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Em época de vestibular, parte dos estudantes recorre à droga, originalmente prescrita para quem tem déficit de atenção, desprezando seus efeitos colaterais

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118.NOV.2011

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Fotos: 5 e 17: Maurício Concatto/O Caxiense | 21:Divulgação/O Caxiense

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318.NOV.2011Fotos: 5 e 17: Maurício Concatto/O Caxiense | 21:Divulgação/O Caxiense

10 contas com o orçamento municipal de 2012

O homem que proclamou o feriado

O que rolou até aqui – e o que todo mundo sabe que vai rolar – na saga Crepúsculo

“Era fato: ele estava morto, na minha frente”

Quando cai na brincadeira, o samba se perde

As grandes vão bem, mas não refletem a realidade da indústria local

A droga do estudo ganha fôlego perto do vestibular

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Que tipo de caxiense é você? O Censo responde

10

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PT entra em consenso para lançar Pepe candidato

A juventude rebola com as popozudas, mas sem baixaria

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Quem foi à praia no feriadão ganhou uma viagem extra. Quem não foi, ganhou uma viagem de consolo, pelo menos. A reportagem Lembra disso?, da repórter Carol De Barba, levou os leitores de volta para o passado caxiense. Mais precisa-mente, para os saudosos anos 80. Leonel Ferreira confirmou que o texto conseguiu o que pretendia:

Mais do que isso, a reportagem des-pertou muitas lembranças. No Facebook da revista, o campeão delas foi João Luís Santos. Lembrou até do jingle do Calcag-notto e do parque de diversões que volta e meia se instalava ao lado do mercado no início da Sinimbu. Rosane Merlo Barreto ficava só esperando o parque chegar “naqueles tempos em que sho-pping era coisa de cinema”. No Twitter, Eduardo Esteves “adorou” a reportagem e a diagramação – com anúncios de jornal da época –, mas acrescentou: “faltou falar das araras do Super Cesa”. Daniel Jardim também lembrou disso. É paradoxal, mas inevitável: quando se trata de memória, sempre se esquece alguma coisa. Que-ríamos ter falado também da época em que o Parque dos Macaquinhos tinha... macaquinhos. Mas foi nos anos 80? Aliás, existiam mesmo os macaquinhos? Nossas fontes não lembraram ao certo. Talvez você, leitor, lembre.

Depois das lembranças na revista, Carol fez um lembrete aos leitores no site. Algo que não traz boas recordações. No vídeo A Rota do Sol, panela por panela, “medimos” o (mau) estado de conserva-ção do asfalto com os próprios utensílios de cozinha. Provocado por leitores, o secretário estadual de Logística e Infra-estrutura, Beto Albuquerque, perguntou quando as imagens tinham sido gravadas – na quinta-feira (10) – e, em seguida,

respondeu à revista no Twitter:

Feito o registro, devemos lembrar ao secretário: O CAXIENSE já havia publi-cado matéria sobre esses investimentos, no dia 1º de novembro. O vídeo ainda pode ser visto na capa do nosso site.

Assunto sempre polêmico, a greve dos médicos voltou à pauta depois que a pre-feitura emitiu nota, dia 11, dizendo que o sindicato mantém o “diálogo do impossí-vel”, inviabilizando negociações. Nos co-mentários à matéria publicada no site, a novidade foi a aparição de defensores dos médicos. O mais enfático foi, aliás, um ci-rurgião, que preferiu se identificar apenas como Carlos. Ele afirmou que ganha R$ 170 por hora no consultório e, portanto, acha melhor se exonerar. “O diálogo do impossível é da comissão de 5 secretários municipais que são de partidos diferen-tes e não concordam em nada entre si. Vamos falar a verdade”, rebateu Carlos.

Como também fala do conteúdo do site, esta seção não poderia deixar de mencionar os aplicativos de O CA-XIENSE para iPad, iPhone e Android. Leonardo Andreazza Benini não estava conseguindo baixar pelo Android Ma-rket, então escreveu para nós e recebeu o app por e-mail. “Muito legal! Parabéns”, agradeceu. Carlson Weber baixou o app para iPad e aprovou:

Se você tem o tablet ou os smartpho-nes, baixe O CAXIENSE. É de graça.

Felipe Boff, editor-chefe

Diretor administrativo

Luiz Antônio Boff

REDACAOEditores-chefes

Felipe Boff Paula Sperb

Editores

Marcelo AramisJaisson Valim

Colunistas

Renato HenrichsRoberto Hunoff

Reporteres

Camila Cardoso BoffCarol De BarbaJosé Eduardo CoutelleRobin Siteneski

Estagiarios

Gesiele LordesVagner Espeiorin

Fotografo

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutiva de contas

Pita Loss

ASSINATURASAtendimento

Tatyany Rodrigues

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

Redes sociaisTwitter: @ocaxienseFacebook: O Caxiense Revista

Foto de capaMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

DIGA!Viagem aos 80 | secretário responde à reVista|ainda, a greVe | apps aproVados

Viajei na matéria “Lembra disso?” do @ocaxiense. Apesar de eu ser + da geração Nintendo, parece que embarquei junto no DeLorean! #parabéns

Podias dizer que o processo de licitação para contratar obra de restauração está em curso. Investiremos R$ 52 milhões na Serra!

Achei ótimo. A revista dispensa comentários. Seu conteúdo é fantástico e interessante

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BASTIDORES10 coisas importantes (ou nem tanto) do orçamento 2012 | como a dança brasileira perde o passo | Você no censo

uma mãe que perdeuo filho para o trânsito

Adelaide de Oliveira | Maurício Concatto/O Caxiense

7 DIAS NA vIDA DE...

Nomeada professora da rede municipal, Adelaide de Oliveira, de 46 anos, se mudou de Bom Jesus para Caxias em fevereiro pensando em um futuro promissor para o filho Lucas Oliveira Martins, de 20 anos. Nove meses depois, perdeu-o em um acidente de trânsito que matou mais 2 jovens e chocou os caxienses. Na pri-meira semana de luto, que ela narra a seguir, assumiu uma bandeira: a bata-lha contra a tolerância social à bebida. “Temos que combater a cultura do álcool do mesmo jeito que existe um cerco ao fumo. A bebida é associada à festa, ao bem-estar”, diz Adelaide, mãe de outro rapaz e de uma menina.

Domingo, 6 de novembro de 2011O telefone tocou às 10:30. Era uma amiga perguntando onde estava o Lucas. Não sabia. Ela contou que falavam no rádio sobre um acidente muito feio e citavam o nome do Lu-cas. Liguei para o Hospital Pompéia mas ele não estava lá. Liguei para o 190 e um rapaz me atendeu: “Ele não está no Pompéia, porque ele está no DML. Ele foi para lá porque é uma das vítimas”. Eu me vi sozinha em casa, num domingo, sem saber o que fazer. Amigos me levaram no DML. Naquele dia, eram 7 mortos. O corpo do Lucas só foi liberado às 20:00. A funerária colocou a roupa de gaúcho que eu pedi e só me deixaram ver quando ele já estava pronto. Meu filho era muito bonito e estava lindo ali. Mas vê-lo no caixão foi o pior momento. Era fato: ele estava morto, na minha frente.

Segunda-feira, 7 de novembroO enterro foi tarde porque veio muita gente de longe. Depois, fui para a casa do meu pai porque ninguém queria que eu ficasse sozinha.

Terça-feira, 8 de novembroPrecisei correr atrás de coisas buro-cráticas. Não imaginava que fossem tantas. No guincho, o delegado queria saber se o Lucas tinha bebido. Eu não tinha como saber. O Lucas não gos-tava de beber, mas como dizer “não” em um ambiente em que beber é valorizado? Isso exige uma maturida-de que talvez ele não tivesse.

Quarta-feira, 9 de novembroA namorada dele excluiu as contas do Facebook e do Orkut. Havia muita mensagem bonita, mas também coisas horríveis escritas lá.

Quinta-feira, 10 de novembroFui pagar o aluguel, porque pensei que tivesse atrasado, mas vencia só na outra semana. Estou completamente perdida. Parece que não é real.

Sexta-feira, 11 de novembroVoltar para casa é complicado. Ele ocupava muitos espaços, não ficava quieto nunca, então eu via o Lucas em cada detalhe. O meu outro filho, Mateus, foi quem tirou todas as coisas dele daqui. Só fiquei com presentes da namorada e o troféu que ganhou can-tando no Entrevero da Marcopolo, onde trabalhava. Quero entregar para o menino que ganhou o concurso em dupla com ele.

Sábado, 12 de novembroDormi até tarde. Meu filho me distraiu até a noite. Somos luteranos e fizemos um culto em memória do Lucas. Eu sou cristã, o Lucas também era. Isso faz com que eu tenha um certo suporte. Porque, às vezes, dá vontade de sair correndo e desistir. Mas eu preciso continuar. A minha filha tem 14 anos e a vida inteira pela frente. Eu preciso estar aqui por ela.

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A administração pretende separar

R$ 30.304.670 para reserva de contingência e para o regime próprio de previdência. Mais um

pouco e dava para dar um lance na mansão em que Michel Jackson foi encontrado morto, avaliada em R$ 35 milhões. Não que alguém

ache a casa uma grande adição ao patrimônio do Município.

Entre o último diade 2012 e a véspera do Réveillon

de 2013, a administração calcula que a dívida do Município passará de

R$ 295.603.981,62 para R$ 321.935.876,46. Se fosse você, ia parar no SPC.

Em 2012, R$ 1.174.060 deverão ser gastos em diárias. Dá para pagar 13.191 pernoites de segunda a quinta, a R$ 89 cada, em um conhecido motel caxiense.

Teste: faça aquela sua amiga patricinha ler essa matéria e preste atenção na reação. Se ela esboçar um sorriso neste item, ela

sabe de qual motel estamos falando.

>>>> ♥ ♥ ♥ ♥

EO principal problema da cidade na

avaliação do prefeito Sartori, o trânsito, deve abocanhar apenas

R$ 13.672.810 do orçamentobilionário.

Imagine ser uma pessoa jurídica com linhas de fi nanciamento exclusivas, um poder de alavancar

investimentos que nenhuma empresa privada tem, receita crescente e parceria com o maior e mais rico

governo da América do Sul. Você é a prefeitura de Caxias do Sul. A proposta orçamentária de 2012 prevê receita de nada menos do que R$ 1.177.632.010. Mas não se iluda com tantos cifrões. Nem tudo são rosas. Somente em

sentenças judiciais, o Executivo deve gastar R$ 134.081.980, por exemplo. O CAXIENSE se enterrou em números para mostrar para você dados importantes,

ou nem tanto, do orçamento municipal para 2012.

