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A magia da leitura 1º SEMESTRE/2011

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Edição de junho/2011 da revista Em Família - Frei Rogério

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Page 1: Em Família Frei Rogério ed 07

A magiada leitura

1º SEMESTRE/2011

Page 2: Em Família Frei Rogério ed 07

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

Page 3: Em Família Frei Rogério ed 07

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

Page 4: Em Família Frei Rogério ed 07

4 Expediente

A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde,

editorial e comunicação. A PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina,

São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Sua forma de atuação busca, por

meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural, posicionan-

do-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.

Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social,

valores humanos e cristãos é a proposta da instituição.

Rua Imaculada Conceição, 1155Prado Velho – Curitiba – PRPrédio Administrativo PUCPR – 8º andarCEP: 80215-901Tel.: (41)3271-6500

www.marista.org.br

PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini

VICE PRESIDENTE DA MANTENEDORA: Ir. Davide Pedri

SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza

REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina

Michelan Azevedo

COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): William Strauss Fleming,

Patrícia Fatuch, Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S.

Tateiva, Kelen Y. Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago

Ienkot

COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Gonçalves,

Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens, Cláudia Cristina Batistela

Francisco, Daliane Teston, Fábio Viviurka Correia, Katia Macedo Dias,

Kely C. de Souza, Luana Santos, Mayara Haudicho, Paula Kostiuk,

Raquel Bortoloso, Renato Campos, Samira Dutra, Tatiana Stoicov

A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.

Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br

CAPA:

Mateus Mera Barbosa

FOTO:

Caixa Mágica/Ribeirão Preto

(www.caixamagica.com.br)

PRODUÇÃO:

Mayara Amaral Haudicho

EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Eduardo, Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de

Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato

conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br

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Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental - SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400

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CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000

CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332

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CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário - Curiti-ba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

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JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313

JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC - 89600-000 - (49) 3522-1144

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600

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RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444

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A magiada leitura

1º semestre/2011

Em Família | 7ª Edição | 1º Semestre 2011

Page 5: Em Família Frei Rogério ed 07

Nesta edição do primeiro semestre

da Revista Em Família, destaca-

mos o tema da literatura: a arte de criar

e recriar textos, o exercício da eloquên-

cia e da poesia.

A literatura é um fenômeno da lin-

guagem, fruto da experiência existen-

cial, social, política e cultural de quem a

vive. Assim, um texto literário é objeto

artístico e de linguagem variada que

questiona convenções e envolve o lei-

tor num jogo de descobertas e redes-

cobertas de sentido, ajudando-o a

compreender a si próprio, as culturas e

o mundo em que vive.

Para as escolas da Rede Marista, o

estudo de textos literários é potenciali-

zador das aprendizagens que geram as

condições necessárias para proporcio-

nar inúmeras situações de compreen-

A arte da leituraPrimeira impressão por Ir. Paulinho Vogel

Prazerosa e lúdica, de início, a leitura

não é um ato solitário, mas algo a ser

socializado, mediado pelo professor e

adquirido por meio dos gêneros diver-

sos a serem aprofundados em níveis de

maior exigência intelectual. Aprender a

ler é um processo que deve ser integra-

do à produção de textos.

Em suma, a leitura deve ser uma

prática constante e processual em

todas as fases da vida do estudante

criança, jovem e adulto, potencializan-

do-os a fim de estar e intervir solidaria-

mente na realidade. Assim, e somente

assim, faz sentido orgulharmo-nos de

nossos alunos.

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede

Marista de Colégios

são e produção de conhecimentos.

A leitura possibilita ampliar as infini-

tas possibilidades de conhecer e inter-

pretar o contexto em que se insere o

principiante leitor. Mediar essa experi-

ência do conhecimento é uma questão

crucial para a aprendizagem da leitura

e para a formação dos sujeitos, bem

como para a construção de um conhe-

cimento crítico de análise e interven-

ção da realidade. As bibliotecas esco-

lares da Rede Marista de Colégios pos-

suem ações culturais e educacionais,

bem como, espaços privilegiados para

a formação de leitores artífices do seu

conhecimento.

Para nós, a leitura é uma forma

exemplar de aprendizagem, pois o apri-

moramento dessa capacidade subsidia

todo processo ensino-aprendizagem.

Os alunos João Vitor, Marcela e Mateus divertem-se na sessão fotográfica para essa edição

Page 6: Em Família Frei Rogério ed 07

6 Entrevista

O (re)descobridor do Brasil

Div

ulg

ação

Page 7: Em Família Frei Rogério ed 07

Em entrevista à revista Em Família, Laurentino Gomes conta como transformou a história do Brasil num delicioso sucesso de vendas

Luís Fernando Carneiro

O Brasil foi descoberto em 1500, mas, de verdade, só foi inventado como país

em 1808. Foi quando a família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro e

transformou uma colônia atrasada e ignorante em uma nação independente.

Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão pro-

fundas. Mas foi quase 200 anos anos depois que um jornalista resolveu contar

essa história direito. Em 2007, Laurentino Gomes lançou “1808”, vendeu mais de

meio milhão de livros e conquistou duas categorias do Prêmio Jabuti, Melhor Livro

Reportagem e Livro do Ano de Não-Ficção.

No ano passado foi a vez de “1822”, um relato detalhado sobre a Independên-

cia do Brasil, conquistar as prateleiras das livrarias e rapidamente os primeiros

lugares em vendas.

Mas como transformar a história do Brasil em um sucesso de público e crítica?

Você vai perceber nessa entrevista que Laurentino Gomes concedeu à Em Família

que a receita do seu sucesso gira em torno de uma grande história, um forte tra-

balho de pesquisa e uma sintonia verdadeira com o leitor.

“ESPERO, PELA

LEITURA, AJUDAR A

PROMOVER A VIDA DE

OUTRAS PESSOAS,

TANTO QUANTO

MEUS PAIS FIZERAM

POR MIM AO ME

ESTIMULAR A LER E

A ME INTERESSAR

PELA HISTÓRIA"Você sempre gostou de ler? Qual a

influência da sua família nesse seu inte-

resse por leitura?

Meus pais eram cafeicultores pobres

do interior do Paraná. Tinham pou-

cos anos de estudo. Apesar disso,

valorizavam muito a educação e,

em especial, a leitura. Meu pai, que

havia estudado só até o quinto ano

primário, era um leitor voraz. Lia

obras de História e Filosofia que

tomava emprestadas ao pároco

local, um homem bastante culto.

Mesmo vivendo em uma região dis-

tante e carente de tudo, meus pais

conseguiram criar condições para

que todos os quatro filhos comple-

tassem o curso superior. Tenho mui-

to orgulho das minhas origens, o que

também reforça em mim um gran-

de senso de missão como escritor.

Espero, pela leitura, ajudar a promo-

ver a vida de outras pessoas, tanto

quanto meus pais fizeram por mim

ao me estimular a ler e a me interes-

sar pela história.

Page 8: Em Família Frei Rogério ed 07

8 Entrevista

"ESTAMOS EM UM NOVO

SÉCULO QUE PEDE

UMA NOVA LINGUAGEM

E NOVOS FORMATOS

CAPAZES DE ATINGIR

NOVAS AUDIÊNCIAS OU

NOVOS PÚBLICOS."

Algum dia nos seus sonhos você imagi-

nou ter um best-seller sobre história?

Nunca imaginei que livros de História

do Brasil pudessem ter uma repercus-

são tão grande. Ainda hoje me surpre-

endo com a reação dos leitores. Rece-

bo dezenas de e-mails todos os dias,

nos quais fazem elogios, sugerem

temas para futuras obras e pedem

que eu não pare de escrever. Um livro

tem grande poder de transformação.

E o primeiro alvo da mudança geral-

mente é o próprio autor. Minha vida

mudou bastante desde que lancei o

“1808”, em 2007. Hoje passo boa par-

te do meu tempo lendo, pesquisando

ou viajando pelo Brasil para dar aulas,

fazer palestras e participar de sessões

de autógrafos e bate-papos com os

leitores. E confesso que nunca estive

tão feliz. O reconhecimento e o con-

tato com os leitores tem funcionado

como um elixir da juventude para

mim. Sinto-me renovado e com muita

energia para me dedicar aos futuros

livros.

Conhecer a sua própria história pode

mudar o presente e o futuro de um país?

O estudo de História é fundamental para

a construção do Brasil do futuro. Uma

sociedade que não estuda História não

consegue entender a si própria, porque

desconhece as razões que a trouxeram

até aqui. E, se não consegue entender a

si mesma, provavelmente também não

estará preparada para construir o futu-

ro de forma organizada e estruturada. É

quase impossível compreender o Brasil

de hoje sem estudar a vinda da corte de

D. João para o Rio de Janeiro e a influ-

ência decisiva que esse acontecimento

teve na Independência, em 1822. Eu

diria que todas as nossas características

nacionais, todos os nossos defeitos e

virtudes, já estavam presentes lá.

Livros são também importantes para

quem já saiu da escola há bastante

tempo?

Ler é uma das formas mais agradáveis

e prazerosas de aprender. Quem lê

consegue ir além dos limites da pró-

pria vida, porque amplia seus horizon-

tes com a experiência dos outros. Ao

ler um romance de Machado de Assis,

por exemplo, nós somos transportados

para outro lugar e outro tempo, no Rio

de Janeiro do final do Século 19, distan-

te da nossa realidade de hoje. Consegui-

mos, portanto, ter uma experiência de

vida anterior à época em que nascemos.

No caso dos livros de História do Brasil,

pode haver também um benefício de

natureza psicológica relacionado à for-

ma como nos identificamos em relação

ao nosso país. Hoje os brasileiros convi-

vem com um sério problema de autoes-

tima. O estudo de História mostra que

o Brasil não é pior nem melhor do que

qualquer outro país. É apenas diferente,

porque as nossas raízes são diferentes.

O que significa que o nosso futuro pro-

vavelmente também será diferente.

Qual o segredo para tornar a história do

Brasil atrativa para o leitor comum?

Procuro sempre observar os persona-

gens e acontecimentos com os olhos

de um leitor adolescente ou um adulto

mais leigo, não habituado a ler sobre

História do Brasil. Se esse leitor conse-

guir entender o que eu tento explicar,

todos os demais também entenderão.

Eu leio muito sobre o assunto, pesqui-

so documentos e visito os locais em

que as coisas aconteceram dois sécu-

los atrás. Apesar da distância no tem-

po, esses lugares ainda guardam hoje

muita informação para quem tiver o

olhar atento. Também procuro orienta-

ção adequada logo no início do projeto.

Por fim, ao escrever, tento ser o mais

Page 9: Em Família Frei Rogério ed 07

claro e didático possível na linguagem.

Também me esforço para misturar na

narrativa elementos pitorescos e bem

humorados com uma mergulho mais

profundo das situações que descrevo.

Acho que ninguém precisa sofrer para

estudar História.

Qual a melhor maneira de se olhar para

a História do Brasil?

