eixpressões no livro das festas das neves de 2011
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Artigo sobre o Eixpressoes publicado no Livro das Festas das Neves de 2011TRANSCRIPT
eixpressões......Iº Encontro dE tEatro PoPular do EIxo atlântIco
Durante o próximo mês de Julho de 2011 vai realizar-se no município de Viana do Castelo o Eixpressões - Iº En-contro de Teatro Popular1 do Eixo-Atlântico2. Este acon-tecimento inédito, que pretende ser um marco no Teatro Popular, estará integrado no calendário de eventos anexo a Viana do Castelo - Capital da Cultura do Eixo-Atlântico3. O evento desenrolar-se-á durante seis dias do mês de Julho de 2011, desdobrando-se em duas partes e em dois palcos: nos dias 15, 16 e 17, no largo das Neves; e nos dias 22, 23 e 24 de Julho, na cidade de Viana do Castelo.
Proposta apresentada oficialmente pelo Núcleo Pro-motor do Auto da Floripes4, a presente iniciativa resulta de
pedro rego
núcleo promotor
do auto da floripes
1 Durante muito anos comentou-se, em vários momentos e por diversas pessoas, a importância de um Encontro de Teatro Popular. Tornou-se, nesse segui-mento, quase unânime entre os conhecedores e amantes do Teatro Popular a necessidade de se criar uma estratégia, um conjunto de medidas ou um evento integrado que permitisse a promoção e o reavivar o Teatro Popular. No entanto, e já fazendo parte das intenções dos elementos do Núcleo Promotor do Auto da Floripes, foi em conversações com a Vereadora da Cultura, Maria José Guerreiro, sobre a participação do Auto da Floripes no Iº Congresso de Embaixa-das e Embaixadores de Mouros e Cristãos em Ontinyent, que a ideia foi apresentada, merecendo no imediato a receptividade total da responsável autárquica.2 O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular é uma associação transfronteiriça composta, actualmente, por trinta e quatro cidades membros, sendo dezassete do Norte de Portugal e dezassete da Galiza. Com base na proximidade territorial e cultural, tem como objectivo fundamental o desenvolvimento económi-co, social, cultural, científico e tecnológico das cidades e regiões que lhe pertencem.3 Este título será usufruído pela cidade vianense durante os meses de Junho e Julho do ano 2011.4 Curiosamente, é o próprio Auto da Floripes das Neves (Viana do Castelo) que mantém ainda uma maior regularidade de representações, juntamente com a Dança dos Bugios e Mourisqueiros; todos os outros, ou foram desaparecendo nas duas últimas décadas ou perderam o fulgor. De outros tempos realizando-se apenas esporadicamente. Paulo Raposo, Auto da Floripes: Cultura Popular, Etnógrafos, Intelectuais e Artistas. 5 As instituições civis e políticas devem ter um papel fundamental em vários âmbitos de interesse público. Contudo, o empreendorismo e a pro-actividade não são somente da sua exclusiva competência. Estas instituições, para além de não deverem actuar isoladamente na governança, não têm a responsabili-dade e a obrigação de serem sempre as pioneiras e as organizadoras de iniciativas de cariz público. A procura efectiva do desenvolvimento deve contemplar, também e em força, a sociedade civil.
uma parceria5 entre o proponente e a Câmara Municipal de Viana do Castelo. Com o forte apoio do Eixo-Atlântico e com o patrocínio de alguns privados, também as Juntas de Freguesia de Barroselas, de Mujães e Vila de Punhe, não querendo ficar indiferentes e percebendo a pertinência do projecto, se apresentam como aliados cruciais na concretiza-ção da presente iniciativa. Serão estas instituições públicas os parceiros privilegiados na concretização de um evento que nos parece, dentro do contexto do território, da cultura e do teatro popular, uma inciativa ímpar, de afirmação e de substancial valor.