10 coisas a sabersobre o Orçamento 2012

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O ex-presidente Lula se desfez do “Sucatinha”, apelido do Boeing 737 usado

por 34 anos desde a presidência de Ernesto Geisel. O prefeito José Ivo Sartori quer, ao menos,

desapropriar o lugar do futuro aeroporto de Vila Oliva. A previsão é de gastar R$ 3 milhões da verba da Secretaria de Planejamento. Com

isso, mal deve dar para trocar o carpete da nova aeronave presidencial, um Embraer 190 avaliado

em US$ 52 milhões.

O orçamento divide as despesas em

23 grandes áreas, conforme determina a lei. Eis o Top 5 da

bufunfa:

Saúde, comR$ 248.635.793,60

1

2 Educação, comR$ 191.088.696,40

3 Saneamento, com R$ 121.250.760,00

4 Urbanismo, comR$ 118.281.740,00

5 Previdência, comR$ 109.832.800,00

Seria possível comprar 1.677.228 pacotes de massa Nissin Miojo

com o que a prefeitura pretende gastar em

auxílio-alimentação – R$ 1.174.060. Daqueles bons, com

temperinho, não qualquer porcaria. Deixando a água quente

por conta de cada um.

Pode parecer pouco, mas os R$ 1 mil previstos

para as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Urbanismo e Turismo gastarem com equipamentos e material

permanente poderiam comprar 1.428 canetas Bic a R$ 0,70 cada.

A proposta orçamentária que

tramita na Câmara tem 462 páginas. Se colocadas em uma

fileira, cobririam 14 metros. Fica a dúvida: será que os 17 vereadores vão ler

o documento todo antes de votá-lo?

O orçamento traz gastos e receitas do

Executivo, do Legislativo e das autarquias – outros órgãos do Município, como o Samae.

Até o final de 2012, o Samae ficará devendo

R$ 104.247.385,78 para o BNDES – empréstimo que contraiu para construção

do Sistema Marrecas.

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BOAGENTE

Carlinhos de Jesus não só tirou o chapéu para ele como resolveu presenteá-lo com o acessório durante o 3º Salão Sul de Danças, em 2010. O mimo está orgulhosamente guardado na casa do coreógrafo Giovani Monteiro, de 30 anos. Melhor que o cha-péu do mestre (que ele exibe na foto), só o elogio: “Para ser um dançarino de suces-so, não basta subir ao palco e dançar bem. Existe um conjunto de posturas que levam ao estrelato. E ele reúne essa qualidade. Ele pode se vangloriar, porque isso foi inédi-to, uma coisa que eu nunca fiz na vida”, diz Carlinhos (leia mais na página ao lado).

A dedicação ao Salão Sul de Danças, que nesta semana entra na 4ª edição, mostra que a reverência do ídolo é merecida. Foi também o reconhecimento a uma trajetó-ria que se iniciou na adolescência. Giovani se aproximou da dança aos 13, motivado pelo clima festivo nos domingos de Recife. “Sempre dançávamos em casa depois do almoço. Minha vó nos estimulava bastan-te.” Em 2002, após um período de forma-ção no Rio, chegou a Caxias para atuar na Cia. Municipal. Gostou tanto que resolveu ficar. Montou uma das mais conhecidas es-colas da cidade, a Ballroom, e hoje dá aulas para mais de 150 alunos. “A dança vai além da questão física. Ela tem um lado emocio-nal em que as pessoas se relacionam e pas-sam a viver melhor”, comenta o artista que aprendeu a viver melhor dançando.

O dançarino reconhecido

Lugares para o primeiro encontro

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Mau

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Durante as apresentações em casamentos, o violinista Celso Santos, de 29 anos, já viu de perto muitos casais dizendo “sim”. Mas, do primeiro encontro até ao altar, o caminho é longo. Celso, além de violinista, é ator do Grupo Ueba e, sob a fanta-sia de Don Juan, faz homenagens de aniversários e formaturas. Para garantir a boa impressão desde cedo, ele indica 5 pontos para impressionar seu (futuro) par. Love is in the air...

Chateau LacaveNo restaurante do Castelo com características pré-renascentistas, há até a opção jantar romântico. Velas e pétalas de rosas estão entre os ingredientes do

encontro.

Luna Rosa e Blue Tree TowersÉ óbvio que o restaurante que fica no hotel não aparece nesta lista apenas por causa da boa comida. Para os casais mais apressadinhos, basta fazer uma reserva na

recepção e subir alguns andares para, digamos, “conversar em um lugar mais reservado”.

Casa ZignaniA casa conta com pousada e museu em um dos ro-teiros turísticos de Caxias do Sul. Até aí, nada demais. O diferencial são as belas paisagens formadas pelos

parreirais. O cenário romântico é afrodisíaco para os recém-apaixonados.

Umai-YooEssa é daquelas dicas que podem virar roubada. Local acolhedor, mas comida oriental pode não surtir o efeito esperado. Por isso, certifique-se antes se o (a)

pretendente curte a alimentação saudável dos asiáticos.

Don ClaudinoA beleza do restaurante já garante a boa escolha para um primeiro encontro. Mas os ótimos pratos à base da enogastronomia é que abrem o apetite para o amor. A

carta de vinhos é excelente, mas beba com moderação. Correr o risco de um vexame não dá. #ficaadica

TOP5

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Papa da dança popular no Brasil, o bailarino Carlinhos de Jesus aparece entre as principais atrações do 4º Salão Sul – Mos-tra de Dança de Salão, que vai até domingo (leia mais no Pla-teia). À revista O CAXIENSE, ele conta que é preciso muito mais do que pinta de malandro e fama para conquistar reco-nhecimento com a dança.

Gaúcho também tem samba no pé?

A dança é forte no Sul por causa dos CTGs, da musicalida-de. A diferença é no ritmo. Para dançar, basta querer.

Mesmo? Tem como trans-formar Coisinha de Jesus em Carlinhos de Jesus?

Não vejo nenhuma barreira.

Você acredita que, muitas vezes, o trabalho do artista é pouco valorizado financeira-mente?

Eu me dedico profunda-mente em tudo. Quando faço Carnaval, paro a minha vida. Isso tem um custo. Valorizo muito o que faço, existe um limite mínimo que eu não abro mão. Mas eu não sou merce-nário. Primeiro tem que ter vontade de fazer, tesão, depois vem o custo.

O que você acha de pro-gramas como o Dança dos Famosos?

Esse tipo de programa traz

visibilidade grande para a dança de salão. Mas é importante ter cuidado ao falar. Qualquer informação ali faz parte de uma cultura que tem que ser respeitada. O tango argentino é reconhecido no mundo porque na Argentina é executado de uma forma que preserva as raízes culturais. O samba se perde porque todo mundo diz: “Ah, é só uma dançadinha. Isso é uma brincadeira”. Não é brincadeira. A dança brasileira não consolida mais porque somos os primeiros a dar um jeitinho nela.

É complicado ser júri téc-nico de uma atração com um júri popular tão inflamado?

Tem gente que diz: “Fulana é muito gostosa, por que não deu 10 para ela?”. Não estou julgan-do se ela é gostosa ou não, mas o trabalho técnico do professor com o famoso, se ele soube adaptar a coreografia para a dificuldade e compreensão do aluno, usar artifícios e adereços para valorizar a dança, como neste último caso, que teve um adereço que não souberam usar.

Você foi criticado via Twit-ter pelas notas que deu nesse caso, ao casal campeão Miguel Roncato e Ana Flávia Simões.

Não estou nem aí. Por que as pessoas, hoje, me aplaudem? Por uma conduta profissional que eu tive a vida toda e que me fez chegar onde cheguei.

“Jeitinho” faz dança brasileira perder o passo, avalia mestre

Carlinhos de Jesus | Divulgação/O Caxiense

O dançarino reconhecido

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1) Se você tem...( ) … de 0 a 5 anos, faz parte da menor faixa da população: 7,5%. Mas merece os parabéns por ter se alfabetizado precocemente!( ) … de 6 a 14 anos, faz parte de 12,6%. Os parabéns só valem para quem ainda tem 6 anos, ok?( ) … de 15 a 24 anos, faz parte de 17,2% da população( ) … de 25 a 39 anos, faz parte da faixa dominante: 26,3%( ) … de 40 a 59 anos, faz parte da 2ª maior faixa: 25,7%( ) … 60 anos ou mais, faz parte de 10,8% da população

2) Se você é...*( ) … branco, é maioria (82,7%) e tem a maior renda média: R$ 1.635( ) … amarelo, integra apenas 0,4% da população, mas ganha a 2ª melhor remuneração: R$ 1.264( ) … pardo, está na 2ª maior faixa (13,3%), mas tem apenas a 4ª renda média: R$ 1.085( ) … preto, faz parte de 3,3%, mas é o que menos ganha: R$ 1.049( ) … indígena, está em minoria (0,1%), mas recebe R$ 1.159

* de acordo com as denominações usadas pelo IBGE nos questionários sobre “cor ou raça”.

3) Se você ganha...( ) nenhum tostão, como 24,8% da população com 10 anos ou mais: a) se tiver 10 anos, não se preocupe

(no máximo, pode ir pensando em pedir mesada); b) se tiver 16, fique meio receoso (uma hora a mesada vai acabar...); c) se tiver 18, que tal começar a se mexer?; d) se tiver mais, corra para a fila do Sine ou agradeça por ter quem o sustente ( ) R$ 272,50, está na pobreza, como 1,3% da população. Procure ajuda da FAS ou, melhor, um em-prego formal – estão contratando...( ) Mais de 272,50 até R$ 545, como 10,4%, deve rebolar para pa-gar as contas – não, não é isso que chamam de “milagre econômico” ( ) Mais de R$ 545 até R$ 1.090, como 28,9%, para rico não serve, mas podia ser pior. Não esqueça que você é brasileiro e não desiste nunca( ) Mais de R$ 1.090 até R$ 2.725, como 25,6%, certamente já está enfiado em algum financiamento. Melhor que ter dinheiro é ter crédi-to, dizem. Vamos acreditar, né?( ) Mais de R$ 2.725 até R$ 5.450, como 6,6 %, não tem do que se queixar. Mas, se te conheço bem, sei que não vai parar por aí...( ) Mais de R$ 5.450 até R$ 10.900, vive numa faixa tão estreita (1,6%) quanto a da pobreza, só que ao contrário. E já deve estar pensando em trocar a casa de Arroio do Sal por uma em Torres ou SC...( ) Mais de R$ 10.900, como 0,5% da população, por favor: dá pra en-sinar aos outros 99,5% #comofaz?

Nenhum levantamento é tão completo, e demorado, quanto os censos demográficos. Nesta semana, o IBGE divulgou boa parte dos números – ainda não todos – da pesquisa feita em 2010. Faça o teste abaixo e veja em que fatia da população de 435.564 habitantes você se enquadra.