Infelizmente, a História do Brasil é

muito contaminada por dois tipos de

deturpações. A primeira é a chama-

da História oficial, que se esforça em

fazer em celebração épica dos heróis

e acontecimentos, como se eles tives-

sem construído ou dado origem a um

Brasil melhor do que o que vemos hoje

nas ruas, esquinas, morros e favelas.

É uma visão da história que predo-

mina especialmente em período de

ditaduras, como no ensino nas disci-

plinas de Organização Social e Política

Brasileira (OSPB) e Educação Moral e

Cívica durante o regime militar de 64.

A segunda deturpação é marcada por

uma tentativa de desconstrução des-

sa História oficial. São livros, filmes e

minisséries que banalizam os fatos e

personagens, como se pertencessem

a um Brasil viralatas indigno do seu

passado. É o que se vê, por exemplo,

no filme “Carlota Joaquina, Princesa do

Brasil”, de Carla Camurati, e na série de

televisão “Quinto dos Infernos”. A ver-

dade, como sempre, está no meio. O

que procuro mostrar nos meus livros

é que a História do Brasil tem, sim,

personagens engraçados, pitorescos

e caricatos, como D. João VI e Carlota

Joaquina, mas não se resume a isso.

Você acredita que por conta de "Harry

Potter", "Crepúsculo", "Lua Nova" os

jovens acabam sendo portas de entrada

interessantes para livros mais densos?

Eu não tenho qualquer preconceito

contra esses livros. Ao contrário, acho

que uma forma de estimular a leitura

numa faixa etária que, aparentemente,

não está lendo tanto quanto deveria. A

melhor forma de criar novos leitores é

associar a leitura a uma atividade pra-

zerosa. Por isso, melhor começar com

Harry Potter do que forçar uma criança

ou um adolescente a ler obras como as

de Machado de Assis mediante o risco

de passar ou reprovar num exame. O

risco, nesse caso, é afastá-la para sem-

pre dos livros. Se o estudante entender

que ler é sinônimo de prazer, no futuro

provavelmente se interessará também

por essas obras mais complexas e sofis-

ticadas do ponto de vista literário.

Você deu um passo à frente ao enten-

der que os leitores precisavam de uma

nova linguagem. Qual é o papel da

escola diante dessa nova realidade?

Tenho observado uma mudança na ati-

tude dos professores e das escolas em

geral. Estão mais empenhados em usar

uma linguagem acessível aos estudan-

tes e, no caso da História, uma narrativa

mais equilibrada dos acontecimentos

do passado. Isso é muito bom. O Brasil

vive um momento de mudanças com

a redução do números de pessoas que

viviam na pobreza absoluta e o cresci-

mento das classes “B” e “C”. Significa

que estamos, finalmente, conseguin-

do distribuir renda, emprego, saúde,

educação e outras oportunidades. Há

novos consumidores, novos leitores e

novos estudantes participando desse

processo de ascensão social. Temos

de ser generosos com eles produzindo

livros, aulas e material didático aces-

síveis na linguagem. O uso de uma

linguagem mais didática e acessível é

uma forma de democratizar e ampliar

o conhecimento no Brasil.

O que pensa dos e-books? Os escrito-

res têm de estar atentos a novos for-

matos?

O futuro do livro e o futuro do papel

são coisas diferentes. O formato papel

parece estar mesmo com seus dias

contados, mas o conteúdo dos livros

continuará a ser tão relevante quan-

to sempre foi. A República, de Platão,

que já foi uma obra prima no perga-

minho, permanece relevante hoje no

papel e continuará a ser nos meios

digitais. Nosso desafio, portanto, não

é a mudança nos formatos, mas a

qualidade do conteúdo. Estamos em

um novo século, que pede uma nova

linguagem e novos formatos capazes

de atingir novas audiências ou novos

públicos. Há um público jovem que,

aparentemente, não está lendo mui-

to no papel, mas passa boa parte do

tempo surfando na internet e é muito

seduzido pela linguagem audiovisual.

Por essa razão, daqui para frente nós

– jornalistas, escritores, professores,

historiadores, produtores de conhe-

cimento de forma geral – precisamos

ter estratégias multimídia para atingir

diferentes públicos.

Div

ulg

ação

Page 10: Em Família Frei Rogério ed 07

10 Capa

Uma boa notícia. Os livros não vão acabar justamente porque só eles permitem a adultos e crianças recriar histórias, viajar por mundos reais e imaginários e serem protagonistas em um mundo que insiste em colocá-los como espectadores

A magiada leitura

Marcela e João Vitor

Cai

xa M

ágic

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ibei

rão

Pre

to

Page 11: Em Família Frei Rogério ed 07

"À s vezes, antes do café da manhã, eu já acredi-

tei em mais de seis coisas impossíveis.” A fra-

se é de Alice e a invenção linguística está no famoso

clássico de Lewis Carroll. Entretanto, o que se apre-

senta de uma forma simples e despretensiosa, talvez

seja a grande chave para definirmos a magia da leitu-

ra. Ler nos dá a possibilidade de acreditar no impos-

sível, de encontrar nas histórias de Monteiro Lobato

um caminho para uma vida melhor, com bonecas

que ganham vida, num ambiente que alimenta as

travessuras das crianças de todas as idades.

Entrevistamos muitos alunos maristas para com-

por essa reportagem e o melhor foi perceber que

a maioria deles sabe muito bem o que quer quan-

do toma um livro nas mãos: viajar. Curiosamente,

essa geração cercada de tecnologia tem as mesmas

expectativas que nossos avós quando o assunto é

literatura. Eles querem embarcar em um mundo de

sonhos, de conhecimentos reais e imaginários, de

fantasia; desejam dar um tempo no corre-corre diá-

rio que violenta a criatividade e a paz. Em resumo:

para Mateus Mera Barbosa, João Vitor Zeviani Montei-

ro de Barros e Marcela Marques Cilento, que apare-

cem nas fotos desta matéria, ler é uma forma incrível

de se relacionarem com autores de todas as épocas

e de construírem em suas mentes os cenários e os

detalhes de cada obra. Num filme isso não é possível.

Ali, tudo já vem processado, os vestidos têm cores

certas e as expressões são fruto do talento dos atores

e diretores. Quem lê um livro é livre para (re)criar.

A escola é, portanto, um ambiente que deve

investir em espaço adequado, em acervo que conta

com obras literárias clássicas, modernas e contem-

porâneas, de modo a se tornar a estação ideal para

que esse embarque aconteça.

A família é outra estação fundamental. Por esse

motivo, convidamos para um bate-papo a escritora e

mãe de aluno marista, Liana de Camargo Leão, tam-

bém professora de Literaturas de Língua Inglesa na

Universidade Federal do Paraná, doutora pela USP e

mestre pela UFPR e pela UFRJ. Ela aposta que a leitura

em voz alta e a conversa em torno do livro são funda-

mentais para construir pontes entre pais e filhos. “A

leitura compartilhada desenvolve a arte da conversa-

ção em família, é momento propício para se discutir

valores, desenvolver o vocabulário e o pensamento

abstrato”, explica. Confira trechos dessa conversa

com a escritora.

Page 12: Em Família Frei Rogério ed 07

12 Capa

A INFÂNCIA FOI ENCURTADA?A infância é um período curto, hoje

ainda mais encurtado por um “ado-

lescer” precoce: as crianças são muito

cedo intimadas a entrar no mundo do

erotismo e do consumo. Mais do que

nunca é preciso recuperar a magia das

rimas, das cantigas de roda, dos con-

tos de fada e da literatura.

LINGUAGEM COMO FORÇA CRIADORAÉ no periodo da infância que a criança

vive a linguagem como força criado-

ra: “Mãe, tô apertada. Quero ir ao vaso

solitário.” O mesmo tipo de invenção

linguística está em Lewis Carroll (1832-

1898), o autor de "Alice no País Das

Maravilhas": “Às vezes, antes do café

da manhã, eu já acreditei em mais de

seis coisas impossíveis.” Carroll propôs

deliciosos neologismos: “Me deram

como presente de des-aniversário".

[em inglês, “un-birthday present”.]

Na abertura de Alice, Carroll convida

o leitor a passar ao mundo do faz-de-

conta: Alice segue o Coelho Branco

que carrega um relógio no bolso do

colete e está muito atrasado: “Ai, ai,

ai! Vou chegar atrasado demais!” Hoje,

somos como o Coelho Branco de Alice:

atrasados, apressados, correndo atrás

do tempo, um tempo que nos esca-

pa, um tempo do qual nos queixamos

sempre e que não nos permite ler.

FALANDO EM TEMPO, QUAL É O TEM-PO PARA A LEITURA? Entre as mais frequentes queixas das

mães quanto à educação dos filhos

está a de que eles preferem vídeo-

-games e televisão ao livro. A ausência

do livro na vida das crianças reflete a

ausência do livro na vida dos pais. Os

pais alegam falta de tempo para leitu-

ra. Ler requer tempo, requer disponi-

billidade, mental e emocional. E tempo

é questão de prioridade.

Em uma época de excesso de informa-

ção e excesso de oferta de produtos, o

ser humano passa a ser definido como

“espectador” e “consumidor”. São rou-

pas, ipods, ipads, celulares, aparelhos

eletrônicos que nos atraem com a pro-

messa de definir nossa subjetividade e

suprir nossas insatisfações. Entramos

no mundo do descartável, dos obje-

tos-símbolos que terminam por criar

em nós um vazio permanente.

O tempo do consumo é contínuo; e

nos consome. É um tempo acelerado

que nos atropela: consome a nossa

noção de identidade, nos encolhe,

nos diminui. O tempo da leitura é, ao

contrário, um tempo que expande o

ser humano. É também um tempo

de recolhimento, de introspecção, de

mergulho para dentro, de diálogo con-

sigo mesmo, um tempo de formação

do acervo pessoal, de nossa biblioteca

interna.

"A LEITURA PERMITE QUE NOSSAS

EXPERIÊNCIAS DE VIDA SEJAM

COMPARTILHADAS E É FUNDAMENTAL

PARA QUE AS CRIANÇAS PERCEBAM

QUE AS SUAS EXPERIÊNCIAS,

COMO CRESCER, SE APAIXONAR E

ENFRENTAR DIFICULDADES TAMBÉM

PODEM SER PARTILHADAS."

Page 13: Em Família Frei Rogério ed 07

A LEITURA É UMA PROTEÇÃO CONTRA O EXCESSO DE ESTÍMULOS? Com certeza. Freud sugere que a

proteção contra estímulos é uma

função quase mais importante do que

a recepção dos estímulos. Desenvolver

a linguagem, a capacidade linguística

de expressar o pensamento e assim

possibilitar a criação de uma ponte

entre a experiência intelectual e a

experiência emocional para poder

construir linguisticamente a própria

história, o próprio relato e refazê-

lo a cada baque, quando a vida for

nos marcando, nos torcendo: isso

me parece essencial à formação de

uma subjetividade sadia, capaz de

superar conflitos e de auxiliar o outro

no enfrentamento e na superação

de etapas. Desenvolver a empatia e

aprender o caminho entre emoção

e intelecto são efeitos colaterais

da leitura. A leitura permite que

nossas experiências de vida sejam

compartilhadas e é fundamental

para que as crianças percebam que

as suas experiências, como crescer,

se apaixonar e enfrentar dificuldades

também podem ser partilhadas.

