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<?%&*¦ ^^L ^^V'x.^^ g «^ ^élSSf|,Sf&;^ v-lEDICÇÍO, IDMINISTRIÇiO E OFFICINAS 16—Praça da* Independência—17 LADO DA *VENÍDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELÉM fe, \ TBLEPHONE.433 ESTADO DO mi—ESTADOS UNIDOS DO BRASIL ASSIGNÃTURIS PARA A AMAZÔNIA Semestre i6$ooo Anno 30$ooo Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHA DO NORTE recebe e publica todos è quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. ASSIGNATURAS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 208000 Anno 385000 NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS. NUMERO ATRASADO . . . 50O » QUARTA-FEIRA, 22 de Abrilde 1896 Alvares Cabral descobre.o Monto 1'asclioal (lõOO) Anno I ú Num. 113 -3 Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite. Idylli.o á ingleza A cása-fde moradia do dr. Morisson, coíi- sul de sua/iriagestade, a graciosa rainha Vi- ctoria, ficava;-a-duas- léguas de distancia da : nossa capital; indõ-se pelo trem-dos subuf- bios."""' ¦tzgpr1' A magnífica propriedade, assente n'um local hygienico, tinha o grandioso aspecto de xm\ palacete encantado.tal era o molde archi- tectonico nao filiado a modelo conhecido, mas farto de estatuas de relevos, com uma porta artística de ferro, vinda expressamente jaara o edificio, assim como uma escada do mes- mo metal. Notava-se no capricho ad Itoc preparado o. artista de raça, que sente e executa. A sua galeria de quadros era soberba ; os seus bronzes, lindíssimos, sendo um gosto apreciar o mais insignificante bibelot. Enorme jardim â moderna rodeava a ha- bitaçaoV ...*:s. . , Contornando ò espaço plantado degran- •des tabpleirosde relva, uma cerca simulan- do bordas cestas com tufos de roseira e arvores isoladas, onde a araucária apresenta- va vários tamanhos,-assim como as magno- lias cobertas de flores,que perfumavam o am- biente. Aqui e além,, bosques mysteriosos de camelias e arvores diversas, Onde os passa- ros teciam ninhos . . . Acolá, canteiros de margaridas, zinias e saudades; - mais adiante immenso terreno culto com jasfnins e madresilvas, emquanto, isolada pelas ruas arenosas, ora largas, es- treitas, uma cabana coberta de sapê, con- vidava a delicioso retiro d'alma, toda com- municativa ante aquella flora tropical, profusa de cascatas, de olhos d'agua rebetando por entie as pedras, a lavarem tremulas as raizes dás" palmeiras, das avencas e das sambam- haias. A melopéia dos ares murmurava cadências harmonia. Um verdadeiro encanto, esta tarde brasi- léira, com deliciosos tons dourados a tingi- rem a encosta dos morros, espelhando-se n'um lago de luxuosa vegetação, águas cal- mas ligeiramente tintas de azul, onde mira- vam-se ondulantes os bambuzaes e á noite, n fulgor das estreitas.. . a^t^giu Por uma álea de sabugueiros em flor, com os ramos miúdos, formando delicioso docel de verdura, um casal muito joven, caminha- n'um tê/e-â-tíle amoroso. .,.- Ella, parecia uma dessas walkrias ideaes com os seus cabellos louros e olhos cor de anil; elle alto, esbelto, bigode fino, perfeito typo degentleman, vestido de flanella branc-, chapéo de palha grossa com fita preta pas- sada, ramo de violeta na botocira,.posta j>e- Ias próprias mãos da recem-rasada, que "es- - tava ruborecida por aiguma cousa que elle lhe dizia muito bàxinho .... E lentamente, ajnorosamcirte, entraram na cabana, emçaanto uma senhora aha e secea acompamado uma moGiahí^e^djezer,, seis annos, stguida de um grandjfeaô^nègrb -ferptrdo', pàaíTa"'ã7l?fiêJíáTràt'" te nos ouvidos o doce ruido dáfflíít Beijo, —Crê,- miss Lucy, que a July sejaSeTOpre1 . amada? perguntou a mais velha á sua jovem companheira. —Talvez, Mary; se ella souber graduar o seu amor. —Como ? ... Como ? . . .. —Trabalhando para nao arrefecel-o. O amor nüo se cifra unicamente na união ma- trimonial que une os seres; no amor, ha sem- pre um casal, isto é, dois entes que se esti- mam, que se comprehendem, que gostam de estar juntos, que sentem necessidade de nao estarem sós, de se communicarem, desde que o coração liga á suave interprete das grandes syrnpathias, como 6 também dos grandes ódios. Nós as mulheres, nao pode- mos deixar de amar até mesmo a mais in- significante cousa que oecupe detidamente a nossa imaginação, por ser isso devido á nossa constituição physiologica. A nossa alma photographa em si quadros que, uma vez' impressos, jamais se apagam. Tu, por exemplo, vives pelo coração, como eu tenho vivido. —Sim ! .... o coração! . . . murmurou, sa- cudindo a leviana cabeça, emquanto o cao lhe fazia festa, alongando o pescoço para as mãos cahidas ao longo do lamber-lhe corpo. —Eis a prova do .que avanço, confirmou miss Lucy, designando o animal. Elle afag i- -te por instineto, retribuindo-te o affecto. A' nossa alma é mister actividade e constância afim de obter triumpho nas virtudes que a elevam tao alto. Nella, como no coração, impera a doçura, o amor e o culto do de- ver. '—E póde-se chegar nesse caso ao mais completo aperfeiçoamento ? —Sim, minha querida, com o cultivo das- dores, que oxalá jamais solhas, respondeu, ao passo que olhava em "direcçao ao lago que lhes ficava á vista, emquanto os noivos, embebidos na sua lua de mel, atravessavam o jardim em caminho da habitação. Q sol descia aos poucos; fresca aragem balouçava o bambuzal. Desprendendo o bote, a professora e.a discípula fizeram-se ao largo, batendo os re- mos na agua brandamente, n'um rythmo compassado, quebrando a monotonia das águas . . . O animal debruçou-se na borda, revendo no remanço das águas a nobre cabeça avel- ludada, firmado nas patas dianteiras. IONEZ SAIU NO. ^\.e>m.& Descartes NO 3.° CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO Car òien qiCil soil vrai que choque hotnme e.U oÒliçtf de procurer, attinnt qu'il est eu Ini, te bien des aulrrs, et que rVj/ propretnent *)ie valotr rien que de nyitre utile à Personjte, toutefois il est vrai aussi que vos soins se doiveut rtendre pias loitt que le tetnps prê&cnt et qu'il est òon d'oinetl/e les clioses que apportcraient peut t*tre quelque profit à eeu.v qui vivent, torsque. c\est à dessein d'snfaire d\iutres qui en itpportent davantage à nos neveu.v. DESCARTES Discoura Ia mcthod». A Singer Vibrante doz contos do róis a quaJquor das suas rivaes quo se apresento como igual ou melhor. PELO EXTRANGEIR-0 ITÁLIA : As autoridades foram forçadas a tomar providencias para evitar manifestações de desagrado por oecasião do regresso de Ba- rãtièri. Por esse tempo, dizem telegrammasu. a opinião cada vez mais se accentuava con-' tra a paz; todos querem a continuação da guerra até que Menelik seja vencido. —Por oecasião cia discussão do credito solicitado ao parlamento pelo novo gabinete Rudini, pedio a palavra em Monto Citorio o jleputado Sanguiliano, que combateu em termos enérgicos a idéa do abandono do território africano pelas forças italianas alli em operações, verberando ao mesmo tempo O tratado de paz, que se pretende concluir com Menelik, por julgal-o humilhante para a Itália. Tara que a altivez desta nao soflra, será necessário, segundo o orador, continuar d guerra e submetter o inimigo á custa mesmo vílnr .mm> ,n/>.nasos sa cri fi cips. —O marquez de Rudini, presidente do conselho de ministros, cumprindo a pro- mossa que fizera ao general Moccnni, ex- ministro da guerra do passado gabinete apresentou á câmara dos deputados docu- •fêSiíi^-SS^SS. com;probatórios de que o jf. Crispi"jnl^âríxr^gõciáçoír^epã^TOiri,: ¦^-Tft^^tíiíç...^,',^ ,. •"'¦" 'u *, ;,;/**";" ¦¦-¦-Esses-, tíoçü.raentó^sjaó. fôçããráé^' O', -âe-MárçoVér^^'«m quójaindalgériaíoárijeíi gocios da Itália o gabinete transacto. Tao formal desmentido á contestação feita pelo general Mocenni' causou viva im- pressão no seio da câmara. —Na mesma câmara dos deputados, o sr. de Farines pronunciou um discurso em que apreciou e combateu a política do novo gabinete italiano, criticando acerbamente as medidas tomadas com relação ás questões que no momento assoberbam a Itália. ¦ —Na câmara dos deputados, o sr. barão de Sonnino, ex-ministro do thesouro do ga- binete Crispi. depois de referir-se demora- damente á guerra da Abyssinia e ás diffi- cuidados que aflligcm a nação, propoz uma ordem do dia simples, declarando que todos os partidos e facções políticas devem con- graçar-se e alliar-se estreitamente quando se trata da dignidade da pátria. —Apreciando em 20 de Março, em todas as suas minudénciàs, a situação ctitica da Itália e enumerando todas as desgraças que sobre ella se têm accumulado nestes últimos tempos, o deputado Taroni, pronunciou vio- lento discurso, em que responsabilisou a monarchia como principal causadora de to- Cartesius immortal! reformador audaz! Philosopho soldado, o combater te apraz ! Se o braço o glaudio abanda, a pensadora mente Descobre na sciencia um novo gladio ingente, Raio fulminador que desbarata e aterra Os erros que á razão declaram dura guerra! No Methodo, legaste á intelligencia humana O meio de vencer essa opprèssão tyranna, Dos eloü desrçtar da tenebrosa liga ' Que mascara a verdaíe' e a deturpai-a obriga ! Teu gênio glorioso aproximou um dia O calculo isolado então da Geometria! . E claro ficou logo a distineçao exacta Entre a noção concreta e aTelação abstracta! E dessa concepção brotou profusamente Do progresso ulterior a rápida corrente ! Mas, nao paraste áfii, renovador activo, E tentaste, o