Quem é você, caxiense CAMPUS Imagine o cenário e os personagens:

um senhor que vê o trabalho como a maior razão da vida, um cara de meia idade que considera o emprego aquela coisa necessária para pagar contas e o gurizão convicto de que a carreira só faz sentido se satisfazer suas vontades. Os três exemplares de gerações tão di-ferentes são obrigados a conviver num ambiente hierárquico de trabalho. Como lidar? O palestrante Francisco Honório Araújo Batista, mestre em Administração de Empresas e espe-cialista em Recursos Humanos, falará sobre o assunto, principalmente sobre o papel da liderança frente aos confli-tos de gerações, nesta segunda (21), às 19:30, no auditório da FSG. O evento é gratuito e aberto à comunidade em geral. Inscrições pelo e-mail [email protected] ou pelo fone 2101-6000.

Seminário de Pesquisa em Adminis-tração: 18 e 19/12SEX. e SÁB. UCSVoltado a pesquisadores, professores e alu-nos de programas de pós-graduação em Ad-ministração, o seminário é uma parceria da UCS com PUCRS, UFRGS, UFSM e Unisi-nos. A abertura do evento ocorre às 9:00 des-ta sexta-feira, na sala 305 do Bloco E, seguida de palestra e mesa-redonda sobre os rumos da pesquisa em Administração. A tarde será dedicada à apresentação de projetos de pes-quisa e minicurso sobre métodos de pesqui-sa e estratégias para artigos científicos, que se estendem na manhã de sábado. Inscrições na sala 31 da Galeria Universitária.

Tendências da Comunicação – Gestão da Comunicação e sustentabilidadePalestra gratuita da assessora de comunica-ção, jornalista e ambientalista Anahi Fros, organizada pelos acadêmicos de Relações Públicas. No Bloco M, com entrada gratuita.QUA. 20:00. UCS

Encontro dos Egressos de Arquitetu-ra e UrbanismoQUI. 19:00. UCSA programação, que começou na semana passada, encerra com palestra sobre o pro-cesso de transição CREA-CAU, conselho que passa a representar os arquitetos urbanistas. Em seguida, mesa-redonda sobre o futuro da profissão. A Banda Viccia fará um show de despedida do encontro.

2ª Jornada de NutriçãoQUI. Das 8:30 às 18:00. UCS.Nutricionistas e graduandos poderão parti-cipar das atividades no Bloco J. As pesqui-sas apresentadas tratam desde os efeitos da erva-mate sobre o metabolismo de ratos (as cobaias de sempre) até perspectivas de atua-ção dos profissionais. São 250 vagas, a R$ 30.

UCS: Francisco Getúlio VarGas, 1.130, PetróPolis. 3218-2100 | CampUS 8 Da UCS: rs 122, Km 69, s/nº. 3289-9000 | FSG: os 18 do Forte, 2.366, são Pele-Grino. 3022-8700

Ah, essa geração Y...

+ EVENTOS

“O presidente do sindicato continua mantendo o diálogo do impossível”Prefeitura de Caxias do Sul,em nota sem autor definido, referindo-se a Marlonei dos Santos, líder da greve dos médicos

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1118.NOV.2011

Deputada Marisa Formo-lo e vereador Marcos Dane-luz anunciam nesta sexta-feira (18) que abrem mão de suas pré-candidaturas à sucessão municipal pelo PT em favor do deputado fede-ral Gilberto Pepe Vargas. O anúncio será feito em coleti-va à imprensa.

Assim, o encontro do diretório petista, marcado para o sábado (19), terá ca-ráter festivo, com a homolo-gação do nome de Pepe.

Mesmo com sua legitimida-de e densidade eleitoral, Marisa mostra-se hesitante em con-correr a deputada federal. Se prevalecer sua preferência de buscar a reeleição para a Assem-bleia, Daneluz tentará a Câmara

dos Deputados. Essa possibilidade criaria uma

dificuldade especial para ele: seria obrigado a disputar espaço com Marco Maia, seu padrinho polí-tico e com o qual formaria uma dobradinha na eleição.

O PMDB quer mostrar que, apesar do posicionamento do pre-feito José Ivo Sartori (de falar no assunto somente depois da Festa da Uva), procura encaminhar, sim, o tema sucessão municipal.

Por trás da fachada de encon-

tro de confraternização, o partido discutirá pré-candidaturas e coli-gações, nesta sexta-feira (18), no clube União Forquetense. A luz vermelha foi acesa com a confir-mação de Gilberto Pepe Vargas como candidato petista.

Volta à Câmara dos peeme-debistas Edson da Rosa e Feli-pe Gremelmaier, mais o tucano Francisco Spiandorello, obrigará o prefeito Sartori a promover algo que vem sendo adiado há tempos, apesar dos apelos de as-sessores mais diretos: uma refor-ma no secretariado municipal.

O remanejamento implica, de imediato, em uma questão: o que o prefeito fará com o PSB do pri-meiro suplente Édio Elói Frizzo?

Somente os projetos executi-vos dos aeroportos de Vila Oliva e de Nova Santa Rita custarão R$ 1,6 milhão.

Esse valor dá uma ideia do cus-to total das duas obras – se um dia elas saírem dos terrenos da intenção e do discurso.

De acordo com o contrato fir-mado entre governo do Estado e concessionárias de rodovias esta-duais, faltam 513 dias para o fim do pedágio de Farroupilha.

O secretá-rio de Edu-cação, Edson da Rosa, quer voltar à Câma-ra antes do dia 15 de dezem-bro. Com isso, ele estaria apto a disputar a presidência da Casa que, pelo

acordo firmado ainda no início da atual legislatura, pertence ao PMDB.

A líder do governo Geni Peteffi também é candidata à presidên-cia. E conta com a simpatia do comando do governo.

O chefe de Gabinete, Edson Néspolo, foi surpreendido com o retorno de Jorge Dutra à Secre-taria de Trânsito, Transporte e Mobilidade, depois do titular da pasta ter se recuperado de uma cirurgia de próstata.

Pelo menos é isso o que se diz nos corredores do Centro Admi-nistrativo.

Surpresa maior tiveram os ca-xienses: em poucas semanas, Nés-polo conseguiu superar a lentidão reinante naquela pasta.

De acordo com o acerto en-tre os dois ex-pré-candidatos, se Pepe vencer a disputa pela prefei-tura de Caxias do Sul no ano que vem, o destino de Marisa e Dane-luz já está definido.

Nas eleições de 2014, ela deverá disputar a Câmara dos Deputa-dos, enquanto o atual presidente da Câmara de Vereadores con-correrá a uma vaga na Assembleia Legislativa.

Lançamento festivo

Em busca do tempo...

Remanejamento

Voo alto

Contando os dias

Ex-dobradinha

Disputa na Câmara

Surpresas em trânsito

Futuro imediato

Mau

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renato HenricHs

PLENARIO

Tati

ana

de O

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ira,

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roberto Hunoff

Sobram leitosAs palavras acima são o mantra de todo o

empresário que quer ver sua organização em contínuo crescimento. Pois este mantra deve-ria ser também praticado pelos governantes em todas as esferas públicas. Foi o que defen-deu o consultor e sócio da PWC Hazem Galal (foto acima) em reunião-almoço da CIC de Caxias do Sul. Segundo ele, as prefeituras, em especial, devem construir e investir em com-petências, criar e gerenciar uma marca e usar a inteligência social, que significa priorizar in-vestimentos de acordo com as demandas das comunidades em parcerias com a iniciativa privada. Para ele, o objetivo traçado deve ser um norte independente de mudanças no po-der, admitindo apenas adoção de formas dife-rentes na sua consolidação.

O Grupo Soprano, de Farroupilha, investiu em novo canal de vendas e distribuição. A loja virtual Soprano Store comercializará, no pri-meiro momento, 6 linhas de produtos da Divi-são de Utilidades exclusivamente para pessoas jurídicas.

Depois de levar jornalistas brasileiros para conhecer o sistema de transporte coletivo Transmilenio, desenvolvido com sucesso pela prefeitura de Bogotá, a Marcopolo organizou uma agenda para empresários e políticos, como prefeitos de importantes cidades do Nordeste. Entre os empresários, a presença de Fernando Ribeiro, diretor da Visate.

Quem sabe o resultado positivo do sistema em Bogotá não inspire mudanças na política local.

O balanço do trimestre julho-setembro de 2011 da Pettenati confirma o quanto está ameaçada a indústria têxtil do Brasil. As receitas domésticas cederam 13%, para R$ 52,3 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo a diretoria da empresa, as elevadas im-portações de produtos asi-áticos, combinadas com o fraco desempenho do mercado interno, estão

comprometendo a produ-ção brasileira de têxteis. Já as receitas externas totais, somadas as vendas da uni-dade de El Salvador e as ex-portações, somam R$ 14,8 milhões, queda de 2%. A receita líquida total foi de R$ 67,1 milhões, redução de 11%.

A empresa encerrou o trimestre com um prejuízo de R$ 2,1 milhões, mais do que o dobro do apurado do mesmo período de 2010.

A informação é extraofi-cial, mas de fonte confiável. A pré-temporada 2012 do Internacional pode ser rea-lizada em Flores da Cunha. Assim como a mesma fonte dá como definida a ven-

da do Hotel Villa Borghe-se, daquela cidade, para o empresário Francisco Noveletto, proprietário da Multisom e presidente da Federação Gaúcha de Fu-tebol.

Na média, a ocupação anual dos 3,3 mil leitos ofertados pela hotelaria de Caxias não passa dos 65%. A lotação plena se dá, basi-camente, em feiras técnicas, como Mercopar e Plastech em Caxias do Sul, ou Mo-velsul, Fimma e Casa Brasil, em Bento Gonçalves. Além, é claro, do período da Fes-ta Nacional da Uva. Em função do índice médio de

ocupação, o máximo que os hotéis têm feito é qualifi-car sua estrutura, mas sem ampliações. Até porque a Organização Internacional do Turismo preconiza a necessidade de mais leitos a partir da ocupação média de 85%. Talvez por isso um investidor italiano que veio prospectar o setor em Ca-xias optou por não aportar recursos por enquanto.

Os balanços financei-ros divulgados na semana passada por Marcopolo e Randon, as duas maiores empresas de Caxias do Sul, mostram indicadores posi-tivos em receita e lucro no período compreendido de janeiro a setembro. Mas esta não é a realidade do se-tor metalúrgico da cidade. Dados disponíveis no site do Simecs apontam queda de 2,5% na receita total, que soma R$ 13,1 bilhões.

A perda mais significa-

tiva ocorre na indústria metal-mecânica, com 12%, para pouco mais de R$ 1,6 bilhão. Já a atividade auto-motiva tem leve recuo de 1%, para R$ 10,2 bilhões. A eletroeletrônica, por sua vez, expandiu a re-ceita em 1,5%, superando R$ 1,2 bilhão.

