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PUB . Xutos na Vidigueira e outras músicas e festas em Castro Verde, Moura e Vale do Poço págs. 12/13 SEXTA-FEIRA, 9 SETEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1533 (II Série) | Preço: 0,90 Governo deixa IP8 em suspenso Estradas de Portugal revelam que ligação entre Beja e Baleizão não tem “perspetivas de concretização” Construção civil de Beja nas ruas da amargura Há dezenas de prédios novos por vender. A construção civil estagnou quase por completo em Beja, cidade onde há uma década atrás se comercializavam as casas mais caras do País. As agências imobili- árias ficam com os imóveis em carteira durante meses e anos. A banca retrai-se nos empréstimos e as famílias começam a optar por soluções de aluguer. pág. 7 Aulas começam com 30 mil no desemprego Entrevista exclusiva a Joaquim Páscoa, pre- sidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul e Ilhas, sobre a reentrada escolar que terá lugar já esta segunda-feira. Num ano letivo que está marcado pelo desemprego dos pro- fessores contratados, pelo fecho de escolas, pelo aumento de alunos nas turmas, pela avaliação do corpo docente e pela extinção das DRE. pág. 5 Carmo na corrida pelo PS com críticas de Ameixa O atual presidente da Câmara de Ourique é, para já, o principal candidato à sucessão de Luís Pita Ameixa na Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista, em eleições que apenas se realizam em outubro de 2012. O atual detentor do cargo já considerou este anúncio de “prematuro e desajustado”. Pedro do Carmo prefere falar em “mudança tran- quila”. pág. 6 Ourique homenageia deputados por Beja Na próxima segunda-feira, a propósito da inauguração da exposição “Breve História do Parlamentarismo Português”, vão ser relembrados e homenageados em Ourique todos os deputados que desde a Assembleia Constituinte foram eleitos pelo círculo de Beja. A atual presidente do parlamento, Assunção Esteves, recebe a “chave de honra” da vila”. pág. 15 JOSÉ SERRANO PUB As obras da autoestrada A-26, que liga o litoral ao interior do Baixo Alentejo, deverão estar concluídas em setembro do próximo ano. No entanto, ao contrário do que se previa, a via terminará na rotunda de São Brissos. O troço Beja/Baleizão, incluindo a variantepoentedeBeja,ealigaçãoaVila Verde de Ficalho não tem “perspetivas de concretização”, segundo a Estradas de Portugal. Oposição parlamentar e autarcas criticam fortemente esta decisão. págs. 2/3 e ou Ver “Adiar a construção do IP8 é dar tiros nos pés” João Rocha “É lamentável. A ligação à fronteira é fundamental” Pulido Valente

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.

Xutos na Vidigueira e outras músicas e festas em Castro

Verde, Moura e Vale do Poço págs. 12/13

SEXTA-FEIRA, 9 SETEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, Nº 1533 (II Série) | Preço: € 0,90

Governo deixa IP8 em suspensoEstradas de Portugal revelam que ligação entre Beja e Baleizão não tem “perspetivas de concretização”

Construção civil de Beja nas ruas da amarguraHá dezenas de prédios novos por vender. A construção civil estagnou quase por completo em Beja, cidade onde há uma década atrás se comercializavam as casas mais caras do País. As agências imobili-árias fi cam com os imóveis em carteira durante meses e anos. A banca retrai-se nos empréstimos e as famílias começam a optar por soluções de aluguer. pág. 7

Aulas começam com30 mil no desempregoEntrevista exclusiva a Joaquim Páscoa, pre-sidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul e Ilhas, sobre a reentrada escolar que terá lugar já esta segunda-feira. Num ano letivo que está marcado pelo desemprego dos pro-fessores contratados, pelo fecho de escolas, pelo aumento de alunos nas turmas, pela avaliação do corpo docente e pela extinção das DRE. pág. 5

Carmo na corrida pelo PS com críticas de AmeixaO atual presidente da Câmara de Ourique é, para já, o principal candidato à sucessão de Luís Pita Ameixa na Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista, em eleições que apenas se realizam em outubro de 2012. O atual detentor do cargo já considerou este anúncio de “prematuro e desajustado”. Pedro do Carmo prefere falar em “mudança tran-quila”. pág. 6

Ourique homenageiadeputados por BejaNa próxima segunda-feira, a propósito da inauguração da exposição “Breve História do Parlamentarismo Português”, vão ser relembrados e homenageados em Ourique todos os deputados que desde a Assembleia Constituinte foram eleitos pelo círculo de Beja. A atual presidente do parlamento, Assunção Esteves, recebe a “chave de honra” da vila”. pág. 15

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As obras da autoestrada A-26, que liga o litoral ao interior do Baixo Alentejo, deverão estar concluídas em setembro do próximo ano. No entanto, ao contrário do que se previa, a via terminará na rotunda de São Brissos. O troço Beja/Baleizão, incluindo a variante poente de Beja, e a ligação a Vila Verde de Ficalho não tem “perspetivas de concretização”, segundo a Estradas de Portugal. Oposição parlamentar e autarcas criticam fortemente esta decisão. págs. 2/3

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“Adiar a construção do IP8 é dar tiros nos pés”

João Rocha

“É lamentável. A ligação à fronteira é fundamental”

Pulido Valente

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Na capa

Ligação de Beja à fronteira mais uma vez adiada

A-26 termina em S. BrissosA

s obras na A-26, a autoes-trada que faz a ligação de Sines à capital do Baixo

Alentejo, deverão estar concluídas em setembro do próximo ano. Os trabalhos estão a decorrer, subsis-tindo apenas uma dúvida quanto ao desenho final, na zona envolvente de Ferreira do Alentejo, devido à “in-terferência com achados arqueoló-gicos”, disse ao “Diário do Alentejo” Ana Tomaz, da administração da Estradas de Portugal (EP).

No entanto, a nova via termi-nará no nó de São Brissos, onde fará a ligação à EN 121, a poente de Beja. O troço Beja/Baleizão,

incluindo a variante poente de Beja e a ligação a Vila Verde de Ficalho, não estão nesta conces-são, “uma vez que a declaração de impacto ambiental foi emitida em fase posterior”.

O traçado do IP8 já foi apro-vado em sede de avaliação de impacto ambiental, mas a EP diz que “neste momento não há

perspetivas para a concretização deste lanço”.

Pulido Valente lamenta “É uma notí-cia triste e lamentável”, é deste modo que Jorge Pulido Valente, reage à no-tícia da suspensão do IP8. Para o au-tarca, “a ligação à fronteira é funda-mental” e tão importante como a ligação do aeroporto a Sines.

O autarca espera que esta decisão não ponha em causa “a continuidade do projeto, de forma a que se possa retomá-lo quando existirem condi-ções financeiras” mais favoráveis.

Oposição protesta O adiamento sine die da conclusão do IP8 é cri-ticado, unanimemente, pela opo-sição que vê nesta decisão do

Governo um “desinvestimento” no distrito de Beja.

Pita Ameixa, deputado do PS, ci-tado pela Rádio Pax, diz que “as de-cisões do Governo merecem a maior preocupação” e reclama “solidarie-dade do todo nacional” para com as regiões mais pobres do País.

Por seu lado, João Ramos diz que o Governo está a fazer “o con-trário” daquilo que seria preciso”. Para o deputado comunista “é preciso investimento para haver desenvolvimento” e, consequente-mente, “criar riqueza”, sem a qual “o País não sairá da situação em que se encontra”.

“Já sabemos que nada de bom tem vindo dos nos-sos governantes e esta é

uma notícia que já não nos surpre-ende porque todas as medidas e to-das as decisões políticas que pode-riam fomentar o desenvolvimento do interior e o bem-estar dos por-tugueses têm vindo, nos últimos anos, a ser retiradas ou adiadas sine die. Têm sido anos perdidos…”, é

assim que o presidente da Câmara de Serpa, João Rocha, em declara-ções ao “Diário do Alentejo”, reage à possibilidade de mais um adia-mento à construção do IP8.

O autarca recorda que “o IP8 está previsto desde 1998 – com a aprovação do Plano Rodoviário Nacional 2000 - e foi desde sem-pre considerado como uma via es-truturante de promoção da coesão

nacional e de combate à desertifica-ção”. E acrescenta que mais recen-temente, em 2007, o ProtAlentejo referia que “o corredor rodoviário Sines – Beja – Andaluzia cria uma importante ligação entre a costa alentejana e a província espanhola da Andaluzia potenciando, desta forma, o raio de influência das ati-vidades ali localizadas a esta área do sul do território espanhol”. No

entanto, “quase a seguir saiu a in-formação de que o IP8 seria efetu-ado apenas até Beja e o troço Beja-Ficalho seria apenas requalificado. As notícias seguintes foram sem-pre de sucessivos adiamentos”, la-menta João Rocha.

Para o autarca da cidade branca “as opções de desinvestimento no interior surgem agora sob a capa protetora da troika, mas a verdade

é que não há, nem houve, von-tade política de olhar para esta re-gião enquanto polo de desenvolvi-mento, em que o regadio e a ligação a Espanha são de destacar”, afirma, acrescentando que esta situação “é um contrassenso – é dar tiros nos pés – agravado pela necessidade de serem criadas sinergias com outros empreendimentos, como o aero-porto de Beja e Alqueva”.

João Rocha, presidente da Câmara de Serpa

Adiar a construção do IP8 é “dar tiros nos pés”

A ligação de Sines a Vila Verde de Ficalho fica, por ora, em S. Brissos. O troço Beja/

Baleizão, incluindo a variante poente de Beja e a ligação à fronteira não tem “perspeti-

vas de concretização”.Texto Aníbal Fernandes

O IP8 (...) foi desde sempre considerado como uma via estruturante de promoção da coesão nacional e de combate à desertificação”.

João Rocha

Os trabalhos de requalificação da estrada

municipal 529, entre Mombeja e Beringel,

estão concluídos, permitindo que seja

inaugurada no próximo dia 16, às 18 horas.

A via foi repavimentada e os aquedutos foram

desobstruídos e limpos, tendo-se ainda colocado

nova sinalização vertical e horizontal.

A obra, que foi iniciada a 17 de fevereiro, teve

um custo de 412.356 euros e foi comparticipada

a 85 por cento por fundos do QREN.

Estrada entre Mombeja

e Beringel inaugurada

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O troço entre Porto Torrão e Beringel, ao contrário do resto da obra, en-contra-se parado devido ao acha-

mento de vestígios arqueológicos da época pré-romana e que obrigaram a Estradas de Portugal a procurar uma alternativa ao tra-çado original.

Aníbal Costa, presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, foi informado da si-tuação em julho, aguardando que lhe seja comunicada a solução final. No entanto, o previsível atraso na construção deste lanço, é visto como uma “incongruência” pelo

autarca, já que a autoestrada vai ficar inter-rompida a meio do percurso.

No estudo de impacto ambiental do IP8 e IP2, aprovado em março último e a que o “Diário do Alentejo” teve acesso, apenas são referidos, no item do património, cinco “ocor-rências” entre Beja e Baleizão: uma calçada ro-mana e um poço, no IP2; os montes da Fonte da Areia e do Carrasco e a Romeirã, no IP8.

A arqueóloga Conceição Lopes, do Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, e uma das maiores especialis-tas do período romano no distrito de Beja,

contactada pelo “Diário do Alentejo”, mos-trou-se muito preocupada com a preserva-ção de “importantes vestígios de estruturas de propriedade agrária que vão do período pré -romano até à época medieval” que “estão publicados”, mas que não aparecem referen-ciados no estudo de impacto ambiental.

A arqueóloga chegou a ser contac-tada para participar no estudo em questão mas, entretanto, deixou de ter notícias da Arqpais, empresa de consultadoria respon-sável pelo trabalho: “devem-se ter desinte-ressado”, explica.

Câmarade Serpa

contraEstradas

de Portugal

A Câmara Municipal de Serpa acusa de “prepotência” a em-

presa Estradas de Portugal (EP), a propósito do corte na Estrada Nacional 265 (Serpa- Mértola), devido às obras na ponte sobre a ri-beira de Limas, em Santa Iria. “A interdição total do tráfego” na ponte, num “pe-ríodo previsto de 45 dias” é uma situação que a Câmara Municipal de Serpa tem “desde há bastante tempo tentado resolver, nomeada-mente propondo à Estradas de Portugal vias alternati-vas menos lesivas dos in-teresses da população e do estado de conservação das estradas municipais”, re-fere a autarquia em comu-nicado, lamentando que nenhuma das suas propos-tas tenha obtido “qualquer atenção positiva” por parte da empresa.

A autarquia manifesta assim o seu “repúdio” pela “forma prepotente” como a EP tem lidado com todo este processo, “numa obra que tem sido sucessivamente adiada e que não tem acau-telado as necessidades e in-teresses do município e dos seus habitantes”. O mu-nicípio de Serpa recorda igualmente que, devido às obras de reabilitação em curso e consequentes cor-tes de trânsito na EN 265, “há cerca de dois anos que o trânsito nessa área da serra de Serpa está a ser desviado para a rede de estradas mu-nicipais, originando des-gastes suplementares a nível do piso e um grande trans-torno para os utilizadores”.

Em reação a esta posição, a concelhia de Serpa do PS acusa o executivo comunista de “demagogia”, já que “a Câmara Municipal de Serpa sabe que a única alternativa viável é a estrada munici-pal n.º1097, conhecida como estrada do Cruzeiro e que esta está em péssimas con-dições há muitos anos, in-transitável nalguns troços”. Uma via, dizem os socialis-tas, que “não oferece condi-ções de segurança” e cujo mau estado do piso se deve, em grande parte, “ao movi-mento de camiões da pró-pria câmara municipal”.

Ferreira do Alentejo

Vestígios arqueológicos atrasam obra

É uma notícia triste e lamentável. A ligação à fronteira é fundamental e tão importante como a ligação do aeroporto a Sines.

Jorge Pulido Valente

Alternativa O lance da A-26 entre Porto Torrão e Beringel continua em estudo

O Governo quer ainda cancelar seis dos 10 troços do Baixo Tejo,

o que resulta numa poupança de 270 milhões de euros. Quatro

dos seis troços em questão diziam respeito à manutenção

e conservação. Os restantes eram novas construções.270

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Hoje

O movimento “Beja Merece” reuniu-se no início da se-mana para uma aná-

lise da recente discussão (na sexta-feira, 2), em plenário da Assembleia da República, dos pro-jetos de resolução sobre as liga-ções ferroviárias a Beja, apresen-tados pelo PCP, BE e Os Verdes. Na reunião, onde se mobilizaram os bejenses para ações de luta futu-ras, Florival Baiôa, um dos rostos do movimento e também presi-dente da Associação de Defesa do Património de Beja, frisou que “é importante voltar a manifestar a indignação junto dos partidos que assumiram compromissos com o movimento e que agora não estão dispostos a cumpri-los”.

A votação dos projetos de reso-lução estava prevista para ontem, quinta-feira, já depois do fecho da presente edição. Os documentos de-fendem, na sua globalidade, a ligação ferroviária direta entre Beja e Lisboa, a eletrificação do troço Casa Branca-Ourique e a manutenção da liga-ção ferroviária entre o Alentejo e o Algarve, via Funcheira, coincidindo com as exigências da petição “Ramal de Beja e outras dores de alma”, en-tregue pelo movimento de cidadãos

Eletrificação da linha de Beja foi ontem a votos na AR

Movimento “Beja Merece” sente-se traído

O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, admitiu a

possibilidade de um aumento do custo do pão, consequência do preço dos cereais que disparou 76 por cento no último ano e deve continuar a subir.

“Claro que se os preços (dos cereais) persistirem, é possível que haja um impacto (no pão)”, considerou.

O governante referiu que como “o pão é um produto transformado, o impacto da subida de cereais não se sente tão imediatamente”, mas

não excluiu essa possibilidade.Portugal importa 75 por cento

dos cerais que consome e o secre-tário de Estado acredita que é pos-sível diminuir a dependência do exterior nesta e outras áreas res-ponsáveis por um défice de quatro mil milhões de euros na balança comercial agrícola portuguesa.

Segundo defendeu, o País pode também aumentar a produção in-terna com a conversão das explora-ções de sequeiro para regadio, além da investigação de variedades que tenham maiores produtividades em zonas difíceis e com climas secos.

José Diogo Albuquerque en-tende que essa solução não ne-cessitará de novos investimentos, mas a rentabilização dos já exis-tentes, como é o caso do projeto de 100 mil hectares de regadio do Alqueva, no Alentejo.

“Já houve bastante investi-mento no regadio, falta averiguar e perceber porque é que não há mais aumento e conversão dos produto-res de cereais para regadio. Nós te-mos um projeto com à volta de 100 mil hectares para área de regadio, estão 50 mil feitos, mas só 10 mil a funcionar”, disse.

Para o secretário de Estado, “é importante esta reconversão”. Porém, deixou um alerta aos agri-cultores “porque, muitas vezes, quando há aumentos de preços há uma adesão de moda a um certo tipo de cultura, mas os preços so-bem e depois voltam a descer”.

“Nós vimos isso no leite, em 2007. Houve uma euforia com os preços altos e depois os preços desceram e entrámos numa crise do leite. Portanto, aqui há que ter sempre muita calma e ponderação. Cabe-nos também dar esses dados e fazer as previsões”, afirmou.

Preço dos cereais sobe em flecha

Custo do pão pode aumentar

“Não é possível” concluir Alqueva até 2013 A ministra da Agricultura, Assunção

Cristas, voltou a alertar para a

impossibilidade da conclusão do

projeto de Alqueva até 2013, como

garantia o anterior Governo. Em visita

ao certame agropecuário Expomor,

que decorreu recentemente em

Montemor-o-Novo, a governante

afirmou que “perante as condições

atuais de financiamento” do País,

“não será possível terminar, até

2013”, o projeto de Alqueva, sendo

necessário fasear a conclusão da obra.

No presente momento, concretizou,

tendo em conta que Portugal está “sob

um programa de auxílio financeiro”,

são necessários “cortes de despesa

em todo o lado” e o País não tem

“condições para ir ao mercado buscar

esse dinheiro todo” de que o Alqueva

precisa, sobretudo “nestes dois anos

que são os mais difíceis”.

Nesse sentido, a prioridade no que

toca à componente agrícola de

Alqueva é “usar o que já está feito”

ao nível do regadio como modelo de

“boas práticas”. O projeto, disse, tem

que ser “reescalonado e, ao mesmo

tempo, vamos dar toda a prioridade

na mobilização de vontades para que

as terras que já existem de regadio,

e já são muitas, mais de 50 mil

hectares, possam ser efetivamente

aproveitadas”.

Sobre a Empresa de Desenvolvimento

e Infraestruturas do Alqueva (EDIA),

gestora do empreendimento de fins

múltiplos, a ministra explicou que

estão a ser avaliadas as hipóteses

sobre o seu futuro, mas a “inclinação”

é para que “termine”. No caso da

extinção, a rede secundária do

regadio pode vir a ser concessionada

às associações de regantes.

em fevereiro, no Parlamento, com 15 071 assinaturas.

O PCP, pela voz do seu deputado eleito por Beja, João Ramos, garan-tia uma votação “favorável” e lan-çava críticas aos seus colegas de círculo, do PSD e PS, por na “região dizerem uma coisa e na Assembleia fazerem outra”.

Recorde-se que, na sexta-feira, 2, o PSD e o CDS-PP defenderam que eventuais investimentos da li-nha ferroviária do Alentejo neces-sitam de “estudos de viabilidade económica” e de uma “análise da rede ferroviária como um todo”. Mário Simões, social-democrata eleito pelo distrito, declarou “não estar ainda definido” o sentido de voto da bancada e que, face à atual situação económica do País, “não é possível fazer muito mais” do que o referido estudo de viabilidade.

