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Portugueses, anarquistas e rebeldes. As origens do sindicalismo caxiense na história dos tanoeiros

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Tupi e Arapongas no caminho da da dupla

29Fotos: 12: Studio Geremia, Arquivo Histórico Municipal, Divulgação/O Caxiense | 13 e 20: Paulo Pasa/O Caxiense

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Primeiro debate sem “paz e amor”

A lógica e o aconchego de uma cozinha

A arte de fabricar barril – e fazer greve – de Portugal para Caxias

5 dicas para alcançar a qualidade total

Inquietação da consciência artística

Uma pensão para lembrar Aluísio A zevedo

A imaginação a serviço da sustentabili-dade

30

arquitetura

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A internet é quase sempre associada a velocidade da informação e, por tabela, efemeridade dos conteúdos. No próprio meio jornalístico, alguns profissionais desprezam os veículos online por acre-ditar que neles a notícia tem vida curta – um texto é logo atualizado, em seguida substituído por outro, e assim vai “de-saparecendo”. Nada mais equivocado. A durabilidade média de uma notícia na internet é no mínimo equivalente à de uma notícia publicada em um jornal de papel. E o mínimo costuma ser exceção. Ao analisarmos o tráfego de leitores do site de O CAXIENSE e os conteúdos que eles estão lendo, é comum percebermos que matérias de dias, meses e até anos atrás continuam sendo lidas diariamente. Livre das limitações físicas de espaço, um site desdobra sua capacidade de informa-ção de forma gigantesca, indo muito além de um exemplar de jornal. Para realizar plenamente essa capacidade informativa, precisa apenas de uma boa ferramenta de busca, como a que dispõe o site de O CAXIENSE – no alto da página inicial, à direita, é só digitar a palavra desejada na caixa “Pesquisar”.

Foram as ferramentas de busca que possibilitaram à internet se tornar uma fonte inesgotável de informação. Desde 1994, quando foi lançado o primeiro siste-ma capaz de localizar textos na rede, e não apenas endereços de sites, essas ferramen-tas evoluíram muito. Hoje, é difícil não conseguir encontrar algo que tenha sido, algum dia, em algum canto, publicado na

internet. Quase nada escapa ao Google. Os veículos jornalísticos, porém, nem sempre se dedicam a explorar essa característica singular da rede. Boa parte das vezes, encaram a web apenas como meio de informar rapidamente, em primeira mão – o que O CAXIENSE também faz –, e esquecem de enriquecê-la como fonte de consulta permanente.

Não se pode pensar na internet apenas como repositório de notícias velhas. Nem se pode ficar esperando que o leitor encontre o conteúdo que deseja somente pelas ferramentas de busca. É preciso criar material jornalístico feito para durar. Alguns momentos são mais propícios para isso. É o que acontece agora, em época de eleição.

Desde o início oficial da campanha eleitoral, a equipe de jornalistas e desig-ners de O CAXIENSE vem elaborando conteúdos que serão úteis ao leitor/eleitor, no mínimo, até 7 de outubro. Um exem-plo: o especial “5 homens e um destino”, que resume, em linguagem de quadrinhos, a trajetória de cada candidato a prefeito (para acessá-lo, clique em “Multimídia” no menu do site). Na próxima semana, mais conteúdos especiais sobre as eleições serão publicados em www.ocaxiense.com.br. Todos feitos para durar.

Até mesmo a cobertura dos debates, de valor mais imediato como notícia, tem interesse estendido. Deixa perma-nentemente à disposição dos eleitores as opiniões e propostas apresentadas pelos candidatos. Por falar nisso, antecipamos o convite: no dia 1º de setembro, O CA-XIENSE, em parceria com a Rádio São Francisco, promoverá o tradicional debate entre os candidatos a prefeito organizado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), que será aberto à população e transmitido ao vivo do plenário da Câ-mara de Vereadores. Eventos e coberturas online como estes dos tempos de eleição ajudam a fazer da internet muito mais do que um repositório de notícias velhas. É um repositório de ideias, duradoura e inestimável fonte de informação.

Felipe Boff, publisher

DiGa!A gigAntescA fonte de informAção | notíciA velhA x conteúdo feito pArA durAr

Diretor executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor administrativo

Luiz Antônio Boff

editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela BittencourtRafael Machado

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

COMerCiaLexecutivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

aSSiNaturaSatendimento

Tatyany R. de OliveiraAssinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

fOtO De CaPa

Studio Geremia, Arquivo His-tórico Municipal, Divulgação/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro

Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

www.ocaxiense.com.br

Site de O Caxiense |Reprodução/O Caxiense

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520.JUL.2012

BaStiDOreS25 Anos no mesmo lugAr | 5 dicAs pArA ter sucesso | 40 tAtuAgens pArA AjudAr

Interrompemos nossa programaçãoA partir do dia 21 de agos-

to, os candidatos à prefei-tura de Caxias do Sul terão suas campanhas eleitorais veiculadas na televisão. No total, serão 30 minutos de propaganda eleitoral gratuita, distribuídos entre os 5 candi-datos. O CAXIENSE fez uma estimativa de quanto tempo cada candidatado terá a sua disposição e explica como é feita a distribuição do tempo.

Dos 30 minutos totais, 10 são divididos entre as coli-gações ou partidos isolados, resultando em 2 minutos para cada candidato. Os 20 minu-tos restantes são distribuídos de acordo com a quantidade de deputados federais que cada coligação ou chapa pura possui, eleitos em 2010. Com a fundação do Partido Social Democrático (PSD) em 2011, porém, há deputados que migraram para o novo partido. A bancada do PSD garante mais 110 segundos na televisão para Alceu Barbosa Velho (PDT), só atrás dos 188 segundos gerados pelo PMDB na Câmara Federal. Em Caxias do Sul, segundo dados do TSE de abril, o PSD tem apenas 19 filiados.

Segundo o chefe de cartório da Zona 169, Edson Moraes Borowski, o TSE deve entre-gar até 8 de agosto a definição oficial das representações na Câmara dos Deputados. Só então será divulgado o tempo exato e definitivo de propa-ganda para cada candidato. Os temposao lado são uma estimativa, tendo como base informações do site da Câmara dos Deputados em 19 de julho.

Milton Corlatti (DEM)Jussara Bolson (DEM)tOtaL = 66 segundos = 1’ 06" + 2’ = 3’06"

Assis Melo (PC do B)João Carlos Berti (PPS)Tempo em segundos da coligação Unidade e Ação por CaxiasPCdoB = 28 + PPS = 21tOtaL = 49 segundos = 0’49" + 2’ = 2’49"

Luís Fernando Possamai (PSol)Anai de Souza (PSol)tOtaL = 7 segundos + 2’ = 2’07"

Alceu Barbosa Velho (PDT)Antonio Feldman (PMDB)Tempo em segundos da coligação Caxias para TodosPDT = 59 + PMDB = 188 + PP = 92 + PTB = 49 + PSL = 2 + PTN = 0 + PSC = 38 + PR = 85 + PSDC = 0 + PHS = 2 + PMN = 2 + PSB = 70 + PRP = 5 + PSDB = 117 + PPL = 0 + PSD = 110 + PTdoB = 7tOtaL = 826 segundos = 13’46" + 2’ = 15’46"

Marcos Antonio Daneluz (PT)Justina Onzi (PT)Tempo em segundos da coligação Frente PopularPT = 204 + PRB = 21 + PRTB = 2 + PTC = 0 + PV = 23tOtaL = 250 segundos = 4’10" + 2’ = 6’10"

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Pessoas“São os profissionais que fazem o negócio andar em direção à qualidade.

Por isso, é fundamental que elas sejam qualificadas e competen-tes”, conta Gilnei. Para ele, não é difícil encontrar recursos humanos disponíveis, basta procurar o perfil ideal e apresentar benefícios.

FinançasDinheiro não pode ser sinônimo de medo. “Investimento deve ser

feito sempre com cautela. É preciso estudar fortemente onde estão as saídas de dinheiro, como que saiu e por que saiu”, destaca. Controle de contas a pagar e contas a receber deve ser prioridade para qualquer novo gestor.

ResultadosSe, no final das contas, o projeto empreendedor deu certo, parabéns.

Se deu errado, é preciso saber o que aconteceu. “Avaliar o que foi construído é fundamental, seja positivo ou negativo. Os próximos passos só darão certo se houver esse balanço”, ensina Gilnei.

No ritmo da qualidadeTOP5

Da microempresa à multi-nacional, exercer a qualidade é sinônimo de sobrevivência no mercado. O CAXIENSE conver-sou com o presidente do Comitê Serra Gaúcha do Programa Gaúcho da Qualidade e Produti-vidade (PGQP), Gilnei Lafuente, que aponta 5 dicas para alavancar negócios.

InovaçãoSegundo Gilnei, para o sucesso de uma nova empresa é preciso inovar

no mercado. “É uma maturidade que deve ser conquistada com o seu público, para aqueles que vão ter acesso ao seu produto”, destaca. Ele aponta diferenciais como atendimento e qualidade além da esperada, como caminhos para a inovação.

Inserção“O sucesso está onde o público está”, conta Gilnei. Um estudo de mercado,

para identificar o perfil do público, é um passo importante que deve estar presente desde os primeiros ensaios de formação do novo empreendimento.

Gilnei Lafuente |Luciana Lain/O Caxiense

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720.JUL.2012

Ideias por um mundo melhor (ou apenas para passar de ano)

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Em meio ao burburinho típico de adolescentes frenéticos, os alunos do 1º e 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Henrique Emílio Meyer assumiram posturas concentradas. Eles defendiam seus projetos na 1ª Mostra Científica e Tecnológica, realizada em 13 e 14 de julho.

O CAXIENSE foi convidado para fazer parte do grupo de avaliadores. Confira algumas das soluções para o futuro do planeta. Teoricamente.