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6 Auto Popular é uma expressão complexa, e frequentemente polissémica, pelo modo recorrente com que, nomeadamente, na tradição etnográfica do perí-odo de transição do século XIX e início do século XX surge associada a diversas definições. A sua génese parece ter sido resultado da adaptação da figura do velho Auto Religioso - i.e., daqueles verdadeiros momentos sagrados compostos por cânticos, danças, jogos ou representações que ocorriam em actos, procissões, cultos ou evocações religiosas (dentro e fora dos templos) - e que sendo constantemente sancionados pelas autoridades eclesiásticas, foram como que “projectados” para fora dos espaços e da temporalidade estritamente religiosa - sobretudo litúrgica - adquirindo ou (re) inventando contornos estéticos e culturais que os aproximavam de uma “oralitura” (cf. Guerreiro 1983) popular - em termos formais, de conteúdos e performativos. É também sob essa desig-nação que o teatro vicentino virá a implantar-se enquanto produto artístico e literário de produção letrada e escolar para consumo cortesão, ainda que com divulgação popular decorrente de modos de representação popularizadas. O Auto Popular surge ainda como uma espécie de composição poética e teatral híbrida decorrente da circulação popular dos velhos romances medievos ou das narrativas e gestas guerreiras. Cuja tradição erudita original se funde em demais versões populares, logo que a geração de origem se desvanece no correr dos tempos. Finalmente, podemos ainda, de um modo geral, encontrar neste género teatral vários elementos reunidos - acção, representação, texto literário, canto, dança, música e mímica -, resultado de cópias, imitações e adaptações de obras eruditas ou ainda de invenções populares quase sempre anónimas. Paulo Raposo, Auto da Floripes: Cultura Popular, Etnógrafos, Intelectuais e Artistas.
VIANA DO CASTElO O “EPICENTRO” DO TEATRO POPulAR
Os agentes activos de Viana do Castelo abraçam o presente projecto por sentirem responsabilidades no capítulo do Teatro Popular, visto que, segun-do o vianense Alberto Abreu, existem na margem esquerda do rio lima (na meia-lua sul do aro vianense), vestígios duma actividade teatral popular notá-vel, com peças do ciclo carolíngio e textos devocionais dramatizados, alguns deles entremeados de farsas, “sotties” e “ fantochadas” sob a forma de “buchas” e mesmo a de pequenos “sketches” introduzidos no interior de textos teatrais de género diverso. Refere-se o autor aos três Autos Populares6 do munícipio vianense - Auto da Floripes, Auto de S. João e Auto de Santo António, ao Auto da Turquia (Ribeira, Ponte de lima) e ao Drama dos Doze Pares de França (Palme, Barcelos). Contudo, não devemos deixar de enunciar as ma-nifestações culturais de cariz popular ligadas aos rituais de passagem como é o caso da Queima de Judas e da Serração da Velha que proliferam por várias freguesias vianenses.
Ao assumirem o comprometimento de organizar o Iº Encontro de Tea-tro Popular do Eixo Atlântico, os agentes activos da comunidade vianense, para além de demonstrarem, de uma forma robusta, o reconhecimento dado à importância e ao valor cultural do Teatro Popular no espaço geográfico do Eixo Atlântico, promovem a ideia de que mais que uma manifestação do pas-sado, o Teatro Popular é uma realidade cultural do presente. No fundo, este evento vem confirmar aquilo que o urbano Tavares Rodrigues escreveu no Jornal o “Século” em 1973 após ter assistido em directo na cidade de lisboa ao Auto da Floripes: Teatro arqueológico? Não. Este é, ainda, teatro do povo,
“Este acontecimento inédito, que pretende ser um marco no Teatro Popular, estará integrado no calendário de eventos anexo a Viana do Castelo - Capital da Cultura do Eixo-Atlântico. O evento desenrolar-se-á durante seis dias do mês de Julho de 2011, desdobrando-se em duas partes e em dois palcos: nos dias 15, 16 e 17, no largo das Neves; e nos dias 22, 23 e 24 de Julho, na cidade de Viana do Castelo.”
“Os agentes activos de Viana do Castelo abraçam o presente projecto por sentirem responsa-bilidades no capítulo do Teatro Popular...”
