eja biologia mod06-10 ava

31

Edito

ra Ma

ximus

Mdulo 6Ncleo

Mdulo 6

Esta aula destina-se a apresentar o Ncleo celular e sua importncia para os processos celulares.

Esperamos que, aps o estudo do contedo desta aula, voc seja capaz de:

Reconhecer o ncleo das clulas eucariticas como centro de controle das atividades celulares;

Conhecer as partes constituintes do ncleo celular: membrana nuclear, cromatina e nuclolo.

IntroduoNcleo celular uma estrutura presente nos eucariontes, onde se localizam

os genes que controlam as atividades celulares e contm as caractersticas he-reditrias dos seres vivos.

Ncleo composto por membrana nucle-

ar, nucleoplasma e nuclolos.

A membrana nuclear o envol-trio que separa o material gentico composto por filamentos de cromati-na do citoplasma. formada por uma membrana dupla lipoprotica cheia de poros por onde ocorre a troca de mate-rial entre o ncleo e o citoplasma.

A cromatina que se encontra den-tro do ncleo est mergulhada no nu-cleoplasma ou cariolinfa de compo-sio semelhante ao citoplasma com gua, enzimas e substncias onde ocorrem variadas reaes qumicas.

Os nuclolos aparecem em nmeros variados e so estruturas ricas em RNA ribossmico que se associa a protenas e vai formar o ribossomo no momento da sntese de protenas.

A figura acima mostra um esquema do ncleo, observe a associao com o retculo endoplasmtico devido a sua importncia da produo de protenas.

32 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Cromatina

o DNA enrolado em protenas. Formam grandes filamentos com regies mais claras onde a cromatina est menos condensada e regies mais escuras onde h maior condensao da cromatina. As partes mais claras so denomina-das de eucromatina e as mais escuras de heterocromatina.

Na eucromatina, temos uma regio do DNA onde os genes esto ativos sin-tetizando protenas. Para isso a cromatina menos condensada, ou seja, apare-ce desenrolada aumentando sua superfcie de contato com as enzimas respon-sveis pela sntese de protena. J a heterocromatina, corresponde a regies do DNA onde os genes no esto ativos e, por isto, permanecem enrolados.

importante lembrar que de acordo com o tipo de clula a cromatina ter mais eucromatina do que heterocromatina. E a regio que estar enrolada ou no tambm depende de cada tipo celular, pois essa ativao ou inativao de genes que vai determinar as caractersticas de cada parte do corpo.

Cromossomos

So formados por fila-mentos de cromatina enro-lados vrias vezes sobre eles mesmos com protenas his-tonas. Essa configurao da cromatina facilita no momen-to da diviso celular a movi-mentao do material gen-tico durante a diviso celular.

A figura ao lado ilustra como ocorre essa compac-tao e a formao dos cro-mossomos.

No momento da divi-so so observados os fila-mentos compactados e em duplas. Cada parte da du-pla chamada de cromti-de que ficam unidas pelo centrmero que de acordo com sua posio definido o tipo de cromossomo. As cromtides que se encon-tram juntas so chamadas de cromtides irms.

No centrmero encontramos DNA e o cinetcoro que um disco de protena onde os filamentos do fuso da diviso se prendem no momento da diviso celular.

A ponta dos cromossomos recebe o nome de telmero e est relacionado ao tempo de vida da clula. A cada diviso a clula perde um pequeno pedao desse telmero que indica o seu tempo de vida.

33

Mdulo 6

Edito

ra Ma

ximus

Tipos de Cromossomos

Como j falamos os cromossomos so classificados de acordo com a posio do centrmero. Assim so de quatro tipos:

Metacntrico (letra a) centrmero se localiza no meio do cromossomo;

Submetacntrico (letra b) centrmero se lo-caliza um pouco afastado do centro;

Acrocntricos (letra c) centrmero prximo as extremidade;

Telocntrico (letra d) centrmero preso na extremidade, este tipo ausente nos seres humanos.

Caritipo

o nome dado ao conjunto de todos os cromossomos de um ser vivo onde podemos identificar o nmero, a forma e o tamanho de cada cromossomo.

No caritipo humano representado ao lado, possvel observar os cromos-somos esto divididos pela posio do centrmero e numerados por ordem de tamanho sendo o cromossomo 1 o maior e o 22 o menor. Porm devemos lembrar que os seres humanos possuem 23 pa-res de cromossomos e o 23 par o cro-mossomo sexual, que define o sexo da pessoa que pode ser XX se mulher e XY se homem. Na figura temos o caritipo de um homem para observarmos a diferena entre os cromossomo X e o Y.

Os cromossomos de 1 a 22 so chamados de autossomos. E o 23 chamados de cromossomos sexuais.

Os cromossomos de cada par so chamados homlogos, com exceo dos sexu-ais. Assim cada clula apresenta 23 pares de cromossomos, sendo 22 autossomos e 1 sexual e chamadas de diplides e os gametas, que so as clulas responsveis pela reproduo no h pares de homlogos sendo denominadas haplides.

Leitura Complementar

Primeiras evidncias da funo do ncleo

A importncia do ncleo para a clula pode ser verificada analisando o que acontece quan-do se retira o ncleo de uma ameba processo chamado de anuclease ou enucleao - ou quando se corta esse organismo em vrias partes (merotomia). Embora conserve por algum tempo as funes de digesto, excreo e catabolismo, a parte sem ncleo morre porque no consegue renovar suas enzimas, crescer e se reproduzir, uma vez que no capaz de sintetizar protenas (o RNA que controla a sntese de protenas dura pouco tempo e mais RNA tem de ser sintetizado periodicamente pelo DNA do ncleo). O ncleo isolado

34 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Reviso final da aula

Voc viu nesta aula o ncleo celular, aprendeu como ele controla as atividades celulares.

Viu tambm como a cromatina se organiza para formar os cromossomos e como estes se dividem na espcie humana.

Exerccios Resolvidos

Agora que voc j adquiriu tantos conhecimentos acerca do tema Ncleo, que voc acabou de estudar, ns o convidamos a resolver as questes que se seguem. Para ajud-lo, as questes de 1 a 3 j esto resolvidas para voc. Sucesso!

1. Como podemos interpretar os dois aspectos da cromatina? A diferena de colorao que pode ser observada na cromatina ocorre pela ativao ou no

de genes na regio. Sendo a clara com genes ativos e a escuras com genes inativos. Comentrio importante lembrar que essa diferena de cor ocorre pois quando est

clara e tem genes ativos a cromatina est menos condensada. J quando est mais escura e com genes inativos aparece mais condensada.

2. O que encontrado no nuclolo? Encontramos RNA ribossmico e protenas. Comentrio Esse RNA junto com as protenas vo formar o ribossomo que vai fazer a

sntese de protenas.

3. Uma clula que apresenta grande quantidade de sntese protica tende, em geral, a apresen-tar um grande nuclolo. Explique essa relao.

