elza soares a mulher do fim do mundo · ala 01 - dagda – o dom na mitologia celta na mitologia...
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Elza Soares –
A mulher do fim do Mundo
Ficha técnica:
Nome oficial da Escola: Escola de Enredo Batuqueiros de Floripa
Cores: Vermelho e Preto
Símbolo: Coroa
Presidente: Christian Fonseca
Carnavalescos: Fernando Constâncio e Christian Fonseca
Número de Setores: 05
Números de Alas: 19
Alegorias: 05
Enredo:
Elza Soares – A mulher do fim do Mundo
Figura 1 - Imagem de divulgação do novo trabalho de Elza Soares. Álbum: A mulher do fim do mundo.
Introdução:
Elza Soares, nascida na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, soube aproveitar a
oportunidade dada no programa de Ary Barroso, década de 1940, na rádio Tupi.
Conhecida por ser uma mulher guerreira e batalhadora, Elza enfrentou diversos
percalços na vida, enfrentando-os e os vencendo.
A sambista que encanta multidões com sua voz rouca, foi considerada em 1999,
pela rádio BBC de Londres, a “Voz do Milênio”. Elza encara qualquer parada,
conhecida por sua variedade nos estilos musicais, passando pelo Rock, Funk, Blues,
Jazz e, claro, pelo samba.
Atualmente, aproveita gozar da vida desfrutando de suas paixões, assistir e
torcer pelo Flamengo, desfilar com sua escola de samba do coração, Mocidade I. Padre
Miguel e logicamente cantar. Em seu mais novo álbum, “A mulher do fim do mundo”,
exibe canções em defesa das mulheres, negros, LGBT. A artista em uma das canções já
deixa seu recado: “Eu vou cantar, me deixem cantar até o fim”.
Sinopse:
1º Setor – Origem nos astros e na mitologia
Nascida em 23 de junho, do signo de câncer, Elza Soares foi abençoada pelos
astros, isto devido ao fato de possuir Vênus, o planeta associado ao canto, regendo o
signo de Touro, sendo este considerado o signo da voz e da música.
Mas a origem de tal dom não viria apenas dos astros, certamente houve a benção
dos deuses da música. Apolo, na Grécia, Hathor, na mitologia egípcia ou Dagda na
mitologia Celta, sem dúvida foram fundamentais na formação na voz marcante da
“Mulher do Século XXI”.
2º Setor – Infância e o início da carreira
Elza Soares nasceu na favela da Moça Bonita, em Padre Miguel, atual Vila Vintém.
Filha do operário e violonista Gomes Soares e da lavadeira Rosária Maria Gomes, cresceu
entre a ''molecada'' da rua, brincando de soltar pipa e de jogar pião. Porém, não só de flores
foi feita a infância da menina Elza, pelo contrário, teve de trabalhar desde cedo, carregando
latas d'água na cabeça pelos becos e vielas de Moça Bonita.
Desde cedo, teve que enfrentar os percalços da vida, principalmente quando seu pai a
obrigou com 13 anos a largar os estudos e casar-se. Como consequência, engravidou e teve
um filho, que faleceu após o parto devido à desnutrição. Com 20 anos de idade, Elza Soares
ficou viúva, perdendo seu marido para a Tuberculose. Assim, Elza teve que se virar de
todas as formas, pois tinha cinco filhos para criar, sendo encaixotadora, doméstica,
faxineira, lavadeira, passadeira, nunca deixando de levar seus filhos à escola.
Mas o sonho e a vocação dessa menina era o canto, assim, Elza Soares em 1953 subiu
ao palco do programa de Ary Barroso, na Rádio Tupi. Em tom de gozação, o dono do
programa perguntou a jovem moça: “de onde você vem?”, e ela responde: “Do planeta
fome”. Em seguida, Elza Soares cantou e encantou a todos, nascendo assim a mais nova
estrela do Brasil.
