economia, o atual cenário e...

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“Economia, o atual cenário e perspectivas” Palestra para o CFO Fórum, IBM/IBEF SP 16ago15 [email protected]

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“Economia, o atual cenárioe perspectivas”

Palestra para o CFO Fórum, IBM/IBEF SP

16ago15

[email protected]

"Eles tinham um plano anunciado há quatro meses e, de repente, trocaram de planocomo quem troca de camisa. A imagem que isso passou para investidoresestrangeiros é que o Brasil não está preparado para cortar gastos, que não há um consenso em torno do ajuste no governo e na sociedade."

Reação dos analistas de mercado àmudança da meta:

"A sensação é de que uma tempestade pode estar a caminho na economia internacional e o que osministros mostraram na quarta-feira é que o teto do Brasil está cheio de furos. Não estamos preparados."

Valor, 15jun15

Txs.decresc.Realnosúlt.12meses,deflac.peloIPCA

Despesa

jun/15

ReceitaLíquida

4,6

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TAXASDECRESCIMENTOREAL2015/14,em%Conting Levy-I REVISÃO

Desp -1,2 -2,3 -1,6Rec.Liq. 5,5 4,4 0,6

Txs.decresc.Realnosúlt.12meses,deflac.peloIPCA

Despesa

jun/15

ReceitaLíquida

4,6

-4,9

-7,00

-2,00

3,00

8,00

13,00

18,00

23,00

28,00

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JN: o ministro da fazenda disse que as justificativas da Moodys para baixar o ranking do Brasil mostram quais oscaminhos para manter a dívida pública bem administrada

Como justificativa para a mudança para perspectivaestável no rating, a agência destacou que, na sua

visão, o Brasil possui a capacidade de atingir a reviravoltanecessária no desempenho de crescimento e fiscal.

Fonte: TV Globo.

Eduardo Cunha: "Será difícil levar o impeachment adiante”…"O problema do governo é que não tem base na Câmara"

“Ou o governo muda, ou o povo muda o governo", diz Romero Jucá

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T1

Taxa de investimento, % do PIB

Esgotamento do modelo pró-consumo

Relatório da Standard & Poors sobre o Brasil, 24jun15

Fonte: TV Globo.

Fonte: TV Globo.

JN: o ministro da fazenda disse que as justificativas da Moodys para baixar o ranking do Brasil mostram quais oscaminhos para manter a dívida pública bem administrada

Como justificativa para a mudança para perspectivaestável no rating, a agência destacou que, na sua

visão, o Brasil possui a capacidade de atingir a reviravoltanecessária no desempenho de crescimento e fiscal.

Fonte: TV Globo.

Muddling through ou cenário de ruptura?

O retrato é ruim. E o filme?

1) Esgotamento dos impulsos ao consumo: mercado de trabalho e crédito fracos2) Queda na taxa de investimento e de crescimento da produtividade3) Queda na produção industrial (subida do custo unitário do trabalho e

apreciação real da taxa de câmbio)4) Queda na taxa de crescimento do PIB Potencial (hoje entre 1 e 1,5% a.a.) e do

PIB efetivo5) Queda no crescimento da arrecadação e subida da razão dívida pública/PIB6) Queda nos resultados primários e subida da razão dívida pública/PIB7) Desonerações e empréstimos com subsídios nos bancos oficiais: queda...8) Achatamento e/ou congelamento tarifas/preços públicos. Em que pese isso,

inflação sobe – inclusive pela depreciação cambial -- e 9) Passagem do primeiro para o segundo mandato: correção de curso ou

degringolada da economia? (O alto risco de perda do grau de investimento e suas consequências)

10) A solução Levy: ajuste fiscal e realinhamento dos preços públicos11) Pior que a média dos emergentes com grau de investimento12) Subida das taxas de risco (Brasil versus México)13) Perda do grau de investimento? (Não há risco de default, dívida é só interna)14) Ajuste fiscal etc. e retomada do crescimento. Vendas externas? Queda da

inflação e das taxas de juros: retomada dos investimentos. O papel da infraestrutura

1) Esgotamento do modelo pró-consumo e crise fiscal2) Esgotamento do modelo econômico e fim do ciclo político do PT

23,7

15,9

4,93,32,89,9

13,2

12,16,0

Estrut. do gasto da União, 2012 (% do total)e número de beneficiários em 2008

INSS (> 1 SM)

INSS (= 1SM)

Seg.Des.e AS

LOAS/RMV

B.Família

Inat. e pens.

Pessoal ativo

Saúde

Demais correntes

Investimento

Saúde

Inv.Demais correntes

Educ. 3,9

A “grande folha”: 73,7% e 49.179.214

1.146.828

980.337 12.370.9153.489.233

7.584.154

16.291.706

7.316.041

1 SM: 24,1% e 27.365.093

21

73,7

8,2

18,1

Orçamento da União, 2012 (R$804,7 bi.ou 18,2% do PIB)

A grandefolha

Saúde

GastoDiscricionário

12,1

6,0Investimento

Demais correntes

Saúde R$ 145,7 bi. ou 3,3% do PIB

R$ 593,1 bi. ou 13,4% do PIB

Partic. % dos inv. em transp. no gasto totalem 2012: 1,2% !!!!!!!

