eficácia e segurança da toxina botulínica no tratamento de ...· movimento passiva e ativa e os
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I
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA
Fundada em 18 de fevereiro de 1808
Monografia
Eficcia e segurana da toxina botulnica no
tratamento de pacientes com paraparesia espstica:
reviso sistemtica
talo Gonalo Matias Vilasbas
Salvador (Bahia)
Maio, 2016
II
FICHA CATALOGRFICA
(elaborada pela Bibl., da Bibliotheca Gonalo Moniz : Memria da Sade Brasileira/SIBI-UFBA/FMB-
UFBA)
V695 Vilasbas, talo Gonalo Matias. Eficcia e segurana da toxina botulnica no tratamento de pacientes com paraparesia espstica: reviso sistemtica / talo Gonalo Matias Vilasbas. 2016 32 fl. ; il. Orientador: Prof. Ailton de Souza Melo. Monografia (Graduao em Medicina) Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador, 2016. 1. Paraparesia espstica tropical. 2. Toxina botulnica. 3. Tratamento.
I. Melo, Ailton de Souza. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Eficcia e segurana da toxina botulnica no tratamento de pacientes com paraparesia espstica: reviso sistemtica.
CDU: 615
III
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA
Fundada em 18 de fevereiro de 1808
Monografia
Eficcia e segurana da toxina botulnica no
tratamento de pacientes com paraparesia espstica:
reviso sistemtica
talo Gonalo Matias Vilasbas
Professor orientador: Ailton de Souza Melo
Monografia de Concluso do
Componente Curricular MED-
B60/2015.2, como pr-requisito
obrigatrio e parcial para concluso
do curso mdico da Faculdade de
Medicina da Bahia da Universidade
Federal da Bahia, apresentada ao
Colegiado do Curso de Graduao
em Medicina.
Salvador (Bahia)
Maio, 2016
IV
Monografia: Eficcia e segurana da toxina botulnica no tratamento de
pacientes com paraparesia espstica, de talo Gonalo Matias Vilasbas.
Professor orientador: Ailton de Souza Melo
COMISSO REVISORA:
Ailton de Souza Melo (Presidente, Professor orientador), Professor do Departamento de Neurocincias e Sade Mental da Faculdade de Medicina da
Bahia da Universidade Federal da Bahia.
Igor Lima Maldonado, Professor do Departamento de Biommorfologia do Instituto de Cincias da Sade da Universidade Federal da Bahia.
Nildo Manoel da Silva Ribeiro, Professor do Departamento de Biofuno do Instituto de Cincias da Sade da Universidade Federal da Bahia.
TERMO DE REGISTRO ACADMICO: Monografia avaliada pela Comisso Revisora, e
julgada apta apresentao pblica no X Seminrio
Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da
Bahia da Universidade Federal da Bahia, com
posterior homologao do conceito final pela
coordenao do Ncleo de Formao Cientfica e de
MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em 25
de Maio de 2016.
V
Cada um tem sua raridade: selo, flor, dente de
elefante. Uns tm at felicidade! Eu tenho o retrato
falante (extrado do poema Retrato Falante, de
Ceclia Meireles)
VI
Aos Meus Pais, Gentil e
Hildalice
VII
EQUIPE talo Gonalo Matias Vilasbas, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA.
Correio-e: italo.gmv@gmail.com;
Ailton de Souza Melo, Professor da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA;
Igor Lima Maldonado, Professor do Instituto de Cincias da Sade/UFBA; e
Nildo Manoel da Silva Ribeiro, Professor do Instituto de Cincias da Sade/UFBA.
INSTITUIES PARTICIPANTES UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Faculdade de Medicina da Bahia (FMB)
FONTES DE FINANCIAMENTO 1. Recursos prprios.
mailto:italo.gmv@gmail.com
VIII
AGRADECIMENTOS
Ao meu Professor orientador, Doutor Ailton de Souza Melo, pela presena constante
e substantivas orientaes acadmicas e minha vida profissional como futuro
mdico.
Aos Doutores Igor Lima Maldonado e Nildo Manoel da Silva Ribeiro, membros
da Comisso Revisora desta monografia, cuja participao fora imprescindvel para a
evoluo do meu aprendizado. Meus sinceros agradecimentos pela presena de
sempre.