O nuclolo formado por RNA ribossmico e protenas que migram para o citoplasma onde formam os ribossomos que faro a sntese de protenas, assim uma clula com grande volume de sntese protica ter um grande nuclolo.

Comentrio Essa relao entre o tamanho do nuclolo e a sntese de protena impor-tante para identificar as clulas que apresentam maior ou menor atividade. Uma clula com grande atividade ter um nuclolo grande.

do citoplasma tambm morre, pois deixa de receber energia da respirao celular. A parte com ncleo geralmente sobrevive.

Outros experimentos feitos na dcada de 1930 com a alga unicelular acetabulria mostra-ram que o ncleo produz substncias que determinam certas estruturas da alga.

Hoje esses experimentos tm apenas valor histrico, pois se sabe que o DNA situado no ncleo comanda a sntese de protenas por intermdio do RNA e essas protenas controlam o metabolismo das clulas.

(Texto Retirado do Livro Biologia Srgio Linhares e Fernando Gewandsznajder Ed. tica,1998)

35

Mdulo 6

Edito

ra Ma

ximus

Aplicando seus conhecimentos

1. Como se chama a regio da cromatina que aparece mais clara? E a mais escura?

2. O que caritipo?

3. Explique o que so clulas haplides e diplides.

4. Se uma clula animal diplide, apresenta o nmero de 22 cromossomos. Quantos cromossomos sero encontrados em seus espermatozides?

5. Quais so os tipos de cromossomos existentes?

6. Quantos pares de cromossomos homlogos existem na fase haplide de clulas cuja constante cromossomial nas clulas somticas 2n=20?

7. O que so cromossomos homlogos?

8. (Unicamp) Comente a frase: Cromossomos e cromatina so dois estados morfolgicos dos mesmos componentes celulares de eucariotos.

9. Qual a vantagem de se ter a cromatina enrolada sob a forma de cromossomos no momento da diviso celular?

10. O que diferencia o caritipo de um homem e de uma mulher?

Md

ulo

7

36 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Mdulo 7 cidos NuclicosEsta aula destina-se a apresentar Os cidos nuclicos sua importncia e suas funes para nossas vidas.Esperamos que, aps o estudo do contedo desta aula, voc seja capaz de:Reconhecer a estrutura da molcula de DNA, seus componentes e a maneira pela qual o DNA armazena as informaes genticas;Explicar como a duplicao do DNA semiconservativa e transmite informao gentica para as geraes seguintes;Reconhecer a estrutura da molcula de RNA, seus tipo (RNA mensageiro, RNA transportador e RNA ribossmico);Entender o papel do RNA na sntese de protenas;Aprender como se usa a tabela de cdigo gentico;Explicar em termos gerais, como os genes determinam as caractersticas dos seres vivos pelo controle da sntese de protenas.

cidos NuclicosSo compostos pelos nucleotdeos que so unidades formadas por trs ti-

pos de substncias qumicas: uma base nitrogenada, uma pentose (um acar de cinco carbonos) e um fosfato (radical de cido fosfrico). Esses nucleotdeos ficam ligados numa longa cadeia chamada de polinucleotdeo.

As bases nitrogenadas so de cinco tipos: adenina (A), guanina (G), citosi-na (C), timina (T) e uracila (U).

Adeninaeguaninasobasesquepossuemumduploaneldecarbonoepor isso so denominadas bases pricas ou purnicas.

Citosina,timinaeuracilapossuemumanelsimplesdecarbonoesode-nominadas de bases pirimdicas ou pirimidnicas.

Os cidos so classificados de acordo com o acar que possuem. Quando apresentam uma ribose so classificados como cido ribonuclico (RNA) e apare-cem dissolvidos no citoplasma ou associados a protenas ou formando o nuclolo. Quando apresentam a desoxirribose so chamados de cido desoxirribonuclico (DNA) e aparecem associados a protenas, nas mitocndrias e nos cloroplastos.

DNAA molcula de DNA que conhecemos hoje em dia foi proposta por Watson e

Crick em 1953. Apesar de ser uma descoberta recente o DNA proporcionou um enorme avano nas pesquisas cientficas.

Md

ulo

7

37

Mdulo 7

Edito

ra Ma

ximus

Neste modelo, a molcula de DNA, composta por duas cadeias de nucle-otdeos, ligados uns aos outros pelo ra-dical fosfato. As duas cadeias ligam-se umas a outra atravs das bases nitroge-nadas atravs de pontes de hidrognio.

As bases so complementares sem-pre ligando-se a adenina com timina e guanina com uracila.

Fazendo uma analogia, poderamos dizer que a molcula de DNA asseme-lha-se a uma escada com cordas onde os fosfatos e os acares (desoxirribo-se) seriam os corrimos, enquanto os degraus da escada seriam representa-dos pelas bases. Essa escada de cor-da, no modelo de Watson e Crick, estaria torcida formando a dupla-hlice.

As bases nitrogenadas, sempre estaro na mesma proporo, respeitando a complementaridade, ou seja, a quantidade de adenina a mesma de timina e a de citosina a mesma de guanina.

Na figura acima temos a representao da dupla hlice, indicando a comple-mentaridade das bases.

As molculas de DNA se diferenciam pela quantidade de nucleotdeos que apresentam. Existem seres com 5.500 nucleotdeos e seres com milhes de nu-cleotdeos. Outra diferena entre as molculas de DNA a sequncia com que os nucleotdeos aparecem. Essa sequncia faz com que nenhum ser vivo seja igual ao outro.

Duplicao do DNA

A duplicao do DNA semiconservativa, ou seja, no final da duplicao obtm-se duas molcu-las de DNA com um filamento idntico ao que deu origem a ela.

O primeiro passo da duplicao o rompimento das pontes de hidrognio que ligam as bases atra-vs da enzima helicase e as fitas se separam. Cada fita da molcula que est sendo duplicada servir como molde para as novas fitas.

Segundo passo, os nucleotdeos de DNA livre que estavam na clula vo se encaixando um a um nas duas fitas abertas nesse momento atravs da DNA po-limerase. O encaixe respeita a ligao entre as bases complementares (A-T e C-G).

Terceiro passo, os nucleotdeos se ligam entre si, formando um novo corrimo com acar e fosfato.

Na figura ao lado temos um esquema da dupli-cao.

38 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

DNA para RNAUma das propriedades do DNA a fabricao de RNA que est relacionado

sntese de protena que ocorre no citoplasma.

Esse processo conhecida como transcrio ocorre de acordo com as seguin-tes etapas:

1. As pontes de hidrognio se rompem separando as fitas;

Apenas uma das fitas do DNA ser usada e ser conhecida como DNA molde. Neste DNA molde os nucleotdeos do RNA vo se encaixando res-peitando as ligaes. Onde existir uma base adenina ser encaixada uma uracila, timina uma adenina, citosina uma guanina e guanina uma citosi-na. A segunda fita de DNA permanece inativa.

