ediçaõ v9n2 - abril e maio de 2010

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revista CLÍNICA de volume 9, número 2, abril / maio 2010 Dental Press International ORTODONTIA Dental Press

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Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

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Page 1: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Revista Clínica de Ortodontia D

ental PressVolum

e 9 - Núm

ero 2 - Abril / M

aio 2010

revista CLÍNICA de volume 9, número 2, abril / maio 2010

Dental Press International

ORTODONTIADental Press

Page 2: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

ISSN 1676-6849

Rev Clín Ortod Dental Press Maringá v. 9 n. 2 abr./maio 2010p. 1-112

Dental Press

Page 3: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

14 Redução da sobremordida com extrusão dos dentes posterioresOverbite treatment with extrusion of the posterior teethOmar Gabriel da Silva Filho, Tulio Silva Lara, Carlos Alberto Aiello, Francisco Antônio Bertoz

41

41

14

51

A influência do atrito na mecânica ortodônticaThe influence of friction in orthodonticsFlavio A. Cotrim-Ferreira

51 Tratamento da mordida aberta anterior com esporão colado e mentoneiraAnterior open bite treatment with bonded spur appliance and chincup therapyMichelle Alonso Cassis, Renato Rodrigues de Almeida, Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin, Fernando César Torres, Arnaldo Pinzan

59 O “Sliding-Jig” na prática ortodônticaThe Sliding-Jig in orthodontic practiceMarcos Salomão Moscardini

67

77

Verticalização de molares inferiores: revisão de literatura e relato de caso clínicoMandibular molars uprighting: Literature review and case reportVerônica Cristiani Benicá Girelli, Gláucia Lacerda Santos, Francisco Ferreira Nogueira, Sérgio Milton M. M. Penido

Etiologia das más oclusões: perspectiva clínica (Parte I) — fatores genéticosEtiology of malocclusions: Clinical perspective (Part I) — Genetic factorsDaniela G. Garib, Omar Gabriel da Silva Filho, Guilherme Janson

Dental Press

Page 4: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

67

59

77

101

Editorial ................................................ 5

Pergunte a um Expert ........................... 8

Dica Clínica ......................................... 14

Eventos ............................................... 28

Ortodontia Forense ............................ 29

Arquitetura ......................................... 30

Marketing ........................................... 32

Sua Clínica .......................................... 34

Abstracts ............................................. 98

Controvérsias .................................... 101

Instruções aos autores ...................... 111

Page 5: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.

Bimestral. ISSN 1676-6849.

1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International.

CDD 21.ed. 617.643005

EDITOR Omar Gabriel da Silva Filho HRAC-USP EDITOR ASSISTENTE Danilo Furquim Siqueira UNICID-SP Rosely Suguino CESUMAR-PR

PUBLISHER Laurindo Furquim UEM-PR

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos UEM-PR Hélio Hissashi Terada UEM-PR CONSULTORES INTERNACIONAIS Björn U. Zachrisson Universidade de Oslo / Noruega Jeffrey P. Okeson Universidade de Kentucky / Estados Unidos Jesús Fernández Sánchez Universidade de Madrid / Espanha Júlia Harfin Universidade de Maimonides / Buenos Aires - Argentina Larry White AAO Dallas / EUA Lorenzo Franchi Universidade de Florença / Itália Ravindra Nanda University of Connecticut Orthodontics - EUA Roberto Justus Universidade Tecnológica do México / Cidade do México - México Tiziano Baccetti Universidade de Florença / Itália Vincent G. Kokich Universidade de Washington / EUA

CONSULTORES CIENTÍFICOS Ademir Roberto Brunetto UFPR-PR Arno Locks UFSC-SC Ary dos Santos-Pinto UNESP-SP Carlo Marassi CPO SLMANDIC-SP Cristina Feijó Ortolani UNIP-SP Daniela Gamba Garib HRAC-USP-SP David Normando UFPA/ABO-PA Eduardo Dainesi USC-SP Fábio Bibancos Clínica particular-SP Francisco Ajalmar Maia UFRN-RN Henrique Mascarenhas Villela ABO-BA José Fernando C. Henriques FOB-USP-SP José Nelson Mucha UFF-RJ Julio de Araújo Gurgel FOB-USP-SP Jurandir Antonio Barbosa ACDC-SP Leopoldino Capelozza Filho HRAC-USP-SP Luciano da Silva Carvalho APCD-SP Marcio Rodrigues de Almeida UNIMEP-SP Marden Bastos EAP-ABO-MG Ricardo Nakama Clínica particular-PR Roberto Hideo Shimizu UTP-PR Sebastião Interlandi USP-SP Weber José da Silva Ursi FOSJC/UNESP-SP

CIRURGIA ORTOGNÁTICA Eduardo Sant’Ana FOB-USP-SP

OCLUSÃO Paulo Cesar Rodrigues Conti FOB-USP-SP

PATOLOGIA Alberto Consolaro FOB-USP-SP

DIRETORATeresa Rodrigues D'Aurea Furquim

ANALISTA DA INFORMAÇÃOCarlos Alexandre Venancio

PRODUTOR EDITORIALJúnior Bianchi

PRODUÇÃO GRÁFICA E ELETRôNICAAndrés Sebastián Pereira de JesusFernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis JúniorTatiane Comochena

INTERNETCarlos Eduardo de Lima Saugo

BANCO DE DADOSAdriana Azevedo Vasconcelos

E-COMMERCESoraia Pelloi

DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOSAna Claudia da SilvaRachel Furquim Scattolin

DEPARTAMENTO COMERCIALRoseneide Martins Garcia

SUBMISSÃO DE ARTIGOSSimone Lima Lopes Rafael

BIBLIOTECAAlessandra Valeria Ferreira

NORMALIZAÇÃOMarlene Gonçalves Curty

REVISÃO/COPyDESKRonis Furquim Siqueira

DEPARTAMENTO FINANCEIRORoseli MartinsMárcia Cristina Plonkóski Maranha

RECEPÇÃOMichaele Rezende

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é

uma publicação bimestral (seis edições por ano), com tiragem de

4.000 exemplares, da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av.

Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá

- Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva

responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas

não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista.

Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anun-

ciantes.

Assinaturas: [email protected]

ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

INDEXAÇÃO:

Revista Clínica de Ortodontia Dental Pressé indexada pela BIREME, nas bases BBO e LILACS - 2003.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):5 5

editorial

Além da ciência

Desde a Mona Lisa, o retrato mais cultuado do mundo, até o frenesi das ordinárias máquinas digitais dos telefones celu-lares, passando pela irreverência do aclamado artista america-no Andy Warhol — com suas coloridas e divertidas serigrafias do retrato de Marilyn Monroe, na segunda metade do século XX —, o olhar humano reverencia a beleza. A essa altura da humanidade, na era digital e com a explosão da internet, nin-guém mais subestima a força de uma fotografia ao compreen-der e sugerir uma riqueza de implicações. Sucede que acima da marcha real do progresso, ao capturar o caráter histórico da experiência humana, o encantamento da fotografia está na sua implicação psicossocial — o culto à beleza. Um deleite absoluto. Um flash pode ter a energia de um raio de sol. Nin-guém quer se refletir na fotografia com uma estampa imper-feita. Diante dessa expectativa estética, o sorriso passa a ser uma celebração à vida. Nesse contexto, a Ortodontia, como ofício plural que é, acompanha a obsessão humana pelo belo.

A bem da verdade, ninguém poderá acusar a Ortodontia de ter estagnado no tempo. Muito pelo contrário. Desde que o mundo ortodôntico se vergou à construção do conceito Ed-gewise — no primeiro quarto do século passado, arquitetado por Angle, com um braquete para receber um fio retangular correndo num trilho, permitindo o controle tridimensional da movimentação ortodôntica ao retificar o arco dentário — esse acessório ortodôntico tem evoluído. Em tempos de evidente recuo do Edgewise, a partir do Straight Wire, o auge da evo-lução consiste em trocar o sistema braquete/arco/ligadura por um braquete fechado, sem necessidade da amarração. Daí a alcunha de braquete “autoligável”, assunto enfocado com esmero pela Dra. Liliana Ávila Maltagliati, na seção Per-gunte a um Expert. A proposta do braquete autoligável é a ausência da fricção criada com a amarração do arco de nivela-mento. A fricção se define em Ortodontia como as forças que retardam ou impedem o deslocamento. É sinônimo de atrito. Menciona-se que mais de 40% das forças aplicadas em Orto-

dontia se perdem na fricção. Claro que a amarração é apenas um dos fatores determinantes da fricção, como bem expli-ca o excelente artigo do Dr. Flávio A. Cotrim-Ferreira. Junto com os braquetes autoligáveis estão os fios superelásticos, fruto do desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, e a promessa de tratamentos sem extrações, sem aparelhos de ancoragem, com consultas espaçadas, tempo de cadei-ra reduzido e mais conforto. Braquete esse que o professor Sheldon Peck tem descrito como uma evocação ao passa-do filosófico da Ortodontia no seu editorial contundente da Angle Orthodontist (So what’s new? Arch expansion, again? Angle Orthod. 2008;78(3):574). Os braquetes autoligáveis já convenceram muitos ortodontistas e prometem continuar a conquistar adeptos. No entanto, eles devem ser encarados como avanço tecnológico sobreposto a uma ciência secular, o que pressupõe, como qualquer outro domínio do conheci-mento, um saber prévio. Acima do acessório está a mente do ortodontista. O fato incontestável é que o ortodontista en-frenta inúmeros desafios todos os dias, independentemente do braquete que escolha como instrumento de trabalho.