A bancada socialista também não tinha ainda clarificado a sua posição, mas Luís Pita Ameixa, eleito por Beja, garantiu “manter-se ao lado dos interesses da região”, independentemente do que viesse a ser decidido. O socialista acusou também os três partidos propo-nentes dos projetos de resolução de “oportunismo político”.

Assunção Cristas

Mértola remodela parque desportivo A Câmara Municipal de Mértola iniciou a obra do Parque Desportivo e de Lazer Municipal, um espaço que vai ser totalmente remodelado de modo a permitir o seu uso diário pelos morado-res. A obra será executada no prazo de um ano. Além da transformação do espaço em termos de paisagem, da zona entre o campo de futebol e o infantário, o parque vai dispor de um conjunto de valências como um quiosque, esplanada, sanitá-rios, parque infantil, uma zona relvada, uma pérgula, um parque de merendas, jogos tradicionais, minigolfe e uma zona destinada a desportos radicais. O parque vai também ter uma zona de estacionamento, miradouros, um dos quais com vista para o castelo de Mértola, um circuito de manutenção, um circuito de reabilitação para seniores e um xadrez gigante.

Novo espaço ajardinado em Castro

Verde

Estão a decorrer, por administração direta, os trabalhos de requalificação urbana com vista à criação de

um espaço ajardinado junto ao Parque de Campismo, na rua Timor Lorosae, articulando a sua existência

com o Parque da Liberdade. A obra tem como objetivo a valorização desta área enquanto espaço público,

bem como o seu embelezamento, dotando-a de um conjunto de equipamentos de lazer, de forma a

incentivar a prática de atividade física pelas diferentes faixas etárias, em espaço verde e ao ar livre.

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Mário Simões, deputado social-democrata eleito por Beja, reuniu-se esta semana

com a Associação de Beneficiários da Obra da Rega de Odivelas (Aboro), que lhe

transmitiu as suas preocupações quanto ao futuro do regadio na região. A Aboro

gere um perímetro de rega de 12 mil hectares, numa lógica de “proximidade” com os

agricultores, o que é um exemplo que pode ser “replicado”, referiu o deputado bejense.

MárioSimões

reuniu-se com Aboro

Sindicato defende fim das direções regionais de Educação

30 mil professores no desemprego

EditorialNós

Outra vez, nós. O jornal. Este jornal. O “Diário do Alentejo”. Faz agora precisa-mente oito meses que iniciámos a em-

preitada de o endireitar, salvo seja. De o retirar da letargia e do abandono a que tinha sido vo-tado nos últimos anos. Não sabemos se o con-seguimos. Ainda. Temos dúvidas, muitas, aliás. E tínhamos um plano, ainda o temos, que está em marcha. Umas vezes mais acelerada ou-tras nem por isso. No verão atravessámos uma considerável fase do nem por isso. Mas desde o início do ano que fizemos algumas modifica-ções. Mudámo-lo de casa, arejámo-lo e mudá-mos-lhe o aspeto. Mexemos-lhe nas entranhas. Espicaçámo-lo. Injetámos-lhe adrenalina no doseamento possível, ainda assim, para alguns, acima da porção recomendável. Antecipamos a nova ortografia. E ainda nos custa tanto es-crever determinadas palavras na moderna ma-neira de o fazer. Tentámos, ainda estamos a ten-tar, que os vivos tivessem aqui um nadinha mais de evidência do que os mortos até então tinham. Trouxemos gente nova para falar de coisas novas e de ideias novas. Livremente. Ressuscitámos--lhe a edição eletrónica. Ligámo-lo ao mundo. E ensaiámos uma maior aproximação às pes-soas, às suas realizações, aos seus méritos. À re-gião. Retirámos-lhe do cabeçalho os dizeres “re-gionalista e independente”. Porque achámos que deles não éramos merecedores. Ainda hoje o achamos. Esvaziámos, em jeito de quaren-tena ou de simples zaragatoa sanitária, a bolha da política que nas suas páginas doentiamente inflava, como um cisto purulento. Banimos a trica, o oportunismo, a manha e fizemos costas largas às pressões externas que de forma sorra-teira, mas inútil, permaneceram. Decisão arris-cada, esta que não agradou a todos, a certos, aos tais. Mas este jornal merece mais, muito mais. Já para a semana vamos dar-lhe mais. Um na-dinha mais. Vamos criar novas páginas ligadas precisamente à política, às autarquias, à econo-mia, ao humor. Na antecipada certeza que al-guns, os certos, os tais, continuarão a franzir o sobrolho à mudança e à inquietação. Este artigo vem no plural porque é no plural que o jornal, este jornal, agora se faz. Todos os dias. E por isso este editorial não leva outra assinatura que não aquela que vem no título.

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Estamos a poucos dias da abertura do

ano letivo. Que expetativas tem o sin-

dicato? As escolas vão abrir a tempo e

horas?

As escolas agora já abrem todas a tempo e horas. As condições em que vão abrir é que poderão ser diferentes umas das ou-tras. Pode haver professores que ainda não estejam colocados, o que afeta algumas disciplinas, mas não será em muitos ca-sos. Os principais problemas que vão exis-tir serão aqueles para os quais já tínhamos alertado no encerramento do ano escolar.

E que problemas são esses?

Prendem-se com o aumento do número de alunos por turma e com algumas me-xidas que houve na organização das esco-las, o que faz com que haja menos profes-sores e, logicamente, mais desemprego. Nós estimamos à volta de 30 mil os pro-fessores que vão ficar desempregados a ní-vel nacional.

A questão da avaliação continua a criar

instabilidade nas escolas?

Sim. E também é possível que essa ques-tão provoque alguns problemas. A 31 de agosto terminou todo o processo das ava-liações e, a partir do regresso às escolas e das comissões de avaliação começarem a trabalhar, haverá toda a fase de reclama-ções e de recursos que poderá gerar al-guma instabilidade.

A avaliação ainda é um dos pontos em

diferendo entre os sindicatos e o novo

Ministério da Educação?

É uma questão que está em aberto, mas tanto quanto nos parece o ministério está

desejando ver-se livre desse problema. Perceberam que foi esse assunto que, du-rante o Governo anterior, fez mover os professores e estão desejosos de fechar esse dossiê.

Há um ano houve uma grande contesta-

ção ao encerramento de algumas escolas

do primeiro ciclo. Como está o processo?

Está tudo parado, mas vai voltar à ordem do dia. Não somos, por princípio, contrá-rios ao fecho das escolas. Pusemos foi al-gumas condições para que elas encerras-sem. Uma delas foi a de que as populações fossem auscultadas e concordassem, que as autarquias também estivessem de acordo com esse encerramento e que os estabelecimentos de ensino para onde fossem transferidos os alunos não obri-gassem a grandes deslocações. Fala-se na possibilidade de virem a fechar esco-las com mais de 21 alunos, sobretudo por questões económicas. Os milhões de eu-ros que o Governo quer cortar na educa-ção só vão ser conseguidos com cortes nos salários. Doutra maneira não é possí-vel. E onde é que podem cortar nos salá-rios? Como não podem despedir imedia-tamente as pessoas, vão encerrar escolas e reorganizar as turmas, para terem menos professores.

Como encara a extinção das direções re-

gionais de Educação (DRE)?

A pouco a pouco as DRE foram-se trans-formando mais em elementos de desesta-bilização e de empecilho do que em órgãos de proximidade à atividade das escolas, um escalão intermédio que em vez de aju-dar os problemas ainda os complica mais.

Que tipo de problemas?

Nomeadamente professores que recor-riam à DRE e que nunca obtinham res-postas ou eram remetidos para os or-ganismos do ministério em Lisboa. E andávamos nisto semanas e meses. As DRE não resolvem aquilo que deveriam resolver e, a nosso ver, para se realizar aquele trabalho mais vale não existirem. Em termos pedagógicos não tinham ne-nhuma relevância e é um bem elas aca-barem. No entanto, gostaríamos de participar nessa discussão, porque há competências que se vão ter que man-ter, muitas delas terão que ser transferi-das para as escolas, aumentando a sua autonomia pedagógica, o que é também muito positivo.

Qual é a opinião do Sindicato sobre

esta nova diretora regional, que tomou

posse recentemente?

Nós conhecemos muito mal esta nova direção. Sabemos quem são, mas des-conhecemos o seu trabalho na adminis-tração. Por outro lado, as DRE têm hoje muito pouca autonomia. Mas nós espe-ramos sempre o melhor quando entra uma nova administração. Esperamos que haja uma nova atitude. Se conse-guirem resolver os casos que assina-lei na carta que entreguei à nova dire-tora já não é nada mau. Por exemplo, diminuir o litígio que existe. Os tribu-nais custam a dar resposta, sobretudo o Tribunal Administrativo de Beja, onde os processos estão anos e anos parados. Acho que temos lá casos há mais de 10 anos, o que torna qualquer tipo de jus-tiça impraticável.

Está tudo a postos para o início do novo ano letivo na próxima segunda-feira. Da parte dos professores a ideia é de que o novo ano começará sem grandes problemas, isto sem contar com o aumento do número de docen-tes desempregados. “Os maiores problemas são os que vêm de trás”, diz Joaquim Páscoa, presidente do Sindicato dos Professores do Sul e Ilhas, que revela estar “ completamente de acordo” com a anunciada extin-ção das direções regionais de Educação, que em vez de simplificarem os processos se tornaram “elementos de desestabilização e de empecilho” para os professores e para as escolas. Sobre a nova diretora regional, o dirigente sindical afirma conhecê-la “ainda mal”. Mas diz esperar “sem-pre o melhor” quando entra uma nova administração. Joaquim Páscoa critica também o facto de haver professores que têm processos parados no Tribunal Administrativo de Beja “há mais de 10 anos, o que torna qual-quer tipo de justiça impraticável”.

Entrevista Carlos Júlio Joaquim Páscoa

❝Os tribunais custam a dar resposta, sobretudo o Tribunal

Administrativo de Beja, onde os processos estão anos e anos

parados. Acho que temos lá casos há mais de 10 anos, o que

torna qualquer tipo de justiça impraticável.

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A Assembleia Municipal de Castro Verde aprovou o Plano de Pormenor da Cavandela. Trata-se de um projeto tu-

rístico que representará investimentos na or-dem dos 600 milhões de euros.

O Plano de Pormenor da Cavandela mere-ceu o parecer positivo dos eleitos da CDU, mas contou com três abstenções e um voto contra dos representantes do PS.

O executivo da Câmara Municipal de Castro Verde considera que “este foi um momento muito importante para o concelho”, lembrando que se seguem, agora, os projetos de execução, para posteriormente poderem ser aprovados.

Durante a reunião da Assembleia Municipal de Castro Verde, Manuel António Domingos, antigo

presidente da Junta de Freguesia de Entradas, de-fendeu “a obrigatoriedade de serem públicas to-das as reuniões da câmara municipal e assembleia municipal, no que respeita à aprovação de qual-quer categoria de instrumento de planeamento territorial”, defendendo que “nenhuma das reu-niões de câmara que tinham na sua ordem de tra-balhos a aprovação da versão final do Plano de Pormenor da Cavandela foram públicas”.

O antigo autarca sugeriu que “fosse aberto um novo período de discussão”. Proposta, esta, que foi aceite pela bancada do PS. A líder da Assembleia Municipal de Castro Verde, con-tudo, considerou que este “era o momento para se dar um sinal claro de que o concelho quer que o investimento avance”.

Polémica em Castro Verde

Plano da Cavandela aprovado

Ferreira em defesa dos Bombeiros A Assembleia Municipal de Ferreira do Alentejo aprovou por unanimidade uma moção em defesa das associações humanitárias dos Bombeiros, apresentada pelos eleitos da CDU e remetida, entre outras instâncias, ao Presidente da República. O docu-mento alerta para que se reflita acerca dos “graves danos” que está a causar às populações a aplicação da legislação vigente

(despacho de 29 de dezembro de 2010), que determina que o direito ao transporte em ambulância deve cumprir em simul-tâneo dois requisitos: “insuficiência económica e justificação médica”. A moção pede também para que se reconheça que, num grande número de casos, “os Bombeiros substituem as famílias” e para que se tome consciência de que, em casos de emergência, “são dos primeiros a chegar junto das vítimas”.

A SAD da União de Leiria anunciou que chegou a acordo com

Pedro Caixinha, treinador bejense, para a rescisão do contrato

que ligava o treinador à equipa. O anúncio foi feito um dia depois

da pesada derrota da equipa frente ao Futebol Clube do Porto.

Arlindo Morais, também bejense, mantém-se na equipa técnica.

Pedro Caixinha

sai do União de Leiria

O presidente da Câmara de Ourique, o socialista Pedro do Carmo, vai candi-datar-se à presidência da Federação do Baixo Alentejo do PS, nas eleições que deverão realizar-se em outubro de 2012. Pita Ameixa, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, considera o anúncio “prematuro e desajustado”

Pedro do Carmo diz que se candi-data “motivado pela necessidade de promover o crescimento do PS” no

Baixo Alentejo, de “modernizar e reorgani-zar a federação” e de “defender o progresso da região”.

O autarca justificou a “antecedência” da apresentação da candidatura com o “de-sejo de promover uma mudança tranquila” na federação e “de estimular a participação de todos os militantes na construção de um projeto de futuro para o PS na região”.

“Quero falar e fazer reuniões esclarece-doras com os militantes, para que a moção de orientação que apresente ao congresso seja o reflexo das opiniões dos militantes”, disse.

O presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Luís Pita Ameixa, contudo, considerou que o momento escolhido por Pedro do Carmo para apresentar a candi-datura é “completamente prematuro e desa-justado” e vai “prejudicar o PS”.

“Há um período próprio. Quando abri-rem os períodos eleitorais, naturalmente que todos são livres de se apresentarem, mas neste momento é completamente prematuro

e desajustado”, disse o também deputado do PS eleito por Beja.

Segundo Luís Pita Ameixa, o momento é “completamente prematuro”, porque “ainda nem sequer decorreu um ano” após a elei-ção do atual presidente da federação e o próximo ato eleitoral só deverá realizar-se em outubro de 2012.

Por outro lado, “é completamente de-sajustado avançar” com uma candidatura quando o PS está “também num processo de congresso nacional, do qual vai sair uma comissão para fazer uma revisão dos modos de funcionamento e organização do PS a ní-vel geral, que levará a algumas alterações nos estatutos”.

“É completamente prematuro e desajus-tado avançar com uma campanha eleitoral interna agora. Isto cria dificuldades ao fun-cionamento do partido. É muito prejudicial, porque cria divisões, ruído e, em vez de a fe-deração poder passar a sua mensagem em nome geral do PS do Baixo Alentejo, come-çam a existir várias vozes a pronunciar-se sobre os temas políticos”, alertou.

Pedro do Carmo, porém, escusou-se a comentar as críticas de Luís Pita Ameixa, li-mitando-se a dizer que o seu “princípio” é “servir o PS”.

Apesar da candidatura e da eventual eleição como presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Pedro do Carmo ga-rantiu que vai manter-se como presidente da Câmara de Ourique e que “está disponí-vel para se candidatar a um terceiro man-dato à frente do município”.

“Prematuro e desajustado”, diz Pita Ameixa

Pedro do Carmo quer liderar PS

Pita Ameixa Está de abalada Pedro do Carmo Concorre à Federação de Beja

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Se, no passado, o vigor da construção civil marcava o pulsar da cidade de Beja, a re-alidade é hoje completamente diferente. Os construtores pouco ou nada constroem, as agências imobiliárias pouco vendem e as famílias pouco ou nada compram. A retração do mercado imobiliário com o epicentro na banca.

Texto Marco Monteiro Cândido

Ilustração Susa Monteiro

Dados recentes do Banco de Portugal mostram que o crédito concedido pela

banca às famílias, no mês de ju-lho, rondou os 368 milhões de eu-ros, menos 30 milhões do que no mês anterior e menos 607 milhões face a julho de 2010. Perante as restrições impostas no acesso ao mercado de crédito, a banca na-cional tornou-se, nos últimos tem-pos, mais exigente no momento de conceder empréstimo bancário para a aquisição de habitação. Se, por um lado, a exigência de mais garantias e o aumento das taxas de juro tornam o acesso mais compli-cado, também os consumidores têm vindo a reduzir a procura.

Em janeiro deste ano, abriu em Beja, uma nova agência imobiliá-ria da rede Remax. Para o dire-tor da agência, Aníbal Rosado, a procura na hora de comprar casa é muita. No entanto, a grande di-ficuldade consiste em conjugar as pretensões dos compradores com as reais condições que possuem. “Se antes queríamos comprar uma casa de 150 mil e comprá-vamos uma de 200, a conjuntura agora já não permite que seja as-sim. Agora quer-se comprar uma de 150, mas se calhar só se pode uma de 100”.

Através de uma financeira pró-pria, a Remax tem protocolos com os bancos a nível central, que lhe permite, nas palavras de Aníbal

Rosado, “a aprovação de seis cré-ditos em dez”, apesar de no pas-sado poderem ser aprovados os dez. Uma das soluções encontra-das pelas pessoas, quando con-frontadas com a real capacidade de que dispõem, tem sido o arren-damento, refere Aníbal Rosado. “50 por cento dos nossos clientes querem uma moradia, mas após a qualificação que lhes fazemos, não têm capacidade para isso”. Após esta constatação, a regra geral é uma: o arrendamento, enquanto esperam por melhores dias.

Se as agências imobiliárias, das maiores às mais pequenas, viram o volume de vendas decrescer nos últimos três anos, num momento em que as regras mais apertadas na concessão de crédito atingem as famílias ao comprar casas, os em-presários da construção civil são duplamente afetados: as suas casas não se vendem por falta de clientes e, eles próprios, têm dificuldades em aceder ao crédito para o negó-cio continuar. Segundo dados do Banco de Portugal publicados re-centemente, foram concedidos

quatro mil mi lhões de euros para o se-tor empresa-rial no passado mês de julho, um valor inferior ao do ano transato, apesar de su-perior em relação a junho.

Pedro Charneca traba-lha há 25 anos no ramo da cons-trução civil em Beja. A empresa, que gere com o irmão, é o espe-lho atual de uma família que tra-balha neste setor há quatro gera-ções. A propósito de uma obra de oito moradias que dura há quase dois anos, Pedro Charneca mos-tra-se desalentado com o estado a que chegou o setor da construção em Beja. “Nem um telefonema, nem uma pessoa cá vem, nada. De lés-a-lés vem cá uma pessoa, diz que gosta, que quer comprar e daí não passa”. Na opinião do emprei-teiro, a construção civil não tem tido evolução nenhuma nos últi-mos anos, apenas “tem andado para trás”. “Isto sempre foi um bom negócio. Neste momento é

ruim. Não se vende, não há negó-cio, as pessoas não procuram e os bancos apertam”.

César Rodrigues, proprietá-rio da empresa de construção Sol Bragança, também vê o futuro sem a esperança de outros tempos. Há quase 14 anos a construir em Beja, o empreiteiro afirma que as vendas estão completamente paradas. “Nós até temos tido bastante procura, os bancos é que não têm estado a faci-litar o crédito e as pessoas não têm dinheiro para comprar”.

O construtor oriundo de Bragança considera que “houve qualquer coisa que funcionou mal

por par te dos bancos”.

