Download - TV system transmition
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Meios de Transmisso Digital
Ano lectivo 2011 1
1. OBJECTIVO
O presente trabalho tem como principal objectivo o estudo dos meios de
transmisso digital, bem como, fazer uma anlise detalhada dos aspectos de transmisso
dos padres: DVB-T, ISDB-T e o padro ATSC.
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2. INTRODUO
3. TELEVISO DIGITAL
O termo digital derivado da palavra dgito, que sinnimo de algarismo. A
tecnologia digital baseada na linguagem binria, formada por sequncias de dados
numricos (0 e 1), tambm conhecidos como bits. Imagens e sons so convertidos em
fluxos de bits que, por sua vez, so transformados em sinais elctricos e transportados,
atravs do ar, pelas ondas electromagnticas. Os sinais elctricos chegam ao receptor,
so novamente transformados em fluxos de bits e convertidos em imagens e sons. Se,
em um determinado momento nesse processo, houver a perda de um bit de uma
sequncia de dados digitais, toda esta sequncia estar perdida ou corrompida.
Portanto, qualquer informao digital composta por sequncias de bits que, existiro
por inteiro ou simplesmente no existiro.
por causa desse princpio que se pode afirmar que na TV digital receberemos
um sinal perfeito ou simplesmente no receberemos nenhum sinal. Em condies
normais, nas transmisses digitais as imagens estaro livres de fantasmas, chuviscos e
rudos, proporcionando muito mais qualidade do que nas actuais transmisses de TV
analgica. A tecnologia analgica, como o prprio nome diz, faz uma analogia com os
diferentes valores de luminncia (luz) e crominncia (cor) contidos nas ondas
electromagnticas. Essas ondas electromagnticas esto sempre sujeitas a oscilaes e
interferncias causadas por vrios factores naturais, tais como, chuva, vento, raios,
radiao solar e por factores gerados pelo homem tais como funcionamento de motores
e outras transmisses de radiofrequncia que causam a deteriorao do sinal.
A TV digital permitir a transmisso de imagens em HDTV, High Definition
Television (televiso de alta definio) com at 1080 linhas horizontais, na proporo
16 por 9 e sem perdas semelhante ao cinema. Nas transmisses analgicas actuais, o
udio possui no mximo em 2 canais estreo e tambm est sujeito a rudos. Com a
digitalizao, o som tambm ser melhor, possibilitando a utilizao do padro
Surround 5/1 (6 canais), semelhante ao cinema e ao DVD. No entanto, para desfrutar de
toda esta qualidade de imagens e sons, sero necessrios aparelhos de TV compatveis
com o novo padro, utilizando tela de cristal lquido (LCD) ou plasma. Alm de serem
acessveis para poucos, esses equipamentos ainda no possuem o receptor digital
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embutido. Nesse caso ser necessrio adquirir um receptor externo chamado
Set Top Box.
Atravs desse aparelho o sinal digital poder ser exibido nos televisores
existentes, seja qual for o modelo comum, LCD ou plasma com melhoria considervel
de imagem e som. Em um futuro breve, vrios modelos de TV sairo de fbrica com o
receptor digital embutido. Mas a grande novidade da TV digital est na interactividade.
Como o sinal da TV digital composto por dados em forma de dgitos binrios (bits),
ser possvel transmitir junto com imagens e sons, os aplicativos (software) para realizar
a interactividade entre o telespectador e o programa de TV. Atravs do controle remoto,
algumas dessas interaces como votaes e compras, podero ser enviadas emissora
por um canal de interactividade.
A princpio, esse retorno poder ocorrer por transmisso sem fio (WiMax), pelo cabo da
TV por assinatura ou pela linha telefnica. Tambm sero possveis novos servios e
aplicaes com interactividade local sem retorno de dados emissora como guia de
programao, contedo multimdia adicional com informaes e curiosidades sobre os
programas, entre outros recursos. O telespectador se tornar um usurio e ter uma
postura mais activa diante da televiso.
Utilizando o controle remoto ser possvel realizar interaces e acessar recursos e
contedos de uma forma que, actualmente, s esto disponveis na Internet, em DVDs e
CD-ROMs multimdia. A interactividade do telespectador com o contedo televisivo j
est sendo pesquisada e desenvolvida.
A televiso digital surgiu com uma evoluo natural da televiso analgica.
Anteriormente, todas as etapas envolvidas na produo de um programa ( gravao de
cena, edio, acabamento e armazenamento dos vdeos), na transmisso (gerao de
vdeo composto, modulao, amplificao, radiodifuso) e na recepo ( captao do
sinal pela antena, demodulao pelo receptor do aparelho de televiso e apresentao da
imagem e udio ao telespectador) do sinal pelo usurio eram analgicas, ou seja, os
sinais que representavam a imagem e o udio gerados no estdio eram analgicos, bem
como os sinais transmitidos para os receptores de TV, tambm eram analgicos.
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No Brasil, atualmente, a informao gerada digitalmente em estdio. Esses
sinais so convertidos em sinais analgicos e transmitidos para os receptores analgicos
de televiso. Na TV digital, todos os processos passam a ser digitais; portanto, a
imagem, o udio e demais informaes so geradas, transmitidas e recebidas na forma
de sinais digitais. Ela apresenta melhor definio de imagem e de som: A imagem
mais larga que a atual (tela panormica), com maior grau de resoluo (alta definio) e
som estreo.
Um sistema de TV digital formado por um conjunto de padres, conforme
apresentado na Figura 1, que identifica seus componentes bsicos: O vdeo e o udio
representam os servios indispensveis transmisso de TV digital; E a interatividade e
os novos servios (comrcio eletrnico, acesso Internet), que so adicionados ao
sistema pelo middleware. Esses novos servios, introduzidos pela televiso digital, so
oriundos da transmisso de dados com o vdeo e o udio. Eles podem ser empregados
para oferecer novos conceitos na transmisso de programas para os usurios, ou mesmo
enviar dados para aplicaes que no possuem ligao directa com a programao
televisiva.
Na televiso digital, os telespectadores passam a ser denominados usurios, pois
eles participam ativamente ao interagir com as emissoras e com as empresas provedoras
de servios.
Figura 3: Conjunto de padres em um sistema de televiso digital para difuso terrestre.
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3.1. HDTV - TELEVISO DE ALTA DEFINIO
A TV de alta definio (High Definition Television - HDTV) um sistema de
televiso digital que apresenta melhor qualidade de imagem, quando comparada aos
sistemas tradicionais de televiso. A HDTV permite a transmisso de imagens com
maior nmero de detalhes, maior largura do quadro (relao de aspecto de 16:9) e com
som estreo de at seis canais, permitindo a utilizao em diversos idiomas, dentre
outros servios.
A figura 3.1 apresenta a comparao entre televisores com razo de aspecto 4:3
e 16:9. A comparao mais adequada entre a televiso convencional e a HDTV, todavia,
no se baseia na relao de aspecto, e sim no detalhe da imagem (a HDTV permite que
a imagem seja observada por um ngulo muito maior).
