economia e modernização no século xix

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Economia e modernização no século XIX

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Page 1: Economia e modernização no século XIX

Economia e modernização no século XIX

Page 2: Economia e modernização no século XIX

Ao longo do século XIX, a economia brasileira adaptou suas estruturas produtivas às novas

formas de funcionamento do capitalismo.

Observe o mapa e a tabela seguintes sobre as atividades econômicas brasileiras no Segundo

Reinado (1831-1889).

Apostila – página 33

Page 3: Economia e modernização no século XIX

Principais atividades econômicas do Brasil no Segundo Reinado

Apostila – página 34

Page 4: Economia e modernização no século XIX

Anotações

1. Observando os dados referentes à década inicial do Segundo Reinado e o mapa das atividades econômicas, responda às seguintes questões.

Apostila – página 35

a) Quais eram os três principais produtos do período?

No decênio de 1841-1850, década inicial do Segundo Reinado, podemos observar que o café, o açúcar e o algodão têm destaque em relação aos demais produtos

b) Em que áreas esses produtos eram desenvolvidos?

O mapa enfatiza a produção cafeeira em São Paulo e Minas, a produção de cana-de-açúcar no nordeste e no litoral da região sudeste, e a produção de algodão em torno de São Luís, no Maranhão.

Page 5: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 35

A análise dos dados demonstra que a importância relativa do açúcar caiu de 21,2% para 12,3% e a do Algodão subiu de 6,2% para 18,3%. As hipóteses para esses movimentos precisam levar em conta que a tabela é de preços, estando fortemente relacionada com a variação dos valores no mercado internacional.

2. Observando os dados referentes à década de 1860, quais são as transformações observáveis na economia brasileira? Busque hipóteses para explicar o comportamento dos produtos.

Page 6: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 35

A partir da década de 1830 a importância relativa do café saltou (de 18,4% para 43,8%) e o produto tornou-se o carro chefe da economia nacional. A partir da década de 1870, ele passou a representar mais da metade dos recursos obtidos com a exportação. É necessário observar que, em décadas como a de 1840 (41,4%) e a de 1860 (45,5%), o produto passou por oscilações em seus preços.

3. Observando os dados referentes ao conjunto do século XIX, descreva o papel da cafeicultura na economia brasileira.

4. Escolha uma das atividades econômicas presentes no mapa e na tabela e faça um pequeno texto descrevendo seu funcionamento, usando seus conhecimentos prévios como referência. Resposta pessoal

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Análise de imagem

Apostila – página 35

Page 8: Economia e modernização no século XIX

Análise de imagem

Apostila – página 35

Page 9: Economia e modernização no século XIX

O café no Brasil do século XIX

Apostila – página 37

A cafeicultura desenvolveu-se, principalmente, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo para atender ao consumo nos Estados Unidos e Europa. A primeira área de expansão da cafeicultura foi o Vale do Paraíba.A partir de 1850, a cafeicultura expandiu-se para o oeste, avançando no interior de São Paulo. No chamado “Oeste Paulista”, a produção foi similar à estrutura do Vale do Paraíba: predomínio de grandes propriedades escravocratas e uso de técnicas predatórias.No final do século XIX, o Oeste Paulista já era a principal área produtora de café. O crescimento das cidades de São Paulo e Santos datam dessa época. Enquanto os “barões do café” do Vale do Paraíba perdiam influência, os do Oeste Paulista viraram agentes de pressões políticas vitais para o fim da monarquia no Brasil. A produção em Minas Gerais e Espírito Santo ocupou espaço secundário no século XIX. No século XX, a produção nessas áreas e a no Paraná ganham destaque.

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A partir do que já foi estudado, a classe responderá aos exercícios de forma coletiva e com o auxílio do professor

Apostila – página 38

1. É possível afirmar que a produção cafeeira rompeu com o sistema de organização da agricultura que existia no Brasil? Justifique sua resposta.

A partir da leitura, é possível identificar que a lógica da produção manteve-se a mesma: grandes propriedades de terra, uso predatório dos recursos naturais e exploração de mão de obra escrava até 1888.

