uma publicação do Grupo Wilson Sons Setembro 2014 | ano 11 | nº 56
Voltada para o futuro
Avanço nas obras da base do Caju
prepara Brasco para a crescente
demanda do setor de óleo e gás
Índice
Editorial
Foco em petróleo e gásD esde o IPO do Grupo Wilson Sons,
em 2007, tínhamos muito claro
que o setor de petróleo e gás vinha
crescendo em importância e seria fun-
damental para o futuro da economia
do Brasil. Nossa aposta se confi rmou
certeira quando, naquele mesmo
ano, foi anunciada a descoberta de
reserva de hidrocarbonetos na camada
pré-sal. Nesses últimos anos, viemos
trabalhando intensamente e ampliando
investimentos nos nossos negócios
voltados para essa área.
Um importante termômetro para
sentir como o foco vem crescendo no
petróleo e gás vem dos nossos resulta-
dos fi nanceiros. Ainda em 2007, cerca
de 18% do nosso faturamento vinham
dos segmentos ligados a petróleo e gás.
Essa fatia foi ampliada para 37% em
2013 e, de acordo com nossos planos,
vamos chegar a 45% até 2020.
Para que isso ocorra, temos a ne-
cessidade de prover soluções para os
desafi os logísticos que se impõem para
a cadeia de petróleo e gás. Talvez o
maior deles seja justamente a grandeza
das operações e, consequentemente, as
imensas distâncias percorridas entre a
costa e a plataforma. Para o sucesso do
desenvolvimento desse setor funda-
mental da economia, estamos amplian-
do nossos ativos, com novas bases de
apoio logístico e com o crescimento
de nossa frota de apoio off shore – hoje
são 19 PSVs (Platform Supply Vessels) e
até o início de 2017 serão 24.
Observando nossa trajetória desde
o nosso IPO, em 2007, até 2013
investimos US$ 1 bilhão em nossas
linhas de negócios, sendo que 40%
deste montante é relacionado ao
mercado de petróleo e gás. Esses
investimentos incluem a expansão
da Wilson Sons Estaleiros, que constrói
embarcações de apoio off shore não só para
as empresas do Grupo mas também para
terceiros, a aquisição da Brasco Caju, que
amplia a nossa capacidade de atendimento
às plataformas das bacias de Campos e
Santos, a aquisição de novos PSVs para a
Wilson Sons Ultratug Off shore e a re-
novação de nossa frota de rebocadores.
Essas ações são apenas nossos primei-
ros passos nesse setor. Com o desen-
volvimento do mercado, a tendência
é que nossos negócios se fortaleçam e
cresçam ainda mais. Estamos atentos
para a demanda que surgirá com a
exploração do campo de Libra e temos
grandes perspectivas com as novas
rodadas de exploração promovidas
pela ANP.
Nesta edição da NEW,S, cujo lança-
mento coincide com a Rio Oil & Gas,
mais importante evento da área, vamos
nos aprofundar um pouco mais nas
companhias do Grupo Wilson Sons
que atuam nesse segmento. E vamos
conhecer ainda o início do trabalho
de uma dessas empresas.
Boa leitura!
Cezar Baião
CEO do Grupo Wilson Sons
Giro pela WSWilson Sons Agência participa
de embarques de cargas vivas;
Apoio portuário no Pará; Frota
de rebocadores recebe novas
embarcações...........................3
Meio ambienteWilson Sons entra para o programa
GHG Protocol ........................5
Construção navalMade in Brazil...........................6
EntrevistaA China mais perto do Brasil –
Mauro Borge s , min i s t ro do
Desenvolvimento, Indústr ia e
Comércio Exterior...................8
Óleo e gás
Novo momento na Brasco..........10
LogísticaNovo porto seco em Suape.........14
PessoasO que o profi ssional quer?..........16
CabotagemManaus conqui s t a p r ime i ro
lugar em movimentação com a
Bahia..................................18
MemóriaDesbravando novos mares...........19
Setembro 2014 NEW,S2
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NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Corporativa. Jornalista responsável: Danielle Bastos
Edição e Redação: Daniel Cúrio Revisão: Liciane Corrêa Diagramação: Conticom Comunicação Integrada
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GRUPO WILSON SONS - CEO: Cezar Baião CFO e Relações com Investidores: Felipe Gutterres Vice-presidente de Rebocadores, Offshore,
Agenciamento e Estaleiros: Arnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e Logística: Sérgio Fisher
Coordenação editorial: Comunicação & Sustentabilidade
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C om a valorização do dólar,
vo l tam a ganhar força a s
exportações de cargas vivas, au-
mentando a demanda da filial da
Wilson Sons Agência no Porto de
São Sebastião, em São Paulo. O pri-
meiro embarque do ano, realizado
em maio, exportou 1.973 cabeças
de gado (búfalo), tendo como des-
tino o porto de Puerto Cabello, em
Carabobo, na Venezuela.
A ope r a ç ão f o i coo rdenada
pela VB Agrologística em parce-
ria com a filial São Sebastião da
Wilson Sons Agência. O segun-
do embarque, de 2 mil cabeças,
ocorreu no f inal de junho e a
expectat iva da f i l ia l é de pelo
menos um embarque mensal de
carga viva naquele porto.
A atividade exige atuação diferen-
ciada junto às autoridades, além de
cuidados especiais de embarque da
alimentação e dos próprios animais.
A carga viva também recebe atendi-
Wilson Sons Agência participa de embarques de cargas vivas
Operação é realizada pela fi lial São Sebastião
mento especial tanto na liberação do
navio quanto na atracação, que deve
ser imediata à chegada ao porto.