primeiro, o saber positivo Dispor em um systema audacioso, enorme No qual a natureza inteira se conforme A' lei do movimento e a maehina universal Abranja em seu impulso o impulso do animal! Porém, contradirçao ! excepto o pensamento ! Contradicçao falai ao vasto monumento ! A synthese objectiva empieza é va, precária Em desprender de si um ünico e geral Phenomeno que a construcção final! O presentido embora, o raciocínio exerces : Da intuição pessoal nos frágeis alicerces ! Retrograda illusão ! empreza prematura, Como ensinar nos veio a synthese futura, Aquella que condemna e faz um assumpto Da Physica e a Moral em todo seu conjuneto, Aquella que firmou que na Humanidade O Mundo se congrega e torna-se unidade!" Descartes, ainda assim e quão grande o teu esforço ! Longe dos que hoje em dia em deprimente escorço Exlranhos ao passado, alheios ao porvir, O morto. Aictotnatisniò intentam resurgir!.,. pusado, viste bem, na impávida sciencia, "A coragem sujeita ao freio da prudência. Aureolado no pedestal da gloria, Quando Harney descreveu no sangue a trajectoria Tu desvendaste á luz a tròpega rotina, Que cega repelliá a sabia e sa doutrina! Do ser vivo entreviste a. base da estruetura ! Em toda parte, enfim, ò gênio teu fulgura! Cartesius immortal! honra dá* espécie humana ! Sublime precursor da Syntheae que irmana No seio do planèTtí'-,HS *atia$ gerações ! Em teu altar deponha hu"ijJul.3|»oblações ! Saudando o nome teu tres áec^jos através, Vencedor me curvo a teus sagradas"pi* .-,3 -,3I.d£ftlarçoçle 1806./ ,; -.:^:rr:;r~^v^:"r7»;'í. i (Do~'jartuil dtrtoMytetrjoij.^-' 'v^-í*f~ .: .-¦.:„Lrr::i'.:ijj:^.'- xfira r*-sot'isV ' TK1 dos os males soffridos, terminando por fazer enthusiastica apologia da republica. As palavras do orador provocaram con- testações, protesto e tumulto, obrigando o presidente a suspender a sessão. —No dia seguinte, reaberta a sessão que havia sido suspensa em conseqüência do violento discurso proferido pelo deputado Taroni, o sr. Spirito pedio a palavra para desenvolver uma moção na qual pedia que fosse continuada a guerra na Abyssinia, até a completa victoria das ti opas italianas. O sr. de Martino, que suecedeu ao ora- dor, na tribuna, censurou severamente apo- litica alricana e disse que é tempo de pôr termo a uma lueta inglória para a Itália: o final do seu discurso foi consagrado á ho- menagem que prestava ao valor e heroísmo inexcediveis, de que- deram provas os sol- dados italianos, na África. terminar a brilhante oração, foi o ora- dor muito applaudido. —A sessão da câmara, em 24, foi assigna- lada por maior agitação do que a caracte- risada nos dias anteriores. A propósito do projeçto que disse ter for- mado o general Mocenni, ex-ministro da guena, de destituir o general Baratieri, logo após o desastre de Amba-Alagi, e chamal-o immediatainente a Roma, travou-se vivissi- ma altercaçao entre aquelle ex-ministro e o deputado Barzilafi. -Este desmentio repetidas vezes e cathego- ricamente o seu antagonista e o general Mo- çenhi invocou, em termos coléricos, diversas testemunhas, em abono das suas alfirmações. O incidente assumio proporções tao gra- ves que o presidente da câmara teve de em- pregar toda a sua auetoridade, para pôr-lhe termo. O general Mocenni negou ter-se referido á retirada do general Baratieri, depois do combate de Amba-Alagi. Disse que o deputado Barzilari, na secre ¦ taria,' recommendou-lhe o empresário Cal, que pedia 200.000 francos de indemnisação pelas perdas soífridas no contracto que ceie- brara com o governo. Tendo-se negado a auetorisar o pagamento de tal indemnisação, propez-lhe elle uma reducç.lo de 13.000 francos, com, a condição de lhe entregai logo 1.000. O deputado Barzilari, ao ouvir estas pala- vras, respondeu no meio de um indescripíi- vel tumulto:—«Recommcndci um "galantuo- mo", mas asseguro que o general Mocenni fallou-me da demissão do general Baratieri.- Mocenni replicou:—«E' falso Ao que contestou o sr. Barzilari:—«Mocenni mente; Mocenni ha de amanha dai-me rasaò; hoje nao pôde.» E' impossível nanai a confusão o o chu» veiro de apartes que seguiiam-se.a esta sed- na escandalosa, em que teve de intervir- o presidente da camár» para drenar os am- mos. —Em conseqüência dos insultos trocados bateram-se em duello os dois antagonistas sahindo ferido Barzilari. Ainda por esse mesmo motivo bateram-se os deputados Murátori e Colajani. —Na importantíssima sessão de 21, da câmara dos deputados, na qual foi approva- do por grande maioria, o credito de 140 mi- lhCles de liras pedido pelo governo,'para oc- correr ás necessidades do thesouro publico, ficando assim demonstrado o apoio com que pôde contar o gabinete Rudini, no parla- mento, muitos discursos, mais ou menos vio- lentos, foram pronunciados, todos referentes á política africana, como assumpto de maior preoccupaçao do espirito publico, na actua- lidade. O dsputado Pais, adduzindo largas consi- derações patrióticas, declarou-se a favor do credito pedido, reclamando também um in- querito parlamentar contra o ministério tran- sacto, afim de apurar-se a responsabilidade que lhe cabe, nos desastres que enlutaram a Itália. Luzzatti e Hussi, em calorosas orações, manifestaram-se a favor do abandono da Erythréa pelas forças italianas, no momento que, sensata c honrosamente, parecesse mais opporluno., Pandolfi declarou-se partidário de mna política moderada.e sabiamente retrahida, isto é, a realisaçao restricta da proiílessa que fez o chefe do gabinete, sr. di Rudini, quan. do, apresentando-se á câmara, deu a conhé; cer o seu programma de governo. Tuzzi, em phrase inflammada e enérgica, apostrophando. o governo e accusáhdo-o de- compromeltcr a honra da Itália, reclamou que cessassem as negociações para o tratado de paz, entaboladas com o negus Menelik, medida essa considerada pelo orador como do mais elevado patriotismo. Cavallolti pronunciou eloqüente discurso, interrompido, a cada passo, por àpplausosj exigio como satisfação á opinião publica de toda a Itália,^óflehditla e angustiada, a res- ponsabilidade effectiva e immediàla do sr. Crispi, causador único das amarguras por que ácabãde passar a pátria e dcscjaa^paaí' na Erythréa, t^f!,Hiuu-:;o^^^osf'do,-^o^'- gramma^Mnjüç^.aprèsenâao ao'pàflánieí»tò.! pelo sr.^'Rudini;'chefe do gabinete. Fòrife, disse que;;d'gÒYèrnò ;d««isSi2#rrtfir' . tle prover ás.nec't*sidatle.rdãs colônias ita- ' TT?rn?srsem idéas condemnaveis de exnan- sâ"õ¦ íeriítõriv'. . - ' ' ¦" Pântano reclamou, da tribuna, como pro- va de moralidade e medida de alto pátrio- tismo, que fosse promovida a aceusaçao do gabinete, porquanto nao podem passar im- punes os causadores dos desastres sòfiVidos pela Itália: Cauzi, referindo-se á guerra africana, de- clarou nada mais desejar do que o prestigio nasiohal; que o actual gabinete nao tem o direito de baratear, sem incorrer 0111 crime de lesa-patriolismo. A sessão correu sempre agitadissima e cortada de incidentes, sendo enorme a con- currencia, tanto no recinto, como nas tribo- nas. —Para os fins as março estabelecera-se um aimisticio tácito entre osbelligerantés da Erythréa.« Entrcmentcs continuavam de negociações de paz em que figurava o major Salsa. —A falta d'agua sensível no acampamen- lo italiano obrigara os seus chefes a trata- rem amistosamente com os naturaes do.paiz. —A viagem do imperador Guilherme era esperada com viva ãnciedade.4 .- Pormenores sobre ella, noutra edição. TIM-TIMPORTIM-TIM Nao me leve a mal,seu Ulysses, 0 que vou* referir-lhe, se acaso. v. ainda náõ sabe; li com estes meus olhos que a terra fi ia e o mareia- no hao de comer. —Trata-se ?. .. —D'uma carta escripla da Europa, ao sr. Quintino Bocayuva, redactor d'O Pai:. Um discípulo do grande republicano es- creve-lhe: «As decepções que os republicanos têm ex- perimentado iio Brasil sao, pouco mais ou ' menos, iguaes, semelhantes, idênticas ás que sofireram todos áquelles que, sinceramente, sem arriêre-pensee, trabalharam, lutaram e se sacrificaram poi. if, _. „..,",73 popular, grau- diosa e humanitária. Quando o amigo fez a Republica, quantos - sinceramente republicanos, quantos altruisti- camente denodados encontrou ao seu lado ? •E poucos dias após, quantas deserções, quantas casacas viradas, quantos páos de dois bicos !••> —Oh! seu Lucas, isso é peior que nome.;-. desculpe alguma palavra. E' verdade que elle diz isso, naturalmente referindo-se ao- sul. Se elle viesse aqui, ao Pará, reformaria logo o juizo. Sim, porque o-que en digo está dito. Aqui todo mundo era republicano ; á excepçao do conselheiro 'Pito,do dr. Bricio e mais uns seis ou sete. E' verdade que alguns protestaram quando souberam da revolução de 1,5 de Novembro, assim como digamos o sr. Virgílio Sampaio, o nosso amigo'tenente coronel Pedro da Cunha, mas esse mesmo porque tinha obrigação de defender o impe- rador, pois era moço fidalgo... —Este linha obrigação, barro essa. Se elle estivesse no Rio, aqui nao está quem w$. fall.çm, ou se o imperador estivesse aqui. —Ah ! isso sim ; olhe o noaso amigo Cu- nha puxando os batalhões patrióticos de "Jlndiahy, Caraparú, Tavassuhy, Guajará- assu....'¦'''¦•."