Antes do ofício, é preciso o conhecimento. Além da Or-todontia Forense, Arquitetura, Marketing, e Controvérsias, o leitor vai se deparar nessa edição com uma nova seção: Domínio Conexo. Prometendo despertar o interesse do clí-nico pela erudição acadêmica. A presente edição contém o primeiro artigo de uma série de três comandados pela Dra. Daniela Garib, um dos grandes nomes contemporâneos do estudo ortodôntico. A enorme complexidade dos fatores etiológicos das más oclusões ganha simplicidade nesses 3 artigos pelo crivo do seu olhar atento. A notável erudição que se respira nesses artigos é requisito imprescindível para o desempenho ainda melhor de uma especialidade que abri-ga sucessivos questionamentos. Deleitem-se!

Voltando ao início do editorial, a eloquência da imagem congelada na fotografia partilha passado e presente, atri-buindo cores e odores a momentos distantes, emendando ou subtraindo reminiscências. Enfim, remexendo memórias e sonhos. O sonho comanda a vida. Acende a vontade de viver.

No mais, uma salva de palmas para a Ortodontia.

Omar Gabriel

Omar Gabriel

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pergunte a um expert

Braquetes autoligados ativos x passivos

Nos últimos anos, os braquetes autoligados têm recebido um grande destaque na Ortodontia. A principal característi-ca ressaltada e apontada como vantagem recai sobre o fato de que, ao dispensar a necessidade de ligadura, eliminam o contato do material de amarração com o fio e possibilitam a redução do atrito durante o alinhamento e nivelamento, e também no momento do fechamento dos espaços1.

Esse fato incentivou a popularização dos braquetes nos últimos anos. Desde o final da década de 70 e início da de 80, inúmeros modelos de autoligados foram desenvolvidos e apresentados por quase todas as empresas produtoras de materiais ortodônticos. No quadro 1, estão listados os prin-cipais braquetes autoligados comercialmente disponíveis na atualidade (Fig. 1). Todos apresentam características muito semelhantes e podem ser genericamente divididos em dois grupos: o grupo de braquetes autoligados passivos e o gru-po de autoligados ativos. Todo braquete autoligado, seja ele ativo ou passivo, apresenta a quarta parede móvel, utiliza-da para converter o slot em tubo. No grupo de braquetes passivos, encontram-se os modelos em que a canaleta do braquete é fechada por meio de uma trava que desliza na su-perfície externa das aletas, transformando todos os braque-tes em tubos e criando quatro paredes nas canaletas, rígidas e passivas. No grupo dos braquetes ativos, o fechamento se dá por um clipe que invade uma parte da canaleta, em uma das paredes, superior ou inferior. Esses clipes têm a caracte-rística de exercer certa pressão sobre os fios mais calibrosos, normalmente superiores ao 0,018”. Existe, ainda, um terceiro tipo, com clipes posicionados nas laterais de um braquete com design convencional, desenvolvido pela empresa 3M®, mas que se enquadra no grupo dos passivos, pela sua carac-terística de atuação.

Apesar de serem exaltados por apresentar baixo atrito e existirem diversas opiniões acerca de qual é o melhor mode-lo a ser adotado, a escolha entre um ou outro braquete deve levar em consideração vários aspectos: desde a facilidade de obtenção do produto, seu preço, qualidade de fabricação e vantagens clínicas de cada um, adaptadas ao caso clínico se-lecionado para tratamento.

Quadro 1 Principais modelos de braquetes autoligados disponíveis no mercado, dispostos conforme marca, nome comercial, principais caracte-rísticas e prescrição (*prescrição própria do fabricante).

NOME MARCA COMERCIAL CARACTERÍSTICAS PRESCRIÇÃO

Carriere LX Ortho Organizers metálico, passivo Roth, MBT

Carriere SLB Class One metálico, passivo Roth, MBT

Clarity SL Unitekestético com canaleta

metálica, passivoMBT

Damon 3 Ormco estético, passivohigh,

standard, low*

Damon MX Ormco metálico, passivohigh,

standard, low*

Damon Q Ormco metálico, passivohigh,

standard, low*

Easy Clip Aditek metálico, passivo Roth

Evolution LT Adentametálico, para técnica lingual, passivo/ativo

Roth

In-Ovation C GAC estético, passivo/ativoRoth,

Roncone, 7/3

In-Ovation L GACmetálico, para técnica lingual, passivo/ativo

não disponível

In-Ovation R GAC metálico, passivo/ativoRoth,

Roncone, 7/3

Opal Ultradent estético, passivo Roth

Oyster Gestenco estético Roth

Praxis Glide Lancer metálico, passivo Roth, MBT

Quick Forestadent metálico, passivo/ativo Roth, MBT

Quicklear Forestadent estético, passivo/ativo Roth, MBT

Smart Clip Unitek metálico, passivo MBT

Speed Strite Industries metálico, passivo/ativoHanson,

Roth, MBT, Bioprogressiva

Time Adenta metálico standard*

T3American

Orthodonticsmetálico, passivo/ativo Roth, MBT

Vision LPAmerican

Orthodonticsmetálico, passivo/ativo Roth, MBT

Liliana Ávila Maltagliati*

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Maltagliati LA

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):8-13 13

Essa característica de combinar baixa fricção com en-caixe seguro do fio na canaleta dos braquetes de configu-ração Edgewise só é possível, atualmente, com os braque-tes autoligados. Essa é, provavelmente, a maior vantagem desses braquetes17.

As vantagens demonstradas pelos braquetes autoliga-dos em relação aos convencionais aplicam-se, em princípio, a todos os braquetes autoligados, apesar de o modo como elas são demonstráveis na prática possa diferir. Apresentam maior certeza na inserção total do arco no slot, pouco atrito entre o braquete e o arco, menor tempo de cadeira e maior rapidez na mudança do arco.

A tendência de se esperar “evidências científicas” das inovações é bastante saudável, porém as evidências clínicas são gritantes e saltam aos olhos. Vale lembrar que há muito pouca, se houver, evidência científica demonstrando que o sistema de braquetes pré-ajustados é melhor do que o sis-tema de braquetes padrão (sem incorporação das caracterís-ticas das coroas dentárias) no que se refere à excelência no tratamento ortodôntico. Nem tampouco de que os fios de níquel-titânio são mais efetivos no posicionamento dentário correto de nivelamento. Entretanto, a evidência clínica dos bons resultados e do quanto eles simplificam o tratamento ortodôntico fez com que ocupassem o espaço nas clínicas de Ortodontia. Cremos que o mesmo tende a acontecer com o sistema de braquetes autoligados.

Liliana Ávila MaltagliatiE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

Liliana Ávila Maltagliati Brangeli

Graduada pela Faculdade de Odontologia de Bauru pela Universidade de São Paulo (1991).

Mestre em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (1997).

Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (2000).

Professora do curso de Mestrado em Biologia Oral, área de concentração Orto-dontia, da Universidade do Sagrado Coração em Bauru, São Paulo.

Coordenadora do curso de Especialização em Ortodontia da ABCD-SP.

REfERêNCIAS

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13. Pandis N, Eliades T, Partowi S, Bourauel C. Forces exerted by conventional and self-ligating brackets during simulated first- and second-order corrections. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2008 May;133(5):738-42.

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Page 11: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):14-2414

* Ortodontista do HRAC-USP / Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de

São Paulo. Coordenador do Curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia Preventiva e Interceptiva – Profis,

Bauru/SP. Aluno do curso de doutorado, área de concentração Ortodontia, da Faculdade de Odontologia

de Araçatuba – Unesp.

** Alunos do curso de doutorado, área de concentração Ortodontia, da Faculdade de Odontologia de Araçatuba

– Unesp. Ortodontistas do HRAC-USP / Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade

de São Paulo. Professores do Curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia Preventiva e Interceptiva – Profis,

Bauru/SP.

*** Professor titular da disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade

de Odontologia de Araçatuba - Unesp. Professor do programa de pós-graduação em Ortodontia da Faculda-

de de Odontologia de Araçatuba - Unesp.

Overbite treatment with extrusion of the posterior teeth

O presente artigo descreve um mé-todo simples para redução da sobre-mordida promovendo a extrusão dos dentes posteriores. Tal método alia a técnica do arco contínuo com

Palavras-chave:

Sobremordida profunda. Problema vertical. Ortodontia Corretiva.

Resumo Abstract

Keywords:

Deepbite. Vertical discrepancies. Orthodontics, Corrective.

