UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Curso de Administração
Administração Financeira
Prof.Ms.Nilo Valter Karnopp
RISCO E RETORNO
1. FUNDAMENTOS2. RISCO DE UM ATIVO INDIVIDUAL3. RISCO DE CARTEIRA4. CAPMRESUMOPROBLEMAS DE AUTO AVALIAÇÃOPROBLEMAS DE FIM DE CAPÍTULO
RISCO E RETORNO
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10ª edição. São Paulo (SP): Pearson Addison Wesley, 2007, capítulo 5.
1. FUNDAMENTOS
Risco é a possibilidade de perda financeira.
Risco = Incerteza
Refere-se à variabilidade dos retornos associados a um ativo.
Fontes de risco
Risco específico da empresa:. Risco operacional. Risco financeiro
Riscos específicos dos acionistas:. Risco de taxa de juros. Risco de liquidez. Risco de mercado
Risco para empresas e acionistas:. Risco de evento. Risco de câmbio. Risco de poder aquisitivo. Risco de tributação
Risco é a possibilidade de prejuízo financeiro ou, mais formalmente, a variabilidade do retorno associado a determinado ativo.
Retorno é o ganho ou perda total sofrido por um investimento em certo período.
Kt = (Ct + Pt – Pt-1) / Pt-1
Onde:
Kt = taxa de retorno esperada ou exigidaCt = Dividendos / ganhosPt = Preço do ativo no momento futuroPt-1 = Preço do ativo no momento zero
Retorno históricos: Tabela 5.2
Atitudes/Preferências em relação ao risco:. Indiferença ao risco. Avesso ao risco. Propenso ao risco
2. RISCO DE UM ATIVO INDIVIDUAL
Como se avalia o nível geral de risco associado a um ativo?
(a) Análise de sensibilidade (“Análise de Cenários”)
Tabela 5.3
(b) Distribuições de probabilidades
A probabilidade de um evento é a chance de ele ocorrer. Um evento de 80% de probabilidade de ocorrer poderá acontecer 8 vezes em cada 10 vezes.
Figura 5.2: Gráfico de Barras
Mensuração de Risco
Além da amplitude, deve-se usar a estatística:
. Desvio Padrão
. Coeficiente de Variaçãopara calcular a variabilidade dos retornos
dos ativos.
(a) Desvio Padrão
Mede a dispersão em torno do valor esperado.
Tabela 5.4: valores esperados dos retornos dos ativos
Tabela 5.5: Cálculo do desvio padrão dos retornos dos ativos
Tabela 5.6: Retornos médios e desvios-padrão históricos para algumas aplicações selecionadas (1996-2000) nos EUA
(b) Coeficiente de Variação
Medida de dispersão na comparação dos riscos de ativos com retornos esperados diferentes.
CV = DPk / KQuanto maior o coeficiente de variação,
maior o risco.
3. RISCO DE CARTEIRA
Retorno é a média ponderada dos retornos dos ativos individuais que compõem a carteira.
Desvio padrãoTabela 5.7: Retorno esperado, valor
esperado e desvio padrão dos retornos da carteira XY
Exemplo Assaf Neto.
CorrelaçãoSe duas séries variam na mesma direção:- são perfeitamente correlacionadas
Se duas séries variam em direções opostas:- são negativamente correlacionadas.
Figura 5.5: correlações.
DiversificaçãoO conceito de correlação é essencial na
construção de uma carteira eficiente. A diversificação pretende reduzir o risco geral.
Figura 5.6 Tabela 5.8 - (Explicação da tabela na
página 196)
O grau de correlação é medido pelo coeficiente de correlação, que varia de +1,no caso de séries entre as quais há correlação positiva perfeita, e -1, no caso de séries com correlação negativa perfeita.
Correlação, diversificação, risco e retorno – tabela 5.9
4. CAPM
CAPM – Capital Asset Pricing ModelModelo de Formação de preços de ativos
Usa-se o CAPM para entender a relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos de decisão financeira.
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Tipos de risco
Benefícios da redução de risco proporcionados pela diversificação.
Risco total = Risco não diversificável + Risco diversificável
Risco diversificável representa a parte do risco de um ativo associado a causas aleatórias e que pode ser eliminada com a diversificação da carteira.
Exemplos: greves, ações judiciais, decisões de agências reguladoras, perda de um cliente importante.
Também conhecido por risco não sistemático ou risco específico.
Risco não diversificável é atribuível a fatores de mercado que afetam a todas as empresas e não podem ser eliminado por meio da diversificação .
Exemplos: guerras, inflação, incidentes internacionais, eventos políticos.
Também conhecido por risco sistemático ou risco de mercado.
O único relevante é o risco não diversificável.
Fórmula clássica do CAPM:
Kj = Rf + (Km – Rf) x Bj
Onde;Kj = retorno exigido do ativo jRf = taxa de retorno livre de risco,
comumente medida pelo retorno de uma letra do Tesouro
Bj = coeficiente beta ou indicador de risco não diversificável do ativo j
Km = retorno do mercado; retorno da carteira de mercado de ativos
CAPM liga o risco não diversificável ao retorno a todos os ativos.
Coeficiente beta é a medida relativa de risco não diversificável. Indicador do grau de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno de mercado. Tabela 5.10 e 5.12.
Ainda com relação ao CAPM:
(Km – RF) é o prêmio por risco de mercado.
Prêmios históricos por risco: Tabela 5.2
Cálculo do retorno exigido.
Linha de Mercado de Títulos – SML
Representação gráfica do CAPM. SML é uma reta. Reflete o retorno exigido no mercado para cada nível de beta.
Figura 5.10 - SML
Deslocamentos da SML:
(a) Mudanças de expectativas inflacionáriasRf = K* + PI
Onde: PI = prêmio por inflaçãoK* = taxa real de juros
(b) Variação de aversão ao risco
A inclinação da SML reflete o grau de aversão ao risco: quanto maior a inclinação, maior o grau de aversão ao risco, pois um nível mais elevado de retorno será exigido para cada nível de risco (beta)
Para encerrar sobre CAPM:. Apóia-se em dados históricos. Betas refletem a variabilidade futura dos
retornos?. Baseia-se em hipóteses de mercado
eficiente
ENCERRAMENTO DO CAPÍTULO: RISCO E RETORNO
ResumoRevisão dos objetivos de aprendizagemProblemas de auto avaliaçãoProblemas de fim de capítulo