2- Depois de produzida, a molcula de RNA se destaca da fita molde e ir para o citoplasma. As fitas do DNA voltam a se juntar.

Lembre-se! A molcula de RNA uma fita simples e a informao para sua produo est apenas em uma das fitas de DNA chamada de DNA molde. Todo o processo coordenado pela RNA polimerase que controla desde o afastamento das fitas de DNA at a insero de novos nucleotdeos na fita de RNA que est sendo formada.

RNAAssim como o DNA, o RNA tambm uma longa fita de nucleotdeos ligados

entre si. Porm com uma pequena diferena, o RNA uma fita simples, ou seja, apresenta uma nica fita.

Nos nucleotdeos de RNA, o acar a ribose e as bases nitrogenadas so: adenina (A), uracila (U), citosina (C) e guanina (G). Sendo a uracila exclusiva do RNA assim como a Timina exclusiva do DNA.

A figura ao lado faz a ilustrao da molcula de RNA.

O RNA apresenta diferentes tipos de molculas com diferentes funes. Esses tipos de RNA participam da sntese de protenas que veremos a seguir.

RNAmensageiro (RNAm) o RNA que leva amensagem contida no DNA para o citoplasma. Este RNA ir orientar a sntese de protenas. A sequncia presente nesta molcula determina os aminocidos que sero produzidos. O RNAm se associa a ribossomos presentes no citoplasma.

RNAtransportador(RNAt)capturamosamino-cidos que se encontram dissolvidos no citoplas-ma at os ribossomos. Esse carreamento especfico. Cada anticdon leva o seu aminocido especfico.

RNA ribossmico (RNAr) serve de instrumento para a construo dosribossomos. Esses ribossomos so indispensveis para a traduo, ou seja, sem ribossomo no ocorre a sntese de protenas.

39

Mdulo 7

Edito

ra Ma

ximus

Sntese de protenas

A sntese de protenas comea na traduo, que o processo de passar a informao contida no RNA para uma sequncia de aminocidos que formam as protenas.

Cada grupo de trs letras consecutivas do RNAm vai corresponder a um aminocido. Cada trinca chamada de cdon que so iguais para todos os seres vivos.

Existem alguns cdons especiais que no codificam nenhuma protena ape-nas indicam o incio (AUG metionina) e o fim do processo de traduo (UAA, UGA e UAG) que no especificam nenhum aminocido.

Essa identificao dos cdons, ocorre com o auxlio do RNAt que se liga aos aminocidos soltos no citoplasma e se ligam ao RNAm. Na extremidade de cada filamento de RNAt observamos a presena das bases CCA que onde o amino-cido vai se prender e em cada curva da molcula encontramos um trio de bases especfico chamado de anticdon que indica ao RNAt onde ele deve se encaixar nos cdons do RNAm. O anticdon tambm determina que cada aminocido possua um transportador especfico.

Os trios de bases so os mesmos para todos os seres vivos e seguem o qua-dro abaixo que mostra o aminocido que cada trinca de base forma.

Cdigo genticoPrimeira base Segunda base Terceira base

U

U C A GU

C

A

G

Phe

Phe

Leu

Leu

Ser

Ser

Ser

Ser

Tyr

Tyr

Stop

Stop

Cys

Cys

Stop

Trp

C

Leu

Leu

Leu

Leu

Pro

Pro

Pro

Pro

His

His

Gln

Gln

Arg

Arg

Arg

Arg

U

C

A

G

A

Ile

Ile

Ile

Met

Thr

Thr

Thr

Thr

Asn

Asn

Lys

Lys

Ser

Ser

Arg

Arg

U

C

A

G

G

Val

Val

Val

Val

Ala

Ala

Ala

Ala

Asp

Asp

Glu

Glu

Gly

Gly

Gly

Gly

U

C

A

G

Esse processo que descrevemos ocorre nos ribossomos. Nos ribossomos, com os respectivo aminocidos, os RNAt se encaixam nos cdons corresponden-tes de RNAm. A medida que esse encaixe vai acontecendo o ribossomo desliza pelo RNAm e forma a protena.

40 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximusLembre-se! Para que ocorre a sntese de protenas necessria a duplicao do DNA, transcrio de DNA para RNA, traduo de RNA para aminocidos que formam as prote-

nas. Esse processo considerado o dogma central da biologia molecular.


Voc viu nesta aula como os cidos nuclicos controlam as atividades celulares e as carac-tersticas dos seres vivos. Viu a duplicao do DNA.

Viu tambm como o RNA controla a sntese das protenas do nosso corpo.


Agora que voc j adquiriu tantos conhecimentos acerca do tema cidos Nuclicos, que voc acabou de estudar, ns o convidamos a resolver as questes que se seguem. Para ajud-lo, as questes de 1 a 3 j esto resolvidas para voc. Sucesso!

1. Um aminocido pode ser codificado por mais de um cdon? A recproca verdadeira? Sim e no. Comentrio - o mesmo aminocido pode ter vrios cdons que o codifique, porm um

cdon no pode codificar aminocidos diferentes.

2. O que torna uma molcula de DNA diferente da outra? A sequncia de bases nitrogenadas. Comentrio O DNA de todos os seres vivos igual, porm a sequncia de bases pr-

pria de cada um.

Na figura abaixo vemos a ilustrao desse processo.

41

Mdulo 7

Edito

ra Ma

ximus

3. Por que a sequncia de bases de um filamento determina a sequncia do outro? Pois a adenina se emparelha sempre com a timina e citosina sempre com a guanina. Comentrio Essa complementariedade do DNA deve ser obedecida devido a sua espe-

cificidade.

1. Quais so as unidades bsicas formadoras dos cidos nuclicos?

2. Qual o acar encontrado do DNA? Quais as quatro bases nitrogenadas presentes nesse cido?

3. Qual o acar encontrado do RNA? Quais as quatro bases nitrogenadas presentes nesse cido?

4. Descreva a forma espacial da molcula de DNA segundo o modelo de Watson e Crick.

5. Como feita as ligaes entre as bases nitrogenadas?

6. Qual a sequncia no filamento complementar se um filamento de DNA tem a sequncia AATCCG-GAT? E o RNA?

7. Quais os trs tipos de RNA e suas funes?

8. O que cdon? E anticdon?

9. Transcreve a mensagem TAGGTACCT do DNA para RNA e com o auxlio do quadro de cdons, indique que aminocidos sero formados por esse trecho de DNA.

10. D as principais diferenas entre DNA e RNA.


Md

ulo

8

42 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Mdulo 8 Mitose e MeioseEsta aula destina-se a apresentar a Mitose e Meiose sua importncia e suas funes para nossas vidas.


