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Jornal Trocando em Miúdos

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Page 1: Edição 495
Page 2: Edição 495

Trocando16 a 31 de maio de 2007

opinião

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Editorial

Fala, BancarioEnvie sua OPINIÃO

Antônio César F. de Medeiros*

Sonho que virou pesadelo

HumorENVIE SUA CHARGE

Informativo do Sindicato dos Bancários da ParaíbaAv. Beira Rio, 3.100, Tambauzinho, João Pessoa-PB.

Fone: (83) 3224-2054, 3224-2040 e 3224-9544. Fax: (83) 3224-4837.

Site: www.bancariospb.com.br.

E-mail: [email protected]

Presidente: Lucius Fabiani. Diretor de Comunicação: Marcelo Alves.

Relações Públicas: Andréa Carla.

Redação e jornalista responsável: Otávio Ivson (DRT-PB 1778/96).

Redação, Editoração e ilustração/charge:

Simone Duarte (DRT-PB 1179/00) - [email protected]

Charge: Julio César e Simone Duarte

Projeto original Editorial e Gráfico:

Sulamita Esteliam e Libório Melo / Fábrica de Idéias - Recife/PE.

Fotos: arquivo. Tiragem: 2300.

Paraíba pequenina

O ano de 2007 começoupara mim cheio de esperanças, pois logo no pri-

meiro dia do mês de fevereiro eufui contratado pelo Banco HSBC,para trabalhar como consultor dePessoa Jurídica. Só que, em me-nos de três meses, o sonho trans-formou-se em pesadelo quandofui demitido sem justa causa.

Lembro-me bem daquele diaem que foram postos à provameus conhecimentos, qualidades,habilidades, competências, lide-rança e aptidão para o cargo plei-teado. Ao final do processo deseleção, recebi a “famosa” tapi-nha nas costas e a bela frase deefeito “pode comemorar”. Frase,aliás, que repeti no plural paratoda a minha família: “Podemoscomemorar!” Então, me desligueido antigo emprego e dei curso auma nova etapa da minha vidaprofissional.

Mas, como o que é bom durapouco, em menos de três mesesrecebi a notícia da minha dispen-sa sem justa causa. Foi um im-pacto muito forte para quem es-

E gente brava, sim senhor!Gente que tem brios eque não se deixa levar por

ameaças e retaliações, quandoluta pelos seus direitos. Gentesofrida, que aprendeu a convivercom as adversidades, principal-mente com as intempéries da na-tureza.

Talvez por isso, tenha seacostumado a ver as coisas ondeelas não estão claramente defini-das. E, assim como procura sinaisde chuva ou de seca apenas ob-servando o firmamento, o sol e alua, a gente também consegueidentificar mudanças apenas ana-lisando o cenário nacional.

Quando o Banco do Brasilpassou quase dez anos sem ofe-

recer uma solução para os pro-blemas da Cassi (Caixa de Assis-tência dos Funcionários do Ban-co do Brasil) e fechou um acor-do em alguns meses, a desconfi-ança veio à tona. Principalmente,quanto à pressa para votar a alte-ração estatutária, sem discutir oassunto em profundidade com ocorpo social.

“O cego desconfia quando aesmola é grande”. Esse “ditado”é muito comum por aqui. E, nes-se caso, a esmola nem era tãogrande assim, pois a análise dosnúmeros identificava que a pro-posta era incapaz de resolver osproblemas da Cassi; no máximo,facilitava a preparação do Bancopara uma possível privatização.

Agora, quando a diretoria doBanco lançou as medidas dereestruturação, dizendo que asações implementadas trariam van-tagens ao funcionalismo, descon-fiamos que a verdade estava ca-muflada naquela velha e batidasopa de letrinhas (PEE, PAA,PAQ, PCR, MRC, PCS) que co-nhecemos desde a década de 90,quando o BB lançou o PDV.

E, analisadas as siglas, verifica-mos nas entrelinhas que as “van-tagens” oferecidas pelo Banco ti-nham outro significado: terceiri-zação, descomissionamento,precarização das condições de tra-balho, aposentadorias forçadas,fechamento de postos de trabalho,fim das substituições e demissões.

O interesse do Banco emapressar a votação da reformaestatutária da Previ, fez com quejuntássemos uma coisa à outra; e,montado o quebra-cabeça, enxer-gamos claramente que tudo con-vergia para deixar o BB prontinhopara a privatização. E, como asdecisões foram tomadas unilateral-mente, em surdina, passamos àcontra-ofensiva através damobilização permanente, com pa-ralisações parciais das agências doBanco em nossa base.