Os animais, criados em fazendas
do Mato Grosso, são transportados
para Minas Gerais, onde fi cam em
quarentena, e percorrem em seguida
cerca de 700 km até o porto, para o
embarque. Além da Venezuela, gran-
de parte da carga é destinada também
à cidade de Luanda, em Angola.
Diferentemente das operações do
Porto de Vila do Conde, em Barca-
rena (PA), e do Porto do Rio Grande
(RS), em que o gado embarcado é
destinado ao abate e direcionado
principalmente para países do Orien-
te Médio, o Porto de São Sebastião
movimenta o chamado gado de elite
(para reprodução), se firmando como
exportador de produtos brasileiros
de excelência, não somente para
a Venezuela, mas também para o
Líbano, Congo, Costa do Marfim,
entre outros..
Wilson Sons Rebocadores inicia atendimento para a Petrobras no estado
Apoio portuário no Pará
A Wilson Sons Rebocadores ini-
ciou em agosto as operações de
apoio portuário no Pará. A compa-
nhia fechou contrato com a Petrobras
para atendimento às suas demandas
no Porto de Belém, nos Terminais
de Miramar e Sotave, além de Vila
do Conde, em Barcarena e Porto de
Trombetas, em Oriximiná.
Inicialmente, a companhia dispo-
nibilizou o rebocador Sextans. Tra-
ta-se de embarcação com propulsão
azimutal com diversos outros recursos
que proporcionam atracações e de-
satracações de navios mais efi cientes
e seguras. A expectativa é que em
média 25 navios da Petrobras sejam
atendidos por mês nessas localidades.
“Para a Wilson Sons Rebocadores,
essas operações são um marco. Pela
primeira vez, estamos realizando
operações fl uviais, sem contar na
oportunidade de atuar em uma re-
gião com signifi cativo crescimento
em movimentação de navios e car-
gas”, comenta o diretor operacional
da companhia, Sérgio Guedes..
Giro pela WS
Setembro 2014 NEW,S4
Giro pela WS
O rebocador WS Antares começou a operar em junho
A Wilson Sons Rebocadores
recebeu entre junho e agosto
três novas embarcações. Os rebo-
cadores WS Antares, WS Bellatrix e
WS Pegasus foram construídos pela
Wilson Sons Estaleiros, no Guarujá
(SP), e já entraram em operação no
Frota de rebocadores recebe novas embarcações
Porto de Santos, onde atendem todos
os tipos de embarcações que operam
no principal porto do país.
Os rebocadores foram a segunda,
terceira e quarta embarcações de um
montante de 12, com investimento
total de US$ 140,7 milhões. Eles são da
série 2411. O rebocador WS Bellatrix
possui 72 toneladas de tração estática
(bollard pull) e as outras duas embar-
cações, 73 toneladas. Os três estão
equipados com sistema de combate a
incêndio (Fire Fighting 1), motor Ca-
terpillar e propulsores Schottel.
A Wilson Sons Rebocadores
já havia recebido, no início
de 2014, outra embarcação,
o WS Phoenix e, até o fi nal do
ano, mais uma com especifi -
cações semelhantes entrará em
operação.
Os novos rebocadores foram
batizados seguindo tradição da
companhia de dar nomes aos
seus rebocadores inspirados em
astros e estrelas do universo.
A sigla WS remete ao armador.
Antares se refere a uma das
quatro estrelas mais brilhantes
próximas à eclíptica da bandeira
do Brasil e representa o Estado
do Piauí. Já Bellatrix, que em
latim signifi ca “guerreira”, é a
terceira estrela mais brilhante
da constelação de Órion. E
Pegasus, o lendário cavalo alado,
é uma constelação do hemisfério
celestial norte..
WS Antares, WS Bellatrix e WS Pegasus foram
entregues nos últimos meses
Setembro 2014 5NEW,S
Meio Ambiente
O Grupo Wilson Sons passou a
integrar em agosto deste ano o
Programa Brasileiro GHG Protocol,
que estimula o desenvolvimento e
publicação de inventários corporativos
de emissões de gases do efeito estufa
(GEE). A empresa está entre as primei-
ras do setor naval e portuário no Brasil
a adotar a metodologia e a publicar seu
próprio inventário.
O relatório de emissões e remo-
ções de GEE relacionadas às ope-
rações do grupo, referente ao ano
de 2013, está disponível no site do
programa (ghgprotocolbrasil.com.br).
O lançamento do inventário aconteceu
em agosto, durante o evento anual do
programa brasileiro.
Ao longo do ano passado, foram emi-
tidas, por todas as empresas da compa-
nhia, cerca de 62,5 mil toneladas de dió-
xido de carbono equivalente (CO2e),
unidade métrica padrão das emissões
de GEE. Por conta da alta utilização
de equipamentos que exigem a queima
de combustíveis fósseis, as unidades de
negócios com maior emissão foram as
de Rebocadores e Terminais. Por sua
vez, o negócio que registrou a menor
emissão foi o Agenciamento marítimo.
O inventário passa a ser uma ferra-
menta para mapear oportunidades e
estratégias e adotar ações de redução e
ou compensação de emissões de gases.
“Nossas emissões estão predominan-
temente relacionadas ao consumo de
energia e nosso objetivo inicial foi
conhecer e entender o perfi l do gasto
energético em cada um dos seis negó-
cios da companhia. Com isso, podemos
incrementar as ações de eficiência
energética e minimizar os impactos das
nossas atividades”, declara João David
Santos, gerente corporativo de Segu-
rança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).
O GHG Protocol é uma ferramenta
utilizada para entender, quantifi car e
gerenciar emissões de GEE. Desenvol-
vida nos Estados Unidos, pelo World
Resources Institute (WRI), a meto-
dologia é hoje a mais utilizada para a
realização de inventários de emissões,
compatível com a norma ISO 14.064
e com as metodologias de quantifi ca-
ção do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC).
