eleições 2014 - 26 de agosto de 2014

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Especial MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019 Eleições 2014 Eleições 2014 Especial ALDENIZA MESQUITA, A ‘SILA’ Membro da Executiva Nacional da presidente vem a Manaus nesta semana para conversar com o governador sobre apoio a petista RAPHAEL LOBATO Equipe EM TEMPO Comitê de Dilma pressiona Melo por posicionamento I nstalado há cerca de duas semanas, o comitê da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousse- (PT) no Amazonas iniciou uma maratona de investidas para pressionar o governador José Melo (Pros) por um po- sicionamento a respeito do palanque presidencial. Aliado ao PMDB do senador Eduardo Braga, a cúpula do PT quer que o comitê de Dilma opere para reunir os dois blocos adversários, em momentos distintos, no primeiro ato pró-Dilma no Estado, no pró- ximo final de semana. A ordem no comitê instalado na Zona Centro-Sul da capital é amadurecer ao máximo os acordos com os partidos da base de Dilma para garantir força ao evento que irá inaugu- rar a campanha da petista no Amazonas. O partido organiza uma megacaravana para o próximo sábado e domingo, com atos na capital e em municípios da região metro- politana. A ideia é reunir tam- bém sindicatos, associações, conselhos e a juventude. A pressão pelo posiciona- mento de José Melo no pa- lanque de Dilma virá da cú- pula nacional da campanha petista. Na manhã de ontem, a direção do Pros e do PMDB foi informada sobre a vinda do coordenador de organiza- ção nos Estados da campa- nha da presidente, Florisvaldo Souza, à capital, na próxima quinta-feira (28). Florisvaldo foi deslocado para articular um acordo entre os blocos e agendar uma possível vinda de Dilma ao Estado. O comitê deverá apontar para Florisvaldo a falta de engajamento do Pros-PSD na campanha da presidente. O grupo tem a organização concentrada em dirigentes do PMDB e do PT. O comitê é coordenado pelo presidente estadual da sigla, Waldemir Santana, e pela ex-secretária Aldeniza Mesquita, a Sila, ex-candidata a primeira-su- plente do deputado Fran- cisco Praciano (PT). Peeme- debistas escalaram ainda prefeitos do interior para participar da organização. “Esses partidos (Pros e PSD) também fazem parte da base da presidente. Queremos sa- ber de que forma eles vão atuar na campanha de Dilma, visto que até agora o nosso comitê só é formado pelo par- tido e pelo PMDB”, afirmou Aldeniza. Questionada sobre a adesão de Melo em uma dobradinha com o PSDB de Aécio Neves, ela afirmou que “essa ideia não passa pelas nossas cabeças. Queremos os reais apoiadores”. O secretário-geral do PMDB, Miguel Capobiango, não comentou sobre uma pos- sível adesão de Melo ao co- mitê de Dilma, mas ressaltou que o partido “tem se engaja- do da campanha da presiden- te, incluindo Dilma nas peças pu- blicitárias da campa- nha”, uma resposta ao governador, que ainda mantém postura neutra em relação ao palanque presi- dencial. O secretário-geral do Pros, Radyr Júnior, não confirmou a presença de Melo no evento, mas disse que o governador será consultado. Racha A divisão do PT em relação ao apoio ao PMDB de Eduar- do Braga não acabou, efetivamente, em maio passado, quando a sigla oficializou a aliança. É o que afirma o presiden- te municipal do partido e principal articulador das dissidências, Vital Melo. O dirigente esti- mou a reportagem que pelo menos 40% da mili- tância ainda permanece na base de Melo ou escolhe pela neutralidade. O número, no entanto, é minimizado pela direção estadual. Diretor-presidente do Insti- tuto de Terras do Amazonas (Iteam), Vital é parte das dis- sidências que permanece no governo de José Melo. O PT cultiva ainda cargos de dire- ção nas pastas de Trabalho (Setrab), Movimentos Sociais e Produção Rural (Sepror). Um integrante da cúpula estadual da sigla, no entanto, confirma que há dissidências, mas diz que a ala não chega a 10% do partido, que tem cerca de 20 mil filiados. No início do mês, José Melo evitou ter um encontro com o presi- denciável tucano Aécio Neves em Manaus Coordenador-geral da campanha de Dilma, Florisvaldo Souza chega a Manaus na quinta-feira DIVULGAÇÃO ARQUIVO EM TEMPO PRESSÃO A pressão pelo posicio- namento de José Melo para o palanque de Dilma virá da cúpula nacional do partido. Executiva estadual de- clarou que agora será o momento de cada um anunciar sua posição Militante ambientalista, Sila foi secretária de Florestas da pasta de Meio Ambiente (SDS) nos governos de Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e José Melo (Pros) (de 2004 a maio de 2014). Atualmente, Sila é secretária-geral de organização do PT e uma das coordenadoras da campanha de Dilma no Estado. A ideia é levar Pros e PSD à campanha de Dilma no Estado? Sim, são partidos da base que já se comprometeram com a presidente. Queremos esse compromisso. Como vocês pretendem reunir adversários no mesmo ato? Esse é um desafio que precisamos superar. A ideia é reuni-los em momentos distintos. O importante é o compromisso com a campanha da presidente. E o comitê aceitará a adesão de Melo caso ele faça dobradinha com Aécio Neves (PSDB)? Claro que não. Isso não passa pela nossa cabeça, acreditamos que ele fará campanha para a presidente Dilma. Esse compromisso é dele. 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Eleições 2014 - Caderno especial do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Eleições 2014 - 26 de agosto de 2014

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MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

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ALDENIZA MESQUITA, A ‘SILA’

Membro da Executiva Nacional da presidente vem a Manaus nesta semana para conversar com o governador sobre apoio a petista

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

26 DE AGOSTO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1019

Eleições 2014Eleições 2014Eleições 2014Eleições 2014Eleições 2014

ALDENIZA MESQUITA, A ‘SILA’ALDENIZA MESQUITA, A ‘SILA’ALDENIZA MESQUITA, A ‘SILA

Membro da Executiva Nacional da presidente vem a Manaus nesta semana para conversar com o governador sobre apoio a petista

Comitê de Dilma pressiona Melo por posicionamento

Instalado há cerca de duas semanas, o comitê da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousse-

ff (PT) no Amazonas iniciou uma maratona de investidas para pressionar o governador José Melo (Pros) por um po-sicionamento a respeito do palanque presidencial. Aliado ao PMDB do senador Eduardo Braga, a cúpula do PT quer que o comitê de Dilma opere para reunir os dois blocos adversários, em momentos distintos, no primeiro ato pró-Dilma no Estado, no pró-ximo final de semana.

A ordem no comitê instalado na Zona Centro-Sul da capital é amadurecer ao máximo os acordos com os partidos da base de Dilma para garantir força ao evento que irá inaugu-rar a campanha da petista no Amazonas. O partido organiza uma megacaravana para o próximo sábado e domingo, com atos na capital e em municípios da região metro-politana. A ideia é reunir tam-bém sindicatos, associações, conselhos e a juventude.

A pressão pelo posiciona-mento de José Melo no pa-lanque de Dilma virá da cú-pula nacional da campanha petista. Na manhã de ontem, a direção do Pros e do PMDB foi informada sobre a vinda do coordenador de organiza-ção nos Estados da campa-nha da presidente, Florisvaldo Souza, à capital, na próxima quinta-feira (28). Florisvaldo foi deslocado para articular um acordo entre os blocos e agendar uma possível vinda de Dilma ao Estado.