The current article focuses on a simple method to reduce overbite by extrud-ing the posterior teeth. This method includes both the continuous archwire technique and raising of the anterior

o levantamento de mordida ante-rior e com elásticos de intercuspi-dação na região de pré-molares e molares para extrusão dos dentes posteriores, sobretudo os inferiores.

bite in order to allow the extrusion of the posterior teeth, mostly the lower ones, and with intercuspation elastics in the premolar and molar area.

Omar Gabriel da Silva Filho*

Tulio Silva lara**

Carlos Alberto aiello**

Francisco Antônio Bertoz***

dica clínica

Redução da sobremordida com extrusão dos dentes posteriores

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Silva Filho OG, Lara TS, Aiello CA, Bertoz FA

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):14-24 23

Silva Filho OG, Lara TS, Aiello CA, Bertoz FA

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):14-24 23

consideRAções finAisA extrusão dos dentes posteriores com finalidade de re-

duzir a sobremordida está subordinada ao diagnóstico mor-fológico da má oclusão. A extrusão é permitida quando a po-sição vertical dos incisivos é considerada normal, numa face sem excesso vertical. Uma mecânica com acessórios palatinos “stop e guia” para a desoclusão posterior e uso de elásticos é eficiente para a correção da sobremordida profunda.

Figura 12 Traçado cefalométrico final (A). Sobreposição cefalométrica total (B). Sobreposições de maxila e de mandíbula, respectivamente (C, D).

11/08/2005

30/06/2003

11/08/2005

11/08/2005

30/06/2003 11/08/2005

30/06/2003 11/08/2005

A B

C D

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dica clínica Redução da sobremordida com extrusão dos dentes posteriores

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):14-2424

REfERêNCIAS

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Omar Gabriel da Silva filhoRua Rio Branco, 20-81 – Altos da Cidade – 17.014-037 – Bauru / SPE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):2828

1st inteRnAtionAl meeting - eRosionDAtA: 20, 21 e 22 de outubro de 2010

LoCAL: Bauru / SP

InForMAçõEs: [email protected] www.fob.usp.br/erosion2010

oRtodontiA dos 8 Aos 80 - Bem estAR e quAlidAde de vidADAtA: 11 e 12 de junho de 2010

LoCAL: Brasília / DF

InForMAçõEs: www.abordf.com.br

14º encontRo ex-Alunos de oRtodontiA de ARARAquARADAtA: 27 e 28 de agosto de 2010

LoCAL: Curitiba / PR

InForMAçõEs: (11) 2031-2300 / (11) 2037-0623 www.aoa.org.br

i JoRnAdA oRtodÔnticA dA ABoR-ceARÁDAtA: 29, 30 e 31 de julho de 2010

LoCAL: Hotel Luzeiros - Fortaleza / CE

InForMAçõEs: (85) 3226-9172 / 3242-3036

3º ccoRto - 2010DAtA: 24 a 26 de junho de 2010

LoCAL: Florianópolis / SC

InForMAçõEs: (48) 3322-1021 www.ccorto.com.br

v encontRo de Alunos e ex-Alunos do cuRso de esPeciAlizAção em oRtodontiA dA ABo-PADAtA: 3 e 4 de setembro de 2010

LoCAL: Belém / PA

InForMAçõEs: (91) 3227-63682 / (91) 3276-0500 [email protected]

1º cuRso de imeRsão em oRtodontiA linguAlDAtA: 1 a 5 de junho de 2010 (1º módulo)

LoCAL: Belo Horizonte / MG

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eventos

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):29 29

* Professora doutora em Odontologia Legal e Dentologia/FOP Unicamp. Professora titular da gradua-

ção e pós-graduação da PUCPR. Professora adjunta doutora da UFPR.

Beatriz Helena Sottile França*

ortodontia forense

“encantando”o paciente

Uma preocupação constante dos cirurgiões-dentistas tem sido quanto ao modo como têm que agir em rela-ção à captação de pacientes. Para tanto, os profissionais têm recorrido a empresas que prestam tais serviços e, após terem colocado em prática a proposta contratada, se defrontam com a fiscalização dos órgãos de classe que os orientam que a prática re-alizada fere a legislação vigente, frustrando, assim, seus interesses e trazendo-lhes prejuízo. Para se evitar tais transtornos, orienta-se, sempre, buscar informação junto ao conselho da classe, antes de adqui-rir o serviço, porque as empresas querem vender seu produto e não se atêm ao que preconiza a legisla-ção vigente.

Ao pretender realizar um trata-mento — seja médico, odontológi-co ou qualquer outro da área —, o paciente sempre busca conversar com alguém em quem confia para lhe orientar em relação à escolha do profissional. O chamado processo “boca a boca” ainda é o utilizado pelas pessoas quando se trata de cuidados com sua saúde.

O que deve ser lembrado pelos profissionais de saúde é que a captação de pacientes só é efetivamente realiza-da quando da primeira consulta. O fato de o paciente es-tar em sua sala de espera configura que teve informações positivas a seu respeito, mas tudo vai depender dessa primeira relação.

A esse respeito, muito se tem escrito sobre “encan-tar” o paciente. Na maioria das vezes, ele não volta devi-do às mirabolantes “ofertas” que lhe são feitas no senti-do de encantá-lo, tais como: “cobrir orçamentos” feitos por outros colegas, deixar de cobrar a consulta, atender o desejo do leigo quando não indicado o procedimento, e tantas outras formas que têm sido erroneamente preco-nizadas e utilizadas.

O que o paciente deseja é confiar no profissional, e isso só acontece quando ele tem diante de si alguém que de-monstra segurança, conhecimento e comportamento ade-quado, próprio de um profissional que se preocupa com a condição dele, que se coloca como “cuidador” de sua saúde bucal, alguém que esteja comprometido em tratá-lo

do melhor modo possível, de acor-do com o que lhe está indicado e é preconizado pela ciência.

Encantar o paciente significa res-peitar a sua autonomia por meio de informações detalhadas a respeito de suas necessidades, sobre as alter-nativas atualizadas para a resolução de seus problemas, e sobre os riscos do tratamento a ser realizado. Ter comportamento ético e respeitoso, próprio de quem se dedica a cuidar da saúde das pessoas, é dedicar-lhe atenção, esclarecendo todas as suas dúvidas, deixando claros os direitos e deveres recíprocos.

Paciente satisfeito é o paciente bem informado. A informação clara e precisa, além de atender os dispo-

sitivos legais, é a conduta que mais estreita os laços de confiança na relação. É a conduta que realmente encanta o paciente, e paciente encantado é fonte de captação de novos pacientes.

Beatriz Helena Sottile françaRua Professor Arnaldo Alves de Araújo, 31 - Seminário80.740-430 - Curitiba/PRE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

... o paciente deseja confiar no profissional, e isso só

acontece quando ele tem diante de si alguém que demonstra segurança, conhecimento e comportamento adequado.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):30-130

Como conseguir melhores resultados no trabalho usando o ambiente a seu favor

Maria Augusta Paes de Mello*

arquitetura

ergonomia no consultório odontológico - Parte ii

Buscando melhorar a relação entre o profissional e seu ambiente de trabalho, na edição anterior iniciamos a exposi-ção de considerações a respeito da ergonomia no consultório odontológico, a correta posição de trabalho e a importância de sua observância para evitar o aparecimento de doenças ocupacionais, como dores nas costas, que podem prejudicar o desempenho profissional. Falamos sobre os movimentos realizados pelo profissional e sua assistente, o correto posi-cionamento do profissional no mocho e as posições de tra-balho básicas para o profissional. Nessa edição faremos as considerações finais a respeito desse assunto.

Conforme já citado na edição anterior, é importante que os movimentos, tanto do dentista quanto de sua assistente, sejam racionalizados para um melhor rendimento do traba-lho, evitando ao máximo manobras improdutivas. Dessa for-ma, a dimensão e o posicionamento dos equipamentos no consultório são muito importantes para tornar o ambiente er-gonômico. O consultório odontológico deve ter dimensões em torno de 9m², geralmente 3mx3m, permitindo abrigar todo o equipamento, o dentista, sua auxiliar e o paciente, vi-sando a funcionalidade2. Pode-se ter também um consultório com 3m de largura por 4m de comprimento, que funcionará muito bem quando se trabalha com diversas auxiliares1. O tamanho da sala poderá ter medidas de até 5mx5m ou mais, o importante é a montagem ergonômica dos acessórios e equipamentos dentro das áreas de trabalho do dentista e auxiliares que serão descritas a seguir. O esquema de circu-lação do paciente deve ser estratégico, sua admissão e saí-da devem ser por uma porta à direita ou à frente da cadeira clínica, não interferindo na área de ação dos profissionais. Os equipamentos deverão estar dispostos de acordo com a posição da cadeira clínica, estando essa sempre na diagonal, ao longo do eixo da sala, o que permitirá maior diâmetro de área de ação dos profissionais.