2. Como a terra roxa pode ser relacionada com a maior capacidade de adaptação ao café no Oeste Paulista?

Altamente fértil, a terra roxa garantia maior produtividade do cafezal. Assim, produzir em áreas onde esse tipo de solo estivesse presente dava maior flexibilidade e lucratividade ao fazendeiro.

Page 11: Economia e modernização no século XIX

Exportação da produção cafeeira

Apostila – página 39

3. Crie hipóteses para justificar as dificuldades encontradas na expansão da produção para áreas dointerior, no século XIX.

As hipóteses podem ser variadas abrangendo a questão da mão de obra e a falta de infraestrutura.

A expansão da produção cafeeira para o interior, com destaque ao Oeste Paulista, só foi viabilizada pela adoção do transporte ferroviário. O transporte em lombo de burro, tradicional na época, era lento. Proprietários interessados em atender à crescente demanda estrangeira por gêneros agrícolas associados ao capital internacional, especialmente inglês, incentivaram a construção de ferrovias.

Page 12: Economia e modernização no século XIX

Análise de mapa

Apostila – página 39

Page 13: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 39

1. A partir da análise do mapa, é possível estabelecer alguma relação entre a construção de ferrovias e o desenvolvimento urbano?

É possível notar que muitas cidades do Oeste Paulista estavam relacionadas com as estações ferroviárias.

Anotações

2. Algumas cidades concentram o fluxo das linhas ferroviárias observadas no mapa. Quais são essas cidades? Por que elas se destacam?

São Paulo e Santos são os pontos de encontro das várias linhas ferroviárias relacionadas com a expansão da cafeicultura pelo interior paulista. A cidade de São Paulo por ser a capital do Estado, seu centro de decisões políticas e econômicas; Santos por ser o principal porto para a exportação do produto.

Page 14: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 39

3. Como as ferrovias auxiliavam na produção e no escoamento do café?

A malha ferroviária aumentava a capacidade de transporte, tanto na questão da quantidade quanto na da velocidade. Assim, auxiliava na manutenção da expansão da produção para novas áreas e garantia que o produto chegasse mais conservado ao porto de Santos.

O processo de modernização técnica do período não foi limitado aodesenvolvimento ferroviário. Saneamento, iluminação, navegação avapor, transporte urbano e pequenas indústrias, pouco a pouco,passaram a fazer parte da vida das principais cidades do país. O Rio deJaneiro, capital do Império , foi pioneiro nesse processo, inaugurandouma série de inovações na década de 1850. Um dos empresários de maiordestaque foi Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá.

Modernização técnica do período

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Apostila – página 40

Análise de imagem

Page 16: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 41

Atualmente, no Brasil, a escravidão é proibida. A ruptura dessa estrutura derelação de trabalho aconteceu durante o governo de D. Pedro II (1840-1889). Nofinal o século XIX, o país demonstrava que a abolição estava com seus diascontados. Em paralelo a diversas leis que gradualmente libertavam osescravizados, era necessária uma mão de obra substituta, principalmente naslavouras de café do sudeste.

O projeto que se iniciou no século XIX foi distinto: incentivou-se a imigraçãoeuropeia para o país. Pode-se justificar essa escolha pela mentalidade da épocaque se baseava em teorias racistas que consideravam o branco como o povosuperior. Nesse sentido, esses pensadores defendiam que havia sociedadesmelhores que outras, notadamente, a sociedade branca, cristã, da EuropaOcidental. A ideia, então, era promover um “branqueamento” no Brasil, pois sóassim, acreditavam, o país iria se desenvolver como uma potência.

As mudanças no mundo do trabalho

Page 17: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 41

No sistema de parceria, o imigrante é praticamente um sócio do cafeicultor: em trocade uma parte da produção do café, recebe um pedaço de terra, em que deve plantar,além do café, produtos para a própria sobrevivência; moradia; as ferramentas para oplantio; bens de consumo necessários à vida; e a passagem de navio da Europa para oBrasil. É claro que o fazendeiro não fazia isso de graça. Os primeiros imigrantes vieramda Alemanha, mas muitos italianos, espanhóis, portugueses, poloneses, russos eaustríacos também vieram para terras americanas tentar uma vida. Observe odocumento escrito por um imigrante alemão sobre as condições de trabalho nasfazendas.