3º Setor – Canções
Sempre na luta, em 1960 lança o primeiro álbum, fazendo sucesso com a música
“Se acaso você chegasse”, de Lupicínio Rodrigues, lançando-se de vez para todo o
Brasil e para o mercado internacional. A década de 1960 foi muito próspera para a “Voz
do Milênio”, título que recebeu pela BBC de Londres, gravando treze álbuns, e
consolidando-se interprete com as canções “Mais que nada”, “Boato”, “A carne”,
“Beija-me”, “Pressentimento”, “Conversa de Botequim”, “Tristeza” e “Mulata
Assanhada”.
Figura 2 - Capa do primeiro álbum de Elza Soares
E assim, Elza Soares assumia as paradas nas rádios e recebia diversas indicações
a prêmios. A interprete também revelou grandes sambistas, como Jorge Aragão,
cantando em 1976 a canção “Malandro”, descobrindo e abrindo portas para o
compositor.
A cantora recentemente teve a honra de entoar o Hino Nacional Brasileira na
Cerimônia de Abertura dos Jogos Pan-americanos Rio 2007. Já no ano de 2016,
participou da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no qual cantou “O
canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes.
Figura 3 - Imagem de Elza Soares na cerimônia de abertura do PAN Rio 2007
Em homenagem aos 100 anos de Lupicínio Rodrigues, compositor do “Acaso
você chegasse”, primeiro sucesso de Elza Sores, a sambista fez um álbum “Elza canta e
chora Lupicínio”. Em suas histórias com o parceiro musical, Elza conta a vez que
cantando numa noite em um bar, um cara de branco cheio de rosas ficava a olhando.
Com medo, a cantora tentava disfarçar desviando o olhar dele. Assim, o moço se
aproximou da sambista e disse: “Trago Rosas para outra Rosa”, Elza rebateu: “Meu
nome não é Rosa, e eu detesto Rosas”. O rapaz retrucou “Eu sei que você não se chama
Rosa, você se chama Elza Soares. Esse sucesso que você está cantando é meu, sou
Lupicínio Rodrigues”. Envergonhada, a cantora pediu desculpas, nascendo assim, uma
grande amizade entre os dois.
4º Setor – Paixões
Elza viveu intensamente sua vida, apesar dos pesares, a cantora sempre procurou se
agarrar nas coisas que as faziam bem. Com certeza, o amor pela música fez com a
cantora passasse por cima das perdas familiares e seguisse em frente firme e forte.
A interprete encontrou outra paixão, a vocação para foliã, desfilando anos e anos
pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Elza deu voz ao mais famoso samba de
exaltação da escola de samba:
É o festival do povo /É a alegria da cidade
Salve a Mocidade!/Salve a Mocidade!
Elza ainda foi responsável por batizar a bateria da agremiação da Vila Vintém
como a “Não existe mais quente”.
Figura 4 - Fotografia de Elza Soares no desfile da Mocidade I. de Padre Miguel em 2010.
A mulher que é “dura na queda”, canção feita por Chico Buarque em
homenagem a Elza Soares, também tem como paixão o futebol. Apaixonada pelo
Flamengo vai ao estádio torcer pelo time do coração. Apesar de ser carioca e torcer por
um time do Rio, Elza Soares nunca escondeu sua paixão pela cidade de São Paulo, no
qual vai para aproveitar e descansar.
5º Setor – A mulher do século XXI
Alimentada pelos aplausos, Elza Soares retorna aos palcos no ano de 2016 com
seu novo álbum “A mulher do fim do mundo”. A sambista que aos 32 anos, conheceu o
jogador de futebol Garrincha, juntos foram casados por 16 anos (1968 a 1982). Junto
dele, ela sofreu muito preconceito, pois era responsável por ter feito Garrincha se
divorciar da sua antiga esposa. Elza foi muito xingada pela sociedade preconceituosa na
época, racista e patriarcal. Foi ameaçada e chegou a ter sua casa alvejada por ovos e
tomates. Apesar de todo sofrimento, Elza se apresentava em alguns bares e casas
noturnas.