HORTA PARA nóSSimples: uma horta em um

canto abandonado do pátio do colégio. A iniciativa serviria para dar um destino ecologicamente correto ao lixo orgânico, que viraria adubo. Os alimentos plan-tados na horta seriam destinados à merenda, já que “a verba é pequena”, segundo os alunos.

SEM PIngA-PIngAInstalar torneiras com sen-

sores nos banheiros custaria caro, mas compensaria com a economia na conta de água do colégio. A torneira só é aciona-da quando alguém posiciona as mãos, evitando que fique aberta ou vazando. Com isso, o colégio poderia investir em outras ne-cessidades, já que, “a gente sabe, a verba é pequena”, disseram.

RECICLAgEM CORRETAArticulada como poucos

estudantes, a líder defendeu com afinco que, em pleno 2012, ainda é preciso conscientizar sobre a forma certa de separar o lixo. Para que embalagens de alimentos possam ser recicladas, por exemplo, é preciso que sejam lavadas, retirando restos de comida ou bebida. Com a adoção deste hábito e a instalação de lixeiras específicas, seria possível vender o lixo reciclável para cooperativas, arreca-dando verba para o colégio. “Ajudaria a escola, porque a verba que a gente recebe é pequena”, argumentou.

ACADEMIA SUSTEnTáVEL

O movimento de esteiras e bicicletas geraria energia capaz de iluminar uma casa, por exemplo. A pro-posta, para ser aplicada fora da escola, foi inspirada em ações de outros países.

USInAS nUCLEARES SãO SEgURAS

“Vocês são contra ou a favor da energia nu-clear?”, o polêmico grupo perguntou. Eles eram a favor. Os argumentos considerados: energia limpa, segura, não depende de ventos e poucos acidentes foram registrados. Argumento deixa-do de lado: quando ocorrem, os acidentes têm, consequências gravíssimas.

MAqUIAgEM ORgânICA“A gente quer criar uma marca de maquiagem

orgânica”, contou uma das meninas do grupo Orga-nics Make Up. Com os olhos coloridos por sombras laranjas e pinks, elas apresentaram maquiagens elaboradas com ingredientes pouco usuais, como couve, beterraba, maisena e canela. Os vegetais foram cozidos e ao seu suco foi acrescentada maise-na, formando uma sombra pastosa. Misturada com canela em pó, a maisena virou pó facial.

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BOAGENTE

A mais antiga ajudante

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Enquanto 8 homens reveza-vam-se no comando da mais antiga entidade empresarial de Caxias, Barbara Roberta Lu-catelli sempre esteve ali para ajudá-los. Tal reconhecimento lhe foi dado, em cerimônia da Câmara de Indústria e Comér-cio (CIC), quando foi jubila-da pelos 25 anos de trabalho, tornando-se a funcionária mais antiga da casa. “Nunca enjoei do meu trabalho porque aqui não se tem rotina. Enquanto se está fazendo uma ata, pode ser que tenha que parar tudo para convocar uma reunião. Isso é o que motiva”, destaca. Quando entrou na CIC, com pouco mais de 20 anos, cursava Pedagogia na UCS, mas aban-donou o curso priorizando o emprego.“Desde os primeiros

dias já percebi que estava no lugar certo”, conta. Barbara tra-balhava com equipamentos que não fazem mais parte do coti-diano. “Comecei com o telex e depois aprendi a usar o fax, que naquele tempo era febre. Lembro também quando usá-vamos máquina de escrever”, recorda. Ela diz ter começado a usar computador a partir da gestão do presidente Nestor Perini, por volta de 1994. Bar-bara também foi responsável pela agenda dos presidentes e diretores. O compromisso com o que é feito é um dos segredos da longevidade profissional. “Não basta enviar os convites. Tem que ligar no outro dia per-guntando se recebeu”, conta ela, que ainda cita o bom rela-cionamento com colegas.

CaMPuS

Anglo-AmericanoA faculdade Anglo-Ame-ricano está com inscrições abertas para dois cursos de extensão. Nos dias 24, 25, 26 e 27 de julho, acontece o cur-so de Discurso e Oratória: A Arte de Falar em Público e de Gestão de Compra. Ambos contam com inscrições pelo site, no valor de R$ 25.

+ VESTIBULARAnglo-AmericanoAgendamento até 04 de agos-to. R$ 35.

Faculdade América LatinaInscrições até 25 de julho. Prova dia 26 de julho, às 19:00. R$ 25.

Faculdade InovaçãoInscrições até 31 de julho. São 3 opções de data: 17, 27 e 31 de julho. R$ 20.

WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 0800-6060606 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.CEEM.COM.BR. 3225-6644 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.PORTALFAI.COM.BR. 3028-7007

gincana em 3D Linux livre

novos líderes

Foco na qualidade

Maturidade

Escolas públicas e particulares de Caxias podem inscrever tur-mas de 3° ano do ensino médio para participar do Agitouch FSG. A gincana é um game em am-biente 3D que alia conhecimento, tecnologia e interatividade para auxiliar os estudantes na escolha profissional. A pré-seleção das turmas é entre agosto e setembro. A escola vencedora ganhará uma TV LCD 42’ e os alunos recebe-rão um cheque presente no valor de R$ 5 mil para a cerimônia de formatura. A inscrição pode ser feita pelo telefone 2101-6079.

A UCS oferece o curso de ex-tensão em Administração e 5S’s, com o professor Fábio Eberhar-dt Teixeira. O investimento para alunos e ex-alunos de graduação e pós da UCS é de 4 parcelas de R$ 55, 3 parcelas de R$ 72 ou R$ 212, à vista. Para o público em geral, são 4 parcelas de R$ 61, 3 parcelas de R$ 80 ou R$ 235 à vista.

A UCS oferece curso de extensão para administração do sistema Linux, com foco em tarefas administrativas. O programa começa com os concei-tos de software livre, comandos bá-sicos, inicialização, sistema de arqui-vos, instalação, rede, entre outros. São apenas 15 vagas. A inscrição pode ser feita pelo site. O investimento é de 4 parcelas de R$ 190 ou R$ 760 à vista.

Seguem até o dia 30 de julho as inscrições para o MBA em Gestão Empresarial da Faculdade Getúlio Vargas. O curso aborda a formação de líderes empresarias, além de análi-se, estrutura e síntese de informações relacionadas à gestão.

Ainda estão abertas as inscrições para a Faculdade da Maturidade da FSG, que oferece atividades físicas, intelectuais e culturais para pessoas com mais de 45 anos. É preciso ir ao Instituto Integrado de Saúde, com os documentos originais de RG, CPF e comprovante de residência.

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Sexta-feira 13 da sorte

Mariana Duarte | Daniela Bittencourt/O Caxiense

por Daniela Bittencourt

Contrariando a máxima da cultu-ra popular, a sexta-feira 13 de julho foi dia de boa fortuna para as crian-ças atendidas pela ONG Associação Criança Feliz, que ficaram sem moti-vo para ter medo de caveiras e gatos pretos, ícones da data, coadjuvantes de filmes de terror e de pesadelos infantis. Tatuados em braços, punhos, pernas e barrigas, os símbolos foram parte da ação beneficente criada pelo estúdio de tatuagem Supertattoo. Entre 16:00 e 22:00 daquela sexta, todas as tatuagens feitas no estúdio tiveram parte de sua verba destinada à ONG. A ação, rea-lizada pela segunda vez neste ano – a primeira foi na sexta-feira 13 de abril – foi inspirada por estúdios americanos e europeus que fazem tatuagens temáti-cas nesta data e deve se repetir em toda sexta-feira 13.

Das séries de desenhos criados especialmente para a ocasião pelos 7 tatuadores do estúdio e 2 tatuadoras convidadas, Ramon Pavan escolheu

o que unia a coruja, a caveira e um diamante. Abandonou a ideia inicial de tatuar uma andorinha quando viu a arte feita pelo tatuador Darigo Bonat-to. Deitado na cama, fechava os olhos marejados para espantar o desconforto das agulhadas: “Não está doendo, não”, garantiu sem credibilidade cobrindo o rosto com o antebraço. A coruja de Ramon, a terceira das tatuagens que possui, foi um dos 40 desenhos a con-tribuir com os R$ 2.700 arrecadados pela ação.

Além das artes criadas pelos tatuado-res, quem quisesse ajudar com a inicia-tiva do estúdio sem ter a data do azar na pele, também poderia, desde que o desenho escolhido não demorasse mais de 40 minutos para ser tatuado - as séries desenhadas pelos profissionais mantinham um padrão de tamanho e valor, de R$ 50 a 150. Foi o que fez Mariana Duarte, de 24 anos, que para sua quinta tatuagem escolheu uma fra-se do músico Ney Matogrosso. “Cada ser tem sonhos a sua maneira”, gravou o tatuador Cabelo Sebben no ombro

esquerdo de Mariana. “Escolhi vir hoje para ajudar com a ação”, contou ela.

Trechos de música, pensamentos e frases célebres, ao lado de diamantes, foram os desenhos mais pedidos pelos clientes, a maioria impulsionada pelo espírito solidário da iniciativa.

Para Sergi Almeida, de 18 anos, a data não poderia ser melhor. “Para a minha primeira tatuagem, achei muito legal fazer em uma sexta-feira 13, ainda mais por poder contribuir com uma ONG”. Na fila, ele esperava há cerca de uma hora com a namorada, Lidiele Lando, também de 18 anos. “Vamos fazer a tatuagem juntos”, sorriam. Unindo dois desenhos clássicos, o casal aguardava pela âncora adornada com um coração, criada pelo tatuador Darigo. Ideal porque não era feminina nem masculina demais, segundo eles. Ambos teriam o amor gravado no ante-braço, eternizando o relacionamento de 3 anos. “E os pais de vocês deixaram?”, perguntou a repórter. “O meu não sabe”, confidenciou Sergi, abusando da sorte em um dia conhecido pelo azar.