“...um evento que nos parece, dentro do contexto do território, da cultura e do teatro popular, uma inciativa ímpar, de afirmação e de substancial valor.”
para o povo, sem disfarce nem erro de cálculo. E nesta linha há muito que aprender, investigar, ousar, infiltrando novas significações nos dados e nas heranças da tradição popular (…) um espectáculo lindo, puro e inesquecível. No seguimento desta inter-pretação, importa neste projecto cultural contribuir para a sobrevivência e o brio das representações populares para que as mesmas continuem, hoje e amanhã, a fazer parte da vida dos locais e da comunidade, não como algo do passado e sem significado, mas como uma realidade que os orgulha e lhes projecte a auto-estima comunitária. Através deste evento, o Auto da Floripes apresenta-se como timoneiro7 na tentativa8 de colocar o Teatro Popular na ordem do dia e de o preparar para o futuro e para novos desafios! Em paralelo, Viana do Castelo poderá, dentro do contexto regional, nacional e até internacional, ver reforçada a sua posição de charneira na cultura popular9.
TEATRO POPulAR - PATRIMóNIO CulTuRAl
O Teatro Popular é uma expressão colectiva do Homem que na sua pureza e inocência está revestida de sentimento, imaginação e criatividade, mas também de adaptabilidade, valores e identidade, espelhando na sua mescla popular e erudita uma construção e transmissão cultural através da natureza humana, do meio e de externa-lidades. Desengane-se quem pensa o contrário e reconsidere a sua opinião aquele que pensa que o Teatro Popular é uma manifestação estéril, inútil e vazia.
7 Num futuro próximo poder-se-á numa lógica integrada e poli-participativa voltar a proceder-se a uma candidatura do Auto da Floripes a património imaterial da humanidade. Talvez este evento seja mais um reforço da validade da candidatura. Já fez parte da lista Indicativa de Bens Portugueses à Pro-clamação das Obras-Primas do Património Oral e Imaterial (apresentada em 30 de Dezembro de 2000). Impérios dos Açores; Representação do Auto de Floripes, em Viana do Castelo; Bailinhos de Carnaval da Ilha Terceira; Fado; Doçaria tradicional portuguesa. In sítio da unesco: http://www.unesco.pt/antigo/patrimonioimaterial.htm8 Em paralelo com a noção dos constrangimentos associados ao Teatro Popular e do risco que o futuro lhe reserva, existe também a forte percepção que, mesmo com cooperação, parcerias e integração, só com a persistência, o trabalho e a vontade dos portadores destas relíquias populares é que se poderá salvar o Teatro Popular.9 A cultura popular pode ser definida como um conjunto de manifestações culturais na qual o povo produz, influencia e participa de forma activa. Apelidada de retratista da essência do povo, a cultura popular engloba festas, danças, folclore, literatura de cordel, provérbios, artesanato, cantigas de roda, contos e fábulas, lendas, superstições, etc., sendo transmitida de geração em geração, a mesma tanto pode surgir das tradições e costumes, como pode também resultar da adaptação de conteúdo erudito para servir o povo.
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10 Cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Edward Tylor, 1871. A “cultura” é, portanto, um conjunto de saberes nos quais se incorpora cada membro do grupo, de acordo com a sua passagem cronológica pelo processo de vida, mas é, necessariamente, um lugar de confronto, tensão, disputa, consenso e negociação. Paulo Raposo11 Anexo 1 - lista de “grupos” que representarão no Eixpressões - Iº Encontro de Teatro Popular do Eixo Atlântico.12 Com o sub-título de Eixpressões 360º, o colóquio desenrolar-se-á na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, Sala Couto Viana, nos dias 22 e 23 de Julho de 2011. Com a intenção de permitir uma abrangência dos temas, a Antropologia, o Teatro, a Cultura, o Turismo, a Economia, o Marketing, a Cria-tividade, a Pedagogia, o Poder local, etc serão temas a abordar. O colóquio estará ainda acompanhado de Workshops para os mais jovens.13 Nos antigos Paços do Concelho de Viana do Castelo terá lugar durante o mês de Julho a exposição “O Imaginário do Teatro Popular”.
Para além disso, a cultura10 já não é somente propriedade de elites, eruditos e ciências específicas. Já não lhes está res-trito o embrião e a produção da cultura. E tal como nos diz Paulo Raposo em Cultura Popular: Autenticidade e Hibri-dização, o monopólio da “cultura” aparentemente diluiu-se e deu lugar a um novo cenário onde vários actores actuam: académicos, eruditos, média, políticos, mediadores locais (associações ou indivíduos), agentes turísticos, populações locais.