EDUCAR NÃO É TERCEIRIZARAdministrar é delegar tarefas e cobrar

resultados. Não sei se o modelo é ade-

quado quando se trata de criança, de

afeto, de leitura, de educação. Como

Liana Leão: “O livro é a casa que abriga a cabeça da gente”

"O TEMPO DA LEITURA É UM TEMPO DE RECOLHIMENTO, DE

INTROSPECÇÃO, DE MERGULHO PARA DENTRO, DE DIÁLOGO

CONSIGO MESMO, UM TEMPO DE FORMAÇÃO DO ACERVO

PESSOAL, DE NOSSA BIBLIOTECA INTERNA."

Entre os livros de Liana Leão

estão: "Shakespeare, Sua

Época e Sua Obra"; "O Livro

das Casas"; "O Livro dos Pés";

"Dona Salete de Copacabana

e Seus Amigos de Estimação",

em co-autoria com Luiz Otávio

Leão; “Julieta de Bicicleta";

"Diferentes: pensando

conceitos e preconceitos";

"A caixinha de narizes", em

co-autoria com sua filha

Anna Beatriz.

delegar a tarefa de compartilhar o

dia-a-dia com os filhos? Será que só

os professores, psicólogos, babás,

personagens de tevê e de videoga-

me podem popular a vida dos nossos

filhos? A principal “conversa” de uma

criança será com a televisão?

A leitura em voz alta e a conversa em

torno do livro constroem pontes entre

pais e filhos. A leitura compartilhada

desenvolve a arte da conversação em

família, é momento propício para se

discutir valores, se desenvolver o voca-

bulário e o pensamento abstrato.

E O FUTURO DO LIVRO?Vivemos uma mudança nos hábitos

de leitura: o livro digital, mais fácil de

produzir e distribuir, ecologicamente

correto, e, em breve, também mais

barato. Na escola isso significará mui-

to menos peso na mochila! E dá para

fazer anotações, apagar anotações,

aumentar a letra, etc. Quando a gente

fala em futuro do livro, pensa em futu-

ro do livro de papel. Mas o livro eletrô-

nico é o futuro do livro. O que importa

é o conteúdo e, é claro, a possibilidade

de acesso. O livro eletrônico traz aces-

so instantâneo.

Mais: Confira no blog da Revista Em Família uma

reportagem completa sobre o futuro da literatura

e os livros digitais. www.emfamiliamarista.com.br

Page 14: Em Família Frei Rogério ed 07

14 Perfil

Como você descreve a magia de ler?

Para mim, ler é sempre uma viagem.

Conheço muitos lugares em diferentes

partes do mundo, não apenas porque

sempre viajei, mas porque leio bas-

tante. Para mim, ler é viajar sem sair

do lugar. A leitura proporciona à nos-

sa mente a possibilidade de estar em

todos os lugares descritos nos livros.

E a magia está quando visitamos fisica-

mente um lugar descrito em um livro

que já lemos! Isso acontece sempre

comigo. Essa relação do livro com a rea-

lidade é encantadora e cativante!

De onde vem sua paixão pelos livros?

Aprendi a amar os livros com a minha

mãe e meu avô. Aprendi com eles o

prazer da leitura e não a obrigação de

ler. Isso muda tudo na vida da gente!

A criança ou adolescente que só lê por

obrigação imposta pela escola nunca

vai desenvolver o gosto pela leitura.

Por isso, nós – pais, tios e avós – temos

a grande tarefa de mediar a leitura

com nossos filhos, sobrinhos e netos,

desenvolvendo neles o gosto pela lei-

Brilho nos olhos

tura. Na minha época, a internet e a

televisão não competiam com a leitura

no quesito entretenimento, o que tor-

nava mais fácil essa tarefa para minha

mãe e meu avô. Hoje, creio que o nos-

so maior desafio nessa área é orientar

crianças e adolescentes a buscar bom

conteúdo na internet. O meio pode ter

mudado, mas a mediação da leitura

ainda se faz necessária dentro de casa.

No ano passado, ainda como deputa-

do federal, você solicitou ao ministro

da Educação, Fernando Haddad, que a

leitura fosse incluída na pauta de priori-

dades de ações do ministério para este

ano. O que falta para o Brasil investir

mais em leitura?

Falta muita coisa! Mas, na área educa-

cional, o primeiro passo tem que ser

dado com os professores e não com

os alunos. Temos que fazer com que

os nossos professores sejam, primeiro,

leitores para depois pedir para que eles

estimulem a leitura em seus alunos. Nos

últimos anos, em razão das atividades

que promovo de leitura, tenho encon-

trado muitos professores que não leem,

que declaram publicamente que não

gostam de ler. Como um profissional

desses poderá formar novos leitores?

Nos tempos de Marista você lembra de

alguma obra ou atividade que o mar-

cou nesse sentido da literatura?

O colégio era como a extensão da minha

casa. Morava quase do lado! Éramos

adolescentes agitados pela idade e pela

mudança do ginásio para o científico.

Não lembro mais o nome dela, mas

tinha uma professora de Português que

quando falava sobre um livro, seus olhos

brilhavam! Esse era o mesmo encanta-

mento que eu via no meu avô, em casa.

Não tenho lembrança específica sobre

algum momento marcante, mas essa

sensação de estar em casa, de encontrar

na escola o mesmo ambiente que eu

tinha em casa, no que se referia à leitura,

é uma sensação que guardo até hoje!

Mais: Quer conhecer o programa conversa entre amigos? Então acesse o site www.conversaentre-amigos.com.br

O ex-aluno marista Marcelo Beltrão de Almeida é um devorador de livros. For-

mado pela PUCPR em Engenharia Civil, acionista do Grupo CR Almeida - um

dos maiores grupos empresariais brasileiros - é ex-deputado federal. Com uma

carreira tão extensa, apesar de ter apenas 44 anos, Almeida é mais conhecido por

ser um grande incentivador da leitura. Na Câmara dos Deputados, foi o criador e

presidente por três anos da Frente Parlamentar Mista da Leitura, que colocou os

assuntos de incentivo ao livro e à leitura na pauta política nacional. Em Curitiba

(PR), criou o programa “Conversa entre amigos”, no qual mais de mil participan-

tes leem uma mesma obra e depois participam de encontros para discutir o livro.

O programa já contou com as participações de escritores importantes, como

Laurentino Gomes, Caco Barcellos, Cristóvão Tezza, Domingos Pellegrini, Miguel

Sanches Neto e Roberto da Matta.

Page 15: Em Família Frei Rogério ed 07
Page 16: Em Família Frei Rogério ed 07

16 Dia a dia

Até para as supermulheres, elasticidade tem limiteComo a elástica Senhora Incrível, as mulheres se desdobram para cumprir vários papéis. Mas é preciso cuidado: sabemos o que acontece quando esticamos demais um elástico...

Maria Sandra Gonçalves

Helena é mulher bonita, dedicada a

cuidar da casa, dos três filhos e do

marido Roberto, que vive se queixan-

do dos problemas de trabalho. Você

certamente já foi apresentado à histó-

ria dessa heroína. Como? Não achou a

vida dela muito heróica? Pois Helena é

ninguém menos que a Mulher Elástica,

aquela que no filme “Os Incríveis” se vê

forçada a abrir mão da vida pacata e da

superproteção das crianças para salvar

o marido e o planeta das armas do mal-

vado Síndrome.

Na vida real a mudança de papéis

não é assim tão visível. As Helenas do

nosso dia a dia vão usando suas habili-

dades sem fazer muito alarde. Mesmo

que não estejam de uniforme vermelho

e máscara no rosto, as mulheres preci-

sam mesmo de muita elasticidade para

conciliar a vida doméstica, os cuidados

pessoais, a atenção aos filhos e – em

muitos casos – a dedicação ao trabalho.

Cada uma tem seus segredinhos

para dar conta de tudo. E, ao contrá-

rio do que aconteceria no cinema, nós

podemos revelá-los. Eles se resumem à

busca do equilíbrio.

Equilíbrio no trabalho, pois, mais

que presentes materiais, os filhos que-

Div

ulg

ação

Page 17: Em Família Frei Rogério ed 07

Números incríveisA presença feminina na população econo-micamente ativa (PEA) é maior que a dos Homens, 17% comparando com os 13% masculinos. Já a participação feminina com nível superior ultrapassou a masculina e é de um pouco mais de 54%.Em 2010 a taxa de mulheres que trabalham com carteira assinada aumentou para 44%, em 2000 essa taxa era de 33%.As mulheres ocupam quase 22% dos cargos elevados (presidência, gerência...) no Brasil.A participação das mulheres no mercado de trabalho desde a década de 70 ao ano 2000 subiu de 17 para 35%.Fonte: IBGE (ibge.gov.br) e Rede Brasil Atual (www.redebra-silatual.com.br)

"AS HEROÍNAS TAMBÉM FALHAM. DÊ A SI MESMA O DIREITO DE APRENDER E PROGREDIR COM SEUS ERROS."

rem – e merecem atenção – com essa

máxima em mente, fica mais fácil deci-

dir entre assumir tarefas extras ou vol-

tar mais cedo para casa. Afinal, a pro-

moção que permite comprar uma casa

na praia também rouba muitas horas

de convivência familiar. Ponha tudo na

balança e veja o que vale mais a pena.

Os sábios alertam: “dinheiro perdido dá

para recuperar; tempo perdido jamais”.

Equilíbrio na divisão de tarefas.

Toda Mulher-Elástico pode atuar

melhor com o apoio do Sr. Incrível. Ou

seja, as mulheres podem – e devem

– compartilhar as tarefas com seus

companheiros. Quando os dois estão

sobrecarregados, é preciso encontrar

soluções simples para que toda a famí-

lia viva em harmonia. Quer um exem-

plo? Você adora levar as crianças para

a escola, mas, para isso, enfrenta um

estresse diário e deixa o trabalho atra-

sado. De quebra, vive se perguntando

por que essa tarefa cabe somente a

você. Resultado: a ida para a esco-

la (ou a volta) se transforma em um

momento de tensão. Que tal mandar

seus filhos de transporte escolar e se

organizar melhor para dar atenção a

eles em casa? Sem a pressão do trân-

sito e dos horários, as chances de boa

convivência entre pais e filhos aumen-

tam muito.

Na vida pessoal, o bom senso tam-

bém deve ditar as regras. É muito sau-

dável cuidar da aparência e da saúde,

mas se as visitas ao salão de beleza são

sempre mais sagradas do que as situa-

ções em que sua presença é requisita-

da na família, alguma coisa está errada.

O equilíbrio também se aplica a

autoavaliação. A autoindulgência exa-

gerada é um erro, mas culpar-se por

tudo traz resultados ainda piores.