Afinal, o Banco que defende-mos é um Banco do Brasil justo,democrático e voltado aos interes-ses do desenvolvimento do País enão aos interesses dos banqueirosinternacionais.

tava se dedicando e realizando umbom trabalho.

O banco alegou que a demis-são fora motivada pela reduçãono quadro de consultores PJ. Maslogo agora, que o HSBC estáampliando a sua base de atuaçãono Estado, inclusive com a con-quista das contas da PrefeituraMunicipal de Santa Rita? Na ver-dade, minha dispensa vai acarre-tar uma sobrecarga para os ge-rentes de relacionamentos, queterão de se ausentar mais tempodas agências, comprometendo ain-da mais o precário atendimento àclientela. A Paraíba agora é o úni-co estado sem consultor PJ.

Agora, resta-me acordar des-se pesadelo, levantar a cabeça eseguir em busca de um novo so-nho. E dessa desilusão, tiro umalição para os colegas bancários:lutem bravamente e não permi-tam que transformem seus so-nhos em pesadelo, em nome dovil metal.

* Antônio César F. de Medeiros, trabalhou

no HSBC de fevereiro a abril de 2007

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Trocando16 a 31 de maio de 2007

em destaque

3

Vem aí o IV Bancarte

Gente NossaQUEM FAZ HISTÓRIA

Maria do Socorro de Souza Ferraz

começou a prestar serviços no BNB em 1979,

como menor estagiária. Depois prestou serviços

terceirizados e ainda passou pela Cocepa

(cooperativa administrada por ex-funcionários

do BNB). Admitida como funcionária em

1983, sindicalizou-se no ano seguinte.

Dinâmica e versátil, já atuou em quase todas as áreas do Banco e atualmente

se destaca na área operacional. Este é o perfil dessa Delegada Sindical daAgência Metro, do Banco do Nordeste em João Pessoa.

Gledinaldo Gomes Pereira é funcioná-rio do Bradesco desde 1980. Decidido,sindicalizou-se poucos dias depois de ser

admitido como bancário. Disputou seu primeiromandato sindical em 1994. Desde então,

sempre esteve ligado às atividades esportivas daEntidade. Atualmente, como Secretário de

Esporte e Lazer vem desenvolvendo umexcelente trabalho nesta área, com ênfase para a Escolinha de FutSal, suamenina dos olhos. Naldinho, como é mais conhecido, é um cara tranqüilo ecalmo; mas é uma fera, quando está defendendo os interesses dos bancários.

A quarta versão da mostrade cultura e artes do Sin-dicato dos Bancários vai

acontecer de 5 a 8 de junho. É oIV Bancarte, evento consolidadono calendário cultural de JoãoPessoa e que proporciona aosbancários a oportunidade de re-velarem seus talentos através dadança, música, literatura, cine-ma, humor, artesanato, teatro,fotografia e artes plásticas. Este ano, ofoco é a sétima arte, com destaque parao cinema paraibano e seus ícones.

Na solenidade de abertura doevento, a realizar-se no Teatro ArianoSuassuna, serão homenageados: JoséDumont, ator paraibano nascido emJoão Pessoa; Marco di Aurélio, bancá-rio aposentado do Banco do Brasilque produziu a primeira edição decordel em Braille; José Enoch, bailari-no e professor de balé, agraciado como título de Mestre das Artes; ClizenitPinheiro Assis de Lima, Rosa MariaCarlos e Silva e Denise ValentineSacchet, funcionários da Caixa Eco-nômica Federal que atuaram no filme,ainda inédito, “O Sonho de Inacim”,do cineasta Eliézer Rolim. Em segui-da, será oferecido um coquetel aospresentes, ao som do GrupoArmorial, sob a regência de Bebé deNatércio.

Da feira de livros ao CapimFashion; da sanfona de Amazan àrabeca de Beto Brito; do festival demúsica às agruras do sertão cantadaspor Tocaia da Paraíba; do som deRhudia e Escurinho às consagradascanções de Geraldo Azevedo; da en-graçada peça As Duas Filhas deFrancisca à magia do show do Cordeldo Fogo Encantado, passando pela

exposição de ar-tes, têm manifestações culturais paratodos os gostos, distribuídas numaprogramação bem equilibrada.

