sextante, pode ser atribuída ao caráter de lançamento.

“A gente não tem dados precisos, mas acredito que uns 70% [das vendas em livra-rias] são de títulos lançados

no últimos 12 meses”, diz.Enquanto mais de um ter-

ço do comércio de livros se concentra nos 500 títulos mais populares, nos sebos on-line este índice cai para 10%. “Esse é o efeito “cauda longa’”, explica André Garcia, fundador da Estante Virtual. Ele se refere à estratégia de comercializar pequenas quantidades de grande va-riedade de itens, em oposi-ção ao comércio de grandes quantidades de poucos itens, como ocorre nas livrarias. Isso gera maior pulverização nas vendas. “As lojas con-vencionais trabalham com o catálogo ativo das edito-ras”, diz. “Nos sebos, ofere-cemos também todo o acervo esgotado nas livrarias”.

Por Rodolfo Viana

Brasileiros entre mais vendidos

1º “O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint-Exupéry2º “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, Machado de Assis3º “O Cortiço”, Aluísio Azevedo4º “A Droga da Obediência”, Pedro Bandeira5º “Dom Casmurro”, Machado de Assis6º “Vidas Secas”, Graciliano Ramos7º “Memórias de um Sargento de Milícias”, Manuel Antônio de Almeida8º “Capitães da Areia”, Jorge Amado9º “A Revolução dos Bichos”, George Orwell10º “Til”, José de Alencar

Os mais vendidos sebos virtuais:

Entre as obras mais vendidas nos sebos, apenas clássico de Jorge Amado não está em domínio público

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AÇÃO

Segunda biografi a sobre Vandré não supera óbvioDo novo livro sobre personagem, sai uma constatação: pouco se avança na solução do enigma - se é que há uma

São Paulo, SP - “Vandré - O Homem que Dis-se Não”, do jornalista mineiro Jorge Fernando

dos Santos, é a segunda bio-grafi a lançada neste ano sobre o cantor e compositor Geraldo Vandré - a outra é do também jornalista Vitor Nuzzi (“Geraldo Vandré - Uma Canção Interrom-pida”, ed. Kuarup).

Do novo livro sobre perso-nagem tão misterioso, sai-se com uma constatação: pouco se avança na solução do enigma - se é que há uma.

Não é o caso de culpar San-tos, cujo esforço é notável, assim como sua honestidade, pois assume ter se valido de fontes secundárias - inclusive o livro de Nuzzi - para suprir a ausência das primárias: Vandré, hoje com 80 anos e vivendo em São Paulo, recusou-se a falar, e algumas das pessoas próximas a ele, idem.

Pode ser que nem existam, mas a falta de dados concretos sobre os momentos decisivos da vida de Vandré impede que a história contada vá além do básico: opiniões de quem con-viveu com ele e citações de materiais já publicados.

A quadra mais importante vai de 29 de setembro de 1968 a 17 de julho de 1973. A primeira data é quando apresentou, no Maracanãzinho, “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”, que incendiou a plateia do 3º Fes-tival Internacional da Canção, mas foi derrotada por “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque.

A canção de versos fortes (“Quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer”) foi proibida no país em 23 de outubro. Após a decretação do AI-5 (13 de

dezembro) e o aprofundamento da ditadura, Vandré fugiu para o Uruguai, vivendo depois em outros países. Voltou em 1973 dando uma entrevista à TV Glo-bo em que fazia uma espécie de capitulação (“Quero agora só fazer canções de amor e paz”). O regime pode ter afrouxado a vigilância sobre ele, mas sua carreira não voltou a decolar.

Tudo indica que o músico não foi torturado nem preso, mas as pressões sofridas certamente foram grandes.

Santos mostra que a insta-bilidade psíquica de Vandré é bem anterior a 1968 - e agra-vou-se depois. Ele brigou com muita gente (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Baden Powell etc.) e cavou seu isolamento, ali-mentado pela paranoia e pelo pensamento errático.

O jornalista faz uso excessivo de relatos sobre a “loucura” de seu personagem. Há ressalvas, mas o livro é bem escrito e farto de informações para se conhecer mais sobre o paraiba-no Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (“Vandré” é nome artístico). O enigma, no entanto, ainda não foi decifrado.

O interesse que temos pelo mito difi culta a avaliação das qualidades musicais de Van-dré. Elas existem, como pro-vam “Fica Mal com Deus” e “Disparada”, mas não estão representadas em “Caminhan-do”, uma canção simplória que ganhou vulto por causa do momento do país.