O comitê deverá apontar

para Florisvaldo a falta de engajamento do Pros-PSD na campanha da presidente. O grupo tem a organização concentrada em dirigentes do PMDB e do PT. O comitê é coordenado pelo presidente estadual da sigla, Waldemir Santana, e pela ex-secretária Aldeniza Mesquita, a Sila, ex-candidata a primeira-su-plente do deputado Fran-cisco Praciano (PT). Peeme-debistas escalaram ainda

prefeitos do interior para participar da organização.

“Esses partidos (Pros e PSD) também fazem parte da base da presidente. Queremos sa-ber de que forma eles vão atuar na campanha de Dilma, visto que até agora o nosso comitê só é formado pelo par-tido e pelo PMDB”, afi rmou Aldeniza. Questionada sobre a adesão de Melo em uma dobradinha com o PSDB de Aécio Neves, ela afi rmou que “essa ideia não passa pelas nossas cabeças. Queremos os reais apoiadores”.

O secretário-geral do PMDB, Miguel Capobiango, não comentou sobre uma pos-sível adesão de Melo ao co-mitê de Dilma, mas ressaltou que o partido “tem se engaja-do da campanha da presiden-

te, incluindo Dilma nas peças pu-b l i c i tá r ias da campa-nha”, uma resposta ao governador, que ainda mantém postura neutra em relação ao palanque presi-dencial. O secretário-geral do Pros, Radyr Júnior, não confi rmou a presença de Melo no evento, mas disse que o governador será consultado.

RachaA divisão do PT

em relação ao apoio ao PMDB de Eduar-do Braga não acabou, efetivamente, em maio passado, quando a sigla ofi cializou a aliança. É o que afi rma o presiden-te municipal do partido e principal articulador das dissidências, Vital Melo. O dirigente esti-mou a reportagem que pelo menos 40% da mili-tância ainda permanece na base de Melo ou escolhe pela neutralidade. O número, no entanto, é minimizado pela direção estadual.

Diretor-presidente do Insti-tuto de Terras do Amazonas (Iteam), Vital é parte das dis-sidências que permanece no governo de José Melo. O PT cultiva ainda cargos de dire-ção nas pastas de Trabalho (Setrab), Movimentos Sociais e Produção Rural (Sepror). Um integrante da cúpula estadual da sigla, no entanto, confi rma que há dissidências, mas diz que a ala não chega a 10% do partido, que tem cerca de 20 mil fi liados.

No início do mês, José Melo evitou ter um encontro com o presi-denciável tucano Aécio Neves em Manaus

Coordenador-geral da campanha de Dilma, Florisvaldo Souza chega a Manaus na quinta-feira

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PRESSÃO A pressão pelo posicio-namento de José Melo para o palanque de Dilma virá da cúpula nacional do partido. Executiva estadual de-clarou que agora será o momento de cada um anunciar sua posição

Militante ambientalista, Sila foi secretária de Florestas da pasta de Meio Ambiente (SDS) nos governos de Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e José Melo (Pros) (de 2004 a maio de 2014). Atualmente, Sila é secretária-geral de organização do PT e uma das coordenadoras da campanha de Dilma no Estado.

A ideia é levar Pros e PSD à campanha de Dilma no Estado?Sim, são partidos da base que já se comprometeram com a presidente. Queremos esse compromisso.

Como vocês pretendem reunir adversários no mesmo ato? Esse é um desafi o que precisamos superar. A ideia é reuni-los em momentos distintos. O importante é o compromisso com a campanha da presidente.

E o comitê aceitará a adesão de Melo caso ele faça dobradinha com Aécio Neves (PSDB)?Claro que não. Isso não passa pela nossa cabeça, acreditamos que ele fará campanha para a presidente Dilma. Esse compromisso é dele.

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Page 2: Eleições 2014 - 26 de agosto de 2014

2 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

José Melo visita o bairro AlvoradaA caravana 90, da co-

ligação Fazendo Mais por Nossa Gente, fez caminha-da em três bairros de Ma-naus, nesta segunda-feira. O governador e candida-to à reeleição José Melo (Pros) mobilizou moradores no bairro Alvorada II, na Zona Centro-Oeste, e o can-didato a vice-governador, Henrique Oliveira (SD), fez a ação no bairro Japiim, Zona Sul. A presidente mu-nicipal do PSD, Nejmi Aziz, percorreu as ruas do bairro Jorge Teixeira I, etapa 4, na Zona Leste.

Acompanhado de candi-datos aos cargos de depu-tado estadual e federal, José Melo percorreu diversas ruas do bairro Alvorada no fi nal da tarde. Em conversa com os moradores, ouviu reivindicações, elogios e sugestões para o seu pro-grama de governo.

A dona de casa Nazaré da Silva, 47, moradora antiga do bairro, falou das melho-rias nas áreas de saúde e educação. Ao lado de Naza-ré, a professora aposentada Maria de Lurdes Almeida, 67, lembrou-se da atuação de Melo ainda quando era professor e disse que o can-

didato demonstra capacida-de e tem experiência para governar. “Eu conheço o tra-balho do Melo na época eu dava aula. Ele sempre foi um homem simples e dedicado à educação”, frisou.

Depois de ouvir do go-vernador que seu plano de governo prevê ampliação do programa Ronda no Bairro, a comerciante Aurélia da Silva, 51, agradeceu Melo. “Tem candidato que teve tempo suficiente para tra-balhar. Agora é a vez de Melo trabalhar por este Estado”, disse.

Depois de uma intensa agenda de compromissos no interior, no fi nal de sema-na, Melo disse que a presen-ça em Manaus confi rma o crescimento da campanha. Entre sexta-feira e sábado, Melo e Omar Aziz, candidato ao Senado pelo PSD, cumpri-ram agenda em Caapiranga, Anori, Codajás, Manaquiri, Beruri e Manacapuru, onde o grupo mobilizou mais de 20 mil pessoas em comício na região central da cidade. “Estamos recebendo ener-gia muito positiva das pes-soas. Apresentando nossas ideias e ouvindo as pessoas. É o caminho certo para dar

continuidade e avançar”, pontuou José Melo.

Henrique Oliveira também reuniu moradores durante a caminhada pelo bairro do Japiim. O candidato a vice-governador fez o per-curso pelas ruas do bair-ro também acompanhado de postulantes aos cargos nos parlamentos.

Nejmi também participaCom seu apoio aos com-

promissos da coligação Fa-zendo Mais por Nossa Gen-te, a presidente municipal do PSD, Nejmi Aziz, esteve no bairro Jorge Teixeira I - Etapa 4, na Zona Leste de Manaus. Nejmi conversou com os permissionários da feira União e os morado-res da área a respeito dos projetos implementados no Estado pelo candidato ao Senado Federal, Omar Aziz, e pelo governador José Melo.

“Foi uma caminhada mui-to produtiva porque as pes-soas falam o que esperam para os próximos anos, con-fi antes nas propostas que trouxeram muitos benefí-cios para as famílias com o trabalho de Omar e Melo”, destacou Nejmi Aziz.