Atualmente, os sistemas de HDTV mais populares so:
a) Sistema com 750 linhas/quadro, 60 quadros/segundo, varredura progressiva de
60 campos/segundo (sem intercalamento) e 720 linhas activas por quadro;
Figura 3.1: Comparao entre a relao de aspecto 4:3 e 16:9
b) Sistema com 1.125 linhas/quadro, 30 quadros/segundo e varredura intercalada
de 60 campos segundo e 1080 linhas activas por quadro.
Na varredura intercalada, apenas metade da figura est na tela em qualquer
momento: Enquanto um frame mostra apenas as linhas mpares (1,3,5,...), o prximo
frame apresenta apenas as linhas pares (2,4,6,...). Esse fenmeno acontece to rpido
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que o olho humano tem a sensao de que apenas uma imagem vista. A varredura
progressiva faz com que cada frame seja mostrado completo a cada instante.
Em vez de intercalar as linhas, cada frame apresentado como sendo composto pela
linha 1, linha 2, linha 3 e assim por diante. O resultado final uma imagem mais ntida.
Os sinais de HDTV so difundidos, conforme mencionado, no formato de 720p
ou 1080 respectivamente: 720p significa que h 720 linhas horizontais que so varridas
progressivamente, e 1080 indica que existem 1080 linhas horizontais que so varridas
em forma de intercalamento. Apesar de haver uma diferena significativa entre o
nmero de linhas horizontais que so escaneadas, o resultado das imagens obtidas por
meio do 720pcdo 1080 muito semelhante.
Um canal de TV digital pode transmitir tanto a programao de HDTV quanto a
de SDTV (Standard Definition Television), ou mesmo as duas simultaneamente. O
nmero de programas vai depender da largura de banda alocada disponvel. Diversos
pases ainda transmitem a programao de televiso digital no formato SDTV. A SDTV
um sistema com uma resoluo espacial de 480 linhas (com 640 pixels1
por linha) e
uma resoluo temporal de 60 quadros por segundo em modo entrelaado. A qualidade
de imagem da SDTV superior recebida pelas emissoras abertas de televiso
analgica, no apresentando problemas como o de cores cruzadas ou chuviscos tpicos
que ocorrem na recepo domstica de sinais analgicos.
Actualmente, a maioria das transmisses realizada no formato 4:3, mesmo que
haja uma tendncia migrao para o formato 16:9 (widescreen). Comparativamente, a
taxa de bits correspondente a um programa de HDTV permite a transmisso de quatro
programas de SDTV. Alm da HDTV e da SDTV, tambm h possibilidade de
transmisso de HDTV:
Enhanced Definition Television (EDTV): A TV com definio melhorada
intermediria e, embora no apresente os valores de resoluo da HDTV, apresenta uma
qualidade de imagem melhor do que a SDTV. Tipicamente, tm-se uma tela larga (16:9)
e resoluo de 480 linhas, 720 pixels/linha e varredura em modo progressivo. O udio
o estreo (5/1), como na HDTV.
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Low Definition Television (LDTV): A TV de baixa definio tem qualidade ou
resoluo inferior SDTV. Um exemplo tpico o sistema com 240 linhas, 320 pixels
por linha e varredura progressiva. Grande nmero de softwares e placas de captura para
microcomputadores, por exemplo, trabalham actualmente com imagens nessa ordem de
resoluo. Outro exemplo tpico o videocassete domstico, que apresenta resoluo de
480 linhas entrelaadas e cerca de 330 pixels/linha (alm de uma sensvel degradao na
resoluo cromtica, facto que no ocorre na LDTV).
3.2. A PLATAFORMA DE PROGRAMAO DIGITAL
O middleware a camada de software, ou plataforma de programao, entre a
rede e suas aplicaes, e permite servios interactivos na TV digital. Seu objectivo
principal fornecer um conjunto de ferramentas que possibilite a interoperabilidade
entre sistemas de transmisso de vdeo para vrios tipos de mdias de transmisso,
incluindo satlites, cabos, redes terrestres e microondas.
Em seu nvel mais bsico, o middleware possui um software que tem acesso ao fluxo de
vdeo, udio e dados, fazendo o roteamento deles para um dispositivo de sada (monitor)
ou guardando os dados em um dispositivo de armazenamento. O middleware recebe
entradas dos dispositivos de entrada (o controle remoto ou o teclado) do telespectador, e
envia sadas para a tela da televiso e para as caixas de som, alm de proporcionar a
comunicao com entidades remotas por meio de um canal remoto.
A arquitectura bsica da organizao dos elementos do middleware, apresentada na
figura 3, pode ser descrita como a seguir:
a) Recursos: A camada inferior representa os recursos de hardware e de software da
plataforma, cujos elementos (placa-me, microprocessadores, subsistemas e sistemas
operacionais em tempo real - RTOS) variam conforme o fabricante. O middleware
visualiza os recursos de forma abstracta, de maneira que os recursos podem ser
mapeados em uma ou mais entidades de hardware distintas.
b) Middleware: As aplicaes no tm acesso directo aos recursos, e o middleware
fornece s aplicaes uma viso abstracta deles. Ele isola a aplicao do hardware,
possibilitando a portabilidade da aplicao. Alm disso, o middleware responsvel por
gernciar todas as aplicaes, inclusive as residentes.
c) API: A API (interface de programao de aplicaes) prove os servios
associados s aplicaes. Na prtica, existem diversas APIs que implementam servios
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e interfaces distintas. O middleware implementa a API, apresentando um modelo
abstracto de:
- Streams de udio e vdeo executados de diferentes fontes e canais para conduzidos;
- Comandos e eventos;
- Registos ou arquivos de dados;
- Recursos de hardware.
d) Aplicaes: Implementam servios interactivos na forma de software para serem
executados com uma ou mais entidades de hardware. A API do middleware a viso
que as aplicaes tm do software dos sistemas.
Aplicaes
API
Middleware Gerente de Aplicaes
Recursos
Figura 3.2: Arquitectura bsica dos elementos de um middleware [MC/MCT/FINEP/FUNTTEL, 2004]
Actualmente, h trs grandes padres de middleware em uso: o DASE, do
padro americano de televiso digital (ATSC), o MHP, do padro europeu (DVB), e o
ARIB, do padro japons (ISDB). Alm desses, outros padres tm sido desenvolvidos
para suporte a vdeo interactivo, como o MHEG e o MPEG-4.
3.3. INTERATIVIDADE
Em um sistema de televiso digital interactiva, necessrio o armazenamento
local das informaes. Independentemente da existncia do canal de interactividade, a
interaco do usurio fornecida basicamente pelo processamento das informaes
armazenadas localmente. Assim, deve haver o armazenamento local das informaes ou
a existncia de um canal de retorno para prover a interactividade.
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Os novos aparelhos digitais possuiro transceptores que permitiro a interactividade,
embora os equipamentos de televiso convencional estejam aptos a receber o contedo
da TV digital e fazer a interactividade por meio de um equipamento chamado set-top
box. A figura 3.3 apresenta um modelo de set-top box disponvel comercialmente.