1
SUMRIO
NDICE DE FIGURA, GRFICOS, QUADRO E TABELAS 2 I. RESUMO 3 II. OBJETIVOS 4 III. FUNDAMENTAO TERICA 5
IV. METODOLOGIA 9
V. RESULTADOS 11
VI. DISCUSSO 16
VII. CONCLUSES 18 VIII. SUMMARY 19 IX. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 20 X. ANEXOS 23
2
NDICE DE FIGURAS, QUADROS E TABELAS
FIGURAS FIGURA I. Fluxograma de seleo dos artigos
11
QUADROS QUADRO I. Artigos selecionados
QUADRO II. Resultados dos artigos ps-tratamento com toxina botulnica 12
15
TABELAS TABELA I. Tabela de frequncia de espasmos 6
TABELA II. Escala de Ashworth Modificada 6
TABELA III. Caractersticas dos participantes dos estudos 13
3
I. RESUMO
A paraparesia espstica caracterizada pela perda de funo total ou parcial dos
membros inferiores, associado ao aumento do tnus muscular velocidade-dependente,
com exacerbao dos reflexos profundos. A toxina botulnica conhecida pelo bom
resultado em diversos tipos de espasticidade, sendo considerada o tratamento de escolha
quando os mtodos tradicionais falham. A introduo dela no tratamento da paraparesia
espstica trouxe uma nova abordagem para o tratamento, uma vez que estes pacientes
exigem ateno e tm uma reabilitao difcil. Objetivo: determinar a eficcia e
segurana do uso da toxina botulnica em pacientes com paraparesia espstica. Mtodo:
foi realizada uma reviso sistemtica de ensaios clnicos que utilizaram a toxina
botulnica para o tratamento de pacientes com paraparesia espstica. Os desfechos
considerados foram: a pontuao na Escala de Ashworth Modificada, a amplitude de
movimento passiva e ativa e os efeitos adversos da toxina botulnica. Estudos com escore
maior ou igual a 4 de acordo com a escala de PEDro foram considerados de boa qualidade
e includos. Resultados: foram includos cinco artigos. Todos mostraram melhora da
espasticidade e da amplitude de movimento passiva nos pacientes estudados. Trs artigos
mostraram aumento da amplitude de movimento ativa e dois no informaram estes dados.
Trs artigos trouxeram relatos de efeitos adversos aps o uso da toxina botulnica. Apesar
disso, tais efeitos, em sua grande maioria, no eram graves e cessaram espontaneamente.
Discusso: apesar da heterogeneidade dos artigos quanto populao, os resultados dessa
reviso mostram-se similares a estudos que utilizaram a toxina botulnica para o
tratamento de outros tipos de espasticidade. Dados da literatura apontam tambm para
poucos efeitos adversos, tendo a dor local e o eritema como principais achados.
Concluso: a maioria dos estudos analisados mostrou que a toxina botulnica eficaz e
segura em pacientes com paraparesia espstica.
Pavras chave: 1. Paraparesia espstica 2. Paraparesia espstica tropical 3. Toxina
botulnica 4. Espasticidade 5. HTLV-1 6. Amplitude de movimento 7. Aumento da fora
8. HAM-TSP 9. Segurana 10. Eficcia 11. Tratamento
4
II. OBJETIVO
PRIMRIO
Determinar a eficcia e segurana do uso da toxina botulnica em
pacientes com paraparesia espstica.
5
III. FUNDAMENTAO TERICA
A paraparesia espstica caracterizada pela perda de funo total ou parcial dos
membros inferiores (MMII), associado ao aumento do tnus muscular velocidade-
dependente, com exacerbao dos reflexos profundos e aumento da velocidade de
resposta do msculo ao estiramento1,2. A espasticidade muito comum aps leses nos
neurnios motores superiores, que levam a ausncia de inibio nos neurnios alfa ou
gama, provocando uma contrao muscular involuntria que prejudica a mobilidade e
locomoo3,4.
A paraparesia espstica pode ser causada por diversos fatores, como esclerose
mltipla, trauma crnio-enceflico e raqui-medular, paralisia cerebral, HTLV-1 e outras
mielopatias espticas5. Nos membros inferiores, h um predomnio da espasticidade no
grupo muscular extensor, tendo como caracterstica o aumento da resistncia
movimentao passiva, provocando o sinal do canivete1. A paraparesia espstica
tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (TSP-HAM), prevalente na Bahia nas ltimas
dcadas, alm do comprometimento de membros inferiores, leva tambm a disfuno
vesical, impotncia e obstipao6. mais comum em mulheres do que em homens e
atinge, em mdia, 2% dos portadores do vrus7. A TSP foi pela primeira vez notificada
no Brasil em 1989 por Castro et al.8. Desde ento, o nmero de infeces aumentou e
tem chamado a ateno dos pesquisadores. Isso foi mostrado em um estudo feito em 1997
por Galvo et al., que demonstrou alta prevalncia do HTLV-1 em doadores de sangue,
especialmente em Salvador (1,35%)9. H tambm a paraparesia espstica hereditria, que
um distrbio gentico caracterizado pela perda progressiva da fora nas pernas,
associado a