CAMPANHA

José Melo foi recebido pelos moradores do bairro Alvorada na tarde desta segunda-feira

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Rebecca faz caminhada no bairro Jorge Teixeira Candidata a vice na chapa de Eduardo Braga, Rebecca conversou com moradores e ouviu apelo sobre segurança pública

A candidata a vice-go-vernadora do Ama-zonas pela coligação Renovação e Experi-

ência, Rebecca Garcia (PP), realizou na manhã desta se-gunda-feira (25) uma cami-nhada pelas ruas da quarta etapa do bairro Jorge Teixeira. Ao conversar com a população, Rebecca, que forma chapa com Eduardo Braga para governa-

dor e Francisco Praciano para o Senado, ouviu como principal reclamação a alarmante si-tuação da segurança pública no bairro.

Rebecca passou pela feira da União levando as propostas da coligação e falando também em nome de Eduardo Braga. “Estamos juntos nessa cami-nhada e estamos precisando do apoio de vocês. São vocês

que decidem o resultado da eleição e a gente quer a oportu-nidade de poder ajudar”, dizia por onde passava.

Muitas pessoas, ao ver a candidata, declaravam seu voto nela e em Braga. “Vou votar neles porque confi o na capacidade deles. Já conheço o trabalho do Eduardo”, afi r-mou Kelly Cristina Antunes da Silva. “Rebecca é a única que

fala pelas m u l h e r e s . Se não tiver alguém para falar pelas mulheres lá em cima, a gente fi ca abandona-da”, declarou Valzira Batista da Silva.

O número insufi ciente de

unidades de saúde no bairro também foi uma reclamação constante entre as pessoas com quem Rebecca falou. “Aqui só tem um posto que funciona. Para conseguir uma consulta, a gente tem que dormir na fi la”, relatou Elizabeth Rodrigues, que não perde a esperança de mudança. “Vocês vão vencer e vão estar no governo para melhorar tudo”, disse, dirigin-

do-se a Rebecca.Avaliando o que ouviu da

população no Jorge Teixeira, Rebecca destacou o problema da violência. “A questão da se-gurança realmente está muito complicada. Os comerciantes estão sendo prejudicados. Vendem através de grades. Parece que estão numa jaula. Mas não é só aqui. É em vários bairros”, afi rmou.

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Rebecca recebeu apoio dos mo-

radores e ouviu as demandas da

população

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Page 3: Eleições 2014 - 26 de agosto de 2014

3MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Agenda dos candidatos

Candidato realiza às 9h uma caminhada no bairro Redenção. Ao meio-dia, participa de um almoço na Câ-mara de Dirigentes e Lojistas de Manaus e às 17h faz caminhada na comunidade da Sharp, Zona Leste.

EDUARDO BRAGA

Candidato participa da sessão plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas. Às 15h30 faz gravação para o seu programa eleitoral e às 16h30 realiza caminhada no bairro Parque São Pedro, Zona Norte.

MARCELO RAMOS

Candidato pela manhã realiza panfl etagem em local ainda não defi nido. À tarde, concede uma entrevista a uma TV local, e no fi m do dia realiza reunião com apoiadores.

HERBERT AMAZONAS

Não divulgou agenda.

ABEL ALVES

Candidato cumpre pela manhã e tarde agenda adminis-trativa como governador. No fi m da tarde, faz caminhada em bairro da Zona Norte e às 20h30 apresenta seu plano de governo à Associação Brasileira de Odontologia.

JOSÉ MELO

Candidato realiza às 7h gravação do seu programa eleitoral. Em seguida, vai para a Assembleia Legislativa do Amazonas. À tarde, concede entrevista para um site local.

CHICO PRETO

Não divulgou agenda.

NAVARRO

Câmara discute aumento na tarifa do transporteA questão do aumento da tarifa foi o principal tema de discussão na casa legislativa, durante sessão plenária, ontem

A bancada de oposição da Câmara Munici-pal de Manaus (CMM) criticou, na manhã de

ontem, a intenção do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetran), de aumen-tar para R$ 3,60 o valor da tarifa no transporte público. A possibilidade foi trazida à tona na última sexta-feira (22), pelo próprio sindicato, que remeteu o novo valor ao deferimento de reivindicações feitas pelo Sindi-cato dos Rodoviários no dissídio coletivo 2014/2015.

Para o petista Waldemir José, o aumento no valor da passa-gem não refl ete a qualidade do transporte oferecido à po-pulação e por isso não pode ser aceito pela Prefeitura de Manaus, sem que haja um es-tudo técnico aprofundado. Em discurso, o parlamentar lembrou que o Sinetran já recebe subsí-dios municipais e estaduais para operar com o atual valor de R$ 2,75 e que, mesmo assim, teima em descumprir leis trabalhistas, como a falta de pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

“As empresas recebem uma série de subsídios dos pode-res federal, estadual e muni-cipal. Mesmo assim, preferem repassar esses impactos para a população. Os números que eles apresentam parecem fan-tasiosos e, além disso, já cons-tatamos que eles reduzem a quantidade de ônibus pela me-tade, assim também o número de viagens”, falou.

Waldemir lembrou que em fevereiro de 2013, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), si-nalizou a criação de uma comis-são mista para acompanhar o impasse formado em torno dos valores do transporte público na cidade, mas que até o presente mês nada teria sido feito para formar a equipe, que deveria

contar com a participa-ção da so-ciedade civil organizada, e m p r e s á -rios, técni-cos e parla-mentares.

“Já procurei várias vezes os representantes da prefeitura, mas sempre inventam plan-tões. Agora, voltaremos a co-brar a formação desse grupo”, comentou.

De acordo com informações do Sinetran, fi cou acordado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 7% de aumento salarial aos rodoviários, que pas-sará a ser em média R$ 1.938 para motoristas e de R$ 969 para cobradores, R$ 5 de lanche, R$ 11 de tíquete alimentação e R$ 195 de cesta-básica. A Parti-cipação nos Lucros e Resultados (PLR) será de meio salário por semestre e a insalubridade de 10% do salário ao mês para motoristas e cobradores. Os nú-meros seriam os responsáveis pela alta de R$ 0,85 centavos no valor da tarifa.

“Com esses reajustes e no-vos benefícios a serem in-corporados aos direitos dos rodoviários, nós calculamos que a tarifa pode chegar a R$ 3,60. Com a tarifa de hoje não temos como arcar. A pre-feitura tem feito a parte dela com a desoneração e ajustes operacionais, mas ninguém esperava por isso”, disse o advogado do Sinetram, Fer-nando Borges.

Ainda com informações do advogado, mesmo após as inú-meras tentativas de conciliação junto ao Ministério Público do Trabalho, desde maio o Sine-tram está concedendo 6% de reajuste salarial e manteve os R$ 195 na cesta-básica, R$ 11 no tíquete refeição e R$ 3,50 no lanche para não prejudicar os trabalhadores. Isso resultou num reajuste médio de 9,96% e teve o aval do da prefeitura.

JOELMA MUNIZ Equipe EM TEMPO

A questão do aumento do vale-transporte tomou conta do plenário da Câmara. Parlamentares presentes eram contra o reajuste

Enquanto o painel eletrô-nico marcava a presença de 38 parlamentares, apenas 13 se faziam presentes no plenário da Câmara Munici-pal de Manaus (CMM), du-rante o pequeno expediente da manhã de ontem (25).