-.' —Verso? ! —Quasi. Diga-inc cá, seu Lucas, n'um ,d'esses batalhões o Ernesto iniçlez era oi li- •cjal }. . ¦—Tcnonte-ajudante. se me faz favor. —K que fim ha d'elle ? Crei' 1 que o M erielil; o arrebanhou para a Abyssinia ou está reformado. Escute mais este pedacinhodo epistolograplio: «O que nos lem faltado," e isso desde o go- verno provisório, é energia, é a perfeita con- viççiSip de que se não pôde levar a efieitn uma revolução social (evolução?) como a de So; com agua tio llôr d.: laranjeiras e mel do abelhas. O que nos falta é um governo forte e corajoso, bastante confiante na estrella do Brasil, na sua riquesa, na su.\.puianearegia7-" sua completa independerícTa^âas' oiitfásíià- '- 4f#ea.:K!-.-p - ¦ "¦¦ . ,.-•.• ',--• -.¦..„__„;-. ...;t , r—Lá isso, nao.tanto. Olhe quo no tempo --.. do" Flonaho..; hitm;^^.;^;^-*-^ '->~v*t" ..íi^Masífiw-tao poíico... porque vordade, verdade : o Brudente é frouxo, é dos taes flor tle laranjeira. Se nos pilhamos um Cas- ¦iilhpsna presidência da Republica... —;Atjuõii'é'ryniriViti do Rio_Guuute j - __ —Ora cale a bocea, que \\*na'osabeo'que eslá dizendo, homem... Se nao fosse elle o Silveira Martins ainda eslava a fazer estral- latlas no sul. E v. sabe que tirou-se a lim- po que ellc o que queria era' a volta da mo- narchia... ²Podia queier, mas aqui no Pará é quo nao-arranjava nada. —Quem contou-lhe isso? Todo mundo adhesava, ou desàdhèsavaj que é o que é. —Nao nos julgue tão mal. Aqui no Pará, nao ha n'ionardiisla.1. Faz-se tudo á.i claran. V. nao vio aquelle cidadão que n'uni solici- tado pctlia que se acabasse com o anonv- inato da imprensa ? ²Tanto que devia ter assignado o solici- lado. —Assignou o quê !... Não, que esse ne- gocio de jamegão por baixo de lambadas c conversa fiada... —Mas que tanla gente. .. —Vem ás esmolas : hoje faz annos o Ti- ratlentes. E ninguém fallou no Joaquim Sil« verio tios Reis Montenegro.." - —Ora o diabo tio nome... . t.ucas & ur.vssrís. Folhetim da Folhado Nõrte-22-4—96 (34 LOUIS ÉNAULT GJ--A. SEGUNDA PARTE VTII (Continuação) A pedra que rola para um abysmo sem fundo nio fica menos seguramente subtraiu- da a todos os olhares. Si nao se estiver no momento precizo em que ella cahe, cm que algum circulo mobil encrespa tle leveasu- perficie das águas calmas, uma vez que tomou a sua immutavel e sombria tranquillidade, todo o vestígio apaga-se, e nem o mais pe- netranle olhar poderia sondar a profundeza mysteriosa. Nao poderia dar-lhe, por uma mais justa imagem, a idéa das diflículdades que Barinsky .devia encontrar na lueta que cmprehendia com tanta audatia, e que sus- tentou com tanta constância quanto energia, durante mais de dous annos. Dopqis de ter feito em toda Moscow pes-» quizas tao minuciosas que tinha na ver- dade direito de julgar que si Mlle. Vol- guine ahi se achasse, nao teria escapado ás suas investigações, afastou-se de junto de sua irmã. -IX Sem que precisamente houvesse rompi- mento entre elles, sem que, depois de sua primeira explicação, tivessem trocado entre si queixas nemecnsuras, a boa harmonia ti- nha-se turbado entretanto, e a intimidade de sua ligação nao, podia mais se restabelecer: era mais que evidente que doravante haveria sempre entre elles-uma recordação fastidiosa c importuna. Sem qirerer se confessar, um c outro o còmprehèridèrâm; assim essa reso- lução, que aliás havia sido firmemente tomada por Paulo, não foi nada d'esle mundo com- batida por Alexandra; porquanto ella nao podia deixar tle pensar que seu irmão, por um comportamento louco, e tanto mais cul- pado porque lhe tinha revelado de antemão todas as conseqüências prováveis, tinha-a pri- vatlo de umacompanheira cuja ausência mui- to sensível lhe era. Paulo, por sua parte, achava que a irmã tinICi sido muito fria em servil-a; c com uma injustiça indesculpável, era a ella que lançava a culpa de suas pro- ¦prias fatias. Quando chega-se a este ponto, é precizo separar-se. O principe foi aPetersburgo, onde suas primeiras faltas tinham sido esquecidas; a gloria tudo cobre ! a bravura cora que se houvera no Canca«o apagava os últimos ves- tigios do descontentamento imperial: tornou a entrar nas graças. Julgaram que ia reco- meçar seu modo tle vida habitual, e entre- gar-se ás dissipações que o tinham tornado celebre; nao aconteceu, porém, assim. Sahiu pouco, nao recebeu ninguém, surprehendeu a todos pela frieza tle suas maneiras ; a ar-> dente paixão que devorava sua alma tinha-oj transformado; o antigo homem tinha morritío' Durante os dous annos que so seguiram, perdi completamente de vista a Paulo Ba- rinsky. Nao me chegavam, como a toda Mos- cow, senão vagos rumores a seu respeito, e boatos que se contradiziam. Deve compre- hender que diante da irmã não se fallava d'elle. Pretendiam que um personagem de alta posição tinha tentado uma reconciliação entre elle e a mulher, mas que elle não se prestara a isso : também havia transpirado alguma cousa de seus, amores com Mlle. Vol- guine. Ninguém conhecia a verdadeira bis- toria; muitos arranjavam a legenda a seu modo e fantasia, fazendo mesmo certas vari- antes ao texto primitivo; uns, diziam que era uma menina seduzida e abandonada á qual tinha querido voltar, e que o havia rcpellido, e cujos desdéns muito merecidos o tinham desesperado; outros, afiançavam que o objeto d'aquella paixão violenta era uma mulher que tinha sido morta a seus olhos por um ma- rido CÍ030; também se fallava d'uma bella Circassiana apenas entrevista sob as tendas do Caucaso, e por quem em vao suspirava. Paulo deixava-os faliar, nada confessava, nem tio pouco negava, indifTcrcnte «t tudo. Pa- ifl turc rece que otinham aconselhado a viajar pelas capitães européas, onde sao fáceis as dis- tracções; mas, a não ser uma rápida viagem pela Allemanha, elle nao tinha querido dei- xar o solo da Rússia, onde julgava estar a sua amada. Um de meus primos, sentimental por na- tureza, muito joven e portanto bastante en- ti|Çziasta, tinha-se alfeiçoado a Barinsky. De- dicôlHjS^inteiramcnte com o ardor da etlaoe á pesquizã de que o principe tinha feito o alvo de sua vida. Recomeçaram juntos a essa exploração da Rússia, de uma vez teu- tada inutilmente, confiando-se ao acaso, pois que o calculo de natla tinha servido, indo com vagar, detendo-se onde algum pre- sentimento os induzia a fazel-o, atravessa»- do cidades sem n'ellas parar, e parando em outras.Seguia essa caminhada caprichosa desde muitos mezes quando chegaram a Itieff. « TERCEIRA PARTI. I E' um grande e nobre cidade essa de KieíT, limadas mais antigas entre todas as cidades da Rússia, e celebre por suas magni- ficencias árchitectonicas, desde epocha re- mota da conquista dos Mongóès. Dominando ao longe, o curso do Dnieper, e edificada sobre a montanha que serve de margem ao rio, apresenta aos viajantes um aspecto imponente emajestoso. Berço da po- tencia moscovita, e metrópole da. religiosa do Império, a velha capital de Wladimiro o Grande alça aos ares, por entre a verdejan- te vegetação de seus jardins, uma verdadeira floresta de llexas coruscántes, emcimantlo as cupolas douradas. Por toda a parte, sobre o cimo altaneiro de sua acropole sagrada, mis- türam-se, em fraternal uniam, os symbolos d'essas duas grandes cousas que por tanto tempo teem reinado a sós sobre a huinarii- dade inteira: a guerra e a relig'ão. Os estan- dartestlo batalhas estão a lluctuar ao lado estandarte da cruz; a agulha cinzelada das egrejas não domina senão tle alguns pés as ameias tias fortalezas; ao lado tias bellas vi- draças coloridas das capellas, avistam-se as setteiras estreitas, que outr'ora deixavam passar a guéla escancarada dos bacamartes ou o comprido pescoço das colubrinas. Desça-se agora até ao sopé da montanha, penetre-se cm suas sombrias profundezas,, e se ha dever, soba aboboda abatida tias erv- ptas a longa fila de sarcophagos venl.es, deíi- tro dos quaes os apóstolos e os martyres orthodoxa dormem o derradeiro sotntvo I a seu lado, outros morlos, envolvidos em ri- cas roupagens, como múmias egypciàs, dei- xando ver a lace embalsamatla. Ao redor, covas muradas a pedra e cai, fazem virá lem- branca a atroz penitenc ia d'essas victimas voluntárias ri'uma tumba antecipada, para tornar mais agradável a Dons sua morte hor- rivel, no meio do horror das trevas e das torturas da fome! Kief?'« a Roma moscovita, e,como t\ Romn catholica, esta nrífesenta por toda a parte a nossos olhos as imagens da religião; mas de "'Oyligiao terrível; equeparecebem menos consylur os homens do que aterral-os, mos- trando-lhes em seu Deus-um juiz e um algoz e nao um pae . . . Mas. nao é pelo terror que se domina a triste humanidade ! Todas as semanas, quasi tottos os dias chegara u KielI as longas lilás de caravanas que vêm ajoelhar-se em frente aos altares sagrados onde brilha, sem nunca apagar-se, a chamnia tias lâmpadas inystitas, junto ás quaes mor- mura, sem nunca cançar-se, a terna oração. Ahi, no meio tle monges de todas as ordens, peregrino.? tle todas as edades e de todos os sexos visitam as catacumbas, beijam as sàn- tas reliquias^B d'ahi se valiam para sua pa- Iria f .ngtiiuqua com uma mais. viva, uma esperançai mais lume, uma caridade mais ar- dente. Não ciam esses, escusa tlizcl-o, os moü- vosTjuc levavam a Kieíf Paulo Bariiitky e seu omipanheiro. O príncipe pouco se importava com reli- quias: sempre tinha preferido um boudoir a lima crvpta, e teria thido muitos monges mor- los por uma mulher viva. Tinha vindo n Kiell como lei ia itio a Qutra parte. Nao estava en- tão resolvido a perseguir assim até ao lim ,|0 mundo, si o fosse precizo,' aquella que era o alvo sempre fugitivo c sempre desejado sua vida "' -ií-' Oi segmrj. £