Para a análise da distribuição do equipamento na sala clínica, as entidades ISO/FDI convencionaram a divisão da mesma idealizando um mostrador de relógio2. O centro cor-responde ao eixo dos ponteiros e à boca do paciente, quan-do em posição supina. Foram levados em conta três círculos

concêntricos — A, B e C, de raios 0,5m; 1,0m e 1,5m, respec-tivamente — que se destinam à localização dos elementos do equipamento. O eixo 6-12 horas divide a sala em duas áreas, à direita e à esquerda da cadeira: essas áreas são des-tinadas ao dentista e à auxiliar, respectivamente.

Na área delimitada pelo círculo A (Fig. 1), devem estar situadas as pontas ativas do equipo, compreendendo a área de transferência, e também ambos os mochos3. A área delimitada pelo círculo A corresponde à chamada “zona de transferência”, onde tudo que se transfere à boca do

Figura 1 Eixo 6-12 horas e a área delimitada pelo círculo A, “zona de transferência”. (Fonte: Martins3).

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Figura 3 Área delimitada pelo círculo C, área total do consultório. (Fonte: Martins3).

Figura 2 Área delimitada pelo círculo B, chamado “espaço mínimo de pega”. (Fonte: Martins3).

paciente deve estar situado, como instrumentos e as pontas do equipo e da unidade auxiliar.

A área delimitada pelo círculo B (Fig. 2) é o chamado “espaço mínimo de pega”e nele devem estar localizados o corpo do equipo e da unidade auxiliar, a mesa auxiliar e as gavetas abertas dos armários fixos3. A área delimitada entre os círculos A e B é a chamada “área útil de trabalho”, alcan-çada nos movimentos com o braço estendido.

A região delimitada pelo círculo C (Fig. 3) limita a área total do consultório e nela devem estar a pia e os armários fixos3. A área delimitada entre os círculos B e C não deve exceder os 3 metros de diâmetro, para não se tornar antiergonômica.

Dessa forma, frente aos fatos descritos ao longo dessas duas edições, vimos que a ergonomia busca melhorar a rela-ção entre o profissional e seu ambiente de trabalho, objeti-vando minimizar e prevenir o aparecimento de doenças ocu-pacionais, como a dor nas costas, e o gasto de energia com movimentos desnecessários. Usando essas dicas, você poderá usar o ambiente a seu favor, melhorando o seu dia a dia no consultório e atendendo o seu paciente com maior disposição.

* Graduada em Arquitetura com especialização em Arquitetura de Interiores – Projeto de Ambiente e

Qualidade de Vida pela Unifil - Londrina. Desenvolve projetos para clínicas e consultórios.

Maria Augusta Paes de MelloE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

REfERêNCIAS

1. Barros OB. Ergonomia 1: a eficiência ou rendimento e a filosofia correta de trabalho em Odontologia. 2ª ed. São Paulo: Pancast; 1999.

2. Naressi WG. Ergonomia em Odontologia: o consultório. 3ª ed. São Paulo: Gnatus; 2001.

3. Martins DPL. Desenhe seu consultório. [Acesso em 2010 mar 2]. Disponível em: www.dabiatlante.com.br/br/uni_artigos02.php#.

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Ricardo nakaMa*

marketing

“negociação ortodôntica”

Para estar prontos para diagnosticar, planejar e conduzir um tratamento ortodôntico, investimos cinco anos de gra-duação, vários cursos de aperfeiçoamento, inúmeros con-gressos, três anos de especialização, incontáveis horas de estudo e milhares de reais. Paralelamente à especialização, vamos idealizando o perfil dos clientes que queremos aten-der, definimos as técnicas e os serviços que ofereceremos, selecionamos um local para instalar o consultório, contrata-mos e treinamos as auxiliares e, finalmente, montamos uma comunicação eficaz, que divulgue nosso consultório e atraia os clientes. O técnico-científico e o marketing são aspectos complementares dos consultórios odontológicos: são fa-ces da mesma moeda. Aquele desen-volve o serviço, e esse viabiliza sua execução como promotor de saúde e bem-estar, e como opção de carreira.

Existe um momento especial na relação com o cliente em que os conhecimentos técnico-científicos e todo esforço de marketing se en-trelaçam com maior intensidade: a “negociação ortodôntica”. A nego-ciação ortodôntica é o momento da verdade, em que o cliente decreta seu veredicto final, fechando ou não o tratamento com o dentista. Veremos a seguir as fases do processo de negociação (planejamento, execução e contro-le), e algumas boas práticas que aumentarão as chances de ganhar o “Sim” do nosso cliente.

1. PlAneJAmento dA negociAção

O planejamento ocorre antes da apresentação do plano de tratamento para o cliente, e tem o objetivo de dar ao dentista uma visão mais clara do cenário que irá encontrar na negocia-ção, aumentando sua confiança e as chances de fechar um bom

negócio. Nessa fase, avaliamos o perfil e as expectativas do cliente. O cadastro é uma fonte imprescindível de informações sobre o cliente, e deve conter dados pessoais como endereço, profissão, empresa, escola e nome dos familiares. Conhecer os esportes que pratica, os hobbies, e até o time para o qual torce pode somar pontos valiosos de afinidade, que ajudarão a criar um vínculo com o cliente. Embora esses dados complemen-tares possam ser conhecidos em um momento mais descon-traído da conversa, tornando a interação mais espontânea e

natural, a aplicação de um questionário direto sistematiza a coleta.

O planejamento clínico está in-serido no plano de negociação, sen-do o próprio objeto negociado. Ao dentista cabe decidir a indicação do protocolo clínico mais adequado, mas tendo sempre em mente que o pla-no deve contemplar a satisfação da expectativa do cliente, afinal, o que ele está disposto a comprar não é o tratamento propriamente dito, mas a solução do seu problema. O plane-jamento clínico deve focar a queixa principal do cliente.

Para definir o plano de pagamen-to, além dos fatores mais objetivos como custos fixos e variáveis, é preci-

so considerar a complexidade do caso, experiência clínica e o posicionamento do profissional no mercado. Esses últimos, sim, devem ser os principais fatores a se considerar. Não varie aleatoriamente seus preços, mas estabeleça uma política de preços e descontos, com os limites máximo e mínimo acei-táveis. Ter critérios gera credibilidade e confiança. Disponi-bilize para o cliente opções de pagamento, como cheque, parcelamento e cartões de crédito ou débito.

O ambiente da negociação também deve ser planeja-do. Prepare uma sala tranquila, organizada e confortável, onde não haja trânsito ou interrupções. Tenha à disposição vários recursos que auxiliem a esclarecer para o cliente os

Os clientes não são todos iguais, portanto, lembre-se de

ajustar sua forma de abordagem de comunicação ao perfil

dos mesmos.

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Nakama R

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):32-3 33

procedimentos propostos, como macro modelos, modelos de estudo, fotografias de casos clínicos, desenhos esquemá-ticos, sites e depoimentos. Vídeos e câmera intrabucal costu-mam causar uma boa impressão e têm bons resultados.

Prepare-se para as possíveis objeções que o cliente pode fazer, como tempo de tratamento, outras opções de trata-mentos, riscos envolvidos, além, é claro, da questão finan-ceira. Para contornar as resistências dos clientes, prepare-se para contra-argumentar com as qualidades, os benefícios, facilidades e conveniências que você oferece. E, principal-mente, conquiste o cliente com atitude confiante e empática.

2. execução dA negociAção

Tendo planejado a negociação, agora é estar frente a frente com o cliente. Iniciar a conversa com amenidades aju-da a quebrar a ansiedade do cliente e cria um clima amistoso. Recomeçar com ganchos da conversa do primeiro encontro é sinal de consideração pelo cliente, e é sempre bem recebi-do. Por exemplo, será muito simpático perguntar como foi a pescaria que o cliente comentou que faria no fim de semana seguinte àquela consulta. Se precisar de um lembrete, não se acanhe em anotar essas conversas iniciais nos registros do cliente. Considere que ter o cuidado de não esquecê-las é um ato de consideração pelo cliente. Após o contato inicial, explique para o cliente que a finalidade da consulta é ex-plicar o diagnóstico e o tratamento, e que ele pode ficar à vontade para tirar todas as dúvidas. Para facilitar a comuni-cação, apresente suas propostas com o auxílio de materiais explicativos e a própria documentação ortodôntica.

Os clientes não são todos iguais, portanto, lembre-se de ajustar sua forma de abordagem de comunicação ao perfil dos mesmos. No início da minha carreira ortodôntica, ne-gociava com os clientes me detendo muito nos números e análises diagnósticas, mostrando os acessórios que seriam utilizados no tratamento, explicava como seriam as consul-tas de ativação e a previsão do tempo de tratamento. Com a experiência, percebi que essa abordagem técnica, cheia de números, interessa pessoas com perfil mais racional. Mas, um cliente de perfil mais emocional ficará mais interessado pelo tratamento se ouvir que ele ficará bonito com um novo sorriso, sem a necessidade de enfatizar questões técnicas. Como leigos, o que os sensibiliza são suas próprias expec-tativas e percepções sobre o tratamento. Com preparo para entender as várias dimensões da Ortodontia (técnica, cien-tífica, histórica, estética, funcional, psicológica, social, etc.) cabe a nós, profissionais, utilizar a melhor abordagem de comunicação com cada cliente.