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Quem esperava uma campanha fácil para Alceu Barbosa Velho (PDT) depois da saída de Pepe Vargas (PT) e, posteriormente, de Marisa Formolo (PT) deve estar revendo seus conceitos depois do primeiro debate eleitoral, promovi-do pela Rádio Caxias na manhã de quarta-feira (18). Tanto no bloco temático (educação infantil, saúde e trânsito) quanto nos blocos de perguntas entre os candidatos, os desafiantes Assis Melo (PCdoB), Luís Fernando Possamai (PSol), Marcos Daneluz (PT) e Milton Corlatti (DEM) não economizaram na artilharia contra o candidato da situação. Alceu, que teve até direito de resposta, tampouco deixou de rebater as críticas. Sinal de que a tá-tica “paz e amor” não deve pasteu-rizar as campanhas deste ano, pelo menos por aqui.

A escola de inglês e es-panhol PBF está de mu-dança – para melhor. A nova sede, que atende a partir de segunda-feira (23), fica na avenida Jú-lio de Castilhos, 915, no Centro. O espaço tem três pisos e o dobro do tama-nho da estrutura anterior,

que ficava na rua Bento Gonçalves, 1301. A PBF disponibilizará aos alunos sala de jogos com sinuca, refeitório, sala de vídeo, sala de informática e salas de aula mais amplas.

As inscrições para o se-gundo semestre ainda es-tão abertas.

Com a grife de me-lhor loja de utilidades do mundo – prêmio recebido em 2011 no Global Inno-vator Award, em Chica-go – a Marli Trentin abre sua primeira franquia na quinta-feira (26). A Bou-tique Gourmet tem como público alvo profissionais da área gastronômica ou

simplesmente aqueles que têm a cozinha como lugar preferido da casa. O em-preendimento é coman-dado por Jordana Trentin e oferece produtos de qua-lidade com preços acessí-veis e condições de paga-mento. A Boutique fica no primeiro piso do San Pelegrino Shopping Mall.

categorias foram premiadas na edi-ção de 2012 do prêmio Divina Cozi-nha. A Hamburrgueria Juventus, que exibe os troféus das edições passadas no balcão do caixa, novamente ficou no pódio. Levou o 1º lugar, empatada com Jaime Rocha, na categoria me-lhor lanche, 2º lugar na categoria em-presário da gastronomia com Gilmar Comerlato, e 1º lugar na categoria lancheria kids. Foram 2.850 votantes que decidiram o resultado apresentado na última segunda-feira (16), na CIC, com a presença de chefs, sommeliers, proprietários de bares e restaurantes e seus funcionários. Veja a lista comple-ta dos vencedores no nosso site. Visite www.ocaxiense.com.br.

“Nunca ouvi dizer que se agrega pela incompetência. Fizemos uma coliga-ção séria, em cima de propósitos. Eu sei que é difícil para os mais radicais se acostumarem com as coligações” (Alceu Barbosa Velho)

“O povo diz que não deveria ter eleição. Deveria ter mais, por-que aí tem mais obra. Até ciclovia apareceu agora, improvisada” (Assis Melo)

Sem mandar recadoTodos contra um

nova sede

Boutique Marli Trentin

PLeNariO

A seleção de frases a seguir resume bem a intensidade do primeiro confronto de ideias dos candidatos na Rádio Caxias:

“Está na prefeitura uma macarro-nada política indecente, que criou centenas de cargos de CC para beneficiar companheiros” (Luís Fernando Possamai)

“Hoje, para falar com o prefeito e os secretários, é preciso fazer uma gincana. Não é fácil o presidente do bairro chegar no prefeito. Não vou ficar trancado dentro de gabinete” (Marcos Daneluz)

“Hoje, o funcionário público qualifi-cado que está dentro da prefeitura é obrigado a engolir um político como seu chefe. Aí as coisas não andam”(Milton Corlatti)

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1120.JUL.2012 1113.jul.2012

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REBELDIA PORTUgUESA,COM CERTEzA

Entre um barril e outro, um grupo de imigrantes lusitanos transformou a luta sindical em Caxias do Sul

por Andrei Andrade

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sindicalismo em Caxias do Sul. Poli-tizados e anarquistas, como deixaram claro em seu estatuto, os tanoeiros lusi-tanos resistiram a muitas adversidades na região que os escolheu para o traba-lho pesado.

Os tanoeiros formavam a grande maioria dos moradores do chama-do Bairro Lusitano (hoje parte do Rio Branco) de Caxias do Sul, nas primeiras décadas do século passado. Chegavam motivados pela expansão do setor vi-nícola no município, que obrigava os empresários a investir em trabalhado-res para construir barris e pipas para armazenar e transportar o vinho – até então envasado diretamente em garra-fas. E a tanoaria era uma especialidade dos portugueses, que passaram a se es-tabelecer na cidade em pensões coman-dadas pelas esposas dos operários, ou em pequenas casas que adquiriam em terrenos muito baratos, que à epoca ficavam fora da área urbana da cida-de. De acordo com o artigo De Bairro Lusitano a Zona Tronca: a presença dos portugueses em Caxias do Sul, da histo-riadora Cleci Eulalia Favaro, estima-se que, na década de 20, tenham morado de 300 a 500 portugueses migrantes, principalmente na rua Tronca (o imi-grante Domingos Tronca, que dá nome à rua, foi quem vendeu grande parte

dos terrenos aos operários lusitanos). Uma das vinícolas que mais investiu em tanoeiros portugueses foi a Luiz Antunes, que tinha sede onde hoje é o Centro Municipal de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho. Foram fun-cionários desta vinícola que fundaram a União dos Operários Tanoeiros, prin-cipais responsáveis pela paralisação de novembro de 1930.

O trabalho que hoje sobrevive graças a poucos profissionais que produzem de forma artesanal, artística até, não tinha nenhum glamour naquela época. Longe disso. Os tanoeiros trabalhavam em oficinas mal iluminadas, em con-dições de higiene precárias, expostos à umidade e à fumaça dos fogareiros. Todo o trabalho era feito à mão e exigia um grande esforço, especialmente para envergar a madeira que dava o formato bojudo dos barris. Como a remunera-ção era proporcional ao quanto con-seguissem produzir, enfrentavam jor-nadas de até 12 horas de trabalho. Nas épocas em que a produção de vinhos era menor, também diminuía a demanda, e com ela o salário. O depoimento do tanoeiro Francisco Sá Mourão a Cleci ajuda a ilustrar como era a dinâmica do trabalho: “No primeiro ano fabricava 4 barris; quando nasceu o primeiro filho,

fazia 5 barris; quando nasceu o segun-do, comecei a fazer 6; quando nasceu o terceiro eu já ia pra 8; comecei a fazer mais força. Foi indo, indo, que no fim já fazia 12”. Como nem sempre a saúde acompanhava tanta disposição, muitos tiveram que se aposentar devido às se-quelas físicas causadas pela profissão.

A greve dos tanoeiros não alcançou grande repercussão na imprensa ca-xiense, que naqueles dias de novembro de 1930 dava grande destaque a Getúlio Vargas, recém-empossado presidente do Brasil. A edição de 13 de novembro do Jornal Caxias dava menos de uma coluna de página para o assunto, mas trazia a informação completa. Foi uma paralisação pacífica, apesar de rumores que indicavam o contrário – o que mo-tivou a presença de 50 soldados da Bri-gada Militar, que terminou com a con-quista relativa por parte dos operários: a diminuição da jornada para 8 horas e a promessa de reajuste para janeiro do ano seguinte. Com isso, “a referida for-ça (a Brigada) regressou à capital”, con-forme narra o encerramento da notícia.

Criada em 1930, apenas 4 meses an-tes da primeira greve, a União dos Ope-rários Tanoeiros ajudou a dar origem a outras entidades, surgidas no influxo das pequenas conquistas alcançadas pelos lusitanos. A principal delas foi a

Teve polícia chegando de trem. Teve rebelde ocupando a praça. Teve patrão desespera-do. E teve até solução. A primeira grande greve de Caxias do Sul, realizada pelos tanoeiros – operários vindos de Portugal que exerciam um ofício praticamente extinto nos dias de hoje –, em novembro de 1930, teve pouco espaço na imprensa da época. Mas a irresigna-ção dos lusitanos inspirou a criação de sindicatos importantes e foi o divisor de águas do

Américo Scalco na Vinícola Mosele, em 1937 |Acervo do Arquivo Histórico Municipal, Divulgação/O Caxiense

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Sociedade União Operária, criada em 1931 em reuniões secretas ocorridas no Parque Cinquentenário, na época, lon-ge o bastante do centro da cidade e dos órgãos repressores. A instituição reu-niu em uma mesma sede sindicatos de diversas categorias, como carpinteiros, tecelões, metalúrgicos, operários da construção civil e até de curtume, que tinha apenas 10 associados (o maior deles, dos metalúrgicos, tinha 80). Era um momento em que Getúlio estimula-va a criação de sindicatos, desde que se organizasem de acordo com os interes-ses do governo. Não era o que queriam os tanoeiros, que preferiam manter a característica de entidades reivindicati-vas. Autora de um livro não publicado sobre o sindicalismo em Caxias do Sul, a historiadora Loraine Slomp Giron

dedica todo um capítulo da obra ina-cabada aos tanoeiros. Durante a pes-quisa, realizada no início dos anos 80, entrevistou todos os participantes da greve que ainda estavam vivos. E não teve dúvidas quanto a carga ideológica que norteava as ações daqueles traba-lhadores. “Ficou muito claro para mim que aquele grupo, inspirado por ideias anarquistas que ficam claras para quem lê o estatuto deles, trouxe a consciência social para a cidade. Tudo o que veio depois tem a marca deles. Apesar de muitos terem se tornado capitalistas depois, mesmo estes se emocionavam quando falavam sobre aquela época, em que acreditavam firmemente na igualdade”, afirma Loraine.