Figura 3.3: Modelo de set-top box disponvel comercialmente.
O set-top box surge no cenrio actual como opo ao alto custo de um televisor
digital. Trata-se de um decodificador que recebe o contedo da TV digital e o converte
no formato analgico, de modo que o usurio possa ter acesso tecnologia digital. Com
ele tambm possvel navegar na internet, fazendo uso de um canal de retorno. E, a
partir do contacto inicial com a tecnologia digital, o usurio pode se decidir pela
transio para o equipamento de televiso digital.
A figura 3.3.1 apresenta o modelo de um sistema de televiso digital com
interactividade. Esse modelo mostra a gerao dos programas televisivos pelas
emissoras, que distribuem sua programao por radiodifuso aos usurios espalhados
pelo pas. O usurio recebe a programao digital e o set-top box realiza a converso,
permitindo que se assista TV digital nos aparelhos analgicos. As informaes
provenientes da emissora ou provedor de servio de radiodifuso so transmitidas
atravs do canal de broadcast, enquanto as informaes interactivas podem ser
transmitidas por meio do canal de interactividade ou mesmo pelo canal de radiodifuso.
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E as informaes do usurio so transmitidas pelo canal de interactividade.
Figura 3.3.1: Modelo de sistema de televiso digital com interactividade.
A forma mais bsica de interactividade chamada de interactividade local, que
utiliza o terminal do usurio ou do set-top box. Os dados pertencentes a determinados
servios interactivos so transmitidos e armazenados no terminal. Esse terminal pode
reagir s respostas do usurio sem requerer trocas de dados ao longo da rede.
Caso se almeje habilitar o usurio a responder, de alguma maneira, ao servio
interactivo, e se o provedor ou o operador da rede devem captar tal resposta e reagir a
ela, deve-se prover um canal de interactividade ao longo da rede de transmisso. Essa
interactividade pode ser simples, como na votao em um participante de algum
programa televisivo. Para esse cenrio, seria suficiente apenas um canal de retorno
direccional do telespectador em direco ao provedor.
Se for necessrio um nvel maior de interactividade, quando o usurio precisa de
uma resposta (na hiptese de uma compra on-line, por exemplo, em que o consumidor
envia os dados de seu carto de crdito e deve receber a confirmao da transaco
efectuada), deve-se implementar um canal directo entre o provedor e o consumidor. O
canal de broadcast no ser suficiente se no dispuser de um endereamento individual,
visto que tal informao confidencial e deve ser destinada unicamente ao cliente em
questo.
Se a informao esperada ou requisitada pelo usurio do servio interactivo for
mais complexa ou exigir uma alta capacidade de transmisso, um outro nvel de
interactividade deve ser atingido. o caso de um potencial consumidor que, ao
acompanhar o anncio de um produto de um fabricante, entra em contacto com ele para
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informaes suplementares. Nesse caso, o canal de interactividade directo deve ser
transmitido via radiodifuso. O servio interactivo, ento, se assemelha a uma
comunicao bidireccional com exigncias similares para a capacidade e a qualidade de
transmisso, tanto na direco directa quanto na reversa.
A adio de interactividade infra-estrutura da televiso digital exige que a
instalao do sistema seja estendida aos componentes que fornecem comunicao entre
o usurio final e o fornecedor do servio interactivo. Pode-se fazer uso da alta taxa de
bits dos canais de broadcast da televiso digital na distribuio da informao ao
usurio do servio interactivo em taxas que atingem at 20 Mbps por canal em redes de
difuso terrestres, e at 38 Mbps por canal em redes de difuso via satlite ou cabo. A
capacidade de transmisso do canal de interactividade vai depender do tipo de rede
utilizado para transmisso.
3.3.1. SERVIOS INTERATIVOS
O termo servios interactivos pode descrever uma gama de diferentes tipos de
servios oferecidos, que exigem um nvel varivel de interaco entre o usurio e o
fornecedor do servio ou operador da rede. A interactividade proporciona algumas
novas funcionalidades televiso. Alguns dos servios que j esto disponveis, ou que
estaro em breve, so:
a) EPG - Talvez a mais antiga forma de interactividade pela televiso, o Guia de
Programao Electrnica (EPG) permite aos usurios acompanhar a
programao de centenas de canais, facilitando a escolha do programa desejado.
b) Enhanced TV - uma evoluo para os programas de televiso que j utilizam
a interactividade; A diferena reside no formato pelo qual o usurio interage
com a emissora, que no mais via internet (pelo computador) ou via telefone,
mas pelo prprio receptor de TV digital.
c) Individualized TV - Nesse tipo de servio, o usurio ter disposio um nvel
de interactividade semelhante ao de um aparelho de DVD (ser possvel
configurar opes de cmara, som e legenda de acordo com sua vontade).
d) Internet TV - o servio que permite o acesso internet na tela da TV.
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e) Video On Demand - O VOD uma aplicao interactiva que teve grande
impulso nos ltimos anos; trata-se de uma aplicao que fornece aos usurios
uma seleco com filmes ou programas de TV disponveis naquele instante. O
VOD difere do EPG por permitir a busca de um programa dentro de uma base de
dados com milhares de atraces, indicando se aquela desejada pelo
telespectador est em exibio e em que canal.
f) Anncios comerciais - Propagandas comerciais podem ser incrementadas com a
opo de detalhar, caso o usurio se interesse, determinado produto anunciado.
Tambm j h aplicaes em que o usurio entra em contacto directo com o
vendedor, podendo inclusive adquirir o produto por meio da televiso.
Aplicao semelhante j disponibilizada em canais dedicados a vendas.
g) Compra de MP3, filmes ou produtos educativos, que podem ser baixados via
download de um servidor aps efectuada a transaco.
Alm dos servios interactivos, outros so disponibilizados pela televiso
digital:
h) Mono programao - Exibio de um nico programa, com contedo de vdeo
e de udio associado, em uma frequncia designada exclusivamente para a
emissora ou programadora. Essa opo, no obrigatria no ambiente da TV
digital terrestre, vem sendo utilizada em alguns pases nas transmisses de
imagem em alta definio (HDTV).
i) Multiprogramao - Oferta de mltiplas programaes simultneas atravs de
um nico canal de frequncias. Graas codificao de sinais de vdeoo u udio
e dados, possvel transmitir de quatro a seis programas simultneos, em SDTV.
j) Mobilidade ou portabilidade - Permite a recepo dos sinais de TV digital pelo
usurio em diferentes condies de movimento (parado, caminhando ou mesmo
dentro de um veculo em alta velocidade). A recepo pode ser realizada por
meio de aparelhos de televiso em veculos e de receptores de TV integrados a
aparelhos celulares ou palmtops.
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k) Multisservios - Congregam vrios servios de radiodifuso e de
telecomunicaes, simultaneamente, em uma mesma plataforma de televiso
digital.