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  • Folha do Norte—22 de Abril de 1896

    Nossos telegrammasNoticias do paiz

    ltio, 30 «le abril (recebidod meia-noite). .

    Regressou hoje do norte o dr. Ser-zedello Corrêa.

    ltio, SO {ás '4

    da tarde; rece-bido lj2hora depois da meia-noite).

    Segundo noticias vindas do Recife,o resultado conhecido até agora da ul-tinia eleição senatorial dá 12011 vo-tos a Rosae Silva e 423G ao barão deContendas.

    ^ O estado sanitário desta capital vaemelhorando. Consoante boletins doInstituto Sanitário e da Hygiene Mu-nicipal, as febres que se desenvolviam,declinam sensivelmente.

    Ealleceu o dr. Laffayette das Cha-'

    gas Justiniano, da policia do Distri-cto Federal.

    formações. A. votação do dr. Rosa eSil-va, segundo as estatísticas officiaes,as-cende a 14587, a do barão deCònten-das a 465C.

    Não se confirma a noticia da trocados telegrammas enérgicos entre osdrs. Prudente de Moraes e Júlio de'Castilhos'

    A temperatura máxima de hojen'esta capital foi de 25.° ?

    O cambio1'.cOvnUO »-• »»' 9 3[16.

    Noticias do extrangeiro

    Xo Rio Grande do Sul, a proposi-to de conflicto de legislação que dizemexistir, o dr. Alcides Lima, juiz da ca-

    pitai, negou-se a cumprir a lei estadualsobre o voto descoberto no jury, alie-

    gantlo ser a mesma attentatoria daConstituição Federal.

    O presidente do Estado levou o oc-corrido ao conhecimento do dr. Pru-dente de Moraes, que, segundo affir-ranm alguns, individualmente dd ra-zão ao juiz.

    Falla-se mais, ainda que vagamen-te, em troca de telegrammas enérgicosa propósito. Ha quem affirme, apesartle considerar-se tudo boato, que o cuvCastilhos respondera que ou a lei doEstado seria cumprida, ou elle deixariao governo do Rio Grande.