Segundo o conterrâneo Pe. Amadeu Torres (Castro Gil), através do teatro popular podemos descobrir a mentalidade colectiva e a visão do mundo próprio de um povo. E se Tea-tro Popular está muito além da representação, o património cultural não é apenas o tangível, o erudito e o colossal. O património cultural é algo que faz parte de nós, é algo que justifica parte do que somos, mas também é algo que faz parte do magnetismo da bússola que nos orienta para o fu-turo. Sem estes algos, pouco somos, muito se perde e a voz do povo deixa-se de se ouvir... é por intermédio do patri-mónio cultural que ouvimos, cheiramos, vemos e sentimos a herança, a memória colectiva e a identidade. Na verdade, e em linha com a lei de Bases da Política e do Regime de Protecção e Valorização do Património Cultural, nº 1 do art.
91º da lei nº 107/2001, integram o património cultural as realidades que, tendo ou não suporte em coisas móveis ou imóveis, representem testemunhos etnográficos ou antro-pológicos com valor de civilização ou de cultura com sig-nificado para a identidade e memória colectivas. Tal ideia é reforçada por Wallenstein (1974: 57) quando em relação aos Autos Populares afirma o seguinte: estas obras de arte popular são, também, valiosos documentos culturais e et-nográficos.
A ESTRuTuRA DO EVENTO
O Iº Encontro de Teatro Popular do Eixo Atlântico tem como objectivos centrais os seguintes parâmetros: a) Apro-fundamento do conhecimento do Teatro Popular; b) Dina-mização do Teatro Popular; c) Divulgação do Teatro Popu-lar; d) Inter-câmbio entre os intervenientes. No sentido de concretizar de forma integrada, abrangente e sustentável os objectivos elencados, elegemos como vectores estruturantes do evento cultural as seguintes manifestações: 1) Represen-tações11; 2) Colóquio12; 3) Exposição13; 4) Recolha/Produ-ção literária; 5) Animação Tradicional.
1) Aprofundar conhecimento sobre o Teatro Popular
1) Representações
2) Dinamizar o Teatro Popular
2) Colóquio
3) Divulgar o Teatro Popular
3) Revista
4) Potencializar o inter-câmbio
4) Exposição
5) Convivência/Animação
objectivos
vectores
ESQuEMA - SíNTESE
O Teatro Popular é valioso por várias considerações, nomeadamente pela sua história, pela sua identidade, pelos seus propósitos, etc., no entanto, a sua elevada diversidade14 também constitui uma razão forte para a sua indiscutível riqueza. Esta fertilidade do Teatro Popular, aliada à dimensão geográfica do evento - Noroeste Peninsular, leva à necessidade de se fazer escolhas15. Ainda assim, pareceu-nos correcto procurar, dentro dos limites de tempo e de recur-sos que se impõem, que o evento seja verdadeiramente “um ponto de partida”, mas também um retrato interactivo, abrangente e actual do Teatro Popular na euro-região do Eixo-Atlântico. Deste modo, e dentro dos cinco vectores já referidos, é nossa intenção, com base na diversidade das batalhas, rituais, danças, cantigas e tradições, focar os géneros guerreiro, religioso e profano.
se busca herança, crença, e acção do “outro”: Nem sol, nem areia, nem mar, mas cultura, natureza e vida rural «tradi-cional», tornaram-se os objectos do turismo pós-moderno. Boissevain 1996:3
A cultura abre horizontes, consolida laços identitários e constitui-se como uma fonte de produção de riqueza. A cultura e o patróminio nas suas múltiplas dimensões são uma oportunidade para o desenvolvimento local. um povo próspero e com horizontes é aquele que culturalmente está aberto, receptivo e que coloca a cultura num lugar dianteiro.