Sabemos bem o que acontece se o elás-

tico for esticado demais. Não deu para

ir à reunião do colégio? Paciência. Mar-

que um horário particular com a pro-

fessora. Exagerou na dose ao chamar

atenção dos filhos? Peça desculpas. As

heroínas também falham. Dê a si mes-

ma o direito de aprender e progredir

com seus erros. Se a angústia aparecer,

esqueça as soluções incríveis e vá pelo

caminho certeiro: procure alguém com

um ombro amigo e disponibilidade

para ouvir um desabafo.

Maria Sandra Gonçalves é jornalista e mãe dos

alunos maristas Daniel e Mariana.

Page 18: Em Família Frei Rogério ed 07

18 Olhar por Fabrício Carpinejar

Felicidade não tem fim, tristeza simQuando não era pai, o riso pedia um motivo. Uma função. Uma explicação. A piada tinha que ser muito engraçada. Hoje a vida é mais engraçada do que a piada

M eus filhos nunca perguntam: por

que está triste? Eles me fazem

feliz antes de perguntar. Só passei a rir à

toa depois da paternidade. Rir por nada

mesmo. Rir porque vejo meu filho dese-

nhando uma casa com pernas ou reparo

no modo como ele segura o garfo, igual

à avó. Ou observando a concentração da

filha diante da televisão ou seu bocejo

esquecendo a proteção das mãos. Quan-

do não era pai, o riso pedia um motivo.

Uma função. Uma explicação. A piada

tinha que ser muito engraçada. Hoje a

vida é mais engraçada do que a piada.

Ao largar a pasta do trabalho, há um alí-

vio de que serei abraçado pelos filhos

até ser derrubado. Levantarei as pernas

para cima, desistindo das reservas. Meu

riso dá cambalhotas sem colchão.

Eu recebo diariamente pilhas de

livros. Poderia confessar que felicidade

é permitir que o Vicente abra os paco-

tes e me conte os títulos. Ele fica aluci-

nado em ajudar. Mas os livros foram se

espalhando, tomando os corredores. A

esposa me advertia do avanço do escri-

tório pelas peças. Tomei jeito e resolvi

pedir novas estantes. Garantiria folga

momentânea do problema e o filhote

seguiria rasgando os envelopes.

O marceneiro chegou, amaciado

de sotaque espanhol. Expliquei o que

desejava e fui para minhas atividades.

Não cessava de falar enquanto encaixa-

va os parafusos.

– Em que você trabalha?

– Sou escritor e professor.

– Professor de onde?

– Da Unisinos...

– Ah, a Unisinos, minha filha estuda lá, no

curso de Letras, ela é aplicada.

(Neste momento, vi que ele apenas

encontrava um motivo para falar da

filha. Achou o sinal do petróleo e não

cessaria sua perfuração.)

– Que bom, parabéns...

– Não, parabéns para ela, que não puxou

o pai e se dedicou a estudar. Quando olho

para minha filha, me sinto realizado. Tudo

o que passei na vida não teve borracha.

– Não teve borracha?

– Pai não apaga nada que viveu depois dos

filhos. Não põe fora nem um desenho...

Eu freei uma gargalhada desavisada.

Na última semana, fui ao lançamento de

um livro de alunos da Unisinos. Quando

me escorei para pedir um autógrafo,

Teresa, uma das autoras, me encarou:

– Põe esse livro na sua estante.

– Sim, vou colocar.

– Na estante de meu pai.

– Como?

– Ele fez sua biblioteca. Tenho orgulho

dele. Me ensinou a escrever e nem sabe.

O lápis que ele usava na orelha para

medir a altura das paredes, sua filha

pegou para escrever e alargar as pala-

vras. Felicidade é quando o filho coinci-

de com o pai e a mãe – e nenhum deles

precisa ter consciência disso.

Fabrício Carpinejar é poeta, autor de Meu Filho, Minha Filha (Ed. Bertrand Brasil, 2007), entre outros livros

Page 19: Em Família Frei Rogério ed 07

Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo

exclusivo do Marista Frei Rogério. A revista Em Família

é uma excelente oportunidade de reforçarmos o nosso

compromisso com uma educação de excelência, pauta-

da em valores. Aqui trazemos algumas histórias, proje-

tos e principalmente um pouco das ideias que refletimos

juntos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em

cada momento ou experiência partilhada, há um pou-

co de luz e de inspiração para fazer de cada criança ou

jovem um ser humano melhor, mais capacitado e mais

sensível às necessidades do mundo que está à sua volta.

Enfim, uma pessoa mais feliz.

Inspirar é preciso

Page 20: Em Família Frei Rogério ed 07

20 Com a palavra Ir. Roque Brugnara - Diretor Geral

A sabedoria do recomeçoO final de cada ano é marcado pelo

clima de cansaço e pelo desejo das

merecidas férias. O descanso prepara

para a retomada. No início de cada ano

o ciclo é retomado, mas nunca repeti-

do. Em cada ano ele tem suas caracte-

rísticas, de forma a torná-lo único.

Em contrapartida, enquanto alguns

descansam, outros se envolvem ain-

da mais para reformar e atualizar os

ambientes e os meios educativos. As

férias escolares colocam alunos e pro-

fessores em descanso, mas o Colégio

não para. Ao recomeçar, há sempre

novidades na estrutura, nos móveis e

equipamentos; pessoas novas passam

a integrar o corpo docente e adminis-

trativo; procedimentos antes desco-

nhecidos passam a fazer parte da nova

rotina educativa.

As alterações introduzidas gradu-

almente permitem a adequação do

Colégio ao mundo e à mentalidade

das novas gerações e das exigências

sociais. Nisto está a sabedoria da orga-

nização em ciclos, por incluir continui-

dade e novidade ao mesmo tempo:

permanecem as boas práticas e alte-

ram-se os procedimentos que podem

gerar melhorias.

Durante as férias, o Colégio Marista

Frei Rogério sofreu alterações com a

troca da instalação elétrica e da rede de

lógica no prédio antigo, com a substitui-

ção de pisos já desgastados pelo tempo

e a ampliação do espaço educativo com

duas novas salas de aula, além da ade-

quação da tubulação de águas pluviais

e esgotos. Foram também acrescenta-

dos móveis e brinquedos na Educação

Infantil, e a pintura de vários ambientes

proporcionou melhor aparência.

Os investimentos sempre visam ade-

quar a estrutura, os móveis, equipamen-

tos e procedimentos para atender às exi-

gências legais, as demandas sociais e as

expectativas dos professores e alunos.

As atividades foram retomadas

com a apresentação da palestra sobre

motivação e responsabilidade, seguida

de planejamento do ano letivo pelos

professores. Esteve em foco a melho-

ria do ensino-aprendizagem e sua ava-

liação. Os professores uniram as mãos

em torno das novas propostas na espe-

rança de que o empenho de cada um

para cumprir sua tarefa se traduza em

reforço no cumprimento da missão

educativa e evangelizadora que o Colé-

gio assume como proposta.

As AlterAções

introduzidAs

grAduAlmente

permitem A

AdequAção do

Colégio Ao mundo e

à mentAlidAde dAs

novAs gerAções e dAs

exigênCiAs soCiAis

Page 21: Em Família Frei Rogério ed 07

Materiais de Construção

49 3527 4000Av. XV de Novembro, 318 | Centro | Joaçaba

Page 22: Em Família Frei Rogério ed 07

22 Educa� Educação Infantil

Um lugar paraaprender, educar e amarVera Lúcia Polato Argenton, Diretora Educacional

Conhecer a criança, como ela pen-

sa e age nas diferentes etapas do

seu desenvolvimento, é um subsídio

importante para a organização de ati-

vidades compatíveis às suas diferen-

tes fases. Além disso, nos possibilita

a compreensão do que ela é capaz de

aprender e produzir a cada momento.

As atividades lúdicas são ferra-

mentas indispensáveis no desenvol-

vimento infantil, porque para a crian-

ça não há atividade mais completa

do que brincar. Pela brincadeira ela é

introduzida no meio sociocultural.

A trajetória infantil não pode ser

analisada somente pela ótica da razão.

Ela passa, necessariamente, pela via

do brincar. A criança é um ser social.

Sua aprendizagem e o seu desenvol-

vimento acontecem na relação com

o outro. A atividade mais completa

na criança pequena é o brincar. Atra-

vés da brincadeira a criança reflete o

conhecimento que tem sobre o mun-

do que a rodeia, sobre seu grupo e

sobre si mesma.

Brincar oferece à criança a possi-

bilidade de construir uma identidade

autônoma, cooperativa e criativa. A

criança que brinca adentra o mundo

do trabalho, da cultura e dos afetos

pela via da representação e da experi-

mentação. A brincadeira é um espaço

educativo fundamental da infância.

Ensinar a brincar é ensinar o faz

de conta, é ensinar a criança a atri-

buir diferentes sentidos para as suas

ações. A criança aprende a brincar

assim como aprende a se comunicar

e a expressar seus desejos e vonta-

des. Os adultos e as crianças mais

velhas têm um papel importante nes-

sa aprendizagem.

O desenvolvimento da criança

desde o nascimento até seis anos

reflete toda sua vida futura, tanto

quanto os acontecimentos posterio-

res a esta faixa etária. Por isso, pais,

professores ou qualquer outra pes-

soa que atuem junto à criança preci-

sam estar atentos para o atendimen-

Page 23: Em Família Frei Rogério ed 07

As AtividAdes dA

esColA preCisAm

guArdAr não só o

sentido do prAzer,

mAs Constituir-se

simultAneAmente

Como espAço pArA

o diálogo, A livre

expressão de ideiAs,

A desCobertA, A

CriAtividAde...

to de suas necessidades básicas, a fim

de contribuírem positivamente no

seu desenvolvimento.

No planejamento de atividades,

na escolha de um brinquedo para a

criança, faz-se necessária a obser-

vância da fase de desenvolvimento

que a criança está vivenciando, a fim

de proporcionar-lhe situações e brin-

quedos compatíveis ao interesse do

momento.

As atividades da escola precisam

guardar não só o sentido do prazer,

mas constituir-se simultaneamente

como espaço para o diálogo, a livre

expressão de ideias, a descoberta, a

criatividade, a conversa entre pares,

a música, a dança, a dramatização, o

contar histórias, o correr, o saltar, os

passeios e a observação. São situa-

ções que demonstram que, embora

ao nascer a criança traga consigo uma

carga genética, o que ela vai ser real-

mente no futuro é sempre influencia-

do pelo que o ambiente lhe oferece.

Isto sugere a necessidade de a escola

de Educação Infantil valer-se de um

ambiente físico e social saudável,

onde a criança sinta-se segura e tenha

também possibilidades de arriscar,

aprender, buscar, conhecer, brincar.

Isto certamente trará conhecimento

acerca dela mesma, dos outros e do

meio em que vive.

Page 24: Em Família Frei Rogério ed 07

24 Ser melhor

Jovens que transformamMissão Marista é oportunidade de revelar o protagonismo juvenilRobinson de Vargas, Assistente de Pastoral

“Acho que os missionários de todas

as cidades envolvidas foram meio que

sem saber o que realmente iam fazer

em Itapejara d’Oeste, uma cidade des-

conhecida para alguns e muito longe

para outros.