Para muitos dentistas, a discussão dos valores de hono-rários costuma ser o momento mais difícil da negociação. A tática do “Se... então” é uma boa forma de limitar as conces-sões, ao mesmo tempo em que mantém a decisão na mão do cliente. Funciona, por exemplo, quando o cliente pede um desconto, e a resposta é “SE eu te der o desconto, EN-TÃO o pagamento será à vista”, ou “SE pagar em parcelas, ENTÃO não terá o desconto”. O “Se... então” não nega o pedido do cliente e equilibra naturalmente a negociação. Além de descontos, existem várias alternativas que podem ser utilizadas como moeda de troca em uma negociação: outras técnicas de tratamento (fixo, móvel), formas de paga-mento (cheque, cartão de crédito, cartão de débito, à vista, a prazo), utilização de diferentes materiais (metal, porcelana), tempo de atendimento, realizar o tratamento por partes, etc.

Chegando a um acordo satisfatório entre o dentista e o cliente, encerra-se a negociação registrando os termos em um contrato, ou no próprio prontuário, especificando os pro-cedimentos contratados e as formas de pagamento.

Muitos veem as negociações como uma disputa, onde quem pode mais chora menos. Ao contrário, o dentista bom negociador sabe conciliar os resultados com o relacionamento com os clientes, mantendo suas perspectivas de longo prazo. Ganha o sorriso do cliente, e ganha a carreira do dentista.

Ricardo NakamaE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

* Cirurgião-dentista, doutor em Ortodontia pela Unesp-Araraquara, MBA em gestão empresarial pela

FGV, autor do Ortosoft, programa de gerenciamento de clínicas odontológicas. Consultor do Pro-

grama Pró-clínica do Sebrae.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):3434

sua clínica

dra. mariana moron

Graduada pela Universidade Metropolitana de Santos (SP) em 2001, com especialização em Cirurgia e Traumatolo-gia Bucomaxilofacial pela APCD/SP, a cirurgiã-dentista Ma-riana Moron sempre esteve focada na atenção e na qualida-de do tratamento dentário.

Desde o início de sua carreira profissional, procurou, aci-ma de tudo, proporcionar, além do tratamento, a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Edificada em 2008, a clínica com 183m2 ocupa uma área de 240m2 no centro de Sorocaba (SP). Com estacionamento para quatro veículos, facilita o acesso a todos os pacientes. O projeto é assinado pelo arquiteto Marcelo Sodré.

Na parte interna, a funcionalidade se reflete na distri-buição equilibrada de duas salas de atendimento, labora-tório e escritório.

Para proporcionar maior amplitude ao espaço, todos os ambientes servidos são separados por um corredor com paredes de vidro. O material também foi escolhido para fechar as salas de atendimento, possibilitando aos pacien-tes a visão de harmoniosos jardins, que propiciam um cli-ma de tranquilidade.

“O cuidado com a edificação da clínica é constatado em cada detalhe”, destaca a cirurgiã-dentista.

A clínica proporciona aos seus clientes tranquilidade e conforto, fatores para um bom atendimento e qualidade nos tratamentos.

Page 24: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):34 35

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):41-8 41

* Mestre em Ortodontia pela FOUSP. Doutor em Diagnóstico Bucal pela FOUSP. Professor associado do

departamento de Ortodontia da Unicid.

The influence of friction in orthodontics

São inúmeros os fatores a serem con-siderados pelo profissional quando do planejamento mecânico de uma terapia ortodôntica. Dentre esses, o coeficiente de atrito tem chamado grande atenção de clínicos e pesqui-sadores, principalmente após a po-pularização dos braquetes autoliga-dos. No presente artigo são listadas as diversas características do apare-lho ortodôntico que interferem na

Palavras-chave:

Atrito. Materiais ortodônticos. Braquetes autoligados.

Resumo Abstract

Keywords:

Friction. Orthodontic materials. Self-ligating brackets.

There are numerous factors to be con-sidered by the professional when plan-ning a mechanical orthodontic thera-py. Among these items, the coefficient of friction has drawn great attention of clinicians and researchers, especially after the popularization of self-ligating brackets. In this article, are listed the various characteristics of the orthodon-tic appliance which interfere with the generation of frictional forces between

geração de forças de atrito, ou fric-ção, entre o fio ortodôntico e o bra-quete, quando da realização de uma mecânica de deslize. Objetiva-se fornecer ao ortodontista subsídios para um melhor controle biomecâ-nico e, desta forma, agilizar a movi-mentação dentária, reduzir o dano tecidual decorrente da terapia, as-sim como encurtar o tempo total de tratamento.

the orthodontic wire and the bracket, when performing a sliding mechanics. The aim is to provide information to the orthodontist to perform better bio-mechanicaly controlled cases and thus be able to speed up tooth movement, reduce tissue damage resulting from therapy as well as shortening the over-all treatment time.

Flavio A. COTRIM-Ferreira*

artigo inédito

A influência do atrito na mecânica ortodôntica

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Cotrim-Ferreira FA

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):41-8 47

P Q

Figura 6 Sequência clínica do nivelamento den-tário, em um caso com extrações, empregando-se braquetes autoligados. s t

r

K L M

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Figura 7 O Ângulo Crítico de Contato (Φ) é aquele formado entre o fio e a canaleta do bra-quete a partir do qual o atrito começa a aumen-tar significativamente. O mesmo depende da di-mensão transversal do fio, da altura da canaleta (0,018” ou 0,022”) e da largura do braquete (se simples ou gêmeo).

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artigo inédito A influência do atrito na mecânica ortodôntica

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):41-848

REfERêNCIAS

1. Burstone CJ. A moderna mecânica Edgewise e a técnica do arco segmentado. 1ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 2003.

2. Burstone CJ. The segment arch approach to space closure. Am J Orthod. 1982;82(5): 361-78.

3. Burstone CJ. Application of bioengineering to clinical orthodontics. In: Graber TM, Swain BF, editors. Orthodontics - current principles and techniques. St. Louis: C. V. Mosby; 1985. p. 193-227.

4. Daems J, Celis JP, Willems G. Morphological characterization of as-received and in vivo orthodontic stainless steel archwires. Eur J Orthod. 2009 Jun;31(3):260-5.

5. Dobrin RJ, Kamel IL, Musich DR. Load-deformation characteristics of polycarbonate orthodontic brackets. Am J Orthod. 1975;67(1):24-33.

6. Hain M, Dhopatkar A, Rock P. A comparison of different ligation methods on friction. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006 Nov;130(5):666-70.

7. Harradine NWT. Self-ligating brackets: where are we now? J Orthod. 2003 Sep;30(3):262-73.

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26. Thorstenson GA, Kusy RP. Resistance to sliding of self-ligating brackets versus conventional stainless steel twin brackets with second-order angulation in the dry and wet (saliva) states. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001 Oct;120(4):361-70.

27. Wadhwa R, Kwon HK, Close JM. Frictional resistances of different bracket-wire combinations. Aust Orthod J. 2004;20(1):25-30.

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ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

O Ângulo Crítico de Contato (Φ) depende da dimensão transversal do fio, da altura da canaleta (0,018” ou 0,022”) e da largura do braquete (se simples ou gêmeo). Quanto maior for o calibre do fio e quanto maior for a largura me-siodistal e menor for a altura cervico-oclusal do braquete, menor será o Ângulo Crítico de Contato.

Experimentos desenvolvidos por Kusy e Whitley12 em 1999 mostraram que, para se deslizar um fio de aço 0,014” x 0,022” em um braquete de aço com canaleta 0,018”, o Ângulo Crítico de Contato é de 2,9º. Entretanto, se empre-gado um fio 0,019” x 0,025”, o Φ será de apenas 0,5º. Esse exemplo demonstra a necessidade de realizar-se um exce-lente nivelamento e alinhamento dentário antes de qual-quer tentativa de retração, principalmente se empregadas as técnicas de deslize14.

conclusões

Os fatos apresentados realçam a necessidade de entendi-mento, por parte do ortodontista, dos fatores que interferem na geração de atrito quando do deslize do fio ortodôntico nas canaletas de encaixe dos braquetes. O atrito está presente em diversas fases do tratamento corretivo, porém desempe-nha papel crítico nas etapas de nivelamento e de fechamento de espaços. A busca por um melhor controle friccional da te-rapia ortodôntica tem levado os pesquisadores a desenvolve-rem novos fios, braquetes e métodos de ligação entre esses elementos. A evolução da Ortodontia certamente caminhará na direção de sistemas mecânicos que gerem menor atrito, beneficiando, desta forma, os pacientes e os profissionais com tratamentos mais eficientes, rápidos e fisiológicos.

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Page 35: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):51-6 51

* Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, USP. Aluna do curso de pós-graduação em

Ortodontia, nível doutorado, pela Faculdade de Odontologia de Bauru, USP.

** Professor associado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP. Professor

adjunto da Faculdade do Norte do Paraná, Unopar.