    Carece de confirmação essa noticia.

    Falleceo o dr. Marianno Ramos>deputado federal por Matto-Grosso.

    Em commemoração ao martyrio deTiradentes, os republicanos organisa-ram hoje um prestito civico que per-corre as principaes ruas entre aGuar-da-Velha, a .1.° de Março e o Campoda Acclamaçâo.

    Não elo estylo vrlho.

    (V. KohrUachcr, Ilist. Egl. catli. V. XII, 639—40).Contando pelo estylo velho, ou Juliano, oí russos

    conseivaram o erro do 10 dias, e como desde 1582aceresceram mais 2 dias de differènça, por não faze-rem a suppressao dos annos bissextos em 17000 1800,conforme o estylo novo ou gregoriano, suecede que aadatas russas differem no século XIX de 12 dias dasdos povos oceidentaes.

    Assim, e para obviar a este inconveniente, os russosusam das duas datas vig. /6-jS do março, sendo 16a data juliana e 28 a gregoriana.:|.(V. J. I*. Ribeiro, Diss. Cliron. II, diss. VI),

    GABINETE-:DE. CIRURGIAE

    Prothese-Dentaria, do Cirargião dentistaAI.VARll DE CASTRO GONSAI.VKS—FORMADO PKI.AS

    KACUI.DADKS DE NFAV-YORK F. RIO DK JANFJRO

    Um dos mais bem montados dò Brazil, dispondo dosmelhores apparelhos conhecidos até hoje, bem assimde um completo sortimonto dc material, o que con-corre para a bôa execução do todo e qualquer traba-lho de prothese ou—Cirurgia dentaria.

    Todos os trabalhos* feitos neste gabinete são ga-rantidos. ¦Especialidades :

    Dentaduras—chapa dc ouro ou volcaníto, por melode câmaras de ar o juxtaposição; dentes a pivót, coróas de ouro c dentaduras sem chapa, conservando-scas raizes, trabalho este muito pouco conhecido noBtazil; obturação a ouro etc, etc.

    Consultas das 8 da manhã as 4 da tarde.Opera-sc gratuitamente aos pobres todas as quintas-

    feiras das 7 ás 8 da manhã.Dispondo do um auxiliar de primeira ordem, recebo

    chamados para fora da Capital, mediante prévio ajusto.

    Grande deposito de preparados dentifricios80—Rua da Industria—80 PARA. (I

    A Singer Vibrante é a me-llior macliiiia do costura do mundo, por ser amais simpios o silenciosa.

    ^t'*^*

  • - *&

    Folha do Norte-22 de Abril de 1896

    A' minha 'carteiraEstou a almoçar. Olho paia o Qiutsirriodõ

    que me anda a servir e apctecc-uic excla-mar, pela primeira vez na vida,—que assum-pto no hay, á moda dòs.chrònistas rãlaços.

    Mas nao. Intimamente convenço-me danecessidade imperiosa de escrever quatrolerias, para nao.dar prova de esgotamentocerebral. Lembrei-me.de produsir considera-ções encravadas sobre a democracia doscreados de hotel, arrimando-me ao bordãocritico do Ramalho Ortigao, protótipo emvestuário, em suiças e em sanidade mental.

    Reconstitui, in mente, um quadro"c\\\c; ellebosquejou na Revtita de Portugal, replecto depilhéria e de rudesas. Contà-nos o bon viva/Uque, fasendo uma excursão a Matto Grosso,teve a infeliz lembrança de ir na companhiade um serviçal.

    Este sem-cerimonioso assoldadado come-çou a trata-lo por cidadão, coisa com que oaristocrático Ramalho encafifou, todo anchodos seus pergaminhos. Depois, sem o ouvir,impingia-lhe iguarias que o Vatel, se fossevivo, deitaria na garde robe. Depois nao lhearranjava o banho a horas e permittia que aâua gommosa pessoa andasse de camisa sua-da. Depois, para cumulo de desditas, rouba-va-o na conta, no peso e na medida.

    O thema nao quadrava, porque nao meperpassa pelo toutiço o mau sestro de insul-tar o garço//. Sao indivíduos a quem muitoestimo—este, por me cuidar do estômago, eo barbeiro, por ter sempre as guelas e os quei-xos em perigo.

    Que ha de ser então o objecto da pales-tra?. . -

    De cartas anônimas, jurando enforcar-me*provisoriamente, empalhar-me e remetter-mepara um Museu Anatômico, afim de me ob-servarem, restituindo-me em seguida aos go-sos da yida, intacto e mais gordo,-—disso naome oecupo, apesar de ser enormissima a es-cacez de matéria.

    Da Rosa, para llíe contar que a mascarab.-pepino é tirada, com a devida venia, dumseu irmão em lides jornaleiras,—também naovale a pena diser_duas tretas.

    Doutros patetas mordiscantes—muito me-nos falarei. A cera está carajo dinheiro naoabunda e os ruins defuntos atiram-se para omonturo, sem dó nem piedade, tendo a cau-tellã de nos prevenirmos com dois saccos dedesinfectantes. .-'•;. • •

    Do Carro do Jacintho, que já tem biogra-fia laudatoria, expositiva das virtudes e maispartes que concorrem' na interprete do so-bredito,—seria comprometter o meu refinadogosto pela" alta tragédia e pelos dramas sa-cros, se me desse para anàlisa-lo.

    Do espartilho, da liga, do. elevador—re-solvi- ha muito,.desde a primeira noite queos vi, oceultar os meus maganos pensamen-tos, a bem das commodidade? higiênicas eda pudicicia.

    Da policia, que se riu noutro dia, quandoreclamei contra a má lingua dum conduetor—fecha-te bocea!

    Dos rótulos que p'r'a ahi envergonham osprofessores de instrucçao primaria ? Da quês-tao de Cuba, que ainda nao se sabe em quealturas vae? Do cambio, que nao passa dacepa torta, transtornando-me a remessa dunscobres ? Dos reincidentes espectadores dotheatro da Paz, que nem á mao de DeusPadre assistem á descida do panno, nao obs-tante os carros sobejarem e o final ser sem-pre o melhor ?!...

    Seriamente atarantado me vejo ao faseresta. Escolham o que mais lhes agradar emandem a resposta na volta do correio.

    Oiça-se a sensata opinião publica !

    B.-PEHXO.

    « 0 ATLÂNTICO» E O CAFÉ •

    BEIRÃO« Chamamos a attenção dos nossos leitores, principal,

    monte os das terras africanas, para£este preparado dointelligõnto pharmaceutico dü Pará, sr. Marciano Bcirão-e para os documentos que a elle se referem e que adi'ante se lêm. Quando o preparador de um produeto vem-reclamar, contra os imitadores e falsificadores, ó que es-se produeto tem credito c extracçao.

    «Com effeito, dizem-nos amigos nonos, vindos doPará, quo interrogamos, queatmelle Cafó e universal-mente apreciado e o seu conáumo enorme, (to—N

    r __ JLoteria Pedecal. 25:000$000

    Corre hoje a 33a loteria da Capital Fede-ral do importante plano de 25,0005 por 5$.Também será extrahida a. 7a serie da 10aloteria de Queluz do plano da sorte grandede 50:000.5 por 5S.

    Quinta-feira 23, .corre a 12a serie da 36aloteria da Bahia, do premio de 6o:ooo§ por 6S.

    . NOTAS SPQRTIVAS•Bockey-ülub Parae11.scParece-me que só os inglezas gostam de

    máos princípios. A nova épqcha sportiva co-meçóu mal, e parece-me, com bom funda-mento, que está morta a instituição cujonome encima estas notas.

    A annullaçao do quarto parco da i.1 cor-rida d'esta epocha era uma' necessidade quenao trazia prejuízo a quem quer que fosse, edava á administração do Jockey-Club muitamoralidade e importância, -levando á socie-dade o lucro da casa das apostas que n3omais poderia ser annullado. Veja bem o sr.dr. Baena: o sr. Jayme Abreu, representantedo proprietário do cavallo «Mikado», corri acertesa que apregoa teria medo de nova por-fia ? E' provável que nao.

    A coudelaria «Triumpho» liquidaria coma transferencia do pareô ? Nao, e nunca.•No emtanto,. a-coudelaria «Triumpho» vaedispor dos oito parelheiros que possue c semos quaes é totalmente, impossível organisarcorridas, a nao ser que o sr. Jaynje Abreu,por finesa, se comprometia a substituir essafalta considerável para o nosso pequeno meiosportivo.