Os encontros da PJM guardam amizades

enormes e de anos. E foi isso que me fez

deixar uma das minhas últimas semanas

de férias para viajar com todos. Eu posso

dizer que aprendi o que é a Missão Soli-

dária Marista, o que é partilhar e viven-

ciar. Cada abraço, cada reencontro, cada

criança que peguei no colo e cada olhar

de agradecimento daquelas pessoas

visitadas me fizeram sair de lá emocio-

nada e missionária.

O que mais me marcou foi a visita que

fiz à casa de um senhor muito humilde

com mais três jovens. Acredito que era

um dos mais necessitados em questão

de moradia. Ele contava a própria his-

tória e sorria. Contou com orgulho que

deixou as drogas e o álcool durante a

sua vida, que agora chega aos 66 anos,

e ainda quando encerramos a conversa

ele nos agradeceu e rezou um pai-nos-

so. Se antes eu reclamava ou se antes

eu queria mais do que tenho dentro da

minha família, eu mudei. Valorizar os

pais e a oportunidade de vida boa que

temos é de fato a coisa mais importante

a se fazer.”

Júlia Bonamigo – 3ª série A EM

Cerca de 90 jovens de Cascavel,

Maringá, Londrina, Curitiba, Ita-

pejara d’Oeste (PR), Joaçaba, Chape-

có (SC) e Dourados (MT) estiveram

reunidos em Itapejara d’Oeste nos

dias 23 a 30 de janeiro para a Missão

Solidária Marista.

Doze alunos da Pastoral Juvenil

Marista (PJM) do Colégio Marista Frei

Rogério abriram mão de alguns dias de

suas férias para unirem-se aos demais

missionários da Província e juntos reali-

zarem o trabalho de reforma do parque

de recreação infantil do bairro Guarani,

assim como participarem das visitas

às casas das famílias e oficinas com as

crianças. Momentos de espiritualidade

e convivência ajudaram a fortalecer o

grupo que, com muita força de von-

tade e amor ao próximo, realizou um

lindo trabalho que com certeza ficará

registrado na mente e nos corações

daquela comunidade que por muitas

vezes se emocionou com a presença

dos missionários.

Não temos dúvidas de que a expe-

riência vivida por esses alunos foi

riquíssima e só vem a contribuir na sua

formação humana e cristã. A Pasto-

ral do Colégio agradece muito a Deus

por poder contar com jovens como

esses, que alimentam nossa esperan-

ça de um mundo mais humano e justo,

onde as pessoas se amem e procurem

o bem comum.

Page 25: Em Família Frei Rogério ed 07

C

M

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Page 26: Em Família Frei Rogério ed 07

26 Caleidoscópi�

Corredor Lúdico

Doação de livrosAssembleia – Educação Infantil 3B

Aula de arte

Bênção do Barro – Aprovados

vestibular 2011

Aula de Ciências

Page 27: Em Família Frei Rogério ed 07

27Destaque

Com o incentivo da família, Bárbara se dedica a um hobby bem diferente

Aluna e amazonaRaquel Aline, Comunicação e Marketing

O hipismo é um esporte muito anti-

go, surgiu nos Jogos Olímpicos

antigos, sendo praticado como com-

petição. Porém, as regras e as compe-

tições como as que acontecem hoje

surgiram apenas em 1883, nos EUA.

Bárbara Sabei, aluna da 1ª série B do

Ensino Médio, pratica a modalidade do

salto, que tem o objetivo de demons-

trar as qualidades do cavalo, como sua

força, potência, obediência, velocidade

e respeito pelo obstáculo.

Bárbara iniciou a prática do hipis-

mo aos 13 anos, influenciada pelo

pai, Adjair, que pratica o hipismo há

28 anos. “Ver a pessoa que eu mais

admiro (meu pai) praticar o esporte

com evidente prazer, assistir às com-

petições que ele participa parecia ser

um esporte fácil, e então tomei cora-

gem e comecei a treinar. Não é fácil,

requer muita disciplina, treinamento

e dedicação.”

A aluna pratica o hipismo como um

hobby, destaca que é um esporte de

valor elevado e pouco conhecido na

região.

Incentivada por toda a família e

principalmente pelo pai que também

é o seu treinador, pratica sempre que

há tempo e clima favorável, e juntos

aperfeiçoam as técnicas e em cada trei-

no se divertem muito. No ano de 2010,

na modalidade iniciante, participou de

duas provas oficiais, conquistando o

segundo lugar nas duas competições.

Ao ser questionada sobre o seu

maior sonho como amazona, Bárbara

finaliza: “Preparar meu próprio cavalo

para hipismo, pois só os cavalos com

muita coragem e habilidades especiais

podem saltar”.

Page 28: Em Família Frei Rogério ed 07

28 Diz aí

Como todo jovem, uso os recursos

digitais para tudo que posso, seja para

o estudo, conversar com os amigos, ou

até para simplesmente passar o tem-

po. Penso que a nossa geração, que

cresceu ligada a isso, consegue enten-

der melhor esses recursos, fazendo-

-nos parecer muitas vezes arriscados

demais. Se bem que até podemos

passar do ponto às vezes, mas somos

conscientes dos riscos que corremos e,

mesmo que não pareça, aprendemos a

ser cautelosos.

Claro que não devemos exagerar

colocando dados pessoais em qual-

quer lugar, como é o caso de algumas

pessoas em redes sociais. Claro que

também não é bom que se pense que

a rede e os computadores se tornaram

lar do crime.

Se bem utilizados, eles só têm a

acrescentar em praticidade e confor-

to, tanto para nós, jovens, como para o

resto da sociedade.

Gabriel Thaler – 2ª série B

Ao longo das décadas o mundo se tor-

nou escravo da tecnologia, pois o seu

uso simplifica várias atividades cotidia-

nas.

A internet, principalmente, é uma

ferramenta indispensável para todos

os jovens, porém seu uso em excesso

faz com que se perca o gosto de ir além

na busca de conteúdos e de aprimorar

os conhecimentos. Afinal, é muito fácil

de encontrar os mais diversos tipos

de informação facilmente, mesmo

que nem sempre sejam confiáveis, o

que traz como consequência adoles-

centes com pouca criatividade, pouco

desenvolvimento intelectual e críti-

co, formando pessoas com um senso

comum.

Entretanto, o mundo virtual só traz

malefícios quando seu uso é feito de

maneira errônea, deixando as preocu-

pações escolares de lado e priorizando

outros assuntos.

Heloizi Marina Slongo – 2ª série B

A tecnologia está mais presente no

nosso cotidiano, sendo para busca de

conhecimentos ou diversões.

Em questão da busca de conheci-

mentos ela é muito importante para

pesquisas e buscas, com sua rapidez e

comodidade. A internet também pos-

sui maior quantidade de informações,

fazendo com que para qualquer coisa

ela possa ser utilizada.

Mas ela traz alguns problemas,

como o afastamento dos livros e a falta

de buscas mais amplas por talvez pos-

suir uma busca mais resumida e pron-

ta, fazendo com que não haja necessi-

dade de uma leitura.

Milena Junges Pedroso – 2ª série A

A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade

e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos

com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se

ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!

Tecnologia ajuda ou atrapalha?

Page 29: Em Família Frei Rogério ed 07
Page 30: Em Família Frei Rogério ed 07

30

O desafio dos professores é alcançar a magia da leitura e inspirar seus alunos a fazerem o mesmo Professora Luciana Slogno

Universos da leitura

Educa� Ensino Fundamental

A aventura humana poderia com-

por um livro de todas as formas

de sensações, pensamentos e ações a

percorrerem universos somente per-

cebidos por meio da linguagem. Essa

imagem guardaria a síntese da história

literária, todas as vozes que se encon-

traram ou encontrarão por serem

humanas.

A memória, que pela literatura se

torna possível, na leitura se atualiza e

transforma, uma vez que uma obra não

existe em si, mas na sua relação com o

leitor. Autores, leitores e obras ocupam

um espaço de permanente diálogo,

que se concretiza em quem lê. Essa

relação necessita ser renovada a cada

palavra, pois não se esgota nunca; cada

livro pode construir um novo mundo.

Os significados surgidos no

momento da leitura representam as

múltiplas possibilidades de um texto

e podem estar associados ao seu tem-

po, lugar, canal de apresentação. Esses

fatores devem ser considerados pelo

professor ao oferecer um texto aos

alunos; podem ser explorados com o

objetivo de contrastar ou referenciar

situações e ideias, questionar ou con-

solidar valores, formular hipóteses,

propor soluções.

No entanto, o aspecto fundamen-

tal para a apreensão de algo lido é o

envolvimento do leitor, provocado,

sobretudo, por propriedades intrín-

secas à obra – o tema, a linguagem, a

relação com o real, a criação de mun-

dos. Isso não corresponde a ignorar os

efeitos do contexto, mas transferi-lo

da obra em si para o leitor que a sente,

ressignifica.

Este talvez seja o percurso a ser

buscado pelo professor: alcançar a

magia da prática de leitura e confiá-la

aos seus alunos: ler com habitualidade,

curiosidade e encantamento; partilhar

essas experiências para que os alunos

se sintam confortáveis e estimulados

Page 31: Em Família Frei Rogério ed 07

O desafio dos professores é alcançar a magia da leitura e inspirar seus alunos a fazerem o mesmo

a participar desse universo de infini-

tas possibilidades e compartilhar suas

impressões. Para além disso, a fim de

que compreendam sua função insubs-

tituível de, na condição de leitores, pro-

porcionar vida aos livros.

Convém lembrar que a diversida-

de textual é necessária seja para não

tolher, seja para ampliar as potencia-

lidades linguísticas e sociais. Sob essa

perspectiva, materializar as observa-

ções do cotidiano como recurso para

desenvolver a ótica sobre o desconhe-

cido é um modo de tornar o aluno dis-

posto e preparado a se surpreender, e

ler é, em essência, surpreender-se.

Se você acompanha o movimen-

to dos olhos de uma criança, pode

mediar sua entrega à leitura – estender

a mão, demonstrar os passos. À medi-

da que ler, ela se tornará independen-

te para definir seu repertório e seguir

lendo, mas as suas surpresas serão as

mais gratificantes.

A memóriA, que pelA literAturA

se tornA possível, nA leiturA se

AtuAlizA e trAnsformA, umA vez

que umA obrA não existe em si,

mAs nA suA relAção Com o leitor

Page 32: Em Família Frei Rogério ed 07

Durante nosso tempo escolar

somos “impelidos” para uma pre-

paração que na maioria das vezes tem

um objetivo claro: passar no vestibu-

lar/testes seletivos para realizarmos

nossos sonhos como profissionais e

mostrar aos nossos pais e amigos que

somos capazes.

Para que obtenha sucesso é de

suma importância que o aluno inicie

sua preparação com bases sólidas e

não somente no último ano do Ensino

Médio, pois diante da realidade atu-

al em que a política educacional do

governo oferece ações afirmativas, faz-

-se necessário estudar cada vez mais.

