editorial paleotocas em congresso internacional · 2014-11-30 · a todos um feliz natal e um...
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EDITORIAL
Fazendo uma avaliação neste
encerramento do ano de 2014, constatamos
que, apesar de termos encontrado bastante
paleotocas novas, conseguimos apresentar
menos trabalhos científicos, principalmente
porque os eventos que houve eram distantes,
implicando em um grande investimento de
tempo e dinheiro, o que nem sempre vale a
pena. Vamos ver o que 2015 nos reserva.
Desejamos agradecer muito a todos
aqueles que nos acompanharam ao longo
deste ano, que nos auxiliaram de uma ou de
outra forma e que nos proporcionaram o
prazer de seu convívio. A todos um FELIZ
NATAL e um PRÓSPERO 2015, com
muitas realizações, saúde e harmonia no lar.
PALEOTOCAS
NA RÁDIO DA UFRGS
A convite do Prof. Jorge Quillfeldt,
conversamos sobre paleotocas na Rádio da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A entrevista está disponível no Portal
Fronteiras da Ciência, no endereço
http://frontdaciencia.ufrgs.br/. O público
habitual das entrevistas do Portal supera 8.000
pessoas, o que é uma audiência grande.
PALEOTOCAS EM
CONGRESSO INTERNACIONAL
Transcorreu em Mendoza, na
Argentina, de 28 de setembro a 3 de outubro
pp., o 4º Congresso Internacional de
Paleontologia. Um evento de grande porte,
com palestras, mesas redondas, conferências e
apresentação de trabalhos, pela primeira vez
ocorrendo na América. Seus 862 participantes
de 46 países apresentaram 894 resumos.
Apesar da existência de paleotocas de
grande porte na própria Argentina, onde
transcorreu o Congresso, houve apenas um
único trabalho sobre paleotocas - aquele
apresentado pelo Projeto Paleotocas, através
do colega Prof. Renato Lopes (foto abaixo),
propondo uma nova classificação científica
para as paleotocas.
ARTIGOS CIENTÍFICOS
FORAM SUBMETIDOS
Nestes últimos meses submetemos 3
artigos às revistas científicas. O primeiro
propõe uma nova classificação científica para
as paleotocas e é de grande importância na
inserção dessas paleotocas de grandes
dimensões na Icnologia formal.
O segundo artigo apresenta as
cavernas de Santa Cruz do Sul e Vale Real.
Ambas, pelas feições que apresentam, são
restos de paleotocas gigantes, formadas por
várias câmaras interligadas por túneis. Em
ambas as cavernas fizemos plantas-baixas,
uma análise detalhada das feições nas paredes
e uma análise de sua origem.
O terceiro artigo surgiu pela
garimpagem de cavernas e grutas na internet.
Essa pesquisa sistemática de sites possibilitou
formatar um artigo sobre Turismo no Rio
Grande do Sul. Já podemos adiantar que os
sites das Prefeituras gaúchas, em relação a
Turismo, em 85% dos casos são um desastre,
com erros e falhas graves que praticamente
inviabilizam o turismo nos municípios.
Nesses sites municipais se vê coisas
inacreditáveis, um amadorismo e uma
improvisação que são inexplicáveis.
Entre a submissão de um artigo, sua
revisão, sua correção e finalmente a
publicação pode passar um ano ou até mais.
Estes artigos, portanto, se forem aceitos pelas
revistas, serão publicados ao longo de 2015.
CONGRESSO I
A equipe do Projeto Paleotocas
participará do V Congresso Latino-
Americano de Paleontologia de
Vertebrados, que ocorrerá de 21 a 25 de
setembro/2015 em Colonia del Sacramento,
no Uruguai. O comitê organizador é presidido
pelo Dr. Richard Fariña, um renomado
paleontólogo.
CONGRESSO II
Também em Colonia del Sacramento,
no Uruguai, um mês depois do Congresso
acima referido, ocorre o 3º Simpósio
Latinoamericano de Icnología – SLIC 2015.
A data é 17 a 27 de outubro de 2015. Já
participamos de uma edição deste Simpósio,
quando ocorreu em São Leopoldo em 2010.
CONGRESSO III
O 48º Congresso Brasileiro de
Geologia, em setembro de 2016, será
realizado em Porto Alegre. Portanto, durante
o ano de 2015, vamos fazer os campos
necessários para apresentar trabalhos neste
Congresso, já que as inscrições de trabalhos
devem encerrar ainda no primeiro semestre de
2016. A organização do Congresso está
incumbida de oferecer inscrições a valores
muito acessíveis, assim como já fez com o
Congresso Brasileiro de Paleontologia em
2013. Com certeza será um grande
Congresso.