AÇÕES
O Grupo Wilson Sons já adota
iniciativas de redução das emissões de
GEE através da introdução de tecno-
logias com menor impacto ambiental,
como a implementação da Central de
Operações de Rebocadores (COR),
em 2012. Através do rastreamento
remoto das embarcações da empresa,
a central ajuda a identifi car rotas e ve-
locidades mais efi cientes. Em 2013, o
melhor desempenho no deslocamen-
to dos rebocadores evitou a emissão
de 810 toneladas de CO2e.
Já nos terminais de contêineres
operados pela Wilson Sons, a ins-
talação de equipamentos portuários
– guindastes de cais para contêineres
e guindastes de pórtico sobre ro-
das (RTG) – elétricos reduziram o
consumo de combustível e, conse-
quentemente, a emissão de gases de
efeito estufa.
No Tecon Salvador, por exemplo,
foram adquiridos em 2011 guindas-
tes de movimentação de contêineres
de pátio totalmente elétricos, muito
menos poluentes se comparados aos
sistemas convencionais a diesel. Com
os novos equipamentos, deixam de
ser emitidas, aproximadamente, 2.500
toneladas de CO2e por ano..
Wilson Sons entra para programa GHG Protocol
Empresa publica inventário de emissões de gases de efeito estufa
Setembro 2014 NEW,S6
Construção Naval
D e um setor que estava estagnado
para quarto maior construtor de
embarcações do mundo. Essa rápida
evolução tem uma clara explicação,
um motor que motivou a recuperação
de muitos estaleiros e o surgimento de
tantos outros: a exigência de conteúdo
local mínimo para as embarcações que
prestam serviço para a Petrobras.
Desde o fim da década de 1990,
tornou-se uma das prioridades do país
a retomada da indústria naval. Para
tanto, foram criados incentivos, como
o Programa de Renovação da Frota
de Embarcações de Apoio Marítimo
(Prorefam) e, posteriormente, o Pro-
grama de Modernização e Expansão
da Frota (Promef), em que o Estado
fi nancia a construção, mas exige que
um percentual mínimo específi co de
seu conteúdo tenha origem no Brasil.
Para o vice-presidente executivo
do Sindicato Nacional das Indústrias
da Construção e Reparação Naval
e Off shore (Sinaval), Franco Papini,
essa exigência é fundamental para o
presente momento da indústria naval
brasileira. Segundo ele, as empresas
de navegação de apoio marítimo es-
tão podendo captar financiamentos
com taxas mais atrativas quando do
cumprimento do conteúdo local de
suas embarcações construídas no
Made in BrazilExigência de conteúdo local ajuda no desenvolvimento
da indústria naval brasileira
A Wilson Sons Estaleiros está
fi nalizando o RSV (Remotely
Operated Vehicle Support Vessel) Fugro
Aquarius. Essa é a primeira embar-
cação de apoio off shore construída
pela companhia para empresas fora
do grupo Wilson Sons, encomen-
dada em dezembro de 2011 pela
Fugro Brasil. O investimento é de
cerca de R$ 190 milhões e a entrega
fi nal está prevista para o segundo se-
mestre, após as fases de acabamento
RSV da Fugro Brasil em fase fi nal na Wilson Sons Estaleiros
e comissionamento, que acontecerão
com a embarcação na água.
“Esse RSV é muito emblemático
para a Wilson Sons Estaleiros, já que
é a primeira vez que construí-
mos um barco para atender ao
mercado de petróleo e gás para
outra empresa”, conta o diretor
executivo da Wilson Sons Estaleiros,
Adalberto Souza. “Já possuímos grande
experiência na montagem de PSVs
(Platform Supply Vessels) para a frota da
Brasil. Além disso, na medida em
que os componentes instalados nessas
embarcações sejam cada vez mais bra-
sileiros, a assistência técnica, as peças de
reposição e a manutenção reduzem o
tempo de parada das mesmas, sem de-
pender dos fornecedores estrangeiros.
“Sob a ótica dos estaleiros constru-
tores também é muito importante, já
que a interlocução com fornecedores
nacionais, com projetos de seus equi-
pamentos nacionais fi ca mais fácil e
reduzimos a dependência dos estran-
geiros, como também no aumento da
produtividade na construção.”
Entre as vantagens que esse modelo
traz para as empresas brasileiras, Papini
aponta que se tornam cada dia mais
competitivas internacionalmente, têm
a oportunidade de desenvolver e ino-
Setembro 2014 7NEW,S
Wilson Sons Ultratug Off shore, mas
agora vivemos um novo momento.
Vamos buscar novos contratos e
ampliar ainda mais nossa gama de
embarcações.”
A montagem durou um ano e qua-
tro meses. O ROVSV tem 83 metros
de comprimento, 18 metros de boca,
porte bruto de 1,9 mil toneladas e
está equipado com dois veículos su-
baquáticos remotos, que permitem a
observação e montagem de estruturas
submarinas off shore. A embarcação
conta com tecnologia e projeto de
engenharia da holandesa Damen e terá
propulsão diesel-elétrica.
O Fugro Aquarius foi construído no
estaleiro Guarujá II da Wilson Sons,
no Guarujá (SP), que completou um
ano em abril. A unidade elevou a ca-
pacidade de processamento de aço da
companhia de 4,5 mil toneladas para 10
mil toneladas por ano, o que permitiu
a assinatura de contratos com terceiros.
Ao todo, 254 profi ssionais traba-
lharam na construção do ROVSV. A
var seus produtos, reduzir custos face
a demanda perene, tendo em vista o
Plano de Negócios da Petrobras e de
outras operadoras, a facilidade de asso-
ciação com players internacionais, entre
outros fatores.