3.4. PADRES DE TELEVISO DIGITAL
Existem trs sistemas principais de TV digital em operao no mundo: o sistema
americano Advanced Television Systems Committee (ATSC), o sistema europeu Digital
Video Broadcasting Terrestrial (DVB-T) e o sistema japons Integrated Services Digital
Broadcasting Terrestrial (ISDB-T). Os objectivos comuns aos diversos sistemas so:
manter as mesmas faixas de frequncia hoje utilizadas, aumentar as resolues espaciais
vertical e horizontal, melhorar a representao de cores, apresentar uma razo de
aspecto de 16:9, para aproximar o formato ao da tela de cinema (o aparelho analgico
usa uma razo de 4:3), som multicanal de alta fidelidade e transmisso de dados.
Existem tambm padres para TV digital via cabo ou satlite.
As especificaes para transmisso terrestre dos sinais so apresentadas na
Tabela 3.4. Alm desses, h tambm o sistema chins (Advanced Digital Television
Broadcasting ou ADTB) de desenvolvimento mais recente middleware [Resende, 2004],
Nesta seco so analisados os trs sistemas j estabelecidos: o ATSC, o DVB-T e o
ISDB-T.
Tabela 3.4: Especificaes para transmisso em radiodifuso terrestre.
ATSC DVB-T ISDB-T
Digitalizao de vdeo MPEG-2 MPEG-2 MPEG-2
Digitalizao de udio DOLBY AC-3 MPEG-2 ACC MPEG-2 AAC
Multiplexao MPEG MPEG MPEG
Transmisso dos sinais Modulao 8-VSB Multiplex COFDM Multiplex
COFDM
Middleware DASE MHP ARIB
Em um padro de TV digital, a tcnica de modulao utilizada para transmitir o
sinal a principal caracterstica. Dois mtodos so geralmente utilizados: O modelo de
portadora nica (Single-Carrier Modulation - SCM) e o modelo de mltiplas portadoras
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(Multiple-Carrier Modulation - MCM); Cada modelo proporciona diferentes
comportamentos no sinal de comunicaes, alm de utilizar mtodos de codificao
distintos.
O sistema americano (ATSC) utiliza a tcnica de portadora nica, com os
esquemas de modulao 8VSB (Vestigial Side Band com 8 nveis) e OQAM (Offset
Quadrature Amplitude Modulation) respectivamente; J os sistemas europeu (DVB-T)
e Japons (ISDB-T) fazem uso da tcnica de portadoras mltiplas e trabalham com o
COFDM (Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing). A multiplexao por
diviso em frequncia (FDM) no uma tcnica nova, e aparece no DVB e no ISDB
com sinais digitais ortogonais, ou seja, sem interferncia entre eles. A figura 6 ilustra as
opes de padres para a TV digital apresentadas na Tabela .
3.4.1. DVB -T
O Padro europeu de TV digital, o digital vdeo broadcasting (DVB), foi
iniciado em Setembro de 1993 por um consorcio composto por mais de 300 membros,
entre fabricantes de equipamentos, operadoras de rede, desenvolvedores de software e
rgo de regulamentao de 35 pases. Trata se de um conjunto de documentos
relacionados transmisso, transporte, codificao e middleware. Actualmente, O DVB
dotado na unio Europeia, Austrlia, Nova Zelndia, Malsia, Hong Kong, Singapura,
ndia e frica do Sul, e outros 100 pases.
Figura 3.4.1a: Opes de padres para a TV digital
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Figura 3.4.1b: Arquitectura do padro DVB
O DVB-T (padro para radiodifuso terrestre) foi desenvolvido para atender s
diversas necessidades de vrios pases e, por isso um padro flexvel em relao a
modos de configurao (um total de 126 possveis configuraes). O sistema de
transmisso opera em canais de 6,7 ou 8 MHz, com multiplexao COFDM, com 1.705
portadoras (sistema 2k) ou 6.817 portadoras (sistema 8k), e sua taxa de transmisso
pode variar entre 5 e 31,7 Mbps. A transmisso SDTV no DVB-T permite a difuso de
at seis programas simultaneamente em uma mesma largura de banda terrestre. A
codificao do canal realizada para diminuir o efeito do canal sobre o sinal
transmitido, diminuindo assim o nmero de erros. Para a proteco contra erros, o
padro DVB usa o cdigo Reed-Solomon, concatenado com um cdigo convolucional,
do tipo usado em comunicaes mveis celulares, como o sistema CdmaOne (IS-95)
fabricado pela Qualcomm, puncionado (alguns bits so suprimidos).
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A utilizao de intervalos de guarda entre os smbolos das vrias portadoras
garante mais robustez em relao interferncia intersimblica.
Figura 3.4.1c: Esquema do padro DVB |TELECO, 2006].
Ainda com relao modulao, o DVB-C (transmisso via cabo) utiliza
modulao 64-QAM, com 6 bits de dados por smbolo; O DVB-S (transmisso via
satlite) usa a modulao QPSK; O DVB-MC (transmisso via microondas operando
em frequncias de at 10GHz) se vale do MMDS com 16,32 ou 64 QAM, e o DVB-MS
(transmisso via microondas operando em frequncias acima de 10GHz) emprega o
LMDS com QPSK.
3.4.1.1. ESPECIFICAES PARA O PADRO DVB
O consrcio europeu DVB apresenta um conjunto de especificaes para
servios interactivos, descrevendo solues para uma variedade de possveis
configuraes de rede, englobando as especificaes de difuso de seu padro, bem
como as redes interactivas que sejam capazes de prover o canal de retorno aos sistemas
de televiso digital.
A tabela 3.4.1.1 resume as reas tcnicas especificadas e os respectivos
acrnimos. Sendo assim, temos a tabela 3.4.1.1 que representa o conjunto de
especificaes do padro DVB para o canal de interactividade .
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Tabela 3.4.1.1: Resumo das reas tcnicas especificadas e os respectivos acrnimos.
Embora esse conjunto de especificaes tenha sido definido para o padro europeu de
televiso digital, apenas Finlndia e Itlia, alm da Inglaterra, empregam actualmente o
canal de retorno nas suas transmisses de TV digital Multimedia Home Platform - MHP
O MHP e o sistema aberto de middleware designado para o padro europeu de
televiso digital. Ele define uma interface genrica entre as aplicaes digitais
interactivas e os terminais nos quais essas aplicaes so executadas. O MHP expande
os padres existentes do DVB para servios interactivos e de difuso em todas as redes
de transmisses, incluindo sistemas terrestres, de satlite, de cabo e de microondas. O
MHP baseia-se em uma plataforma denominada DVB-J, que inclui uma mquina virtual
definida conforme especificaes da Java Virtual Machine, da Sun Microsystems.
Diversos pacotes de software provem interfaces genricas de programao de
aplicativos (APIs) para um grande nmero de recursos da plataforma. As aplicaes
MHP cessam a plataforma apenas a partir dessas APIs especficas. O MHP possui trs
diferentes perfis que fornecem conjuntos de recursos e funes para interactividade
local, interactividade com canal de retorno e acesso Internet.