“Primeiro abr i ra m de-

mais as mãos ao dinheiro e agora fe-

charam-nas demais”. Para César Rodrigues,

o grande problema foi a conces-são de créditos para habitações, mas onde era incluído capital para carros, móveis e viagens. No mo-mento de uma futura venda, e tendo em conta o valor do emprés-timo pedido, as habitações esta-vam sobrevalorizadas. “Os bancos é que influenciaram as pessoas de tal maneira, que estas pediram mais dinheiro, encarecendo o va-lor dos apartamentos, o que não correspondia ao custo real”.

Atualmente, as vendas de imó-veis da Sol Bragança têm estados difíceis. “Os bancos passaram a emprestar 80, 70 por cento e não é fácil as pessoas terem o restante em dinheiro. Juntando isso às ava-liações que são mais baixas, torna-se muito difícil, quando, antiga-mente, em vez de emprestarem 100 por cento, emprestavam 120 por cento”.

As obras em nome próprio dei-xaram de ser garante suficiente de lucro e, por isso mesmo, Pedro Charneca dedicou-se também, há cerca de dois anos, a fazer obras para terceiros. “Se fosse só cons-truir para vender, já tinha mor-rido há muito tempo”. Por en-quanto, ainda há alguma margem de manobra neste nicho, considera o construtor, no entanto, se ante-riormente as pessoas tinham o di-nheiro para uma obra, hoje é dife-rente. “Isto vai mexendo, mas não é o que era. Antigamente, as pes-soas faziam uma obra de cinco mil euros e tinham o dinheiro para pagar. Hoje mandam fazer uma obra de cinco mil euros e não têm o dinheiro. Há que ir esforçando e chateando as pessoas, ir fazendo. É que parar é morrer”.

Dificuldades no acesso ao crédito

Obras mal paradas

em Beja

Pedro Charneca Mostra-se “desalentado” com o estado a que chegou o setor

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Rastreio do cancro

da mama em Castro Verde

O concelho de Castro Verde recebe até ao dia 12 de outubro uma unidade

móvel do Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro,

destinada a efetuar a 5.ª Volta do Rastreio do Cancro da Mama. O rastreio

é destinado a mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 69

anos, convidadas a participar através de carta personalizada.

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Opinião

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As obras da AUTOESTRADA estão às portas de Beja. Parece que daqui a não muito tempo, aquilo que parecia mais uma

miragem faraónica, afinal descerá ao plano do concreto. O aeroporto está concluído, as acessibilidades rodoviárias estão a caminho. Haja agora vontade política para pôr as coisas a andar. De facto. PB

Podemos imprimir notas, criar dinheiro criando mais dívida. Mas se poluirmos os nossos rios e envenenarmos as nossas terras, não os podemos substituir. Satish Kumar, ativista indiano, “Público”, 5 de setembro de 2011

Um planoeuropeu parao crescimentoda economiaMaria da Graça Carvalho Deputada ao Parlamento Europeu

A crise financeira que a Europa atravessa pode conduzir à crise da moeda única euro-peia e, em última análise, à da própria União Europeia como a conhecemos hoje. Contudo, no passado dia 21 de julho, os chefes de Estado ou de Governo da zona euro decidiram encarar de frente

os problemas da Europa e tomar medidas que abrirão caminho à recuperação financeira e económica. O presi-dente Barroso não hesitou em apelidar o conjunto destas medidas como um “plano Marshall europeu.”

Recordamos que o Plano Marshall foi proposto pelo secretário de estado norte-americano George Marshall em 1947 e teve como objetivo restaurar a confiança dos

países europeus no futuro das suas economias. Esta abor-dagem nada tinha a ver com um anterior plano de cariz punitivo preconizado pelos soviéticos.

Hoje são os próprios euro-peus que se empenham em de-linear um plano global com vista ao crescimento e ao in-vestimento nos países que atra-vessam dificuldades. Os líderes europeus decidiram aumen-tar as taxas de cofinancia-mento europeu dos fundos da União Europeia e convidar a Comissão Europeia e o BEI a re-forçar as sinergias entre os pro-gramas de empréstimos e os fundos nos países que recorre-ram à assistência da UE/FMI.

Estas medidas são muito importantes para o Alentejo. É precisamente devido ao ex-cessivo cofinanciamento na-cional e à complexidade dos procedimentos de acesso aos fundos comunitários que a taxa de execução dos mes-mos é baixa a nível nacional e ainda mais baixa na região do Alentejo.

E s p e re mo s que e s t e plano Marshall europeu ve-nha acompanhado de pro-cedimentos simples e facil-mente adaptáveis às regiões, de forma que as estruturas lo-cais consigam incorporar es-tes benefícios na sua ativi-dade de forma célere e eficaz.

A festae a vida Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

De norte a sul de Portugal, pas-sando pelas ilhas e atraves-sando os cinco continen-tes por onde moureja a gente lusa, este tempo é marcado por uma profusão de festas, onde religioso e profano se misturam e às vezes confun-dem.

A festa faz falta à vida: dá-lhe sentido, sabor e conteúdo, combate um certo misto de fa-talismo e de pessimismo que nos caracteriza e condiciona. Há quem concorde com as festas, sem condições; há quem as cri-tique e procure exorcizar; há ainda quem defenda um certo equilíbrio.

Um dos motivos da crítica prende-se, talvez, com um exa-gerado despesismo. Sem entrar em pormenores, devo dizer que sou favorável a que se procure al-guma sobriedade e contenção e se evitem, sobretudo, atitudes es-banjadoras e ostentadoras, que, nestes tempos de crise, podem parecer ofensa, quase agressão, à sensibilidade dos mais desfavo-recidos e fragilizados.

A crise pode, no entanto, pro-porcionar-nos ocasião para refle-tirmos sobre o nosso modus vi-vendi e encontrar alternativas mais saudáveis e baratas de viver e celebrar a vida, apelando à cria-tividade e ao engenho.

Um aspeto que considero ainda de grande importância é o envolvimento das pessoas e dos grupos na festa. Quanto maior for o grau de empenho e compro-misso, mais o resultado final ex-pressará, com verdade, o esforço comum, contribuindo para con-solidar e alargar os laços entre to-dos os intervenientes. A festa de-veria, pois, aproximar as pessoas, esbater diferenças e diferendos, criar pontes e fomentar a recon-ciliação e a comunhão. Um saldo positivo desta natureza, penso que não a reduziria apenas ao co-lorido passageiro do momento, à música e aos foguetes.

Para quem é cristão há ainda um outro aspeto que gostaria de acrescentar: a festa aproxima o homem de Deus, e pode contri-buir decisivamente para esba-ter contrastes e confrontos entre crentes e entre estes e não cren-tes, envolvendo, deste modo, a humanidade num projeto ao serviço das pessoas e do bem comum.

Salvaguardaro patrimónioimaterial…Domitília Diogo Soares Investigadora

Não podemos deixar morrer o projeto Identidades, por-que as gerações futuras não iriam perdoar-nos pela nossa falta de afirmação/convicção na defesa desta ideia.

São várias as interroga-ções que, neste momento, poderemos colocar relativas a esta problemática.

Que ética e que política determinaram a morte do pro-jeto Identidades? Esta questão para além de provocar uma grande inquietação, remete-nos para outras questões ainda mais preocupantes. Que critérios de rigor e de transparên-cia estiveram presentes nesta decisão?

As sociedades de hoje são pluralistas, permitem a con-vivência pacífica dos vários pontos de vista, embora não es-tejam excluídas as tensões, os conflitos entre valores éticos e políticos. Decisões políticas tão controversas quanto esta merecem uma reflexão e um debate de ideias profundo. Mas, antes disso, poderemos sempre tentar perceber se na morte anunciada do projeto Identidades, poderá ainda

ser introduzida a palavra espe-rança? Se este sonho do povo alentejano não poderá ser, de novo, reavaliado e ressusci-tado? Se, no tempo presente, há vontade política na defesa e va-lorização do património ima-terial comum? Para além do espaço político, todos nós inte-gramos a designada “sociedade civil” e deveríamos ter uma pa-lavra a dizer na defesa deste projeto, porque ele é um legado inestimável a transmitir às fu-turas gerações. A diversidade e partilha de crenças, valores e culturas, a acumulação dos sa-beres-fazeres do povo alente-jano transmitidos ao longo dos tempos, constituem a riqueza deste povo e um importante le-gado para o futuro. Importa, pois, salvaguardar o patrimó-nio imaterial do Alentejo, para que não fique ao sabor de ven-tos e marés.

Apesar dos tempos de crise financeira, económica e social, será que ainda vamos a tempo de unir esforços em torno do renascimento do projeto Identidades? Nestes tempos de mudança de paradigma, ino-var e conciliar os valores éticos e políticos com as identidades culturais do património ima-terial alentejano deve ser uma prioridade.

Na festa do Avante! Ensinaram-me, como a muitos outros, o essencial do que me transformou num profissional bem-sucedido: é preciso entender o quadro geral de um problema e dar im-portância aos detalhes que fazem a diferença. Ali aprendi, portanto, que a cultura, afinal, é mais importante do que a política… Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 6 de setembro de 2011

Estas medidas são muito importantes para o Alentejo. É precisamente devido ao excessivo cofinanciamento nacional e à complexidade dos procedimentos de acesso aos fundos comunitários que a taxa de execução dos mesmos é baixa a nível nacional e ainda mais baixa na região do Alentejo.

A festa deveria, pois, aproximaras pessoas, esbaterdiferençase diferendos,criar pontes e fomentar a reconciliaçãoe a comunhão. Um saldo positivo desta natureza, penso que nãoa reduziriaapenas aocolorido passageirodo momento,à músicae aos foguetes.

Apesar dos tempos de crise financeira, económica e social, será que ainda vamos a tempo de unir esforços em torno do renascimento do projeto Identidades? Nestes tempos de mudança de paradigma, inovar e conciliar os valores éticos e políticos com as identidades culturais do património imaterial alentejano deve ser uma prioridade.

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Durante largos anos, Beja foi a capital da ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA, com a própria autarquia à cabeça. As casas

em Beja chegaram a ser as mais caras do País. E, assim mesmo, com a complacência da banca, a construção nunca deixou de crescer. Até ao ponto, agora, em que existem prédios novos, inteirinhos, ao abandono. PB

Pelo que se pode constatar nas diferentes propostas de trajeto, a autoestrada, mais conhecida por IP8, terminará

em Beja, com dois nós de acesso: São Brissos e Baleizão. De fora fica a antiga reivindicação da Margem Esquerda de levar a estrada até à fronteira. Exclusão que tem o travo da traição. É pena. PB

15 de setembro de 1919O arquitetoRaul Lino visita,em Beja, o Convento da Conceição

A convite da comissão executiva da Junta Geral do distrito de Beja, no dia 15 de setembro de 1919, o arquiteto Raul

Lino desloca-se à capital do Baixo Alentejo a fim de emitir parecer acerca das obras de adaptação do antigo Convento da Conceição a Museu Regional e Biblioteca Municipal.

Na sua edição de 20 de setembro de 1919, o semanário bejense “O Porvir” refere mesmo que as obras de remodelação do antigo con-vento seriam supervisionadas por este famoso arquiteto, falecido em 1974, e dirigidas no ter-reno pelo chefe de via e obras dos caminhos de ferro do sul e sueste, senhor Manuel Basto.

Como pano de fundo a esta iniciativa te-mos na cidade uma situação política, econó-mica e social bastante conturbada. Em termos políticos, no início de setembro de 1919, ainda não está totalmente consolidado o novo poder local do Partido Democrático, vencedor, em Beja, das eleições municipais de 25 de maio deste ano. Com efeito, e depois de algum im-passe, só a 11 de setembro é que se estabiliza o cargo de administrador do concelho de Beja, com a nomeação de Sebastião Palma, ama-nuense da Junta Geral, que assim sucede a José Bandeira Fialho Gomes que, por sua vez, tinha pedido a demissão.

Nos aspetos económico e social, o grande problema de Beja e do distrito, em setembro de 1919, é a falta de pão. Em agosto de 1919, o governador civil (dr. Pedro Bernardo de Miranda) reúne, por sua iniciativa, com os moageiros do concelho de Beja. Na reunião fica acordado que os homens da moagem au-xiliariam o celeiro municipal no pagamento do trigo a requisitar aos lavradores do mu-nicípio, uma vez que esta instituição se de-bate com grande falta de capital. Este acordo de nada serviria, no entanto, se não existisse trigo para requisitar, o que está a acontecer.

No início de setembro de 1919, o trigo dis-ponível para venda, manifestado nas quatro freguesias da cidade de Beja, não ultrapassa os 180 moios, o que não chega para alimentar a população da cidade durante um mês. O que se está a passar é que os lavradores andam a desviar o trigo do celeiro municipal, não o ma-nifestando, assim se furtando à venda deste produto pelo preço da tabela. À lei e ao princí-pio administrativo de que farinha e trigo não podem sair do concelho sem que esteja garan-tido o abastecimento local, respondem os la-vradores desviando o cereal para outros des-tinos onde a venda se faça acima do preço tabelado.

Assim, chegados a outubro de 1919, temos, em Beja, novo aumento do preço do pão, para desespero dos mais pobres.

Constantino Piçarra

Efeméride Os governos e as instituições que regem as finanças mundiais pa-recem os médicos do século XVII: veem os sintomas da doença, mas como terapêutica só usam as sangrias. Armando Esteves Pereira, “Correio da Manhã”, 5 de setembro de 2011

Há 50 anosDos nativos de raça pretaque não sãoainda cidadãos

É um texto que espelha a ideologia racista do fascismo-colonialismo português, no início da década de

Sessenta, já depois do desencadear das guer-ras independentistas em África. Na edição do “Diário do Alentejo” de 8 de setembro de 1961, um certo capitão Manuel António Tomé escrevia na primeira página sobre “Um tema de actualidade – Angola (vida e costumes dos nativos)”. Vale a pena trans-crever alguns excertos:

“Neste trabalho não nos ocuparemos da vida e costumes de todos os naturais desta Província Ultramarina.

Entre eles há indivíduos de raça branca, filhos de europeus, outros netos, filhos de europeus já nascidos em Angola, todos com hábitos europeus e que, conjuntamente com os naturais da Metrópole, que por aqui labu-tam, os nativos de cor civilizados e os mes-tiços, se esforçam por chamar á vida os in-divíduos de raça preta agarrados aos hábitos primitivos e os que começam a tomar novos hábitos, integrando-os, completamente, na nossa civilização.

Há imensos nativos de cor, já assimila-dos, cuja vida e costumes são os dos indi-víduos de raça branca, portanto integrados nos hábitos europeus e, por isso, legalmente considerados portugueses assimilados, com todos os direitos e deveres que a Lei concede (...).

Há os resultantes do cruzamento das duas raças, os mestiços, igualmente com há-bitos europeus, cidadania e ocupação defi-nida (...).

Não é, pois, dos nativos civilizados (...) que nos vamos ocupar, mas sim dos nativos de raça preta, que continuam em vida tri-bal, agarrados aos hábitos tradicionais que herdaram dos seus avós e que, por tal mo-tivo, sendo considerados legalmente portu-gueses, vivendo no território nacional, não foram ainda qualificados cidadãos, por falta de assimilação dos costumes civilizados. (...)

As mulheres, sobretudo raparigas, quer nas cidades e povoações comerciais, quer nas proximidades das residências de senhoras eu-ropeias, vão modificando a maneira de trajar, pondo á margem os tradicionais panos em que se envolvem do peito para baixo. (...)

Assim se notam junto das cidades e po-voações de europeus muitas raparigas tra-jando á maneira europeia, com os respec-tivos seios aconchegados pelo vestuário e mantidos em posição normal (...). Essas ra-parigas usam também, a cobrir-lhes as cara-pinhas, um lenço de seda, de cores garridas, envolvendo a cabeça, em forma de turbante, que muito as compõe, dando-lhes certa graça. Muitas já andam calçadas. Outras continuam descalças, certamente por carên-cia de meios.”

Carlos Lopes Pereira

PoemárioEstrada da vida

António Machado Palhais,

Cabra Figa

Mais um dia que passouMais uma esperança perdidaMais uma fo1ha virouNo calendário da vida

Mais um passo nesta estradaQue andamos a percorrerDesde o nosso alvorecerAté ao fim da jornadaNesta dura caminhadaQue o destino nos ditouA sorte nos preparouEste Fardo tão pesadoMais um suspiro foi dadoMais um dia que passou

Este caminho é incertoNão se lhe conhece o fimSerá bom será ruim?Será longe será perto?A1guém dormindoou despertoBuscará nele guaridaPode ser folga merecidaMas se for desilusãoTerá qualquer coraçãoMais uma esperança perdida

Adorai a santa cruzQue nas trevas é a luzSímbolo do redentorSinal de um amor profundoQue esta vila alentejanaQuer mostrar a todo o mundo

Este cantinho adoradoDeste Alentejo sagradoProvíncia de sofrimentoTem esta cruz verdadeiraQue é o estandarte a bandeiraDo seu patrono São Bento

Nesta planície imensaOnde não se perde a crençaEm valores que são etéreosÉ a cruz que ajuda a verO caminho a percorrerNeste mundo de mistérios

Não se pode adivinharO que à frente nos esperaSe é verdade ou se é quimeraNinguém consegue alcançarÉ sempre bom recordarO que ficou para trás ficouQuem perdeu ou quem ganhouCom derrotas ou vitóriasPois neste álbum de memóriasMais uma folha tolha virou

Nesta aventura interessanteQue a natureza nos trazNem toda a gente é capazDe caminhar sempre avanteVai ficando mais distanteO momento da partidaSe a missão foi bem cumpridaÉ segredo bem guardadoPois foi tudo registadoNo calendário da vida

Santas CruzesVila Nova de São BentoAntónio Machado Palhais,

Cabra Figa

A luz que brilha no altoDaquela cruz redentoraÉ chama que acendea esperançaQue depois da tempestadeVai dar ao mundo a verdadeE a alegria da bonança

Santas cruzes são lembrançaQue dos tempos de criançaO meu coração encerraTradição nunca esquecidaPorque faz parte da vidaDas gentes da minha terra.

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Páginas Esquecidas

Évora visitadapelo escritor brasileiroAfrânio Peixoto (1876-1947)Excertos

Bem haja a todos aqueles que se dedicam à nobre causa de ensinar, o meu respeito por todos aqueles que querem efetivamente seguir o ensino e consequentemente a minha admiração e solidariedade para os que agora começam, que tapados, bloqueados, impossibilitados pelos mais velhos, por aqueles que comem à custa do sistema, que tudo açambarcam e que nada querem fazer, ficam sujeitos a enormes sacrifícios. O meu repúdio e desprezo por todos os parasitas que vivem encostados a um sistema obsoleto e injusto mas que lhes serve e interessa. Comentário no blogue www.pracadarepublicaembeja.net, 5 de setembro de 2011

Portugal tem duas cidades princi-pais: Coimbra e Évora. Uma é o oratório da casa: a Universidade,

alguns monumentos, a paisagem, o Mondego, a história. A outra é-lhe a galeria ou o museu: trinta e seis mo-numentos nacionais, que vêm dos Romanos, pela história de Portugal a fora... conservados, nítidos, perenes, envolvidos por um monumento maior, a cidade inteira, risonha na sua medi-tação, fervorosa no seu recolhimento.

Coimbra é minha irmã... primeiro e constante amor de meu coração. no meu lar, minha santa... Évora é a mi-nha namorada… casto e silencioso amor de minha vida inteira... amor lo-grado e não possuído, que me embal-sama o sentimento para a eternidade...

Até na evocação das lembranças, não as separo... Passam no passado Afonso Henriques... Dom Dinis... Santa Isabel... a linda Inês; Passam também “Geraldo que medos não temia”..., Dom João II, o Homem... a sábia Infanta Dona Maria, enterrando num claus-tro sua melancolia de sempre-noiva... Isabel Juliana, sempre-noiva também, punida com o Calvário, por defender, vitoriosamente, seu amor, contra a om-nipotência de Pombal... Símbolos. Não as distingo: amo-as; tenho coração bastante.