As ações mais voltadas aos con-

cluintes serão: aplicação de testes

vocacionais; palestras com profissio-

nais; aplicação de simulados de vesti-

bulares/testes seletivos; aulões; visi-

tas a universidades com a participação

em feiras de cursos ou profissões; ofi-

cinas e muitas palestras que ajudem

na edificação de um bom profissional

e virtuoso cidadão.

32

E agora?Expectativas e comportamentos diante dos testes seletivosIvete Rosso, Assistente Psicopedagógica

Educa� Ensino Médio

ANTES DAS PROVAS...• Procure conversar com o(a)

orientador(a) de suas escola e tam-

bém procure em sites informações

sobre universidades e cursos deseja-

dos.

• Nunca escolha uma carreira tomando

como base a relação candidato/vaga

ou por motivos financeiros, e também

evite “modismos”.

• Converse com pessoas que exercem

as profissões pelas quais se interessa

e observe o que elas fazem no dia a

dia. Informe-se também sobre o que

elas fizeram para alcançar realização

profissional.

• Participe dos simulados on-line que

o colégio oferece (FTD), marcando o

tempo e analisando os erros.

• Parar ficar atualizado, procure ler jor-

nais, revistas e assistir aos noticiários.

DURANTE AS PROVAS...• Leia atentamente e responda primeiro

as questões mais fáceis, deixe as mais

difíceis para o final e procure não dei-

xar nenhuma questão em branco.

• Leia a prova com atenção antes de

entregar, para verificar se não come-

teu erros.

• Preste bastante atenção ao preencher

o cartão-resposta.

DEPOIS DA PROVA...• A vitória é consequência de seu esfor-

ço pessoal. ENTÃO VENHA PARA A

BÊNÇÃO DO BARRO organizada aqui

no FREI PARA COMEMORAR!

Page 33: Em Família Frei Rogério ed 07
Page 34: Em Família Frei Rogério ed 07

34 Gente noss�

Sempre Marista

Nasci em Heval D’Oeste, na minha

época pertencente a Joaçaba.

Após o primário no Colégio Cris-

to Rei em Herval D’Oeste em 1949,

matriculei-me no preparatório do

Colégio Marista Frei Rogério e conclui

o ginásio em 1953.

No ano seguinte meu pai matricu-

lou-me no Colégio Adventista Brasi-

leiro em São Paulo, onde permaneci

durante dois anos, depois me transferi

para Curitiba, realizando estudos, cur-

sinho, preparando-me para Medicina,

aprovado no vestibular em 1959.

Guardo boas lembranças do Colégio

Marista, onde tive uma boa base, facili-

tando meus estudos pré-vestibulares.

Lembro-me que tínhamos uma educa-

ção muito eficiente, com muito espíri-

to religioso e muita disciplina. Às vezes

recebia, no bom sentido, pequenos

sermões, uma vez que eu me banha-

va nas águas do rio do Peixe em trajes

impróprios, onde era fiscalizado pelos

Irmãos Maristas, pois eles tinham uma

ótima visão de onde eu estava.

Após a conclusão do curso de Medi-

cina, por problemas financeiros e pelo

falecimento de meu pai precocemente,

iniciei meus trabalhos em Salto Veloso,

posteriormente em Joaçaba, onde per-

maneço até hoje, antes por uma breve

passagem por Florianópolis, onde ocu-

pei cargo no INAMPS ou INSS.

Sou casado com dona Ieda Maura,

tenho dois filhos: Juliano P. de Oliveira

Pinto, médico em Florianópolis, e Leo-

nardo P. de Oliveira Pinto, advogado

também em Florianópolis. Tenho uma

neta, Julia, que é o xodó da família.

O Colégio Marista Frei Rogé-

rio foi muito importante na minha

vida, guardo ótimas lembranças dos

irmãos professores, e graças a essa

base fundamentada neste Colégio,

hoje sou o que sou.

Dr. Aluar de Oliveira Pinto

Dr. Aluar, ex-aluno, lembra dos bons tempos no Colégio

o Colégio mAristA

frei rogério foi

muito importAnte

nA minhA vidA.

guArdo ótimAs

lembrAnçAs dos

irmãos, professores

e, grAçAs A essA bAse

fundAmentAdA neste

Colégio, hoje sou o

que sou.

Page 35: Em Família Frei Rogério ed 07
Page 36: Em Família Frei Rogério ed 07

36 Vestibular

É preciso aprender a lidar com o problema da tensão pré-vestibularFabíola Almeida

Abaixo a TPV!

“Foi a melhor sensação do mun-

do!”. É assim que a ex-aluna

Marista, Iana Dornelas Fonte Boa, des-

creve o que sentiu ao ver o nome na

lista dos aprovados. Mas a caloura em

Direito lembra que a preparação não

foi fácil e no 3º ano chegou a recorrer

a acompanhamento psicológico para

controlar a ansiedade pelo vestibular.

Assim como Iana, vários estudan-

tes sofrem com a tensão pré-vesti-

bular (TPV). Um levantamento feito

com 1.046 vestibulandos verificou

que 56,3% apresentaram sintomas de

ansiedade, considerando os níveis de

intensidade leve, moderado e grave.

Dentre os estudantes que apresenta-

ram transtorno depressivo, destacou-

-se a prevalência mais elevada em

meninas (59,3%) do que em meninos

(28,4%). De todos os participantes da

amostra, 947 (90,5%) responderam

ainda que o vestibular alterou seus

hábitos de vida, sendo as principais

modificações na vida social com ami-

gos, no relacionamento familiar, no

sono, na atividade física e na alimenta-

ção. O estudo foi comandado pelo psi-

quiatra Daniel Guzinski Rodrigues, da

Universidade Luterana do Brasil (Ulbra),

e pela psicóloga Cátula Pelisoli, da Uni-

versidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS)*.

Page 37: Em Família Frei Rogério ed 07

“ESTUDAR DEMAIS POR OBRIGAÇÃO PODE ATRAPALHAR MAIS DO QUE AJUDAR, PORQUE VOCÊ ACABA SE SOBRECARREGANDO E NÃO FIXA DIREITO O QUE APRENDEU. ACHO IMPORTANTE TER UM TEMPO PARA SE DIVERTIR E PENSAR EM OUTRAS COISAS, SENÃO FICA DIFÍCIL AGUENTAR A PRESSÃO DO VESTIBULAR.”Andre Luis Tavares

O ex-aluno Andre Luis Tavares, apro-

vado no Programa de Avaliação Seriada

(PAS), da UnB, e na Unicamp para o cur-

so de Ciência da Computação, reforça

a ideia de que a tranquilidade pode ser

um diferencial na hora de realizar as

provas. “Estudar demais por obrigação

pode atrapalhar mais do que ajudar,

porque você acaba se sobrecarregan-

do e não fixa direito o que aprendeu.

Acho importante ter um tempo para

se divertir e pensar em outras coisas,

senão fica difícil aguentar a pressão do

vestibular.”

TENSÃO PRÉ-VESTIBULAR Conhecida como TPV, a tensão pré-

-vestibular é quase inerente à vida dos

estudantes. Dificuldade de concentra-

ção, inquietação, dores de cabeça e

musculares, além de tonturas, são sin-

tomas típicos da TPV, de acordo com

a pesquisa. O medo da reprovação, as

incertezas relacionadas ao desempe-

nho no dia da prova, a forte cobrança

da família e de amigos, são situações

que acabam contribuindo para o sur-

gimento da ansiedade que, em muitos

casos, pode ultrapassar os limites da

normalidade e prejudicar o desempe-

nho.

A ex-aluna Fernanda de Carvalho,

recém-aprovada no PAS e no vestibu-

lar para o curso de Nutrição, conta que

com ela não foi diferente: “No último

ano procurei ficar mais calma e encarar

a prova com menos pressão, acho que

isso pode ter ajudado”.

A professora de Física Samara Mei-

ra acompanha os alunos na Central de

Vestibulares do Maristão, em Brasília, e

sugere que os jovens não mudem mui-

to a rotina: diversão, atividades físicas e

alimentação saudável ajudam a manter

o equilíbrio. “Exercite o pensar, exer-

cite a capacidade de crítica, exercite

o hábito da leitura”, destaca. Em resu-

mo, a TPV não mata, mas impede viver

intensamente um dos períodos mais

bonitos da vida.

* Para ler o artigo "Ansiedade em vestibulandos:

um estudo exploratório", de Daniel Guzinski Ro-

drigues e Cátula Pelisoli, disponível na biblioteca

on-line SciELO (Bireme/Fapesp).

Page 38: Em Família Frei Rogério ed 07

Estamos acostumados a ouvir diversas recomendações sobre bons hábitos de estudo, como esco-

lher um local silencioso, manter uma rotina para fazer tarefas, estabelecer metas e limites, entre

tantas outras. Mas como sabemos se esses hábitos são realmente bons?

38 Como fazer

Ricardo Marchesan

Esqueça o que você sabe sobre hábitos de

Page 39: Em Família Frei Rogério ed 07

Cérebro vivo é cérebro ativo!

“Pesquisas indicam que o cérebro inicia

um processo de declínio cognitivo já a

partir dos 25 anos de idade. É possível,

contudo, manter o cérebro afiado, adiar o

declínio das suas funções e habilidades, e

minimizar esse declínio, com atitudes ao

alcance de todos. Engajar-se em ativida-

des regulares de exercícios físicos e men-

tais, ajudam na estimulação do cérebro.”

Suzana Herculano, neurocientista, desde 2008 é

apresentadora e roteirista do quadro Neurológi-

ca, do Fantástico, e autora de seis livros, “Pílulas

de Neurociência para uma Vida Melhor”

DICA ESPECIAL

Uma excelente matéria publicada

no jornal "The New York Times" anali-

sou as descobertas mais recentes em

hábitos de aprendizado e descobriu

muitos resultados surpreendentes que

podem ajudar qualquer pessoa, desde

uma criança aprendendo a fazer con-

tas, a um idoso aprendendo um novo

idioma. Muitas destas descobertas con-

tradizem a sabedoria popular, como

por exemplo, ao invés de manter ape-

nas um local de estudo, simplesmente

alternar a sala onde a pessoa estuda

aumenta a retenção.

De acordo com o autor da pesquisa,

o cérebro faz associações sutis entre o

que se está estudando e as sensações

exteriores naquele momento, indepen-

dentemente dessas percepções serem

conscientes. Forçar o cérebro a fazer

Cientistas descobriram que o estu-

do espaçado de um assunto – uma hora

hoje, uma hora no final de semana e

uma hora daqui a uma semana – melho-

ra a capacidade de recordar esse assun-

to. Uma explicação é que o cérebro,

quando volta naquele material num

outro dia, precisa reaprender um pouco

daquilo que ele havia esquecido e esse

processo, em si, reforça o aprendizado.