Apesar do declínio na receita, o setor elevou seu quadro em 2,8% em 12 meses, somando 54.795 trabalhadores em setembro último.

Estagnou

Planejamento estratégico

Inter em Flores?

China avassaladora

Venda virtual

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por Matias de Lucena

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Tinha todo o potencial para ser a celebração suprema da sacanagem saudável e sincera da ju-ventude. O evento se chamava Mansão do Stifler, uma alusão ao rico personagem da série de filmes American Pie, conhecido pelas memoráveis (e quase sempre escatológicas) festas que promovia em sua generosa casa – um sujeito sem qualquer tipo de pudor. Não bastasse o nome, a principal atração da noite era o grupo Gaiola das Popozu-das, da funkeira e figurinha frequente do site Ego Valesca Popozuda. A ideia era entrevistar a moça, mas não seria uma tarefa fácil. Foi com o espíri-to de um Stifler Master que me dirigi, no último sábado (12), à Move, casa noturna caxiense onde deixei meu queixo cair por incontáveis momentos e razões. Nenhuma delas negativa. Pelo contrário.

Minha vizinha e amiga Júlia havia me oferecido uma carona, já que eu estava sem grana, como de costume, e tinha pedido emprestado uns trocos para pegar um taxi até lá (o que não sairia mui-to barato). E a presença da Júlia foi fundamental para que eu não fizesse nenhuma besteira (vocês vão me entender adiante). Quando vi, lá estáva-mos nós – ela acabou entrando junto –, procu-rando pelo promoter que atende pela alcunha de Muleque.

No estacionamento, a tradicional vibe Velozes e Furiosos da cidade. Minas gatinhas sentadas por Matias de Lucena

A Gaiola das Popozudas, na Move |Dani do Site, Move, Div./O Caxiense

PoPozudaS, nInfetaS e tamborzãoEntramos na Mansão do Stifler (versão local, turbinada com siliconadas presenças no palco) para ver meninos e meninas se jogarem na sacanagem, mas com todo o respeito

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Sabe quando saltam os olhos

daquele lobo dos desenhos

animados que uiva ao ver passar

uma personagem feminina? Esse

lobo estava todo tempo ali,

pedindo para ser incorporado

nas motos e capôs dos carros de seus namorados, enquanto rolava o tradi-cional esquenta/aquece antes da festa. A organização da Move é bacana, sem flanelinhas torrando o saco e com uma banca de cachorro-quente de fazer jus aos lanches da cidade. Já na fila deu pra sacar que a Mansão do Stifler atingiu em cheio o que se imaginava ser seu públi-co-alvo: a idade da gurizada variava de 15 a 25 anos, no máximo. Eu me senti um tio.

Muleque veio ao nosso encontro e nos recebeu muito bem. Só no decorrer da festa, ficando cada vez mais ocupado (afinal, o cara também estava trabalhan-do), ele nos esqueceria por alguns mo-mentos. Conhecemos o DJ e sua mesa (literalmente uma mesa, nada dessas cabines de clubes hypes), e Muleque nos reservou um lugar VIP do lado desse mesmo palco. Ficamos ali um pouco, mas lembrei que nunca havia sido VIP em lugar nenhum, então não havia ne-cessidade de ser ali. E eu tinha uma ma-téria pra escrever. Precisava circular.

O dress code da gurizada era o mes-

mo dos jogadores de futebol. Pratica-mente todos os meninos tinham um corte de cabelo à moda Neymar. Alguns até de óculos escuros. Todos dançavam efusivamente, mas sem faltar o respeito

com as meninas. A sacanagem, anun-ciada inúmeras vezes pelo mestre de ce-rimônias, que agitava a galera do palco com brincadeiras diversas, era consen-sual. As garotas, adolescentes na maio-ria, iam até o chão, movimentando seus quadris juvenis de uma forma que fazia o sujeito questionar inúmeros tabus. Se a Júlia não estivesse lá, certamente eu não teria respondido por mim em vá-rios momentos.

Sabe quando saltam os olhos daquele lobo dos desenhos animados que uiva enlouquecidamente quando uma per-sonagem feminina aparece? Esse lobo estava todo tempo ali, pedindo pra ser incorporado. Foi quando o mestre de cerimônias convocou 5 jovens donze-las pra subir ao palco e dançar o pan-cadão até que restasse apenas uma – a melhor – ali em cima. Era a galera que decidia quem ficava, e permiti que o lobo uivante que existe dentro de mim fizesse parte dessa decisão. Encantado com uma ruivinha que certamente me levaria pra cadeia, não consegui tirar os olhos do palco.

Logo depois, uma grata surpresa se aproximou de mim. Seu nome era Carla (ou Cláudia, não tenho certeza – o rit-mo frenético do miami bass me inspi-rou a tomar uns goles da tequila que a Júlia carregava na bolsa e memória boa

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Valesca Popozuda |Dani do Site, Movie, Div./O Caxiense

nunca foi meu forte). A morena de 22 anos e jeito tímido comparado às de-mais meninas da festa me contou que frequenta a casa há um tempo e nunca viu uma briga, ao contrário do que se pode dizer de outros estabelecimentos mais chiques.

O fato é que o ambiente é muito de-mocrático. A Move toca funk (tambor-zão mesmo), sertanejo e pagode, sem segmentar o público. Cláudia (ou Carla) falou que os rapazes nunca se passam nas investidas, com exceção dos meni-nos mais jovens quando estão chumba-dos, o que sabemos que é mais do que natural. Eu me despedi da Carla (ou Cláudia) e voltei minha atenção para o Muleque, que, na correria da noite, aca-bava sucumbindo na pista onde fazia as vezes de anfitrião (e dos bons). Afinal, o Muleque era meu passaporte para en-trevistar a Valesca e suas engaioladas. Indo de um lado para o outro atrás de informações sobre o paradeiro da po-pozuda, acabei descobrindo que o gru-po tinha 4 shows agendados na mesma noite, e Caxias era a segunda parada. Não havia tempo para uma entrevista.

Júlia, contagiada por meus propósitos jornalísticos, insistiu que a gente não desistisse da entrevista. E vocês sabem como é difícil convencer uma mulher do contrário quando ela bota uma coisa na cabeça.

O que aconteceu é que a Júlia ficou segurando a porta onde Valesca e mais duas integrantes do grupo aguardavam a hora de entrar. Era praticamente como se fizesse parte do staff das popozudas. E ninguém a questionou. Ou seja, aque-la porta ficou entreaberta por 5 minu-tos, nos quais a gente espiou Valesca e suas colegas. Elas vestiam uma roupa carnavalesca minúscula e estavam co-bertas por uma pintura corporal cheia de purpurinas.

Finalmente as popozudas passaram pelo corredor, supostamente organiza-do pela Júlia e por mim, em direção ao palco. Confesso que esperava bundas mais redondas. Mas lembrei que Vales-ca recentemente implantou 550 ml de silicone em cada glúteo no intuito de se tornar ainda mais suprema na hierar-quia das nádegas avantajadas da cena funkeira. Não ficou legal (e olha que I like big butts and I cannot lie, como diz a

música – lembra?). Enfim, a Gaiola das Popozudas subiu ao palco e em menos de uma hora e meia fez aquela juventu-de toda botar pra fora a energia sexual que carregava consigo. Para muitos, ba-nalização do sexo, conteúdo impróprio e quaisquer outros comentários classe média. Bem de boa mesmo? Digo por-que estive lá e vi: é o que a molecada PRECISA e QUER ouvir.

A madre superiora das popozudas bradava em suas letras assuntos que an-tes eram exclusividade masculina, ainda mais no funk. Valesca cantava que que-ria dar, as meninas queriam dar, até as 3 covers da Luísa Marilac – o travesti que virou hit no YouTube tomando seus “bons drink” na piscina – que estavam lá queriam dar. Certamente muita gen-te deu aquela noite e muita gente co-meu também. Eu só sei de uma coisa: se a minha amiga não tivesse me feito companhia, não teria conseguido con-cluir esse texto. Provavelmente eu ainda estaria atrás da ruivinha do funk, feito o lobo uivante de olhos que saltam pra fora do rosto. Na verdade, ainda estou atrás dela. Mas isso eu conto numa pró-xima. Tuntchatchatuntuntcha!

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Ritalinaganha lugar na mochila

por Gesiele Lordes

Estudantes passaram a recorrer a outro aliado, além dos livros, para obter o sucesso acadêmico. Mesmo sem prescrição médica, usam o remédio contra a hiperatividade em busca de concentração e força para enfrentar o cansaço. Desprezam, assim, uma lista sem fim de efeitos colaterais, que vão da insônia às convulsões

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de se sair bem no exame, aplicado em julho. “Eu tinha que ter uma média alta”, justifica.

Lucas recorreu a uma saída cada vez mais usada por estudantes do Ensino Médio, vestibulandos e universitários. A pílula branca substituiu o guaraná cerebral – moda quando os pais deles estudavam – como apoio para enfren-tar a maratona de estudos e melhorar o desempenho nos testes. O uso abusivo inquieta especialistas e professores. A medicação até ajuda a aumentar a con-centração e diminuir o cansaço, mas apresenta uma extensa lista de efeitos colaterais, que inclui até convulsões.

Aluno do 1º ano do Ensino Médio, Lucas conhece bem as consequências negativas do remédio. Ele colocou a pí-lula branca na boca pela primeira vez em 2004. Sob aval médico, fez o trata-mento em duas etapas, com um semes-tre de intervalo, em que seria possível avaliar sua evolução. Na segunda fase, em vez de ¼, como havia sido receitado, passou a tomar meio comprimido. Não contente com os resultados, começou a usar um comprimido, às vezes 2. Os efeitos colaterais começaram em segui-da. Lucas sofreu um desmaio. Era hora de parar, decidiu a médica.

Na prova de 4 meses atrás, o adoles-cente desprezou esse histórico preocu-pante. Descobriu onde a mãe escondia o medicamento e resolveu usá-lo. O re-sultado ficou abaixo do esperado.

“Não notei muita diferença, tomei para me sentir mais confiante. Eu não faria mais isso”, arrepende-se.

No curso pré-vestibular Mutirão, o professor Daniel Borlini, de 41 anos, já está acostumado com esse comporta-mento desesperado dos estudantes. Ele estima que um em cada 5 alunos das turmas de veteranos toma Ritalina. É um cálculo que se baseia na percepção. Professor de Química, Daniel passou a ser um confidente dos alunos. Eles cos-tumam procurá-lo com a desculpa de esclarecer dúvidas sobre a disciplina, mas, inspirados pela confiança que o educador transmite, acabam por con-versar sobre a pressão de tentar um con-curso concorrido, a jornada exaustiva de estudos e o uso da anfetamina. “Eles sabem quem usa, reúnem-se e vêm con-versar”, relata.