Cidade de arte e de história; paisa-gens para a vista e para a recordação. Raul Proença disse, justamente: “pa-raíso do aguarelista e do arqueólogo”; feitiço presente do que subsiste; evoca-tiva reminiscência do que passou, mas permanece na lembrança... Que delí-cia, andar em Évora à toa nas suas ruas em torno da Praça do Geraldo, onde há sempre movimento e ruído, nas rui-nhas que sobem ou descem para to-dos os lados e desembocam em largos estuários de silêncio e de paz, pontu-ados apenas pela presença solene dos monumentos; ver um nome impre-visto de rua, num letreiro de esquina, nomes saborosos e pitorescos das rue-las de Évora!

E tudo limpo, lavado, sem um trapo ou papel nas calçadas – tem-se pena de as pisar... não se vá sujar Évora... E tudo caiado, o silhar de pedra ou de azulejo limpo, e os ferros forjados, as adufas, as galerias, os passeios, os mo-numentos ao sol do Alentejo e ao cui-dado dos alentejanos, Évora és um

encanto, de gosto e de simplicidade, de fidalguia e tradição…

Depois... os monumentos. O de opus incertum, que se crismou Templo de Diana, da época dos Antoninos (II sé-culo da nossa era) tem o seu podium, ou embasamento, e 14 colunas corín-tias, a maior parte completas, supor-tando airosamente parte da arquitrave. Essas ruínas dão a Évora um prestígio clássico de intensa poesia.

No Paço das Cinco Quinas, ou dos Duques de Cadaval, vive a memória de Dom João II... que, em Évora, castigou, com a morte, ao Duque de Bragança, no duelo do rei contra os nobres. No Convento dos Lóios, túmulos de Chanterenne na igreja, azulejos, bron-zes, claustros, papéis preciosos...

Por toda a parte, altas memórias, panos de muralhas romanas, torre de Sertório, paços de Dona Catarina, rai-nha de Inglaterra, de Dom Sebastião, rei de Portugal...

A Sé é a mais rica jóia de Évora. Começou-se a fazer em 1186, consa-grou-se em 1204, terminou em me-ado dos duzentos... e está nova, como de ontem... Do zimbório central disse um sabedor, Martim Hume, que valia a pene vir de Inglaterra a Portugal, só para vê-lo... As naves, as capelas, a áb-side, o claustro, o tesouro... tudo tem seu preço, sem preço. O Pai dos Cristos, um grande Cristo de cedro, de Manuel Dias. A Virgem, “de abrir”, e aberta, tríptico de três andares, de figurinhas de marfim, representando a vida da Senhora. Um altar ao meio da nave, contra um pilar, a Senhora do Anjo, “Anunciação” que já é “Expectação”... Púlpito, sacristia, tesouro, coro, claus-tro... é uma peregrinação pia por entre maravilhas.

As reformas de ensino do Marquês de Pombal foram inspiradas por padres, à frente deles Frei Manuel do Cenáculo, o grande Arcebispo de Évora... É exacto que havia Coimbra, com 6 000 estu-dantes inscritos, em 1766, que eram fictícios, e apenas reais 700... Para estes bastava: e bastava para os de Évora... Mas, ainda assim, não me consolo... Os Jesuítas querem-lhe mal, ao Marquês, pelo que não fez, ou não podia ter feito sozinho, nem sem o auxilio dos outros, entre estes, principalmente, outras

ordens religiosas, o pontificado sobre-tudo... É o bode expiatório, que se no-meia culpado pelos crimes de todos…

Mas não devia Dom Frei Cenáculo ter fechado a Universidade Jesuíta. Aqui esteve São Francisco de Borja. Aqui es-tiveram os do Brasil… Em Coimbra, e aqui. Aos Brasileiros, que tanto de-vem a estes grandes Padres, que foram a moral e a cultura do Brasil infante, compete, em Coimbra e Évora, render-lhes o culto de gratidão que merecem.

Por toda a parte, em Évora, a histó-ria... A quem souber ler, é uma pauta de pedra, para a epopeia. A Liberalitas Julia, dos Romanos, que lembra o tem-plo de Diana. Viriato e Sertório aqui vi-veram a rebeldia, pela Independência. “Eis a nobre cidade, certo assento do rebelde Sertório”... está nos Lusíadas. Depois é a Eboreh dos Árabes. Finalmente é, com Geraldo Sem-Pavor, a cidade de Afonso Henriques. Vivem aqui Sancho I, Afonso III, Dom Dinis, Afonso IV, por 14 anos... É aqui que lhe vem a este, a filha, rainha de Espanha, a “formosíssima Maria” de Camões, pedir auxílio para o marido, contra os infiéis... Aqui casa Dom Pedro com Dona Constança, que traz consigo o “grande desvayro”, a linda Inês… Dom Fernando põe-lhe muralhas, a Évora.

Aqui, desterrado, o Mestre de Aviz é Dom João I, com a sua Ala dos Namorados, cujo chefe, Mem Rodrigues de Vasconcelos, é eborense. Aqui, 26 anos, viveu o Condestável...

Dom Duarte manda levantar o Paço, que chamaram de Dom Manuel. Antes deste, Dom João II firma aqui a realeza, e convida Vasco da Gama para a empresa da Índia, o que o Venturoso ratifica, de um vão de ja-nela, ali arruinada, no Jardim Público... Dom Manuel não conquista a Índia, mas aqui casa com Dona Leonor...

Aqui estiveram Fernão Lopes, Gil Vicente, Álvaro Pires, Nicolau Chanterene, Garcia de Resende, Clenardo, André de Resende, Duarte Galvão, Vaseu, Jerónimo Osório... Évora foi Lisboa e Coimbra juntas, certo tempo: governo e arte, corte e cul-tura... Dom Henrique senil e o jovem Dom Sebastião, em torno da Universidade... Na Capela dos Ossos, de São Francisco, recebeu ordens Frei António das Chagas, que, nessa hora mesma, procura uma espada para cor-rer à defesa da Pátria, invadida Évora pe-las tropas de Dom João de Áustria… Évora contribui para a Restauração: Vila Flor tem seu papel. Três capitais teve Portugal: Coimbra, da dinastia Afonsina; Évora, da dinastia de Aviz; Lisboa, da dinastia Bragantina...

Recolha de Luís Amaro

Chafariz Desenho de Alberto de Sousa

Templo de Diana Desenho de Alberto de Sousa

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Festas

O Festival Vidigueira já se afirmou nos espetáculos de verão e, ano após ano, revela-se a última oportunidade para os festivaleiros. Milhares de pessoas ru-mam até às conhecidas “Terras de Pão, Gente de Paz” e, este ano, as expetati-vas são elevadas, até porque, segundo a Câmara Municipal de Vidigueira, “esta vai ser a edição mais ambiciosa de sempre”.

Textos Bruna Soares Fotos José Serrano

Os Xutos & Pontapés, que arrastam multidões, vão lá estar e também os conhecidos Deolinda, que protago-

nizaram há pouco tempo a canção que im-pulsionou o movimento “Geração à Rasca”. Motivos mais do que suficientes para uma vi-sita à Vidigueira. Mas o cardápio só fica com-pleto com a atuação de Os Homens da Luta, o grupo liderado por Neto e Falâncio, que mais não são que os alter-egos dos irmãos Jel e Vasco. Tiago Bettencourt & Mantha, Rui Pregal da Cunha, antigo vocalista dos Heróis do Mar, DJ Rui Estevão, Mixhell, duo formado por Igor Cavalera e Laima Leyton, e o DJ belga

Paul Chambers completam o cartaz. Na verdade, o Festival Vidigueira junta

bandas nacionais e músicos portugueses e atuações de DJ nacionais e internacionais. Um misto que promete ser “um sucesso”.

“As nossas expetativas para este festival são as melhores. Esperamos, mais uma vez, ter uma verdadeira enchente em Vidigueira, o que é ótimo para o concelho mas também para a região”, afirma Luís Pestana, verea-dor da Câmara Municipal de Vidigueira.

“Os nossos jovens sentiram a necessi-dade de ter um festival. Este foi um evento pedido e nós, dentro das nossas possibilida-des, concretizámos este evento, que conti-nuará até que tenhamos capacidade para o manter. Temos muito orgulho nesta inicia-tiva, que têm a particularidade de promo-ver o concelho, uma vez que chega a todas as partes do País”, defende o autarca.

Hoje, sexta-feira, atuam os Homens da Luta, Xutos e Pontapés, Mixhell e Paul Chambers. Amanhã, sábado, segundo dia do festival, é a vez de Tiago Bettencourt & Mantha, Deolinda, Rui Pregal da Cunha e Rui Estevão subirem ao palco.

O festival, à semelhança do ano

passado, acontece nas Piscinas Municipais de Vidigueira e a organização considera que “este é um elemento diferenciador dos ou-tros festivais de verão”.

“É um espaço com condições excelen-tes e quem já veio ao festival reconhece - -o. É muito agradável e torna este festival ainda mais apelativo”, diz Luís Pestana.

Quem compra o bilhete para os dois dias tem direito a campismo grátis e a entradas gratuitas, durante o dia, na pis-cina municipal. “De dia os visitantes po-dem desfrutar da utilização das pisci-nas municipais, até porque se prevê um fim de semana de calor, e à noite têm o privilégio de assistir a grandes espetácu-los. Julgamos que estão reunidas todas as condições para que este seja um grande festival”.

O cartaz, segundo a organização, di-rige-se a vários públicos e, neste sentido, esta edição espera “atrair muita gente”. “Nós, alentejanos, temos ainda a particula-ridade de saber receber muito bem. Quem nos visita gosta sempre de voltar. Vamos, com certeza, promover muito bem esta re-gião”, conclui o autarca.

Vale do Poço em festa

A Feira Agropecuária Transfronteiriça de Vale do Poço decorre

este fim de semana. A orga-nização encontra-se a cargo da Câmara Municipal de Serpa e conta com a colabo-ração da Câmara Municipal de Mértola, Mancomunidad Beturia, juntas de Freguesia de Salvador (Serpa) e Santana de Cambas (Mértola) e da Associação de Agricultores do Concelho de Serpa.

Segundo a organização, “esta feira é uma montra do que melhor se faz nesta re-gião”. Aqui estão represen-tados os produtos e produto-res tradicionais, os produtos agrícolas, o gado e a gastrono-mia. Não falta ainda a música e muita animação.

A inauguração oficial da feira encontra-se agendada para hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, seguindo-se um espetáculo com Rockgang e um baile com Tysubry.

Amanhã, sábado, pelas 9 horas, encontra-se agendado um passeio a cavalo, e, pelas 17 horas, acontece um mo-mento de animação a cargo de Beira Serra. O dia fica ainda marcado por uma gin-cana de cavalos (17 e 30 ho-ras), pelo colóquio PAC – Política de Agrícola Comum: Presente e Futuro (18 e 30 ho-ras), por um espetáculo com o Grupo Banza (22 e 30 horas) e por um baile com Sons do Sul (23 horas).

No domingo, último dia do certame, acontece um passeio de BTT (9 horas), um torneio de malha (14 horas), anima-ção (17 horas), um espetáculo de variedades com Ecos do Enxoé e um baile com Celso Graciano e Edgar.

Xutos & Pontapés e Deolinda são cabeças de cartaz

Festival Vidigueira espera enchente

Tim O mítico vocalista dos Xutos, que tem origens em Ferreira, está de regresso ao Alentejo

Deolinda Homens da Luta

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Castro Verde continua a dar cartas no panorama cultural da região. A Planície Mediterrânica, iniciativa

que já conquistou locais e forasteiros, volta a animar o concelho e, à semelhança de anos anteriores, são as sonoridades e as par-tilhas culturais que vão imperar este fim de semana.

Castro Verde celebra o convívio, brinda à partilha e, sobretudo, à cultura. Chegou mais uma edição da Planície Mediterrânica, espaço de criação e encontro. Até domingo, locais e forasteiros podem assistir a inter-câmbios musicais, ver instalações artísti-cas e saborear o vagar, à boa maneira de es-tar ao Sul.

“Este não é um festival de multidões, mas é um festival com muita gente. Quisemos, antes, que as pessoas levassem algo da-qui, alguma experiência, alguma sensação. Queríamos que as pessoas que viessem a este festival tivessem tempo para estar, para desfrutar, para saborear uma conversa à mesa, para participar, para conviver”, conta Paulo Nascimento, vereador da Câmara Municipal de Castro Verde, que há vários anos se encarrega do pelouro da cultura. E o objetivo, esse, parece ter sido alcançado na perfeição. Para além de contar com muitos visitantes, o espírito de quem a ele acorre é mesmo esse: o da partilha, o do interesse por outras culturas, o da aprendizagem.

O Festival Sete Sóis Sete Luas, onde se insere a Planície Mediterrânica, desenrola - -se atualmente ao longo de um itinerá-rio que conta já com 25 cidades de 10 paí-ses, entre os quais Itália, Portugal, Grécia, Espanha, França, Marrocos, Israel, Croácia, Cabo Verde e Brasil. Este ano, durante três dias, são apresentados espetáculos que

são fruto da convivência coletiva de diver-sos músicos e artistas, nacionais e interna-cionais. A Rede Cultural do Festival Sete Sóis Sete Luas continua, assim, a dar fru-tos e a Planície Mediterrânica é um bom exemplo, uma vez que este já é um evento consolidado.

“A Planície Mediterrânica é uma ini-ciativa enraizada na dinâmica cultural do concelho e da região. É a face mais visível da participação de Castro Verde na Rede Cultural Sete Sóis Sete Luas. Foram esta-belecidas parcerias muito importantes e foi criado um espaço de partilha e de cum-plicidade muito profícuo”, considera Paulo Nascimento.

Os concertos, este ano a cargo de Orquestra Chekara Flamenca (hoje, pelas 21 e 30 horas), Folkabestia (hoje, 23 horas), Uma Coisa Em Forma de Assim (hoje, 24 horas), DJ Set (hoje e sábado, 1 e 30 horas), Mosto (sábado, 16 horas), Mario Incudine (sábado, 21 e 30 horas), Omiri (sábado, 24 horas), Volta e Meia (domingo, 17 horas), 7Sóis.Med.Kriol.Orkestra (domingo, 19 e 30 horas), acabam por ser o núcleo cultural da iniciativa. A Planície Mediterrânica, con-tundo, também se faz de polifonias alen-tejanas (cante alentejano e viola campa-niça), de exposições de pintura e escultura, de oficinas e workshops (onde se dinamiza o cante, a dança e a gastronomia local), en-tre outros.

O vereador da Câmara Municipal de Castro Verde lembra ainda que os visitantes podem desfrutar do “Café Mediterrâneo, do Bar, Esplanada e Restaurante Mediterrâneo, de um espaço com artesanato, da Feira do Livro, do Espaço Criança e da Feira de Velharias e Produtos da Terra”.

Todos os anos a tradição se repete em Moura. Setembro é o mês que aco-lhe a XXXI Feira do Artesanato e a

II Mostra de Aromas e Sabores. A receita de juntar os produtos da terra tem sido um dos segredos para o sucesso da iniciativa. Há, no entanto, uma coisa que sobressai: o espírito dos mourenses.

“O espírito das gentes do concelho é muito peculiar. É um povo que gosta de co-memorar, que gosta de sair, que gosta de par-ticipar e de conviver. Esta feira é um ponto de encontro e estes fatores têm contribuído, sem dúvida, para o sucesso do evento”, asse-gura Santiago Macias, vereador da Câmara Municipal de Moura.

O povo, esse, está preparado para dar a co-nhecer e partilhar a sua terra e, ao mesmo, tempo mostrar o que de melhor se faz nestas paragens. Na verdade, a feira é uma montra das potencialidades do concelho, mas também da região e, segundo Santiago Matias, “os stands dos pavilhões estão totalmente ocupados”.

O negócio é, assim, uma das vertentes desta feira e, de acordo com o vereador da Câmara Municipal de Moura, “é uma boa oportunidade para as empresas darem a co-nhecer os seus produtos e os seus serviços. Esta é uma feira que tem muita procura e isso só pode significar que se geram aqui boas oportunidades de negócio. Vem gente de muito longe para expor em Moura, o que nos agrada muito. Revela a dinâmica em-presarial do certame”.

O certame, que se prolonga até domingo, é preparado pela Câmara Municipal de Moura. No entanto, conta com o apoio de várias associações e coletividades do con-celho. “A organização é partilhada com vá-rias entidades. Consideramos que só assim podemos fazer um evento de muita quali-dade. Cada um traz o melhor de si e o que melhor sabe fazer e assim construímos este grande certame, que muito nos orgulha”, diz Santiago Macias.

Este ano os grupos corais do concelho vão animar as tasquinhas e as zonas de ex-posição da feira e as noites, essas, vão ser animadas pelo projeto musical Pucarinho (hoje, 22 horas) e Virgem Suta (sábado, 22 horas). O último espetáculo da feira, no do-mingo, pelas 19 horas, fica a cargo do Grupo Rocieiro de Huelva.

O certame conta ainda com um con-curso de mel, com um encontro de produ-tores e outros profissionais da fileira das plantas aromáticas e medicinais, com coló-quios, com conversas acompanhadas com chá, com o Fórum Escola Nacional de Caça, Pesca e Biodiversidade, com exposições, tas-quinhas, concurso de petiscos, entre outros.

O artesanato, os aromas e os sabores, es-ses, serão reis em Moura e prometem fazer as delícias dos muitos visitantes que são es-perados no Parque Municipal de Feiras e Exposições, até porque, segundo a Câmara Municipal de Moura, “as expetativas para este certame são muito boas”.

Feira dá destaque ao artesanato

Moura promove produtos da terra

Cultura em Castro Verde

Mediterrâneo em festa no Campo Branco

Mosto O mais recente projeto polifónico de Paulo Ribeiro apresenta-se em Castro Verde

Virgem Suta A banda bejense é cabeça de cartaz da Feira de Moura

Folkabestia Orquestra Chekara Flamenca

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O município alentejano de Ourique vai atribuir na próxima segunda-feira a “Chave de Honra” da vila à

presidente da Assembleia da República e homenagear todos os deputados eleitos pelo círculo de Beja desde 1974.

A cerimónia de atribuição da chave a Assunção Esteves e de homenagem aos de-putados vai decorrer a partir das 17 e 30 ho-ras, no Centro de Convívio de Ourique, a propósito da inauguração na vila da exposi-ção itinerante “A Assembleia da República: Breve História do Parlamentarismo Português”.

O presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo, explicou que o municí-pio convidou a presidente da Assembleia da República para inaugurar a exposição na vila.

Assunção Esteves aceitou o convite, “o que honrou o município”, e, para inaugurar a exposição, vai deslocar-se a Ourique, na-quela que será a sua primeira visita oficial desde que foi eleita presidente da Assembleia da República, disse o autarca.

“Para nós, isto é motivo de muito orgu-lho e satisfação e, para receber bem e com toda a dignidade a segunda figura do Estado

português, vamos atribuir à presidente da Assembleia da República a ‘Chave de Honra’ da vila, uma distinção só para titulares de órgãos de soberania”, sublinhou.

Após atribuir a chave a “Chave de Honra” da vila a Assunção Esteves, o município de Ourique vai homenagear todos os deputa-dos eleitos pelo círculo de Beja desde 1974.