A sessão, que durante o pequeno expediente foi presidida pelo vice-presi-dente da casa, vereador Sildomar Abtibol (Pros), teve aproximadamente dois minutos de interrup-ção, tempo esse que foi dado pelo vice-presidente para que os colegas que se encontravam em seus gabinetes pudessem com-por o quorum necessário para a leitura da pauta de votações.

No momento da interrup-ção, apenas 12 vereadores encontravam-se presentes. De acordo com o regimento

interno da casa, as ativida-des parlamentares iniciam às 9h, tendo quinze minu-tos de tolerância, e sendo necessária a presença de pelo menos 14 vereadores dentro do plenário. Para dar início à votação dos Proje-tos de Lei (PL), é preciso um quórum de no mínimo 21 parlamentares.

O crescente descaso dos parlamentares com suas obrigações regimentais gerou irritação nos demais colegas. “Esse comporta-mento é um convite para fazer o errado” disparou o vereador Fabrício Lima (SDD). De acordo com o parlamentar, a atitude de alguns colegas vem man-chando a reputação dos demais, que mesmo estan-do candidatos, cumprem suas obrigações dentro da casa legislativa.

Falta de vereador no plenário

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A Comissão de Consti-tuição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Munici-pal de Manaus (CMM) ana-lisa, esta semana, o Projeto de Lei 110/2014, que prevê o estabelecimento de cotas raciais para o ingresso de negros e afrodescendentes no serviço público muni-cipal em cargos efetivos. A proposta é de autoria do vereador Ednailson Ro-zenha (PSDB), que teve a tramitação aprovada por unanimidade pelos verea-dores em abril deste ano. Outro projeto que está em discussão na casa é a criação da “Bolsa Auto-escola”, que pretende ofe-recer oportunidade para a população de baixa renda ter acesso à Carteira Na-cional de Habilitação (CNH) e estar legalmente autori-zada a dirigir. A proposta é

do vereador Hiram Nicolau (PSD), que foi protocoliza-da ontem.

De acordo com a propos-ta, um programa de con-

cessão deverá ser criado para atender cidadãos que comprovem e preencham os mesmos requisitos exi-gidos pelo programa Bolsa Família, ou seja, renda fa-miliar de até R$ 70,00.

CCJ analisa projetos de cotas

DISCUSSÃO Entre as propostas discutidas na casa, ontem, estavam dois projetos: um que concede a Bolsa Au-toescola para classe de baixa renda e a que cria cota para negros em concurso

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Page 4: Eleições 2014 - 26 de agosto de 2014

4 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Candidatura de Marina tira mais votos de Aécio

O comando da campanha de Aécio Neves (PSDB) a pre-sidente anda apreensivo com o resultado dos levantamen-tos preliminares do próprio partido. A confi rmação de Marina Silva na disputa re-vela-se mais prejudicial ao tucano do que à candidatura de Dilma Rousseff (PT). O desempenho da candidata do PSB surpreende em grandes colégios eleitorais: São Pau-lo, Rio de Janeiro, DF, Paraná e Pernambuco.

Onde baterA turma de Aécio já discute

como enfrentar Marina Silva sem fechar as portas para eventual entendimento no segundo turno.

InexperiênciaA tendência do PSDB é

fazer o contraponto da inexperiência de Marina em gestão com a administra-ção bem avaliada de Aécio em Minas.

PibinhoÉ quase unânime no bole-

tim Focus do Banco Central, que consulta quase 100 insti-tuições: o crescimento do PIB não passará de 0,7%.

Bateu, levouCandidato tucano a vice-

presidente, Aloysio Nunes avisa que Geraldo Alckmin responderá a quem o ata-ca: “Quem quiser bater vai ter volta”.

Por que aumento? Bar-ril subiu só 1,9% desde 2011

A gasolina subiu 13,2% no Brasil desde a posse de Dilma: de R$ 2,612 em 2011 para os atuais R$ 2,959. O desempe-nho do diesel é bem pior: subiu 24,3% no mesmo período. De R$ 2,009 em 2011 a R$ 2,498 hoje. Difícil explicar o aumento “imprescindível”

pretendido pela Petrobras no cenário atual. O barril de petróleo cru era negociado a US$ 91,55 em 2011 e US$93,38 ontem. Aumentou só 1,9% no período.

Que PT?Na propaganda de Delcídio

Amaral ao governo do Mato Grosso do Sul, o PT não é citado, nem sua estrela. E a cor ofi cial da campanha é azul.

Que Dilma?Em Pernambuco, a pro-

paganda do ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) ao Senado continua sem ci-tar ou mostrar Dilma. Só Lula aparece.

Camilo rifadoLula reiterou a Eunício

Oliveira (PMDB) que nem ele nem Dilma vão ao Ceará pedir votos para o can-didato do PT ao governo, Camilo Santana.

Gim como opçãoCom a candidatura a gover-

nador do DF impugnada pelo TRE, José Roberto Arruda (PR) continua otimista quanto ao julgamento do recurso no TSE, mas, pelo sim, pelo não, seus aliados já defi niram: se ele fi car fora da disputa, será substituído pelo senador Gim Argello (PTB).

Perdeu a cabeçaEx-PT-PR, notório amigo

do doleiro Alberto Youssef e enrolado até o pescoço na operação Lava a Jato, da Polí-cia Federal, o deputado André Vargas foi retirado da lista dos Cabeças do Congresso 2014 do Diap.

Outro jatinhoComo o Citation que caiu,

também pertencia à Bandei-rantes Pneus, do Recife, o Learjet usado por Eduardo Campos na visita na Feira de Santana (BA), em maio.

Os gastos não constam da prestação de contas do PSB porque a viagem foi anterior ao registro da candidatura.

Anúncio de concurso...O Ministério do Planeja-

mento aprovou concursos públicos no apagar das luzes do governo Dilma. O anúncio é para dar aos sindicatos aliados meios de pedir votos para o PT às categorias, mas é lorota.

...é só lorota eleitoralA promessa de concurso é

lorota porque a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal proíbe aumentar gastos com pes-soal nos últimos 180 dias de mandato. A oposição pre-tende denunciar a manobra à Justiça Eleitoral.

Nova corregedoraA ministra Nancy Andrighi

tomará posse, do Superior Tribunal de Justiça, toma-rá posse como corregedora nacional de Justiça nesta terça-feira (26), às 18h. Ela sucede ao ministro Francis-co Falcão.

O problema é a corCandidato ao governo do

DF, Toninho do Psol já não pro-mete extinguir o Bope, um dos mais admirados batalhões da Polícia Militar. Agora, pro-mete só mudar a aparência. Para ele, fardamento preto é “fascista”.

Anti-PT como bandeiraA rejeição ao PT chegou a

tal ponto que no DF os adver-sários do partido passaram a direcionar suas campanhas para o “anti-petismo”. Pelas pesquisas, isso dá mais votos que apresentar projetos.

Gastos campeõesAtingiu R$ 453 milhões em

junho o total de diárias pagas pelo governo Dilma. Até maio eram R$ 354 milhões. Fecha-rão o ano em R$ 1 bilhão.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Garantia

www.claudiohumberto.com.br

“Infelizmente, este não é o Brasil real”AÉCIO NEVES (PSDB) sobre o país que o

PT mostra em sua propaganda eleitoral

O poeta chileno Pablo Neruda era conhe-cido pelo hábito de abandonar qualquer coisa por uma boa soneca, após o almoço. Ele era candidato a presidente de seu país quando visitou o Brasil. Numa de suas muitas entrevistas, ele acabaria sendo confrontado com aquele hábito que fazia as delícias dos seus adversários. Neruda respondeu com tranqüilidade:

- Claro, vou continuar com a sesta. Enquanto estiver dormindo, a população saberá que não lhe vou fazer nenhum mal.