“Eu tenho um trabalho muito forte a favor das mulheres, da negritude e dos LGBT. A
música dá mais esse grito para as mulher”
(Elza Soares)
Mesmo com todo preconceito da época, e de toda pobreza que Elza passou, ela
hoje canta defendendo as causas LGBT, das mulheres e dos negros. “A mulher do fim
do mundo” denúncia o modo hipócrita que vivemos, no qual poucos têm direito a uma
vida boa, enquanto muitos continuam na pobreza e sem acesso a educação e saúde de
qualidade.
Figura 5 - Imagem do show de Elza Soares. Novo álbum A mulher do fim do mundo.
Elza Soares, hoje aos 79 anos manda avisar
Eu quero cantar até o fim/
Me deixem cantar até o fim/
Até o fim eu vou cantar
SETORIZAÇÃO
Setor 01 – Origem nos astros e na mitologia
Comissão de Frente Regida pelos Astros
Ala 01 Dagda – O dom na mitologia Celta
Ala 02 Hathor – O dom na mitologia Egípcia
Abre Alas Apolo: O Deus regente da música. A benção dos gregos
Setor 02 – Infância e o início de Carreira
Ala 03 O Violonista e a Lavadeira
(1º Casal MS PB) Entre Pipas e Piões: A favela de Moça Bonita
Ala 04 (baianas) Lata d’água na cabeça
Ala 05 O Casamento e a morte
Alegoria 02 Planeta Fome: A revelação de uma estrela
Setor 03 – Canções
Ala 06 “Se acaso você chegasse”: O primeiro sucesso
Ala 07 Tristeza já foi embora
Ala 08 Beija-me
Ala 09 (passistas) Mulata Assanhada
Ala 10 (bateria) Malandro
Alegoria 03 A voz do Milênio
Setor 04 – Paixões
Ala 11 São Paulo: A terra da garoa
Ala 12 O Urubu Rubro-Negro
Ala 13 Não existe mais quente
Ala 14 (crianças) Pierrot e Colombina verde e branco
Alegoria 04 A estrela guia de Padre Miguel
Setor 05 – A mulher do século XXI
Ala 15 Resquícios da pobreza
Ala 16 Direitos LGBTs
Ala 17 Mulheres
Ala 18 Negros
Ala 19 (Velha Guarda) Não ao preconceito
Alegoria 05 A mulher do Século XXI
Descrição dos elementos visuais:
Setor 01 – Origem nos astros e na mitologia
Comissão de frente: Regida pelos astros
Nascida em 23 de junho, do signo de Câncer, Elza Soares foi abençoada pelos
astros, isto devido ao fato de possuir Vênus, o planeta associado ao canto, regendo o
signo de Touro, sendo este considerado o signo da voz e da música. Devido a este fato
nossa comissão de frente é composta por 15 integrantes, sendo eles: Sete (07)
representando o planeta de Vênus, com fantasias em tons de azul turquesa e royal; Sete
(07) representando o signo de Touro, inspirados no símbolo da astrologia do mesmo
signo, e, Um (01) componente representando o signo de Câncer, com uma fantasia
representando um caranguejo, pois este é o símbolo do signo de Elza Soares, Câncer.
Ala 01 - Dagda – O dom na mitologia Celta
Na mitologia celta Dagda era o deus relacionado à música por sua habilidade no
manuseio de harpas, usando sua arte, considerada bela, para convocar as estações do
ano. Dagda também era responsável por tocar instrumentos durante a partida de muitas
pessoas para uma nova vida, para que as mesmas não sentissem dor. Nossa ala traz
elementos que simbolizem e representem Dagda. Um costeiro em forma de harpa, além
de uma coroa de flores e frutos na cabeça e roupas características dos célticos.