*** Mestre e doutora pela Faculdade de Odontologia de Bauru, USP. Professora do curso de especialização do

CORA, Bauru.

**** Mestre e doutor pela Faculdade de Odontologia de Bauru, FOB-USP. Professor em Ortodontia pela Universi-

dade Metodista de São Paulo, Umesp.

***** Professor associado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP.

Anterior open bite treatment with bonded spur appliance and chincup therapy

A prevalência da mordida aberta anterior é quatro vezes maior em indivíduos com padrão hiperdiver-gente e hábitos de sucção prolon-gados. O aparelho esporão lingual colado surge como uma alternativa viável para o tratamento dessa má oclusão, podendo ser utilizado em

Palavras-chave:

Ortodontia. Má oclusão. Mordida aberta anterior.

Resumo Abstract

Keywords:

Orthodontics. Malocclusion. Anterior open bite.

The prevalence of anterior open bite is four times bigger in people with fa-cial hyperdivergency and prolonged sucking habits. The bonded lingual spur appliance provides a viable al-ternative for the treatment of this malocclusion and for an improved vertical control, the high-pull chincup

associação com a mentoneira para um melhor controle vertical da face. O presente artigo revisa con-ceitos referentes ao aparelho espo-rão e a importância de se realizar o controle vertical durante o trata-mento da mordida aberta anterior na dentadura mista.

therapy can also be used. This article reviews the concepts regarding the bonded lingual spur appliance and the importance of vertical control throughout the treatment of the ante-rior open bite in the mixed dentition.

Michelle Alonso CaSSiS*

Renato Rodrigues de alMeida**

Renata Rodrigues de alMeida-Pedrin***

Fernando César torreS****

Arnaldo Pinzan*****

tratamento da mordida aberta anterior com esporão

colado e mentoneira

caso clínico

Page 36: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Cassis MA, Almeida RR, Almeida-Pedrin RR, Torres FC, Pinzan A

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):51-6 55

Figura 5 Telerradiografias laterais inicial (A) e final (B), demonstrando a correção da mordida aberta anterior.

A B

Quadro 1 Medidas cefalométricas iniciais e finais.Figura 6 Sobreposição dos traçados cefalomé-tricos inicial (preto) e final (vermelho), demons-trando as alterações obtidas com o tratamento.

MEdIdAS INICIAL fINAL

SNA 80,6 81,4

SNB 78,5 79,4

ANB 2,1 2,0

SN.Gn 68,6 67,0

SN.GoGn 35,2 31,4

Ângulo goníaco 133,7 132,5

1.NA 33,8 31,7

1-NA 8,5 8,2

1.NB 39,8 38,7

1-NB 7,8 8,2

Overbite -4,1 2,3

Ângulo nasolabial 103° 101,5°

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caso clínico Tratamento da mordida aberta anterior com esporão colado e mentoneira

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):51-656

REfERêNCIAS

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Michelle Alonso CassisAlameda Octavio Pinheiro Brisola 9-75 – 17.012-901 Bauru / SPE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

consideRAções clínicAs

Quando existe alguma participação do componente esquelético na etiologia da mordida aberta anterior, via de regra, o tratamento exige a interceptação dos fatores locais que impedem o desenvolvimento dentoalveolar normal, acompanhada do controle do crescimento vertical, a fim de proporcionar um melhor resultado estético.

Seguindo esse raciocínio, optou-se por realizar o trata-mento do paciente apresentado no presente trabalho com o esporão lingual colado Nogueira®, associado ao uso da mentoneira para um melhor controle vertical, seguindo a

metodologia de alguns estudos já publicados17,18,20,22.O protocolo de tratamento empregado proporcionou a

correção da mordida aberta anterior em apenas sete me-ses. A ausência de ferimentos na língua do paciente du-rante todo o tratamento comprovou que a mesma ficou estimulada a não tocar nos esporões durante a realização de suas funções e durante o repouso, sugerindo uma alte-ração postural da língua com o uso dos esporões, confor-me relatos de diversos autores7,9,10,11,13. Cabe ressaltar que, apesar dos bons resultados obtidos por esse protocolo de tratamento, a estabilidade em longo prazo deve ser estu-dada em amostras prospectivas e randomizadas.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):59-64 59

* Mestre e especialista em Ortodontia pela Universidade São Leopoldo Mandic.

The Sliding-Jig in orthodontic practice

O emprego de dispositivos auxi-liares no tratamento ortodôntico não é necessariamente novo. O Sliding-Jig é um aparato de bai-xo custo, fácil confecção e grande aceitação por parte do paciente. Suas principais indicações consis-tem em movimentações dentárias utilizando-se a ancoragem inter-maxilar, tais como a distalização de

Palavras-chave:

Retração. Distalização. Cursores.

Resumo Abstract

Keywords:

Retraction. Sliding-Jig. Distalization.

The use of assistant devices on orth-odontic treatment is not necessar-ily new. The Sliding-Jig is a low cost and easy to make device besides have great acceptance by patient. Its main indications are tooth movement us-ing intermaxillary anchorage, as well molars distalization, canines and bicuspids retraction among others. The appropriate preparation of the

molares, a retração de pré-molares e caninos, entre outros. A prepara-ção adequada da arcada antagonis-ta se faz necessária, para minimizar os efeitos colaterais do uso dos elásticos intermaxilares. A neces-sidade de cooperação por parte do paciente também deve ser incluída nas variáveis a serem analisadas no planejamento ortodôntico.

antagonistic arch is necessary, to min-imize de undesirable effects produced by intermaxillary elastics. The need of patient´s cooperation should also be included on the variables that will be analyzed in the orthodontic planning.

Marcos Salomão MoSCardini*

o “sliding-Jig” na prática ortodôntica

artigo inédito

Page 41: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Moscardini MS

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):59-64 63

cAso clínico

Com o intuito de ilustrar uma das indicações clíni-cas do uso do Sliding-Jig, será apresentado um caso clínico onde optou-se por utilizar um aparelho distali-zador intrabucal (Pendulum) para a correção da Classe de molares do lado esquerdo e recuperar o espaço do canino superior esquerdo. Após a instalação do distali-zador, esse permaneceu ativo até que a relação de clas-se dos molares fosse obtida. Em seguida, foi instalado um Botão de Nance para ancorar os molares. Foi então

feita a instalação do Sliding-Jig, com o propósito de re-trair os pré-molares e recuperar o espaço para o canino superior do lado esquerdo. Após três meses de uso, é possível ver o espaço do canino totalmente recupera-do e pode-se notar que não houve nenhuma perda de ancoragem do molar (Fig. 6 a 9). É importante ressaltar que, no momento da instalação do dispositivo, a arcada inferior ainda estava com um fio de aço redondo, que apenas recebeu uma dobra, para evitar a extrusão do molar, pois havia a intenção de uma leve vestibulariza-ção dos incisivos inferiores.

Figura 6 Modelos iniciais.

Figura 7 Resultado após o uso do distalizador.

BA C

ED

D

BA C

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artigo inédito O “Sliding-Jig” na prática ortodôntica

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):59-6464

Figura 8 Instalação do Sliding-Jig.

Figura 9 Retração dos pré-molares e recuperação de espaço para o canino.

conclusão

O Sliding-Jig é um dispositivo altamente viável na prática ortodôntica, tendo em vista que pode ser utilizado em mui-tas alternativas mecânicas, tem baixo custo, fácil confecção e é bem tolerado pelo paciente. Desde que os cuidados com

a arcada antagonista sejam tomados, é possível controlar, de forma bastante precisa, os efeitos colaterais do uso dos elásticos intermaxilares. É importante ressaltar que o pacien-te deve estar motivado, tendo em vista que esse dispositivo depende de sua colaboração, e a ausência dessa pode cau-sar o comprometimento da fase do tratamento em questão.

REfERêNCIAS

1. Alves PVM, Bolognese AM, Souza MMG. Movimento distal dos molares usando o Sliding-Jig. Rev Clín Ortod Dental Press. 2005-2006 dez-jan;4(6):83-9.

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Marcos Salomão MoscardiniRua Gileno Amado, 220 / Goes Calmon – 45.605-385 – Itabuna / BAE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

BA C

BA C

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):67-76 67

* Especialista em Ortodontia pela ABO Divinópolis/MG.

** Especialista em Ortodontia pela PUC-Minas. Mestranda em Implantodontia na PUC-Minas.

Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO Divinópolis-MG.

*** Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic, Campinas/SP.

Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da ABO Divinópolis/MG.

**** Mestre e doutor em Ortodontia pela Unesp Araraquara/SP.

Coordenador do Curso de Especialização de Ortodontia da ABO Divinópolis/MG.

Mandibular molars uprighting: Literature review and case report

Palavras-chave:

Tratamento ortodôntico. Verticalização de molares. Tecidos periodontais.

Keywords:

Orthodontic treatment. Molars uprighting. Periodontal tissues.