Em uma casa na Rua Tronca, vive a

Guilherme Mano, na tanoaria da Vinícola Antunes, 1915 |Arquivo Pessoal de Isaura Mano Bonho, Divulgação/O Caxiense

Notícia da greve de 1930 |Reprodução do Jornal Caxias, Divulgação/O Caxiense

“Fabricava 4 barris. Quando nasceu o

primeiro filho, fazia 5; quando nasceu o terceiro eu já ia

pra 8. Foi indo, indo, que no fim já fazia 12”, relata o

tanoeiro Francisco Sá Mourão

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Antonio Mano|Fotos: Arquivo Pessoal de Isaura Mano

Bonho, Divulgação/O Caxiense

Isaura Mano Bonho |Paulo Pasa/O Caxiense

Adelino Mano |

filha de um legítimo tanoeiro lusitano. A funcionária pública aposentada Isau-ra Mano Bonho é filha de Guilherme Mano, que veio para Caxias trabalhar na cantina Luiz Antunes e, principal-mente, ensinar o ofício da tanoaria aos imigrantes italianos. Trouxe com ele a esposa, Quitéria Mano, e dois filhos, também tanoeiros. No Brasil, o casal teve outros 6 filhos, entre eles Isaura. O convite para trabalhar no país trans-mitia a Guilherme, e aos tanoeiros em geral, a esperança de uma vida mais próspera do que em Portugal, pois o trabalho rareava nas pequenas vilas onde residiam. Muitos tanoeiros vie-ram sozinhos. Outros, como Guilher-me, trouxeram a família, apoiados em promessas de voltar para casa um dia, mas que dificilmente se concretizavam.

Aos 91 anos, Isaura não sente o peso da idade. Caminha sem dificuldade pela casa e quando mostra fotos do passado identifica a todos, com direito a comentários bem humorados sobre a personalidade de cada um. Segundo ela, o pai foi um dos “cabeças” do mo-vimento dos tanoeiros. Ajudava a orga-nizar greves e a convencer trabalhado-res a não aceitar as más condições de trabalho. Ainda mais engajado que ele

era o filho Adelino, um dos que nasce-ram em Portugal. Este, segundo conta a irmã brasileira, não perdia uma bri-ga, uma discussão entre trabalhadores. Pois durante as greves, as piores lutas não eram contra os patrões ou contra a polícia, mas sim entre os trabalhado-res que paravam e os colegas que pre-feriam continuar trabalhando. Sobre o trabalho do pai, que morreu relativa-mente jovem, aos 64 anos, Isaura lem-bra especialmente das marcas que ele deixava. “As roupas eram todas encar-didas pela fumaça e as mãos eram de dar dó, de tão machucadas”, comenta, representando com gestos como era feito o trabalho manual que deixava cicatrizes nas palmas das mãos do pai. Financeiramente, a vida de Guilherme e da família também nunca foi tranqui-la. “O dinheiro que ele ganhava só era suficiente pra comer, nunca dava para juntar nada. Morávamos de aluguel e tínhamos que mudar de casa muitas vezes. Dos maiores sonhos que minha mãe tinha, ter uma casa e guardar di-nheiro que pagasse o próprio enterro, só o último se realizou”, recorda.

Com o passar dos anos, a populari-zação de máquinas que modernizaram o envasamento dos vinhos nas cantinas

tornou obsoleto o trabalho dos tanoei-ros. Não sem a revolta destes, que che-gavam a quebrar máquinas proposital-mente para terem mais trabalho, como registra um depoimento de Antonio Mano, um dos filhos de Guilherme, que cedo abandonou a tanoaria para traba-lhar no comércio e também como co-municador de rádio. Antonio chegou a ter algum reconhecimento como artis-ta. Pelo menos de Isaura, que mantém alguns quadros do irmão pendurados nas paredes da sala e da cozinha.

Aliado à percepção de que seu tra-balho perdia importância, o fato de os velhos tanoeiros não transmitirem suas habilidades aos filhos – os quais man-davam para a escola, aprender ofícios preferencialmente mais leves e bem pagos – também contribuiu para que a tradição fosse se perdendo aos pou-cos. A União dos Tanoeiros, entidade que representava a classe, teve vida breve. É de 1937 o último documento encontrado. A hegemonia italiana tam-bém ajudou a sufocar a trajetória por-tuguesa – e outras tantas – em Caxias. Mas o papel dos bravos lusitanos e suas conquistas pelos trabalhadores do mu-nicípio a História não substitui. Nem diminui.

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A CASA DOS 39 qUARTOSComo vive quem mora em uma modesta – e provisória – pensão caxiense

por Andrei AndradeNa residência da dona Natália só se

namora aos sábados. Assaltar a geladei-ra, só até as 22:00, no máximo 22:30. E, para tomar banho, recomenda-se não ter pressa em encontrar um chuveiro livre. Melhor voltar para o quarto e ten-tar mais tarde. Essa é toda a etiqueta necessária para a boa convivência entre os quase 40 moradores da casa.

Nos 39 quartos da Pensão Para Mo-ças e Rapazes Santo Expedito, número 3.262 da Rua Tronca, convivem os tipos mais diversos imagináveis, desde o en-gravatado com sapatos bem engraxa-dos – normalmente recém-chegado na cidade – até malandro de regata e chi-nelo de dedos que vive de bicos. Indiví-duos que podem parecer bem diferen-tes do lado de fora, mas quando cruzam o portão levam vidas bem parecidas: usam os mesmos banheiros, estendem as roupas no mesmo varal e fazem o mesmo barulho quando caminham sobre o piso de madeira, atrapalhando sem querer o sono dos que ainda não se acostumaram.

Para morar na pensão, o inquilino precisa pagar um mês adiantado, mes-

mo quem pretende se hospedar por menos tempo. O preço médio, R$ 300, parece justo, pois inclui internet, TV a cabo e roupas de cama (que são lavadas aos sábados), além dos móveis básicos de um quarto – cama e roupeiro. Al-guns custam um pouco mais, pois são mais espaçosos, têm guarda-roupas de 6 portas e até criado-mudo. Outros um pouco menos, pois só têm uma cama e um pequeno guarda-roupas. A lotação está sempre perto do limite. Atualmen-te, apenas 2 quartos estão vagos.

Dividida em uma casa, um porão adaptado e um puxadinho, onde ficam a maioria dos quartos, a pensão con-ta com duas cozinhas bem equipadas: tem geladeira, micro-ondas, fogão, pu-rificador de água. Aos que chegam, a proprietária faz questão de dizer que é tudo de uso comum, inclusive os talhe-res e as panelas. Mas os que cozinham são poucos e sempre a mesma turma, que já se sente em casa, fala mais alto, escolhe o canal da TV. O cardápio é quase sempre o mesmo: arroz, feijão e massa. No pátio interno, há dois dispu-tados tanques de lavar roupas. A roupa

lavada é pendurada nos varais, igual-mente requisitados e sempre cheios. A maioria dos quartos – cujas portas são precedidas de uma escada de 3 degraus e protegidas por uma tramela, mas sem cadeado, a não ser que o morador já te-nha um – só tem a mobília da casa e as poucas coisas dos hóspedes que ca-bem, em geral, rádio e televisão. As di-ferenças estão nos detalhes que ajudam a identificar cada morador: Um violão, uma pilha de livros, um notebook, um frigobar, um aquecedor.

Ninguém mora na pensão por gos-tar. Afinal, não é hotel, nem é pousa-da. Lembra mais uma república de estudantes, porém sem tantos amigos, sem nenhuma festa. As portas rangem, há frestas nas paredes, a água não sai em abundância de todos os chuveiros, ouve-se qualquer barulho dos quartos vizinhos, inclusive os roncos, mais fre-quentes entre 23:00 e 2:00. Não há re-quinte nenhum. São as necessidades – de gastar o mímino, de ter companhia, de ter um teto – que fazem a casa estar sempre cheia. Outro motivo para tanta

Pensão para moças e rapazes Santo Expedito |Paulo Pasa/O Caxiense

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1720.JUL.2012

Natália |Paulo Pasa/O Caxiense

Neto | Gerson |

Jair |Fotos: Andrei Andrade/O Caxiense

gente passar um bom tempo na pensão é a sina de planos que não dão certo. São moradores que se cansam, saem em busca de um apartamento ou uma casa alugada, mas depois voltam, porque o patrão demitiu, o namoro terminou ou o orçamento foi mal calculado. Para os bons filhos que à casa tornam, as portas da pensão estão sempre abertas.

Morador mais antigo da casa, o me-talúrgico Jair Rodrigues, de 38 anos, vive na pensão por achar mais prático – não precisa comprar móveis, nem pagar água e luz – e seguro. Natural de Cruz Alta, ocupa o quarto 13 há quase 3 anos. E por já ter se habituado à roti-na e à convivência com os outros mora-dores, não pensa em sair por enquanto. Mas financiar um apartamento pelo programa Minha Casa, Minha Vida é um sonho acalentado a cada prédio em construção que observa na rua.

Há dois meses, o jovem Gerson Fink, de 25 anos, é o responsável pela trilha sonora da pensão. Mas ele não é ne-nhum DJ. O som que espalha pelo am-biente de 6 a 8 horas por dia é o do seu violão, praticamente um companheiro de quarto, pois Gerson não tem tele-visão, rádio e nem computador. Vive só com o violão e as palhetas. Quando

está ensaiando as 17 músicas que pre-tende incluir em seu primeiro CD, já intitulado Miragem, toca e canta alto, sem medir o volume. Os vizinhos não reclamam do seu pop-rock influencia-do por Jota Quest e Bidê ou Balde. “A pensão é tri, mas sei que logo vou sair, pois gosto de viver o momento, ir para onde der vontade. Só eu comigo mes-mo”, comenta Gerson, que é natural da pequena Barão, a 100 km de Caxias, e desde que saiu da casa dos pais, há 3 anos, já passou por Carlos Barbosa, Gramado, Porto Alegre e Florianópolis. Nunca teve endereço fixo e nunca deu prioridade a isso. Atualmente, trabalha em um hotel, organizando o café da manhã. Como está ganhando um bom salário e tendo as horas livres que pre-cisa para focar em suas músicas, deve permanecer por mais algum tempo no quarto 26.