Canal de Interactividade Acrnimo DVB
RSDI/ISDN DVB-RCP
DECT DVB-RCD
GSM DVB-RCG
CATV DVB-RCC
LMDS DVB-RCL
Satlite DVB-RCS
SMATV DVB-RCCS
Terrestre DVB-RCT
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3.4.1.2. TRANSMISSO NO DVB
Para que o sinal de banda-base seja transmitido pelo canal, ele tem de submeter-
se a uma codificao e a uma modulao. Uma correco de erro FEC (Forward Error
Correction) necessria para permitir ao receptor corrigir os erros que ocorreram em
consequncia do rudo e outros distrbios no trajecto de transmisso. Alm disso, um
mtodo de sincronizao tem que ser fornecido. O diagrama de blocos completo para o
codificador DVB-T mostrado na Figura 3.4.1.2.
O processamento de codificao no DVB-C, DVB-S e DVB-T baseado nos
mesmos conceitos fundamentais, Assim, os primeiros quatro blocos do diagrama so
comuns aos trs sistemas.
Figura 3.4.1.2: Diagrama de blocos do codificador DVB-T.
O codificador interno s se faz necessrio nas transmisses via satlite e
terrestre. Note que a especificao do DVB-S foi desenvolvida em meados de 1993.
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Nesse perodo, considerou-se o tipo de processamento do codificador escolhido
muito avanado e longas discusses foram feitas sobre a viabilidade econmica da im-
plementao no receptor do usurio de um descodificador de Viterbi, por exemplo. Os
blocos identificados em cinza so especficos do DVB-T.
Existem diferenas principalmente com relao modulao utilizada em cada
sistema. Para DVB-C, a modulao escolhida foi a QAM (com 16, 32, 64, ou 256
pontos na constelao). O DVB-S utiliza QPSK ou BPQSK e o DVB-T utiliza OFDM
(Orthogonal Frequency Division Multiplexing), que ser descrito mais sero a seguir
descritas, de forma resumida, as funes dos principais blocos do diagrama da figura 9,
para melhor entender o funcionamento do sistema de transmisso.
3.4.2. O PADRO ATSC
O padro americano de TV digital, o Advanced Television Systems Committee
(ATSC), inclui a TV de alta definio (HDTV), a TV com definio normal (SDTV),
transmisso de dados, udio com som multicanal e transmisso directa para residncias
via satlite (direct-to-home broadeasting).
Figura 3.4.2a: Arquitectura do padro ATSC
Iniciado em 1982 e composto, actualmente, por cerca de 130 membros
(fabricantes de equipamentos, operadores de redes, desenvolvedores de software e
rgos de regulamentao), o ATSC est em funcionamento nos Estados Unidos desde
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Ano lectivo 2011 (UAN). 20
Novembro de 1998, e foi adoptado pelo Canad, Coreia do Sul e Mxico. Em 2006, os
Estados Unidos contavam com mais de vinte e oito milhes de televisores digitais
vendidos desde 1998. E formado por um conjunto de documentos que definem os
diversos padres adoptados, incluindo aqueles relacionados transmisso, transporte,
codificao e middleware.
Na radiodifuso terrestre, opera com canais de 6, 7 ou 8 MHz. A informao
original, com taxa de 1 Gbit/s comprimida para 19,3 Mbit/s e depois codificada, para
proteco contra erros, com um codificador Reed - Solomon (mesmo cdigo utilizado
no DVD) e outro de trelia. O sinal resultante modulado em 8-VSB para transmisso
em um canal de 6 MHz, utilizando um esquema de portadora nica (Single Carrier
Modulation - SCM).
A tcnica de modulao VSB usada no PAL-M e NTSC por conta da
economia de faixa em relao ao AM (para a transmisso de vdeo) e porque sua
gerao demandava equipamentos menos precisos e mais baratos que os necessrios
para o Single Side Band (SSB), entretanto, ele apresenta problemas na recepo por
antenas internas e no permite a recepo mvel. J a TV a cabo utiliza modulao
64-QAM (similar ao DVB), e as transmisses via satlite fazem uso da modulao
QPSK (tambm similarmente ao DVB).
O sistema ATSC utiliza o formato de 1920 x 1080 pixels, com varredura
entrelaada de 60 campos/s ou de 1280 x 720, com varredura progressiva de 30
quadros/s. O vdeo usa codificao MPEG-2, criado pelo Grupo de Especialistas em
Vdeo, e o udio segue o padro Dolby AC-3, verso do padro usada em salas de
cinema ou em equipamentos de som de alta qualidade.
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Ano lectivo 2011 (UAN). 21
Figura 3.4.2b: Esquema do padro ATSC.
O sistema permite atingir vrias qualidades de imagem com 18 formatos de
vdeo diferentes (SDTV, HDTV ou qualidades intermedirias atingidas por diferentes
taxas de quadro), alm de permitir a transmisso de dados. Esse sistema foi
desenvolvido para operar em canais com vrias caractersticas de atenuao, desde o
rudo branco, multipercursos, rudos impulsivos e de fase. Tambm preparado para
operar em bandas densamente ocupadas, com ptima eficincia espectral, sem sofrer a
interferncia do sinal de TV NTSC.
DTV APPLICATION SOFTWARE ENVIRONMNET - DASE
O DASE um padro ATSC que define a plataforma para funes avanadas do
receptor. Ele interage com os servios da plataforma do receptor, de maneira a aceitar
entradas da transmisso de transporte e do usurio final e gerar sadas de udio e
grficos para os sistemas receptores. A plataforma dos receptores oferece servios
essenciais ao DASE, como operar em servios de sistemas, servios de entrada e sada e
de memria.
Tambm possui dois ambientes de aplicaes para suporte a aplicaes
declarativas e procedurais. O ambiente de aplicaes declarativo chamado DAE
(Declarative Application Environment), enquanto o ambiente de aplicaes proccdural
chamado PAE (Procedural Application Environment) e processa contedos com
objectos activos com uma mquina virtual Java. Alm do DAE e do PAE, o DASE
contm decodificadores de contedo que atendem tanto s aplicaes procedurais
quanto s declarativas para decodificao e apresentao de tipos comuns de contedo,
como os formatos PNG, Portable Font Resource e JPEG.
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3.4.3. O PADRO ISDB-T
O padro de TV digital Integrated Services Digital Broadcasting for Terrestrial
Television (ISDB-T) foi concebido para executar a transmisso digital dos sinais de
televiso, permitindo que o modelo de TV de alta definio HDTV esteja acessvel tanto
para usurios que utilizam receptores com fio quanto para aqueles com receptores
mveis e sem fio, com baixa definio de imagem.
Especificado em 1999 no Japo pelo grupo DiBEG (Digital Broadcasting
Experts Group), o ISDB-T composto por vrias empresas e operadoras de televiso
daquele pas. At o momento tem sido adoptado apenas no Japo; Em contrapartida,
amplamente divulgado que o ISDB rene o maior conjunto de facilidades tcnicas
dentre os trs principais padres de TV digital: Alta definio, transmisso de dados e
recepo mvel e porttil.
Figura 3.4.3a: Arquitectura do padro ISDB.