Papini destaca que foi necessário su-
perar alguns desafi os para que as metas
de conteúdo local fossem cumpridas.
“Ficamos praticamente duas décadas
sem encomendas. Com isso perdemos
grande parte da mão de obra especia-
lizada da construção naval. Os profi s-
sionais que hoje trabalham no setor
respondem por uma produtividade
abaixo dos padrões internacionais.”
O vice-presidente compara o merca-
do brasileiro com o asiático que levou
três décadas para se tornar competitivo.
“Nosso programa de renovação da frota
começou em 1997 e em alguns estalei-
ros já estamos melhorando os índices
de produtividade quando comparados
aos parâmetros internacionais.”
ACIMA DA META
Na Wilson Sons Estaleiros, os incenti-
vos do governo ajudaram a impulsionar
a construção de novas embarcações.
Desde 2003, foram entregues 33
rebocadores e 18 barcos de apoio
off shore. De acordo com o diretor
comercial da companhia, Matheus
Vilela, a Wilson Sons se dedica a não
só cumprir, como a superar a meta de
60% de conteúdo local.
“Esse é mais um diferencial da
Wilson Sons Estaleiros. Contratual-
mente, cumprimos as exigências do
mercado. Proativamente, contudo, a
empresa trabalha para superar essas
metas. No PSV Prion, por exem-
plo, entregue no ano passado para
a Wilson Sons Ultratug Offshore,
conseguimos atingir 77% de conteúdo
local, uma marca muito expressiva”,
comemora.
O executivo frisa que a exigência só
traz benefícios para a indústria naval
brasileira. “Essa iniciativa colabora com
a geração de mais empregos no país e
transfere know-how para a nossa indús-
tria. A exigência oferece às empresas
ligadas à construção naval oportunidade
para desenvolverem-se.”.
Wilson Sons Estaleiros possui também
contrato com a Oceanpact para mais
quatro embarcações de apoio off sho-
re do tipo OSRV (Oil Spill Recovery
Vessel), especializadas no combate ao
derramamento de óleo..
Etapa fi nal da construção no dique seco do estaleiro Guarujá II
Entrevista
Setembro 2014 NEW,S8
A China mais perto do Brasil
No ano em que os dois países comemoram 40 anos de relações de
comércio, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Mauro Borges, fala desse parceiro importante da nossa economia
H Á 40 ANOS, QUANDO COMEÇARAM AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL
E CHINA, POUCA GENTE DIRIA QUE ELAS TERIAM A PROPORÇÃO QUE TÊM
HOJE. ATUALMENTE, A CHINA É O PRINCIPAL PARCEIRO COMERCIAL DO BRASIL.
À FRENTE DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
EXTERIOR (MDIC) DESDE O INÍCIO DO ANO, MAURO BORGES DESTACA, EM EN-
TREVISTA EXCLUSIVA À NEW,S, QUE A CORRENTE DE COMÉRCIO BRASIL-CHINA
TOTALIZOU NO ANO PASSADO US$ 83,3 BILHÕES, MARCA MUITO SIGNIFICATIVA.
O MINISTRO COMENTA QUE ESPERA QUE OS DOIS PAÍSES CRESÇAM CADA
VEZ MAIS NESTE SÉCULO E QUE SÃO MUITO SEMELHANTES, JÁ QUE ENFRENTAM
A POBREZA E A MISÉRIA RESPONSÁVEIS POR EXCLUIR PARTE DE SUAS POPULA-
ÇÕES DO CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS ESSENCIAIS. “NESSE SENTIDO, NOSSOS
GOVERNOS E EMPRESAS COMPARTILHAM EXPERIÊNCIAS MUITO RICAS E PROVEI-
TOSAS QUE PODERÃO INCENTIVAR PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO NOS
PRÓXIMOS ANOS.”
9Setembro 2014NEW,S
NEW,S | Qual a relevância da
China como parceiro comercial
para o Brasil atualmente? Como
está o fl uxo entre os dois países?
MAURO BORGES | A China é o
principal parceiro comercial do Brasil
desde 2009. A balança comercial é
tradicionalmente superavitária para
o Brasil, tendo alcançado saldo po-
sitivo de US$ 8,7 bilhões, em 2013,
com exportações de US$ 46 bilhões
e importações de US$ 37,3 bilhões.
Atualmente, a China se sobressai como
o principal mercado comprador de
produtos brasileiros e também como
o maior fornecedor externo ao Brasil,
respondendo por 19% das exportações
e 15,6% das importações nacionais, em
2013, participação que se revela inédi-
ta no comércio exterior com o Brasil.
NEW,S | Como essa relação vem
crescendo nos últimos anos?
MAURO BORGES | A participação
chinesa mais que triplicou ao longo
dos últimos dez anos no intercâmbio
comercial do Brasil (exportação e
importação), ao passar de 5,7%, em
2004 para 17,3% em 2013. Em valor,
signifi cou aumento da corrente de
comércio de US$ 9,2 bilhões para
US$ 83,3 bilhões, entre 2004 e 2013.
NEW,S | Quais são os principais
desafi os nessa relação, para ambos
os lados?
MAURO BORGES | Apesar dos
números expressivos do comércio
bilateral, há espaço para avanços. As
exportações brasileiras para a China
são compostas principalmente por
produtos básicos, que responderam
por 85% das vendas brasileiras ao país
em 2013. Por sua vez, a China exporta
para o Brasil principalmente produtos
manufaturados (98%). Assim, um dos
principais interesses brasileiros na área
comercial é diversifi cação da pauta.
NEW,S | Quais as principais se-
melhanças e diferenças culturais
e econômicas que precisaram ser
superadas para o sucesso dessa
parceria?