Não é o violão de Gerson que tem incomodado José Costa Neto, de 16 anos, um dos recém-chegados quando fomos à pensão. Para ele, o problema é o frio. José é alagoano e ainda não ha-via completado um mês na casa. Apro-veitou o primeiro salário de auxiliar de produção que recebeu na metalúrgica Randon para comprar um aquecedor

elétrico. Ele não divide a boa vontade de Gerson com o cotidiano compar-tilhado. Sente falta da privacidade de quando morava apenas com os pais, em Maceió. Na primeira noite, diz ter fica-do com medo, pois era a primeira vez que ficava sozinho. E, embora já tenha se acostumado, acredita que em pouco tempo irá se mudar para a casa do tio, que foi quem o convidou para tentar a sorte como metalúrgico no Sul.

Aos 57 anos, Natália Francisca, a pro-prietária, é daquelas senhoras que já vi-veram de tudo. Casou aos 11 anos, aos 12 teve o primeiro filho. Com o primei-ro marido, foram 8 filhos, mais um com o segundo. O terceiro e atual marido, o pedreiro Lúcio da Silva, de 37 anos, ela conheceu como inquilino na pen-são. Há 8 anos vivem juntos, o que para ele significou apenas “trocar de quarto”, como costuma brincar. Ainda que só tenha estudado até a 2ª série do ensino fundamental, dona Natália se orgulha de exibir diplomas de massoterapeuta, cabelereira, manicure e overloquista (costureira). Há pouco tempo, também entrou para o comércio. Abriu uma pe-quena loja de roupas na garagem, que ajuda a incrementar a renda. Segundo

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“Não passo necessidades, mas pelo que

já trabalhei na minha vida,

adquiri muito pouco”, lamenta

a proprietária da pensão Natália

Francisca, de 57 anos, que aos 11 casou pela

primeira vez

ela, que resiste em contratar funcionários para ajudar no serviço, a pensão dá mui-ta despesa e pouco lucro. Os gastos com luz e água ultrapassam os mil reais men-sais. E ainda há o aluguel e os impostos, que ela se orgulha em dizer que paga, ao contrário de outras casas do gênero, que seriam irregulares, segundo ela.

A pensão Santo Expedito é a segunda incursão de dona Natália neste ramo. Há quase 30 anos, abriu a primeira, que se chamava Catarina – em alusão ao estado onde nasceu, no município de Anita Ga-ribaldi – com o dinheiro que recebeu de fundo de garantia da metalúrgica Eberle, onde trabalhava. Os negócios começaram bem. Logo na segunda semana, ocupou todos os quartos do primeiro andar da casa que alugara – a proprietária vivia no térreo – e precisou emprestar a própria cama para um casal de clientes. Desde então, pensou em desistir apenas uma vez, quando se sentiu cansada e vendeu o que tinha para tentar a vida em Blume-nau, onde comprou uma lanchonete. Po-rém, o negócio não deu certo e ela ven-deu tudo novamente – nunca recebeu o valor da venda – para voltar a Caxias ape-nas um ano depois, alugando a casa onde deu início à pensão atual, na Tronca. E quando achou que iria se recuperar do golpe sofrido em Santa Catarina, um in-cêndio destruiu boa parte do puxadinho e uma das cozinhas da pensão. Ninguém ficou ferido, mas moradores perderam tudo e ela, que não tinha seguro, precisou pagar toda a reconstrução. “Não passo necessidades, mas pelo que já trabalhei

na minha vida, adquiri muito pouco”, la-menta Natália, que só não está na pensão quando vai à igreja às segundas-feiras, ou quando vai a São Paulo em excursões de lojistas à procura de roupas baratas.

Apesar dos percalços, dona Natália não se imagina fazendo outra coisa. Gosta de conviver com os moradores, já fez muitos amigos e diz ter tido poucos problemas com inquilinos nestes anos todos. Impõe poucas regras. Uma delas, a mais difí-cil de fazer cumprir, é quanto às visitas íntimas. “Tá achando que minha casa é motel?”, ela constrange os que não cum-prem. A motivação maior para manter o negócio, segundo ela, é ajudar a quem precisa. “Às vezes chega gente aqui com o dinheiro que só dá para pagar o mês, bem trocadinho. Nesse caso, eu ajudo pagan-do rancho, passagem de ônibus, empresto telefone e até dinheiro, mas só pra quem se presta a procurar emprego”, destaca.

Entre os que recebem a ajuda da dona da pensão também estão alguns idosos deixados pelos filhos, que às vezes visi-tam com freqüência, às vezes, não. Quem cuida mesmo é dona Natália, que leva até no hospital quando necessário. Só pede para a família assumir a responsabili-dade quando considera que estão muito doentes e é preciso procurar médicos ou enfermeiros que ajudem a cuidar diaria-mente. No dia a dia por trás do portão da pensão Santo Expedito, dona Natália aju-da os inquilinos como pode. Sem querer, eles ajudam dona Natália a continuar fa-zendo o que gosta. Para quem topa a vida em grupo, a troca parece justa.

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1920.JUL.2012 1913.jul.2012

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por Daniela Bittencourt

Vocalista da banda Detonautas, com-positor e agora escritor, Tico Santa Cruz esteve em Caxias na terça-feira (17) para divulgar o recém-lançado Clube da Insônia, uma coletânea editada pela Belas Letras dos textos que ele publica em seu blog desde 2004. Encasacado para se proteger do frio, o escritor com seu marcado sotaque carioca visitou a redação de O CAXIENSE e contou mais do que histórias.

O Clube da Insônia tem um tom de inquietação e inconformismo. Você se acha um rebelde? O que é ser rebel-de hoje?

Tem uma inquietação, sem dúvida, mas não consigo definir o conceito de rebeldia, ele foi muito subvertido. Hoje a rebeldia é vista como negativa mas, na verdade, é necessária para que os paradigmas sejam quebrados. Eu tra-balho em cima desse pensamento: de que maneira se pode estimular o jovem a esse papel?

E teu público é especialmente jo-vem, não? Tanto do Detonautas quanto do blog.

Eu diria que o público cresceu com a gente. Não trabalhamos mais com a faixa etária de 12, 13 anos, e sim com o pessoal de 16 a 30. Mas é engraçado, na divulgação do livro em Porto Alegre, uma senhora de 76 anos pediu autógra-fo e levou o DVD dela do Detonautas.

O texto “Direto da redação”, do seu livro, é uma crítica à mídia que busca a espetacularização da notícia. Você acha que ela não tem cumprido seu papel social?

Lembro de um texto da época em que estudei Comunicação que diferen-ciava notícia de propaganda. A notícia, de alguma maneira, é imparcial, trata os fatos com o maior número de informa-ções possíveis para que o leitor possa ter acesso àquela questão. A propagan-da é parcial e direcionada. É difícil estar

dentro de um grande veículo de comu-nicação de massa e não ter uma orien-tação a seguir, política ou ideológica. Na verdade o texto nem é uma critica, é uma forma de mostrar para as pessoas o funcionamento de algumas redações. Ele se refere a essa classe da mídia que trabalha não em prol da informação, mas em prol da venda do seu produto como se fosse qualquer coisa que possa ser digerida e vomitada depois.

E a influência que você gera sobre seu público? Sente alguma responsa-bilidade neste sentido?

Todo cidadão é responsável pelo que acontece em sua sociedade. Como ar-tista que tem voz pública, posso colabo-rar de forma mais abrangente. O artista no Brasil não se coloca publicamente ou socialmente, com a justificativa de que levar o sorriso para as pessoas é o suficiente. Eu discordo, acho que como cidadão, todos nós temos direitos e de-veres. Os artistas não estão livres disso, senão você cria um povo alegre e idiota.

Entre os teus trabalhos, tem o Vo-luntários da Pátria, um coletivo de expressão cultural. Como surgiu?

Ele começou em 2006 e nasceu de um sarau que fazíamos no Rio de Janei-ro. Durante 5 anos, a gente trabalhou com ele em escolas, universidades e até presídios, sempre tentando abrir um diálogo através da literatura e da mú-sica.

Durante sua participação em A Fa-zenda 3, você foi eliminado com 74% dos votos. Você foi mal interpretado?