Conhecer e identificar as principais fases da mitose (prfase, metfase, anfase e telfase);Distinguir a citocinese animal da vegetal;

Conhecer o ciclo celular, relacionando com a duplicao do DNA;

Conhecer e identificar as principais fases da meiose (prfases I e II, metfases I e II, anfa-ses I e II e telfases I e II)

Diviso Celular Existem dois tipos de diviso celular a mitose e a meiose.

Amitose origina clulas com omesmo nmero de cromossomos e asmesmo informaes genticas das clulas que deram origem a ela.

Ameiosereduzonmerodecromossomosmetade.

Ciclo CelularO ciclo celular o perodo entre as mitoses. As clulas crescem e se prepa-

ram para a diviso.

A primeira fase do ciclo celular a interfase, onde a clula no est se divi-dindo. Na interfase, ocorre a condensao dos filamentos de cromatina na forma de cromossomos.

A interfase dividida em trs perodos:

1. G1- fase anterior a duplicao do DNA. Nesta fase a clula cresce e re-aliza seu metabolismo normal;

2. S (sntese) ocorre a duplicao do DNA e duplicao dos centrolos;

3. G2 intervalo entre a duplicao do DNA e a diviso celular. Ocorre a sn-tese de protenas necessrias a divi-so.

Na figura, observa-se o tempo mdio de cada fase. A diviso apenas didtica, pois este ciclo um processo contnuo.

Md

ulo

8

43

Mdulo 8

Edito

ra Ma

ximus

MitoseAgora vamos estudar cada etapa da mitose. Lembrando que a diviso

apenas didtica, pois este processo, como o do ciclo celular, tambm ocorre con-tinuamente.

Prfase Formao do cromossomos, os centrolos migram para os plos rodeados por um grupo de filamentos denominados ster que vo formar o fuso mittico. A membrana nuclear se fragmenta.

Metfase Centrolos nos postos opostos da clula. As cromtides (cada filamento do cromossomo) esto presas s fibras do fuso pelo centrme-ro. Cromossomos formam a placa equatorial no meio da clula.

Anfase As cromtides separam-se e migram para os plos das clulas.

Telfase Cromossomos chegam aos plos e comeam a se desenrolar. A membrana nuclear se forma novamente e os nuclolos reaparecem.

A figura abaixo um esquema representativo das fases da mitose. Observe a descrio de cada fase com a imagem.

MeioseA meiose um tipo de diviso celular onde ocorre a reduo no nmero de

cromossomos na clula gerando ao invs de duas clulas iguais a clula-me (clula que deu origem), como na mitose, gera quatro clulas-filhas com metade do nmero de cromossomos da clula-me.

A meiose divida em dois processos, meiose I, onde ocorre a reduo do nmero de cromossomos em cada clula (diviso reducional) e meiose II que parecida com a mitose e gera quatro clulas-filhas (diviso equacional).

Meiose I ou primeira diviso meitica

Possui quatro etapas:

Prfase I pareamento dos cromossomos homlogos, esse pareamento ocorre para que cada clula tenha o mesmo nmero de cromossomos no final da diviso. Membrana nuclear se fragmenta.

44 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Metfase I Cromossomos ficam na regio mediana do fuso acromtico.

Anfase I Os cromossomos homlogos se separam e migram para os plos opostos.

Telfase I Cromossomos chegam aos plos, o citoplasma se divide e formam duas clulas-filhas.

Subfases da prfase I

Para ocorrer a reduo no nmero de cromossomos so necessrias cinco fases que fazem com que os cromossomos se emparelhem no processo exclusivo da meiose. Nesse processo podem ocorrer trocas entre os cromossomos chama-das de crossing-over ou permuta. Estas subfases so:

1. Leptteno comea a condensao dos cromossomos que esto duplicados;

2. Zigteno comea o pareamento dos cromossomos homlogos;

3. Paquteno o pareamento se completa, os cromossomos esto em grau mximo de condensao. Comea o crossing-over onde podem ocorrer trocas entre partes dos cromossomos;

4. Diplteno cromossomos comeam a se separar, mas os locais onde teve per-mutao permanecem unidos. Forma-se o quiasma, figura em forma de X;

5. Diacinese os quiasmas migram para as extremidades, fenmeno de ter-minalizao dos quiasmas.

Na figura abaixo temos a ilustrao de cada uma das fases da prfase I.

O perodo compreendido entre a mitose I e a mitose II bem curto e chama-do de intercinese.

Meiose II ou segunda diviso mittica

Compreende as seguintes fases:

Prfase II Formao dos cromossomos, os centrolos migram para os plos rodeados por um grupo de filamentos denominados ster que vo formar o fuso mittico. A membrana nuclear se fragmenta.

Metfase II Centrolos nos postos opostos da clula. As cromtides (cada filamento do cromossomo) esto presas s fibras do fuso pelo cen-trmero. Cromossomos formam a placa equatorial no meio da clula.

Anfase II As cromtides separam-se e migram para os plos das clulas.

45

Mdulo 8

Edito

ra Ma

ximus

Telfase II Cromossomos chegam aos plos e comeam a se desenrolar. A membrana nuclear se forma novamente e os nuclolos reaparecem.

A figura abaixo ilustra as fases da meiose.

CitocineseVimos que tanto na meiose

quanto na mitose ocorre a citoci-nese que o processo de diviso do citoplasma para formao de duas clulas. Porm existe dife-rena neste processo entre a clu-la animal e a clula vegetal.

Na citocinese animal, o pro-cesso ocorre a partir da regio equatorial. Um anel de filamentos contrteis constituda de actina e miosina. Por ser de fora para den-tro da clula, essa diviso chamada de citocinese centrpeta.

J na citocinese vegetal, comeam a se formar bolsas membranosas ricas em polissacardeos pectina. Essas bolsas comeam a se fundir umas s outras e formam uma placa denominada fragmoplasto que cresce do centro para fora da clula, at encostar na parede celular. Essa diviso por ocorrer de dentro para fora recebe o nome de citocinese centrfuga.


Voc viu nessa aula os processos de mitose e meiose suas etapas e processos internos.

Viu tambm as diferenas dos processos nas clulas animais e vegetais.

46 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus



Agora que voc j adquiriu tantos conhecimentos acerca do tema Ncleo, que voc acabou de estudar, ns o convidamos a resolver as questes que se seguem. Para ajud-lo, as questes de 1 a 3 j esto resolvidas para voc. Sucesso!

1. O que acontece de importante com os filamentos de cromatina durante a interfase? Eles se duplicam. Comentrio Essa duplicao importante para ter filamentos suficientes para gerar

duas clulas

2. Quanto a disposio dos cromossomos, qual a diferena entre a metfase da mitose e a metfase I da meiose?

Apenas na prfase I da meiose ocorre o emparelhamento dos cromossomos homlogos. Comentrio A fase da meio que apenas de duplicao das clulas a segunda diviso

meitica.

3. Qual a importncia da permutao? Aumentar a variedade gentica. Comentrio A permutao importante para a variabilidade gentica, sem ela os seres

seriam todos iguais sem troca de genes.

