eletrização por atrito

2
1 – O estudo da eletricidade originou-se de observações que, aparentemente, foram feitas pela primeira vez pelos gregos. Na realidade, é possível que outros povos tenham também observado esses fenômenos, mas os relatos mais antigos de que temos registro são dos gregos, e assim atribui-se a eles a primazia desse feito. 2 - A primeira observação foi feita com um material denominado âmbar. Semelhante ao plástico, resulta do endurecimento da seiva de árvores de uma espécie extinta. Tales de Mileto, o primeiro filósofo do qual temos conhecimento, parece ter sido também o primeiro a chamar atenção para o fato de que o âmbar, após ser atritado com lã ou pelo de animal, adquire a propriedade de atrair objetos “leves”, como, por exemplo, penas, fios de algodão, papel picado, etc. 3 - Depois de algum tempo e alguns estudos sobre o âmbar foi constatado que a eletricidade não era exatamente uma propriedade exclusiva do âmbar, mas tratava- se de um fenômeno generalizado e que podia ser observado em diversas substâncias. Hoje sabemos que estamos rodeados de uma série de fenômenos elétricos e de suas incontáveis aplicações práticas: rádio, transmissão via satélite, internet, chapinha, chuveiro elétrico, etc. 4 - Em alguns momentos do nosso cotidiano nos deparamos com situações um pouco estranhas, nas quais tomamos choques em maçanetas de portas, na tela da TV, ou até mesmo quando encostamos em outra pessoa. Esses pequenos choques ocorrem em razão da eletricidade estática que adquirimos diariamente. 5 - Essas cargas são adquiridas por alguns processos de eletrização conhecidos há séculos. Considera-se um corpo eletrizado quando este tiver número diferente de prótons e elétrons, ou seja, quando não estiver neutro. O processo de retirar ou acrescentar elétrons a um corpo neutro para que este fique eletrizado denomina-se eletrização. São três os processos de eletrização: eletrização por atrito, eletrização por contato e eletrização por indução. 6 - Este processo foi o primeiro de que se tem conhecimento. Foi descoberto por volta do século VI a.C. pelo matemático grego Tales de Mileto, que concluiu que o atrito entre certos materiais era capaz de atrair pequenos pedaços de palha e penas. 7 - Posteriormente o estudo de Tales foi expandido, sendo possível comprovar que dois corpos neutros feitos de materiais distintos, quando são atritados entre si, um deles fica eletrizado negativamente (ganha elétrons) e outro positivamente (perde elétrons). Quando há eletrização por atrito, os dois corpos ficam com cargas de módulo igual, porém com sinais opostos. 8 - Esta eletrização depende também da natureza do material, por exemplo, atritar um material com uma material pode deixar carregado negativamente e positivamente, enquanto o atrito entre o material e outro material é capaz de deixar carregado negativamente e positivamente.

Upload: samuel-sales

Post on 05-Sep-2015

96 views

Category:

Documents


81 download

DESCRIPTION

Eletrização por atrito

TRANSCRIPT

1 O estudo da eletricidade originou-se de observaes que, aparentemente, foram feitas pela primeira vez pelos gregos. Na realidade, possvel que outros povos tenham tambm observado esses fenmenos, mas os relatos mais antigos de que temos registro so dos gregos, e assim atribui-se a eles a primazia desse feito.2 - A primeira observao foi feita com um material denominado mbar. Semelhante ao plstico, resulta do endurecimento da seiva de rvores de uma espcie extinta. Tales de Mileto, o primeiro filsofo do qual temos conhecimento, parece ter sido tambm o primeiro a chamar ateno para o fato de que o mbar, aps ser atritado com l ou pelo de animal, adquire a propriedade de atrair objetos leves, como, por exemplo, penas, fios de algodo, papel picado, etc.3 - Depois de algum tempo e alguns estudos sobre o mbar foi constatado que a eletricidade no era exatamente uma propriedade exclusiva do mbar, mas tratava-se de um fenmeno generalizado e que podia ser observado em diversas substncias. Hoje sabemos que estamos rodeados de uma srie de fenmenos eltricos e de suas incontveis aplicaes prticas: rdio, transmisso via satlite, internet, chapinha, chuveiro eltrico, etc.4 - Em alguns momentos do nosso cotidiano nos deparamos com situaes um pouco estranhas, nas quais tomamos choques em maanetas de portas, na tela da TV, ou at mesmo quando encostamos em outra pessoa. Esses pequenos choques ocorrem em razo da eletricidade esttica que adquirimos diariamente.5 - Essas cargas so adquiridas por alguns processos de eletrizao conhecidos h sculos. Considera-se um corpo eletrizado quando este tiver nmero diferente de prtons e eltrons, ou seja, quando no estiver neutro. O processo de retirar ou acrescentar eltrons a um corpo neutro para que este fique eletrizado denomina-se eletrizao. So trs os processos de eletrizao: eletrizao por atrito, eletrizao por contato e eletrizao por induo.6 - Este processo foi o primeiro de que se tem conhecimento. Foi descoberto por volta do sculo VI a.C. pelo matemtico grego Tales de Mileto, que concluiu que o atrito entre certos materiais era capaz de atrair pequenos pedaos de palha e penas.7 - Posteriormente o estudo de Tales foi expandido, sendo possvel comprovar que dois corpos neutros feitos de materiais distintos, quando so atritados entre si, um deles fica eletrizado negativamente (ganha eltrons) e outro positivamente (perde eltrons). Quando h eletrizao por atrito, os dois corpos ficam com cargas de mdulo igual, porm com sinais opostos.8 - Esta eletrizao depende tambm da natureza do material, por exemplo, atritar um materialcom uma materialpode deixarcarregado negativamente epositivamente, enquanto o atrito entre o materiale outro material capaz de deixarcarregado negativamente epositivamente.9 - Convenientemente foi elaborada uma lista em dada ordem que um elemento ao ser atritado com o sucessor da lista fica eletrizado positivamente. Esta lista chamada srie triboeltrica:

http://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/eletrizacao-por-atritohttp://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/eletrizacao2.phphttp://www.brasilescola.com/fisica/processo-eletrizacao.htm