A eliminação foi imposta dentro de uma situação de jogo. Quando entrei no programa já sabia que teria a edição do modo como fosse conveniente para a emissora. Entrei na expectativa de abrir diálogo com uma massa da popu-lação a qual não tenho acesso. Se você não souber usar a mídia a seu favor, você nunca vai fazer nada que possa gerar uma transformação. Eu uso e sei ser usado.Fo

tos:

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Crítico e consciente

PLateiaTeaTro enTre o céu e o inferno | Do amarp ao orDovás | o herDeiro De muDDy WaTers

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2120.JUL.2012

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Alec BAlDwIN. Ellen PAgE. Giuliano gEmmA. Penelope CRuz. Roberto BENIgNI. De Woody AllENPARA ROMA COM AMOR

O novo filme do diretor Woody Allen é baseado em um clássico da literatura mundial: Decame-rão, de Giovanni Boccaccio. A trama mostra como se cruzam as histórias de 4 casais – da América e da Itália –, na ensolarada Roma, e também é uma homenagem às comédias e ao estilo de vida italiano (como foi Meia-noite em Paris para a cidade luz, mas não tão brilhante). Estreia.

gNC 14:10-16:30-19:10-21:20CINÉPOlIS 19:15-21:45 12 1:51

VALEnTEA rainha Elinor e o rei Fergus bem que gos-

tariam de ter uma filha prendada e comportada como todas as outras princesas. Mas não: Meri-da é uma arqueira escocesa ruivinha, enfesada e metida a heroína (sempre de arco e flecha em pu-nho), que após um mal entendido com uma bru-xa vai acabar colocando toda a sua família – e o reino – em risco. A diretora Brenda Chapman é a primeira mulher a dirigir um longa da Pixar (ain-da que em parceria com Mark Andrews). Estreia.

gNC 14:00-16:10-18:30-20:45 | 3D 13:10-15:20-17:30-19:50 | 3D 22:10CINÉPOlIS 14:30-17:30-20:30 | 3D 13:20-15:50-18:30-21:30 L 1:44

nA ESTRADABaseado no livro On The Road, de Jack Ke-

rouac – bíblia da chamada geração beat e pio-neiro do novo jornalismo –, o longa teve uma recepção morna da crítica. Dizem os especia-listas que, apesar de ser um bom filme (visu-almente belo e com boas atuações, inclusive da eterna vampira-chata Kristen Stewart), Na Estrada não conseguiu concretizar as ânsias ca-pazes de mudar uma geração, como o livro. A história narra a travessia muito louca e cheia de experiências profundas do escritor Sal Paradise e seu amigo Dean Moriarty pelos Estados Uni-dos. 2ª semana.

CINÉPOlIS 13:10-16:15gNC 21:00 16 2:20

De Mark ANDREwS e Brenda ChAPmAN Sam RIlEy. Garrett hEDluND. De Walter SAllES

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Michael FASSBENDER. Carey mullIgAN. De Steve mCQuEEN

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de INTIMAÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (LEI 11.232/2005)

6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: quinze(15) dias. Natureza: Produção Antecipada de Provas Processo: 010/1.09.0020760-7 (CNJ:.0207601-72.2009.8.21.0010). Autor: Marlene Silvestre Dal Agnol e outros. Réu: Estilo Esquadrias de Madeira e de Ferro Ltda e outros. Ob-jeto: INTIMAÇÃO da parte devedora Estilo Esquadrias de Madeira e de Ferro Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que pague, por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), no PRAZO de QUINZE(15) DIAS, a contar do término do prazo deste edital, o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. VALOR DO DÉBITO: R$ 3.627,53

Caxias do Sul, 28 de junho de 2012. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Luciana Fedrizzi Rizzon.

CONTRATA-SE

Oportunidade de representação e trabalho na área da indústria farmacêutica na região de Caxias do Sul.

O trabalho consiste em atendimento direto nos pontos de venda, divulgando linhas e produtos, fazendo trabalho de relacionamento

com os clientes e principalmente efetivando vendas. Nossa empresa trabalha com medicamentos similares, genéricos e de referência.

Os interessados na oportunidade ou em maiores esclarecimentos devem enviar o currículo para o e-mail

[email protected]

20.JUL.2012

SEDA CXSA SEDA (Semana do Audiovisual) é um festival de cinema

integrado em rede que tem como objetivo criar plataformas de circulação entre as mais de 50 edições do evento, que ocorrem no país entre os meses de maio e julho. Terá oficinas, mesas de debate, sessões de cinema, performances e outras manifes-tações artísticas. A organização é do Clube de Cinema, frente audiovisual do Fora do Eixo, com co-produção do ManiFesta-Sol, Coletivo Labs, Varsóvia Filmes, De Guerrilha Produções e Xamã Films, e apoio do Cine Como Le Gusta, Coaffee e Casa Paralela. As inscrições podem ser feitas no blog coletivo.co/seda/. Programação: Oficina estendida de produção de vi-deoclipe – R$ 40 | Audiovisual e Cultura Digital + Profissão Fotógrafo – gratuito | Novos espaços da produção audiovi-sual com prof. Alvaro Benevenuto Jr. – gratuito | Formação Cineclubista com Ernani Viana – gratuito | Intervenção Au-diovisual Colaborativa: É massa na Praça! – R$ 10.

O ESPETACULAR HOMEM-ARAnHAO reset na franquia leva Peter Parker de volta à adolescência, à

primeira namorada (Gwen Stacy) e ao vilão Lagarto, o Dr. Curt Con-nors, que já tinha dado pinta no último longa dirigido por Sam Rai-mi. Rhys Ifans, que interpreta o malfeitor, recusou dublês e usou uma daquelas roupas especiais verdes e cheias de sensores que captam movimento para ajudar a dar vida à bizarra criatura. Com Andrew Garfield e Emma Stone. De Marc Webb. 3ª semana.

gNC 3D 21:40 | 13:20-16:00 | 18:45-21:50CINÉPOlIS 18:00-21:00 | 3D 13:00-16:00-19:00 | 3D 22:00 10 2:17

VALEnTInCom o pai sempre ocupado e a mãe desaparecida desde a separação,

Valentin é um menino de 9 anos que mora com a sua avó. Sonhador, ele passa o tempo ouvindo histórias contadas por ela, imaginando quando chegará o dia em que ele se tornará um astronauta. Suas es-peranças em ter uma nova mãe começam quando seu pai passa a na-morar Letícia. Com Rodrigo Noya, Carmen Maura, Julieta Cardinali. Dirigido por Alejandro Agresti.

ORDOVÁS QuI (26). 15:00 L 1:26

A ERA DO gELO 4Quando a deriva continental espalha as famílias do mamute Man-

fred, do tigre Diego e do bicho-preguiça Sid pelos, agora, 4 cantos do planeta, os protagonistas se lançam em alto mar para reencontrar os entes queridos. O problema é que eles vão ter um bando de animais piratas pelo caminho. De Steve Martino e Mike Thurmeier. 4ª semana.

gNC 13:00-15:00-17:00-19:00 | 3D 13:40-15:40-17:40-19:40CINÉPOlIS 12:50-15:30 | 3D 13:30-16:30-19:30-22:10

L 1:40

SHAMEVencedor de 3 prêmios no Festival de Veneza, o polêmico

longa de Steve McQueen aborda temas delicados como a com-pulsão sexual e a solidão em uma grande metrópole. Brandon, um executivo charmoso de Nova York, divide seus dias rotinei-ros entre o trabalho e o sexo quando a inesperada visita de sua irmã Sissy desestrutura a rotina do solitário empresário. Com Michael Fassbender e Carey Mulligan. Estreia.

ORDOVÁS SEX. (20). 19:30, SÁB. (21). 20:00, DOm. (22) 20:00, QuI. (26). 19:30 18 1:41

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2320.JUL.2012

+ SHOWS

MUSICA

SEXTA-FEIRA (20)

Disco 22:00. R$ 10. Bier Haus.Camisa 10 + Dj gilson 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingRodrigo Susin e Willian Monteiro 20:00. Gratuito. ZarabatanaHardRockers 22:30. R$ 12 e R$ 18. MississippiAgente Ed. Tributo a queen e Van Halen 23:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão ClassicEdu e Rapha 23:30. R$ 20 e R$ 40. ArenaAdriano Trindade 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Constelação e DJ negada Lucas 23:00. R$ 25 e R$ 20. Havanazelda, Torpedo Ted, Open, Dilemas e Enemma (Rockstars Music Festival) 22:30. R$ 20 e R$ 15 (antecipado).ConDziriguidum. DJs Ana Langone e Cesinha 23:00. R$ 10 e R$ 5 (com agasalho). Level Cult

SáBADO (21)

DJs Flavinha Leite e Federico Barco 23:00. R$ 40 e R$ 25. HavanaFernando & Sorocaba, Johnatan & Matheus, Bem Demais 23:00. R$ 40 e R$ 20. Place des SensCinderela 23:00. R$ 25, R$ 15 (nome na lista),gratuito (nome na lista até 0:00). Nox VersusStripper Jack e Tears Öf Rage 23:00. R$ 10. DetroitHardRockers 22:00. R$ 10. Bier Haus.

Boi de raçaUnindo o tradicional estilo country americano com o moderno ritmo do

sertanejo universitário, inaugura a casa noturna Bulls. A local tem 520 m², 6 camarotes em diferentes níveis e comporta até 1,2 mil pessoas. O estreia terá coquetel de Gil Soares, shows da banda porto-alegrense The Travellers (foto), da dupla Lucas e Felipe, e discotecagem do DJ residente, Lilo Lorandi. Um dos convidados ilustres da noite será o secretário estadual de Esportes, Kalil Sehbe Neto, que deve credenciar o Bulls com uma das casas noturnas para a Copa do Mundo de 2014.

SEX. (20). 22:00. Bulls

Mestre e aprendizes do chamaméUm dos maiores nomes do violão do continente sul-americano, Lucio Yanel,

junta-se ao grupo expoente na música instrumental não só local como gaúcha, o Yangos, para um espetáculo de chamamés, chacarreiras, milongas, tangos, zam-bas e mais ritmos do pampa. No repetório, os maiores sucessos dos 8 CDs de Yanel como solista, e dos 2 cds do quarteto caxiense.

SÁB. (21). 20:00. R$ 20 e R$ 10 (meia). Casa da Cultura.

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Lennoz z & The Sickboys 23:00. R$ 12 e R$ 18. MississippiFullgas + Dj Eddy 23:30. R$10 e R$ 20. Portal BowlingJoão Villaverde e Filhos de Yê 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

DOMIngO (22)

Pagode Junior e Barbarah & Banda 21:00. R$10 e R$ 20. Portal BowlingBlack Sunday 17:00. R$ 20 e gratuito (mulheres, até as 18:00). Taha’a Bar

TERÇA-FEIRA (24)

Franciele Duarte & Banda 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

qUARTA-FEIRA (25)

Projeto Bier Haus “E” Musica Eletrônica 22:00. R$ 10. Bier Haus

qUInTA-FEIRA (26)

Fabricio Beck Trio 22:00. R$ 10. Bier HausMateus e Fabiano 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

Foto

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+ SHOWS Selva neonA festa Jumanji promete uma experiência multissensorial para o público. Para

o tato, pintura facial; para a visão, decoração com luz negra; para o paladar, open bar; e na discotecagem, a DJs & Dragons com o melhor do indie. Serão apenas 350 ingressos.