Ex-primeira-dama do Amazonas, Nejmi Aziz cumpriu agenda política nos bairros do Parque Riachuelo e Jorge Teixeira

Nejmi Aziz vai aos bairros conversar com comunitários

A agenda de compro-missos de Nejmi Aziz junto à coligação Fazendo Mais Por

Nossa Gente vem sendo in-tensa na cidade de Manaus, com visitas aos bairros e reuniões com comunitários. O trabalho da ex-primeira-dama nesta atual conjuntura concede apoio aos candi-datos Omar Aziz (PSD), que concorre ao Senado Federal, e ao governador José Melo (Pros), candidato à reeleição ao governo do Amazonas. Neste fi nal de semana, ela esteve no conjunto Cidadão 10, bairro Parque Riachuelo, Zona Oeste, e com os mora-dores do bairro Jorge Teixei-ra, Zona Leste de Manaus.

Durante as reuniões com

os moradores, Nejmi verifi cou como está o andamento das ações do governo estadual nas localidades e apresentou as propostas que vão trazer melhorias para as famílias dos bairros, levando em con-sideração a continuidade dos programas implantados nos segmentos de educação, saú-de e segurança. “Estou indo até as famílias para verifi car os resultados dos programas sociais do governo na vida de todas elas. É fundamental conversar com esses morado-res para que possamos ter o retorno daquilo que já foi feito e o que precisa melhorar”, comentou Nejmi Aziz.

Além de apresentar as pro-postas, Nejmi Aziz também orienta a população sobre

a importância do voto cons-ciente. Entre os moradores, essa atitude resgata o res-peito de decisão dos cidadãos pela democracia, como afi r-ma a doméstica, Deusanira de Souza, 53, que já orienta a fi lha que irá votar pela primeira vez neste ano.

Admiração“Antes de tomarmos a deci-

são precisamos analisar bem o que dizem. E isso tenho falado para minha fi lha já aprender desde cedo, ainda mais que neste ano ela irá votar. Quando vi a senhora Nejmi conversar sobre isso, achei muito bom porque ela não veio aqui como muitos fazem”, destacou a moradora do Jorge Teixeira.

Praciano fala com trabalhadores do DI Candidato ao Senado pela

coligação Renovação e Experi-ência, Francisco Praciano este-ve ontem (25) de volta ao lugar onde iniciou a sua vida pública: o Distrito Industrial. Praciano esteve conversando com os tra-balhadores do Polo Industrial de Manaus, onde reafi rmou o compromisso de defesa dos empregos gerados pela Zona Franca de Manaus.

Praciano fez parte do esfor-ço da bancada parlamentar do Amazonas pela prorrogação da Zona Franca por mais 50 anos, uma iniciativa da própria presi-dente Dilma Rousseff e que con-tou com a liderança de Eduardo Braga no Congresso.

Praciano sempre se empe-

nhou pelos trabalhadores, vo-tando pelo aumento do salário mínimo. “Fui o único integrante da bancada do Amazonas que votou pela redução da carga horária semanal, sem que se di-minuam os empregos”, disse.

Praciano entende que não se mantêm empregos e nem se criam novas vagas se as empresas estiverem com pro-blemas e, por isso, têm várias propostas para desburocratizar e reduzir o custo de produção no Amazonas.

Uma das lutas que Praciano levará ao Senado é o do au-mento no número de fi scais da Receita Federal e do Ministério da Agricultura, para acelerar o desembaraço de produtos nos

portos e no aeroporto. “Quanto mais tempo demora o desem-baraço da mercadoria, mais caro o empresário paga pela armazenagem”, explica.

Fortalecimento da ZFMPraciano também defende

o fortalecimento da Superin-tendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que pre-cisa se tornar uma agência de desenvolvimento na re-gião e não apenas um órgão burocrático. Outra proposta de Praciano é uma presen-ça forte da Receita Federal com uma superintendência em Manaus, o maior centro arrecadador de tributos fede-rais do Norte do país.

VISITA

Candidato ao Senado, Praciano tem intensificado campanha ao lado de Braga e Rebecca

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Nejmi Aziz visitou várias comunidades em apoio às candidaturas de Omar e José Melo

Em entrevista, ontem (25) para uma rádio local, o candidato ao governo do Estado Marcelo Ramos (PSB), ao falar sobre a questão da infraestrutura do Estado, afi rmou ser a favor da reestruturação da BR-319. “Sou absoluta-mente a favor da revitaliza-ção da rodovia. Claro, que com todas as salvaguardas ambientais, garantindo que não sejam desmatados os 400 km de fl oresta intoca-

da, que estão no meio da estrada, e criando parques de preservação”, avaliou.

A BR-319, de acordo com o candidato, é um instrumento de integração nacional e também é importante para a indústria em alguns pro-jetos. Também enfatizou que pretende criar um plano es-tadual de estradas e vicinais para melhorar o escoamento dos produtos regionais.

Ramos afirmou consi-derar as hidrovias, o prin-

cipal modal do Estado. Segundo ele, o transporte fluvial é a vocação natu-ral do Amazonas. “Nossos rios são nossas estradas naturais, mas que precisam ser balizadas e sinalizadas. Nosso governo vai estimu-lar, por meio de parceiras público-privadas, a cons-trução de novos portos privados mais modernos, estabelecer a concorrên-cia e melhorar a qualidade do serviço”, destacou.

Ramos: importância da BR-319REVITALIZAÇÃO

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5MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Marcelo Serafi m divulga propostasApós a morte de Eduar-

do Campos, fato que teve repercussão internacional e deixou chocados os mili-tantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e todo o país, Marcelo Serafi m reto-mou com muito entusiasmo as suas atividades de cam-panha para o Senado. Ontem (25), o candidato, às 5h30 da manhã, já estava na porta de uma empresa do Polo Industrial de Manaus (PIM) levando as suas propostas aos trabalhadores. “Chegou a hora da virada, da renova-

ção de verdade. Obrigado a todos da Yamaha que recebe-ram e tiraram um tempinho para ler nossas propostas”, disse Marcelo Serafi m que incluiu no seu roteiro de andanças outra empresa, a Showa para conversar com os funcionários.

Guarra, determinação, for-ça de vontade e energia são ingredientes que tem motiva-do Marcelo Serafi m em suas caminhadas tanto na capital quanto no interior do Esta-do. Neste fi nal de semana, o candidato visitou o Cacau

Pirêra e Iranduba (a 9 km de Manaus). “A convite de meu amigo Nego Jiboia, caminha-mos e conversamos com os moradores das zonas rurais, levando nossas propostas de renovação de verdade para o Amazonas”, enfatizou.

Marcelo Serafi m também foi ao ramal do Leão, na AM-010, para conhecer a realidade local e ouvir os moradores. “Vamos à luta, rumo a vitória, que por certo Deus nos dará. Dia de muito trabalho pelo interior e daqui a pouco vamos para mais

uma panfl etagem de cam-panha”, disse entusiasmado, referindo-se ao “bandeiraço” realizado no último domingo, na bola do Eldorado, na Zona Centro-Sul de Manaus.