MAURO BORGES | Brasil e China
são grandes nações que irão emergir
cada vez mais neste século. Temos
muitas semelhanças nesse sentido. Os
dois países enfrentaram e enfrentam
obstinadamente a pobreza e a miséria
A China não é um parceiro estratégico apenas para o
Brasil, mas também para o Grupo Wilson Sons. A
companhia está presente no país asiático por meio de um
escritório e também adquiriu equipamentos e uma embar-
cação construídos na China.
O escritório é uma representação da Wilson Sons Agência
e da Wilson Sons Rebocadores em Shangai e funciona há
quatro anos. O Grupo não possui operações no país, mas o
escritório aproxima a companhia dos clientes chineses que
necessitam de serviços de agenciamento marítimo e rebo-
cagem no Brasil..
Wilson Sons também está próxima da China
responsáveis por excluir parte de suas
populações do consumo de bens e
serviços essenciais. Neste sentido,
nossos governos e empresas com-
partilham experiências muito ricas e
proveitosas que poderão incentivar
parcerias para o desenvolvimento nos
próximos anos.
NEW,S | Quais as perspectivas
para as relações comerciais entre
Brasil e China no médio e longo
prazo?
MAURO BORGES | A China é
um grande comprador de commodities
e o Brasil um grande vendedor. Esse
é uma condição estrutural que será
mantida nos próximos anos. Somos
reconhecidos mundialmente pela qua-
lidade das nossas commodities, como no
caso dos minérios e dos grãos. Nesse
sentido, a China continuará a ser um
parceiro importante. Não queremos
trocar a pauta, mas ampliá-la. Esse
é um desafi o para qualquer país do
mundo nas relações comerciais com a
China. A nossa intenção é aumentar
a venda de manufaturados para o país
em nichos, como no caso de aviões
regionais, por exemplo..
Setembro 2014 NEW,S10
Óleo e gás
Novo momento na Brasco
Setembro 2014 11NEW,S
Com a chegada do novo diretor executivo
e o avanço das obras na Brasco Caju,
companhia olha para o futuro
Setembro 2014 NEW,S12
A Brasco, empresa de bases lo-
gísticas para apoio ao mercado
de petróleo e gás, vive em 2014 dois
momentos muito especiais. Um deles
é a chegada do novo diretor executivo,
Gilberto Cardarelli.
Engenheiro especializado em perfu-
ração de poços e com MBA em óleo e
gás, o executivo passou por importantes
empresas do setor e pretende usar sua
experiência como diferencial compe-
titivo para a Brasco.
“Minha carreira foi no segmento
off shore e é lá onde se situam os prin-
cipais campos de petróleo no Brasil.
Minha contribuição será entender
melhor o que os clientes precisam, pois
é de lá que vem a demanda. Queremos
A Wilson Sons Ultratug Off shore
vai construir mais dois PSVs
(Platform Supply Vessels) que irão
operar para a Petrobras. Os contratos
são parte da sexta rodada de licitações
do Programa de Renovação da Frota
de Embarcações de Apoio Marítimo
(Prorefam) da estatal.
“Estamos muito contentes com o
resultado dessa rodada. As licitações
do Prorefam são importantes para
nossa estratégia de crescimento. Mais
importante que ganhar a licitação é
entregar navios que atendam às especi-
fi cações técnicas, performance e prazo
defi nidos nos contratos. O histórico da
Wilson Sons Ultratug Offshore fecha contrato para dois PSVs
sempre nos antecipar às necessidades
dos operadores e às oportunidades que
surgirão”, destaca Cardarelli.
Outro momento importante é o
avanço das obras da Brasco Caju, base
de apoio na Zona Portuária da cidade
do Rio de Janeiro cuja aquisição foi
concluída em 2013. Com a nova base,
a companhia irá mais que dobrar sua
capacidade para atender embarcações
de apoio off shore, já que, após obras
de modernização, saltará de um para
cinco berços.
“O projeto da Brasco Caju impres-
siona. As obras estão em ritmo muito
intenso. O novo cais com 508 metros
de extensão terá 345 estacas pré-mol-
dadas e 321 estacas perfi l, locadas em
oito módulos. O avanço físico das obras
no fi nal de julho era de 72% contra
um avanço planejado de 67% para esse
período. Já no primeiro semestre de
2015, toda a obra estará concluída e,
com a dragagem realizada, poderemos
começar a operar os novos berços.”
Junto com a base de Niterói, que
comemora 15 anos em 2014, a Brasco
Caju representa uma das melhores al-
ternativas para as empresas que operam
nas bacias de Santos e Campos. Loca-
lizadas na Baía de Guanabara, as bases
possuem posição estratégica.
Além dessa região, Cardarelli co-
menta que a Brasco também foca em
outras oportunidades. “As campanhas
exploratórias e de desenvolvimento se
Setembro 201413NEW,S
Wilson Sons Ultratug Offshore é
muito bom. Dos 19 navios que ope-
ramos com a Petrobras, 17 são fruto
de vitórias em licitações de novas
construções da Petrobras. A empresa
está muito motivada, vamos trabalhar
forte para continuar nossa trajetória de
crescimento, e entregar operações cada
vez melhores”, diz o diretor executivo
da empresa, Gustavo Machado.
Os novos PSVs serão construídos
nos estaleiros do Grupo Wilson Sons,
no Guarujá (SP). A WSUT também
cresce com construções no exterior.
Outros três PSVs 3.500 foram enco-
mendados para o estaleiro POET, de
Cingapura, e têm previsão de entrega
entre o quarto trimestre de 2015 e o
primeiro de 2016.