SÁB. (21). 23:00. R$ 50 e R$ 40 (com agasalho). level Cult

3 doses de rock gaúcho, sem geloFormada em 1997 por 3 ícones do rock gaúcho – Júlio Reny (Expresso Orien-

te), Márcio Petracco (TNT) e Frank Jorge (Graforréia Xilarmônica e Os Casca-velletes) –, a Cowboys Espirituais já nasceu um clássico do gênero. Apesar de ter oficialmente encerrado suas atividades em 2006, os músicos voltam aos palcos – com o reforço da espora de Paulo Arcari (baterista da Tenente Cascavel) – para tocar pela primeira vez fora dos trilhos.

SÁB. (21). 23:00. R$ 15 e R$ 20. Vagão Classic

O neto do blues de ChicagoO filho mais velho do lendário mestre Muddy Waters, Mud Morganfield, é a

atração mais do que especial na noite em que a casa do blues em Caxias come-mora seu aniversário de 6 anos. Mud está lançando o álbum Son of a Seventh Son, mas não deixará de demonstrar aos fãs da música do Delta sua semelhança vocal (além de física) com o pai ilustre.

QuA. (25). 22:00. R$35 e R$25. mississippi

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PALCO

Enquanto a água não sobe

Arena de ideias

Pele de palco

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A peça, que é inspirada no texto O Encontro das Águas, de Sérgio Roveri, narra o en-contro de dois desconhecidos. Enquanto esperam subir a água de um rio, eles entrecru-zam suas histórias, desejos e lembranças. O espetáculo In Heaven, dirigido por Jezebel de Carli, com atuação de Roberto Ribeiro e Márcio Ramos, com figurino e adereços de Fabrízio Rodrigues, propõe reflexões sobre o dramático, o cômico e o absurdo do ser humano.

SEX. (20), SÁB. (21) e DOm. (22). 20:00. R$ 20 e R$ 10. Casa de Teatro 12 1:00

Um bate-papo sobre a Literatura de Teatro é a proposta desta edição da oficina Órbita Literária, organizada pelo grupo Nós Sem Hora. Ao redor das atrizes Tefa Polidoro e Tina Andrighetti um círculo de pessoas será montado e, diálogo esta-belecido, está feita a arena de ideias.

SEg. (23). 20:30. Entrada franca. Aristos

O maquiador paraibano Pepe Pessoa é quem ministra a oficina de Maquiagem Artís-tica. A jornada vai desde o básico até o luxo da arte, com orientações específicas quanto à utilização dos produtos e higiene. Pepe dará destaque à maquiagem de teatro e de cinema.

SÁB. (21). 9:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00. Tem gente Teatrando

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ARTE

A exposição reúne obras de uma coleção encomendada pelo Grupo Bozano a artistas das Américas com o objetivo de mostrar o que ocorreu durante a Eco 92, no Rio de Janeiro. A iniciativa resultou na publicação de um catálogo e na edição de um álbum de 25 gravuras. São serigrafias assinadas e numera-das de renomados artistas contemporâneos, como Beatriz Milhazes, Tomie Ohtake, Daniel Senise (foto), Flávio-Shiró, Carlos Vergara e Antonio Henrique Amaral (Brasil), Fernando Szyszlo (Peru), Miguel Cas-tro Leñero (México), Miguel Angel Rojas (Colômbia), Arnaldo Roche-Rabel (Porto Rico), entre outros. Essas obras foram doadas a 55 Museus e Casas de Cultura em todo o Brasil, entre eles o Amarp, indicado pelo Arte na Escola - Polo UCS.

ECO Art Coletiva. SEG.-SEX. 9h-19h. SÁB. 15h-19h. Ordovás

Consciência ecológica na arte

* O colunista Marcelo Aramis (Camarim) está em férias.

Expo Elvis Fabiano Feltrin. SEG.-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino Shopping Mall

Exposição de Fotogramas Odilza Michelon. SEG.-DOM. 8:00-22:30. Galeria Universitária

Esse é o meu papel Cho Dorneles. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Capelinhas – Memória e Fé SEG.-SEX. 8:30-17:30.Museu dos Capuchinhos

Dia do Vinho Coletiva. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Duo Valéria Rheis e Celso Bordignon. SEG.-SEX. 10:00-19:00. DOM. 15:30-19:30. Catna Café

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

Esquinas, Encruzilhadas e Cruzamentos Lindonês Silveira. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Onde Estou? Identidade, Memória e Patrimônio Coletiva. SEX. 9:00-19:00 e SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Criação com garrafas PET Dirce Binotto. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Farmácia do IPAM

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CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS: AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BULLS: RUA CORONEL FLORES, 809. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-5201 | COND: RUA ANGELO MURATORE, 54, BAIRRO DE LAZZER. 3021-1056 | DETROIT: AV. ITALIA, 315. BAIRRO SÃO PELEGRINO | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI: CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | PAIOL: FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PORTAL BOWLING: RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | TAHA’A: RUA MATHEO GIA-NELLA, 1442. SANTA CATARINA. 3536-7999 | VAGÃO CLASSIC: JúLIO DE CASTI-LHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | ZARABATANA: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ-ZOLO. 3228-9046 |

TEATROS:ARISTOS: AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | CASA DE TE-ATRO/TEM GENTE TEATRANDO: RUA OLAVO BILAC, N° 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 |

GALERIAS:CATNA CAFÉ: JúLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3021 7348 | GALERIA MU-NICIPAL: DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁ-RIA: RUA FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1130. PETRÓPOLIS. 3218-2100 | MUSEU DOS CAPUCHINHOS: R. GENERAL SAMPAIO, 189. RIO BRANCO. 21015276 | MU-SEU MUNICIPAL: VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | INSTI-TUTO BRUNO SEGALLA: R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027 6243 | ORDO-VÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 | SAN PELEGRINO SHOPPING MALL: AV. RIO BRANCO,425. BAIRRO SÃO PELEGRINO. 3022-6700 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação Animação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Fantasia Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Folclórica Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Punk Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaClássico Contemporânea Flamenco Folclore Forró Hip hop Jazz Salão

ArtesAcervo Artesanato Desenho Diversas Escultura Fotografia Grafite Gravura Pintura Vídeo

ENdERECOS A

carol De BarBa

A Restaura Jeans está lançando uma nova técnica de tingimento que utiliza apenas 250 ml de água por peça – em casa, gasta-se no mínimo 5 litros, e na fabricação de uma peça nova aproximada-mente 120 litros. A nova técnica é indicada para tecidos compostos por, no mínimo, 60% de algodão. Os cuidados são os mesmos para qualquer peça tingida: lavar pelo avesso, não centrifugar na máqui-na e secar à sombra. O tingimento ecológico está disponível nas cores verde, azul e preto, a partir de R$ 30,90. Em Caxias, a Restaura Jeans tem duas lojas, na Avenida Júlio de Castilhos, 1200 (Centro) e 2906 (São Pelegrino).

Mais de 550 pessoas – entre empresários, fornecedores do setor têxtil, de confecções, esti-listas e estudantes – participa-ram do 11° Integramoda, evento que a cada semestre se consolida como uma das apresentações de tendências mais importantes do Estado. Como na 10ª edição, os workshops e fóruns de malharia e confecção foram apresentados separadamente, de forma mais ágil, estratégia que agradou os participantes. Mas o favorito do público cativo do Integramoda é o material que os inscritos levam para casa: CD com resumo da ex-plicação, seleção de imagens das tendência e cartela de cores. Uma mão na roda para as empresas lo-cais acertarem as apostas.

Códigos decifrados

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Tingimento ecológico

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FUTEBOL SETEJogos do Sesi SÁB. (21). 11:00. Sesi

FUTEBOL Jogos do Sesi SÁB. (21). 14:30. SedeCampestre da Marcopolo

FUTSALCampeonato do Sesi – Série ASEG. (23) e QUA. (25). 18:45. Sesi

Campeonato do Sesi – Série BSÁB. (21). 13:00. SEG. (23) e QUA. (25). 18:45. Sesi

Campeonato Sênior do SesiTER. (24). 18:45

Torneio Interdistrital de Futsal MasculinoDOM. (22). 9:00. Ginásio de Esportes de Galópolis

BOCHACampeonato de Bocha dos Jogos do SesiSÁB. (21). 9:00 e 13:00. Sesi

ESTÁDIO ALFREDO JACONI: HÉRCULES GALLÓ, 1547 | ESTÁDIO MUNICIPAL: JúLIO DE CASTILHOS, S/Nº. CINQUENTENÁRIO | ESTÁDIO MUNICIPAL RADIALISTA MÁRIO HELÊNIO: AV. EUGÊNIO DO NASCIMENTO, 10, BAIRRO AEROPORTO, JUIZ DE FORA (MG) | GINÁSIO GALÓPOLIS: EDVIGES GAL-LÓ, S/N°. GALÓPOLIS | SESI: CYRO DE LA-VRA PINTO, S/Nº. FÁTIMA | SEDE CAMPES-TRE FUNDAÇÃO MARCOPOLO: RST 453ROTA DO SOL, CAxIAS DO SUL.

arquiBaNCaDadiA dA bochA | ju voltA A cAmpo | cAxiAs vAi A minAs gerAis

+ ESPORTE

Depois de duas vitórias seguidas pela Série C do Brasileiro, contra Oeste e Chapecoense, o Caxias vai a Juiz de Fora (MG) encarar o Tupi, lanterna do grupo na competição. Uma vitória grená embala a equipe e encosta o time nos líderes da tabela. Para essa partida, o técnico Mauro Ovelha já deve ter Badé pronto para atuar na lateral esquerda. Mesmo assim, a tendência é que ele siga com Mateus na posição esquerda, dando continuidade à equipe que vem melhorando o desempenho a cada partida.