De acordo com Marcelo Serafi m, a ida para as ruas e ao interior tem sido mui-to produtiva. “No domingo fi zemos uma bonita ação na bola do Eldorado. Agradeço a todos que estão acreditando e unindo forças. Somos jun-tos a renovação que nosso Amazonas precisa no Senado Federal”, enfatizou.Candidato ao Senado, o verador Marcelo Serafi m visitou o PIM

TIAGO CORREA/CMM

RETOMADA/PIM

TRE pede reforço de tropas federais para 3 municípiosEm pelo menos três municípios amazonenses o uso de tropas federais foi deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM)

Os municípios de Ita-coatiara, São Ga-briel da Cachoeira e Canutama tiveram o

pedido de tropas federais para as eleições de 2014 deferidos pelo pleno do Tribunal Regio-nal Eleitoral (TRE), durante sessão de ontem (25) do pleno da corte eleitoral.

Os pedidos aos municípios de Itacoatiara e São Gabriel da Cachoeira foram relatados pelo juiz Marco Antonio Pinto Costa, que o parecer do Minis-tério Público Eleitoral (MPE), pelo deferimento do pedido e foi seguido pelos membros da corte.

A justifi cativa para os pedi-dos de forças federais para as eleições em 2014, segundo o MPE, são históricos de insta-bilidade política nos locais e o efetivo insufi ciente de policiais. “Em Itacoatiara, por exemplo, é sabido que houve inclusive invasão ao cartório eleitoral e ameaças contra a juíza da co-marca”, justifi cou o procurador Ageu Florêncio.

De acordo com o relator é a mesma situação no município de São Gabriel da Cachoeira. “Trata-se de um município que faz fronteira, inclusive conta com apoio logístico da As Farc (Forças Armadas da Colômbia) e caso haja alguma movimenta-ção mais calorosa é um perigo muito grande”, disse o relator.

O único pedido indeferido foi ao município de Iranduba. A cidade conta com 37 locais de votação e 114 policiais efetivos. A juíza da comarca solicitou mais 75 integran-tes das tropas federais.

IndeferimentoDe acordo com o relator

do pedido juiz Affi mar Cabo

Verde Filho, a remessa de mais um contingente signifi cativo e a proxi-midade do m u n i c í p i o de Iranduba com a capital amazonense demonstram que não há ne-cessidade do pedido.

“Eu acompanho o parecer mi-nisterial, uma vez que Iranduba faz parte da região metropolita-na e com isso, facilita o even-tual deslocamento de efetivo e também por que já serão des-locados 189 policiais militares

para garantir a segurança no dia do pleito”, destacou.

Para o procurador Ageu Florêncio o indeferimento é até complicado, uma vez que a tendência é aceitar o pedido do magistrado da comarca, mas que todos os requisitos analisados não demonstra-ram a contendo da necessi-dade das forças federais. Além de justifi car que situações de desordem anteriores, foram em eleições municipais e nun-ca em eleições gerais.

“Durante o período que eu atuei aqui, situações de con-fl itos foram em eleições muni-cipais, em eleições gerais não houve qualquer situação de desordem”, disse. Tropas federais foram liberadas para atuar nos municípios amazonenses de Itacoatiara, São Gabriel da Cachoeira e Canutama

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AÇÃO

INSTABILIDADEA justifi cativa para os pedidos de forças fe-derais para as eleições em 2014, segundo o MPE, são históricos de instabilidade política nos locais e o efetivo insufi ciente de poli-ciais militares

A Comissão de Fiscaliza-ção da Propaganda Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE) realizou, na tarde de ontem (25), uma fi scalização na Zona Leste da cidade, onde foram encontra-das cinco irregularidades.

Na rua Itaúba, no bairro Armando Mendes, três pla-

cas de candidatos estavam afi xadas em comércio, o que não é permitido pela legis-lação eleitoral.

Na avenida Brigadeiro Hi-lário Gurjão, conhecida po-pularmente como “Rua do Fuxico”, foram encontradas duas placas também afi xa-das em comércio.

A equipe da comissão, entre eles o coordenador Fued Filho e o juiz Henri-que Veiga, conversou com os comerciantes e falou que a legislação não permitia que placas sejam afi xadas em comércios. As placas foram retiradas e levadas pela equipe.

De acordo com a assesso-ria do TRE, as irregularida-des serão encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral (MPE), órgão que poderá, se achar conveniente, ingressar com representação no TRE. As irregularidades são pas-síveis de multa que variam de 2 mil a 8 mil.

Fiscalização apreende cinco placas irregulares

MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Entre os quatro processos que foram adiados pelo TRE, constava uma representação contra o governador José Melo (Pros) e Henrique Olivei-ra (SDD), ambos, candidatos ao posto de governador e vice-governador. O juiz Délcio Luiz Santos pediu vista para analisar, uma vez que já há

uma representação da mes-ma natureza em suas mãos. O embargo de declaração em registro de candidatura contra o deputado Wilson Lisboa (PCdoB) candidato à reeleição ao cargo de depu-tado estadual foi adiado por um pedido de vista do juiz Ricardo Augusto de Salles.

Recurso contra Melo é adiado

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6 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Candidatos a governo são alvos de 327 processosDos 165 interessados em comandar o Executivo de 26 Estados e do DF, 63 são alvo de ações na Justiça nos tribunais

Quatro em cada dez candidatos a gover-nador em todo o país são alvo de proces-

sos na Justiça ou em Tribunais de Contas. No total, 63 partici-pantes das corridas eleitorais nos Estados respondem por 327 ocorrências, sendo que 46 já foram condenados - 10 de-les em Tribunais de Justiça, por improbidade administrativa e outras irregularidades.

Os números foram levan-tados pelo projeto da Trans-parência Brasil. A organiza-ção, cuja principal bandeira é o combate à corrupção,

pesqu i sou em mais de 120 fontes ocorrências na Justiça de todos os candidatos à Presidên-cia e aos governos estaduais. O “pen-te-fino” atingiu ainda todos os que concorrem à uma vaga no Senado e na Câmara dos Deputados.

Dos processados, mais da metade (36) responde na Jus-tiça por irregularidades refe-rentes ao exercício de função

pública. São 249 os processos que se enquadram nessa ca-racterização, dos quais 170 por improbidade administra-tiva. Os únicos que ocuparam cargos e chegaram a ser cas-sados são José Roberto Arru-da (PR), Cássio Cunha Lima (PSDB), Mão Santa (PSC) e Marcelo Miranda (PMDB).

Na defi nição legal, atos de improbidade administrativa envolvem condutas conside-radas inadequadas ao exer-cício da função pública e podem ser alvo de punição se houver enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou

violação aos princípios da administração pública.

Os processados não estão, necessariamente, envolvidos em irregularidades - eles po-dem ser declarados inocen-tes na etapa do julgamento. Mesmo os condenados, por razões diversas, escapam de restrições impostas na Lei da Ficha Limpa - tecnicamente, portanto, não podem ser con-siderados fi chas-sujas”.

Uma exceção é o ex-go-vernador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR). Ele foi declarado “fi cha-suja” pelo Tribunal Regional Eleitoral,

mas sua defesa recorreu e aguarda julgamento em se-gunda instância.