A novidade dessa versão doBancarte é a realização de um debatesobre cinema, no último dia do even-to, com os renomados cineastasEliézer Rolim e Wladimir Carvalho,além do crítico de cinema e jornalistaFernando Trevas Falcone. O debatecomeça logo após a exibição do filmeOs Narradores de Javé, com o atorJosé Dumont.

À exceção da abertura do evento,que acontecerá no Teatro ArianoSuassuna, as demais manifestações ar-tísticas serão desenvolvidas nas depen-dências do Sindicato dos Bancários daParaíba, na Av. Beira Rio, 3.100,Tambauzinho, na capital paraibana. E,dado o sucesso desse evento que vemcrescendo a cada ano, quantitativa equalitativamente, fique atento à pro-gramação para não perder nada. Re-serva de mesas e pedidos de informa-ções podem ser feitos na secretaria doSindicato, através dos telefones (83)3224-2040 e 3224-2054. Participe eprestigie este evento que é de todosos bancários e foi elaborado com todoo carinho para você, sua família e seusconvidados.

Abertura: 05.06 - terça-feiraLocal: Teatro Ariano Suassuna

20h

o Solenidade de aberturao Homenagem ao ator José do Dumonto Exibição o trailer do filme “O Sonho de Inacim”, do diretor Eliézer Rolimo Apresentação do grupo de dança José Enocho Homenagem a Marco di Aurelio - Oliveira de Panelaso Coquetelo Apresentação do Grupo Armorial com Bebé de Natércio

1º Dia 06.06 - quarta-feira

Local: Sindicato dos Bancarios da Paraiba18h Feira Campim Fashion - area livre18h Exposição de Artes - hall de entrada19h Trio de Forro Pe de Serra - espaco cultural do sindicato20h Feira de livros - Lancamento de livros - espaço cultural do sindicato20h Festival de música - espaco cultural do sindicato21h30 Show Beto Brito - ginasio

23h Show Amazan - ginasio

2º Dia 07.06 - quinta-feira

18h Feira Campim Fashion - area livre18h Exposição de Artes - hall de entrada19h Apresentação peça “ As duas filhas de Francisco” - espaco cultural do

sindicato22h Show Banda Plano B - espaco cultural do sindicato22h Show Escurinho e Banda - ginasio23h Show Cordel do Fogo Encantando - ginasio24h Show Rhudia (Recife) - ginasio

3º Dia 08.06 - sexta-feira

18h Feira Capim Fashion - área livre18h Exposição de Artes - hall de entrada19h Exibição de filmes com atores paraibanos20h Debate (Fernando Trevas Falcone, Eliézer Rolim, Vladimir Carvalho e

Guilherme Bryan)21h Show da Banda Plano B (acustico) - espaco cultural do sindicato22h Show Tocaia da Paraiba - ginasio23h Show Geraldo Azevedo e Banda - ginasio

PROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃOPROGRAMAÇÃO

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Trocando16 a 31 de maio de 2007

4

Trocando

A volta do pesadelo no Banco do Lima, do Luiz

S egunda-feira, 7 de maio.Logo cedo, os funcionáriosdo Banco do Brasil chega-

vam às suas unidades de traba-lho, ansiosos para saber quais eramas medidas de reestruturação queo Banco estaria implantando na-quele momento, com o objetivode aumentar a eficiênciaoperacional, melhorar a dinâmi-ca da gestão e manter a liderançano mercado, através de reduçãode custos . Estava de volta o pe-sadelo vivido em 1995, na eraFHC. Apesar da semelhança noconteúdo, renovaram as siglas dopacote: USO, PEE, PAA, PAQ,PCR, MRC.

Os gestores, mantendo a cal-ma habitual, apresentavam os nú-meros fornecidos pela instituiçãoe exaltavam os “benefícios” doPacote, como a melhoria na re-muneração de cerca de 15 mil fun-cionários, entre Gerentes de Con-tas, Assistentes de Negócios e Ge-rentes de Agências nível 5. Expli-caram os pontos, tiraram dúvidas,

BB

argumentaram. E, senão mentiram, pelo me-nos omitiram a verdadesobre a eliminação depostos de trabalho, fe-chamento de unidades,descomissionamentos,terceirização, demis-sões e fim das substi-tuições; sequer fala-ram sobre o novo

mode lode relacionamento comos clientes ou sobre ametodologia de re-clas-sificação de agências aser adotada a partir deentão. Ou seja, joga-ram a verdade debai-

xo do tapete.