O sistema ISDB-T pode transmitir vdeo, som, dados ou uma combinao dos
trs, j que apresenta grande flexibilidade de configurao, graas ao modo como foi
concebido. O modo como sua banda segmentada define seu mtodo de transmisso,
conhecido como BST-OFDM (Band Segmented Transmission OFDM). Ele possui 13
segmentos distintos que podem ser configurados de trs modos diferentes: Esses modos,
denominados camadas do sistema, podem ser modulados de forma independente por
meio de esquemas de modulao multi- nveis, e transmitidos por um sistema MCM,
que o OFDM. Ele pode ser visto como uma variante melhorada do sistema europeu.
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Figura 3.4.3b: Esquema do padro ISDB.
As principais caractersticas do ISDB T so:
a) Transmisso de HDTV, SDTV e LDTV.
b) Transmisso de mltiplos programas;
c) Servios interactivos e multimdia de alta qualidade para receptores mveis e
fixos;
d) - Transmisso hierrquica, permitindo uma configurao diferenciada para
variados receptores, inclusive para recepo parcial.
O ISDB-T opera com canais de 6, 7 ou 8 MHZ, utiliza a multiplexao COFDM,
com variaes, e codificao da carga til do sinal com MPEG-2. A proteco contra
erros provida por cdigo Reed-Solomon concatenado com cdigo convolucional;
projectado para suportar sistemas hierrquicos com mltiplos nveis, o ISDB-T alcana
uma taxa de transmisso que varia entre 3,65 e 23,23 Mbps. J a televiso a cabo
emprega o esquema de modulao 64-QAM, enquanto a transmisso via satlite usa a
modulao 8-PSK.
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Association of Radio Industries and Business - ARIB
A Association of Radio Industries and Business estabeleceu os padres ARIB
para transmisso e codificao de dados para radiodifuso digital, que so baseados em
uma especificao XML, consistindo em trs partes: Codificao de monomdia (criada
para manter a compatibilidade com o antigo sistema de transmisso de dados
multiplexados que j estava em uso no Japo), codificao de multimdia (busca
estabelecer uma compatibilidade com os padres de uso de rede e mtodos de
transmisso de dados usados nos sistemas europeu e americano) e especificao de
transmisso de dados.
H duas especificaes para a execuo de aplicaes: A primeira baseada no
padro ARIB B24 e possui suporte a aplicaes declarativas, usando a linguagem de
marcao BML (Broadcast Markup Language), e a segunda se baseia no padro
ARIB B23, que definiu um ambiente de aplicaes procedurais baseado nos padres
DVB ou MHP e GEM (Globally Executable M H P ).
3.5. CODIFICAO DE FONTE
Antes de serem transmitidos, os sinais devem ser gerados por alguma fonte. No
caso da televiso digital, os sinais tpicos so udio e vdeo, alm dos dados para
controle da transmisso e interactividade. Os sinais de udio e vdeo so captados pela
cmara e processados por um equipamento conhecido genericamente como codificador
de fonte.
O codificador de fonte transforma o sinal analgico captado em um sinal digital,
para permitir o armazenamento em um equipamento de memria de massa, como o
hard disc (HD) ou digital vdeo disc (DVD), ou ainda a transmisso directa para o
estdio. A anlise de qualquer sistema de comunicaes, incluindo televiso, revela
que, de modo geral, os sistemas podem ser representados como mostra a Figura 3.5
cujos blocos so definidos a seguir:
Fonte: Origina a informao a ser transmitida. So exemplos de fonte a sada de um
terminal de computador, de um microfone, de uma cmara de televiso ou de um sensor
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remoto em um sistema de telemetria. A fonte comummente modelada por um sinal
estocstico ou por um gerador de dados aleatrios a serem transmitidos.
Figura 3.5a: Sistema de comunicaes genrico.
Transmissor: Converte a sada da fonte em formas de onda adequadas para transmisso
no canal. A funo do transmissor pode ser subdividida como indicado a seguir:
Codificador de fonte: Em muitos casos, consiste apenas em um conversor analgico
ou digital. Em aplicaes mais sofisticadas, pode realizar a funo de remover detalhes
desnecessrios da informao, como, por exemplo, no tratamento de imagens.
Codificador de canal: Adiciona redundncia controlada sada do codificador de
fonte, para combater os efeitos do rudo. Os mais usados em sistemas de televiso
digital so os codificadores Reed-Solomon, que codifica a informao em blocos, e
Viterbi, que faz a codificao convolucional.
Modulador: Translada a sada do codificador de canal para uma forma de onda e
frequncia adequadas para transmisso por meio do canal. O modulador geralmente
seguido de um amplificador de potncia, que eleva o nvel do sinal e faz o casamento
de impedncias com o guia de onda que leva o sinal antena, quando a transmisso
area. A antena o elemento que emite as ondas electromagnticas para o meio de
transmisso. Para realizar o acoplamento mximo de potncia, a antena deve ler a
mesma impedncia do meio de transmisso.
Canal: Meio fsico pelo qual a informao passa antes de alcanar o receptor. Um
canal pode consistir em um par de fios, uma fibra ptica em um sistema de televiso
por assinatura ou um enlace de microondas do tipo Servio de Distribuio Multiponto
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Meios de Transmisso Digital
Ano lectivo 2011 (UAN). 26
Multicanal (MMDS), por exemplo. Ao ser conduzida pelo canal, a informao fica
sujeita aco do rudo, na forma de perturbaes indesejveis e, de certo modo,
imprevisveis. Como resultado da aco do rudo, parte da informao pode ficar
bastante mutilada. A fim de estabelecer matematicamente o desempenho do sistema,
faz-se necessria a caracterizao do rudo por meio de um processo estocstico. Ou
seja, preciso modelar matematicamente o canal.
Receptor: Cabe ao receptor processar a sada ruidosa do canal, com a finalidade de
determinar a forma de onda transmitida. Essa normalmente a parte mais complexa de
um sistema de comunicaes e pode ser subdividida como indicado a seguir.
Demodulador: A partir da forma de onda recebida do canal, o demodulador emite uma
estimativa da forma de onda que foi enviada pelo transmissor e entrega na sada a
verso digital correspondente. Devido ao rudo, essa verso nem sempre a correcta e,
assim, estimativas contendo erros podero ser passadas adiante, para o decodificador de
canal. E geralmente precedido de um amplificador de sinal com alto ganho, conhecido
como front end amplifier. Para a recepo com antena parablica, que na verdade um
parabolide de revoluo, ou seja, uma superfcie obtida por meio da rotao de uma
parbola ao redor de seu eixo, usa-se um amplificador de baixo rudo (LNA, Low Noise
Amplifier) no foco da parbola. Esse amplificador tem uma figura de rudo baixa, ou
seja, a razo entre a potncia de sada do dispositivo e a de entrada, devida apenas ao
rudo trmico, pequena. Como h, usualmente, vrios amplificadores em srie no
receptor, se o ganho do LNA for suficientemente elevado, sua figura de rudo
predominante para todo o circuito de amplificao.
Decodificador de canal: Com tcnicas de codificao aplicadas aos dgitos fornecidos
pelo demodulador, o decodificador de canal tenta corrigir possveis erros e ento
produz sua estimativa dos dgitos de sada do codificador de fonte.