1. Qual a principal caracterstica da mitose? E da meiose?

2. O que acontece com os filamentos de cromatina, com a membrana nuclear e com o nuclolo durante a prfase da mitose?

3. Como esto os cromossomos durante a metfase da mitose?

4. O que ocorre na anfase da mitose?

5. O que acontece com os cromossomos, nuclolo e membrana nuclear na telfase da mitose?

6. Qual a principal diferena entre a prfase I da meiose e a prfase da mitose?

7. (Unicamp) A interfase um perodo em que as clulas esto em repouso. Voc concorda? Justi-fique sua resposta.

8. (FUVEST-SP) Uma certa substncia interrompe a diviso celular porque impede a formao do fuso. Se adicionarmos essa substncia a uma cultura e clulas que iniciam a mitose, em que fase a diviso ser interrompida? Por que a interrupo ocorrer nessa fase?

9. Qual o nmero de clulas geradas na mitose?

10. Qual o nmero de clulas geradas na meiose?

47

Edito

ra Ma

ximus

Mdulo 9Principais tecidos animais

Esta aula destina-se a apresentar os Principais Tecidos Animais sua importncia e suas funes em nosso organismo.


Conhecer os principais tecidos do nosso organismo;

Reconhecer a caractersticas principais de cada um dos tecidos que compem o corpo humano (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso).

IntroduoOs tecidos animais so classificados em: tecido epitelial, conjuntivo, muscular

e nervoso; de acordo com o tipo de clula e a substncia encontrada entre elas.

Os tecidos surgem como a maioria dos organismos, atravs da reproduo sexuada, a partir de uma nica clula que sofre diversas divises, iniciando a formao do embrio.

O embrio em determinada fase do seu desenvolvimento formado por duas camadas de clulas:

Ectoderme: camada mais externa que origina o tecido que reveste o corpo (epiderme) e o sistema nervoso;

Endoderme: camada interna que origina o tubo digestivo e do respiratrio.

Depois ir surgir uma terceira camada, denominada mesoderme que dar origem aos outros tecidos como o tecido conjuntivo, os msculos e o sangue.

Tecido EpitelialO tecido epitelial caracterizado pela presena de clulas bem unidas com

pouca substncia intercelular apresentando apenas glicoprotenas que tem fun-o de adeso.

Este tecido reveste todas as superfcies internas e externas do corpo e forma glndulas. Possui terminaes nervosas, mas no possuindo vasos sanguneos, recebe alimento do tecido conjuntivo. Pode ser de dois tipos:

TecidoEpitelialdeRevestimento

TecidoEpitelialdeSecreoouglandular

Tecido epitelial de revestimento

Reveste o corpo e as cavidades. Fornece proteo contra atritos, invaso de microorganismos, evaporao e serve para absoro de alimentos e oxignio.

Mdulo 9

48 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Apresenta em sua formao apenas uma camada de clulas, sendo chamado de epitlio simples ou vrias camadas sendo chamado de epitlio estratificado. Existem ainda epitlios formados por uma nica ca-mada de clulas, porm com ncleos em al-turas diferentes sendo chamados de pseu-do-estratificados.

De acordo com a organizao das suas clulas, os tecidos definem suas funes. Os epitlios que so mais finos, tm funo de absoro (pulmo, rins, intestino delgado, etc.), j os que so mais grossos tem funo de proteo (epiderme, bexiga, traquias, brnquios, etc.).

Na superfcie do tecido epitelial so encontradas clulas com diferentes for-mas que do nova classificao aos tecidos em:

Epitliocbicoformadoporclulascbicas;

Epitliocilndricoouprismticoformadoporclulascilndricas;

Epitliopavimentosoformadoporclulasachatadas;

Epitliodetransiorevesteabexigaurinriaemudadeacordocomograu de distenso da bexiga.

Os tecidos epiteliais possuem a lmina basal que faz a adeso entre a super-fcie do epitlio e o tecido conjuntivo. Essa lmina basal formada por glicopro-tenas (das clulas epiteliais) e fibras de protenas (do tecido conjuntivo).

Tecido Epitelial Glandular

As glndulas grupos de clulas especializadas, originadas da multiplicao de clulas epiteliais e so classificadas em:

Excrinas sua secreo lanada na parte de fora do corpo. Tm contato com o epitlio do qual se originou por um canal por onde sai a secreo. So elas: Glndulas sudorparas (liberam o suor, soluo salina que ajuda na regulao da temperatura corporal), sebceas (secretam lipdios que evitam o ressecamento da pele e dos plos), lacrimais (lgrimas que lubri-fica os olhos), salivares (produzem saliva) e mamrias (produzem leite).

Endcrinas sua secreo, denominada hormnio, lanada dentro do corpo em capilares sanguneos. No possuem canal de comunicao com o epitlio de origem.

Mista ou mescrinas como o nome j diz, podem ser endcrinas e ex-crinas. Exemplo: pncreas que internamente libera insulina e glucagon e externamente suco pancretico com enzimas que auxiliam a digesto.

Crescimento e corte do plo

Muitas pessoas acham que, cortando ou raspando o plo ou o cabelo, eles crescem mais rapidamente ou ficam mais fortes.


49

Mdulo 9

Edito

ra Ma

ximus

De acordo com os cientistas, o corte no altera o crescimento dos fios, pois a parte corta-da est morta, e a parte viva do plo, que est situada mais profundamente na pele, no afetada pelo corte.

A impresso de que o plo ficou mais forte pode vir do fato de que sua ponta fina sai com o corte, e fica s a base, que grossa. Mas, quando ele cair e outro crescer o efeito desaparece.Deve-se considerar tambm que o aumento na taxa de hormnios sexuais na adolescncia faz os plos crescerem mais, sejam raspados ou no.

(Texto Adaptado do Livro Biologia Srgio Linhares e Fernando Gewandsznajder Ed. tica, 1998)

Tecidos ConjuntivosOriginados da mesoderme possuem grande material intercelular (matriz ex-

tracelular), formada por protenas fibrosas com substncia fundamental amorfa.

A substncia fundamental amorfa ou substncia fundamental tem a consis-tncia de um gel composto por mucopolissacardeos como o cido hialurnico e algumas protenas ligadas a glicdios onde se encontram vrios tipos de clulas. Podemos citar:

Fibroblastos fazem a sntese de protenas e glicdios que compem a matriz extracelular;

Adipcitos so as clulas adiposas, ou seja, clulas que armazenam gordura;

Macrfagos clulas especializadas em fagocitar microrganismos, res-tos de clulas e partculas que invadem o organismo;

Plasmcitos produzem anticorpos que so protenas que defendem o corpo contra infeces

Mastcitos produzem histamina que um vasodilatador e heparina que um anticoagulante.

So divididos em:

Tecidoconjuntivopropriamentedito;

Tecidoadiposo;

Tecidocartilaginoso;

Tecidosseo;

Tecidohematopoitico.

Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

Como falamos anteriormente, est localizado abaixo do tecido epitelial e tem funo de sustentao e nutrio. Tambm o encontramos embaixo do rgos com funo de proteo, preenchendo espaos vazios e ligando dois tecidos.

As fibras presente nos tecido conjuntivo so de trs tipos:

Colgenas feitas de colgeno, protena muito resistente trao;

Elsticas feitas de elastina, uma glicoprotena que cede a trao mas volta ao seu estado original;

Reticulares colgeno associado a glicoprotena, formando uma rede de sustentao para alguns rgos.

50 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Dependendo da quantidade de fibras presentes o tecido conjuntivo clas-sificado em:

Frouxo apresentando poucas fibras e est espalhado por todo o corpo, preenchendo espaos vazios, servindo de apoio e sustentando rgos;

Denso apresenta maior concentrao de fibras, tornado o tecido mais resistente. Encontrado na derme, formando cpsulas nos rgos como f-gado e bao, em ligamentos ligando ossos entre si, tendes ligando ms-culo ao osso.

Tecido Adiposo um tecido rido em clulas adiposas. Tem funo de reserva de energia, pro-

teo contra frio e traumatismos (nos casos dos rgos que so revestidos por este tecido. Est presente na cavidade de alguns ossos na forma de medula ssea e forma a tela subcutnea ou hipoderme, camada localizada abaixo da pele.

Tecido CartilaginosoConhecido popularmente por cartilagem. Se origi-

na dos condroblastos que so clulas cartilaginosas jo-vens que se desenvolvem e formam os condrcitos que so as clulas cartilaginosas adultas que se alojam em lacunas, que so regies com substncia fundamental e poucas fibras.

O tecido cartilaginoso possui fibras colgenas e elsticas, glicdios e glicoportenas que lhe do a ca-racterstica de uma consistncia firme e flexvel, lhe conferindo a capacidade de sustentar diversas partes do corpo e flexibilidade de movimento. encontrado na orelha, nariz, traquia, brnquios, articulaes e en-tre as vrtebras.

No caso das articulaes, o tecido cartilaginoso cobre a superfcie do osso e diminui o atrito entre eles que garantido pelo lquido sinovial.

Tecido sseo provavelmente o tecido mais conhecido. um tecido de sustentao, mais

forte e resistente que a cartilagem. Sua substncia intercelular calcificada for-mada por fibras colgenas e sais de clcio. Alm da sustentao, o tecido sseo tambm responsvel pela hemocitopoese, que a produo de clulas do sangue.

Neste tecido encontramos os ostecitos que so as clulas vivas do osso. Essas clulas localizam-se em cavidade ligadas por pequenos canais chamados de canalculos.

Nos ossos so observados que esses canalculos formam camadas concn-tricas em torno do canal por onde passam os vasos sanguneos, chamados de canais de Havers ou canais centrais. Essa organizao chamada de sistema de Havers e permite que nutrientes e oxignio cheguem pelos canalculos aos ostecitos.

51

Mdulo 9

Edito

ra Ma

ximus

O osso divido em duas partes: epfise que so as suas extremidades e difise a parte do meio. A epfise constituda de tecido sseo esponjoso com uma enorme trama de lminas s-seas em todas as direes. No espao entre as lminas encontrada a medu-la ssea vermelha rica em clulas de gordura. Perto da epfise encontrado o disco epifisrio que promove o cres-cimento do osso. A difise considera o corpo do osso est entre duas epfi-ses e possui uma grande cavidade cha-mada de buraco medular preenchido pela medula ssea amarela que confere proteo ao crebro, espinha, corao, pulmo e faz a troca constante de clcio e fsforo com o plasma sanguneo.

Osteoporose

Clcio e fsforo so os dois componentes minerais bsicos da matriz do tecido sseo, enquanto o colgeno a principal substncia orgnica.

Ao longo da vida, os ossos tm grande atividade de troca de minerais com o plasma san-guneo, o que possibilita uma contnua reconstruo da sua estrutura e a regulao da taxa desses minerais no sangue. Esse metabolismo sseo depende de fatores genticos, nutri-cionais, hormonais, atividade fsica, etc.

Com a idade, h uma perda natural da densidade da chamada massa ssea da matriz, o que enfraquece os ossos, predispondo-os a fraturas. Essa a causa da osteoporose, muito mais comum nas mulheres, especialmente a partir da menopausa, quando h uma acentu-ada queda nos nveis de hormnios femininos, os estrgenos.

Os fatores de risco so a dieta pobre em clcio, a carncia de vitamina D, a vida sedentria, o excesso de fumo e lcool, o consumo regular de anticidos, a deficincia hormonal, alm do fator gentico. importante que se procure evitar os fatores de risco durante toda a vida e no apenas quando o problema j se manifestou, pois o processo irreversvel. Assim, recomendvel uma dieta saudvel; atividade fsica regular, moderada, adequada a idade, e tratamento de reposio hormonal na menopausa. Isso, sem dvida, pode retardar bastante a eventual manifestao da temida osteoporose.

(Texto retirado do livro Csar e Sezar Ed. Saraiva,2010)


Tecido Hematopoitico o t ecido composto pelos elementos do sangue. Podemos dividi-lo em:

Medula ssea vermelha ou tecido mielide presente no interior dos ossos e contm clulas tronco que do origem a todas as clulas do sangue;

Linfide ou tecido linftico o linfcito produzido na medula se reproduz e passa a atacar clulas e substncias invasoras do corpo. Encontrado no timo, no bao, nas amgdalas e nos linfonodos.

52 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Tecido MuscularOs msculos so compostos por fibras musculares envolvidas por tecido

conjuntivo propriamente dito que leva vasos sanguneos e nervos at elas.

As fibras musculares tambm conhecidas como micitos originam-se na mesoderme e atravs das miofibrilas ou miofilamentos presentes no citoplasma so capazes de se contrair e fazer movimentos.

Os tecidos musculares so divididos em:

Tecido muscular estriado esqueltico formado por clulas cilndricas e bem compridas, plurinucleadas originadas da fuso de clulas embrio-nrias. As miofibrilas apresentam faixas claras e escuras alternadas for-mando estrias transversais. Esse tecido forma o msculo esqueltico que se prende nos ossos e atua no movimento do corpo. Tambm o encontra-mos no abdmen sustentando as vsceras, embaixo da pele do rosto. So msculos voluntrios, ou seja, controlamos seus movimentos.

Tecido muscular liso ou tecido muscular no estriado formado por clulas mononucleadas, sem estrias transversais, maior constituinte do msculo liso presente nas paredes de rgos como tubo digestivo, tero, bexiga, artrias, ao redor das glndulas (controlando a secreo das gln-dulas) e preso aos plos e cabelos (o arrepiar dos plos condicionada pela contrao dos msculos lisos em resposta a um golpe de ar ou a um susto). Os msculos lisos tem a funo de empurrar o alimento ao longo do tubo digestivo, regula o fluxo de ar para os pulmes, regula o fluxo de sangue, regula a intensidade de luz que chega aos olhos, ajuda a eliminar a urina. um msculo de contrao involuntria.