Daniel abre um espaço que às vezes os jovens não encontram na própria famí-lia. Observa um aumento na tensão e ir-ritabilidade característica dos estudan-tes nesta época, quando os vestibulares se avizinham. Culpa de um conflito. De um lado, professores deixam claras as chances de cada um no concurso, so-bretudo em universidades federais. No outro extremo, pais ignoram o nível de dificuldade dos filhos. “Eles me dizem que os pais ameaçam não pagar mais o cursinho se não passarem”, conta.

Se compartilham de problemas seme-

lhantes, os candidatos também dividem as soluções – nem que sejam ilusórias. São os mais velhos que tendem a di-vulgar o remédio entre os novatos, am-pliando o consumo abusivo.

A falsa esperança de que a Ritalina seja uma pílula mágica é o que leva um estudante mais experiente a indicá-la aos colegas mais novos. No entanto, o aluno disposto a experimentá-la esbarra em um primeiro problema: como con-seguir a medicação? Para ter acesso ao remédio pelas vias oficiais, o jovem pre-cisa de receita médica da série A (ama-rela), a mesma usada para a compra de morfina e com validade de 30 dias. As farmácias tendem a ser rigorosas na solicitação do documento – ao menos para desconhecidos. O CAXIENSE fez o teste em 16 estabelecimentos. Em ne-nhum deles, conseguiu comprar Ritali-na sem prescrição médica.

Para driblar esse problema, a técni-ca em enfermagem Cristina (o nome é fictício), de 30 anos, contou com uma mão da madrinha. A jovem começou a se interessar pelo medicamento quando parou para assistir a um documentário no Discovery Channel. O filme tratava a Ritalina como a “pílula da inteligência”. Era o que ela precisava para aguentar a rotina de 12 horas em noites intercala-das em um hospital, aulas de manhã e de tarde de Engenharia Civil e os cuida-dos com a filha de 3 anos.

Um vilão voltava a atordoar a vida estudantil do adolescente Lucas Allano, de 17 anos. Dali a algumas horas, ele iria encarar prova de Matemática. Aquele universo dos números, nebuloso e complexo, tinha um motivo a mais para intimidá-lo: havia sido o responsável por sua repetência no ano anterior. Como equacionar sua insegurança? Lucas encon-trou a resposta em uma embalagem de tarja preta. Para ele, a Ritalina, estimulante para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, era sua única chance

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A disseminação do remédio se percebe nos cursinhos

pré-vestibulares. O professor Daniel desconfia que 20% dos

veteranos buscam a ajuda extra

No começo, a solução veio pela via correta. Cristina conversou com seu psiquiatra e conseguiu convencê-lo a trocar o remédio de R$ 160 por uma receita da famosa pílula – que, além de tudo, era mais barata (cerca de R$ 20). Mas quem disse que, em seu corre-cor-re alucinado, era possível voltar para o médico no mês seguinte para conseguir uma nova prescrição? Aí entra a ma-drinha, paciente de outro psiquiatra, amigo da família. Depois uma conversa com jeitinho, explicando que a afilha-da sabia dos riscos e que precisava do remédio para dar contar dos estudos, a mulher fez o profissional ceder.

Desde então, mesmo sem voltar ao consultório, Cristina toma um com-primido cada vez que o cansaço bate à porta – o que representa, no máximo, 5 porções por semana. “Em uma época eu tomava 2 por dia e o resultado era bom”, diz, tranquila.

A atarefada universitária fala mara-vilhas da Ritalina. Atribui à anfetami-na a força para assistir a todas as aulas. Segundo ela, o remédio também deu concentração e pique suficientes para aprender o conteúdo sem precisar re-correr a professores particulares, como ocorria na fase pré-Ritalina. Por tudo isso, ela não vê mal em indicar a pílula para amigos.

Foi ouvindo indicações assim que o vestibulando Marcos (o nome é fictí-cio), de 22 anos, decidiu experimentar a substância, 2 semanas atrás. Foi frus-trante a primeira experiência. O rendi-mento até melhorou, mas a pílula foi a responsável por 10 horas de descon-forto. “Eu sentia tipo uma taquicardia”, descreve.

Mesmo com o sinal inicial de que seu organismo reage mal ao medicamento, Marcos avalia a possibilidade de usá-lo durante o vestibular. O temor de ficar de fora do listão dos aprovados em Medici-na é menor do que o medo dos efeitos colaterais.

A Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) faz a relação de riscos que Marcos e outros usuários correm ao tomar o produto sem receita médi-ca, a exemplo da gigantesca bula que o acompanha. A lista deixa o leitor sem fôlego: o remédio pode causar acelera-ção dos batimentos cardíacos, paralisia dos membros da face, perda de cabelo, bolhas na pele, alucinações, dificuldade respiratória e na fala, convulsões etc. São dezenas de complicações.

Medicamento só pode ser vendido com receita amarela |Maurício Concatto/O Caxiense

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

edital de interdição2ª Vara de Família – comarca de caxias do sul.

natureza: interdição Processo: 101/1.110012437-3 (cnJ: 0023505-48.2011.8.21.0010). requerente: Jakchon dalle molle mainieiri. requerido: Lourdes maria Dalle molle mainieiri.Objeto: ciência, a quem possa interessa, de que foi decretada a interdição do requerido(a): lourdes dalle molle mainieiri, por sen-tença proferida em 09/09/2011. limites da interdição: atos da vida civil. causa da interdição: depressão aguda, com agravamento clínico. Prazo da interdição: indeterminado. curador nomeado: Jakcson dalle molle mainieiri. o prazo deste edital é o do art. 1.184 do cPc.

caxias do sul, 26 de setembro de 2011.servidor: iara c. thomas, escrivã. Juíza: maria olivier.

Consórcios Contemplados de Imóvel

(54) 3419 4662 │email: [email protected]

CRÉDITO

151.600,0099.900,0068.300,0051.500,00

ENTRaDa + SaLDO

entrada + 60 x 3.287,00entrada + 67 x 1.879,00entrada + 90 x 1.014,00entrada + 91 x 627,00

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

edital de citação - cíVel1ª Vara cível - comarca de santa cruz do sul

Prazo de: 20 (vinte) dias. natureza: cobrança Processo: 026/1.04.0003731-5 (cnJ:.0037311-49.2004.8.21.0026). autor: administradora de consórcios spengler ltda. réu: José ro-berto rodrigues de assis. objeto: citação de José roberto rodrigues de assis, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PraZo de QUinZe (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, iV, cPc), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

santa cruz do sul, 26 de outubro de 2011. serVidor: deborah Hoffmann Figueiredo, escrivã Judicial

designada. JUiZ: Josiane caleffi estivalet.

Com 26 anos de dedicação à psiquiatria, Leonardo Prates de Lima, de 50 anos, lista outro transtorno, costumeiramente desprezado pelos estudantes. O remédio ameaça perturbar o sono. De acordo com o especia-lista, o processo de descanso é fundamental para o exercício de qualquer tipo de atividade. “O sono é a fase de consolidação da memória”, diz ele, e quando in-terrompido causa “grandes pre-juízos aos vestibulandos”.

Diante de tantos efeitos cola-terais, os médicos têm a orien-tação de fazer uma criteriosa avaliação antes de prescrever a Ritalina. O medicamento tem como princípio ativo o clori-drato de metilfenidato, indicado para portadores do Transtorno de Déficit de Atenção e Hipera-tividade (TDAH), uma doença bem mais complexa do que um simples balançar de pernas ou do que a falta de concentração durante alguma atividade de raciocínio. Segundo Prates, o diagnóstico leva em conta o his-tórico familiar – quase sempre é hereditária – e a rotina de cada paciente. Além de marcar “sim” nas 20 questões que compõem a escala de avaliação do TDAH, também é necessário que a pes-soa tenha dificuldades em 2 am-bientes distintos. Se a inquietude ocorre apenas em um local, o problema está ao redor, e não na pessoa, conforme o psiquiatra.

O principal benefício do me-dicamento, conforme o jargão

médico, consiste na liberação da descarga dopaminérgica. Prates trata de traduzir a expressão. Ele explica que essa descarga só é liberada pelo cérebro quan-do existe prazer, que estimula a atenção. Em uma aula desinte-ressante, por exemplo, o aluno precisará fazer um esforço extra para absorver o assunto. É essa ação adicional que o TDAH blo-queia, uma insuficiência suprida pela Ritalina. Por isso, hiperati-vos podem ter dificuldade em Física e facilidade no videogame.

E qual o efeito nas pessoas sem o transtorno? “Se você tem o cérebro normal e toma subs-tâncias psicoativas (como a Ri-talina), vai causar um desequilí-brio”, responde Prates.

Apesar de conhecer o perigo, Andressa (o nome é fictício), de 18 anos, arrisca o uso. A decisão veio depois de pelo menos 7 ten-tativas frustradas de ingressar no curso de Fisioterapia. Ela tem uma justificativa: a dedicação de passar o dia inteiro no curso pré-vestibular esgota as ener-gias da candidata. “Estou muito cansada, meu rendimento caiu”, explica.

Andressa pretende manter essa rotina até dezembro, quan-do ocorrem os vestibulares de verão. Como milhares de outros estudantes, acredita que não bas-ta o acesso aos livros e cadernos para o sucesso acadêmico. Ago-ra, a Ritalina também é material escolar.

Cristina toma até 5 pílulas por semana. Consegue comprá-las mesmo sem consulta, com um psiquiatra amigo da família

18.NOV.2011

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

edital de citação cível6ª Vara cível - comarca de caxias do sul

Prazo de: vinte(20) dias. natureza: declaratória Processo: 010/1.10.0026907-8 (cnJ:.0269071-70.2010.8.21.0010). autor: exclusiva negócios imobiliários ltda. réu: rGe - rio Grande energia s.a. e outros. objeto: citação de ricardo neves Fer-razzi, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PraZo de QUinZe (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, iV, cPc), contestar, querendo e, não o fazendo, serão tidos como articulados pelo autor da inicial.

caxias do sul, 28 de setembro de 2011.escriVã: Zélia thomasini. JUiZ: luciana Fedrizzi rizzon.