Decodificador de fonte: Processa a sada do decodificador de canal, repondo a
redundncia que foi removida no codificador de fonte, reconstituindo a mensagem a ser
entregue ao destinatrio. No caso da televiso, h um decodificador para o vdeo e outro
para o udio. No estgio final do processo de decodificao, o sinal convertido a
nveis analgicos, para reproduo de cores e som.
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Destinatrio: Receptor final da informao transmitida. O destinatrio pode ser um
indivduo, no extremo de uma linha telefnica, um telespectador ou um computador,
por exemplo.
Sendo assim, a Televiso Digital Terrestre, ou TV digital, utiliza um modo de
modulao e compresso digital para enviar vdeo, udio e sinais de dados para os
aparelhos compatveis com a tecnologia, proporcionando assim a transmisso e
recepo de maior qualidade e quantidade de contedo por uma mesma frequncia ou
canal, atingindo o alvo de alta qualidade na imagem (HD Alta Definio).
TV Digital possui uma cadeia mais complexa, constituda por uma fonte, um
codificador, um decodificador e um receptor (aparelho de televiso).
3.5.1. PADRES DE CODIFICAO DE VDEO
O Motion Picture Experts Group (MPEG) foi formado em Janeiro de 1988,
como um grupo de trabalho para criar padres internacionais de codificadores ou
decodilicadores de udio e vdeo. Em 1989 foi publicado o padro MPEG-1, aprovado
como padro internacional em 1992. Em 1990 concebeu-se um novo padro para
substitu-lo, denominado MPEG-2, que foi aprovado em 1994. Novas melhorias, que
levariam ao padro MPEG-3, incorporaram-se ao MPEG-2, fazendo com que a sigla
MPEG3 no fosse utilizada. Em 1993, estruturou-se o padro MPEG-4, aprovado em
1998. Esse grupo desenvolveu, a partir de 1997. o padro MPEG-7, aprovado em 2002,
voltado para tcnicas de pesquisa de contedo de udio e vdeo e actualmente
desenvolve o padro MPEG-21, denominado multimdia framework.
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Meios de Transmisso Digital
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Esse grupo trabalha ainda com outros padres relacionados ao uso dos padres
de udio e vdeo mencionados, como o IPMP (Intellectual Property Management and
Protection). O MPEG faz parte da organizao ISO (International Standards
Organization).
3.5.1.1. PADRO MPEG-1
O MPEG-1 visa compresso de imagens de udio e vdeo previamente
digitalizadas. Pequenos vdeos disponibilizados na Internet, discos do tipo VCD (Video
Compact Disc) e vdeo distribudo em discos do tipo CD-ROM utilizam esse padro. O
padro de compresso de udio MP3 tambm MPEG-1. Trata-se da camada 3 do
MPEG-1, por isso a sigla MP3. A taxa de compresso varivel, e um mesmo padro,
como o MPEG-1, pode ser utilizado para comprimir mais ou menos o contedo
original, podendo atingir uma taxa de compresso de 200:1.
Com a taxa mxima as imagens ficam distorcidas, porque a compresso introduz
artefactos na imagem, presentes em maior ou menor nmero, dependendo da qualidade
do algoritmo de compresso e da taxa de compresso utilizados. Assim, a maioria dos
vdeos comprimidos com MPEG-1 utiliza compresso menor do que 50:1. Mesmo com
essa taxa, a resoluo horizontal obtida aps a compresso baixa, cerca de 320 linhas,
e semelhante do formato VHS. A compresso utilizada do tipo multi-frame.
3.5.1.2. PADRO MPEG-2
O MPEG-2 foi desenvolvido em conjunto com o grupo Video Coding Experts
do ITU-T (International Telecommunication Union). E conhecido na comunidade
ITU-T tambm como H.262, o nome do projecto dentro desse grupo.
Discos do tipo DVD e transmisso digital de TV utilizam esse padro, que mais
avanado do que o MPEG-1 e produz uma imagem de melhor qualidade. A taxa de
compresso, assim como no MPEG-1, varivel e normalmente se usam valores em
torno de 40:1.
O padro MPEG-2 mais eficiente para comprimir sem perda aparente de
qualidade do que o MPEG1. Contudo, isso demanda um esforo computacional maior
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Meios de Transmisso Digital
Ano lectivo 2011 (UAN). 29
no processo, exigindo um hardware mais potente do que o exigido no uso do MPEG-1.
A resoluo horizontal obtida aps a compresso superior do formato VHS. A
compresso utilizada do tipo multi-frame. Devido ao processo de montagem dos
Group of Pictures (GOP) utilizados pela tcnica multi-frame, mais complexo
comprimir um contedo MPEG-2 do que recuper-lo.
3.5.1.3. PADRO MPEG-4
O MPEG-4 o padro criado pelo grupo MPEG para compresso de imagens de
udio e vdeo previamente digitalizadas. O padro MPEG-4 usado em vdeos
transmitidos pela Internet, assim como em telefones celulares que utilizam imagens.
Tambm comum em diversos padres de transmisso de TV digital, especialmente os
de alta definio (HDTV) em sua verso AVC.
Assim como os padres MPEG-1 e MPEG-2, o MPEG-4 permite o uso de
diferentes perfis (profiles), que estabelecem diversos valores para taxas de compresso,
conforme a aplicao. No entanto, diferentemente do MPEG-2, cuja qualidade
equivalente ao padro DVD-Video de qualidade, para o MPEG-4 essa variao bem
maior, e pode-se utilizar uma grande faixa de valores, permitindo a visualizao das
imagens do vdeo, no importando a capacidade do meio de transmisso, seja Internet
de banda larga, seja linha discada, por exemplo. E por esse motivo, entre outros, que
sistemas de transmisso de HDTV usam-no como padro de codificao, como
alternativa ao MPEG-2, como ocorreu no Brasil.
O esforo computacional despendido na manipulao de vdeos no formato
MPEG-4 ainda maior do que o exigido no formato MPEG-2, o que exige um
hardware mais potente. O MPEG-4 um padro mais avanado do que o MPEG-2.
Alm da melhoria nos processos de compresso, que se traduz em arquivos
comprimidos com tamanho menor sem perda aparente de qualidade, permite tambm o
uso de outros tipos de mdia interagindo com o vdeo, como textos e fotos digitais, por
exemplo, accionados por menus inteligentes.
Esses menus, ao contrrio daqueles de DVDs de filmes, que ao serem activados
aparecem ocupando toda a tela com o aparelho retornando ao incio do disco, podem
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Meios de Transmisso Digital
Ano lectivo 2011 (UAN). 30
ser exibidos da forma que o criador do vdeo quiser. Isso porque a interactividade no
dependente do aparelho reprodutor do vdeo, mas faz parte do prprio vdeo, seus
comandos so codificados juntamente com as imagens e no em um captulo separado
dedicado ao menu.