E só na assembléia da quinta-feira à noite é que foi mostrado overdadeiro pacote e o tamanhode sua maldade. Os bancários re-agiram e decidiram paralisar as ati-vidades nas unidades do Bancona Praça 1817, com retardamen-

Bancários Resistem com protestos e paralisações

to da abertura do expedi-ente para o meio dia dasexta-feira, 11 de maioem protesto contra asmedidas adotadas peloBanco, unilateralmente.

Indignados com as medidas dereestruturação impostas pelo Ban-co, os funcionários do BB em JoãoPessoa decidiram adotar o “estadopermanente de mobilização”, comparalisações e greve, na assembléiarealizada no dia 10 de maio, no Sin-dicato dos Bancários da Paraíba..

No dia seguinte, paralisaram asatividades das unidades do Bancodo Brasil na Praça 1817, retardan-do até o meio dia o funcionamen-to de quatro agências (Praça 1817,Ag. João Pessoa, Setor Público eTreze de Maio), Setor Jurídico(Ajure), Gestão de Pessoas (Gepes),Sala dos Aposentados (AAFBB),URR, Cantina e Auditório. Comcarro de som, faixas e Carta abertaà população os bancários denunci-aram à sociedade as medidas queestavam sendo implantadas peladiretoria do Banco Brasil, com fe-

chamento de postos de trabalho,d e s c o m i s s i o - n a m e n t o s ,terceirização de serviços, incenti-vo à aposentadoria forçada e de-missões; medidas de cunhoprivatizante, que tiram do Banco afunção social, tornando-o um ban-co como outro qualquer, além deprejudicar o atendimento aos cli-entes e usuários.

Para Lucius Fabiani, Presiden-te do Sindicato, além damobilização, com paralisações egreve, outras estratégias podem seradotadas pelo funcionalismo do BBcontra as ações de reestruturaçãoimplantadas pelo Banco. Uma de-las é votar NÃO no segundo tur-no da consulta sobre a reforma dosEstatutos da Cassi - Caixa de As-sistência dos Funcionários do Ban-co do Brasil, no período de 21 demaio a 1º de junho. E, em seguida,

votar contra a consulta a ser feitapela Caixa de Previdência dos Fun-cionários do Banco do Brasil (PRE-VI), ainda este semestre. E arrema-ta: “Como interessa à diretoria doBB aprovar mudanças tanto naCassi quanto na Previ, a rejeiçãopor parte do funcionalismo criariaum impasse muito grande para oBanco, forçando sua diretoria a re-cuar ou, no mínimo, abrir negocia-ções com o movimento sindicalsobre as medidas de reestruturaçãoe as mudanças nas caixas de assis-tência e de previdência dos funcio-nários”.

O clima de terror nas agênciasdo BB foi tão grande na semanado lançamento do pacote, que a di-retoria do Sindicato reuniu-se coma Superintendência Estadual do BBe representantes da Gerência deGestão de Pessoas (Gepes), na sex-

ta-feira, 11, para solicitar providên-cias contra a denúncia de que al-guns gerentes de agência estavamassediando moralmente funcioná-rios que perderam a comissão decaixa executivo. Os representantesdo BB se comprometeram a nãopermitir que atos dessa naturezafossem praticados no Estado.

Em todo o Brasil, o funcio-nalismo do BB também está pro-testando, paralisando e denunci-ando as medidas à sociedade, en-quanto as entidades representa-tivas dos bancários estão buscan-do, pela via política, alternativaspara encontrar uma solução parao estrago causado pela diretoriado Banco do Brasil, com essasmedidas semelhantes àquelas doPDV, em 1995. Só que a dosa-gem de terror da reprise é aindamais violenta.

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pelos bancos16 a 31 de maio de 2007

A volta do pesadelo no Banco do Lima, do Luiz

to da abertura do expedi-ente para o meio dia dasexta-feira, 11 de maio,em protesto contra asmedidas adotadas peloBanco, unilateralmente.