“Num momento em que tanto se critica a vida política e os políticos, é preciso re-conhecer que, desde o 25 de Abril de 1974, têm sido muitos os deputados eleitos pelo círculo de Beja que têm feito um grande es-forço na defesa da democracia, da liberdade e da promoção do progresso da região e do País”, disse Pedro do Carmo.

Por esta razão, “considero oportuno re-conhecer, na presença da presidente da Assembleia da República, o esforço e a dedi-cação de todos os deputados eleitos pelo cír-culo de Beja”, justificou.

Depois da cerimónia de atribuição da chave e de homenagem aos deputados, será inaugurada, às 18 e 30 horas, na Biblioteca Municipal de Ourique, a exposição “A Assembleia da República: Breve História do Parlamentarismo Português”, que ficará pa-tente ao público até ao final deste mês.

Assunção Esteves recebe “chave de honra”

Deputados por Beja homenageados

em Ourique

Presidente da Assembleia da República Primeira visita oficial é ao Alentejo

DR

Os antigos combatentes da Guiné vão realizar, no próximo dia 5 de

outubro, mais uma edição, a 30.ª, do seu almoço- convívio nacional, a

ter lugar no restaurante “Beira Rio”, em Góis, no distrito de Coimbra.

Os interessados, que podem inscrever familiares, devem contactar os

organizadores para o apartado 42 – 3534 – 909 Mangualde.

Região

Almoço de antigos

combatentes da Guiné

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O município alentejano da Vidigueira vai criar um banco municipal de ma-nuais escolares dos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico para proporcionar aos pais “uma forma fácil e gratuita” de ob-terem livros para os filhos.

O banco, que deverá começar a fun-cionar em pleno a partir do ano le-tivo de 2012/2013, pretende “pro-

porcionar aos pais do concelho uma forma fácil e gratuita de obterem os livros para a formação escolar dos seus filhos”, disse à Lusa o presidente da Câmara da Vidigueira, Manuel Narra.

A criação do banco surge no âmbito da iniciativa do município de oferta dos manu-ais escolares aos alunos dos 1.º e 2.º ciclo do Ensino Básico do concelho, explicou.

O banco destina-se, para já, a todos os alunos que frequentam os 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico no concelho da Vidigueira e será constituído pelos manuais escolares oferecidos pela câmara e que terão que ser devolvidos pelos alunos e outros que sejam doados por particulares.

Segundo o autarca, para poder usufruir dos manuais escolares do banco, cada aluno dos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico a quem a autarquia oferecer livros ficará com a res-ponsabilidade de os devolver no final do ano letivo, durante o mês de junho, “em bom es-tado de conservação”.

Os livros serão depositados no banco, ou

seja, armazenados temporariamente no ar-quivo da câmara de Vidigueira e posterior-mente no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias, para que depois possam vir a ser entregues a outros alunos para serem reutilizados no ano letivo seguinte.

Através do banco, o município pretende “ajudar a aligeirar” as despesas das famí-lias com a educação, mas também “permitir a reutilização” por vários alunos dos livros que oferece, o que irá permitir à própria au-tarquia “reduzir os custos com a aquisição dos manuais escolares”.

Segundo o autarca, o objetivo da câ-mara é começar a oferecer, a partir do ano letivo de 2012/2013, os manuais escolares também aos alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico, ou seja, que a oferta dos manuais escolares abranja todos os alunos até ao 9.º ano de escolaridade.

“Esta medida implica um forte investi-mento da câmara e devido ao momento que estamos a atravessar e aos cortes que esta-mos a sofrer, tivemos que alterar as regras da oferta dos manuais escolares e criar o banco”, explicou.

A coordenação do banco será feita pelo Serviço de Ação Social da Câmara em arti-culação com as juntas de freguesia, escolas e associações de pais do concelho.

Os interessados em usufruir dos livros do banco deverão inscrever-se durante o mês de junho nas juntas de freguesia ou no Serviço de Acão Social da Câmara.

Autarquia cria banco de manuais escolares

Vidigueira oferece livros até ao 3.º ciclo

Livros para a escola Banco estará a funcionar em pleno no ano letivo de 2012/2013

CAD de Évora muda de edifício

Exposição de pintura e escultura em Vidigueira No salão da Junta de Freguesia de Vidigueira vai estar patente ao público, a partir de sábado e até 7 de outubro, uma exposição coletiva de pintura e escultura. Trata-se de uma organização da Academie Européenne des Artes – Delegação de Portugal, Câmara Municipal de Vidigueira e Junta de Freguesia de Vidigueira.

O Centro de Aconselhamento e Deteção (CAD) Precoce da Infeção VIH/

SIDA de Évora mudou-se para o edifício do Patrocínio, no Hospital

do Espírito Santo (Zona Verde, gabinete 24). O serviço, sob a alçada da

Administração Regional de Saúde do Alentejo, estava a receber utentes

no edifício antigo do Hospital do Espírito Santo, junto à Direção Clínica.

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Desporto

O Moura empatou em casa, a uma bola, com a equipa do Monsanto, na-

quela que foi a sua partida de es-treia no campeonato nacional da 2.ª divisão. Numa jornada es-cassa em golos, apenas 11, o jogo de Moura esteve entre os três em-pates registados nesta ronda inau-gural da prova. A formação de Fernando Piçarra arranca assim no sétimo posto da tabela e, na pró-xima jornada, marcada para o dia 18 de setembro, desloca-se ao re-cinto do Caldas, equipa que nesta primeira jornada saiu derrotada de Vendas Novas. Resultados da 1.ª jor-nada: Vendas Novas,1-Caldas,0; 1.º dezembro,0-Mafra,0; Oriental,0-Juventude Évora,0; Tourizense,3-

Pinhalnovense,1; To r re ense,1-Fátima,0; Serta nen se,1-Louletano,0; Carregado,2-Reguengos,0; Moura,1-Mon san to,1. Classificação; 1.ºs Tourizense, Carregado, Vendas Novas, Sertanense, e Torreense, 3 pontos. 6.ºs Monsanto, Moura, 1.º Dezembro, Juventude, Mafra e Oriental, 1. 12.ºs Caldas, Fátima, Louletano, Pinhalnovense e Reguengos, 0. Próxima Jornada (18/9): Caldas-Moura, Mafra-Vendas Novas, Juventude-1.º Dezembro, Pinhalnovense-Oriental, Fátima-Tourizense, Louletano-Torreense, Reguengos-Sertanense, Monsanto-Carregado.

Mineiro e Despertar perdem Depois do bem-sucedido jogo da Taça de

Portugal, o Mineiro Aljustrelense apresentou-se no Barreiro para de-frontar o Fabril, campo onde fechou o campeonato da época passada, e perdeu por 2-0. Revelando ainda al-guns constrangimentos na defi-nição do plantel, a equipa mineira teve um espetador especial, o trei-nador Eduardo Rodrigues que, no próximo domingo, já se sentará no banco para orientar a equipa. Na vila de Redondo jogaram as duas equi-pas que na época passada venceram os campeonatos distritais de Évora e Beja, respetivamente o Redondense e o Despertar. O resultado final foi fa-vorável aos visitados por duas bolas a uma. O campeonato prosseguirá em 18 de setembro, cedendo espaço à 2.ª eliminatória da Taça, de onde

o Despertar foi afastado, e, nessa al-tura as duas equipas jogarão no seu reduto, os mineiros com o Lagoa e os bejenses recebendo o Messinense.

Resultados da 1.ª jornada: U-Montemor,1-Pescadores,0; Faren-se,3-Quarteirense,1; Mes sinen se,0-Esperança Lagos,1; Redondense,2-Despertar, 1; Lagoa,0-Sesimbra,1; Fabril, 2-Aljustrelense,1. Classificação: 1.ºs Farense, Fabril, Redondense, Esperança Lagos, Sesimbra e U.Montemor, 3 pontos. 7.ºs Despertar, Lagoa, Messinense, Pescadores, Quarteirense, Aljustrelense, 0. Próxima jornada (18/9): Pescadores-Fabril, Quarteirense-U.Montemor; Esp.Lagos-Farense; Despertar-Messinense; Sesimbra-Redondense; Aljustrelense-Lagoa. Firmino Paixão

Depois do sucesso na 1.ª eliminatória da Taça de Portugal, Aljustrelense

e Moura, únicos sobreviven-tes da AF Beja, já conhecem os adversários que vão enfrentar no próximo domingo, em nova ronda da denominada festa do futebol português. Desta feita, ambas as equipas vão jogar em casa. O Moura com adversário do mesmo escalão, o Cinfães, Viseu, e o Aljustrelense está mais uma vez na rota dos clubes madeirenses, cabendo-lhe desta vez receber o Estrela da Calheta, que disputa a série Madeira da 3.ª divisão nacional. Os madei-renses chegam a Aljustrel depois de terem afastado o Santana, seus parceiros de insulari-dade, através de grandes pena-

lidades. O Clube Desportivo de Cinfães passou a primeira etapa da prova eliminando o Vianense (3.ª divisão) por escassa dife-rença de um golo (2-1). Boas perspetivas, então, para que as duas equipas do distrito possam ultrapassar mais um obstáculo, numa altura em que já estão em prova os clubes da segunda liga profissional de futebol. Os jo-gos desta 2.ª eliminatória dispu-tam-se no dia 11 de setembro e o quadro completo de jogos que envolvem equipas alentejanas é o seguinte: Tondela-Elétrico; Moura-Cinfães; Juventude de Évora-Carregado; Redondense-Monsa nto; Vend a s Nova s-Aves e Aljustrelense-Estrela da Calheta. Os jogos iniciam-se às 16 horas. Firmino Paixão

Taça de Portugal joga-se domingo

Mineiro e Moura

jogam em casa

Campeonatos Nacionais de Futebol

Moura pontua na estreia

Eduardo Gonçalves, técnico que, no passado recente orientou o

Beira-Mar de Monte Gordo, foi o treinador escolhido pela direção do

Aljustrelense para preencher a vaga deixada em aberto pela demissão

de Sérgio Abreu. Carlos Estebaínha (adjunto) e Nico (treinador de

guarda-redes) mantêm-se na estrutura técnica da equipa sénior.

Fernando Piçarra

Mineiro Aljustrelense recebe o Estrela da Calheta, segunda equipa da Madeira que lhe coube na Taça

Moura Equipa da Margem Esquerda recebe o Cinfães, de Viseu, equipa que milita igualmente na 3.ª Divisão

6.º Torneio de futebol

Alberto Chaíça

Realiza-se amanhã no Campo da Baiôa, em Ervidel,

mais uma edição do Torneio Quadrangular de Futebol

“Alberto Chaíça”, competição que conta com a

participação das equipas do Alvorada (organizadora

da prova), Negrilhos, Ourique e Cabeça Gorda.

Eduardo Gonçalves

já treina Aljustrelense

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Fazendo jus à sua tradição no futebol juve-nil, o Despertar Sporting Clube de Beja, está mais uma vez a dis-

putar o campeonato nacional de iniciados. António Franco, o jovem treinador do clube que, há seis épocas, acom-panha os jogadores que inte-gram o plantel, enumera as virtudes do grupo e perspe-tiva a temporada com otimismo, anunciando que a equipa tem potencial para assegurar o ob-jetivo mais prioritário que é a manutenção.

Que expetativas para este campeonato?

Será um campeonato diferente, mais competi-tivo, e vamos ter maiores dificuldades das que estamos habituados. Temos condições de fazer um bom campeonato, o nosso objetivo passa pela manutenção. O estudo que fizemos sobre o campeonato revelou que 20 a 25 pontos serão su-ficientes. Se, a partir daí, conseguirmos mais al-guma coisa, veremos...

O plantel dá-lhe boas garantias?

É um plantel que nos dá garantias. A grande maioria dos jogadores que o constituem já está integrada na equipa e comigo há seis anos, e re-forçámos algumas posições. Não há plantéis ide-ais, mas este mostra qualidade para podermos atingir as nossas metas.

O Despertar tem tradição neste campeonato…

É uma responsabilidade muito grande por-que o campeonato tem este formato há dezas-seis anos e o Despertar é das poucas equipas, em conjunto com o Vitória de Setúbal e com o Lusitano de Évora, que se mantem na prova. Temos mais essa responsabilidade, esperamos estar à altura, e vamos estar certamente, e de-pois o Despertar tem tradição na formação, por isso, temos que deixar o clube, a cidade e a re-gião bem prestigiados.

É possível melhorar o oitavo lugar de 2010?

A classificação do Despertar nas últimas seis épocas tem oscilado entre o sexto e o oitavo lu-gares. O padrão é esse. Este ano, depois de as-segurarmos a manutenção, vamos tentar me-lhorar essa média e a classificação da época passada.

Que espaço têm para trabalhar?

A questão do espaço não é fácil. Já foi pior, no ano passado só havia um sintético, este ano já há dois, as condições ainda não são as melho-res, mas isto serve para nós como para todas as equipas de Beja. Trabalhámos a época inteira em meio campo e depois jogámos no dobro do espaço, é sempre complicado. Temos que ter imaginação e ser criativos para trabalharmos com as equipas assim.

Firmino Paixão

A equipa de juvenis do Odemirense está a dar muito boa conta de si nesta fase ini-cial do nacional de juvenis. À quarta jor-

nada está no quinto posto da tabela, após uma vitória categórica sobre o Cova da Piedade. No domingo, a equipa do litoral alentejano joga em casa, com o Olhanense.

Campeonato Nacional de Juvenis 4.ª Jornada Série D – Resultados: O Elvas, 1-Casa Pia, 2; Olhanense, 8-União Montemor, 0; Odemirense, 4-Cova Piedade, 2; Vitória Setúbal, 4-Amora, 0; Imortal, 1-Oeiras, 0; Estoril Praia, 3-Barreirense, 1.

Classificação: 1.º Casa Pia, 12 pontos. 2.º Estoril Praia, 11. 3.ºs V. Setúbal e Imortal, 10. 5.º Odemirense, 7. 6.º Oeiras, 6. 7.ºs Olhanense e Amora, 4. 9.ºs Barreirense e U. Montemor, 3. 11.º O Elvas, 1. 12.º Cova da Piedade, 0.

Próxima Jornada (11/9): Odemirense-Olhanense; U. Montemor-O Elvas; Casa Pia-Barreirense; Estoril-V. Setúbal; Amora-Imortal; Cova Piedade-Oeiras.

Despertar e Castrense derrotados na estreia Na jornada de estreia do Nacional de Iniciados, os dois representantes da AF Beja não entraram

da melhor forma. O Despertar porque teve difí-cil deslocação a Loulé de onde trouxe uma der-rota pesada, o Castrense, jogando em casa, per-mitiu uma dilatada derrota ante o Barreirense. No domingo jogam ambos em casa e com duas equipas do Algarve, em Beja estará o Olhanense, em Castro Verde jogará o Imortal de Albufeira. Oportunidades para as duas formações sul alentejanas retificarem os primeiros resulta-dos. Campeonato Nacional de Iniciados 1.ª Jornada Série F – Resultados: Lusitano Évora,2-Olhanense,3; Odiáxere,3-Esperança Lagos,1; Louletano,6-Despertar,2; Castrense,0-Barrei-rense,4; Juventude Évora,0-Vitória de Setúbal,5; Lusitano VRSA,0-Imortal,0.

Classificação: 1.ºs V. Setúbal, Louletano, Barreirense, Odiáxere e Olhanense, 3 pontos. 6.ºs Lusi tano VRSA e Imortal, 1. 8.ºs Lusi tano Évora, Esperança Lagos, Despertar, Castrense e Juventude Évora, 0.

Próxima Jornada (11/9): Despertar-Olhanense; Louletano-Esp.Lagos; Lusitano Évora-Barreirense; Odiáxere-Vitória Setúbal; Castrense-Imortal; Lusitano VRSA-Juventude Évora.

Firmino Paixão

Campinense venceu Torneio em Mértola

Um triunfodo futebol solidário

Despertar no nacional de iniciados

Em busca da manutenção

Futebol jovem

Odemirense vence

A Juventude Campinense, de Loulé, venceu a segunda edição do Torneio de Futebol “Firmino Cruz”, organizado pelo Clube de Futebol Guadiana.

Texto e foto Firmino Paixão

O troféu maior foi para o Algarve, na bagagem do Campinense, mas o melhor, esse gesto solidário das gen-

tes do futebol, ficou em Mértola e na memó-ria do homenageado, ele próprio testemu-nha do caudal de valores que o Guadiana refresca e faz florescer. Com o emblema do seu clube colado ao coração, esse mesmo que o traiu e lhe retirou a vitalidade com que ou-trora serviu o Guadiana, Firmino Cruz viu o Campinense, Panoias e Guadiana jogarem entre si três partidas com a duração de 45 minutos. Só os algarvios conseguiram mar-car golos, um aos locais, dois ao Panoias, por isso, e porque revelaram mais maturidade, foram os justos vencedores do torneio.

No final da competição, Mário Tomé, téc-nico do Clube de Futebol Guadiana expli-cou: “Este Torneio mexe imenso comigo, não fui o maior, mas fui um dos impulsionado-res dele, porque o Firmino Cruz é uma pes-soa enorme, que os vários constrangimentos da sua vida e na sua saúde limitaram fisica-mente mas, a nível humano, é o mesmo”.

Tomé revelou a proximidade com o home-nageado dizendo que “curiosamente no ano em

que lhe aconteceu o acidente (AVC) era meu mas-sagista na equipa de juvenis, naquela que foi a minha primeira experiência como treinador, é alguém a quem estou e continuarei ligado e que merece isto e muito mais”. O técnico sublinhou ainda: “Nós estamos sempre atentos, porque es-tes momentos também são importantes para o Firmino, e a família dele é uma referência, um exemplo pela forma como continuam a sorrir e a mostrar alegria, independentemente de tudo o que lhe acontece e, também nós, enquanto clube de futebol, podermos ajudá-lo assim é muito im-portante para todos”. Concordando que o futebol pode e deve ter uma função social, Mário Tomé afirmou: “É essa a linha que pretendemos para o Guadiana de Mértola, termos capacidade de sem ser diferentes, não ser iguais, nem querer ser isto ou aquilo, queremos ter uma linha própria em que os miúdos e as pessoas de Mértola cimen-tem aprendizagens desportivas e sociais no clube e depois se puderem partir para ouros horizontes tudo bem, mas tomara nós que todos os miúdos que estão à volta do nosso clube apreendam estes valores e que as possam desenvolver nesta terra. É esta a nossa conduta e este torneio que home-nageia o Firmino Cruz vem nessa linha que eu tento incutir no clube, na minha humilde condi-ção de treinador, mas sei que a direção pensa da mesma forma e é por isso que aqui estamos”.

Resultados: Guadiana, 0-Campinense, 1; Panóias, 0-Campinense, 2; Guadiana, 0-Guadiana, 0. Classificação: 1.º Campinense. 2.º Panoias. 3.º Guadiana.

Torneio Firmino Cruz Fase do jogo entre o Guadiana de Mértola e o Campinense de Loulé

Despertar Equipa de iniciados recebe no domingo

o Olhanense, em Beja

O Clube Todo-o-Terreno Bicicleta Aventura promove

entre os dias 16 a 18 de setembro a 3.ª Concentração

Nacional de todo-o-terreno, cujas atividades decorrerão

no Estádio Municipal Flávio dos Santos, em Beja,

e onde são esperados cerca de 300 participantes.

Terceira Concentração

Nacional TT em Beja

BTT FIG-50 A Associação Ferreira Ativa, de Ferreira do Alentejo organiza no próximo do-mingo a II Prova de BTT, por equipas, em Figueira de Cavaleiros. O percurso terá a extensão de 45 quilómetros (meia maratona). A prova terá início às 9 horas.