Essa é uma razão pela qual os cien-

tistas julgam que os testes – ou provas

simuladas – são ferramentas podero-

sas de aprendizagem, além de mera-

mente ferramentas de avaliação. O

processo de se extrair uma ideia pare-

ce fundamentalmente alterar a forma

com que a informação é armazenada

subsequentemente, tornando-a bem

mais acessível no futuro.

Nada sugere que somente essas

técnicas – alternar ambientes de estu-

do, misturar conteúdo, espaçar as ses-

sões de estudo, fazer testes – resol-

verão os problemas de aprendizado,

pois a motivação também importa

muito. Mas, pelo menos, essas técni-

cas oferecem aos pais e estudantes

um plano de estudo baseado em evi-

dências, e não em sabedoria popular

ou teorias vazias.

Vale lembrar que a forma como

aprendemos importa não só para

retermos eficientemente algumas

informações para as diversas tarefas

que executamos todos os dias, mas

também porque o aprendizado induz

mudanças neuroplásticas no cére-

bro que, consequentemente, podem

aumentar nossas reservas funcionais

e nossa saúde.

* Ricardo Marchesan é sócio fundador do Cérebro

Melhor, empresa especializada em treinamento

cerebral por meio de jogos online.

múltiplas associações com o mesmo

material pode, na verdade, dar a essa

informação mais relevância neural.

Variar o tipo de material estudado

numa única sessão de estudos – alter-

nando, por exemplo, entre vocabulário,

leitura e conversação de um novo idio-

ma – parece deixar uma impressão mais

profunda no cérebro do que se concen-

trar apenas em uma coisa de cada vez.

Muitos atletas também costumam tam-

bém misturar seus treinos com séries

de força, velocidade e habilidade.

Page 40: Em Família Frei Rogério ed 07

40 Como fazer

ALTERNE O AMBIENTE

Variar o ambiente onde se

estuda aumenta a retenção

da memória. Quando se tro-

ca de local, o cérebro faz associações

sutis entre o que se está estudando e

as sensações externas, sendo percep-

ções conscientes ou não. Quando for-

çamos o cérebro a praticar múltiplas

associações com o mesmo material,

essa informação passa a ganhar maior

relevância neural.

VARIE O MATERIAL A SER

ESTUDADO

Mesclar o tipo de material

numa mesma sessão de

estudos pode deixar uma impressão

mais profunda no cérebro do que se

concentrar apenas em um assunto de

cada vez. Assim como esportistas pos-

suem treinos alternados, poderíamos,

por exemplo, ter uma sequência que

passasse por vocabulário, leitura e con-

versação de um novo idioma.

ESTUDE ESPAÇADAMENTE

Quando montamos um cro-

nograma espaçado para a

aprendizagem de um deter-

minado assunto, como por exemplo,

uma hora hoje, uma hora no final de

semana e uma hora daqui a uma semana,

melhoramos nossa capacidade de recor-

dar esse tema. Ao voltar no material tra-

balho em um curto período de tempo,

nosso cérebro acaba reaprendendo uma

parte daquilo que ele havia esquecido,

dessa forma, se tornando um processo

de reforço de aprendizado.Alterar para:

“ ao voltar ao material trabalhado em um

curto período de tempo, nosso cérebro

acaba reaprendendo uma parte daquilo

que ele havia esquecido, dessa forma,

se tornando um processo de reforço de

aprendizado.

TESTES SÃO BEM VINDOS

As provas simuladas ou exer-

cícios são ótimas ferramen-

tas de aprendizagem e não

uma simples forma de avaliação. O

processo de se extrair o conhecimento

absorvido na resolução desses testes

acaba alterando a forma como essas

informações são armazenadas e, sub-

sequentemente, torna o acesso mais

fácil no futuro.

MOTIVE-SE

Assim como a prática, a moti-

vação é fundamental para o

aprendizado. Quanto mais

se pratica, mais chance o cérebro tem

de reforçar as modificações sinápti-

cas que constituem o que está sendo

aprendido. Quanto mais motivação se

tem, mais se pratica, mais importância

se dá ao aprendizado e, portanto, mais

facilmente acontecem as modificações

sinápticas do aprendizado.

Fonte: Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br)

Confira algumas estratégias que podem contribuir com os melhores hábitos de estudo, todas baseadas em pesquisas científicas:

hábitos de estudo campeões

OsEstreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

As coleções são apresentadas em embalagens bem atrativas!

O Kit do Aluno é composto de:

• 6 livros • 1 DVD

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[email protected]

www.ftd.com.br

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Page 41: Em Família Frei Rogério ed 07

Estreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

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Page 42: Em Família Frei Rogério ed 07

42 Compartilhar

Não é preciso destacar o quanto a

rede mundial de computadores

revolucionou o dia a dia das pessoas e

transformou a sociedade. O que assus-

ta, ainda, é que por ser uma novidade

não há normas e leis específicas para

coibir os crimes praticados por meio

dos computadores. São fraudes finan-

ceiras, envio de vírus, roubo de senhas,

crimes contra a honra, calúnia, injúria,

difamação, cyberbullying (humilhação

de pessoas por meio de postagens na

Internet) e, talvez o crime mais preocu-

pante, a pedofilia.

“A despeito de terem sido criadas

delegacias especializadas, é importan-

te que todos os usuários da Internet

saibam que existem meios mais segu-

ros de usar a rede mundial, a partir da

adoção de alguns medidas práticas”,

destaca Luiz Flávio Borges D’Urso, Pre-

sidente da OAB SP, que organizou a

1 Lembre-se de que as relações esta-belecidas na Internet são relações inter-pessoais e, por isso, é importante ter os mesmos cuidados tomados no contato pessoal do dia a dia: não revele a estra-nhos informações pessoais que possam comprometê-lo ou comprometê-la, tais como: endereço, telefone, seu nome completo, nome de familiares, local de trabalho, nome da escola onde estuda, dados que indiquem sua rotina

2 Preserve sua intimidade: não divul-gue informações, contatos, fotos ou vídeos pessoais e tenha cuidado ao rea-lizar negócios e manter relacionamentos via Internet

3 Tome cuidado com novas amizades, procurando referências antes de consi-derá-las como conhecidas

4 Antes de publicar algo, lembre-se de que não são apenas os seus amigos e pessoas honestas que utilizam a Inter-net. Desconfie das pessoas e dos sites que desrespeitam as leis e promovem a intolerância ou se manifestam em desa-cordo com a ética

5 Utilize em seu computador um pro-grama firewall, um software antivírus e aplique mensalmente as atualizações mais recentes fornecidas pelo fabrican-te do sistema operacional e do software antivírus

6 Não clique em links da web pre-sentes em e-mails, nem abra arquivos anexos enviados por pessoas desco-nhecidas. Em caso de dúvidas entre em contato com o remetente da mensagem antes de clicar em um link ou abrir um arquivo anexo

A internet pode ser seguraPresença e diálogo são as grandes armas dos pais também no ambiente virtual

6 CUIDADOS PARA NÃO CAIR EM ARMADILHAS DA REDE

cartilha “Recomendações e boas práti-

cas para o uso seguro da Internet para

toda a família”.

SEM BARREIRASOs especialistas destacam que é

importante que a barreira digital que

separa os pais de seus filhos seja rom-

pida, já que muitos pais ficam alheios

à conduta de seus filhos no ambiente

virtual em razão do próprio desco-

nhecimento que têm a respeito da

informática. Respeitar a privacidade

dos filhos não pode ser sinônimo de

ausência de supervisão, de vigilância,

o que deve ser feito em consonância

com o respeito aos valores da pró-

pria família. É também essencial que

os filhos saibam que seus pais têm

conhecimento do que ocorre na Inter-

net e que podem confiar neles caso

sofram alguma agressão no meio vir-

tual. Além disso, é necessário que os

pais expliquem sobre a importância

do uso consciente da Internet e das

consequências que atitudes irrespon-

sáveis podem causar.

SERVIÇO: A Cartilha pode ser acessada no site

da OABSP, pelo link: www.oabsp.org.br/comisso-

es2010/crimes-alta-tecnologia/cartilhas/carti-

lha_internet.pdf

Page 43: Em Família Frei Rogério ed 07

Jean-Dominique Bauby (Mathieu

Amalric) tem 43 anos, é editor da

revista Elle e um apaixonado pela

vida. Mas, subitamente, tem um

derrame cerebral. Vinte dias depois,

ele acorda. Ainda está lúcido, mas

sofre de uma rara paralisia: o único

movimento que lhe resta no corpo

é o do olho esquerdo. Bauby se

recusa a aceitar seu destino. Apren-

de a se comunicar piscando letras

do alfabeto, e forma palavras, fra-

ses e até parágrafos. Cria um mun-

do próprio, contando com aquilo

que não se paralisou: sua imagina-

ção e sua memória. Um livro para

refletir sobre a nossa mania de

autossuficiência.

QUEM INDICA: Cristiane Mazolla

Vieira, Assessora Psicopedagógica

(Ensino Fundamental II) do Colégio

Marista Santa Maria

"GERAÇÃO Y"Sidnei de Oliveira, Editora IntegrareO autor apresenta de forma sutil as

eras em que vivemos como sociedade:

era da terra (do feudo), era da força do

trabalho, industrial, da informação e a

que vivemos hoje, a era das conexões.

O livro situa as pessoas no tempo em

que vivemos e dá um "toque" de que

precisamos aprender a nos relacio-

narmos respeitando essa diferença de

contexto (essa conexão é de se relacio-

nar). Especialmente entre pais e filhos,

afinal, os pais devem entender que a

era de seus filhos é bem diferente da

qual viveram antes.

O AMOR FECUNDA O UNIVERSOMarcelo Barros e Frei Betto, Editora AgirDiz Leonardo Boff que “o propósito da

vida não é só a simples sobrevivência,

mas a realização das potencialidades

presentes no Universo e que querem se

expressar”. Este livro, cheio de poesia e

mística, quer nos convocar ao cuidado

com a vida, com a espiritualidade que dá

sentido a todas as expressões de vida.

Com tantas versões catastróficas sobre o

nosso planeta e sobre o nosso papel no

mundo, buscar caminhos de compro-

misso ecológico e espiritual torna-nos

ainda mais vinculados com a transfor-

mação da realidade, integrando-nos à

grande sinfonia da Vida.

QUEM INDICA: Marize

Mazzoli Rufino, Diretora

Educacional do Colégio

Marista de Londrina

Prateleira ídeo

QUEM INDICA: Ascânio

João Sedrez, Diretor

Educacional do Colégio

Marista Arquidiocesano

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Page 44: Em Família Frei Rogério ed 07

44 Solidariedade

“Um mundo melhor é o que todos

nós queremos para nossos filhos

e para todas as crianças e adolescen-

tes. Um mundo digno, que respeite

nossa liberdade e a diversidade ide-

ológica, religiosa, étnica e de gêne-

ro, e que respeite também nossa

integridade humana. E é por esse

mundo que devemos trabalhar”,

afirma Jimena Djauara N. C. Grigna-

ni, assessora da Rede Marista de Soli-

dariedade.