Ala 02 - Hathor – O dom na mitologia Egípcia
Na mitologia egípcia, Hathor era a representação da música, isso porque ensinava seus
adeptos a dança e o sentido da festa. Era esposa de Hórus, guardiã das mulheres e
protetora dos amantes. Era representada através das orelhas e ou cabeça de uma vaca,
isso porque este animal era considerado gentil no Egito Antigo. Hathor vem abençoar o
nascimento místico de Elza Soares cedendo a mesma o Dom da música.
Abre Alas: Apolo: O Deus regente da música. A benção dos gregos
Acreditava-se, na Grécia Antiga, que a música havia se originado através de deuses
míticos. Apolo, irmão gêmeo de Artemis, era o Deus regente da música na Grécia
Antiga, isso porque havia recebido uma lira do Deus Hermes, feita com casco de
tartaruga. Por sua importância, acredita-se que os primeiros músicos e assim
sucessivamente teriam herdado tal dom de Apolo. Neste abre alas, representamos aquele
que foi um dos maiores dos deuses da música. Trazemos na lateral do carro esculturas
gregas com um grande templo grego no centro da alegoria com pilares decorados, além
de claro trazer uma grande escultura de Apolo abençoando Elza Soares.
Setor 02 – Infância e o início da carreira
Ala 03 – O Violinista e a Lavadeira
Filha de Gomes Soares e Rosária Maria Gomes, ele era violinista e sua mãe lavadeira.
Nossa terceira ala traz duas fantasias diferentes para retratar os pais de Elza Soares. A
fantasia masculina, representando o pai, traz elementos e características que simbolizam
um violinista tal qual um violino e vestes em preto e branco. Já a fantasia feminina
representa a mãe de Elza Soares, a lavadeira, à mulher do dia-a-dia, e por este motivo
virá um varal de roupas na saia da fantasia.
(1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira) – Entre Pipas e Piões: A favela de Moça
Bonita
Nosso casal de mestre sala e porta bandeira vêm representando as brincadeiras presentes
na infância de Elza Soares com todo o bailar elegante e delicado que o segmento exige.
O mestre sala representa o “Pião”, nome dado em português aos vários tipos
de brinquedo que consistem na brincadeira clássica e antiga, em puxar
uma corda enrolada a um objeto afunilado, geralmente de madeira ou plástico e com
uma ponta de ferro, colocando-o em rotação no solo, mantendo-se erguido. Já a nossa
porta bandeira representa as pipas em que Elza Soares brincava, por isso na saia virão
várias pipas, de diferentes cores, por sua variante linguística, trazemos no costeiro asas
de papagaio, já que tal brinquedo também é conhecido por este nome em algumas partes
do Brasil.
Ala 04 (Baianas) – Lata d’água na cabeça
Pedimos licença para a passagem dessa ala. Com toda a sensibilidade, a Batuqueiros de
Floripa homenageia Elza Soares e sua mãe. A matriarca para sustentar a família, subia e
descia o morro carregando em sua cabeça lata d’água, passos que a filha Elza seguiu
desde cedo. A fantasia dos foliões serão vestes antigas, roupas surradas, com uma
peruca afro, e nas mãos dos integrantes, uma lata d’água cenográfica.
Ala 05 – O casamento e a morte
Por ordem do pai, Elza Soares foi obrigada a se casar aos 12 anos de Idade com Lurdes
Antônio Soares. Devido a isso teve seu primeiro filho muito cedo, e devido a
complicações na gestão a criança morreu por desnutrição. Em seguida Elza ficaria viúva
do seu primeiro marido, este devido à tuberculose. Neste ala retrataremos tais fatos com
duas fantasias, mostrando o contrataste e o posto entre o bom e o ruim. A primeira
fantasia, representando um casamento traz uma noiva típica com roupas brancas, já a
segunda fantasia traz a morte, com caveiras e longos tecidos pretos e roxos.