    Nao se diga que os proprietários da cou-delaria «Triumpho» nao teem razão.

    Para aquelles que -nao acompanham deperto o nosso movimento sportivo nós vamosexplicar o caso. O Jockey-Club Paraense an-nunciou um pareô para ucophylosáa. Àmazo-nia com o primeiro premio de tres contos deréis. Nao satisfazendo a insçripção ás exi-gencias da sociedade, foi baixado o premiopara um conto e quinhentos mil réis.

    Por circumstancia que nao nos lembraagora, foi nulla a insçripção e elevado o pre-mio para dois contos de réis..

    Nova annullaçao e rebaixamento do pre-mio para seiscentos mil réis (quinta parte dopromettido, que servio de base ao único pro-prietario que sempre concorreu ao pareô taomalfadado—a coudelaria «Triumpho»).

    Encerrada, pois, a insçripção do parcg comos animaes «Esperança», «Sylvio» e «Mikado»,e marcado o premio de seiscentos mil réisao i.° e sessenta ao 2.0, claro estava que oanimal que chegasse em segundo (nao falan-do no 3.0) faria o importante lucro de salvar a

    insçripção, perdendo o.direito de ncophytò, econseguintemente o direito de igualdade nas-porfias.

    Este facto, que deveria ter sido consi-derado pelo illustre secretario do Jockey-Club quef ainda mais, empunhava.na ocea-siap a bandeira de starlèr, foi esquecido, pa-recendo até proposital e accintosa a sahidadada por s..s.

    A idéa do propósito e do accinte desap-pareceria, se s. s. estivesse cançado por sahi-das falsas ou estivesse sob o incommodo deuma chuvada ou dos raios solares. Nadad'isso. Houve apenas uma disparada provo-cada pelo jockey de «Mikado», e a partida foidada quando o animal «Esperança» se pre-parava-de novo para a collocaçao. O sr. dr.Baena lembrar-se-á das suas palavras de en-tao: e'verdade, Joi uma má sahida, péssimamesmo, e eu ainda esperei que meu ajudante anão confirmasse. .

    Nestas condições expostas, nao ficava s. s.desprestigiado, nem os s/ar/ers futuros, se aannullaçao do pareô alludido se fizesse. S. s.-para ella deveria trabalhar, elucidando acommissao julgadora, composta de pessoasque nao conhecem o sacrifício monetário quefazem todos os proprietários de animaes decorridas, com • exeepçao feita do sr. JaymeAbreu, que ganha, mesmo quando perde.

    Esta é que é a verdude dura e nua, e se osr. dr. Baena acha que mentimos e os pro,-prietarios da coudelaria «Triumpho» nao têmrazão paia estarem desgostosos e desilhuli-dos, ordene que o nosso collega Lad o de-fenda e nos aceuse.

    JOCKEY.

    PEITORAL DE CAMBARA

    . . . «tenho-o empregado sempre com muito bomresultado nas moléstias dos- crgâos respiratórios o tema propriedade de slt

    "um medicam en to de, sabor agra-davel, sendo bom. tolerado pelas creanças, em cujasmoléstias tf -do grando eflicaeia—Dr. José JoaquimPereira de Souza.» {Cidade dc Bananal, cm S. Paulo).

    «x '.„ tonlio-o» empregado em todas as manifestaçõesbroncho-pulmonares sempre coin magníficos resultados,—Dr. Brazilio Raymundo Seixas ( Manáos)

    ECHOS E NOTICIASNosso companheiro de trabalho, sr. Fran-

    cisco Pacheco, tendo ante-hontem neecssi-dade de compulsar a Historia da LitlcràluraBrasileira, de Sylvio Romero, por nao a haverencontrado em outra parte, procurou-a naBibliotheca Publica, onde a pedio ao respe-ctivo director.

    Este, ouvida a requisição, dirigia-se a to-mar na estante a obra e poz-lhe mesmo anulo quando, talvez arrependido, houve porbem dizer, em tom muito éxtranhavel cmfunecionarioquelem obrigação de tratar comurbanidade todo mundo, «nao tem», isto é.quea Bibliotheca Publica do Estado do Paránao possue o importante trabalho daquelle il-lustre brasileiro.

    Custa crer que assim seja, quando obrasde menos valor, assim nacionaes como ex-trangeiras, ali se encontram; o sr. director da.Bibliotheca c muito capaz c habilitado parao cargo, e com certeza n3o priva os leitoresestudiosos dc consultar o livro que se encon-tra á venda nas livrarias da^terra.

    Assim, a hypothese a,admittir é outra :—ou o livro anda por fora, o que nao é muitodas boas normas,—ou o sr. director da Bi-bliotheca propositalmente o recusou.

    Nesta hypothese, que deve ser a plausível,dado o modo por que, a respeito, em seguidase exprimio com terceiro aquelle funeciona-rio, nao sabemos como qualificar o procedi-mento do sr. director, que, todos o sabem,teve ha tempos uma polemica jornalísticacom o sr. Francisco Pacheco.

    Ha, de Luiz XII ao subir ao throno, umaphrase que o sr. director devera ter semprepresentejá que se mostra assim desconhece-dor em absoluto dos deveres que lhe corremno cargo que oecupa :—ce n'est pas an roi deFrancc á venger les iujurcs du duc d' Orlcans.

    Mutalis mulandis vem ella a calhar ao casovertente, a propósito do qual faz-se precisoque, si também a Bibliotheca nao é outroEstado no Estado, o sr. dr. Lauro Sõdré façasentir ao funecionario a que nos estamos re-ferindo que—ao director da Bibliotheca Pu-bíica nâo cabe, nesse &5|abe|ejdjnento_çjue ésustentado por todos e para uso de todos,vingar aggravos porventura sentidos pelochronista Mephisto.

    Seguia ante-hontem, ás 5 i|2 da tarde pelaestrada do GeneralissimoDeodoro, montadoa cavallo e cm virtiginosa carreira FernandoAugusto Telles, acontecendo cahir sobre aspedras, ficando ferido em diversas partes docorpo.

    Na travessa do Tupynambás, em unia ta-verna, reunem-se todas as.noites diversosindivíduos, que se entretêm a beber c jogar.

    Ante-hontem, ás S horas da noite, um d'el-les, Jeronymo Palheta, depois de ter perdi-do muito, entendeu quo devia exigir doscompanheiros a importância que havia em-pregado no jogo.

    Recuzando-sc os outros, cujo nome igno-ramos, á satisfazer a exigência de Palheta,travou-se um conílicto do qual resultou sa-hirein dous d'áquelles indivíduos feridos.

    Era conveniente que a policia por lá desseum passeio.

    Chocaram-se ante-hontem, ás 7 l[2 danoite, no arrayal de Nazareth dous bonds,um da i.a linha e outro da 3.?, nao se tendodado, porem, facto algum lamentável, alémdo pânico de que foram presos.os passagei-ros.

    Com destino ao Pará e Amazonas saiuante-hontem á tarde do porto do Ceará ovapor Brasil, do Lloyd Brasileiro.

    Os srs. Hughes & Cabral, teem um bemmontado escriptorio dc eomniissõesá traves-sa do Passinho n. i_|, 110 qual expõem esco-lhido sortimento de amostras de varias ma-nufacturas, para o qual convidam, em publi-cação que vae n'outro local, o commercio de"Belém.

    Por falta de sellos postaes ficou retido na4-a secçao dos Correios um pacote de jor-naes endereçados aos srs. Mello & C.a. cmManáos.

    Cândido Freitas, conhecido gatuno, na oc-casiao em que procurava apoderar-se de umtroco que se achava sobre n balcão d'umatabacaria no Reducto, foi agarrado e entre-gue á patrulha d'aquelle local.

    O facto deu-se ás 8 horas" da noite.

    Realisou-se h mtem, na sede da sociedadeOrdem e Progresso, a sessão civica promovidaem homenagem á memória de Tiradcntes.

    Corroo muito animada, proferindo-se dozediscursos commemorativos.

    Regular, a concorrência.—Com idêntico intuito realisou á noite a

    Mina Lideraria uutra sessio.

    Na oceasiao em que procurava desembar-car de um bond, á rua de Santo Antônio, es-quina da travessa 15 de Agosto, Juliao Fer-reira, perdeu o equilíbrio e caio sobre o la-gedo, ferindo-se na cabeça.