Olheiro oficial - Enquanto os

funcionários participavam ativamente da

mobilização para resistir às ações

reestruturantes implantadas pela

diretoria do Banco do Brasil, a Superin-

tendência da Paraíba “plantava” seu

olheiro oficial para acompanhar o

movimento. Na quinta-feira, 17 de maio,

quando os bancários paralisaram as

atividades das agências UFPB, Manaíra

Shopping, Cruz das Armas e Parque

Solon de Lucena o olheiro da Super-PB

esteve nesta última agência, fotografando

tudo. Estava mais empolgado do que o

“Jorge Tadeu” da novela das oito.

Quem te viu, quem te vê... O ex-

presidente do Sindicato dos Bancários do

Rio Grande do Norte, José Marcelo de

Souza, agora Gerente de Relações

Trabalhistas do BB ameaçou os funcioná-

rios da Paraíba pelo movimento de

resistência ao Pacote da Maldade. Isso é

coisa de “cristão novo”, que está querendo

mostrar serviço aos seus superiores, que

pensam que são donos do Banco do Lima

Neto, do Luís Oswaldo e do Luiz Inácio.

Em vez de nos intimidar, José Marcelo

nos estimulou ainda mais a lutar por um

Banco do Brasil justo, democrático, de

desenvolvimento; público.

5

e do Oswaldo

Em reunião com

Superintendência

Estadual e Gepes, na

sexta-feira, 11 de

maio, Sindicato

denuncia a

ocorrência de assédio

moral em agências e

pede providências

Paralisação da sexta-

feira, 11 de maio,

retarda a abertura do

expediente na Praça

1817. E Fabiani

discursa, afirmando

que “os bancários não

vão aceitar o Pacote

da Maldade sem

resistência”

Em assembléia

participativa,

bancários do BB

decidem entrar em

estado de mobilização

permanente e

retardar abertura da

Praça 1817, na

sexta-feira, 11/05

Utilizando carro de

som, faixas e carta

aberta à população,

bancários

denunciam à

sociedade que

terceirização dos

serviços de caixa

precariza o

atendimento

Na quarta-feira, 16

de maio, os bancários

paralisam as

atividades das

agências do BB,

Torre (foto) e

Varadouro, na

capital paraibana

MiudasPARA LER RAPIDINHO

Números da ma ldadeNúmeros da ma ldadeNúmeros da ma ldadeNúmeros da ma ldadeNúmeros da ma ldade

R$ 26 MilhõesR$ 26 MilhõesR$ 26 MilhõesR$ 26 MilhõesR$ 26 Milhões

20002000200020002000

36003600360036003600

11001100110011001100

8 horas8 horas8 horas8 horas8 horas1919191919

00000

10001000100010001000

1200012000120001200012000Previsão de aposentadorias antecipadas

É quanto o BB vai pagar à Cobra pelo ProcessamentoEletrônico de Envelopes.

Caixas executivos serão dispensados de imediato, nesseprocesso de terceirização

Gerentes de contas perderão a comissão

Gecons, pelo menos, sobrarão depois de preenchidas ascomissões de Assistentes de Negócio

O Assistente de Negócios é um Escriturário de

Das Gerências Regionais de Logística (Gerel) vão ficarsomente 5 no país

Número de funcionários que irão substituir oficialmente.Na prática, todos estão sujeitos a trabalhar de graça

Postos de trabalho para agrônomos, ATR e engenheirosdeixam de existir por causa do U.S.O (Unidades de Suporte

Operacional)

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cidadania

É hora de reagirOs trabalhadores brasilei-

ros estão passando porum momento nada con-

fortável e sofrendo um duplo ata-que, justamente no momento emque o governo Lula começa a im-plantar o Programa de Acelera-ção do Crescimento – PAC, como objetivo de gerar empregos erenda. De um lado, bate a eliteempresarial com a Emenda 3,que estimula a precarização dotrabalho e propõe mudanças re-gressivas na previdência, com aredução do auxílio-doença e oaumento da idade de aposentado-ria. Do outro lado, o governo queos trabalhadores ajudaram a ree-leger coloca em pauta duras res-trições ao direito de greve do fun-cionalismo público e dos trabalha-dores dos “serviços essenciais”.

A Emenda 3 surgiu na vota-ção do projeto da Super-Receitae foi inserida como o artifíciolegal que permite aoempresariado retirar direitos tra-balhistas. A Emenda foi aprova-da e estimula a sonegação dos di-reitos trabalhistas e incentiva a

6

ampliação do trabalho escravo, aoproibir os fiscais de multaremempresas que substituam traba-lhadores registrados porprestadores de serviços (pessoasjurídicas, PJ). Ainda bem que opresidente Lula vetou a Emenda3, ao perceber que a correlaçãode forças era extremamente des-favorável aos trabalhadores noparlamento. Esse gesto heróico foirecebido pelo empresariado comouma declaração de guerra.