A Wilson Sons UIltratug Off shore
possui atualmente uma frota de 19 em-
barcações próprias, todas em contrato
com a Petrobras. A mais recente delas,
o PSV Zarapito, foi entregue no fi nal
de março..
concentram na região Sudeste. Após a
11ª rodada, entretanto, vêm crescendo
também as oportunidades no Espírito
Santo, bem como na Margem Equa-
torial, região muito vasta, mas com
demanda muito importante.”
ENGAJAMENTO
Quando assumiu o cargo de diretor
executivo da Brasco, em maio, Gilberto
Cardarelli sabia que poderia contribuir
muito para o desenvolvimento da
empresa. O que não sabia é que iria se
identifi car tão bem com a cultura da
Brasco e do Grupo Wilson Sons.
“Para mim, o ponto mais forte da
companhia é a postura dos dirigentes.
Os funcionários são tratados com muito
respeito e a comunicação ocorre com
transparência, o que é fundamental. Isso
faz com que eu me identifi que muito
com o Grupo”, conta ele.
Segundo o executivo, outro valor
expressivo é o nível de desenvolvimen-
to da equipe da Brasco. “As pessoas são
capacitadas e engajadas. São profi ssio-
nais comprometidos com a empresa,
o que torna nossa gestão ainda mais
estimulante.”
Cardarelli ressalta que a segurança
continuará sendo um dos principais
pilares para a Brasco. Ele comemora,
inclusive, a conquista do patamar de
classe mundial em segurança, após a
realização da segunda pesquisa de per-
cepção na companhia. Esse é o nível
mais alto de excelência e a Brasco, além
da DuPont, que desenvolveu a meto-
dologia, foi a única no país a alcançar
essa marca.
“Se não temos um nível cultural de
excelência, todo o resto do trabalho
fi cará comprometido. Nossas estatísticas
de segurança têm que estar em nível de
excelência mundial para que nossa per-
formance operacional acompanhe. Esse
patamar é o indicador mais relevante para
os nossos clientes, empresas globais de
petróleo e gás. Um prestador de serviços
que não tenha nível de excelência em
segurança, controle do meio ambiente
e saúde de seus colaboradores, não vai
conseguir conquistar ou manter clientes
desse porte”, explica o diretor..
PSV Zarapito é a embarcação mais recente da Wilson Sons Ultratug Off shore
Logística
Junho 2014 NEW,S14
Novo porto seco em Suape
EADI Suape já está em operação
A Wilson Sons Logística inaugura,
em setembro, as operações da
Estação Aduaneira de Interior (EADI)
Suape, resultado de uma licitação ven-
cida pela empresa em 2013. Com um
investimento total de R$ 11 milhões,
o novo empreendimento comporá,
junto com o Centro Logístico (CL)
Suape, que a empresa inaugurou no
ano passado, um complexo logístico,
integrando operações de comércio
exterior e logística doméstica.
Com investimento total de R$ 11 milhões, Wilson Sons Logística
inaugura EADI em uma das regiões que mais crescem no Brasil
A EADI Suape surge com a missão de
atingir a excelência, chegando ao pa-
tamar da EADI Santo André, também
operada pela companhia no estado de
São Paulo e reconhecida como uma
das maiores e mais efi cientes do país.
As principais empresas de Pernambuco
passarão a contar com uma oferta de
serviços estruturada e completa para
atender a região Nordeste.
O novo porto seco possui instalações
de ponta, com 12.000m2 de área co-
berta, 38 mil m2 de pátio, 52 tomadas
para contêineres reefer, 42 docas, área
refrigerada para produtos farmacêuti-
cos, área para químicos, além de toda
a infraestrutura administrativa para a
Receita Federal, Ministério da Agricul-
tura, Anvisa e suporte aos despachantes.
Com isso, o terminal está preparado
para receber carga de diversos segmen-
tos, em especial químico, farmacêutico,
bebidas, automobilístico, cosmético e
carga de projeto.
Junho 2014 15NEW,S
Raio-X
EADITotal 50 mil m²Armazém 12 mil m²Pátio 38 mil m²
CENTRO LOGÍSTICOTotal 29 mil m²Armazém 8 mil m²Pátio 5 mil m²
CAPACIDADE
ÁREA TOTAL 79 mil m²
INVESTIMENTO R$ 11 milhões
29 mil TEUs/ano
16 mil posições pallet no armazém
1.255 TEUs em posições para contêiner
As obras, concluídas em julho deste
ano, tiveram início em janeiro de 2012,
quando a Wilson Sons Logística, enxer-
gando o potencial econômico da região
Nordeste, decidiu operar um terminal
logístico em Pernambuco.
“A EADI Suape e o CL Suape
se encaixam na nossa estratégia de
plataformas regionais. Essas duas
unidades, junto com serviços com-
plementares de transporte, nos dão
a oportunidade de oferecer aos
nossos clientes soluções completas
e customizadas”, explica o diretor
executivo da Wilson Sons Logística,
Thomas Rittscher III. O modelo já foi
empregado com sucesso no estado de
São Paulo, onde a companhia opera a
EADI Santo André e o Centro Logís-
tico São Paulo, em Itapevi.
O executivo está otimista com a
inauguração do porto seco, já que
existe clara demanda por operadores
que tenham capacidade para integrar
comércio exterior e logística domésti-
ca, envolvendo todas as etapas de sua
operação.
“Mais do que operadores de uma
EADI, a Wilson Sons Logística tem
know-how para desenvolver projetos
específi cos e pretende conquistar mais
espaço através dos seus diferenciais. Te-
mos a melhor infraestrutura da região,
profi ssionais qualifi cados e um modelo
de gestão alinhado com os desafi os das
empresas. A companhia possui foco
nos segmentos predominantes em cada
região e oferece soluções de ponta a
ponta para a cadeia de suprimentos”,
detalha Rittscher.