    Ante-hontem, ás 7 112 da noite na praça Pe-dro II, Alfredo Rozendo e Mario Silva, dc-pois de breve altercaçao espancaram-se mu-tuamente sahindo feridos alem dos dous dc-sordeiros, José Evaristo de Souza, que inter-veio na lueta para obstar o rolo.

    Alexandre Magno, em estado de embria-guez e armado de um canivete ferio vis 8 i|2da noite na estrada dc S. José, esquina datravessa de Santo Amaro, a Lourenço Paes,indo depois cm paz o aggressor.

    Os gatunos penetraram ante-hontem n'u-ma casa atravessa D. Romualdo de Seixas,conduzindo d'ali diversas gallinlvns e algu-mas peças de roapa, evadindo-se depois aoserem presenlidos pelos moradores.

    N'outra secçao vae hoje inserto um escri-pto da Companhia Urbana sobre pretençõesque cila julga dc todo o ponto dignas deapoio.

    Os srs. drs. Martins Pinheiro o Arthur Por-to còmmunicam-nos que transferiram suaresidência, da estrada de S. Jeronymo, 131,para a deNazarelh, 67.

    Houve quem notasse hontem, e com mui-ta razão, que a Câmara dos Deputados naofizesse hastear o pavilhão nacional nem illu-minar, á noite, a sua fachada, ficando emchocante contraste com a Intendencia c Pa-lacio.

    Se se levar em conta que aos domingosaquelle pavilhão é hasteado, íicaa gente semsaber que pensar dc preferencia—se o sr. 1."secretario da Câmara nao está de accordocom a tabeliã dos feriados nacionaes ou senao sabe que historia deTtradentes éessa...

    Porque, dizom-nos, houve quem lembrasseo que era preciso afazer.

    E, depois, ainda ha quem se queixe da—nossa falta de educação civica...

    O Correio d'este Estado expedirá hoje ns seguintesmalas *

    Pelo vapor costeiro Colombo, paia Vigia, Cintra.•Salinas, Bragança, Vízou, Tuiy-assú, Guimarães e Ata-ranhào, ás ií horas da manhã.

    NOTAS ARTÍSTICAS

    Representou-se hontem, .com grande en-cliente, a magnífica revista Sal c Pimenta. Oespectaculo foi em homenagem a Tiraden-tes, o precursor do republicanismo brasi-loiro.

    —Hoje repete-se a vicloriada peça- deSousa Bastos. Ocioso se torna reco'mmen-dar ao publico esta recita, que mantém oespectador em contínua gargalhada.

    Somente lhe diremos que está em ensaiosA madrinha dc Cl/a/ley, uma excellente CO-media, que nao tardará em subir á scena.

    Acautelem-se, portanto, os que ainda miotiveram oceasiao dc ver e aplaudir o Sal ePimenta.

    NECROLOGIA

    A familia do sr. dr. Bricio Abreu recebeohontem communicaçao de haver fallecidoem Lisboa um dos filhos d'aquelle cavalhei-ro, o de nome Arnaldo.

    ¦ Noticia telegraphica, hontem por nós re-cebida, annunciou-nos haver fallecido emCametá, onde se achava o conhecido com-merciante d'aquelle municipio. sr. tenente-coronel Antônio Emygdio Pereira.

    Bemquisto por seu trato ameno c por suasdistinetas qualidades, trabalhador infatiga-vcl e probo o sr. tenente-coronel EmygdioPereira tem a morte bastante sentida, eratoda a região tocantina, onde era chefe po-htico de incontestável prestigio e grandevalor.

    Registramos com pezara morte des;e hon-rado cidadão, com cuja familia partilhamosda dor enorme que a punge pela sua perda.

    PUBLICAÇÕES A PEDIDO

    a© pübmcòA Companhia Urbana está lutando com

    serias difliculdudes, e nao pôde mais rotri-buir os capitães a ella confiados.

    A queda cio cambio até 8 314 desvalorisouinteiramente a moeda do paiz, que represen-ta hoje 3,3 "|o de seo valor nominal.

    Consequentemente a quantia de réis 120com que é paga uma meia passagem emseos bonds, nao excede a róis 39, menos dedois vinténs!!

    Succede isso, quando em conseqüência dofacto assignalado, a baixa do cambio, subi-ram todos os artigos dc seo consummo. E'assim que a alfaia que lhe custava de So a90 réis cada kilo, custa-lhe de J40 a 300 réis;o milho que ella tinha ao preço de 4.500réis a sacca, custa-lhe 10.000, 12.000 e até16:000 réis1 O capim que se vendia por 20réis o kilo. custa-lhe 50 réis! Os trilhos, ro--das, etc. quo custavam cerca dc 50S000 réiscada tonelada, custam-lhe 200S000 réis. Osencerados subiram 200 °|„, os bonds com-muns que lho sabiam por i:8ooSooo réis,custam-lhe hoje mais de 6:oooSooo réis I Osmuares que eram dc 1508000 a 180S000 réis,custam hoje 4508000!

    As madeiras subiram 200 "|,„ e o saláriode seo pessoal dobrou o triplicou!

    Este facto é sensível em todas as indus-trias, o por isso o governo federal, com fun-damento nos conselhos do club de engenha-ria, elevou as tarifas de todas as estrada-.' dc'ferro federaes, c o mesmo fizeram os go_yerljnadores de todos os Estados que as possuem,'chegando em algumas a estabelecer-se lari-fas moveis, que accompanham as occillaçõesdo-cambio! A estrada de ferro de Bragança,também augmentou a sua tarifa !

    A Municipalidade de S. Paulo, tomandoem consideração as reclamações das com-panhias de bonds d'aquella capital, nem sólhe consentio dobrar o preço de suas passa-sagens, como lhe protrahio o praso de suaduração.—

    Facto idêntico so deo com a empresa dccaminhões 110 Rio de Janeiro, com os carrosdc praça até c em todas as nossas cidades,com as barcas de Nichteroy, com toda anossa navegação de cabotagem o até com osnavios estrangeiros. O mesmo suecedeo áCompanhia de bonds do Jardim botânico,que, a despeito de sua grande prosperidadechegou ás condições da Urbana, ella mesmaconseguiu desobrigar-se de uma forte con-tribuiçao Municipal e elevar o preço dosseos transportes, em ordem a poder equili-brar-se no meio cm que se desenvolve, só-mente esta companhia (a Urbana) percebeainda preços estabelecidos em 1SÓ9 !

    E' manifesta falta dc justiça I

    Ninguém pôde viver isolado no inundo:se entre nós o carpina,' ò alfaiate, o pedreiro,o servente, o serviço de recados, a creada-gem, todos elevaram o preço descos salários;se a farinha, .todos os gêneros tle consummo,mesmo as fructàs, subiram do .preço, em ra-zao de achar-se o dinheiro desvalorizado,porque a mesma causa não succedeiá á Ur-bana ?

    Esta companhia luta actualmente comdifficuldades insuperáveis e fará em poucotempo a ruina dos capitães n'ella emprega-dos, se nao tiver porsi o apoio de todos: équestão de justiça, e todos somos obrigadosa reconhccel-a.

    Pedindo portando á Intendencia a facul-dado de augmenfãr o preço dos seos.trans-portes; pede á imprensa o seo concurso.—

    A imprensa foi sempre em todo o tempo eem todos os paizes, a defensora naluraj detodos que teem fome o sede dejustiça.-Am-pare-a portanto ella, certa de que amparauma causa santa, a qual tem as suas raizesno equilíbrio que rege em toda a parte asrelações entre o trabalhador e consummi-dor.

    Pará, Ji de abril de 1896.Os directores:

    F. Pusinclli./.mio /¦'. de Amaral.

    .João B. Beckina/m.LÜSTTi ;>

    DA CAPITAL FEDERAL oxtrahrda cm iu do Abrildc 1896.NÚMEROS PRÊMIOS2193 jo:ouo?üoo229OJ '...... .i;oüoSooo11350 3:ooo£ocoI7I-I ; . . . mooojooo139^3 i:ooo£üOo25695 1 • i:uoü$oüo

    PRB1U0S DE 5oe$ooo2202, .|872, 8.|87, 2U10J, 257S-', 35.|S5.

    PRÊMIOS DE 2oofuoo

    959, 2357, ICI26, 10199, 12379, I3'38, 155-t-l-n;.)68, 2017.1, 20179. 23387, 25075, 26830, 28832,3I'79. 36.I9.I, S-^ro.