“Os colonos que emigraram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois, desde ocomeço, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito deganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e tambémda ausência de direitos em que se costumam viver esses colonos na província de SãoPaulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simplesmercadorias ou como escravos”.

O sistema de parceria

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Apostila – página 41

A partir do texto O sistema de parceria e do documento histórico, produza dois argumentos para justificar as seguintes afirmações:

O sistema de parceria já presumia o endividamento, obrigando o imigrante a trabalhar quase ininterruptamente para saná-lo, uma vez que ele não parava de aumentar.

Anotações

b) O sistema de parceria não pode ser comparado ao trabalho escravo.

No sistema de parceria, os castigos físicos não eram tão comuns, e o imigrante, mesmo que se sentisse como uma mercadoria, não poderia ser vendido como uma pessoa escravizada.

a) O sistema de parceria pode ser comparado ao trabalho escravo.

Page 19: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 42

Os cafeicultores do Oeste Paulista administravam seus negócios de maneira diferente da dos fazendeiros do Vale do Paraíba. Durante a acumulação de seu capital, a escravidão já dava sinais de declínio; com a ajuda do governo, conseguiram manter a imigração europeia, após o fracasso do sistema de parceria. A partir de então, já na década de 1870, o governo custeava parte da passagem do imigrante, que tinha o direito a um salário e terras para cultivar produtos para subsistência.

Imigração europeia

Page 20: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 42

O governo também utilizou a imigração para povoar regiões que eram disputadas com outras nações, como a região do Prata, no sul do Brasil. Lá, criou vilas, chamadas de colônias, onde os imigrantes poderiam viver da agricultura ou da criação de gado. Por isso, esse novo sistema foi chamado de colonato.

Mapa histórico de 1905 das colônias germânicas no sul do Brasil. Autor desconhecido. Biblioteca do saber geral e prático para aspirantes a militares, Tomo I, 1905/ Casa

Editora Alemã Bong & Co Berlin * Leipzig * Wien * Stuttgart

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Apostila – página 42

Muitos imigrantes que vieram para o Brasil não estavam satisfeitos com o trabalho rural, pois não conseguiam uma vida confortável. Muitos, então, migraram para as cidades para trabalhar em fábricas ou abrir pequenos negócios. É nesse contexto que diversos bairros tradicionais na cidade de São Paulo são criados.

Page 22: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 42

Page 23: Economia e modernização no século XIX

Apostila – página 43

A pergunta que vem à nossa mente é simples: por que os imigrantes não saem das fazendas e cultivam uma terra própria, com tanto espaço que ainda não era utilizado? Pelo mesmo motivo que os negros libertos também não o fazem. Em 1850, o Congresso Nacional criou a Lei de Terras, que proibia a doação de terras, seja por particulares, seja pelo governo, garantindo que só quem possuísse renda o bastante teria posse das terras brasileiras.

Acesso à terra para imigrantes e negros livres

Art. 1o . Ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra.

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Apostila – página 44

No vice-reinado do Rio da Prata, região da América sob o domínio espanhol, surgiram os países independentes, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Os três primeiros se envolveram em um importante conflito na região pelo domínio da navegação e do comércio na bacia do rio da Prata.

Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e a região da bacia do rio da Prata

A Guerra do Paraguai

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O rio que permite o acesso ao oceano Atlântico é o rio da Prata e sua margem esquerda pertence ao Uruguai e sua margem direita à Argentina.

1. Observe o mapa e indique qual, entre os rios representados, permite acesso da região ao oceano Atlântico e a qual território pertence atualmente.

2. Quais rios representados deságuam no rio da Prata e quais países eles percorrem.

Rio Paraguai: percorre Paraguai, Brasil e Argentina. Rio Paraná: percorre Brasil, Argentina e Paraguai. Rio Uruguai: percorre Argentina, Uruguai e Brasil

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Quadro-resumo dos interesses envolvidos na navegação pela Bacia do Rio da Prata.

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Batalha do Riachuelo