Hoje, é cantada em passeatas que pedem a volta da ditadura. Perversa, a história realmente se repete como farsa.

Por Luiz Fernando Vianna Apesar da dedicação sobre a pesquisa, crítico aponta superfi cialidades na obra que propõe sem efi cácia avançar olhares sobre o compositorD

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MANAUS, DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015D8 Plateia‘RIRVeillon’ busca animarpúblico ‘gospel’ na ‘virada’Oportunidade é direcionada, sobretudo, a jovens evangélicos que buscam celebrar o momento, mas não têm opção

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Artista carioca afi rma que pretende envolver a plateia com funk com mensagens de otimismo e adoração

Uma mistura de gêneros musicais e muita di-versão fazem parte da programação de virada

de ano no evento “RIRVeillon Jump”, promovido pela igreja evangélica Ministério Interna-cional da Restauração (MIR), no dia 31 de dezembro, no espaço Classi Hall, localizado na Rua Raimundo Nonato de Castro, Ponta Negra. A festa vai contar com a participação do cantor de funk gospel Tonzão Chagas, ex-integrante do grupo de funk carioca Hawaianos que, ao lado dos DJs Alex Silva e Marcelo D12, da Louvadeira da Banda Kirk e do Xote Santo do cantor Neto Alho, vai embalar o público das 23h até o amanhecer.

O evento faz parte do projeto Jovens em Unidade Multiplican-do Poder (Jump) do MIR, que desenvolve ações e projetos missionários na capital ama-zonense e tem a intenção de proporcionar um momento de lazer e entretimento para as famílias e jovens cristãos que vão receber o novo ano. Os in-gressos custam R$ 30 e podem ser adquiridos nas lojas Disco Laser e Shopping da Bíblia, ambas na Avenida Barroso, no Centro, na Livraria Semente de Vida da igreja da Restauração, no bairro Ponta Negra, ou no

dia do evento.

SegmentaçãoSegundo a coordenadora do

evento, Apóstola Francilene Monteiro, da igreja da Restau-ração, o RIRVeillon vem com a proposta de oferecer uma alternativa de festa de fi m de ano para o público gospel de Manaus. “O RIRVeillon nasceu com a proposta de suprir o pú-blico evangélico na entrada do ano novo, que não tem opção noturna na cidade, para que pos-sam exercer a interatividade, a comunhão e conhecer novos amigos. Vamos entrar o ano realizando atos proféticos de-clarando que 2016 será um ano de paz e vitórias”, diz Monteiro.

‘No passinho do abençoado’Apesar do estilo funk remeter

a uma dança sensual, a versão gospel do cantor Tonzão Cha-gas traz uma proposta diferente com uma linguagem musical repleta de mensagens de fé e es-perança. Suas músicas viraram hits em todo o Brasil por trazer muita alegria, coreografi a e ao mesmo tempo, falar sobre os princípios do Evangelho, sem a questão da religiosidade.

Nascido e criado na comu-nidade da Cidade de Deus do Rio de Janeiro, Tonzão começou sua carreira de cantor desde os

8 anos de idade, passando por diversos grupos que se torna-ram conhecidos no meio secular. Mas foi através da empresa Fu-racão 2000 que Tonzão se tor-nou conhecido nacionalmente e até em outros países. No grupo de funk carioca “Os Hawaianos”, em que atuou entre os anos de 2003 e 2011, chegou a vender 300 mil cópias de DVD.

Mas em 2011 Tonzão decidiu deixar o grupo Hawaianos com dois contratos assinados para o exterior. O cantor relatou que largou tudo porque não alcan-çou o seu principal objetivo que era ter paz em sua família. Foi então que decidiu seguir a Cristo e recomeçar a carreira fazendo canções que falassem da vida e obra de Deus. Sucessos como no “Passinho do Abençoado” e “Que isso varão? Vigia!” dos seus dois álbuns “Passinho do Abençoado” e “Coisa Linda de Deus”, devem animar o público na festa da virada.

Segundo ele, quem for ao RIRVeillon prestigiará não so-mente uma boa música, mas a presença de Deus para iniciar o novo ano com boas energias. “Será uma festa para glorifi car nesse novo ano que se aproxima. Vamos nos divertir e adorar o nosso criador de maneira sau-dável e contagiante”.

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