Alegoria 02 – Planeta Fome: A revelação de uma estrela
E assim, esse setor finaliza com a participação de Elza Soares na rádio Tupi do
programa de Ary Barroso. Com as roupas da mãe, pois não tinha dinheiro para comprar
uma, Elza subiu ao palco e foi vítima de ironias e sacarmos. Ao ser indagada pelo
apresentador de que Planeta ela vinha, a moça então responde do “Planeta Fome”. A
partir de então, canta e encanta com sua voz roupa, tendo sua primeira oportunidade, e
se lançando para o mercado nacional.
A alegoria será vista em dois momentos, na parte de baixo será representada a miséria,
pobreza na qual viveu. Já na parte superior da alegoria, ocorrerá uma encenação de um
programa de rádio, com adereços que remeteram ao período, microfone, plateia, rádios.
Como destaque, uma mulher que estará representando Elza Soares em cima de uma
grande estrela dourada.
Setor 03 - Canções
Ala 06 – “Se acaso você chegasse”: O primeiro sucesso
Elza Soares seguia sua vocação, cantava em bares e casas de shows. Em uma das
canções que a moça entoava, “se acaso você chegasse”, na plateia estava Lupicínio
Rodrigues, o compositor da canção. Deslumbrado com a potência da voz e da
desenvoltura da cantora, Lupi, como é conhecido, convida a moça para fazer o primeiro
show grandioso de sua vida, tornando-se famosa e conhecida. Em seu primeiro CD,
destacou-se com a canção do compositor, viajando pelo Brasil todo e levando a canção
para as paradas de sucesso. Na fantasia, tons de preto e branco ganham a cena. No
costeiro e nas palas, discos de vinil.
Ala 07 – Tristeza já foi embora
Elza Soares já começava a se consolidar, tornando-se uma das maiores cantoras do
Brasil. A sambistas já em suas canções anunciava que tivera passado por cima de tudo
que sofreu na infância, entoando a todos a canção “Tristeza”. A versão de Elza ficou
famosa e foi reproduzida nos mais diversos bailes de carnaval. A fantasia seria em
formato de preto e branco, com mascaras coloridas. Em algumas partes, algumas
tonalidades de cores como amarelo, vermelho e azul, esboçam aparecer, ganhando o
setor as primeiras cores.
Ala 08 – Beija-me
Beija-me”, cantada por Elza na década de 1960 e tornou-se um grande sucesso. Com
essa canção, a cantora destacava-se e começava a fazer alguns shows fora do país.
Nessa ala a cor já predomina, o vermelho apaixonado ganha vida. No costeiro, uma
grande boca vermelha ganha destaque.
Ala 09 (passistas) – Mulata Assanhada
“Mulata Assanhada” do compositor Ataulfo Alves, foi outro grande sucesso que fez
Elza Soares ganhar as paradas de sucesso. Nesse momento, já começava a cantar
políticas que defendessem e positivassem os negros. Na fantasia, uma mulher negra
com vertido preto com bastante brilho, cabelo afro, salto alto, cantando e encantando a
todos.
Ala 10 (bateria) - Malandro
Além de cantar sucessos, Elza Soares descobriu compositores. Entoou na década de
1970 a canção “Malandro” de Jorge Aragão. A sambista apresentou o jovem rapaz para
o mundo, tornando-se um cantor e compositor de muito sucesso.
Alegoria 03 – A voz do Milênio
Elza Soares foi eleita pela revista BBC de Londres, no ano de 1999 como a cantora
brasileira do milênio, devido a este motivo grandes discos de vinil, preto e branco e de
ouro, ganham vida nessa alegoria. Grandes microfones ganham vida na lateral da
alegoria e notícias do jornal que deram a vitória a Elza com a “voz do Milênio”.
Setor 04 – Paixões
Ala 11 – São Paulo – A terra da garoa
Apesar de ser carioca (denominação popular para quem nasceu no Rio de Janeiro), Elza
Soares possui uma paixão sem igual pela cidade de São Paulo, indo à cidade sempre que
pode para aproveitar e repousar-se. São Paulo é conhecida como a terra da garoa, nesta
ala iremos trazer no costeiro bandeiras da cidade para facilitar a identificação da mesma.