Mais que caridade, o comprome-

timento de todos com a construção

de uma sociedade mais justa é que

define a cultura da solidariedade,

tão discutida e aplicada em cada

uma das unidades Maristas. Afinal,

se você é incentivado a pensar e agir

por um mundo melhor, sua posição

sobre a vida e as demais pessoas

será diferente daquela de alguém

que aprendeu apenas a buscar o

primeiro lugar num mundo compe-

Em que mundo você deseja viver?Proposta Marista nos convida a fazer parte da cultura da solidariedade

titivo. Essa maneira de pensar vai

além da postura de ajuda ao outro e

busca uma interação de pessoas de

realidades sociais distintas numa via

de mão dupla onde todos ganham. É

como afirmava João Paulo II: ser soli-

dário implica uma “determinação fir-

me e perseverante de se empenhar

pelo bem comum” em busca da jus-

tiça social e da fraternidade.

Em resumo, a cultura da solida-

riedade vem para inverter a lógica de

um mundo regido pela competição.

“Só quando nos aproximamos de

outras realidades sociais e econômi-

cas é que podemos exercitar a coo-

peração. Este é um movimento com-

plexo, uma nova maneira de ver as

coisas, mas à medida que essa cultu-

ra for sendo compreendida e viven-

ciada pelas pessoas, naturalmente a

realidade do país se transformará”,

finaliza Jimena.

Page 45: Em Família Frei Rogério ed 07

A partir do que indica a Missão Educativa Marista, educa-se na e para a solidariedade, pois

essa missão apresenta a Boa Nova, não apenas em termos pessoais, mas também a partir de

uma visão comunitária. Tal visão segue a lógica de Jesus Cristo, alcançando os mais empo-

brecidos, buscando o bem comum e assumindo a responsabilidade pelo presente e o futuro

da humanidade, assim como por toda a Criação.

Fonte: "Termos, Expressões e Valores Institucionais – Diretrizes para comunicação da Província Marista Brasil

Centro Sul – N°1".

BOA NOVA

Page 46: Em Família Frei Rogério ed 07

A Rede Marista de Solidariedade acredita que a cultura e a arte transformam as realidades de pessoas e comunidades.

Novosjuventudes

cenáriosparaasinfâncias&

www.solmarista.org.br

Page 47: Em Família Frei Rogério ed 07

Essência

A última grande Assembleia Geral do Instituto dos Irmãos

Maristas, ocorrida em Roma há dois anos, acentuou a

figura de Maria, mãe de Deus, como grande inspiradora e

protetora da obra marista no mundo.

Nos documentos publicados depois da Assembleia,

o exemplo de Maria e exaltação de suas virtudes foram

destacados, o que despertou a União Marista do Brasil

(UMBRASIL) a estabelecer um Ano Mariano. Com o tema

Maria no coração da Igreja e o lema Com Maria, para uma

nova terra, o Ano tem a perspectiva de reavivar a presença

de Maria na vida Marista e da Igreja Católica, contribuin-

do também como preparação para a comemoração dos

200 anos de nascimento do Instituto dos Irmãos Maristas

(1817-2017).

A celebração do Ano Mariano, no período de 25 de mar-

ço a 8 de dezembro de 2011, acontece em todas as Uni-

dades Maristas do Brasil por meio de atividades e eventos

nacionais. As ações propostas mostram que, sob diversos

títulos e matizes, Maria é retratada nas diversas culturas,

comunidades e povos como companheira, modelo de ins-

piração, força para acolher a realidade da vida e lutar para

sua transformação. Maria é a mulher plena de Deus, a mãe,

a irmã, a amiga, a intercessora junto a Cristo, solidária com

os pobres e humildes.

À Mãe,com carinhoMaristas do Brasil dedicam 2011 a Maria

TUDO POR MARIAInspirados em Maria, o marista se deixa transformar por ela para ser presença de qua-lidade na vida das pessoas, em especial dos que mais necessitam. Somos convidados a descobri-la como peregrina na fé. Como Jesus......ir ao encontro daqueles que estão à margem, fazê-los “avançar para águas mais pro-fundas” (Cf. Lc 5,1-4);...servir, escutando a voz serena e presente da Mãe: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5); ...celebrar a vida, processando a conversão do coração: “não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho?” (Lc 24,32); ...reafirmar a vocação e o desejo de ser filho e filha de Maria: “eis tua mãe!” (Jo 19,27).

Fonte: Documento de Orientações do Ano Mariano

“PARECE-ME QUE, ÀS VEZES, INCLUSIVE SEM DAR-NOS CONTA, SIMPLESMENTE

POR NOSSO MODO DE FAZER, POR NOSSAS OPÇÕES, POR NOSSA MANEIRA

DE RELACIONAR-NOS, MOSTRAMOS O ROSTO MARIANO DA IGREJA, QUE

REALMENTE QUEREMOS”Ir. Emili Turú, Superior-Geral dos Irmãos Maristas

Maria no coração da Igreja.

Page 48: Em Família Frei Rogério ed 07

48 Inspiração

Uma célebre frase de Albert Einstein

ensina que “só há duas manei-

ras de viver a vida: a primeira é vivê-la

como se os milagres não existissem; a

segunda é vivê-la como se tudo fosse

um milagre”. De fato, entre o nasci-

mento e a morte, cada momento deve

ser vivido como um milagre. E nossa

medida de felicidade certamente será

proporcional à nossa sensibilidade para

enxergar cada um destes pequenos

dons que recebemos ao longo da vida.

Com apenas 18 anos, logo após a

conclusão da 3ª série do Ensino Médio

no Marista, Pauline Becker Zacaron ini-

ciou uma batalha pela própria vida e

precisou rapidamente rever esses con-

ceitos. Com dores fortes, descobriu

que possuía um tumor em um dos ová-

rios e, então, fez a primeira operação.

Mesmo depois da cirurgia, as dores

não só continuaram, mas aumentaram

ainda mais. Vários exames foram reali-

zados e constataram-se algumas man-

chas na coluna. A jovem submeteu-se a

mais uma cirurgia para retirada de um

fragmento da coluna para biópsia e foi

descoberto que o problema na coluna

era consequência de uma das células

que havia se deslocado do ovário. “Na

hora da notícia, o desespero tomou

conta de mim ao saber que estava com

câncer. Segurei firme na mão do médi-

co e de meus familiares e disse: “façam

tudo que tiver que ser feito com a ajuda

de Deus, mas não me deixem morrer”,

relembra Pauline.

Foi realizada, então, a terceira cirur-

gia; dessa vez, porém, para retirada da

vértebra onde o tumor se alojara. Após

o procedimento cirúrgico de 12 horas,

Pauline iniciou as sessões de quimio-

terapia, momento em que sofreu bas-

tante com os sintomas: enjoo, falta de

apetite e queda dos cabelos, entretan-

to, jamais perdeu o desejo de viver.

Hoje, três anos depois da descoberta

da doença, Pauline faz faculdade

de Administração, está plenamente

curada e, acima de tudo, muito feliz.

A doença lhe trouxe muitas lições e a

principal delas é de que cada momento

deve ser vivido em sua plenitude,

algo que todos sabem, mas poucos

colocam em prática verdadeiramente.

“Como o hospital em Criciúma fica

em frente ao Marista, o colégio foi a

primeira imagem que tive após levan-

tar da cama do hospital. Com a ajuda de

meus familiares, dei os primeiros pas-

sos até a janela e não consegui segurar

as lágrimas. O Marista abriu as portas de

uma educação de qualidade e a virtude

como família. Os amigos que formei

e os funcionários sempre estarão em

meu coração”, conta. Como para cada

um de nós, também para Pauline o

colégio estava associado às amizades,

aos valores universais e às coisas mais

significativas que constroem a nossa

vida. Ali ela havia sido feliz e presen-

ciado todos os milagres diários que só

uma criança é capaz de enxergar.

Por isso, fica a dica: nos momentos

de dificuldades, que tal lembrar dos

tempos de colégio? Pode ser que a for-

ça daquela criança seja tudo o que o

homem ou a mulher de hoje precisem

para vencer os problemas e continuar a

enxergar os milagres diários.

Você acredita em milagres?A ex-aluna marista, Pauline Becker Zacaron, venceu o câncer e encontrou novas maneiras de ser feliz

Page 49: Em Família Frei Rogério ed 07

INFORME PUBLICITÁRIO

DIVERSÃO E CONHECIMENTO JUNTOS

É num cenário especial, que inte-

gra diversão com conhecimento,

que os alunos dos colégios maristas

de Londrina, Criciúma, Paranaense e

Santa Maria (Curitiba) estão aprenden-

do a fazer a diferença. Com modernas

ferramentas de eletrônica, informática

e mecânica, crianças a partir de cinco

anos constroem e desenvolvem proje-

tos incríveis com a orientação de pro-

fessores. É a L.A. Robótica Educacional,

uma rede de franquias presente em

quatro unidades do Marista e com pla-

nos de expansão.

Segundo o idealizador do proje-

to, o matemático Leandro Augusto,

a idéia principal do curso é propor ao

aluno o projeto e a construção de um

experimento investigatório e explo-

ratório que seja "divertido fazer". A

partir daí as crianças trabalham con-

DESENVOLVIMENTO

Confira o que a L.A Robótica Educacional

estimula e desperta nos alunos:

1. A curiosidade na criação e planeja-

mento de projetos

2. O interesse pelo estudo e análise de

mecanismos existentes

3. A compreensão dos conceitos físicos

presentes no cotidiano e as habilida-

des cognitivas, motoras e perceptivas

4. O curso amplia a visão de mundo

deles e estimula o sociabilizar do

aluno. Trabalho em equipe, a criati-

vidade e organização

INFORMAÇÕES:

www.laroboticaeducacional.com.br

ceitos e práticas de disciplinas como

matemática, física, eletrônica, infor-

mática, tudo isto com aplicação da

qualidade total. “Procuramos estimu-

lar o desenvolvimento e as habilida-

des do aluno na interação do uso de

novas tecnologias sempre de manei-

ra crítica e investigativa”, destaca o

professor.

Um dos pontos mais importantes

da robótica é o aprendizado conquis-

tado através do trabalho realizado

em grupo, desde a etapa de estudo.

Princípios de trabalho em equipe e

cooperação, que são exigidos na atu-

ação profissional, são desenvolvidos

nos alunos a partir de cada um dos

projetos. “O resultado é uma pessoa

muito mais preparada para enfrentar

os desafios educacionais e profissio-

nais”, finaliza Leandro Augusto.

NAS AULAS DE ROBÓTICA

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50 Humor

Page 51: Em Família Frei Rogério ed 07

Volume 23º. ano

Volume 2

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MULTIPLICAMOS BOAS NOTÍCIAS

Palavras podem andar depressa e até voar. Podem construir, registrar, bendizer, eternizar. A especialidade da Editora Ruah é reuni-las, organizá-las e multiplicá-las em revistas. Fazemos isso pelo Grupo Marista com as revistas Em Família (Rede de Colégios), Vida Universitária (PUCPR), Brasil Marista (Umbrasil) e podemos fazer pela sua empresa também.

Palavrastêm vida

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