    1'HKMJO.S DI! IOOÍ00022.(6, ,1963, 4986, 5|2|, 7379, 7526,-ri 137,

    11381, 13013, 13503, M257, 15H18, r7r.rO, 19.107,19760, 22109, 25181, 25426, 30475, 31247, 339"3.345-15. 39077.

    AMROXTMAÇÕES2192 e 2194 300^000

    22061 e 22963 zonáooo113.J9 o 11351 zooSooo

    1713 o 1715 . . . . . . 200S000IJliZENAS

    Dc 2191 a 2200 _too$oooDe 22961 a 221)70 ioo^uooDc 1134*1 a 11350 ibô$ouoDo 1711 a 1720 looSooo

    TERMINAÇÕES¦íkToiIus os ns. terminados cm 3 ou 5?póo

    lista, importante agencia recebo directamciitc os io.-logram mas com o resumo das cxtracçOos e são francosao publico.

    A venda do bilhetes otn nossa agencia ó franca.Os Agentes:

    Moura Peno e-' C?

    .-~.j-i_i_t-.5e; 4E> áASSEMBLEA GERAL EXTRAORDINARlrV

    2" convocaçãoNão se tendo reunido hoje numero legal de accio-

    nistíis para constituir assemblea, novamente os convidopara a sessão extraordinária que devera realisar-se nodia 30 do corrente mez, á uma hora da taide, noedifício do Danço, para o fim de discutir-se e votar-sea proposta da direçtoria para augmento do capital oreforma dos estatutos.

    Paru que validamentò possa constituir-se a assem-bica, é precisa a presença de dois terços, pelo menos,do capital do Banco.

    Pará, 15 de abril do 1896,' (Assignado) Clementina José Lisboa, presidente daassemblea geral.

    FABRICI DE PAPEL PARAENSEASSEMBLEA GERAL EXRTRORDINARIA

    _-v convocaçãoNão se tendo reunido numero sufficicnto dc accio-

    nistas para constituir-se a assemblea geral extraordi-naria convocada para hoje, de novo convido os srs,accionistas a reunirem-se no edifício do Banco doPará, A uma iiora da tardo do dia 24 do coi rentemez, a fim de ser votada a necessária auetorisaçãopara assignatura do contracto com o Governo do £s>tado na execução da lei 11. 344 de 30 dc março ul-limo.

    Pará, 16 dê abril de 1896.Manoel Augusto-. Marques, presidente da Junta Con-sulitav. (3

    Aos srs. fiinccionarios públicosAvisa-se que a Sòcledada de Credito Popular, cos-

    sioríftria do Banco dos Puncciouarios Públicos, continuaa adiantar os respectivos ordenados sem fiador, comaccordo reciproco aos .srs. magistrados «píer federaes,quer estadoaes, professores oíliciacs e mais emprega-dos effectivos, aposentados tanto da capital, como dointerior do Estado, Expediente c informações todosos dias úteis das 9 horas da manhã ás 3 da tarde,

    (72

    Companhia Cerâmica (era liquidação)São convidados os cr da Fi Cer.-

    para, desta data ató 30 do corrente mez d'abril, apifl'sen tarem as suas coutas A commissao liquidndora, p

    Tnn do serem conferidas.Pará, 11 de abril do 1896. (1-O secretario, Albino José Cordeiro,

    . &a cosTRcnercioOs abaixo assignados fazem scienlé ao commercio

    que desde i" de janeiro do corrente anno, acha-sodesligado da sua firma o sr. Antônio Marques,

    Pará, 20 dc abril do 1896.Castro, Marques oV C\ (3

    AVISOS ESPECÍAESd_

    HlIGH ES & CABRAL«fc-s

    14—Travessa Campos Salles—14

    Achrt-se cm exposição cm nosso cseripto-rio e mais rica c completa collecçao que temvindo ao Pará, tle artigos e novidades deVienna, Paris, Bòhemja e outros centros ma-riufactiucirps da Europa.

    Temos secçao dc bijouteria, vidros, arma-rinlio, modas, chapellaria, cauiisaria, pape-laria, tecidos, estufadores, ferragens, confec-çfies, roupa branca, brinquedos, relojóaria,sapalaria, tabacaria, periumarias, chape- sdc chuva c uma infinidade de objectos c!ephantasia do mais apurado gosto.

    Agora, que ó epocha-própria de se fazerencommendas para a tradicional festa deNazareth, convidamos ao commercio e aosnossos, amigos para nos honrarem com suasvisilas c ordens, que acecitaremos agradeci-dos.

    Expediente das 7 horas da manha, ás 6da tarde.

    Pará, 20 de abril de 1896.Ifuglies &" Cabral. (5

    O BACHAREL YIRGINIO AMÉRICO SANTAROSA prop5e-sè :i lecciomn- em suacasa, em collegios ou em casas parti-eularea as seguintes matérias:—por-luyucz, arilhmclim c alycbran

    T*-*

    ^Í!«Í!;9I*P'

  • A-J>! 7"

    4;-i> Folha do Norte-22 de Abril de 1896

    HOJEPE UM TERRKNO

    O leiloeiro Costa Bemfica. com escriptorio á tra-vessa Campos Salles, n.- 20, telephone 11. 228, comautorisoçfio, faz venda em leilão, em frente ao mesmo,ilo soltei o terreno todo cercado do estacas do acapú earborisado do arvores fruetíferas,, com bom poço d'a*„ua potável, sito A rua Oliveira Bella, em frente aoj^ovo Hospital da Santa Casa de Mescricordia, medin*

    o 14 braças de frente e 25 ditas de fundo, a vendadera feita em um sO lote ou a retalho.s NOTA : o terreno tem um portão com o n. 17 c«utro sem numero.'-—A's 4 horas.

    DE LIQUIDAÇÃON'agencia Costa Remfinn, a travessa Campos Salles,

    n. zo, será vendido em leilão, por conta e risco dequem pçttèrícçr, os seguintes : 20 harmônicas, 200 es-tojos com talheres, 1 mobília do cedro, consollos avul*sos com pedra, cestas para compras, chapeos de pa-lha, cabides, álbuns para retratos e outros objectosque estarão presentes no acto do leilão.

    Vendas ao correr do martello.—À 1 hora,

    DE UMA MERCEARIA '

    O agente Antônio Sousa fará leilão, do uma mer-cearia, á rua dos Mattyres, próxima á docka do Re-dueto, a qual está bem sortidá e afreguezada.

    Da informações o mesmo agente, em seu escriptorio,á travessa de S. Matheus, n. 8.—A's 5 horas.

    DE 50 MEIOS DE SOLLA AVARIADAO agento Adolpho venderá em leilão, no trápiche

    Auxiliar, 50 meios do solla avariada, para dar contade venda.—A's g horas de a manha.

    DE 2.000 KILOS DE PIRARUCUO agente Antônio Sousa, por ordem dos srs. Mello•& Ca, venderá em leilão, no trapicho do Commercio,

    2.090 kilos dc especial piraruci'1, do Baixo Amazonas.—As 5 horas.

    DA MERCEARIA REDEMPTORAO agento Antônio Sousa transferio para hoje o lei*

    lão da «Mercearia Rodcmptora », por ter sido hontemdia feriado, e dá informações sobre aluguel, chave esortimento, cm seu escriptorio á travossa dc S. Ma*theüs, n. 8.

    Venda positiva.—As 5 horas.

    Importante leilãoDE

    Prédios e terrenosPARA LIQUIDAÇÃO DE PAGAMENTO

    LEILÃO AO ALCANCE DE TODOSQUARTA-FEIRA, 22

    0 AGENTE SOUSA,amplamente auetorisado, fará vonda em lei-lão, para positiva liquidação, do divorsas ca-sas o terrenos situados nos principaes pontos d'csta cidade, a saber:

    Tres quartos dc casas na frente, situadas na tra*vessa Dom Romualdo dc Sofras, canto da rua Olivei*ra Bello, com linhas de bonds, contendo corredor, sala.varanda o saguão, dc porta o janclla, todas assoalha-das do acapú e pau amarello macheado, ares compeniíis-mancax de acapú e forrados o corredor e salacom tabôás do inarupahuba. tendo agua encanada,banheiro o sentína,

    >'.m- .asas do porta e janella, situadas a rua OU-voira Mello, entre as travessas Dom Romualdo de Sei-• •;