Juntos, a EADI e o Centro Logístico
contam com 103 funcionários atual-
mente, dos quais 30 foram contratados
por conta das operações alfandegadas.
A expectativa é que o número de
colaboradores chegue a 200, quando
a EADI Suape atingir a capacidade
máxima. Todos são da própria região
e foram capacitados pela Wilson Sons
com base nas experiências de sucesso
da EADI Santo André..
Pessoas
C om o grande desenvolvimento
do setor de petróleo e gás nos
últimos anos e a imensa demanda por
profi ssionais qualifi cados, as empresas
precisam mostrar para suas equipes
e possíveis candidatos por que são
a melhor escolha para suas carreiras
profi ssionais. No Grupo Wilson Sons,
não é diferente. E os diferenciais estão
ao alcance dos colaboradores de todos
os seus negócios.
“O ponto mais forte do Grupo é
o bom ambiente de trabalho. Damos
muita importância às pessoas e isso é
um dos nossos valores. A empresa trata
os funcionários de maneira bastante res-
peitosa e está em constante movimento,
sempre com novos projetos”, comenta
a diretora de Desenvolvimento Organi-
zacional da Wilson Sons, Aléa Fiszpan
Steinle. “Como resultado, percebe-
mos o engajamento dos profissionais
com a companhia.”
Outro diferencial apontado pela
O que o profi ssional quer?
Em mercado competitivo como o de petróleo e gás,
Wilson Sons apresenta diferenciais para atrair funcionários
diretora é o robusto investimento em
segurança e a gestão com critérios e
indicadores acompanhados diariamen-
te, que são importantes para qualquer
segmento, mas ganham ainda mais
relevância para o setor de petróleo e
gás. “Estamos muito além do conceito.
É um trabalho que passa por toda a
equipe, desde os diretores até o time
operacional”, diz Aléa, lembrando do
programa de segurança WS+, desen-
volvido em parceria com a DuPont,
referência na área. Ela destaca ainda o
treinamento constante dos colaborado-
res e a preocupação da empresa com o
meio ambiente.
A executiva frisa que entre os
marítimos, as exigências são ainda
maiores, pois o mercado é extrema-
mente concorrido. O investimento
da Wilson Sons Ultratug Off shore em
embarcações e equipamentos moder-
nos, contudo, é um grande atrativo
para os profi ssionais.
Setembro 2014 NEW,S16
“Os marítimos nos dão retorno
muito positivo quando têm contato
com a nossa equipe no embarque e
no desembarque. Já tivemos rela-
tos de funcionários que receberam
propostas de concorrentes, mas
optaram por ficar, principalmente,
por conta do clima da companhia.
Nossa maior preocupação é com o
bem estar desse profissional e de sua
família”, diz a gerente de Desenvol-
vimento Humano e Organizacional
da Wilson Sons Ultratug Off shore,
Marcia Valeria Siqueira.
FUNCIONÁRIO VALORIZADO
O professor Aluísio Chagas, espe-
cialista em gestão na área de petróleo
e gás, aponta que a qualidade do
ambiente de trabalho realmente pesa
Setembro 2014 17NEW,S
“O ponto mais forte do Grupo é o bom ambiente
de trabalho. Damos muita importância às pessoas
e isso é um dos nossos valores.”
Aléa Fiszpan Steinle, diretora de DO
Alto padrão de segurança é diferencial para o mercado de petróleo e gás
muito na decisão do profi ssional. Es-
tar em uma empresa que o valorize,
muitas vezes, é tão importante quanto
a remuneração em si.
“Um colaborador precisa sentir que
a empresa aposta nele, que ele é uma
parte importante do negócio e não
apenas uma engrenagem que possa
ser substituída. Ele quer um ambiente
onde haja oportunidade de crescer e
que ele possa considerar uma segunda
família”, explica o especialista.
Segundo Chagas, antes de se apre-
sentar para uma entrevista de em-
prego, o candidato hoje já sabe
exatamente o perfi l da empresa que
ele procura – e se ela se enquadra
ou não no que ele busca. “Com a
popularização das redes sociais, fi cou
mais fácil trocar informações sobre
a qualidade do trabalho em cada
companhia. O colaborador não quer
mais correr riscos. Ele pesquisa e só
vai para uma entrevista de emprego
se realmente estiver disposto a vestir
a camisa daquela empresa..”
Setembro 2014 NEW,S18
Cabotagem
A pós a expansão do Tecon Salvador,
terminal de contêineres operado
pela Wilson Sons, já com um cais pre-
ferencial para a atracação de navios de
cabotagem, a capital baiana viu o seu
volume no fl uxo Manaus/Salvador
crescer quase 40% no comparativo
entre os primeiros semestres de 2014 e
2013. Neste primeiro semestre, foram
movimentados 7.298 TEU (medida
equivalente a contêineres de 20 pés).
Em um curto intervalo, Manaus
tornou-se a principal cidade de ori-
gem e destino de cargas transportadas
via cabotagem no fl uxo com a Bahia.
Superando destinos tradicionais,
como Santos (SP) e Rio Grande (RS),
a capital do Amazonas é hoje res-
ponsável por 35% de todo o volume
de cabotagem do Tecon Salvador.
Um ano atrás, Manaus ocupava a
terceira posição, com participação
de pouco mais de 20% do total
movimentado no modal.
Manaus conquista primeiro lugar em movimentação com a Bahia
Neste ano, o Tecon Salvador registrou aumento de quase 40% na
movimentação de cargas do modal envolvendo a capital amazonense
O transporte de cabotagem, dife-
rente da navegação de longo curso,
é realizado entre os portos de um
mesmo país. Dentre os produtos de
Manaus que mais desembarcaram
em Salvador no primeiro semestre,
o destaque foi para os eletrônicos.