Arruda é um dos quatro can-didatos a governador que já ocuparam o cargo no passado e foram cassados. Ele perdeu o mandato por infi delidade partidária, em um desdobra-mento do escândalo em que se envolveu ao ser fi lmado re-cebendo dinheiro, no caso que fi cou conhecido como Mensa-lão do DEM”, legenda na qual se abrigava, na época.

Cassio Cunha Lima (PSDB), que tenta voltar a coman-dar o governo da Paraíba,

foi cassado quando ocupava o cargo, em 2009. Ele foi acusado de comprar votos ao distribuir cheques à po-pulação como parte de um suposto programa assisten-cial. Mão Santa (PSC), candi-dato no Piauí, foi cassado em 2001, acusado de abuso de poder econômico. O quarto cassado é Marcelo Miranda (PMDB), candidato em To-cantins, que perdeu o cargo de governador em 2009 por compra de votos e abuso de poder econômico. Todos os quatro são alvo de outros processos na Justiça.

Pauderney faz visita ao Distrito Na manhã desta segunda-

feira, 25, o deputado federal Pauderney Avelino visitou os empresários do Dimpe (Dis-trito Industrial das Micro e Pe-quenas Empresas), que fi ca na avenida Turismo, onde se comprometeu em ajudar os microempresários locais.

“Os pequenos e microem-presários são os que mais empregam no setor industrial e comercial e precisamos dar uma atenção especial aos entraves vividos pelo setor. É possível resolver, basta força de vontade e boa vontade”, afi rmou Pauderney.

O Dimpe vem sofrendo grande difi culdade porque os empresários não estão rece-bendo o incentivo que preci-sam para continuar traba-lhando. Por exemplo, o tempo

de concessão do espaço é de 5 anos, o que impede fi nan-ciamentos com longo prazo. Para Schubert Pinto, diretor da empresa Phármakos da Amazônia, o que o investidor precisa é segurança jurídica para preservar os empregos e negócios.

“Sem concessão do uso de espaço e sem poder crescer o faturamento, não podemos conseguir o fi nanciamento necessário para garantir a sustentabilidade do negó-cio”, afi rmou Schubert. O local reúne vários empresas de vários segmentos como moveleiro, fármacos e de alimentação, que decidiram implementar um programa de sustentabilidade com as empresas localizadas no Dimpe, por meio do progra-

ma chamado Rivo: Reciclar, Inovar, Vamos Ousar.

Adélia Menezes Pena, responsável pelo progra-ma, contou que se depa-raram com problemas re-lacionados à ausência de reciclagem e do uso sus-tentável: “A fábrica de sofá, por exemplo, tinha muito resíduo de tecidos, a Oiram tinha acúmulo de latas e a fábrica de móveis de restos de madeira, o que gerava um custo extra para cole-ta desses resíduos. Assim decidimos implantar o pro-jeto, nascendo o conceito de reaproveitar, reciclar e reutilizar. “Usamos as so-bras de madeira para fazer as caixas de bombons, as sobras de tecido dos esto-fados para acabamento”.

FÁBRICAS

Candidato Pauderney Avelino visitou empresários do Distrito Industrial e empresas

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AÇÃO

Candidato Cássio Cunha Lima chegou a ser cassado por abuso do poder econômico e político Na disputa pelo governo de Brasília, José Arruda foi preso quando era governador em 2006FO

TOS:

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AÇÃO

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7MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014 Eleições 2014Eleições 2014

Marina pode ter candidatura cassada por gastos omitidosPolícia Federal investiga a possibilidade de o avião que caiu com Eduardo Campos ter sido comprado com o uso de caixa dois

A Polícia Federal inves-tiga se o avião que caiu com o candidato à Presidência Eduardo

Campos (PSB) foi comprado com dinheiro de caixa dois. Segundo levantamentos da PF, o avião pertence ao grupo A. F. Andrade, proprietária de usi-nas de açúcar que já declarou falência e possui dívidas de R$ 341 milhões, portanto, não teria condições de comprar um jatinho. Se a prestação de contas da coligação Unidos Pelo Brasil for rejeitada, a candidatura de Marina Silva pode ser cassada por abuso de poder, omissão de despe-sas e a candidata se tornar inelegível. O PSB declarou que está separando todos os documentos exigidos pela Justiça Eleitoral.

Segundo reportagem publi-cada no domingo (24) no jornal “Folha de São Paulo”, no dia 15 de maio deste ano, João Carlos Lyra de Melo Filho, empre-sário pernambucano e amigo de Eduardo Campos, assinou um termo de compromisso na compra do avião e indicou as empresas BR Par e a Bandei-rantes Pneus como respon-sáveis pela dívidas de R$ 16 milhões junto à Cesnna.

Porém, a BR Par não existe no endereço que consta em seu registro na Junta Comer-cial, na avenida Faria Lima, na cidade de São Paulo. A empresa Bandeirantes foi re-cusada pela Cessna por falta de capacidade econômica.

Além das questões jurídi-cas que envolvem o avião e sobre quem é o seu dono,

há indício de crime elei-toral. Pois, o PSB, para justifi car o uso do avião n e c e s s i t a apresentar documentos que não existem.

O avião tem que ser doado por uma empresa dentro da lei eleitoral dos chamados bens permanentes, que vale para avião e carro. A campanha do PSB, que agora tem Marina

Silva como candidata, terá que explicar como pagou as des-pesas com o avião, que estão avaliadas em R$ 1,2 milhão.

Para que não seja confi gura-do como crime eleitoral e abuso de poder, todas as despesas que envolvem a utilização do jatinho tem de ser pagas com notas emitidas pela campa-nha. Segundo a reportagem de “O Globo”, as despesas no aeroporto de Santos Dumont foram pagas pela Lopes e Gal-vão, empresa com sede em uma escola infantil na cidade de Campinas (SP).

INELEGÍVELSe a prestação de con-tas da coligação Unidos Pelo Brasil for rejei-tada, a candidatura de Marina Silva pode ser cassada por abuso de poder, omissão de despesas e a candidata se tornar inelegível

Além do limbo jurídico sobre quem é o dono do avião, há também sus-peitas de crime eleitoral. Para justifi car o uso do jatinho perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha do PSB preci-saria apresentar em sua prestação de contas do-cumentos que não existem. Para poder transportar o candidato até que a docu-mentação fosse transferi-da para aliados de Campos, o avião precisaria ter sido doado para a campanha do PSB. “Mas a doação preci-sa constar de um contrato, com a emissão de recibo eleitoral pela campanha”, diz Katia Kufa, presiden-te do Instituto Paulista de Direito Eleitoral. “Esse contrato precisa ser feito antes da doação”.

Segundo Ricardo Tepedi-no, advogado do grupo AF Andrade, não houve doa-ção. Pela lei, a campanha precisará explicar como bancou todas as despesas com voos, estimadas em R$ 1,2 milhão. Na primei-ra parcial de prestação de contas, não há nenhuma despesa relacionada ao avião. A campanha, porém, poderá prestar contas até 25 de novembro, se houver segundo turno. O custo da operação do jato foi calcu-lado pela reportagem com

base em uma análise dos planos de voo, aos quais a Folha teve acesso.