Ala 12 – O Urubu Rubro-Negro
Outra paixão da interprete é o Clube de Regatas Flamengo, fundado em 17 de
Novembro de 1895, trazendo como símbolo-mascote um urubu, este representado no
costeiro (asas) e na cabeça (cabeça do urubu) da fantasia, além de trazer o brasão do
time na pala da fantasia, e claro, as cores tradicionais do time: vermelho e preto.
Ala 13 – Não existe mais quente
Elza Soares é uma apaixonada pela bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel,
sendo a mesma responsável por dar nome a bateria “Não existe mais quente”, inclusive
sendo homenageada pela mesma no ano de 2010, vindo a frente da bateria como musa
da escola.
Ala 14 (crianças) - Pierrot e Colombina verde e branco
Símbolos do carnaval, o amor entre o Pierrot e Colombina não poderiam ficar de fora
neste setor para representar a paixão de Elza Soares pela Mocidade Independente de
Padre Miguel.
Setor 05 – A mulher do século XXI
Ala 15 - Resquícios da pobreza
Ela que já vivenciou isso de perto durante sua infância, na favela de Moca Bonita, no
Rio de Janeiro, agora canta e encanta a todos trazendo sua vivência para os palcos e as
transformando em forma de música. Traremos nesta ala todos os componentes vestidos
com retalhos de tecidos em tons pasteis, para simbolizar a pobreza.
Alas 16 - Direitos LGBTs
No seu mais novo Álbum “A mulher do fim do Mundo”, Elza Soares canta e encanta
com cações em defesa aos mais diversos segmentos da sociedade. Um deles, é a causa
LGBTs. Na fantasia, um grande arco-íris, símbolo da causa, ganha vida na passarela.
Ala 17 - Mulheres
Outro setor que Elza defende em seu novo álbum, são as mulheres. Com a canção
“Mulher da Vila Matilde”, a sambista denuncia os abusos e agressões sofridas por
mulheres que ficam silenciadas dentro de casa. Elza incentiva que as mulheres não
fiquem caladas, que se imponham, e mostrem possuem a mesma força que os homens.
Ala 18 - Negros
A sambista não poderia deixar de fora a pauta dos negros. Elza que acumula diversas
histórias no qual sofreu racismo, reproduz canções que visa a positivação do negro, da
igualdade deles na sociedade, e a luta contra o racismo.
Ala 19 (Velha Guarda) - Não ao preconceito
Um dos temas frequentes e abordados no álbum é a questão do preconceito, seja por cor
raça ou credo. Nesta ala traremos um grande alerta contra todo e qualquer tipo de
preconceito que Elza Soares tanto prega em suas canções.
Alegoria 05 – A mulher do século XXI.
Assim, com esse álbum de inéditas em defesa aos mais diversos segmentos, Elza Soares
ganhou diversos elogios da crítica. Hoje aos 79 anos, continua a fazer diversos shows.
Feliz da vida, Elza ganhou diversos prêmios com o álbum. Nesta alegoria traremos uma
grande celebração, não apenas do mais recente álbum lançado, mas também de todos
aquelas que fazem parte da vida e obra de Elza Soares. Será uma grande coroação para a
mesma, contando com muitas estrelas no carro, num estilo futurista.
Referências Bibliográficas:
Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Elza_Soares. Acesso em 01 de Novembro de
2016.
Monteiro. Patrick. Elza Soares: “ainda me machuca a perda dos meus quatro filhos”.
Revista Quem. 2016.
SCHOTT, Ricardo. ´Já levei muita porrada´, diz Elza Soares. Site O dia. 2015.
RIBEIRO, Djamila. Antes de boicotar Elza Soares, repense o seu racismo. Carta
Capital, 2016.
SALOMÃO, Graziela; BORGES, Luciana. Elza Soares: “Já passou o tempo de
sofrermos caladas. Está na hora de gritar”. 2016.
Observação: Todas as imagens foram usadas para ilustração e foram retiradas da
internet.