A aposta em eventos culturais, etno-religiosos ou de ou-tro âmbito poderá servir de alavanca para o desenvolvimento local e para um reforço da participação dos cidadãos na co-munidade. E se cada vez mais o consumo de produtos mas-sificados é preterido e a procura da variedade, da ausência de stresse, de poluição e de outros excessos urbanos, cresce (urry 1990; Featherstone 1994) por que razão não apostar neste nicho cultural, integrando-o num conjunto de produ-tos ligados ao mundo rural, à criação de roteiros e de marcas? A experiência única e irrepetível é cada vez mais procurada pelo visitante, daí que se assista a um aumento da demanda no turismo onde se aprende e se cultiva uma certa nostalgia,
uMA OPORTuNIDADE DE DESENVOlVIMENTO
“...um retrato interactivo, abrangente e actual do Teatro Popular na euro-região do Eixo-Atlântico.”
14 Anexo 2 - lista das representações de Teatro Popular no Eixo Atlântico da autoria de luís Franco. Apesar de poder ter alguma omissão ou imprecisão, apresenta-se como uma das versões mais completas que há registo.15 Estudar-se-á de forma responsável a pertinência de se dar continuidade a este evento. A dimensão, o local, a periocidade e outras possibilidades serão questões a serem devidamente analisadas.
ANEXO 1 - REPRESENTAçõES CONFIRMADAS PARA O EIXPRESSõES
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CONCluSãO
Em 1969, André Crabé Rocha, após ter estado no Souto das Neves entre a mul-tidão formada por locais, forasteiros e estudiosos para assistir ao Auto da Floripes, manifestou pelo seu punho o seguinte: É preciso reparar na seriedade com que aqueles aldeões se desempenham no seu papel, secundados, aliás, pelos demais habitantes de povoação, que uma longa prática torna aptos a criticar atitudes ou jogo de cena errados. É preciso admirar a agilidade daqueles minhotos dançarinos, esgrimindo e declaman-do a compasso. É preciso louvar a perícia de Brutamontes (um dos personagens do “Auto”), que personifica comicamente, num papel de apartes burlescos, inteiramente improvisado, a inutilidade da violência armada, a fanforronice algo assustada, o bom senso escrito, impermeável aos ministérios do sobrenatural. É preciso atentar na com-penetração da Floripes (outro personagem) [e] é preciso, enfim, louvar a pertinácia daquela gente que mantém vivo o seu amor e uma solenidade quase religiosa, de tal modo ancorada no coração. São precisamente estes valores transcritos na citação que pautarão todas as expectativas e acções relacionadas com o Eixpressões - Iº Encontro de Teatro Popular do Eixo Atlântico.
“...é preciso, enfim, lou-var a pertinácia daquela gente que mantém vivo o seu amor e uma soleni-dade quase religiosa, de tal modo ancorada no coração.”
Auto dos Xenerales
Moro y Cristiano
Merza, Vila de Cruces, Pontevedra, Espanha
Mouriscados, Mondariz, Pontevedra, Espanha
Auto de São João
Moros y Cristianos
Tregosa, Barcelos, Portugal
A Sainza, Rairiz de Veiga, Ourense, Espanha
Auto da Floripes
O Meu Primeiro Auto da Floripes
Neves, Viana do Castelo, Portugal
Barroselas, Viana do Castelo, Portugal
Auto de Santo António
Queima de Judas
Portela Suzã, Viana do Castelo, Portugal
Mazarefes, Viana do Castelo, Portugal
Auto de São João
Queima de Judas
Subportela, Viana do Castelo, Portugal
Monserrate, Viana do Castelo, Portugal
Auto dos Turcos de Crasto
Queima de Judas
Ribeira, Ponte de lima, Portugal
Vila Nova de Anha, Viana do Castelo, Portugal
Colóquio Adão e Eva
Serração da Velha
Malhadas, Miranda do Douro, Portugal
Afife, Viana do Castelo, Portugal
Dança dos Pauliteiros
Serração da Velha