Tecido muscular estriado cardaco Possui clulas longas, mononucle-adas, com estrias transversais. Forma o msculo estriado cardaco loca-lizado no corao. Contraem-se de forma involuntria rpida e ritmada. Esse ritmo determinado por impulsos eltricos que determina a contra-o e passa rapidamente de uma clula para outra e todas se contraem ao mesmo tempo.

Tecido NervosoTecido responsvel por todas as aes de controle do corpo. composto

pelo sistema nervoso que composto pelos neurnios.

53

Mdulo 9

Edito

ra Ma

ximus

NeurniosClulas altamente especializadas com capacidade de se comunicar entre si

e que forma uma espcie de rede pela qual circulam os impulsos nervosos.

constitudo pelo corpo celular onde esto o ncleo e o citoplasma e os den-dritos que so responsveis por receber as mensagens vindas de outros neur-nios e pass-las atravs do prolongamento denominado axnio. Na extremidade do axnio encontram-se os botes sinpticos, que so pequenas bolinhas que contm mensageiros qumicos (neurotransmissores) que levam o impulso ner-voso para outras clulas.

Os axnios so envolvidos pe-los oligodendrcitos ou clulas de Schwann que formam a bainha de mielina que so vrias camadas de membrana plasmtica deposita-das sobre as clulas dos axnios. Essa bainha funciona como um isolante facilitando a passagem do impulso nervoso. Entre cada oligodendrcito so encontrados pedaos sem mielina que so chamados de ndulos de Ranvier.

Na sinapse, que a regio de contato entre dois neurnios a passagem no impulso nervoso ocorre com a ajuda dos neurotransmissores presentes nos bo-tes sinpticos que liberam estas substncias na fenda sinptica.


Voc viu nesta aula os tipos de tecidos que compem os seres vivos, como estes esto organizados e em que partes do corpo podemos encontr-los.


Agora que voc j adquiriu tantos conhecimentos acerca do tema Principais Tecidos Ani-mais, que voc acabou de estudar, ns o convidamos a resolver as questes que se se-guem. Para ajud-lo, as questes de 1 a 3 j esto resolvidas para voc. Sucesso!

1. Qual a funo do epitlio do intestino delgado? Classifique quanto ao nmero de camadas e quanto forma das clulas.

Absoro de alimento. Simples cilndrico. Comentrio Observe que os tecidos com funo de absoro so simples, ou seja for-

mados apenas por uma camada de clulas.

2. Por que o fgado e o bao, mesmo sendo rgos moles no se deformam muito? Ofgadoeobaopossuemumacpsulafibrosaexternabemresistentequeimpedeade-

formao. Comentrio Essa cpsula fibrosa formada pelas fibras que constituem o tecido conjuntivo.

54 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus


3. Como se d a passagem do impulso nervoso entre dois neurnios? Por meio dos mediadores qumicos. Comentrio Esses mediadores qumicos ou neurotransmissores no momento da passa-

gem do impulso nervoso estes so liberados na fenda sinptica.

1. Caracterize glndula excrina e endcrina e de trs exemplos de cada.

2. Por que o pncreas considerado uma glndula mista?

3. Apresente trs caractersticas do tecido epitelial.

4. As propriedades mecnicas dos tecidos conjuntivos, tais como resistncia a traes, elasticidade e dureza, dependem basicamente de quais de seus elementos?

5. Indique os tipos de tecido conjuntivo propriamente dito e d suas funes.

6. Como as clulas sseas conseguem alimento e oxignio se esto em uma matriz mineralizada?

7. Onde encontramos o msculo estriado esqueltico? Como so suas clulas? Sua contrao voluntria ou involuntria?

8. Qual a localizao do msculo liso? Como sua clula? Sua contrao voluntria ou involun-tria?

9. Quais as trs partes do neurnio?

10. Como produzida a bainha de mielina?

55

Edito

ra Ma

ximus

Mdulo 10

Mdulo 10Classificao Biolgica

Esta aula destina-se a apresentar a importncia da classificao biolgica e de organizar a diversidade dos seres vivos para facilitar seu estudo.


Conceituar classificao biolgica, reconhecendo sua importncia na organizao e com-preenso da diversidade da vida;

Reconhecer a hierarquia nas relaes de incluso das seguintes categorias taxonmicas: espcie, gnero, famlia, ordem, classe, fila e reino;Conhecer as regras de nomemclatura;

Caracterizar cada um dos reinos se seres vivos.

Importncia da ClassificaoClassificar significa estabelecer critrios e reunir em grupos de acordo com

o que foi escolhido.

O estudo dos seres vivos, dada a sua grande variedade, fez com que os cien-tistas os organizassem para facilitar o seu estudo e para estabelecer a filognese (filo = raa, gnese = origem) ou filogenia, isto , a possvel sequncia em que os seres vivos surgiram tentando mostrar a histria evolutiva de cada um deles.

O estudo dos seres vivos parte de dois trabalhos bsicos de organizao a nomenclatura e a classificao (que inclui a taxonomia e a sistemtica). A no-menclatura tem regras determinadas e indispensvel para que os seres sejam corretamente citados e identificados nas publicaes cientficas. J a classifi-cao, divide-se em taxonomia (taxis = arranjo, ordem; nomo = lei) que identi-fica, nomeia e classifica os seres vivos e a sistemtica, que estuda as relaes evolutivas entre eles.

Os cientistas analisam semelhanas e di-ferenas no desenvolvimento embrionrio, na estrutura celular e bioqumica, na anatomia e na fisiologia de seres vivos atuais ou extintos (por meio de fsseis) para tentar descobrir o grau de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos. Na teoria, quanto maior a se-melhana entre dois grupos, maior seu grau de parentesco.

O fundador da taxonomia foi o sueco Carl Von Linn (1707-1778), conhecido como Lineu em portugus.

56 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

A classificao de LineuEm 1735, o botnico sueco Lineu publicou um trabalho,

Systema Naturae, no qual props a classificao dos seres vivos em grupos, hoje chamados txons, que constituam uma hierarquia, usando palavras latinas para designar os seres classificados, ou seja, as espcies ou tipos bsicos. Existiam dois grandes conjuntos de seres (reino animal e reino vegetal) que incluam grupos menores, at a espcie, a unidade, o tipo padro. Assim num reino existiam vrias classes, numa classe vrias ordens, numa ordem vrios g-neros e no gnero vrias espcies.

Em seu trabalho, Lineu sugeriu que o nome cientfico de todo ser vivo deve sempre ser formado de duas pala-vras, a primeira referindo-se ao nome genrico e a segun-da ao nome especfico. Por exemplo, Lineu acreditava que ces e lobos eram duas espcies distintas, porm semelhantes o bastante para serem colocados no mesmo gnero, assim atribuiu o mesmo nome genrico de Canis e atribuiu--lhes nomes especficos diferentes como Canis familiaris (para os ces) e Canis lpus (para os lobos).