Democratas - Caxias do SulEdital de Convocação

o presidente do democratas de caXias do sUl convoca a todos os filiados do Partido democratas e PFl para a conven-ção anual do partido de caxias do sul com a seguinte ordem do dia:

1) eleição do novo diretório com 45 titulares e 15 suplentes 2) membros titulares e suplentes do conselho fiscal de ética 3) eleição da mulher democratas, juventude democratas e

democratas empreendedor 4) assuntos geraisa convenção será realizada no dia 3 de dezembro de 2011, no

anfiteatro da câmara de Vereadores, das 13h às 17h, situado na rua alfredo chaves, 1333, bairro exposição. as chapas pretend-entes deverão ser apresentadas junto à secretaria do diretório até as 18h do dia 23 de novembro de 2011. só terão direito a votos mediante apresentação do titulo eleitoral.

caxias do sul, 19 de novembro de 2011odir miguel Ferronato - Presidente

democratas caxias do sul

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2118.NOV.2011

PLATEIAO Brasil na telOna| sOns de PesO nO PalcO |a celeBraçãO dO Blues | um tangO sem Fim |a Pintura em detalhes

Água com açúcar. E sanguepor Carol De Barba

Confesso, li todos os livros e vi todos os filmes da saga Crepúsculo. Antes que me apedrejem, admito: não se parecem em nada com os vampiros sedutores e filosóficos de Anne Rice ou com o sombrio Drácula de Bram Stoker. Mas é preciso reconhecer o su-cesso da fast-literature de Stephenie Meyer. Os vampiros são uma metáfora para o universo jovem. Ninguém presta atenção nos detalhes bizarros, que mal vingaram no cinema, como os dons paranormais dos vampiros – a irmã de Edward, por exemplo, enriquece prevendo

o resultado da loteria –, o vegetarianismo, os lobisomens em tribo de índios... O que fisgou os fãs foi a personalidade emo e submissa de Bella, o romance proibido, os desejos sexuais da mocinha, tratada quase como uma tuber-culosa pelo medo do vampiro em machucá-la. Chega de opiniões. Vamos relembrar o que você já viu e contar o que levará multidões a Amanhecer - Parte I. Cuidado: spoiler.

GNC SEX.00:01 00:15 13:30-16:15-19:00-21:40 13:50-

16:30-19:20-22:00

12 2:10

CREPÚSCULOBella Swan muda-se para a providencial-

mente nublada cidade de Forks, onde conhece o vampiro vegetariano Edward Cullen. Um vampiro viajante obcecado por caçadas – e nada vegetariano – encanta-se pela mocinha, cujo sangue tem o cheiro mais atraente do mundo para sua espécie. Ela quase morre, Edward é quase obrigado a transformá-la em vampira, mas o casal termina o primeiro capí-tulo da saga de namoro firme engatado.

ECLIPSETodas as dualidades estão aqui: Bella di-

vidida entre Jacob e Edward, ser humana ou vampira, provocar ou não uma guerra dos mundos. Um exército de neófitos descontrola-dos e sedentos se prepara para vingar a morte de um vampiro do primeiro capítulo, e a má-fia vampiresca continua na cola do clã Cullen, pressionando pela transformação da mocinha em vampira. Tudo termina em paz, com Bella e Edward de casamento marcado.

LUA NOVAAo abrir um presente, Bella corta o dedo e

desperta o desejo de sangue de um dos Cullen. Temendo pela vida da amada, Edward some da cidade com a família e deixa o caminho li-vre para o lobisomem Jacob Black. Ela quase morre de novo, Edward tenta se matar – algo complicado para um vampiro – e ambos arru-mam confusão com a máfia italiana vampires-ca, os Volturi, que estabelecem um prazo para a humana virar vampira.

AMANHECER - PARTE IBella e Edward se casam. Em lua-de-mel no

Rio de Janeiro, ela desafia a força extrema do vampiro e exige perder a virgindade como hu-mana. E engravida. Durante a gestação, Bella é obrigada a se alimentar de sangue. O filme deve terminar com o nascimento de Renes-mee, a transformação de Bella em vampira para sobreviver ao parto e o despertar da ira dos Volturi, revoltados pelo nascimento da criatura, bizarra até para os vampiros.

O coração de BellaSangue*

* Não necessariamente de mordidas

RomanceDerrete por

EdwardQueima por

JacobFica entre o

vampiro e o lobo

Gota Filete Poça

Frio Morno Quente

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CINE

A vida do personagem de Rodrigo Santoro muda quando seu pai morre. Empresário na Itália, ele deixa por um tempo a esposa na Europa e volta ao Brasil. Descobre uma meia-irmã deficien-te intelectual e vê seu irmão se render ao vício do jogo. Primeiro longa de André Ristum, o filme não guarda apenas aproximações de cenário com o continente europeu. Na estética, as cenas são bem trabalhadas. No enredo, crises e vazios existenciais se aproximam das narrativas densas do cinema do Velho Mundo. Estreia.

ORDOVáS QUI 19:30 12 1:30

MEU PAÍS

Rodrigo SANTORO. Débora FALABELLA. Cauã REYMOND. De André RISTUM

11.11.11Para a frustração dos apocalípticos, o 11º portal

dos céus não se abriu na 11ª hora do dia 11.11.11 e o anjo do mal sequer passou por aqui. Se passou, nin-guém viu. Mas, no filme, a história de um autor ame-ricano que se vê diante de coincidências catastróficas com relação ao número 11 continua. 2ª semana.

GNC 14:00-20:00-22:10

12 1:40

REFÉNSBandidos mal preparados assaltam a mansão de

uma família milionária. De assaltantes, eles se trans-formam em vítimas de uma negociação com os pró-prios reféns. Não só isso. Se veem encurralados pelo casal, que aproveita para discutir a relação, revelar traições e disseminar intrigas conjugais. 2ª semana.

GNC 14:40-16:40-19:10 12 1:31

Timothy GIBBS. Michael LANDES. Darren LYNN BOUSMAN Nicolas CAGE. Nicole KIDMAN. De Joel SChUMAChER

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2318.NOV.2011

ATIVIDADE PARANORMAL 3Originalidade é requisito caro em Hollywood. O longa das assom-

brações que adoram se exibir para câmeras de vídeo não quis esban-jar... Aumentou um pouco o orçamento mas poupou criatividade. Na semana passada, o filme tinha três sessões diárias. Perdeu duas para 11.11.11 e Amanhecer. Se pudéssemos dar só uma dica sobre o reality dos espíritos, diríamos que está perto do fim. “Venham as-sustar aqui fora”, falaria Bial. 5ª semana.

GNC 21:50 14 1:34

OS TRÊS MOSQUETEIROSAlexandre Dumas deixou um clássico para a literatura mundial,

farto em ação e a aventura. A primeira releitura em 3D aproveita bem os melhores ingredientes do livro e desperdiça a história. Mas não chega a fazer mal. 5ª semana.

GNC 16:50 (3D, Dub) e 19:30 (3D, leg) UCS 18:00 (Dub) 12 1:40

GIGANTES DE AÇO Em O Mágico de Oz, o homem de lata só queria um coração.

Agora, eles querem subir em um ringue para lutar. Em 2020, quan-do o boxe não é mais coisa de humanos, o personagem de Hugh Jackman vai ensinar a luta que aprendeu entre os homens a uma máquina esquecida no ferro velho. Do drama do sujeito em busca de um coração, sobra o drama de pai e filho.

UCS 20:00 10 2:07NOITES DE TORMENTA

Adrienne (Diane Lane) busca refúgio em uma pousada no litoral para esquecer dos problemas da cidade, dos conflitos da família e do caos do casamento. E Richard Gere acabou de chegar. Sozinhos na pousada, eles iniciam um romance, uma calmaria antes da tem-pestade.

★ ★ ★ ★ ★

ORDOVáS. QUI. 15:00 10 1:37

A CASA DOS SONHOSSonho é eufemismo. A casa dos pesadelos, para onde uma família

se muda e é atormentada por acontecimentos sobrenaturais, é assom-brosa. O diretor não gostou. A crítica ficou horrorizada. 3ª semana.

GNC 16:00-18:00

14 1:40

O PALHAÇOÉ de chorar e não de rir. Um palhaço busca sua identidade (literal-

mente), se vê diante do mundo e descobre: pior que buscar a felicida-de é não percebê-la ao seu lado. 4ª semana.

★ ★ ★ ★ ★

GNC 14:30-17:00-18:50-21:00 10 1:30

CONFIARCharlie é homem de 35 anos que se passa por um garoto de 16.

Annie é uma menina de 14 anos que se relaciona pela internet com Charlie. Will e Lynn são os pais da garota que sofre assédio sexual e personagens incrédulos de que isso pudesse acontecer “nas melhores famílias”. 2ª semana.

ORDOVáS SEX. 19:30 SAB-DOM 20:00 14 1:46

TERROR NA ÁGUA (3D)Nenhum clichê foi dispensado: estudantes sarados passam o final

de semana à margem de um lago; um tubarão de água doce (?!) vai dizimando um por um; a casa não tem comunicação com o mundo. O tubarão parece ser o único personagem competente em cena. 3ª semana.

GNC 14:15 21:50

14 1:48

SEGURANÇA DE SHOPPINGKevin James, o gordinho de O Zelador Animal, que recém saiu de

cartaz, já viveu dias piores. Em 2009, aproveitou a praça de alimenta-ção durante as gravações e ganhou 13 quilos para viver um seguran-ça. Sem ajuda de animais falantes, agora ele luta com ladrões.

CENTRO COM. FLOR DA SERRA 14:00

L 1:48

OS SMURFS Há 4 meses em Caxias, eles já nem espantam ninguém na UCS.

Almoçam no R.U., brincam no chafariz e reivindicam bolsas de es-tudos. 16ª semana.

UCS 16:00 L 1:43

Selton MELLO. Paulo JOSÉ. De Selton MELLO

Clive OWEN. Catherine KEENER. De David SChWIMMER.

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Mesmo sem vocalista, a banda conseguiu se firmar no cenário rock gaúcho. “Não ficamos restritos ao nicho instrumental”, analisa o baterista da Pata de Elefante, Gustavo Telles. O grupo é formado por ele, Gabriel Guedes e Daniel Mossmann, que se revezam entre a guitarra e o baixo. Apontada como uma das melhores bandas instrumentais do país, a Pata de Elefante ganhou o VMB 2009 de Melhor Grupo Instrumental e dois Açorianos, em 2005 e em 2011.

★ ★ ★ ★ ★

SáB. 23:30. R$ 15 e R$ 20. Aristos

O Mundo Livre não tem o peso do festival de São Paulo, mas carrega a mesma ideia de consciência ambiental e sustentabilidade. A atrações respeitam a pro-porção: SantoGraau, Fresno, Reação em Cadeia, Armandinho, Nego Joe e Tópaz.

SáB. 16:00. R$ 35 (3º lote), R$ 30 (2º lote). Pavilhões da Festa da Uva

A boy band Bro’z, formado no programa Ídolos do SBT, não deu certo. Filipe Duarte, o integrante que teve mais sucesso, entrou no grupo Os Travessos graças à saída do vocalista Rodriguinho. A mudança até agora não emplacou. Os que entendem de pagode dizem que Filipe é tecnicamente superior ao antigo cantor. Em turnê pela Serra, o grupo se apresenta pela segunda vez em Caxias em menos de 15 dias.

22:30. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

Embora o nome da escola homenageie o alemão Johann Sebastian Bach, a ho-menagem deste ano vai para a etnia mais próxima dos caxienses. O espetáculo é a grande noite de 11 estudantes de música, com idade entre 6 e 72 anos.