E nessa guerra, com nítidoviés de classe, as entidades patro-nais estão utilizando a mídia (leia-se TV Globo) para pressionar ogoverno e conquistar adesões par-lamentares. Na contra-ofensiva, osindicalismo superou suas diver-gências, uniu forças e voltou àsruas, com greves e passeatas paraapoiar a manutenção do veto pre-sidencial. O próprio ministro doTrabalho, Carlos Lupi, numa ati-tude progressista se posicionoufrontalmente contra a Emenda 3,por entender que ela “estimula otrabalho escravo”. Nessa queda-de-braço entre patrões e trabalha-

Não bastasse tudo isso, o governo está concluin-do a redação de um projeto de lei para restringir odireito de greve dos servidores públicos e dos traba-lhadores dos “serviços essenciais”, como osmetroviários, condutores de ônibus e funcionáriosdo setor de saúde. O projeto deverá proibir a greveem determinadas categorias, fixar quorum mínimopara as assembléias e instituir o corte de salários pordias parados.

O movimento sindical deverá ter muita habilida-de e combatividade para não fazer o jogo dos inimi-gos, ante o ataque frontal aos direitos dos trabalha-dores. Deve ser muito firme na defesa de sua auto-nomia e agir com inteligência política para intensifi-car a pressão das ruas em apoio à manutenção doveto presidencial à Emenda 3. E não vacilar no com-bate às idéias regressivas gestadas no governo Lula,no que diz respeito à reforma previdenciária, restri-ção ao direito de greve e arrocho salarial dos servi-dores. Portanto, é preciso reagir, unificar e intensifi-car a pressão social; estas contendas, que expressamo real antagonismo de classe no Brasil, serão decidi-das nas ruas.

dores, alguns setores estão tentan-do formular propostas que aten-dam aos dois lados.

Se na questão da Emenda 3,governo e patrões estão em la-dos opostos, quando o assunto éPrevidência Social eles se juntamcontra os interesses dos trabalha-dores. Desde março, o FórumNacional de Previdência Social,a instância tripartite criada pelogoverno, orquestra novos ataques

aos direitos previdenciários. En-tre outras idéias regressivas, go-verno e patrões discutem elevara idade mínima da aposentado-ria para 65 anos, reduzir as con-tribuições previdenciárias dasempresas e incentivar os fundosprivados de pensão, além de cri-arem mais obstáculos para a con-cessão de benefícios previden-ciários para os trabalhadores dosetor privado.

Restricões ao direito de greve

Movimentos

sociais fazem

passeata de

protesto pela

manutenção

do Veto

Presidencial

à Emenda 3

Sindicato dos Bancários e

outras entidades sindicais

do Estado se juntam à

sociedade e manifestam

apoio ao veto à Emenda 3

No placar afixado em praça pública, militante identifica políticos que traíram o povo

EMENDA 3

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especial

Cassi: vote NÃOCassi: vote NÃOCassi: vote NÃOCassi: vote NÃOCassi: vote NÃO

Trocando

A diretoria do Sindicato dosBancários da Paraíba re-comenda aos funcionári-

os do Banco do Brasil que votemNÃO, também no segundo turnoda consulta sobre a reformaestatutária da Caixa de Assistên-cia dos Funcionários do Banco doBrasil – Cassi, de 21 de maio a 1ºde junho.

Desde a década de 90 que aCassi vem sendo desprestigiadapelo Banco, que se pauta pela óti-ca dos banqueiros privados, ondeo ser humano é apenas uma peçadescartável. E, utilizando-se dosargumentos fantasiosos daglobalização, age para se livrar daresponsabilidade trabalhista coma saúde de seus funcionários.

Agindo assim, desde o gover-no FHC que o Banco do Brasilnão recolhe para a Cassi as con-tribuições incidentes sobre os abo-nos, além de só pagar 3% dos4,5% devidos em relação aos fun-cionários novos, aqueles admiti-dos pós 97. E, por descumpriressas e outras obrigaçõesestatutárias e legais, o Banco acu-mulou uma dívida de cerca de R$425 milhões com a Caixa de as-sistência dos seus funcionários.