22

23

1987 2009 2012

Estrutura dos gastos da União ( em % do Total)

Benefícios assistenciais e subsidiados 3,1 25,8 26,8

Inativos e pensionistas da União 6,2 12,2 10,2

Benefícios previdenciários acima de 1 SM 13,0 23,9 23,6

TRANSFERÊNCIAS A PESSOAS 22,3 61,9 60,6

Pessoal ativo 16,7 15,1 12,9

Saúde 8,0 7,3 8,2

Outras desp. Correntes 37,0 9,7 12,5

Investimento 16,0 6,0 5,8

TOTAL 100,0 100,0 100,0

Pagamentos totais a pessoas (a “grande folha”) 39,0 77,0 73,5

(1)

(2)

(1+2)

Tx. Cresc. PIB 3% (2013)… 2,5% (2040)4,5% (2013)… 4% (2040)

Sal.Mínimo Cresc. PIB t-2Cresc.PIB – PEA (2016-40)

Hipóteses básicasProjeções de evolução da população pelo IBGE

Sem reformaCom reforma

Idade mínima no INSS: 60 AFim da integralidade das pensões por morte no INSS:

70% c/acresc.10% por dep. até 100%Indexação do SM pelo Sal.Med. e não mais PIB

Previdência

Assistência Social (principais)

Cresc. Benefício BPC = 75% SMIdade mínima aumenta para 67 A

Abono Salarial é extinto Seg.desemprego: várias

Pessoal ativo

TETO (não piso) Tx.cresc.real gasto Poderes Autônomos: 1/3 cresc. PIBTeto cresc. Quantitativo: Executivo Civil… 80% cresc.2002-12; Militares… 100% cresc. 1996-12Teto cresc. Remuneração Média: 2/3 cresc. PIB em todo o Poder Executivo. 24

Projeção do Percentual das Pessoas com 65 Anos ou Mais de Idade no Brasil(2012-2050)

Fonte: IBGE. Elaboração: Marcelo Abi-Rama Caetano.

-

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2038

2040

Totalcom

Totalsem

% do PIB

11

24

13

60,5% do total

48 milhões em 2012 (51 em 2014?)26

Quadro-síntese de projeções de gastos da União sem e com reforma, 2012-2040

(em % do PIB)

Observação: os itens acima indicados representaram 73,6% do gasto total da União em 2012.

Gastos federais em % do PIB

2012 2040 2040Sem

ReformaCom

Reforma

Previdência: INSS e Servidores 9,5(*) 19,5 11,5

Assistência social 2,0 3,8 1,5

Pessoal ativo 2,6 5,9 2,6

Total 14,1 29,2 15,6

(*) Sendo 7,2% do PIB de INSS, e 2,3% do PIB de Inativos e Pensionistas da Uniào.

27

Após ter subido sistematicamente até2008, a capacidade de investir com recursos próprios vem caindo rapidamente, ao mesmo tempo que ocorre a elevação do endividamento.

Em % PIB

29

Fonte: Balanço Orçamentário, Secretaria do Tesouro Nacional

0,3%

0,2% 0,1% 0,1% 0,1%0,1%

0,1%

0,3% 0,3%

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1,3%1,4%

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Rec. Op. Crédito

Capacidade de Investir

* Capacidade de investir = Receitas correntes

menos despesas correntes

Em 2012, há indícios de troca de

fonte: aumento das receitas de

operações de crédito foram no

mesmo montante do crescimento

das despesas de pessoal.

Investimentos mantiveram-se

constantes.

Em 2013, no entanto, há indicativos

que a expansão das operações de

crédito foram destinadas, de fato,

aos investimentos.

Do lado das receitas, tem havido virtual estabilidade, em % do PIB, tanto das receitas tributárias como das transferências (mais recentemente em queda, pelas desonerações)

Receitas Primárias, em % PIB

30

Fonte: Balanço Orçamentário, Secretaria do Tesouro Nacional

7,6% 7,6% 7,6% 7,7% 7,7% 7,6%7,8%

7,7% 7,7% 7,6%

8,0%7,7%

3,0%

2,5%2,7%

3,0% 3,1%2,9%

3,4%3,1%

3,0%3,2% 3,1%

2,9%

1,8% 1,8%1,6% 1,6% 1,7%

2,1% 2,1%2,2% 2,3% 2,4% 2,5%

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1,0%

2,0%

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4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Rec. Tributárias

Rec. Transferências

Demais Rec. Primárias

Desonerações

Maior esforço nas demais receitas. Destaques: Mora e Juros de tributos e “receitas diversas”

Retorno ao

padrão histórico

6,1%5,8%

5,6% 5,7% 5,8%5,9%

6,2%6,4%

6,3%6,5%

6,9% 6,9%

4,6% 4,6%4,8%

4,9% 4,9%4,7%

5,0% 4,9% 4,9% 4,9%5,1% 5,1%

1,2%

0,8% 0,9%1,0% 1,1%

0,9%1,2%

1,4% 1,5%

1,1% 1,1%1,4%

0,0%

1,0%

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3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Pessoal

Custeio

Investimentos + Invers.

Contribuiu para melhora do

primário em 0,4% PIB em 2011

Do lado das despesas, houve, em % do PIB, forte aumento das despesas de pessoal e um certo aumento dos investimentos. Custeio ao redor da média de 1,1% do PIB até 2012. Salto para 1,4% em 2013.

Despesas Primárias, em % PIB

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Fonte: Balanço Orçamentário, Secretaria do Tesouro Nacional

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

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1,4

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jan/12

nov/12

set/13

EE&MM

União

Superávits primários, em % do PIB