O critrio usado por Lineu para a classificao era o das semelhanas anat-micas entre os organismos. Lineu aceitava a teoria fixista, ou seja, acreditava que as espcies no evoluam. A idia de evoluo s viria a surgir quase cem anos de-pois com as publicaes das teorias evolutivas de Charles Darwin (1809-1882).

Por atribuir nomes especficos a cada espcie, o sistema criado por Lineu ficou conhecido como sistema binomial, utilizado at hoje para designao cien-tfica de qualquer espcie de ser vivo. Os nomes cientficos das espcies devem ser destacados no texto em que aparecem em itlico ou grafados. A primeira le-tra deve ser sempre em maiscula e a da espcie ou subespcie em minscula.

Categorias TaxonmicasNa poca de Lineu, eram conhecidos apenas dois reinos, o animal e o vegetal.

Na dcada de 1960, o bilogo norte-americano Herbert Copeland (1902-1968) sugeriu a diviso dos seres vivos em quatro reinos: Animal, Planta, Protis-ta (protozorios, algas microscpicas e fungos) e Monera (bactrias). Em 1969, o tambm bilogo norte-americano, Robert Whittaker (1924-1980) reconheceu e ampliou as propostas de Coopeland sugerindo a colocao dos fungos em um Reino prprio o Fungi.

Na dcada de 1980, as bilogas Lynn Margulis e Karlene Schwartz reconheceram os cinco reinos propostas e tentaram definir melhor os limites do reino protista.

As categorias taxonmicas (ou txons) propostas por Lineu so utilizadas at hoje e acrescidos de mais dois txons o filo e a famlia, ficando a sequncia assim:

Reino Filo Classe Ordem Famlia Gnero Espcie

A categoria taxnomica bsica a espcie, formada por indivduos muito semelhantes e capazes de se cruzarem em condies naturais e originarem fi-lhos frteis.

57

Mdulo 10

Edito

ra Ma

ximus

Gnero mais abrangente que a espcies, inclui diferentes espcies que apresentam grandes semelhanas entre si.

Famlia formada pelos gneros semelhantes.

Ordem formada por famlias semelhantes.

Classe conjunto de ordens semelhantes.

Filo conjunto de classes semelhantes.

Reinos conjunto de filos semelhantes.

Os reinos de seres vivos

Caractersticas de cada ReinoReino Monera Rene os procariotos e unicelulares de tamanho microscpico, autotrficos ou he-

terotrficos. Inclui dois grupos distintos de organismo procariotos bem distintos: eubactrias e as arqueobactrias (ou arqueas).

Reino Protista

(ou Protoctista)

Inclui os protozorios seres eucariotos, unicelulares e heterotrficos e as algas seres eucariotos, unicelulares ou multicelulares e autotrficos fotossintetizantes.

Reino Fungi Inclui os fungos seres eucariotos, unicelulares ou multicelulares que se asse-melham as algas na organizao e na reproduo, mas diferem delas por serem heterotrficos.

58 Biologia| EJA

Edito

ra Ma

ximus

Reino Plantae Rene as plantas, seres eucariotos, multicelulares e autotrficos fotossintetizantes. As plantas tm clulas diferenciadas, que formam tecidos corporais razoavelmen-te definidos. Musgos, samambaias, pinheiros e plantas frutferas. A caracterstica marcante do reino o fato de seus representantes formarem embries multice-lulares compactos que no incio do desenvolvimento retiram alimento direto da planta genitora.

Reino Animalia Rene os animais, seres eucariticos, multicelulares e heterotrficos. Apresenta grande variedade de organismos, desde muito simples como as esponjas at ani-mais complexos como os cordados.

Adaptado de Silva Junior, Csar da; Sasson Sezar, Biologia Volume nico, 3 Edio, Editora Saraiva, 2003


Voc viu nesta aula o sistema de classificao de Lineu usado at hoje para classificar os seres vivos.

Viu tambm como os seres vivos so organizados e classificados nos cinco grandes reinos que conhecemos.


Agora que voc j adquiriu tantos conhecimentos acerca do tema Classificao Biolgica, que voc acabou de estudar, ns o convidamos a resolver as questes que se seguem. Para ajud-lo, as questes de 1 a 3 j esto resolvidas para voc. Sucesso!

1. Que critrios Lineu usou para classificar os organismos? Semelhanas anatmicas entre os seres vivos. Comentrio Hoje em dia, sabe-se que s as caractersticas anatmicas no so sufi-

cientes para classificar os animais. Porm vale lembrar que na poca de Lineu sua teoria e seu sistema de classificao foi uma grande descoberta para o mundo cientfico.

2. Que reino rene organismos fotossintetizantes que formam embries multicelulares compac-tos durante o desenvolvimento?

Reino Plantae ou Vegetal. Comentrio Apesar das algas tambm serem seres fotossintetizantes elas no so

includas no reino plantae pois seus embries no retiram seus nutrientes da planta genitora.

3. Como chamado o sistema de denominao dos seres vivos, originalmente proposto por Lineu? SistemaBinomialdeclassificao. Comentrio O nome da espcie e do gnero sempre latinizado, devendo o gnero ser

escrito com letra maiscula e a espcie com letra minscula e destacado no texto.

59

Mdulo 10

Edito

ra Ma

ximus


1. O cruzamento entre dois animais de espcies diferentes, mas prximas, de um mesmo gnero, produz descendentes frteis? Explique.

2. De acordo com o sistema binomial de nomenclatura estabelecido por Lineu, o nome cientfico Felis catus aplica-se a todos os gatos domsticos, como angors, siameses, persas, abissnios e malhados. O gato selvagem (Felis silvestris), o lince (Felislynx) e o puma ou suuarana (Felis concolor) so espcies relacionadas ao gato.

a) A que gnero pertencem todos os animais mencionados?

b) Por que todos os gatos domsticos so designados por um mesmo nome cientfico?

c) Qual dos nomes a seguir designa corretamente a famlia a que pertencem esses animais: Felinaceae, Felidae, Felini, Felinus ou Felidaceae? Justifique.

3. Quais so as principais categorias taxonmicas?

4. Escolha dois Reinos e d suas principais caractersticas e representantes.

5. Defina taxonomia e o que ela procura refletir.

6. Ordene os grupos taxonmicos do mais particular ao mais geral.

7. Como se escreve o nome de uma espcie?

8. Que categoria rene grupos de organismos semelhantes capazes de produzir descendncia frtil?

9. O sistema de denominao dos seres vivos, originalmente proposto por Lineu e utilizado at hoje, chamado de?

10. A diviso dos seres vivos em grupos de acordo com suas semelhanas a?

eja biologia mod06-10 ava

Documents