dr. boenninghausen
TRANSCRIPT
Dr. BOENNINGHAUSEN
Barão Clémens Von Boenninghausen (1785-1864)
Nasceu nos Países Baixos numa propriedade de seu pai. A fortuna da família era significativa.
Completou os seus estudos com o grau de Doutor das Leis Civis e Criminais, ocupando desde sempre cargos de destaque. Casou em 1812, e foi morar para uma das propriedades da família, desenvolvendo a agricultura e simultaneamente foi desenvolvendo um interesse particular pela botânica.
Tornou-se Director jardim Botânico de Munster. Foi nomeada uma espécie de planta em sua homenagem.
Em 1827 sofreu um grave problema de saúde, tendo-lhe sido diagnosticada tuberculose purulenta. Durante o ano seguinte a situação agravou-se ainda mais. Escreve uma carta a um amigo seu, Dr. Augusto WEIHE, que também era botânico e foi o primeiro médico homeopático na província de Rhineland e Westphalia. O Dr. Boenninghausen desconhecia este facto, pois as suas correspondências eram exclusivamente de assuntos de botânica.
Dr. Weihe, sensibilizado com a situação do amigo, pede-lhe mais detalhes e posteriormente envia-lhe algumas doses de Pulsatilla, que o Dr. Boenninghausen tomou, segundo as suas indicações. As melhoras foram graduais até ficar totalmente curado.
Entusiasmado por este novo método de tratamento, tentou o princípio da homeopatia à sociedade médica de Munster, da qual ele era um dos fundadores, mas não consegui obter a reacção que esperava.
Estudou aprofundadamente a obra do Dr. Hahnemann, divulgando-a através de publicações e do ensino, e ajudando de forma graciosa pessoas que o procuravam, uma vez que não tinha formação médica.
Desde 1830, que esteve em contacto permamente com o Dr. Hahnemann, até a morte deste. Durante toda a sua vida esteve em contacto permanente com todos os médicos que exerciam homeopatia.
Em 1843, a 11 de Julho, o Rei Friedrich Wilhem IV, enviou ao Dr. Boenninghausen um documento que lhe permitia a pratica da medicina, dispensando-o de quaisquer exames.
Os trabalhos publicados foram vários:
A Cura do Cólera e Suas Prevenções ( de acordo com a última comunicação do Dr.
Hahnemann ao autor). 1831
Repertório dos Medicamentos Antipsóricos, com prefácio do Dr. Hahnemann. 1832
Resumo da Esfera de Ação Principal dos Remédios Antipsóricos e de Suas
Peculiaridades Características, como um Apêndice ao Repertório deles. 1833
Uma Tentativa de Tratamento Homeopático da Febre Intermitente. 1833
Contribuições para o Conhecimento das Peculiaridades dos Medicamentos
Homeopáticos. 1833.
Dieta homeopática e a Imagem Completa de uma Doença (para o público leigo) 1833
Homeopatia, um Manual para o Público Não Médico. 1834
Repertório dos Medicamentos não Antipsóricos. 1835
Tentativa de Demonstrar a Relativa Semelhança dos Remédios Homeopáticos. 1836
Manual Terapêutico para Médicos Homeopatas, para o uso à cabeceira do doente e no
auxílio ao estudo da Matéria Médica Pura. 1846
Instruções Resumidas para os Leigos na Prevenção e Cura do Cólera.1849
Os Dois Lados do Corpo Humano e Suas Relações. Estudos Homeopáticos. 1853
O Homem. A Medicina Doméstica em Breve Diagnóstico Terapêutico. Uma Tentativa.
1853
O Tratamento Homeopático da Coqueluche em suas Várias Formas. 1860
Os Aforismos de Hipócrates, com Notas de um Homeopata. 1863
Tentativa de Tratamento Homeopático das Febres Intermitentes e Outras,
especialmente para futuros médicos. Segunda Edição Revista e Aumentada.
Parte I
A Pirexia. 1864
Após a permissão para a prática de medicina, funda a Sociedade dos Homeopatas
Médicos, na Westphalia.
Um dos seus filhos casou com a filha adoptiva da viúva do Dr. Hahnemann, pelo que teve
acesso a vários manuscritos e à biblioteca do Dr. Hahnemann.
Em 1846, com a publicação do Manual Terapêutico para Médicos Homeopatas, para o uso
à cabeceira do doente e no auxílio ao estudo da Matéria Médica Pura (Therapeutisches
Taschenbuch, mais conhecido por Therapeutic Pocket Book), ele adiciona às informações
tiradas da Matéria Médica Pura, confirmações clínicas, ou seja, estabeleceu a
correspondência dos sintomas descritos na Matéria Médica Pura com as confirmações
clínicas. O repertório surge da necessidade de aceder rapidamente aos sintomas para
comparar medicamentos que possam ser adequados ao paciente que estiver a ser
examinado.