Essa proposta de reformaestatutária, lançada em cima da

1) O déficite atual é de R$ 220 milhões, somando-se o de2006 (R$ 105 milhões) com o acumulado nos primeirosmeses deste ano. Portanto, o aporte inicial de R$ 150 mi-lhões não resolve o problema. É apenas uma armadilhachantagista para pagar a dívida do Banco, do passado, epara implantar o novo Estatuto, que interessa ao Bancono futuro.

2) A co-participação é uma maneira de evitar uso desneces-sário de exames. Mas, da forma apresentada, não cobre otratamento de doenças crônicas, como cardiopatias, cân-cer, ler, diabetes, tratamento de filhos excepcionais, doen-ças psíquicas, etc. E as fatalidades, que podem ocorrercom qualquer um, inclusive decorrentes do próprio tra-balho, devem ser cobertas pelo plano.

3) Em 1997, os funcionários ajudaram o Banco, quando aPrevi assumiu uma dívida de cerca de R$ 40 bilhões, comdesembolso anual de cerca de R$ 3 bilhões, em aposenta-dorias. Agora, o Banco ingrato se recusa a aportar apenascerca de R$ 100 milhões/ano para a Cassi, quecorresponde a apenas 1/30 avos do que economiza emaposentadorias.

4) A assunção do custo com dependentes indiretos, cantadaem verso e prosa como uma dádiva, nada mais é do quea obrigação do BB para com um pequeno grupo, incluídona regra por uma concessão do Banco, no passado.

5) Sobre o Plano Odontológico, diziam que a contribuiçãosobre o 13º era suficiente para a sua viabilidade. Agora, aestória é outra: querem cobrar sobre o 13º sem planoodontológico, pois, como depende de equilíbrio, nunca seráimplantado. O objetivo é apenas sugar os funcionários.

Por que NÃO?Por que NÃO?Por que NÃO?Por que NÃO?Por que NÃO?hora para evitar o debate, nãoresolve o problema da Cassi, nemparcial nem definitivamente. Alémdo mais, tenta implantar um Es-tatuto que precariza ainda maisos direitos dos funcionários, quea cada dia são mais aviltados fi-nanceiramente e sujeitos às maisdiversas doenças. Por isto, nãopodemos aceitar essa propostaperversa, que só interessa ao Ban-co, pois onera ainda mais os fun-cionários.

Não há dúvidas de que o Ban-co do Brasil quer transferir o cus-to da saúde para os nossos salá-rios já tão apertados, com basena lógica cruel de mercado, ondeo homem é apenas uma peçadescartável. Essa reforma, casoseja aprovada nos moldes apre-sentados, torna o BB mais atra-ente para a privatização numaeventual mudança política; esseé o sonho dos banqueiros, quevêm lutando sistematicamentepara dominar o ramo, inclusiveno atual governo, que tem sidorefém deles. A prova é a políticade arrocho salarial imposta aosbancários, única categoria profis-sional que não avançou em rela-ção à recuperação de perdas sa-lariais.

Precisamos manter o vetoPrecisamos manter o vetoPrecisamos manter o vetoPrecisamos manter o vetoPrecisamos manter o veto

A Emenda 3 é um artigoque o senador paraibanoNey Suassuna incluiu no

projeto de unificação das recei-tas do governo federal (Super-Receita). Essa Emenda 3 impe-de que os fiscais do trabalhomultem empresas que contratammão-de-obra sem assinar a Car-teira Profissional e sem pagar osdireitos trabalhistas, como férias,décimo - terceiro salário, FGTS,vale transporte, vale refeição,INSS, etc.

A Emenda 3 permite aos em-presários exigirem que o traba-lhador abra uma firma individu-

al prestadora de serviços, para pres-tar serviços como Pessoa Jurídica,e os fiscais do trabalho não vãomais poder multar as empresas pordescumprimento da legislação tra-balhista.

No Congresso Nacional, a mai-oria dos senadores e deputados fe-derais votaram favoráveis a essaEmenda 3. Lideradas pela rede Glo-bo, as demais emissoras de TV nun-ca explicam direito à população queessa Emenda 3 permite acabar comos direitos trabalhistas, porque sãoempresas também interessadas naaprovação da mesma. E, para pio-rar, fazem reportagens sobre o tema

dando a idéia de modernidade;tudo para enganar o povo.