QUA. 20:30. 1 Kg de alimento não perecível. Teatro São Carlos

MUSICA+ SHOWS

Patada sonora

SWU minúsculo

Sem Rodriguinho

A Itália de Bach

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SEXTA

Caixa Acústica 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingOpera Lizz. 22:00. R$ 10. Bier Haus BarBarbaquá 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolEduardo e Ezequiel 23:00. R$ 20 e R$ 40. XerifeDJ Letícia Sartoretto 23:00. R$ 15 e R$ 30. Nox VersusBranco no Preto 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Puracazuah! 23:00. R$ 20 e R$ 25. HavanaFelipe Cazaux 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiDJs Time Produtora 23:00. R$ 30. AristosJhonatan e Matheus 23:30. R$ 20 e R$ 30. ArenaDJs Johnny Lee e Cris Capeletti 23:00. R$ 12. OvermundoRATM Cover 23:00. R$ 12. Vagão BarOrelhão 23:00. R$ 20 e R$ 25. Vagão ClassicSeresteiros do Luar 20:00. Livre. Zarabatana

SÁBADO

Dinamite Joe 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingDisco 22:00. R$ 10. Bier Haus BarErlon Péricles 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolJoão Villaverde e Filhos de Yê 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13DJ Leo Janeiro 23:00. R$ 25 e R$ 40. HavanaFelipe Cazaux 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

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Há 4 anos, durante 3 dias do mês de novembro, Caxias se torna um pedaço do sul do Estados Unidos para celebrar o blues. O grande “culpado” por essa mudança cultural, o Mississippi Delta Blues Festival, leva para a Estação Férrea nomes consagrados do estilo musical, além de workshops, mostras artísticas e a boa gastronomia típica. Tia Carroll é a atração internacional mais esperada do primeiro dia. Nos pratos, a dica é aproveitar os filés ao molho Jackie Daniel’s ou então o filé Black Swan, comum na cidade de Dundee, no estado de Illinois. Para os que preferem a simplicidade, um prato bem americano: cachorro-quente, preparado pela Hamburgueria Jaime Rocha. A fartura gastronômica e musical pretende satisfazer um público esperado de 8,5 mil pessoas, 1,5 mil a mais do que no ano passado.

Soulistas (POA) Tita Sachet y Shakedancers (Argentina) Tia Carroll (EUA) & Igor Prado Band (SP) Nasi & Os Irmãos do Blues (SP) Lennon Z & The Sickboys (Caxias)Blues de Bolso (Caxias)Franciele Duarte & Banda (Caxias, foto ao lado)The Headcutters (Itajaí - SC)The Cotton Pickers (Caxias)Andy Serrano & Ale Ravanello (POA)Fabrício Beck & Hernan Gonzales (Caxias)Décio Caetano (PR), Nicola Spolidoro & Toyo Bagoso (POA/Caxias)Ricardo Maca (SC)Juliane Cappellaro & Débora Oliveira (Caxias)Alamo Leal (RJ) & Ricardo Biga (Caxias)

QUI. 19:30. R$ 40 e R$ 110 (passaporte). Estação Férrea

Cidade do blues

+ SHOWS

SÁBADO

DJs Elias Capellaro e Leo Z 23:00. R$ 20 e R$ 40. PepsiCia Country e Se Ativa 23:00. R$ 20 e R$ 40. Place des SensKook’s 23:00. R$ 15. Vagão BarBad Medicin. 23:00. R$ 15. Vagão ClassicDomingueira 16:00. Livre. Zarabatana

TERÇA

Nico Smoljan y Shakedancers 22:00. R$ 8 e R$ 10 . MississippiMarcelo Duani 21:30. R$ 5 e R$ 10 . Boteco 13

QUARTA

Tríplice 22:00. R$ 10. Bier Haus BarMaurício e Daniel 21:00. Livre. PaiolAdriano Trindade 21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

QUINTA

Sandro e Santoro 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingFabrício Beck e Volux 22:00. R$ 10. Bier Haus BarMacuco 23:00. R$ 6 e R$ 10 . PaiolViccia Pop 23:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13Jean Brandão 19:00. Livre. San Pelegrino

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PALCO

O milésimo tango

Do primeiro passo ao baile

Depois de emagrecer, desencalhar

+ ESPETACULOS 13ª Mostra de Teatro “Tem Gente Teatrando”

A temporada dos alunos da Tem Gente Teatrando continua. Entre aulas de voz e expressão corporal, os aspirantes a atores e atrizes da escola desenvolveram a peça Clu-be da Solidão especialmente para o multifuncional palco de Zica Stockmans. “O espetáculo segue um disposição cênica diferente. Não fica em palco italiano e não chega a ser arena”, explica o diretor Miguel Beltrame, ao comentar que o público fica próximo dos atores, mas que os personagens transitam entre a plateia. Além de Clube de Solidão, a peça Adolescentes Mix Mulheres integra a programação da mostra. A história gira em tor-no de vivências de meninas que precisam e vão crescer.

Clube da Solidão: SEX-DOM. 20:30.

R$20 e R$ 10. 1:00

Adolescentes Mix Mu-lheres: R$20 e R$ 10

SEG.-TER. 20:30. 0:50

Comédia Stand up“O diferente de fazer stand up é

que não você precisa, necessaria-mente, ser o palhação da turma”, diz Gabriel Scopel. “Em todo caso, você precisa ser um bom observa-dor”. De observadores silenciosos a comediantes aguçados, Gabriel, Jeronimo Canto e Rafael Canto re-cebem Erick Campos para a apre-sentação. Baixa-se o volume da música, aumenta-se o som do riso.

SEX. 22:00. R$ 8. Leeds 1:00

Desde 1984, o espetáculo Tangos e Tragédias tem a capacidade de fazer o público rir como poucos. Os atores sabem que repetem as piadas para velhos conhecidos. E ninguém sabe explicar direito por que continua assistindo. Hique Gomez, parceiro de Nico Nicolaiewsky, arrisca: “As pessoas voltam para assistir porque mergulham naquele ambiente de humor”. Há quem acredite que, quanto mais se decora a coreografia do Copérnico, mais divertida fica a participação do público. Particularmente, preferimos os que dançam sem saber dançar.

★ ★ ★ ★ ★

QUI. 20:30. De R$ 25 e R$ 40. R$ 50 (na hora) UCS Teatro 1:30

Carlinhos de Jesus é a principal atração do Salão Sul, mas o evento vai muito além. Bailes, apresentações e intervenções urbanas estão entre as atividades. As oficinas já tiveram as inscrições encerradas, mas como não há lugar específico para a dança, a dica é curtir as apresentações, os bailes e os 13 grupos que se apresentam na noite do encerramento.

IntervençõesSEX. 12:00 – SáB. 18:30. Praça Dante AlighieriSEX. 18:30 – SáB. 12:00. Praça São PelegrinoBailesSEX.-SáB. 22:00. Recreio da Juventude (Sede Social). R$ 35Mostra de EncerramentoDOM. 18:30. Estação Férrea.

Como agarrar um marido antes do 40 retrata a vida de uma advogada bem-sucedida na profissão, mal resolvida no amor e amedrontada pela profecia da empregada: se não casar até os 40, não casa mais. Dilemas do mundo feminino e manuais parecem estar entre os temas preferidos de Claudio Benevenga, o mes-mo diretor de Como emagrecer fazendo sexo. Os números também seguem a onda da autoajuda do humor: mais de 80 mil espectadores e 5 anos em cartaz.

SEX-SáB. 20:00. De R$ 5 a R$ 20. Teatro do Sesc. 1:20

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2718.NOV.2011

+ EXPOSICOESV Salão Campus 8 Coletiva SEG.-SEX. 9:00–19:00. SÁB. 15:00–19:00. Ordovás.

Chuvas Marcos Clasen. SEG-SEX. 10:00-19:30. DOM. 16:00-19:00. Catna Café

Moúsai: à luz do luar, entre sombras, o patrimônio se revela Coletiva. TER.-SÁB. 9:00–17:00. Museu Municipal

Fábio Balen Coletiva. SEG-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino

O Bairro faz Coletiva. SEG.-SEX. 8:00-18:00. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do IPAM

O ventre e o Leite 5 ★ Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00–12:00. 14:00–7:00. Instituto Bruno Segalla

ARTE CAMARIM O artista plástico Fábio Balen já

está trabalhando na maior obra da sua carreira. No final da tarde desta sexta (18), ele apresenta o esboço de um painel que terá 24m de compri-mento e 5,5m de altura no Shopping San Pelegrino. “A obra vai valorizar o meio ambiente, que encaixa na proposta ecológica e sustentável do shopping, e os pontos turísticos da cidade, mostrar uma Caxias alegre e colorida”, adianta Balen. Confor-me o artista, o trabalho levará um mês para ser concluído. Ele pintará no ateliê, com tinta esmalte sobre placas de MDF, e pretende interagir com o público durante a instalação dos módulos. Balen também abre no shopping uma exposição de 18 trabalhos entre telas, esculturas – em resina e madeira – e objetos.

A maior parte das mudanças no Teatro Pedro Parenti, reaberto na última semana, são quase imper-ceptíveis. A cabine de iluminação desceu para o nível da plateia e encerrou uma reivindicação antiga dos técnicos, que não conseguiam ouvir nem ver direito a ação no pal-co. Uma das pequenas adequações de segurança, o principal motivo da reforma, é a que mais chama aten-ção. No espetáculo Sopro, as luzes verdes fosforescentes, que indicam as saídas, eram mais fortes do que a luz de palco e iluminavam meia pla-teia. Conforme a diretora da casa, Magali Quadros, a engenharia de segurança aplica suas normas sem adequá-las ao tipo de espaço, sem entender o teatro. “Aquela luz de-mora uma hora e meia para apagar. E como faço em um espetáculo que precisa de black total? Discutir es-sas mudanças com os engenheiros é uma luta constante”, explica Magali, que, durante a reforma, conseguiu evitar um extintor vermelho no meio da caixa preta.

Cores de Caxias

Apaguem a luz

marcelo aramis

O artista capricha nos detalhes, mas suas obras têm mais impacto quando vistas de longe. A partir de ícones da pintura, Nelson Wilbert trabalha digitalmente as imagens, amplia as fi-guras, recorta, simplifica os traços. Cada personagem é recons-truído com retalhos florais, arabescos ou camuflagens militares em acrílica sobre tela. De perto, um mosaico de cores. Ao se distanciar da obra, o observador descobre a figura envolta em uma trama talvez tão complexa quanto as famosas originais.

SACCARO CONCEPT STORESEG-SEX. 9:00-19:00. SáB. 15:00-18:00. Saccaro.