Malhadas, Miranda do Douro, Portugal
Carreço, Viana do Castelo, Portugal
Drama dos Doze Pares de França
Serração da Velha
Palme, Barcelos, Portugal
Darque, Viana do Castelo, Portugal
Maruxaina
Tributo de las Cien Doncellas
San Ciprián, Cervo, lugo, Espanha
Betanzos, Corunha, Espanha
Auto da Floripes
O Meu Primeiro Auto da Floripes
Neves
Barroselas
Viana do Castelo
Viana do Castelo
Activo
Estreia
Auto de São João Subportela Viana do Castelo Activo
Auto de Santo António Portela Susã Viana do Castelo Em recuperação
Queima de Judas Mazarefes Viana do Castelo Em recuperação
Queima de Judas Monserrate Viana do Castelo Activo
Queima de Judas V. N. de Anha Viana do Castelo Activo
Serração da Velha Afife Viana do Castelo Activo
Serração da Velha Carreço Viana do Castelo Activo
Serração da Velha Darque Viana do Castelo Em recuperação
Auto dos Turcos de Crasto Ribeira Ponte de lima Activo
Serração da Velha Ponte de lima Ponte de lima Activo
Pai Velho lindoso Ponte da Barca Activo
Auto da Paixão Bravães Ponte da Barca Activo
Festa da Coca Monção Monção Activo
Drama dos Doze Pares de França Palme Barcelos Activo
Arautos de São João Tregosa Barcelos Em recuperação
Auto dos Reis Gemeses Esposende Em recuperação
Baile dos Turcos Bustelo Penafiel Activo
Baile dos Pedreiros Penafiel Penafiel Activo
Baile dos Ferreiros Castelões Penafiel Activo
Baile das Floreiras e das Regateiras Penafiel Penafiel Activo
Bugios e Mourisqueiros
Comédia dos Doze Pares de França
Auto da Paixão
Auto dos Sete Infantes de lara
Caretos de Aveleda, Varge, Baçal, Ousilhão e Salsas
luta entre Cristãos e Mouros
Danças de Pauliteiros
Sobrado
Argozelo
Argozelo
Parada
Concelho
Santo Estevão
Concelho
Valongo
Vimioso
Vimioso
Bragança
Bragança
Bragança
M. do Douro
Activo
Inactivo
Activo
Inactivo
Activos
Activo
Activo
Testamento da Comadre e do Compadre,Caretos e Senhoritas
lazarim lamego Activo
grupo/tradição/representação
norte de portugal
localidade situação
ANEXO 2 - lEVANTAMENTO ANO 2011
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A Bobada Medieval ou a Batalha de Aljubarrota Sendim M. do Douro Inactivo
Bicho Gente e Outros Quebrantos GEFAC Teatro Popular Activo
Adão e Eva Malhadas M. do Douro Activo
Carochos Constantim M. do Douro Activo
Caretos Podence M. Cavaleiros Activo
Comédia do Verdadeiro S. António que livrouseu Pai da Morte em lisboa
GEFAC Teatro Mirandês InactivoComédia do Verdadeiro S. António que livrouseu Pai da Morte em lisboa
GEFAC Teatro Mirandês Inactivo
Xenerales de Correos de Cacheiras
Xenerales de Correos de luou
Xenerales de Correos de Pontevea
Xenerales de Correos de Ramallosa
Xenerales de Correos de Sergude
Xenerales de Correos de Sergude
Tributo de las Cien Doncellas
Romeria Vikinga
Cigarróns
Batalla de Moros y Cristianos da Sainza
Moro y Cristiano
Fiestas de Moros y Cristianos
Fiesta de Moros y Cristianos de Trez
Máscaras de laza
Pantallas de Xinzo de limia
Festa do Esquecemento
Moro y Cristiano
Moro y Cristiano de Mouriscados
Xenerales e Correos de Merza
Maruxaina
Arde lucus
Teo
Teo
Teo
Teo
Teo
Boqueixon
Betanzos
Catoira
Verín
Rairiz de Veiga
laza
Retorta
laza
laza
Xinzo de limia
Xinzo de limia
Franqueira
Mondariz
Vila de Cruces
San Ciprián, Cervo
lugo
Corunha
Corunha
Corunha
Corunha
Corunha
Corunha
Corunha
Compostela
Ourense
Ourense
Ourense
Ourense
Ourense
Ourense
Ourense
Ourense
Pontevedra
Pontevedra
Pontevedra
lugo
lugo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
Activo
grupo/tradição/representação
galiza
localidade situação
la leyenda del Peito ou Tributo de las CienDoncellas de As Mariñas dos condes
Bergondo Corunha Inactivo