O governo Lula vetou aEmenda 3, mas os empresáriosestão fazendo tudo para derru-bar esse veto, na votação que vaiocorrer no Congresso. Até agora,apenas três deputados paraibanosvotaram contra a Emenda 3:Marcondes Gadelha, ManoelJúnior e Luiz Couto.

Ao lado, listamos os políticosda bancada da Paraíba que apói-am esse projeto do mal, que sótraz prejuízos aos trabalhadores.Vamos nos esforçar para que elesmudem o voto.

São contra os trabalhadores

Senador - Efraim Morais

Senador - Cícero Lucena

Senador - José Maranhão

Deputado - Wilson Leite Braga

Deputado - Vitalzinho

Deputado - Rômulo Goiveia

Deputado - Efraim Filho

Deputado - Wellington Roberto

Deputado - Wilson Santiago

Deputado - Armando Abílio

Deputado - Damião Feliciano

Emenda 3Emenda 3Emenda 3Emenda 3Emenda 3

Page 8: Edição 495

Trocando16 a 31 de maio de 2007

cultura e esportes

AgendaO QUE ACONTECE

Vai acontecerVai acontecerVai acontecerVai acontecerVai acontecerAconteceAconteceAconteceAconteceAcontece AconteceuAconteceuAconteceuAconteceuAconteceu

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Cordel do Fogo Encantado eGeraldo Azevedo & BandaCordel do Fogo Encantado eGeraldo Azevedo & Banda

“Se você vier, pro que der evier”, em um “taxi lunar”,num “dia branco”, curtir a

“dona da minha cabeça”, não pre-cisa nem esperar “quando feve-reiro chegar”... É bastante embar-car na viagem musical de Geral-do Azevedo e Banda, no IVBancarte. No dia 8 de junho, logoapós o show de Tocaia da Paraíba,esse pernambucano consagradopelas belas interpretações do seuvasto repertório vai arrebentar noGinásio do Sindicato dos Bancá-rios da Paraíba, acompanhado desua banda. O repertório vai des-de o forró de melhor qualidadeao que tem de melhor na MPB,com canções que atravessa gera-ções e continuam fazendo suces-so.

E para quem ainda não co-

nhece o Cordel do Fogo Encan-tado, não perca a oportunidade decurtir o carisma e a poesia deLirinha, a força do violão regio-nal de Clayton Barros, a referên-cia rock de Emerson Calado e opeso da levada dos tambores deRafa Almeida e Nego Henrique.

As apresentações da bandasurpreende a todos pela força damistura sonora ousada de instru-mentos percussivos com a har-monia do violão raiz. À magia dogrupo que narra a trajetória dofogo encantado, soma-se a presen-ça cênica de seus integrante e osrequintes de um projeto de ilumi-nação e cenário.

O Cordel do Fogo Encantadoé um dos três finalistas do Prê-mio Tim na categoria MelhorGrupo de Pop/Rock, concorren-

do com Skank e Mutantes. Evocê não pode deixar de viver essemomento mágico oferecido peloSindicato dos Bancários, na quin-ta-feira, 7 de junho, logo após oshow de Escurinho e Banda.

Venha conferir, mas não per-ca tempo. Cuide de reservar logosua mesa com a Secretaria do Sin-dicato, através dos telefones (83)3224-2040 e 3224-2054.

IV BANCARTE

Cícero Ezequiel, ex-dirigente sindical e funcionário

da Caixa Econômica Federal, está na estrada

rumo à Catolé do Rocha, numa caminhada de

442 quilômetros. Na viagem, só de ida, com

duração prevista para 15 dias, seu “Ciço” vai

aproveitar a peregrinação para refletir sobre a vida

e colocar à prova seus limites e sua resistência.

A Universidade Federal da Paraíba vai realizar, de 5

a 9 de junho, no Espaço Cultura, o X Encontro

Nacional de Turismo com Base Local. O objetivo do

evento é discutir formas alternativas de turismo, efeitos

ambientais e desenvolvimento local.

O Terceiro Cineport – Festival de Cinema de

Países de Língua Portuguesa, foi realizado em

João Pessoa, de 4 a 13 de maio. O grande

vencedor do festival foi o filme brasileiro O céu de

Suely, de Karim Aïnouz, levando o Troféu

Andorinha como melhor diretor e melhor filme

na categoria 35 mm.