Jogo de esconder e revelar

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O próximo evento no calendário da moda caxiense traz um formato ainda inédito de apresentar tendên-cias. O Iguatemi comemora seus 15 anos promovendo um Fashion Day com diversos pocket shows, na quin-ta (24), a partir das 18h. As marcas do shopping apresentarão os lan-çamentos de alto verão em desfiles curtos, editados por categorias de estilo – Kids, Streat and Sport Wear e Chic –, catalogando as tendências de forma acessível. A direção e conceito do evento é da TessFashionBiz, pro-dução executiva da Cast One, styling de Eden Matarazo e beleza Headz.

Os anos 50 foram imortalizados na moda com o New Look de Dior – aquele da saia rodada, de compri-mento midi, e cinturinha de vespa. Para os homens, a rebeldia de James Dean duelava com o estilo neo-edu-ardiano country certinho dos Teddy Boys. Em meados dessa década, sur-ge também o rock. Especialistas em mudar o mundo, os jovens utilizam todo esse caldeirão de referências para criar estilo e imagem únicos, que congregam adeptos até hoje: o rockabilly. Na 4ª edição do Missis-sippi Delta Blues Festival, que co-meça na quinta (24), as gurias da Se eu pudesse Produções e Ira Beauty irão reviver o estilo transformando o público em pinups e topetudos. A brincadeira será registrada em fotos instantâneas em uma tenda especial onde também haverá sessão de autó-grafos com os músicos do evento.

Compacto de moda

Rockabilly

carol de barba

CINEmaS:CENTRO COmUNITáRIO FLOR Da SERRa - lUiZ Pirola, s/n, Flor da serra | GNC. rsc 453 - Km 3,5 - sHoPPinG iGUatemi | 3289-9292. SEG.qUa.qUI: r$ 14 (inteira), r$ 11 (moVie clUb) r$ 7 (meia). TER: r$ 6,50. SEx. Sab.DOm.FER.r$ 16 (inteira). r$ 13 (moVie clUb) r$ 8 (meia). SaLa3D: r$ 22 (inteira). r$ 11 (meia) r$ 19 (moVie clUb) | UCS. Francisco Getúlio VarGas, 1130, Petró-Polis. 3218.2100. | ORDOVáS. lUiZ antUnes, 312. PanaZZolo. 3901-1316. r$ 5 (inteira). r$ 2 (meia).

mÚSICa:aLL NEED master Hall. rUa castelnoVo, 13351. caPiVari, 3028-2200 | aRENa. Perimetral brUno seGalla, 11.366. são leoPoldo. 3021-3145. | bIER HaUS. tronca, 3.068. rio branco. 3221-6769 | bOTECO 13. aUGUsto Pestana. moinHo da estação. 3221-4513 | COND baR. anGelo mUrato-re, 54. dellaZZer. 3229-5377 | ESTaÇÃO FÉRREa. aUGUsto Pestana. são PeleGrino | HaVaNa CaFÉ. aUGUsto Pestana, 145. moinHo da estação. 3215-6619 | LEEDS. 18 do Forte, 314. loUrdes | paIOL. Flora maGnabos-co, 306. são leoPoldo. 3213-1774 | mISSISSIppI. coronel Flores, 810, são PeleGrino. moinHo da estação. 3028-6149 | mOVE. Gaston lUis benetti, 849. loteamento ParQUe sanVitto 8407-4942 | NOx VERSUS. darcy ZaPa-rolli, 111. VillaGGio. 3027-1351 | paVILHÕES Da FESTa Da UVa. LUDOVICO caVinatto, 1431. 3028.2200 | pEpSI CLUb. Vereador mário PeZZi, 1.450. loUrdes. 3419-0900 | Portal Bowling‎. rst 453, Km 02, 4.140. desVio riZZo. 3220-5758 | THE KING: tronca, 2802. rio branco. 3021-7973 | VaGÃO. coro-nel Flores, 789. são PeleGrino. moinHo da estação. 3223-0007 | VaGÃO CLaSSIC. Júlio de castilHos, 1.343. centro. 3223-0616 | xERIFE. Hilário PasQUali, 34. UniVersitário. 3025-4971 | ZaRabaTaNa. lUiZ antUnes, 312. PanaZZolo. 3228-9046

TEaTROS:TEaTRO mUNICIpaL. rUa dr. montaUry, 1333. centro. 3221-3697 | TEaTRO SÃO CaRLOS. FeiJó Júnior, 778. são PeleGrino. 3221-6387 | SESC. moreira césar, 2462. Pio X. 3221-5233 | ORDOVáS. lUiZ antUnes, 312. PanaZZolo. 3228-9046 | CaSa DE TEaTRO. olaVo bilac, 300, são PeleGrino | UCS TEa-TRO. Francisco Getúlio VarGas, 1130. PetróPolis. 3218-2100

GaLERIaS:CâmaRa mUNICIpaL. alFredo cHaVes, 1.323. eXPosição. 3218-1600 | Cam-pUS 8. rs-122, s/n°, Km 69. ForQUeta. 3289.9000 | CaTNa CaFÉ. Júlio de castilHos, 2546. centro. 3221-5059 | INSTITUTO bRUNO SEGaLLa. 3027-6243 | andrade neVes, 603,centro | mUSEU mUNICIpaL. Visconde de Pelotas, 586, centro. 3221-2423 | ORDOVáS. LUiZ antUnes, 312. Pana-ZZolo. 3228-9046 | SaCCaRO. aV. tHereZinHa PaUlettisanVitto, 344. 3283-1333 | SaN pELEGRINO. rio branco, 425. são PeleGrino. 3022-6700 | SESC. moreira césar, 2462, Pio X. 3221-5233 | FaRmáCIa DO Ipam. dom José barea, 2202, eXPosição. 4009.3150

LEGENdA

ENdERECOS

Duração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Infantil Policial Romance Suspense Terror Ficção Científica

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Jazz MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaClássico Dança do Ventre Contemporânea Folclórica Hip hop Salão

ArtesDesenho Diversas Escultura Fotografia Pintura

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Gra

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ARQUIBANCADAPedaladas POr Brindes |FuteBOl de mesa PrOlOnga O FeriadãO | Última chance Para salvar 2011| Outras desPedidas dO anO

(Alvi)vERDE ESpERANçA

+ ESPORTE

Em casa, Ju ficou no 2 a 2 contra o Lajeadense | Edgar Vaz, EC Juventude, Divulgação/O Caxiense

O Juventude até mostrou persis-tência para buscar o empate em 2 a 2 no primeiro jogo da final da Copa Laci Ughini contra o Lajeadense. Mas, se quiser o título e uma vaga na série D, precisará apresentar mais em Lajeado. Não que a conquista seja impossível. Se Zulu estiver ins-

pirado e Michel ou Eraldo acompa-nharem, o Ju terá o que precisa: gols. Tem que vencer ou empatar em 3 a 3 – 2 a 2 leva a decisão para os pênal-tis. A esperança é alviverde.

SÁB. 20:30. R$ 20 a R$ 40. Estádio Florestal, em Lajeado

Premiando a saúde

Proclamação do futebol de mesa

Domingo é dia de tirar a bicicleta com os aros enferrujados que está atirada em um canto da garagem e participar da 9ª edição do Passeio Ciclístico. E não só a saúde ganha com o percurso de 5,1 quilômetros, com largada na prefeitura. Os orga-nizadores premiam o mais jovem e o mais velho que chegarem antes. O dono da bike mais original e a enti-

dade com o maior número de par-ticipantes também serão premiados. Mesmo se você não se enquadra em uma dessas categorias também pode levar para casa algum brinde. Du-rante o evento, haverá o sorteio até de bicicletas.

DOM. 9:30. Inscrições gratuitas na SMEL ou no local. Prefeitura

O futebol profissional local termi-nou a temporada de jogos oficiais em casa em 2011, mas resta o conso-lo do futebol de mesa.

Em 6 partidas, 16 integrantes da Associação de Futebol de Mesa de Caxias do Sul têm a chance de

mostrar quem é o mais talentoso. A competição emendou o feriadão. Chama-se Torneio da Proclamação da República.

SÁB. 13:30. Ginásio do Vasco da Gama

FUTSAL: Final da Copa ipam ( feminino)Juventus Farroupilha x AFEEPAL. SÁB. 19:00. Enxutão Fênix/ Pôr do Sol x BGF Futsal. SÁB. 20:00. Enxutão União Feminina Flores da Cunha x ACBF/Via Inox Tramontina. SÁB. 21:00. EnxutãoColégio Murialdo x Imigrante/ Seara: DOM. 09:00. Enxutão São Luiz/ D’Vieri/Gilberto Oficina x Cristó-vão de Mendoza. DOM. 10:00. EnxutãoSanta Catarina/Prefeitura de Caxias x Santa Catarina B. DOM. 11:00. Enxutão FUTEBOL: Final do 29° Campeonato Integração Categoria Master: Santa Lúcia x Estrela. SÁB. 14:30. Esporte Clube Estrela da Saúde Categoria Veteranos: Estrela x Palmeiras. SÁB. 16:30. Esporte Clube Estrela da Saúde Categoria Suplentes: Bandeirantes x Madri. DOM. 14:30. Esporte Clube Estrela da Saúde Categoria Titulares: Estrela x Madri. DOM. 16:30. Esporte Clube Estrela da Saúde

PÔQUER: 1º Torneio BeneficenteSÁB. 13:30. R$ 50 + 2kg de alimento (inscrição). Acomac

FUTEBOL: Semifinais do Campeonato Municipal Sub-15Atlético-RS x Caxias Olímpico.SÁB. 15:30. Enxutão

BOLÃO: Jogos abertosEsperança x Virakopus. SEX. 19:15. Salão Paroquial Igreja Santo AntônioUnião x Caipora. SEX. 19:15. Salão Paroquial Igreja dos CapuchinhosForça Jovem x Imaculada. SEG. 19:15. Salão Paroquial Igreja São Pelegrino

ENxUTÃO: lUiZ coVolan, 1560, marecHal Flo-riano | ESpORTE CLUbE ESTRELa Da SaÚDE: traVessão tHomPson Flores, s/n, n. sra. saúde | ESTáDIO FLORESTaL: clelia JaeGer betti, 21, Florestal, laJeado | ESTáDIO mI-NICIpaL: aV. circUlar Pedro mocelin, cin-QUentenário | GINáSIO VaSCO Da Gama: José soares de oliVeira, 2552, Pio X | pREFEITURa: alFredo cHaVes, 1333, PanaZZolo | aCOmaC: santo bortolini, 1.270, bela Vista | SaLÃO paROqUIaL IGREJa SÃO pELEGRINO: aV. rio branco, são PeleGrino | SaLÃO paROqUIaL Da IGREJa SaNTO aNTÔNIO: Padre Vicente bertoni, 1.390, ForQUeta | SaLÃO paROqUIaL DOS CapUCHINHOS: General samPaio, 161, rio branco

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