AS GRUTAS RELIGIOSAS
Há alguns anos atrás percebemos que algumas paleotocas, abertas e visitáveis, são bem
conhecidas e freqüentadas há muitos anos. E, como é o costume com cavernas em geral, algumas
são transformadas em Grutas Religiosas, geralmente dedicadas a Nossa Senhora de Lourdes. Bons
exemplos de paleotocas que são grutas religiosas são a Gruta da Santa em Agudo e a Gruta de N.S.
de Lourdes de Bom Retiro do Sul. Portanto é interessante investigar as Grutas Religiosas porque
algumas são paleotocas.
Mas há outros 4 aspectos envolvidos.
Primeiro : muitas Grutas Religiosas são artificiais, construídas em alvenaria. Essas não
interessam ao Projeto Paleotocas. Mas é muito interessante saber da sua existência para não perder
tempo em sua procura e visitação. Aconteceu com amigos nossos: gastaram um tempo enorme para
visitar um tal “Frigorífico da Gruta” só para descobrir que tinha lá apenas uma grutinha em
concreto. Outro caso é a famosa “Estância da Gruta” de Capão do Leão: o nome é uma homenagem
à Gruta Azul, da Itália. Na Estância não há gruta nenhuma.
Segundo: muitas Grutas Religiosas estão instaladas em “abrigos sob rocha”, quando uma
rocha forma um ressalto que cria abaixo de si um espaço protegido da chuva. Esses abrigos sob
rocha podem ser pequenos (1m de profundidade e alguns metros de comprimento) até enormes
(30m de profundidade e mais de 100m de comprimento). No Rio Grande do Sul existem muitas
dezenas desses abrigos sob rocha, com ou sem uma cachoeira associada. São locais muito
pitorescos e turísticos, mas não interessam ao Projeto Paleotocas. Um abrigo sob rocha famoso é a
Gruta da 3ª Légua em Caxias do Sul, onde o pessoal faz escalada em rocha.
Terceiro: um número menor de Grutas Religiosas está em cavernas de origem conhecida,
geralmente escavadas por águas subterrâneas. A mais famosa é, sem dúvida, a caverna de Nova
Esperança do Sul, dedicada a N.S. de Fátima. Um complexo de túneis enormes, onde cabem
centenas de pessoas. A caverna recebe visitação o ano todo e realmente vale uma visita.
Geologicamente, entretanto, não oferece muitas surpresas.
Quarto: algumas dessas Grutas Religiosas estão em cavernas de origem geológica
interessante, que podem gerar um bom trabalho científico fora do campo das paleotocas. Aqui no
Rio Grande do Sul, pela própria geologia regional, essas grutas estão em rochas vulcânicas.
E assim continuamos nossa pesquisa sistemática atrás de grutas e cavernas no Rio Grande
do Sul, agora dedicando uma atenção especial às Grutas Religiosas. A lista atual, inédita, com 500
registros, está disponível para visualização e download no site do Projeto Paleotocas, no endereço
eletrônico www.ufrgs.br/paleotocas/Cavernas do Rio Grande do Sul.pdf
A CAVERNA DO RILDO EM TABAI - RS Apesar de toda a pesquisa por Prospecção Digital, um bom trabalho de campo sempre
descobre novas cavernas que não estão em nenhuma lista, em nenhum site, em nenhum jornal.
Cavernas conhecidas por poucos, geralmente pelos proprietários das terras e alguns vizinhos.
Na região de Tabaí (RS) passamos por uma situação dessas: paramos aleatoriamente em
uma casa próximo a um morro e perguntamos: “não há uma caverna nesse morro?”. A moradora
nos respondeu: “não, nesse morro não tem, mas ali do outro lado da estrada, na propriedade da
Dona Jandira, tem uma caverna”. O filho da D. Jandira, o Rildo, nos conduziu prontamente até a
caverna. Um paredão pitoresco e diferente com uma cavidade lá no alto, onde os gaviões costumam
levar suas presas para fazer uma refeição tranqüila. O piso da caverna coberta por ossos de aves.
Veja algumas fotos dessa caverna – a Caverna do Rildo.
NOVAS PALEOTOCAS
Nova paleotoca em Pinhalzinho, SC
Paleotocas gigantes, completamente preenchidas, em um dos cortes de estrada da
duplicação da BR-116, próximo a Barra do Ribeiro.
Várias paleotocas preenchidas e uma ainda um pouco aberta (seta) em uma jazida de argila
em Guaíba.
Procurando paleotocas em um loteamento em implantação em Estância Velha. Aqui não havia nenhuma, mas em outro loteamento em Novo Hamburgo, no mesmo dia, foram encontradas duas paleotocas entulhadas.
Nova paleotoca em Lindóia do Sul, SC.
Nova paleotoca em Cambará do Sul – RS