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Num exercício apurado à quilometragem que os meus neurónios atestam, deixem-me divagar pelos corredores apertados da memória e trazer à ribalta o conteúdo funcional que marcou outrora o antigo estádio municipal situado na avenida Vasco da Gama, em Beja. Recordo que a avenida era um mar de gente sempre que o Desportivo jogava. Uma multidão que se estendia a partir da antiga meia-laranja, passando pela rua da Branca, ou dos Açoutados, desaguando depois junto às entradas do estádio. As bilheteiras registavam enormes filas e os “putos”, atentos, agarrados pela mão de um suposto “pai” lá assistiam ao desafio. Mais tarde tive a oportunidade de integrar uma equipa do Desportivo e vivi no interior das quatro linhas o que o meu imaginário transformou em realidade. Tardes de sonho, de futebol acalorado, craques que brindavam o público com a magia do passe, do drible, do golo. Fora do retângulo a multidão extasiava-se e o homem da bola, vaidoso, enchia-se de orgulho e da cartola tirava mais uma jogada ancestral. Era um delírio! Hoje tudo é passado. Ficaram as memórias desenhadas nas aguarelas de outras eras. O presente assume-se como verdade indubitavelmente adquirida. Esses tempos gloriosos caíram nas catacumbas de um fantástico venerado que os mais antigos recordam com saudade extrema. Recentemente visitei o estádio municipal de Beja. Desolação foi o meu primeiro sentimento. Tudo, ou quase tudo, me parece votado ao abandono. Sei que existem projetos – parte urbana e de laser – para revitalizarem aquele “monstro”. Porém, as capacidades financeiras autárquicas apresentam-se débeis, dizem. Carecem de estabilidade, asseguram. Inacreditável, adianto eu, quando me deparo com o seu envergonhado estado físico. O Alentejo, e Beja, merecem que honrem o seu passado desportivo. Deixem-se de caricatas idoneidades pessoais, por favor! Estádio municipal: que futuro?

Que futuro?José Saúde

O Sport Clube de Serpa – Patinagem Artística organi-zou uma semana de Férias Desportivas com os melho-res técnicos mundiais da especialidade.

Texto e fotos Firmino Paixão

Cerca de uma centena de jo-vens patinadores de nacio-nais e estrangeiros partici-

param em Ateliers de Patinagem Artística nas especialidades de Dança e Solo Dance sob orienta-ção de dois credenciados técni-cos. Helena Dias, presidente e trei-nadora principal do Sport Clube de Serpa – Patinagem Artística (SCS-PA), enumerou os objeti-vos destas ações integradas nas Férias Desportivas. “Os objetivos passam por proporcionar aos atle-tas uma semana completamente di-ferente. Normalmente há estágios que se vocacionam só para a prá-tica de uma disciplina, esta ou outra em que sejam programados, mas fé-rias, propriamente, não. O que nós proporcionámos, para além da prá-tica do desporto em si, foi uma diver-sidade de ateliers em quem os atle-tas tiveram possibilidade de passar uma semana de férias, praticando Patinagem, outras atividades e con-vivendo”. Sobre os níveis de parti-cipação revelou: “Tivemos partici-pantes do clube e com muito gosto, outros vieram do País inteiro e, este ano, também, e pela primeira vez, de fora do país. Podemos dizer que estas foram as nossas primeiras férias des-portivas internacionais, o que é um enorme orgulho”.

Referindo-se à visibilidade dos resultados explicou: “Os resultados destes ateliers são vistos lá para junho quando os atletas participarem nas competições de Solo Dance. O que se faz aqui – sublinhou - é a prepa-ração de época para os atletas que já não têm outras provas de Solo Dance mas, simultaneamente, um comple-mento de preparação para os atletas que, esta época, ainda participarão em provas internacionais”. E entre eles, alguns jovens de Serpa, lembrou a antiga selecionadora nacional da

modalidade. “Podemos incluir três dos nossos atletas, dois talvez, porque teremos um par, a partir da próxima semana, a participar no Campeonato da Europa de Cadetes e Juvenis, não é um par totalmente de Serpa, é me-tade, uma vez que o rapaz faz parte das nossas Escolas, é o Emanuel Salvadinho, mas a menina é a Iara Rocha, do Rolar de Matosinhos”. Por outro lado, preconizou Helena Dias, “pressuponho, pelos resultados desta época, que a nossa Inês Aragão, mais uma vez, irá estar presente na Taça da

Europa” e, sublinhando: “Qualquer deles é atleta de grande valia, são par pelo segundo ano consecutivo em campeonatos europeus e, no ano pas-sado, ficaram em terceiro lugar, foram medalha de bronze. A nossa Inês, cos-tuma ser useira e vezeira nestas coi-sas, no ano passado foi medalha de bronze, há dois anos medalha de prata e nos outros dois anos anteriores me-dalha de ouro”.

Quanto aos técnicos que monito-rizaram os ateliers, Helena Dias foi ca-tegórica “Esta ação tem um elenco de técnicos que eu digo que são de luxo, porque ter aquela que, para mim, é a melhor treinadora do mundo de Dança, a italiana Cinzia Bernardi e o Campeão do Mundo de Solo Dance, em título, Hugo Chapouto, que dei-xou a prática da modalidade, mas que tem estado presente em seminá-rios em todo o mundo. É um orgulho poder contar com a presença deles aqui em Serpa”.

Perspetivando a próxima tempo-rada, deixou otimismo e novidades “são excelentes a nível da Patinagem Artística, no entanto, fica já aqui um parêntesis, este clube vai ter também as outras disciplinas, a Patinagem de Velocidade e o Hóquei em Patins e a tendência será para

evoluirmos como temos evoluído na Artística, portanto, se este ano fize-mos um estágio só de Artística, no futuro poderemos fazer também para as outras disciplinas”. Se a for-mação é prioritária? “Claro que sim – sustenta - é forçoso que seja assim. Pretendemos abrir Escolinhas, mas como sabemos que a Patinagem de Velocidade em Serpa já tem uma tradição muito grande, apesar de ter estado um ano parada, não sabemos se recuperaremos algum dos atle-tas anteriores. Vamos dedicar-nos às Escolinhas, mas tudo o quem seja atleta que já tenha competido e re-gresse é bem-vindo”.

Um sinal de crescimento do clube, concorda Helena Dias. “Temos crescido, pretendemos crescer todos os anos um bocadinho mais e com outras disciplinas diferentes. Temos orgulho em dizer que no distrito de Beja somos um clube que, desde há 27 anos que começámos a atividade, pelos menos nos últimos dez, temos trazido sempre títulos internacionais para Serpa”. E concluiu, referindo que “as Férias Desportivas tendo or-ganização do SCS-PA, contaram com o apoios imprescindíveis, como sem-pre, do Município de Serpa e das Juntas de Freguesia”.

Ateliers de Patinagem Artística em Serpa

Uma “terra forte” e um clube poderoso

Patinagem artística Um dos grupos participantes enquadrados pelos técnicos Cinzia Bernardi e Hugo Chapouto

Os objetivos passam por

proporcionar aos atletas uma

semana completamente diferente❝

Este clube vai ter também as outras disciplinas, a Patinagem de Velocidade e o Hóquei em Patins e a tendência será para evoluirmos como temos evoluído na Artística

Ana Cabecinha

brilhou na Coreia

Ana Cabecinha, atleta natural de Baleizão, que representa o Clube

Oriental do Pechão, Olhão, conseguiu um magnífico 7.º lugar na prova

de 20 quilómetros marcha, no Campeonato do Mundo de Atletismo

que decorreu na cidade de Daegu, na Coreia do Sul. Naquela que foi

a sua primeira participação num campeonato do mundo, a atleta

alentejana, treinada por Paulo Murta, competiu entre meia centena

de atletas representantes de 31 países, entre eles as grandes potências

da marcha atlética mundial. A atleta alentejana, que é recordista

nacional da distância de 20 quilómetros, classificou-se um lugar

abaixo da categorizada marchadora nacional Susana Feitor.

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Vitória, vitória conta a tua estóriaVitória, vitória conta a tua estória

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O Teatro Pax Julia, em Beja, é já amanhã, sexta-feira, dia 9 de setembro, o palco escolhido para a grande festa final dos ateliers de Verão da Ludoteca Casa do Lago. A festa tem entrada livre, começa às 21 horas e vai ter muitas surpresas para as crianças e para as famílias. Uma boa maneira de nos despedirmos das longas férias do verão, que as aulas estão mesmo aí a começar!

Final dos ateliers

de verão em Beja

Recorta, dobra e cria personagens engraçadas a partir deste origami

A páginas tantas ...

Dica da semanaJá tínhamos trazido para a página do Vitória, mochos fei-tos a partir de caixas de ovos. Hoje trazemos-te o traba-lho de Marc Moro, onde podes encontrar inspiração para reutilizar estas caixas de cartão. Humanos ou animais são todos um desafio. Podes ver mais neste link (http://www.marc-moro.com/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=37)

Esqueci-me como se chama é o recente livro editado pela Bruáa e reúne 10 textos da literatura russa do século XX.Um livro com histórias mais ou menos absurdas, carregado com um tom humorístico, como é o caso da personagem Lenotchka, que frustra todas as tentativas do amigo em escrever uma história, porque segundo ela, todas as histórias dele já foram escritas.Assistimos a um hilariante diálogo sobre uma visita a um jardim zoológico e a uma corrida que alguns animais fazem para descobrir quem será o mais rápido. Ficamos a saber como contrariar a teimosia de um burro.Estas e muitas outras histórias sempre pontuadas de fantasia e de um absurdo que o autor Da-niil Harms sem-pre procurou, - “ A vida apenas me interessa nas suas mais absurdas manifestações”.

Recorta, dobra e criapersonagens engraçadas a partir deste origami

nas tantas ...mo se chama é o recente livro editado pela 10 textos da literatura russa do século XX.istórias mais ou menos absurdas, carregadomorístico, como é o caso da personagem

e frustra todas as tentativas do amigo em história, porque segundo ela, todas as históriasscritas.m hilariante diálogo sobre uma visita aógico e a uma

guns animais scobrir quempido. Ficamos a ntrariar a

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Fim de semana

Pintura venezuelana em AljustrelCarolina Vollmer, pintora venezuelana, inaugura hoje, pelas 18

horas, no espaço Oficinas, em Aljustrel, a exposição “Maricacau”, que

estará patente até 1 de outubro. “Gestos que provêm do ímpeto da

natureza: a sumptuosidade colorida desperta com o amanhecer que

vê nascer os campos de cacau. Floresce a vida na terra e também no

mar segundo uma configuração luminosa, gestual, que se solta no seu

íntimo, o da artista, que interioriza um enunciar natural”, descreve

o catálogo da exposição. Carolina Vollmer nasceu, vive e trabalha

em Caracas, onde vem expondo, individualmente e em coletivas.

Beringel inaugura Mercadinho da Matriz no domingo O largo da Igreja Matriz, em

Beringel, vai andar agitado

este domingo, 11, entre as 10

e as 18 horas. Foi este o dia

marcado para a primeira edição

do Mercadinho da Matriz,

organizado pela comissão

fabriqueira da paróquia de

Santo Estêvão, com os apoios

da junta de freguesia local e

Câmara Municipal de Beja. A

ideia é que se cumpra uma vez

por mês. A par do mercado

tradicional, com uma oferta

em que se contam as frutas e os

hortícolas, os doces tradicionais,

o artesanato, os livros usados

e os licores e ervas aromáticas,

estão também previstas

oficinas (desenho e pintura e

jogos tradicionais), exposições

(coletiva de pintura, móveis de

fósforos, olaria, fotografia) e

várias atividades para entreter

os visitantes. Entre elas, os

momentos musicais e as sessões

de contos e de poesia popular,

com Rosa Helena e Mariana

Margarida, entre outros.

Primeiro espetáculo do género produzido no Alentejo em 100 anos

Ópera de Mozart estreia-se Ópera de Mozart estreia-se em Estremozem Estremoz

Será, no espaço no último século, o primeiro espetáculo de ópera totalmente produzido no Alentejo aquele que hoje se estreia no Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, a partir das 21 ho-

ras. “Così fan tutte”, a penúltima ópera escrita por Mozart (1790), que teve estreia em Portugal, no Teatro de São Carlos, em 1958, é levada a cena pela Contemporaneus – Associação para a Promoção da Arte Contemporânea, percorrendo mais duas salas alentejanas: Portalegre, no dia 16, e Montemor-o-Novo, no dia 17. Ambas as sessões estão in-seridas na programação da temporada Artes ao Sul, organizada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo.

Este é igualmente o primeiro espetáculo de ópera produzido pela Contemporaneus, associação criada em 2005 que passou a ter, recente-mente, a sua sede em Estremoz, terra natal do tenor Tomaz Alcaide, e

que vem desenvolvendo e estimulando a prática musical junto de autar-quias, grupos de teatro, escolas associações e outros agentes culturais.

Com uma encenação contemporânea, a cargo de Helena Estanislau, o espetáculo tem direção musical de Vera Batista e conta com as interpre-tação de seis cantores solistas: os barítonos Alexis Heath e João Merino, o tenor Marco Alves dos Santos, as sopranos Carmen Matos e Joana Gil, e a mezzo-soprano Margarida Marreiros.

Em palco no Bernardim Ribeiro, onde no passado foram apresenta-dos vários espetáculos de ópera, estará também a orquestra do Ensemble Contemporaneus, que integra músicos de várias localidades do País. A produção conta com o apoio da Direção-Geral das Artes, Direção Regional de Cultura do Alentejo, município de Estremoz e Fundação Eugénio de Almeida.

José Lopes expõe em Vila de Frades O Museu da Casa do Arco, em Vila de Frades, Vidigueira, acolhe desde ontem, quinta-feira, e até 9 de outubro, uma exposição de pintura e escultura de José Lopes. Da organização fazem também parte a junta de freguesia local e a Câmara Municipal de Vidigueira.

Documentário “O Guadiana” em itinerância O Museu da Luz, localizado na aldeia homónima, vai hoje, sexta-feira,

dar início a um ciclo de apresentações do documentário “O Guadiana”,

no castelo de Mourão, a partir das 21 e 15 horas. Seguem-se, até

finais de outubro, outras localidades alentejanas focadas neste filme

realizado por António Vaz da Silva, Pedro Vilas Boas, Ana Barbosa e

Silva e Carvalho, e com narração de Rui de Carvalho: Mértola (dia 15),

Monsaraz (dia 23), Juromenha (7 de outubro) e Luz (dia 21 de outubro).

“O Guadiana” é “um retrato criterioso de uma paisagem natural,

humana e patrimonial associada ao rio Guadiana, num momento em

que o projeto Alqueva começava a tomar forma”, informa a EDIA.

O Projeto Teatro Jovem, de Serpa, estreia amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, na Sala

da Abóboda do cineteatro municipal, o primeiro exercício work-in-progress da sua

segunda produção, “Restolho”. O espetáculo, concebido e encenado por José Gato,

resulta de uma residência acolhida pela associação Pompom, contando também com os

apoios da Câmara Municipal de Serpa, companhia Baal 17 e escolas da cidade.

Teatro Jovem estreia

“Restolho” em Serpa

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Boa vidaJazzVirxilio da Silva – “Odysseia

O jovem guitarrista Virxilio da Silva é um dos mais consistentes nomes que têm nos últimos anos vindo a emergir da dinâmica

cena jazzística da Galiza, em especial daquela que gravita em torno do Seminário Permanente de Jazz de Pontevedra. O impulso decisivo dado por músi-cos como o contrabaixista Paco Charlín e o pianista Abe Rábade tem permitido a descoberta de jovens talentos, que começam a evidenciar-se dos dois la-dos da fronteira. Conhecido dos jazzófilos portu-gueses mormente por via da sua colaboração com a Orquestra Jazz de Matosinhos, Virxilio da Silva lan-çou no ano transato o seu disco de estreia como líder, após ter participado em vários outros (Paco Charlín, SPJ Group, SOS Trio, etc.). A ele se jun-tam o pianista Xan Campos (também um produto da cantera do SPJ, aqui exclusi-vamente em fender rhodes) e um trio de músicos norte-ameri-canos: o saxofonista Walter Smith III, o contrabaixista Derek Nievergelt e o bate-rista Marcus Gilmore. Afiguram-se-me cla-ras as inf luências de Wes Montgomery e Jim Hall, mas é tam-bém percetível que o músico continua à procura do seu pró-pr io c a m i n ho. É , aliás, essa abordagem talvez excessivamente re verenc i a l àque -las f iguras tutelares que acaba por se tor-nar no principal cal-canhar de Aquiles da sua música. O disco começa com “2701”, que desde logo se constitui como uma espécie de declaração de intenções: temas apresentados em uníssono pela guitarra e pelo saxofone e depois explorados pela restante banda de forma competente e com sentido coletivo de swing. Numa linha análoga encontra-mos “Warsawa”, “14-15” e a versão de “The End of a Love Affair”. De entre as baladas nota particular para “Son dun Día de inverno” e, sobretudo, para a delicada versão de “Soul Eyes”, de Mal Waldron. Em suma, um disco sóbrio mas que decerto ganha-ria com um pouco mais de audácia.

António Branco

Comer Salmão com tagliatelle verdee tomateIngredientespara quatro pessoas:

800g Salmão fresco (em cubos)320g tagliatelle verde100g tomate 2,5dl natas2 dentes de alho1 cubo de caldo de peixeSal fino q.b.Preparação

Confeção:

Corte o salmão em cubos com mais ou menos dois centíme-tros de espessura e tempere com sal. Leve uma frigideira ao lume com azeite, alhos esmaga-dos e core os cubos de salmão. Retire o salmão e reserve-o. Escorra a gordura da frigideira, adicione as natas e junte um pouco de caldo de peixe. Mexa sem deixar ferver. Retifique o tempero e reserve. Entretanto, coza o tagliatelle em água com sal (como indica na embala-gem). Escorra e disponha no centro da travessa. Envolva os cubos de salmão com o ta-gliatelle e regue com o molho. Na altura de servir corte o to-mate aos gomos e disponha por cima.Bom apetite…

PS: Em vez de tagliatelle pode utilizar outra massa a seu gosto.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

.

Estes doces cachorrinhos, com cerca de 3 meses, foram resgatados com a sua mãe (a Negrita), de condições

difíceis. Nasceram na rua, junto a uma estrada, mas agora já estão no canil…apesar de um início de vida tão

atribulado acreditamos que vão aparecer famílias cinco estrelas para os adoptar e que eles possam crescer

felizes. Estão vacinados e desparasitados. São de pêlo curto e deverão ficar de porte médio/grande. Venham

conhecê-los ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844 [email protected]

Virxilio da Silva – “Odysseia”

Walter Smith III (saxofone

tenor), Virxilio da Silva

(guitarra), Xan Campos

(fender rhodes), Derek

Nievergelt (contrabaixo) e

Marcus Gilmore (bateria).

Editora: Free Code

Jazz Records

Ano: 2010

Petiscos As rolas do nossocontentamento

Vai abrir a caça um dia destes, já abriu para algumas es-pécies. Vamos dela aqui falar, inevitavelmente. Mas antes queria fazer alguns comentários.

O dodó “Raphus cucullatus” era uma ave sem capacidade para voar, com cerca de um metro de altura, que vivia nas ilhas Maurícias, na costa leste de África, perto de Madagáscar. Alimentava-se de frutas e foi extinto por ação direta dos homens durante o processo de colonização da ilha. Era da família dos pombos, tinha asas curtas, bico longo e pesado.

Era, está extinto. Também entre nós, em tempos históricos, houve extinções.