A verticalização de molares in-feriores com abertura ou fecha-mento de espaço constitui um movimento muito utilizado em pacientes adultos. Esse movimen-to pode causar extrusão, interfe-rências oclusais e envolvimento

Resumo Abstract

The uprighting of mandibular molars with opening or closing spaces consist on a movement very used in adult patients. This movement can cause teeth extrusion, occlusal interferences and periodontal involvement. The purpose of this article is to approach

periodontal. O objetivo do pre-sente artigo é abordar aspectos ortodônticos e periodontais en-volvidos na verticalização de mo-lares, apresentando um caso clíni-co de verticalização e mesialização bilateral dos molares inferiores.

orthodontic and periodontal aspects related to molars uprighting and to present a clinical case of bilateral up-righting and mesial movement of man-dibular molars.

Verônica Cristiani Benicá girelli*

Gláucia Lacerda SantoS**

Francisco Ferreira nogueira***

Sérgio Milton M. M. Penido****

verticalização de molares inferiores:

revisão de literatura e relato de caso clínico

artigo inédito

Page 46: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Girelli VCB, Santos GL, Nogueira FF, Penido SMMM

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):67-76 75

Figura 20 Radiografia panorâmica final.

Figura 19 Levantamento periapical final: perda óssea horizontal generalizada e localizada na região mesial dos molares inferiores.

conclusão

A verticalização de molares inclinados é útil e necessária, pois possibilita uma melhora nas condições periodontais dos dentes inclinados, levando a uma diminuição das bolsas in-fraósseas. Com isso, ocorre melhora da topografia óssea e gengival, o que proporciona um melhor acesso para controle de higienização, devolvendo ao indivíduo saúde dos tecidos de suporte e uma maior longevidade dos mesmos.

AgRAdecimentoAgradecemos à Dra. Glaucia Lacerda Santos, que gentil-

mente forneceu o caso clínico apresentado nesse artigo.

Figura 18 Fotografias intrabucais finais: oclusão normal com relação de molares em Classe II.

A B C

D E

Page 47: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

artigo inédito Verticalização de molares inferiores: revisão de literatura e relato de caso clínico

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):67-7676

REfERêNCIAS

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Verônica C. Benicá GirelliR. Tenente Garro,154, Ap. 201, Sta Efigênia – 30.240-360 – Belo Horizonte/MGE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

Page 48: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):77-97 77

* Professora doutora de Ortodontia, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e Faculdade de Odon-

tologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

** Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo. Coorde-

nador do Curso de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Sociedade de Promoção Social do Fissurado

Labiopalatal (PROFIS).

*** Professor titular e chefe do departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de

Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

Etiology of malocclusions: Clinical perspective (Part I) — Genetic factors

A etiologia das más oclusões repre-senta um tema de importância rele-vante na especialidade Ortodontia. Primeiro, por cumprir um compro-misso acadêmico, a erudição fun-damental do especialista. Segundo, por possibilitar ao ortodontista uma visão mais aprofundada, e por isso mais refinada, da origem do pro-blema. O arsenal de informações permite ao profissional ponderar sobre a possibilidade de prevenção de uma determinada irregularidade, delinear seu prognóstico de trata-mento e a estabilidade da correção, bem como valorizar a sua manifes-tação provável na árvore genealó-gica. O presente trabalho investe numa classificação simples e em

Palavras-chave:

Etiologia. Má oclusão. Genética.

Resumo Abstract

Keywords:

Etiology. Malocclusion. Genetics.

The etiology of malocclusions is a subject of relevant importance in Or-thodontics. At first, it is important for meeting an academic commitment, the fundamental erudition of the specialist. Second, it is relevant for opening to the orthodontist the possibility of a broad and detailed view of the origin of the problem. The arsenal of information allows the professional to rationalize the possibility of prevention, the treatment prognosis and the stability of the correc-tion, as well as to consider the manifes-tation in other members of the patient’s family. This study demonstrates a sim-ple classification with consonance to the clinical practice, dividing the etiological factors into two large groups: Genetic factors and environmental factors.

consonância com a prática clínica, dividindo os fatores etiológicos em dois grandes grupos: fatores genéti-cos e fatores ambientais. É oportu-no comentar de antemão que, pela diversidade morfológica, esses dois fatores podem estar presentes na mesma má oclusão, somando seus efeitos. Por motivos unicamente di-dáticos, o texto abrangendo os dois fatores etiológicos será dividido em 3 partes. A parte I discute as carac-terísticas dentofaciais com marcan-te determinação genética. A parte II destaca os fatores ambientais que provocam más oclusões. A parte III retrata as fissuras labiopalatinas, cuja etiologia congrega fatores ge-néticos e ambientais.

It is appropriate to highlight that due to morphological diversity, these two factors may be present in the same malocclusion, mixing its effects. For didactical reasons, the article is divided into 3 parts. Part I discusses the dento-facial characteristics with preponderant genetic determination. Part II highlights the environmental factors which causes malocclusions. Part III discusses the etiology of cleft lip and palate, which associates both genetic and environ-mental factors.

Daniela G. gariB*

Omar Gabriel da Silva Filho**

Guilherme JanSon***

domínio conexo

etiologia das más oclusões: perspectiva clínica

(Parte i) — fatores genéticos

Page 49: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

domínio conexo Etiologia das más oclusões: perspectiva clínica (Parte I) — fatores genéticos

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):77-9796

Figura 15 Paciente do gênero masculino, sete anos de idade, com disostose cleidocraniana.

G

H J

K L

nM

F

I

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Garib DG, Silva Filho OG, Janson G

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):77-97 97

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daniela G. GaribFaculdade de Odontologia de Bauru-USPAl. Octávio Pinheiro Brisola 9-75 – 17.012-901 – Bauru/SPE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):98-10098

Resumos, em Português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica.

literatura ortodôntica mundial

conheça o acervo de Abstracts da dental Press, acesse: www.dentalpress.com.br/abstracts

abstracts

AutotRAnsPlAnte de 28 PRé-molARes em 24 PAcientes oRtodÔnticos

Autotransplantation of 28 premolar donor teeth in 24 orthodontic patients

Tadasu Tanaka, Toshio Deguchi, Toru Kageyama, Ryuzo Kanomi, Masahiro Inoue, Kelvin W. C. Foong Angle Orthod. 2008 Jan;78(1):12-9. Objetivo: testar a hipótese nula de que o autotransplante de pré-molar em pacientes ortodônticos não é bem-sucedido. Material e Métodos: no presente estudo, o transplante de 28 pré-molares foi realizado em associação ao tratamento ortodôntico. Foram realizadas consultas de rotina a cada 3 meses onde os pacien-tes foram submetidos a uma radiografia e controle periodontal. Três radiografias odontológicas foram obtidas por um assistente odontológico usando uma colgadura individualizada: estágio pré-operatório (T0), 2 anos pós-operatório (T1) e contenção (T2) (com acompanhamento de 4 a 14 anos). Todos os transplantes foram conduzidos em uma única fase operatória por um mesmo opera-dor. As áreas receptoras foram: dez por ausência de caninos su-periores, nove por incisivos centrais e laterais superiores, oito por segundos pré-molares inferiores, e cinco por outros pré-molares ausentes. Todas essas áreas foram mantidas com os próprios ante-cessores decíduos. Resultados: a proporção de sucesso de todos os 28 transplantes foi de 100%, embora quatro transplantes que tiveram um período de observação menor do que quatro anos foram excluídos. Dois pacientes transplantados, um com história médica de histiocitose e outro com história de osteomielite da ma-xila sem um alvéolo receptor, também foram excluídos do estudo. Onze de 22 pré-molares transplantados receberam tratamento endodôntico, sendo que quatro deles receberam o tratamento endodôntico dois anos após a operação. Conclusões: a hipótese inicial foi rejeitada. A proporção de sucesso dos pré-molares trans-plantados foi de 100%. Palavras-chave: Autotransplante. Pré-molar doado. Hipodontia. Acompanha-mento a longo prazo. Ortodontia. Movimento dentário. Tradução: Naiara Jordão Souza Parteira.

efeitos do uso PRecoce do AeB de tRAção AltA no tRAJeto eRuPtivo dos cAninos suPeRioRes

Early headgear effects on the eruption pattern of the maxillary canines

Anna-Sofia Silvola, Päivi Arvonen, Johanna Julku, Raija Lähdesmäki, Tuomo Kantomaa, Pertti Pirttiniemi Angle Orthod. 2009 May;79(3):540-5.