SÁB. (21). 16:00. Estádio municipal Radialista mário helênio, Juiz de Fora (mg)

Caxias enfrenta o Tupi

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Depois de ser beneficiado com os resultados paralelos na última rodada da Série D do Brasileiro, quando folgou, o Juventude vai a campo para enfrentar o Arapongas (PR) em busca de uma vitória que pode garantir a liderança do grupo. O técnico Luiz Carlos Martins diz que a tendência é manter a mesma equipe das últimas partidas. O meia Diogo Oliveira e o atacante Rodrigo Dan-tas, recém-contratados, podem aparecer como opções no banco.

DOm. (22). 15:30. Estádio Alfredo Jaconi

Ju joga pela liderança

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rafaelmachaDo

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Entrando nos trilhos

Rumo ao desconhecido

Podia ser melhor

Caras novas, velha missão

Não sou dos que simpatizam com treinos fechados. Na ver-dade, não consigo entender de que forma isso pode ajudar um time. De qualquer forma, no caso do Caxias antes de enfrentar a Chapecoense, deu certo. Se Mauro Ovelha queria treinar justamente os pontos fortes do adversário, que ele conhece muito bem, dentro de campo foi comprovado que ele e o seu grupo de atletas acertaram a receita. O time grená anulou praticamente todas as jogadas característi-cas dos catarinenses, valen-do-se principalmente do bom desempenho dos jogadores do meio e da defesa. Lá atrás, Lino e Jean foram soberanos. O primeiro, inclusive, mar-

cando gol. O segundo dele na competição, aliás. Fica a pre-ocupação com o rendimento do ataque. Dos 4 gols marca-dos pelo Caxias na Série C até agora, só um foi de atacante. De Adriano, contra o Oeste. Na partida diante da Chape-coense, os homens da frente tiveram boas chances, mas na hora da finalização, faltou tranquilidade e um pouco de técnica. As bolas paradas, principalmente saídas do pé de Diniz, se mostraram uma boa e eficiente arma grená. Mas é importante trabalhar bem a questão do ataque, pois não dá para depender sempre dos defensores. A qualquer momento, os atacantes podem ser decisivos.

Pouco se sabe sobre o Tupi (MG), próximo adversário grená. O time fez uma boa campanha no Campeonato Mineiro deste ano, quando quase chegou à final. Na Série C, está na lanterna do grupo, com 3 derrotas. As manifesta-ções da torcida local demons-tram esperança em reverter esse quadro diante do Caxias. Por isso, todo o cuidado é pouco. Mas, se a equipe grená jogar como contra a Chape-coense, dá para beliscar uns

pontinhos em solo mineiro e encostar na liderança.

Por falar nisso, o Juventude teve duas semanas de treinos para enfrentar um adversário desconhecido, porém, quali-ficado. O Arapongas está na liderança do grupo 8 da Série D, o que exige cautela dos es-meraldinos. Qualquer descui-do pode se reverter em sur-presa. O time paranaense vem de vitória por 2 a 0 diante do Metropolitano, aquele mesmo que venceu o Ju na estreia.

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A chegada de Diogo Oliveira, Rodrigo Dan-tas e – ainda é possível – de Adriano Chuva ao Juventude podem acres-centar muitas coisas boas à equipe. Tendo-se a consciência de que a Série D é uma competi-ção de tiro curto, pode causar medo a postura calma e tranquila do treinador Luiz Carlos Martins, que afirma que o grupo ainda precisa de tempo para chegar ao patamar ideal. Mas, pelo andar da carruagem, a classificação aos mata-matas deve acontecer sem maiores empeci-lhos.

Tá certo que o frio es-tava pegando, mas o sol-zinho do domingo (15) deixou o clima convida-tivo para ir ao estádio, ainda mais com ingres-sos a R$ 10. Na conta final, o público de 4.718 espectadores para Caxias e Chapecoense não foi ruim, considerando-se que supera a média de público da Série C, que é de 3.894, segundo dados oficiais da Confedera-ção Brasileira de Futebol (CBF). De qualquer for-ma, esperava-se uma res-posta melhor da torcida grená.

O menor público em jo-gos da série D até agora foi na partida em que o Cerâmica perdeu para o Cianorte por 2 a 1, em Gravataí, no domingo (15). Impressionantes 50 espectadores.

Muito bom o desem-penho dos judocas do Recreio da Juventude na Copa Minas Tênis em Belo Horizonte (MG) e na Manoel Rodrigues Cação, em Porto Alegre. Em Minas, Arthur Zolet foi campeão da catego-ria sub 13, garantindo presença no campeonato nacional, em agosto, em Manaus (AM).

Quem procura notícias sobre as Séries C e D do Brasileiro no site da Confederação Brasileira do Futebol (CBF), só encontra comunicados sobre alterações de datas dos jogos. Baita organi-zação.

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arquitetura e DeCOra O

Armazém Fachini

Núcleo

Segundo a arquiteta Lorena Gazzi Solio, que apresenta seu projeto nesta edição da coluna, a cozinha moderna trabalha a inte-ração. “Os novos ambientes são projetados para que os espaços sejam ocupados e que o cozinheiro possa estar em todos os ambien-

tes da casa também”, explica Lorena, que é sócia do escritório Casa e Cozinha, junto com Bernadete Gazzi. A arquiteta destaca também a textura da laca (com ar futurista), o piso em granito café imperial e a coifa es-culpida (que nem parece uma coifa).

A arquiteta e cenógrafa caxiense Ana Lia Branchi, que conclui pós-graduação em Bens Culturais com ênfase em Inventário, deu início ao projeto de restauro de um casa-rão centenário no distrito de Criúva. A casa, um dos últi-mos bens tombados pelo Patrimônio Histórico de Caxias do Sul, é onde funcionava o antigo Armazém Fachini.

O Núcleo de Deco-ração da Serra – uma extensão do GRIND (Grupo de Indicação de Lojistas de Porto Alegre) na região –, iniciou suas atividades na última se-mana. Presidida pela em-presária Elvida Scherer, a entidade tem o intuito de promover ações culturais voltadas para profissio-nais dos segmentos da arquitetura e decoração de interiores, palestras, feiras e participação dos integrantes em mostras de decoração e inicia-tivas do setor. Também integram o Núcleo a Bello Bagno, Dell Ano, Light Design, Nova Arte, Palladio’s Decor, Quality Mármores e Vila Rica.

Cozinha contemporânea

“É ter tudo ao alcance das mãos. Hoje não temos tempo a perder com muita beleza e pouca praticidade. Deve-se saber mesclar as duas coisa muito bem.”

“Para mim é entrar em um ambiente com layout bem dis-tribuído, onde se tenha uma sensação de aconchego e se possa andar livremente sem precisar desviar de muitos ob-jetos. Que tenha uma iluminação adequada e com conforto térmico. Olhar um verde e escutar um barulhinho de água, se for possível, também é sempre muito agradável.”

por Lorena Gazzi Solio, arquiteta

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eStaNteRequinte e praticidade

Dado grande com letras | Pufolândia | R$ 108

Puff maçã | Pufolândia | R$ 240

Puff Pequeno Tênis | Pufolândia | R$ 185

Puff Tomate | Pufolândia | R$ 196

Não dá para fazer uma cesta de 3 pontos, mas com certeza convida a uma bela sesta – aquela soneca depois do almoço. A loja conta com outras opções, como bola de futebol, golfe e vôlei.

Além de um ótimo item de decoração do quarto das crianças, pode ser usado em festas de aniversário para divertir os pequenos.

Puff branco é um clássico. E combina com qualquer ambiente, seja quarto ou sala (não acompanha almofada).

Para os fãs do clássico tênis All Star, esse modelo é uma injeção de descon-tração no ambiente (sob encomenta).

O vermelho forte dá vida a ambientes neutros, de cores clarinhas. Parceria tão certa quanto massa ao molho sugo.

ESPORTIVO

INFANTIl

TRADICIONAl

PÉ NA NÁDEgA

DIVERTIDO

A cozinha já deixou se ser apenas um ambiente para o preparo de refeições. Ela pode dizer muito sobre a personalidade, os costumes e o (bom) gosto de quem habita a residência a que pertence. E o mercado, aten-to a isso, está cheio de novidades para o segmento.

Puff Bola de Basquete | Pufolândia | R$ 218

Rosmeri Argenta Dal Prá, da Roselar Móveis, con-ta que os modelos para uso diário devem ser funcio-nais, ergonômicos e lógicos (quanto mais usados os utensílios, mais próximos das mãos). Ela apresenta o modelo Bom Appétit (da Bentec), baseado em um ambiente integrado com a mesa ilha, onde se pode preparar as refeições e, ao mesmo tempo, interagir com os amigos e convidados. “Facilitando ainda mais a rotina de cozinhar e servir”, explica Rose. As por-tas de correr dão melhor aproveitamento ao espaço, deslizando em frente ao armário vertical e aos fornos embutidos. As frentes dos armários, em MDF, foram revestidas de laminado Zebrano. Para contrastar com os tons pastéis dos armários, o tampo é de Granito Diamante Negro, da Marmoraria Requinte. O toque moderno está na parede próxima à pia, com detalhe em vidro e iluminação em leds. O outro modelo da loja, com vidros espelhados, também garante a in-teração da cozinha com a sala de estar por meio da banca central.

Na loja Favorita, a tecnologia é destaque na linha de gavetas. O gaveteiro Gourmet apresenta duas gavetas de frente, uma externa e outra interna com divisores de talheres e utensílios. Seguindo na linha tecnoló-gica, o gaveteiro com leds dá charme e tecnologia ao móvel.

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