Mas foram lo-cais porque esses animais sobrevi-veram na nossa fronteira comum, Espanha, e vie-ram nalguns ca-sos, mais tarde, a repovoar as suas áreas natural-mente ancestrais.

Como é o caso da cabra do Marão, com um repovoamento com sucesso; do lobo que esteve sempre perto das nossas fronteiras; do veado que veio

de Espanha e da Escócia, sendo que as linhas genuinamente por-tuguesas foram abatidas na Torre Bela, em 1975; do lince, de que ainda nada se sabe, visto que dos dezassete linces que já nasce-ram em território português, – através de reprodutores que nos foram enviados de Espanha – nem um só sobreviveu; ou final-mente do urso de cuja reintrodução nem sequer se pôs a hipótese. Sensatamente, há que dizê-lo.

A rola não se extinguiu. Refiro-me à rola comum “Streptopelia turtur” uma espécie migratória que inverna em África, nomea-damente em Marrocos. Daquelas que se matavam às dezenas de milhar, na sua época própria, agosto e setembro, e que se ven-diam por preços irrisórios nas ruas das nossas vilas e aldeias. De tal forma que os caçadores profissionais, que então ainda havia, não lhe atiravam: não pagavam o preço do cartucho.

Mas estão gastronomicamente extintas. O mesmo se pode dizer dos cortiçois, as famosas barrigas

brancas e barrigas negras, que nunca atingiram os números fa-bulosos das rolas mas que se viam com facilidade.

O mesmo não acontece com as galinholas e as narcejas, vêm de países onde são fortemente protegidas, nomeadamente de Inglaterra e França. Estão por isso a salvo e bom recato. Matam-se em Portugal por ano escassas centenas e eu como uma ou duas por época, cozinhadas pelo meu irmão. Espero que as-sim se mantenha.

Cada país e cada povo têm os “dodós” que merece. É dos caçadores que a preservação deste nosso comum patrimó-nio depende em primeiro lugar. Mas a capacidade legisla-tiva não está, infelizmente, nas suas mãos. Este ano já não vou comer rolas.

Receio pelo futuro.

António Mira Almodôvar

Page 23: Ediçao n.º 1533

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2011

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Page 24: Ediçao n.º 1533

Nº 1533 (II Série) | 9 setembro 2011

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, o sol vai brilhar em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 18 e os 33 graus centígrados. Amanhã, sábado, espera-se céu limpo e no domingo sol.

Já terminaram, em Faro, as filmagens de “Além de ti”, a primeira longa-me-tragem de João Marco, jovem realiza-

dor natural de Beja. Foram cinco semanas “muito duras, mas belíssimas” dedicadas a recriar a vida de um casal apaixonado em ruínas, através do qual o cineasta pretende falar das relações pessoais e das defesas que se erguem – capazes de proteger mas tam-bém de afastar. O cinema representa, para João Marco, o grande “desafio” de contar histórias, um processo que tem tanto de “si-nuoso e desgastante” como de “profunda-mente rico, compensador e fascinante”.

Está a rodar uma longa-metragem de fic-

ção, em Faro, que se chama “Além de ti”. O

que é que, para já, se pode saber sobre o

filme?

É um filme sobre a dificuldade das relações pessoais. Um trabalho de ficção sobre a vida de um casal apaixonado, com cinco anos de casamento sólido, que se vê implodir por culpa própria. Um filme sobre a criação de defesas que, numa primeira instância, nos protegem e que, mais tarde, nos afastam do outro. “Além de ti” significa, talvez, a possi-bilidade de criar reflexões dentro de quem assiste. O Homem deve preocupar-se, sensi-velmente, sobre as ações tomadas, por ele ou pelo próximo, mesmo as inconscientes. Ao invés de se esconder do outro lado dos seus medos pessoais, devia imiscuir-se com eles. Conhecê-los e, sem dúvida, dá-los a conhe-cer. É um projeto muito intenso com alguns dos maiores atores residentes no Algarve. As filmagens já terminaram. Foram cinco se-manas muito duras, mas belíssimas.É um jovem realizador e, como tal, não

João Marco36 anos, natural de Beja Licenciado em Música, é também mestre em Literatura e Cinema. No início do seu percurso de realizador contam-se algumas peças de videoarte, que apresentou em vários espaços públicos algarvios. É nesta área que conquistou, em 2010, com “LdV”, o primeiro prémio de vídeo num concurso promovido pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (Acidi), tendo como tema a luta contra a discriminação. No domínio da ficção, é autor da curta “Borboleta” (2010), contemplada no livro Filmando a luz – Introdução à história do Algarve. Assinou também vídeos musicais e anúncios.

deve ser fácil suscitar a confiança de patro-

cinadores e apoiantes, tanto mais na situa-

ção economicamente difícil que o País atra-

vessa. Tem sido essa a sua experiência?

Na verdade, não foi nada fácil. Nunca tinha feito produção a este nível, mas com a ajuda de todos foi menos complicado e os patrocí-nios e apoios acabaram por surgir de forma mais ou menos natural. O que verifico é que houve sempre um grande crédito no pro-jeto e nas gentes que o integram. Em contra-partida, o “Além de ti” exige-se honrar estas empresas e entidades, mostrando-se como um produto de qualidade. Esperamos con-segui-lo. Mas essa palavra cabe apenas aos espetadores e ao tempo.

O que é que o faz trabalhar em cinema – o

que o apaixona mais nesta arte?

A possibilidade de contar histórias é um de-safio. Penso que é incontestável dizer que o conto faz parte do imaginário coletivo universal. Talvez por isso, o cinema seja uma disciplina tão apreciada e discutida. No entanto, o facto de poder contá-las não significa saber fazê-lo. No fundo, apren-der cinema é o que me apaixona. Para se mostrar ao mundo a ideia, que hoje não é mais do que um conjunto de situações sol-tas na nossa cabeça, é necessário ter-se um enorme rigor. Da criação linear da própria história, à escrita do argumento, da logís-tica – os atores, a equipa técnica, os patro-cínios e apoios – ao produto final existe um percurso sem “fim à vista”, sinuoso e des-gastante, digno de Hércules, mas profunda-mente rico, compensador e fascinante.

Entrevista de Carla Ferreira

Segredos do peixe e do marisco revelados Durante a Semana Gastronómica do Molusco,

que decorre até domingo, em Odemira, foi

apresentada a publicação “Do Mar à Mesa

– Segredos revelados do Peixe e Marisco”,

um projeto desenvolvido pela Associação de

Mariscadores da Costa Vicentina e Sudoeste

Alentejano, com o apoio do município. Conhecer

o peixe e marisco mais representativos da costa

alentejana e vicentina, explorar os portinhos

de pesca e a tradição que a atividade piscatória

encerra, bem como descobrir a riqueza

gastronómica à base do pescado fresco, que

permite uma alimentação mais rica e saudável, é o

desafio que este projeto nos apresenta.

Ciclomotores Antigos em Almodôvar Uma exposição e feira, uma gincana e um

passeio de ciclomotores antigos, um baile e um

almoço convívio marcam o oitavo Encontro de

Ciclomotores Antigos Vila de Almodôvar, que

vai decorrer naquela vila entre amanhã, sábado,

e domingo. O encontro, promovido pelo Moto

Clube de Almodôvar, deverá reunir “mais de três

centenas” de ciclomotores antigos, para “valorizar

as duas rodas mais antigas e o convívio salutar

entre todos aqueles que as adoram”.

Teatro ao Largo apresenta “Que Diabo!”“Que Diabo!” é a peça que a companhia Teatro ao

Largo apresenta, no dia 13, no Centro Sociocultural

de S. Miguel (Odemira), rumando, no dia seguinte,

a Brejão, numa itinerância em parceria com o

município local, que tem levado espetáculos de

comédia a diversas localidades do concelho. Esta peça

é uma comédia cuja história se passa numa aldeia

alentejana, envolvendo “um serralheiro malandro e

sua esposa, que faziam tudo para enriquecer, mesmo

ao ponto de fazer um pacto com o diabo”.“No fim das

contas, até o diabo se arrepende de ter brincado com

tais vilões”, resume a autarquia.

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Jovem realizador prepara primeira longa-metragem

“No fundo, aprender cinema é o que me apaixona”

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Page 25: Ediçao n.º 1533

Cadernodois

Sexta-feira,9 SETEMBRO 2011Nº 1533 (II Série)

Câmarade Aljustrel

limpa barragemdo Roxo

Um ação de limpeza nas margens da albufeira do Roxo, iniciativa organizada no último domingo, 4, pela

Câmara Municipal de Aljustrel, permitiu retirar cerca de 700 quilos de resíduos. A atividade, inserida

no âmbito da Semana da Juventude, teve como principal intuito “a sensibilização do público para a

problemática dos resíduos deixados junto das margens da albufeira e consequentemente a poluição

dos solos e da água”, refere a autarquia em nota de imprensa. A barragem do Roxo abastece o concelho

de Aljustrel, sendo esta a “primeira de muitas” iniciativas que a edilidade pretende organizar.

Os turistas que chegam de Londres consideram o aero-porto de Beja “muito bom”. São estes os principais resul-tados do estudo “Avaliação Aeropor to de Beja – 1.º Trimestre”. O estudo foi reali-zado através de entrevistas di-retas a uma amostra de 41 pas-sageiros do universo de 164 que chegaram a Beja.

O aeroporto de Beja obteve uma avaliação média glo-bal de “muito bom” por

parte de passageiros que viajaram de maio a julho entre Londres e Beja, a maioria de nacionalidade britânica e com menos de 45 anos.

Estes são os principais resul-tados do estudo “Avaliação do Aeroporto de Beja - 1.º Trimestre”, divulgado e que foi efetuado pela empresa “Critical Thinking” para a ANA - Aeroportos de Portugal.

O estudo foi realizado atra-vés de entrevistas diretas a uma amostra de 41 passageiros do uni-verso de 164 que chegaram a Beja entre 22 de maio e 31 de julho, através da primeira operação co-mercial de voos charter no aero-porto daquela cidade e que liga se-manalmente Londres e Beja.

Segundo o estudo, a média ob-tida na avaliação global do aero-porto de Beja feita pelos passagei-ros é de 4,7 valores, numa escala de 1 a 5, o que corresponde a uma nota de “muito bom”.

A “grande maioria” dos itens avaliados obteve “notas bastante positivas”, ou seja, de “bom” e “muito bom”, sendo que os que se destacaram pela obtenção das melhores notas foram a distância a percorrer no terminal, a corte-sia e a ajuda prestadas no check-in, o tempo de espera no controlo de passaportes, a sensação de segu-rança e a limpeza do terminal.

“A única exceção foi o item refe-rente aos estabelecimentos comer-ciais, que obteve uma nota de “su-ficiente menos”, refere o estudo.

A eficiência/rapidez do ser-viço prestado foi considerada por 34 por cento dos inquiridos como a melhor experiência no aeroporto de Beja, seguindo-se a limpeza por 12 por cento.

Quanto à pior experiên-cia, 54 por cento dos inquiri-dos não respondeu, 15 por cento

Estudo revela opinião dos turistas que chegam de Londres

Aeroporto de Beja “muito bom”

JOSÉ

SER

RA

NO

consideraram que não tiveram nada a registar e 12 por cento apontaram a falta de lojas.

Segundo os dados do estudo, mais de metade dos inquiridos (56 por cento) são mulheres, a maio-ria (63 por cento) têm menos de 45 anos, quase todos residem no

Reino Unido e 90 por cento têm nacionalidade britânica.

Quase metade (44 por cento) dos inquiridos fez entre três a cinco viagens nos últimos 12 me-ses, ou seja, são considerados passageiros “com disponibili-dade para viajar e esclarecidos em

relação aos destinos”.Todos os passageiros inqui-

ridos viajaram em classe econó-mica/turística, a maioria (71 por cento) viajou em lazer e os res-tantes 29 por cento em negócios, sendo que a quase totalidade des-tes integraram o voo inaugural da

ligação entre Londres e Beja.O transporte mais utilizado

pelos passageiros para chegarem ao aeroporto de Beja foi o auto-carro, ao qual recorreram metade dos inquiridos, seguindo-se o táxi (20 por cento) e o carro alugado (17 por cento).

Page 26: Ediçao n.º 1533

2 / cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

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Page 27: Ediçao n.º 1533

3 / cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

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Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja

E-Mail: [email protected]

medicina geral e familiarDr. Luís Capelaendocrinologia | diabetes | obesidadeDrª Luísa Raimundoterapia da falaDrª Vera Baiãopsiquiatria e saúde mentalDr. Daniel Barrocas

sioterapia | reabilita o (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna)Dr. Fábio Apolinárioginecologia | obstetrícia | colposcopiaDrª Ana Ladeirapsicologia clínicaDrª Maria João Póvoaspsicologia educacionalDrª Silvia ReispodologiaDr. Joaquim Godinhocirúrgia vascularDrª Helena Manso

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia)Drª Ana Rita Barros (ortodon a)

prótese dentáriaTéc. Ana Godinho cirurgia maxilo-facialDr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimentoDrª Ana So a Brancopsicomotricidade | apoio pedagógicoDrª Helena Louro

Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05

e-mail: [email protected]

Diversos Acordos

Urologia ▼

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar

e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva

(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo

Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar

Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial

e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/

dislexias)

Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias

Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –

Hospital de Santa Maria

Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina

Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia

digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia

Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar

Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de

Beja

Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro

Hospitalar do Baixo Alentejo

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de

Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do

Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do

Hospital Garcia da Orta.

Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:

Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.

Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não

invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução

do tecido adiposo e redução da celulite

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/

Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e

escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação

Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações

do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação;

Gerontomotricidade.

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem

na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/

amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem

corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528

Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja

[email protected]

Terapeuta da Fala

VERA LÚCIA BAIÃO

Consultas em Beja

CLINIBEJA – 3ªs, 5ªs, 6ªs

Rua António Sardinha,

25, r/c esq.

CENTRO DE FISIOTERAPIA S. JOÃO BATISTA

– 2ªs e 4ªs

Rua 25 de Abril, 11, cave esqª

Tm. 962557043

Terapia da Fala ▼

Page 28: Ediçao n.º 1533

4 / cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

institucional/diversos

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 2.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURASecção Única

ANÚNCIO

PEDRO BRANDÃO

Agente de Execução

C. P. 3877

Acção Executiva

Processo n.° 246/08.3TBMRA

Exequente: Banco de Investimento Imobiliário, S.A.

Executados: Joaquim Manuel Pinto Figueira e outros.

FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra

designado o dia 19 de Setembro de 2011, pelas 09:30 horas, no Tribunal

acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues

até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na

compra do seguinte bem:

Prédio Urbano, propriedade total, sito na Segunda Rua da Mou-

raria, n.° 8, em Moura, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo

111, descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob a fi cha

523/19880105, Moura (S. João Baptista).

O bem pertence aos Executados:

Joaquim Manuel Pinto Figueira, NIF: 206735090 e Maria Paula

Batista Samarro, NIF: 196267897.

VALOR BASE: 35.000,00 €

Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de

24.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base.

Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem

juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente

de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do

bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.

É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Joaquim

Manuel Pinto Figueira, NIF: 206735090 e Maria Paula Batista Samarro,

residentes na Rua Segunda Rua da Mouraria, n. 8, Moura.

O Agente de Execução, Céd Prof. 3877

Pedro Brandão

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURASecção Única

ANÚNCIO

Processo n.° 283/11.0TBMRA

Interdição/Inabilitação

N/Referência: 608668

Data: 15-07-2011

Requerente: António Moreno Agulhas Duarte

Requerido: Joaquim Moreno Agulhas

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Inter-

dição/Inabilitação em que é requerido Joaquim Moreno Agulhas, com

residência em domicílio: centro Social da Amareleja – Lar Domingos

Pulido, Rua da República 10, 7885-000 Amareleja, para efeitos de ser

decretada a sua interdição por anomalia psiquica.

A Juiz de Direito

Dr(a) Luciana Mateus

O Ofcial de Justiça

Joaquim Infante

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 2ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.21 - 1/2 indiviso do prédio urbano sito no

Largo de S. Francisco nº 7 em Vidigueira, destinado a habitação divisões

7, com a área total de 132,00 m2, área bruta de construção de 112,00

m2, inscrito na respectiva matriz predial urbana da freguesia e concelho

de Vidigueira, distrito de Beja no ano de 1937, sob o artigo nº 228.

Teor do Edital:

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de

Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEI-

RA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico,

nos termos dos artigos 248º e seguintes do Código de Procedimento

e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria nº 219/2011 de 1 de

Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado

infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s)

de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) LEONEL FRANCISCO COELHO

TANGANHO, residente em VIDIGUEIRA, o(a) qual deverá mostrar

o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6

CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-08-24 e as 16:00 horas do

dia 2011-11-21

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 9.058,00.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador

registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens

penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”,

“Outros Seviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.

A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor

base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente

apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-07, pelas 10:00

horas, e termina no dia 2011-11-22 às 10:00. As propostas, uma vez

submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em

contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do

Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º

da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão

de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo

de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de

execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante

requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados

do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o

depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma

parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses

(256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos

que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre

as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT),

contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhe-

cidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no

prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus

créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima

indicado (240º/CPPT).

Identifi cação do Executado:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337201001004395

NIF/NIPC: 216598796

Nome:LEONEL FRANCISCO COELHO TANGANHO

Morada: LG DE S. FRANCISCO N.º 7- VIDIGUEIRA – VIDIGUEIRA

O Chefe de Finanças

José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 Única Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

EDITAL – ANÚNCIOVENDA EXTRA JUDICIAL POR NEGOCIAÇÃO

PARTICULAR nº 0248201177

Manuel José Borracha Polvora, chefe do Serviço de Finanças de

Beja, faz saber que por despacho de 8-8-2011 foi ordenada a venda por

negociação particular, nos termos do disposto no artº 252º do Código

de Procedimento e do Processo Tributário e da alínea d) do nº 1 do artº

886º do Código do Processo Civil, do bem abaixo mencionado, penho-

rado no processo executivo nº 0248201001001655, instaurado contra

Nuno Miguel Baia Baia Lopes Navarro, c.f. nº 180694316, por reversão

em Lopes Navarro Unipessoal, Lda, NPC 506120058, com sede na

Praça da Amizade, nº 2, 2 esqº - Beja, para pagamento da quantia de

€ 12.447,83 (doze mil quatrocentos e quarenta e sete euros e oitenta e

tres cêntimos) e acréscimos legais, por dívida de IVA.

IDENTIFICAÇÃO DOS BENS

O direito que o executado tem no prédio urbano, destinado a

habitação, sito na Rua Manuel Bernardo Barahona, nº 16 – Cuba,

inscrito sob o artº nº 404,da freguesia e concelho de Cuba, distrito de

Beja, composto de 3 pisos, com sete divisões, 3 corredores, despensa,

2 casas de despejos, 2 celeiros, 5 divisoes para recolha de materiais,

vestíbulo, 2 retretes, pátio, jardim, horta com tanque e lago, 2 poços,

nora, poço com bomba e dependências constituídas por cavalariça,

palheiro, cocheira, celeiro, duas casas de despejos, cozinha, retrete,

dois telheiros e três divisões para escritórios no rés-do-chão. Terraço,

dois corredores, casa de banho, 18 divisões e hall com corredor em

volta no 1.º . Hall com corredor em roda, sete divisões e 2 corredores

no 2.º , com a área total do terreno de 6.142,3700 m2, sendo a área

bruta de construção 1.777,1300 m2 . Foi fi xado o valor mínimo de

venda em € 65.800,85 ( sessenta e cinco mil e oitocentos euros e

oitenta e cinco cêntimos ).