O setor obteve incremento de 300%
nesse período do ano.
Atualmente, dois dos maiores arma-
dores de cabotagem, Aliança e Log-in,
escalam toda semana em Salvador seus
navios do fl uxo Manaus. “Histori-
camente, subia muita carga para o
Norte, enquanto descia pouca para as
outras regiões do país. Boa parte dos
produtos percorriam longas distâncias
pela rodovia. Assim, enxergamos um
grande potencial no desenvolvimento
desse mercado, tanto que instalamos
em Manaus uma equipe dedicada
à atração de cargas para a cabota-
gem”, conta a diretora comercial
do Tecon Salvador, Patrícia Iglesias.
Esse novo modelo de negócio tem
rendido bons frutos, como a atração
de novas cargas do segmento de duas
rodas, cujas descargas regulares no ter-
minal soteropolitano somaram cerca de
1 mil TEU de janeiro até junho deste
ano. No movimento inverso, subindo
de Salvador para a capital amazonense,
cargas dos segmentos da construção
civil, minérios e bebidas foram respon-
sáveis pelas maiores movimentações.
“Estamos desde 2013 estudando os
mercados e identifi cando oportuni-
dades para aumentar os volumes dos
usuários cativos, além de captar novas
cargas. Esse último é o maior desafi o
da área, ou seja, migrar os produtos
que atualmente são transportados nos
caminhões para os navios de contêi-
neres. É importante pensar que além
da redução de custos, a cabotagem
também traz vantagens nos aspectos
sociais e ambientais, que são o foco do
Tecon Salvador”, declara a executiva..
Tecon Salvador busca incentivar a navegação de cabotagem
Memória
Setembro 2014 NEW,S19
A Lei do Petróleo, de 1997, instituiu
a abertura do mercado brasileiro
de exploração e refi no do petróleo a
novos operadores, além da Petrobras. A
medida acelerou a expansão da explora-
ção off shore no país, constituindo-se em
um dos mais importantes elementos de
recuperação da indústria naval no Brasil.
Outros fatores contribuíram para tanto,
como a promulgação, no mesmo ano, da
lei que regulamentou o transporte aqua-
viário e garantiu às empresas de bandeira
brasileira a preferência nas contratações
de fretes e serviços de apoio em ope-
rações marítimas. Na mesma década, a
Petrobras lançou ainda o primeiro Plano
de Renovação da Frota de Embarcações
de Apoio (Prorefam), favorecendo o
aumento da participação de embarcações
nacionais nas atividades off shore.
O programa oferece contratos de pres-
Desbravando novos mares
Para atender a demanda do mercado de petróleo e gás, Wilson Sons iniciou
em 2003 a operação de embarcações de apoio offshore
tação de serviços para a Petrobras válidos
por oito anos e renováveis por igual pe-
ríodo. Foi prevista a contratação de 146
novas embarcações dos tipos OSRV (Oil
Spill Recovery Vessel), AHTS (Anchor Han-
dling Tug Supply Vessel) e PSV (Platform
Supply Vessel), o que vem acontecendo
em várias etapas, desde 2008.
Sintonizada com o novo momento da
indústria de construção naval brasileira,
a Wilson Sons se lançou em um novo
desafi o: a construção de embarcações
de apoio off shore. E apesar de já atuar
nesse mercado desde a década de 1970
oferecendo soluções logísticas, foi em
2003 que o Grupo entrou para o ramo
de navegação de apoio marítimo por
meio da construção das suas primeiras
embarcações off shore. Os PSVs Savei-
ros Albatroz e Saveiros Gaivota foram os
primeiros navios de uma frota criada
exclusivamente para o atendimento das
demandas do mercado.
A consagração no segmento off shore,
porém, se daria em 2010 com a criação
da Wilson Sons Ultratug Off shore, fruto
de uma joint venture entre a Wilson Sons
e o grupo chileno Ultramar. Desde a sua
criação, a companhia atende a Petrobras
e outras empresas do mercado de petró-
leo e gás, como ENI Petroleum, HESS,
Technip, Global Industries, Subsea 7,
Acergy, ONGC Videsh e Sonangol.
Em resposta ao avanço da exploração
e produção de petróleo e gás em águas
profundas e ultraprofundas que tem
demandado embarcações dotadas de
maior capacidade de carga, guincho,
potência, e rapidez, as embarcações
da Wilson Sons Ultratug Offshore
contam com um sistema de propulsão
diesel-elétrico, que garante não só
maior potência, como também menor
consumo de energia, contribuindo para
a preservação do meio ambiente, através
da redução de poluentes.
Com uma base de apoio operacional
em Niterói e 19 embarcações em ope-
ração, a Wilson Sons Ultratug Off shore
hoje conta com uma moderna frota e
prossegue na observância de seu com-
promisso em apoiar o crescimento de
seus clientes e do Brasil..Saveiros Albatroz foi a primeira embarcação de apoio off shore da Wilson Sons
Wilson Sons sempre em movimento. Desde 1837.
O grupo Wilson Sons atua em várias etapas da cadeia da indústria de óleo e gás: tem bases logísticas com localização estratégica, frota de rebocadores e embarcações de apoio offshore, agência marítima e estaleiros que constroem modernas embarcações de apoio. Reconhecido por operar com segurança, o Grupo Wilson Sons tem foco em qualidade para prestar serviços que acompanhem o contínuo crescimento desse mercado.
Wilson Sons: segurança em movimento.
www.wilsonsons.com.br
Gabriel Urbano Rodrigues trabalha na Wilson Sons há dez anos.
Mais de 175 anos de experiência a serviço da indústria de Óleo e Gás.