Objetivo: testar a hipótese nula de que o tratamento com o AEB de tração alta não influencia o trajeto eruptivo dos caninos su-periores no início da dentadura mista. Material e Métodos: ses-senta e oito crianças (40 meninos e 28 meninas) com tendência à Classe II e apinhamento moderado nas arcadas dentárias foram randomizadas em dois grupos. No primeiro grupo, o tratamento com o AEB de tração alta foi iniciado imediatamente. No segun-do grupo, foram realizados somente procedimentos interceptivos menores durante o primeiro período seguido por dois anos. As radiografias panorâmicas foram obtidas em três tempos, com in-tervalo de 1 ano entre elas, e após o crescimento, na idade de 16 anos. O trajeto de erupção foi avaliado. O espaço entre o primei-ro molar e o incisivo lateral foi medido nos modelos de gesso. Resultados: a inclinação do canino superior em relação à linha média estava mais vertical no lado direito no grupo do AEB 1 e 2 anos após o início do tratamento (p = 0,0098 e p = 0,0003, respec-tivamente). A inclinação em relação ao incisivo lateral foi menor bilateralmente no grupo do AEB após 1 e 2 anos de tratamento, e no lado direito após 3 anos de tratamento. Conclusão: a hipótese está rejeitada. O tratamento com o AEB de tração alta influencia significativamente a inclinação do canino superior durante a sua erupção. A maior influência foi vista após 2 anos do uso do AEB, sendo mais proeminente no canino do lado direito.

Palavras-chave: Canino superior. Tratamento ortodôntico. AEB de tração alta. Apinhamento. Avaliação radiográfica.

Tradução: João Paulo Schwartz.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):101-10 101

* Professor titular da FOB-USP e da pós-graduação da FORP-USP.

** Professora doutora de Ortodontia e de pós-graduação em Biologia Oral e Ortodontia da USC.

*** Professor doutor do curso de pós-graduação em Ortodontia da Uniararas.

Alberto ConSolaro*

Maria Fernanda M-o. ConSolaro**

Milton SantaMaria Jr***

controvérsias

A anquilose não é induzida pelo movimento ortodônticoou

O movimento ortodôntico não elimina os restos epiteliais de Malassez

ou

As funções dos restos de Malassez no movimento ortodôntico

ou

Os restos epiteliais de Malassez na fisiologia periodontal

Em casos de anquilose alveolodentária, a primeira suspei-ta clínica quanto à sua causa deve recair sobre o traumatismo dentário. A natureza do traumatismo dentário pode ser aci-dental ou cirúrgica.

Não se deve comparar o traumatismo dentário, o trauma oclusal e o movimento ortodôntico. Os efeitos celulares e te-ciduais dessas três situações são bem diferentes entre si e não devem ser extrapolados de uma para outra:

1. No traumatismo dentário, a força é intensa, súbita, abruptamente aplicada em curto período de tempo, rompendo e dilacerando os tecidos.

2. No trauma oclusal, a força aplicada tende a ser menor do que no traumatismo dentário, mas aplicada de for-ma repetitiva em curtíssimos espaços de tempo e ao longo de meses e anos.

3. No movimento ortodôntico, a força aplicada é mui-to menor, de ação lenta e contínua sobre os tecidos periodontais durante um curto período de tempo e a cada ativação do aparelho. O movimento ortodôntico não é abrupto, súbito e intenso — essas características são próprias do traumatismo dentário.

As funções dos Restos ePiteliAis de mAlAssez

Durante muitas décadas não se conhecia nenhuma das funções dos Restos Epiteliais de Malassez (Fig. 1, 2), mas atu-almente sabe-se que:

1. Atuam na manutenção do espaço periodontal, evitando a anquilose alveolodentária18,19,32 pela liberação continua-da de EGF21,29 (Fig. 2). Nos traumatismos dentários, a evo-lução para anquilose é comum e ocorre pela destruição dos Restos Epiteliais de Malassez. Durante o tratamen-to ortodôntico, não ocorre anquilose alveolodentária, pois os restos epiteliais de Malassez não são destruídos (Fig. 3) durante o deslocamento dentário induzido15,28,30. Os Restos Epiteliais de Malassez não são formados por células quiescentes, pois, em culturas, secretam vários tipos de proteínas, peptídeos6 e prostaglandinas3,4,6, es-sas últimas importantes mediadores da reabsorção ós-sea. Experimentos revelam que, quando em culturas, as células epiteliais continuam a secretar mediadores que induzem a reabsorção óssea, mesmo que no ambiente seja colocada indometacina, um inibidor da produção

Page 53: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Consolaro A, Consolaro MFM-O, Santamaria M Jr

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):101-10 109

A evolução nAtuRAl dA Anquilose: ReABsoRção dentÁRiA PoR suBstituição

O tecido ósseo está em constante remodelação. Em al-guns anos, todo o esqueleto humano se renova em vida, remodela-se. Esse dinamismo faz parte da fisiologia óssea, o que lhe dá enorme capacidade adaptativa e importante participação nos mecanismos de controle hidrodinâmico de nosso organismo.

A remodelação óssea não envolve os dentes, que estão isolados do processo pelo fato de suas raízes serem recober-tas por cementoblastos — células que não possuem recep-tores para os mediadores que comandam a ocorrência e a velocidade da remodelação óssea.

A instalação da anquilose alveolodentária implica na união do dente ao osso (Fig. 5), ou seja, entre o osso e o dente não há mais ligamento periodontal, pois, com a morte dos Restos Epiteliais de Malassez e sem EGF, os componentes do tecido ósseo também se aposicionam na superfície radicular (Fig. 5, 6). A partir desse evento, em velocidade muito lenta ou mais aceleradamente, os me-canismos de reabsorção e neoformação óssea constantes envolverão os tecidos dentários como cemento e dentina. À medida que os tecidos dentários são reabsorvidos, as células ósseas organizam componentes como trabéculas, sistemas de Havers e espaços medulares (Fig. 6, 7). Há uma substituição de tecidos dentários por tecido ósseo, ca-racterizando-se o mecanismo de reabsorção dentária por substituição (Fig. 7).

Inevitavelmente, a reabsorção dentária por substituição irá ocorrer após a anquilose alveolodentária. O que pode ocorrer muito lentamente é a velocidade dessa reabsorção dentária e não a sua iniciação. O que pode demorar para aparecer é a imagem da reabsorção dentária por substituição nas radiogra-fias e tomografias, mas não o seu início, pois a sua instalação é decorrência natural do processo de anquilose alveolodentária.

consideRAção finAl

Os Restos Epiteliais de Malassez são estruturas periodon-tais ectodérmicas com a função principal de preservar o es-paço periodontal em decorrência da liberação do EGF ou Fa-tor de Crescimento Epidérmico ou Epitelial. Esse mediador liberado estimula a proliferação e a manutenção dos Restos Epiteliais de Malassez e, ao mesmo tempo, estimula a oste-oclasia na superfície periodontal, deixando o tecido ósseo à distância de 0,2 a 0,4 micrômetros.

Durante o movimento ortodôntico, não há destruição dos Restos Epiteliais de Malassez, mas durante o traumatis-mo dentário isso ocorre frequentemente. A evolução natu-ral da anquilose alveolodentária é a reabsorção dentária por substituição, cuja evolução pode ser muito lenta ou rápida, dependendo de vários fatores associados. Quando casos de anquilose alveolodentária e/ou de reabsorção por substitui-ção são identificados antes, durante ou após o tratamento ortodôntico, a causa a ser detectada ou atribuída quase ine-vitavelmente deverá ser o traumatismo dentário.

Page 54: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

controvérsias A anquilose não é induzida pelo movimento ortodôntico

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):101-10110

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Alberto ConsolaroE-mail: [email protected]

ENdEREÇO PARA CORRESPONdêNCIA

Page 55: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):111-2 111

— A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de ca-sos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôn-tica, comunicações breves e atualidades.

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lavras-chave e keywords. — coloque todas as informações relativas aos autores em uma pá-

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2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras

ou menos são os preferidos. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou

descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

3. texto— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluin-

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— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e

não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em

que são mencionadas no texto.

— forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma

nota de rodapé dando crédito à fonte original. — apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por

exemplo) e não como elemento gráfico (imagem não editável).

7. Referências— todos os artigos citados no texto devem ser referenciados. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura, as referências serão citadas

no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por números

arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são cita-das no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normaliza-das de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obede-cendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uni-form_requirements.html).

— não devem ultrapassar o limite de 30.— utilize os exemplos a seguir:

• Artigos com um até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary ante-rior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

• Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to too-th tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

• Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

• Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (Ny): March of Dimes Education Services; 2001.

• Dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru: Universidade de São Paulo; 1990.

• Formato eletrônico Câmara CALP da. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 12 jun 2008]. Dispo-nível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

— Outros tipos de correspondência poderão ser enviados para:Revista Clínica de Ortodontia Dental PressAv. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 - CEP: 87.015-180, Maringá/PRTel. (44) 3031-9818 - E-mail: [email protected]

instruções aos autores

Page 56: Ediçaõ V9N2 - Abril e Maio de 2010

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 abr-maio;9(2):111-2112

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de com-paração de causa/efeito entre os grupos estudados e que, poten-cialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser noti-ficados e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respecti-vos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a coope-ração de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da so-ciedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as re-vistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem pú-blicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLI-NE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exi-jam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam vali-dados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

Portal para divulgação e registro dos ensaios

A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Re-gistros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clini-cal Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resul-tado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de exe-cução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS.

A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identifi-cação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dú-vidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, crité-rios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias:

- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal;

- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários;

- Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

Posicionamento da Revista clínica de ortodontia dental Press

A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clí-nicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabeleci-dos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

registro de ensaios clínicos