Em quase três meses, o Citation pousou em 34 aeroportos distintos, con-tabilizando 118 horas de voo. Foram analisados os voos realizados desde o dia 15 de maio, quando o avião passou a ser usado exclusivamente pela cam-panha, até 13 de agosto, dia do acidente.

Se tivesse contratado uma empresa de táxi aé-reo, a campanha teria gasto R$ 1,7 milhão. O custo é maior por incluir a margem de lucro. A hora de voo do Citation XL custa em mé-dia R$ 14,5 mil. Para um operador privado, o custo operacional é de cerca de R$ 10 mil.

Outro ladoEm entrevista coletiva

após evento de campanha no Recife (PE), Marina Silva e seu vice, Beto Albuquer-que, foram questionados sobre a propriedade do jatinho. Albuquerque disse que as informações neces-sárias estão sendo apura-das e que ele também quer “justiça”. “Queremos saber, e ainda não foi explicado, como esse avião caiu e matou o nosso líder”, afi r-mou o deputado. Marina não comentou.

PF suspeita de crime eleitoral

Marina afi rma que vai apresentar as provas exigidas pela PF

Advogado dos donos do avião disse que não houve doação

Aeronave que transportava o presidenciável Eduardo Campos, morto na queda do mesmo avião no dia 13, levanta suspeitas da Polícia Federal de ter sido comprado por meio de caixa dois

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8 MANAUS, TERÇA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2014Eleições 2014Eleições 2014

Presidenciável tucano acha pouco provável que ex-presidentes deem apoio para Marina Silva

O senador Aécio Ne-ves (PSDB), candi-dato à Presidência, ironizou ontem (25)

a intenção de auxiliares de Ma-rina Silva (PSB) de governar com o apoio dos ex-presiden-tes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Ele disse que “vai prevalecer o sost ware original”.

O tucano respondeu à afi r-mação do economista Eduardo Giannetti, que disse para a “Folha de S.Paulo” que um eventual governo Marina buscaria apoio dos líderes petista e tucano.

“Não sei se é bom começo para quem tem que apresentar propostas e mostrar com quem vai viabilizar. Fico muito honrado ver sempre referências positivas aos nossos quadros. Mas o que vai prevalecer é o sost ware origi-nal. Quem vai governar é o PSDB e com fi guras qualifi cadas”, disse Aécio, em visita ao mercado popular do Saara, no Rio.

Em entrevista à “Folha”, Gian-netti afi rmou que, se for eleita, Marina procurará pessoas do PT e do PSDB para formar sua equi-pe de governo e garantir apoio a seus projetos no Congresso.

Para o economista, até os ex-presidentes Lula e FHC po-deriam colaborar. “Se (José) Sarney, Renan (Calheiros) e (Fernando) Collor (de Mello) vão para a oposição, com que se governa e com quem se ne-gocia? É com Lula e FHC”.

“O PSDB é um partido de mui-tos técnicos e pouca liderança”,

afi rmou Eduardo Giannetti da Fonseca. “O PT também tem técnicos de excelente qualida-de, que trabalharam no primei-ro mandato de Lula, e a gente adoraria trazê-los. Nossa ideia é governar com os melhores na política e na gestão de políticas públicas”, concluiu.

Mais capacitadosAécio usou as declarações do

economista para afi rmar que o PSDB é o partido com os melhores quadros e mais capaz de concretizar suas propostas. “Ninguém tem melhores con-dições de transformar as pro-postas em realidade. Até a pró-pria declaração do meu amigo Giannetti é uma demonstração de que ele encontra no PSDB os quadros mais qualifi cados”, afi rmou o tucano, após entre-vista na rádio local.

O tucano disse que o empate técnico com Marina nas pes-quisas de intenção de votos é consequência do que considera baixo conhecimento sobre sua candidatura. Ele afi rmou que na segunda semana de setembro o quadro eleitoral estará mais pró-ximo do que considera “real”.

“Estamos tranquilos e sere-nos porque temos os melhores quadros para o Brasil. Tenho um conhecimento baixo. Quem já fez tem melhores condições de dizer que vai fazer”, disse ele. O tucano fez campanha acompa-nhado de candidatos do PMDB, entre eles o presidente regional da sigla, Jorge Picciani.

Luciana Genro se envolveu em um acidente de trânsito, mas saiu sem nenhum ferimento

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Presidenciável “descartou” possibilidade de eventual apoio dos ex-presidentes em vitória de Marina

Aécio ironiza intenção do PSB ter apoio de Lula e FHC

Luciana Genro sofre acidente de carroCandidata do Psol à Pre-

sidência da República, Lu-ciana Genro informou por meio de seu perfi l no Twitter, na manhã de ontem (25), que sofreu um acidente de trânsito. A ex-deputa-da federal, que tem agen-da de campanha marcada para Porto Alegre, diz que adiantou a informação para evitar preocupações sobre sua saúde.

“Antes que a informação saia e gere preocupações:

tive um pequeno acidente de carro, mas não me machu-quei. Estava dirigindo o carro do meu marido e outro carro passou no sinal vermelho e me bateu. Por sorte ninguém se machucou”, disse.

Segundo a socialista, o motorista que bateu em seu carro “estava sem ha-bilitação”. “Estou com pena do senhor que me bateu. Poderia ter sido grave. O carro do meu marido fi cou destruído na frente. Graças

ao cinto de segurança não me machuquei”. A candidata fi nalizou a série de tuítes dizendo que tem “verdadeiro pavor do trânsito!”.

Sem dadosSegundo o assessor de Lu-

ciana, o acidente ocorreu na esquina das ruas Landel de Moura e Wenceslau Escobar, na Zona Sul da capital. A Em-presa Pública de Transporte e Circulação não informa dados dos acidentes.

PRESIDENCIÁVEL

Dilma: Brasil precisa de cuidados

Apresentada como uma “gerentona” na campanha de 2010, a presidente Dil-ma Rousseff (PT) rebateu as críticas da ex-senadora Mari-na Silva (PSB/Rede), também candidata ao Planalto, de que o Brasil não precisa de um “gerente”, mas de alguém que tenha visão estratégica para o país. “Quando se tem visão estratégica e trabalho em equipe, a gente consegue os melhores gerentes”, disse Marina no sábado (23).

No domingo (24), Dilma classifi cou a declaração como uma “temeridade”. “Essa história de que não precisa ter um cuidado na execução de suas obras é uma temeridade”, afi rmou. “É quem nunca teve experiên-cia administrativa e portanto não sabe que é fundamental, num país com a complexida-de do Brasil, dar conta de tudo”, alfi netou.

A petista também disse, sem citar nomes, que tem gente confundindo o papel de um presidente com o de rainha, que só tem represen-tação. “O chefe do Poder Exe-cutivo tem obrigações claras pela Constituição, não é ques-tão de ser gerente ou não. Isso é uma visão tecnocrática do problema, um presidente é executor”, disse Dilma.

A última pesquisa divulga-da pelo Datafolha há uma semana mostrou Marina à frente de Dilma na simulação de segundo turno. A ex-sena-dora apareceria com 47%, contra 43% da presidente. A margem de erro era de 2%.

CRÍTICA

EXPEDIENTEEDIÇÃO Isabella Siqueira de Castro e Costa e Náis Campos

REPORTAGEMMoara Cabral,Joelma Muniz eRaphael Lobato

REVISÃODernando MonteiroGracycleide Drumond

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira, Kleuton Silva eMário Henrique Silva

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

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