É fi el depositário do bem penhorado o Sr Nuno Miguel Baia Baia

Lopes Navarro, residente em Praça da Amizade, nº 2 – 2º esqº, Beja.

É mediadora para a venda a fi rma:” House 4 You Mediação Imo-

biliária, Ldª.”, com sede no Largo Dr. Bastos, nº 11, 8500 – Portimão,

telefone – 282414140.

As propostas de compra devem ser apresentadas por escrito, pelos

proponentes, à sociedade encarregada da venda, no prazo de 60 dias

até às 16:00 horas do dia 17/10/2011.

O (a) adquirente fi cará sujeito (a) ao pagamento do Imposto

Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, às taxas

previstas nas alíneas d) do º 1 do artº 17º do CIMT, caso não benefi cie

de isenção do mesmo.

E para constar se lavrou o presente EDITAL e outros de igual teor

que vão ser afi xados nos lugares determinados por Lei.

Serviço de Finanças de Beja, 1 de Setembro de 2011.

O Chefe de Finanças

Manuel José Borracha Polvora

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.79 - O direito que Armando José Braz da

Silva Pacheco e José Manuel Braz da Silva Pacheco, têm na herança de

sua mãe Maria da Silva Braz Pacheco, que representa uma quota ideal

de 2/3 do prédio urbano sito na Rua Dr. Brito Camacho nº23 em Beja,

freguesia de S. João Batista, concelho de Beja, inscrito na respectiva

matriz sob o artigo 751.

Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de

Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber

que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos

artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo

Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem

acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para

pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) ARMANDO JOSE BRAZ DA SILVA

PACHECO, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima

identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as

09:00 horas do dia 2011-09-09 e as 10:00 horas do dia 2011-10-20

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 38.467,33.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador

registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens

penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”,

“Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.

A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor

base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente

apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-05, pelas 10:00

horas, e termina no dia 2011-10-20 às 10:00. As propostas, uma vez

submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em

contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do

Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º

da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão

de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo

de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de

execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante

requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados

do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o

depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma

parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses

(256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos

que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre

as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto

Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT),

contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhe-

cidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no

prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus

créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima

indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:

N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200001009362

NIF/NIPC: 705479714

Nome: MARIA DA SILVA BRAZ PACHECO - CABEÇA DE CASAL

DA HERANÇA DE Morada: R LUIS DE CAMÕES 8 2 - BEJA - BEJA

2011-09-02

Chefe de Finanças:

Manuel José Borracha Pólvora

JOSÉ GASPAR, LUÍS GALRITO e HERLANDER

SANTOS, HELENA MOEDAS, ANTÓNIO CAR-

RIÇO, Advogados, Sócios e Associados, respec-

tivamente, da Sociedade JOSÉ GASPAR – LUÍS

GALRITO & ASSOCIADOS, SOCIEDADE DE

ADVOGADOS, RL

COMUNICAM

Que a partir de 12 de Setembro corrente,

transferem a sua sede do Terreiro dos Valentes,

n.º 4-1.º C em Beja, para a AVENIDA MIGUEL

FERNANDES, N.°9, 1.º Esq.º, em Beja. com os

Telefones n.°s: 284322716/284081370; os FAX

n°s: 284081366/284322716

Page 29: Ediçao n.º 1533

5 / cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

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Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURASecção Única

ANÚNCIO

Processo n.° 282/11.2TBMRA

Interdição/Inabilitação

N/Referência: 608658

Data: 15-07-2011

Requerente: António Moreno Agulhas Duarte

Requerido: Matilde Moreno Agulhas

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Inter-

dição/Inabilitação em que é requerido Matilde Moreno Agulhas, com

residência em domicílio: centro Social da Amareleja – Lar Domingos

Pulido, Rua da República 10, 7885-000 Amareleja, para efeitos de ser

decretada a sua interdição por anomalia psiquica.

A Juiz de Direito

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Telefone: 967 139 257

Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 Única Publicação

EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃOCertifi co, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, exa-

rada a folhas 410 e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas

número 88-A, do Cartório Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel

Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, n°.20,

António Felizardo Guerreiro, NIF 117218928, viúvo, natural da freguesia

de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola, onde reside no lugar de Algodor

e Antónia dos Santos Guerreiro André, NIF 145968707, natural da dita

freguesia de Alcaria Ruiva, casada com António Maria da Cruz André, no

regime de comunhão de adquiridos, residente na Rua D. Pedro V. n°. 10,

Bairro do Zambujeiro, Santo Antão do Tojal, concelho de Loures, vieram

declarar que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores

do seguinte imóvel:

Um terço indiviso do prédio urbano, destinado a habitação, sito no

lugar de Algodor, na freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola,

composto por dois compartimentos, com a superfície coberta de vinte e oito

metros quadrados, a confrontar pelo norte com prédio de Manuel Mendes

Barão, sul com a via pública, nascente com José Francisco Casadinho

Júnior e poente com José Simão Gato, inscrito na matriz respectiva (um

terço a favor de João Felizardo) sob o artigo 269, com o valor patrimo-

nial tributável para efeitos de IMT e de IS de 205,04 € e proporcional e

atribuído de 68,35 €;

Que o citado prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial

de Mértola sob o número mil cento e vinte e um, de vinte e três de Junho

de dois mil e cinco;

Que a aquisição daquela fracção (um terço) do identifi cado prédio se

encontra registada na mencionada Conservatória a favor de João Felizardo,

casado com Maria dos Santos Guerreiro, no regime de comunhão geral,

pela Apresentação quatro, de vinte e três de Junho de dois mil e cinco;

Que os referidos João Felizardo e mulher, actualmente falecidos,

foram residentes respectivamente, no lugar de Algodor, na dita freguesia

de Alcaria Ruiva e no Monte Barbas do Gaio, na freguesia da Salvada,

concelho de Beja;

Que a mencionada fracção do prédio, veio à posse do justifi cante

António Felizardo Guerreiro e mulher Maria de Lurdes Santos Teixeira

que também usava Maria de Lurdes dos Santos Teixeira, esta, natural da

freguesia de São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola, falecida sem

qualquer disposição de última vontade, em dez de Agosto de dois mil e

nove, no estado de casada em primeiras núpcias de ambos e no regime

de comunhão geral com o mencionado António Felizardo Guerreiro, da qual

os justifi cantes foram declarados únicos herdeiros, conforme procedimento

simplifi cado de habilitação de herdeiros n°. 320/2010, da Conservatória do

Registo Civil de Mértola, por partilha meramente verbal, feita com os demais

interessados e nunca reduzida a escrito, da herança dos mencionados João

Felizardo e mulher Maria dos Santos Guerreiro, pais do justifi cante, no ano

de mil novecentos e sessenta e oito, em dia e mês que ignoram;

Que desde então, o justifi cante e a mulher entraram na posse e fruição

do mencionado imóvel e o justifi cante e a fi lha continuaram, em nome

próprio, há mais de vinte anos, tudo isto ininterruptamente, sem violência

ou oposição de quem quer que seja e à vista de toda a gente;

Que esta posse de boa fé, contínua, pacífi ca e pública, conduziu à

aquisição do direito de propriedade sobre o mencionado imóvel, por usu-

capião que invocam, justifi cando o seu direito de propriedade para efeitos

de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada

por outro titulo formal extrajudicial.

Está conforme o original na parte a que me reporto.

Beja, onze de Agosto de dois mil e onze.

A Colaboradora, (com delegação de poderes nos termos

do art°. 8° do Dec Lei n.º 26/2004 e alterações)

Maria da Graça Pereira Lourenço Luciano

Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 Única Publicação

Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários de Mértola

CONVOCATÓRIAEm conformidade com o disposto no n.° 1 do

art.° 41 dos Estatutos da Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Mértola, CONVOCO,

todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos

a reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária no

próximo dia 04 de Novembro, pelas 18 e 30 horas, na

Sede da Associação com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Eleições Intercalares Gerais dos Órgãos Sociais

para o triénio 2011/2014;

Se, à hora marcada não se verifi car o número

de presenças previstas nos Estatutos, a Assembleia

Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora

inicial, com qualquer número de presenças, desde

que não inferior a três associados efectivos.

As listas deverão ser apresentadas na Secreta-

ria desta Associação até às 17 h 30m do dia 28 de

Outubro de 2011.

Mértola, 06 de Setembro de 2011

O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Romba Ruas

Page 30: Ediçao n.º 1533

6/ cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

diversos

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Page 31: Ediçao n.º 1533

7/ cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

AGRADECIMENTO

Justo Manuel Mansos

GalinhaFaleceu em 02.09.2011

Mulher, fi lhos e noras agra-

decem reconhecidamente a

todos quantos se dignaram

acompanhar o seu ente que-

rido à sua última morada ou

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

Trindade

AGRADECIMENTO

Emília dos Santos

BaiãoFaleceu a 01/09/2011

Os sobrinhos, na impossi-

bilidade de o fazer pessoal-

mente, vêm por este meio

agradecer a todas as pes-

soas, em especial a todas

as funcionárias do Centro

Paroquial do Salvador em

Beja, pela forma carinhosa

como cuidaram da sua ente

querida, assim como aos que

a acompanharam à sua últi-

ma morada.

necrologia

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Diário do Alentejo nº 1533 de 9/09/2011 Única Publicação

MUNICÍPIO DE CUBA

CÂMARA MUNICIPALEDITAL

FRANCISCO ANTÓNIO G. ORELHA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA: Torna público que esta Câmara Municipal deliberou, em sua reunião ordinária de 31 de Agosto de 2011, pôr em arrematação pública 3 lotes de terreno para construção de habitação própria permanente, sitos no Loteamento Municipal da Antiga Escola Pré-Primária, em Cuba, com as áreas constantes do quadro anexo.

A base de licitação é de € 80,00 (oitenta euros) por m2 e cada lanço não pode ser inferior a € 1,00 (um euros) por m2.

A respectiva hasta pública terá lugar no próximo dia 14 de Setembro 2011, pelas 09h30’, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba.

As condições de arrematação estão patentes na Divisão de Administração Geral, sita ma morada acima indicada, onde poderão ser consultadas durante as horas normais de expediente (dias úteis, das 09h-12h30 e das 14h-17h30) e onde serão prestados os necessários esclarecimentos, bem como no sitio da Câmara

Municipal de Cuba: www.cm-cuba.pt.

Para constar se pública este edital e outros de igual teor, que vão ser afi xados nos lugares públicos do costume.

Paços do Concelho de Cuba, 6 de Setembro de 2011.

O Presidente da CâmaraFrancisco António Orelha

Beja

MISSA

Os seus familiares participam a todas as pessoas de suas rela-

ções e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descan-

so dos seus ente queridos no dia 12/09/2011, segunda-feira, à s

18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a

todos os que comparecerem no piedoso acto.

Que Deus vos tenha no céu assim como eu vos tenho no meu

coração.

Marisa Ruívo

Vítor Manuel

Álvaro Ruivo05/09/2011-3.º Mês

Manuel

Pereira Ruívo12/09/2011-12.º Mês

Funerária Central de Serpa, Lda.Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Serpa

É com enorme pesar e soli-

dários na dor da família que

participamos o falecimento

do Sr. Sebastião Manuel

Ourelha de 85 anos, casado

com a Sra. Eufi génia Maria

Carriço.

O funeral a cargo desta

Funerária realizou-se no

passado dia 31 de Agosto

da Casa Mortuária de Serpa

para o cemitério local.

A família enlutada e na im-

possibilidade de o fazer indi-

vidualmente, agradece a to-

das as pessoas que pela sua

presença ou de outra forma

manifestaram o seu pesar.

Serpa

É com enorme pesar e so-

lidários na dor da família

que participamos o faleci-

mento do Sr. António da

Conceição Mira de 78 anos,

viúvo.

O funeral a cargo desta

Funerária realizou-se no

passado dia 4 de Setembro

da Casa Mortuária de Serpa

para o cemitério de Vila Nova

de São Bento.

A família enlutada e na im-

possibilidade de o fazer indi-

vidualmente, agradece a to-

das as pessoas que pela sua

presença ou de outra forma

manifestaram o seu pesar.

Vales Mortos

É com enorme pesar e soli-

dários na dor da família que

participamos o falecimento do

Sr. António Manuel Correia

de 74 anos, casado com a

Sra. Amélia da Conceição

Gomes.

O funeral a cargo des-

ta Funerária realizou-se no

passado dia 6 de Setembro

da Casa Mortuária de Vales

Mortos para o cemitério local.

A família enlutada e na im-

possibilidade de o fazer indi-

vidualmente, agradece a to-

das as pessoas que pela sua

presença ou de outra forma

manifestaram o seu pesar.

ASSINATURAPraça da República, 12 – 7800-427 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]

Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected] assinar o Diário do Alentejo, com início em _____________, na modalidade que abaixo assinalo:

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Efectuei transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia________________

Pretendo receber uma factura pagável em qualquer Caixa Multibanco, ou banco online

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Morada_____________________________________________________________________________________________

Localidade _________________________________________________________________________________________

Código Postal _____________________________________________________________________________________

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E-mail ______________________________________________________________________________________________

Para melhor conhecermos os nossos assinantes, seria útil termos a seguinte informação complementar:

Data de Nascimento ____________ Profissão _____________________________________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário*Cheques ou Vales Postais deverão ser endossados a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Page 32: Ediçao n.º 1533

8 / cadernodois / Diário do Alentejo /9 de setembro de 2011

F ilatelia Geada de Sousa Espaço bd Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Outrasnovidades

LE MONTREUR D’HISTOIRES, por

Raphaël Beuchot e Zidrou, sob edição

Lombard. Tem algum interesse...

O cenário horrível, ainda pior que o descrito por Dante, que ocorreu em Nova Iorque, há dez anos atrás, também foi motivo de várias emis-

sões de selos um pouco por todo o mundo.Passados dez anos sobre a tragédia sentida na carne

por vários milhares de pessoas, que foi presenciada no local por muitos outros milhares e vivida através da transmissão televisiva por várias centenas de milhões de habitantes de todo o planeta, é importante recordar o 11 de setembro de 2011. Pois a memória dos homens é curta (muitas vezes demasiado curta).

Como se sabe, naquele fatídico dia, cujo décimo aniversário ocorre no próximo domingo, três aviões repletos de passageiros, foram desviados e levados a colidir, propositadamente, nos dois mais emblemáti-cos edifícios, as torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e o Pentágono, edifício sede da defesa dos Estados Unidos.

Os passageiros de um quarto avião conseguiram frustrar a tentativa do seu desvio e abortaram o in-tento dos piratas-terroristas de atingir a Casa Branca, residência oficial do presidente dos Estados Unidos e coração do poder político.

Sobre o acontecimento, o professor Freitas do Amaral escreveu vários artigos para a imprensa, tendo alguns deles sido editados em livro; é deste livro a transcrição que se segue: (...) “O horrível crime pra-ticado tem de ser severamente punido. Mas essa pu-nição não pode ser um ato de vingança - deverá ser um ato de justiça, praticado de acordo com as regras e procedimentos do direito. Nada portanto, de preci-pitações; e nada de retaliações inspiradas na pena de talião (olho por olho, dente por dente, fratura por fra-tura)”; (pág. 21/22) (1).

Infelizmente aquelas sábias palavras não foram ou-vidas e retaliou-se, invadindo o Afeganistão, sem se terem em conta todas as variáveis, possíveis e ima-ginárias, de uma ação desta natureza. Hoje, dez anos passados, infelizmente o problema do terrorismo e o horror continuam, pois todos os dias somos bombar-deados com notícias de barbaridades terroristas na-quela região.

1) AMARAL, Diogo Freitas do – Do 11 de setem-bro à crise do Iraque. Lisboa Bertrand Editora, 2002, 109 pp.

O tema turismo em exposição Para assinalar o 2º ani-versário do Clube Nacional de Maximafilia (CNM), é inaugurada hoje em Vila Real de Santo António uma mostra filatélica do tema Turismo. O evento decorre no átrio da Biblioteca Municipal dia 18, e é realizado pela secção de colecionismo dos Bombeiros Voluntários da-quela cidade.

Estão em exposição treze coleções, sendo quatro de filatelia temática e nove de maximafilia.

O CNM mandou emitir um selo personalizado e um carimbo comemorativo que reproduzem a charrete al-garvia e ainda um postal ilustrado, conjunto este que permite a confeção de um postal máximo.

Foi ainda emitido um outro selo personalizado que reproduz a charrete da zona Estoril/Cascais e que tam-bém pode ser aproveitado para realizar um postal má-ximo obliterado com a marca de dia de Cascais.

Eugénio Silvaem dois destaques

O nosso artista Eugénio Silva, neste ano de 2011, está em gló-ria com dois momentos altos

na sua carreira: foi homenageado, re-cebendo o troféu Anim’arte, no Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu e, com grande destaque, represen-tou Portugal com a sua obra, pranchas e álbuns, na grande exposição de BD in-

ternacional da Roménia, que decorre em Bucareste até outubro, no Museu Temporário de Banda Desenhada.

Para a Roménia, colaborou tam-bém o investigador e crítico Leonardo de Sá, com “Aspetos Mais Relevantes da BD Portuguesa”, resultando numa brochura em romeno, para distribui-ção gratuita no evento de Bucareste.

O inferno na terratambém foi fi latelizado

O fado ilustrado

La Légéreté du monde

Que cara!

Editora: Plátano.Autor: Jorge Miguel, com apoio de João Amaral para as cores.

Obra: “O Fado Ilustrado”.

É uma obra muito bem conseguida e a merecer quentes aplausos, da autoriado jovem Jorge Miguel.Devidamente documentada e com algum humor muito especial, a obra transporta-nos para uma viagem histórica em Portugal, desde os fins da Monarquia até à entrada do nosso país na 1.ª grande guerra. E não faltam aí, para além do nosso povo, notáveis personalidades autênticas, como: Dom Carlos I, Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, a rainha D. Amélia, o pintor José Malhoa, a fadista

Cesária e até, numa homenagem es-pecial, o ator Vasco Santana. “O Fado Ilustrado” é, sem dúvida, um álbum de leitura obrigatória.

Editora: Delcourt.Autores: Makyo (aliás, Pierre Fournier) e Alessandro Calore.Obra: “La Légéreté du Monde”, quarto tomo da

série “Je Suis Cathare“.

É mais um episódio desta entusias-mante série, que é histórica, espiri-tual e romântica ao mesmo tempo. O mundo cristão estava, por essa época, em profundas mutações, com alguns atos bárbaros e nada cristãos, sobrepostos. Mesmo as-sim, ligando todos os aspetos, estão a coragem e o amor. A proposta da

série entusiasma desde o início e agarra bem o leitor.

Editora: Gradiva.Autores: Jerry Scott e Jim Borgman.

Obra: “Não te ponhas com essa cara!”, da série “Zits”.

Divertidíssimo, com alguns bem acha-dos momentos de humor absurdo, esta série norte-americana relata bem, na atualidade, as loucuras e capri-chos do adolescente Jeremy Duncan e do não menos louco mundo que o ro-deia: os pais, os amigos e a prováveis namoradas.Os disparates sucedem-se, relatando em jeito de caricatura, o atual modo de estar das gerações e de uma larga

franja da sociedade norte-americana. Um álbum muito salutar para esta imensa e lendária crise que todos esta-mos sofrendo.

2003 AitutakiNós estamos unidos

2002 AzerbeijãoLuta contra o terrorismo

2002 Ilhas MarshalNós estamos unidos

2002 RússiaLuta contra o terrorismo

2003 Nações UnidasÀ memória das vítimas do atentado contraa missão das Nações Unidas no Iraque