MPEG-4, MPEG-1 c MPEG-2 so siglas dadas a um conjunto de diversos
tpicos denominados parts. Cada parte aborda um aspecto diferente do padro. Assim,
por exemplo, no MPEG-4 a parte 1 descreve a sincronizao de udio e vdeo, a parte
2, o processo de compresso das imagens, a parte 3, o processo de compresso do
udio, a parte 4, procedimentos para verificar a conformidade de determinada amostra
com outras partes do padro e a parte 5 indica o software para demonstrar e ilustrar
determinadas partes do padro. A parte 10 do padro foi includa quando uma verso
mais optimizada da parte 2 (compresso de vdeo) foi desenvolvida. Essa parte recebeu
o nome AVC (Advanced Vdeo Coding). Tambm ficou conhecida como H.264, porque
esse foi o nome dado pelo grupo Vdeo Coding Experts do ITU-T, que o desenvolveu
conjuntamente com o grupo MPEG.
A organizao ISO (International Standards Organization) definiu em 2002 o
programa QuickTime da Apple como padro para distribuio de contedo de vdeo em
MPEG-4. A resoluo horizontal obtida aps a compresso varivel, podendo ser
ajustada para diversos nveis de qualidade, desde ligeiramente inferior do formato
VHS at equivalente do formato DVD. A compresso utilizada do tipo multi-frame.
3.5.1.4. PADRO H-264
O Advanced Vdeo Coding (AVC) ou H.264, ou ainda MPEG4 Part-10, foi o
padro criado em 2003 pelo grupo MPEG em conjunto com o grupo Video Coding
Experts do ITU-T para digitalizao de imagens de vdeo. O objectivo foi desenvolver
um padro que tivesse a qualidade apresentada pelo MPEG-2 ou pelo MPEG-4, porm
que pudesse opcionalmente fazer isso utilizando taxas menores de transmisso, sem ser
excessivamente complexo, para viabilizar sua implementao em circuitos digitais mais
baratos. A flexibilidade de uso do padro foi estendida em relao aos originais
MPEG-2 e MPEG-4, permitindo sua utilizao tanto em sistemas de alta resoluo
(HD) quanto de baixa resoluo (SD).
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Meios de Transmisso Digital
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Mais de 20 novas tcnicas envolvidas nos elaborados processos de compresso
foram utilizadas, permitindo um comportamento melhor do que os demais padres em
diversas situaes. Com menos da metade da taxa de transmisso (bit rate) utilizada no
MPEG-2 possvel obter a mesma qualidade de imagem. Da mesma forma que o
MPEG-2, o AVC estabelece diversos nveis de profile, para uso desde aplicaes
mveis, celulares por exemplo, exigindo menor poder de computao dos circuitos, e
videoconferncia, at aplicaes que exigem maior poder de processamento, como
exibio de imagens em alta definio (HD), como em sistemas de HDTV. Um grande
nmero de aplicaes adopta esse padro, como transmisses directas de programao
de TV de satlites para residncias, transmisses terrestres de TV digital, aplicaes de
distribuio de imagem na Internet. Os discos Blu-ray e HD-DVD tambm o empregam
para gravao de suas imagens.
3.6. FUNCIONAMENTO DA TELEVISO DIGITAL
TERRESTRE
Com a evoluo das novas tecnologias hoje possvel fazer-se a transmisso do
sinal de televiso no formato digital em vez do anterior formato analgico funcionando
da seguinte forma:
Na televiso digital terrestre os sons e imagens gravados ou at mesmo capitados
por uma cmara de televiso, bem como os seus dados associados, passaro a ser
convertidos e codificados numa sequncia de bits que sero injectados num emissor de
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Meios de Transmisso Digital
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televiso digital terrestre, e difundidos atravs do espectro electromagntico, pelos
centros emissores. Este sinal, ser depois recebido por intermdio das normais antenas
terrestres (que hoje so usadas para a recepo normal de TV), e convertido novamente
em som e imagem de cada canal de TV pelos descodificadores TDT (adaptadores ou
set top box), que podem ser independentes ou integrados nos televisores instalados nas
residncias.
Quanto a recepo a televiso digital terrestre recebido, atravs de uma digital
de set-top box (STB), ou integrado sintonizador (televiso) includo com aparelhos de
televiso , que decodifica o sinal recebido atravs de um padro de antena de televiso .
No entanto, devido a questes de planejamento de frequncia, uma antena capaz de
receber um grupo de canais diferentes (geralmente uma banda larga) pode ser necessria
se o multiplex TDT esto fora da capacidade de recepo da antena originalmente
instalado. Isto bastante comum no Reino Unido , veja as ligaes externas.
Antenas internas so ainda mais susceptveis de serem afectados por estes problemas e,
possivelmente precisar de substituio.
3.7. VANTAGENS E DESVANTAGEM DA TV DIGITAL
So variados os benefcios que a TV digital proporciona. Esses abrangem desde
a ordem do sistema tcnico com o avano da qualidade de imagem, melhoria do sinal,
som digital, multiplicidade de canais e acessibilidade at o aspecto social, na medida
em que permite a interactividade entre telespectador e emissora. Mais que uma televiso
com imagem perfeita e um progresso em relao tecnologia analgica, a TV digital
representa a interaco com o cidado.
3.7.1. VANTAGENS
a) Qualidade de Imagem: O progresso implica num sistema com aperfeioamento da
imagem em at seis vezes mais em relao ao padro actual, regido pelos sistemas
analgicos, podendo apresentar quatro configuraes com base no nmero de linhas.
Sendo assim, temos as especificaes dos padres de imagem que so:
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Meios de Transmisso Digital
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HDTV (High Definition Television): Formato da imagem em alta definio (16:9), de
mesma proporo utilizada nos cinemas oferece uma sensao de maior proximidade
com as cenas, apresentando 1080 linhas de definio horizontal.
EDTV (Enhanced Definition Television): Formato de mdia definio, com o aspecto
semelhante ao HDTV, ou seja, 16:9. A resoluo considerada inferior ao HDTV: 720
linhas de definio. Os modernos aparelhos de DVD j trazem essa configurao.
SDTV (Standard Definition Television): Utiliza-se do actual aspecto dos televisores
convencionais, na proporo 4:3. A resoluo horizontal tambm equivalente a da TV
analgica, apresentando 480 linhas.
LDTV (Low Definition Television): Definio voltada para aplicaes em telas com
menor resoluo, a exemplo de dispositivos portteis como os celulares. Apresentam
240 linhas, no aspecto 4:3.
b) Melhoria do sinal: Os sinais digitais so capturados por computadores e se tornam
facilmente manipulveis. Com a digitalizao, o sistema de transmisso e recepo fica
mais resistente aos efeitos do rudo, proporcionando um sinal de qualidade muito
superior qualidade da transmisso analgica. O sistema passa a ser um sistema de
comunicao de dados.
Segundo Becker & Montez (2004), existe interferncia no sistema analgico
quando canais so alocados em frequncia muito prxima, sendo necessria uma faixa
livre entre dois canais para a supresso da interferncia. No sistema digital, isso
dispensvel, pois vrios canais sintonizam bem num certo nmero, mas seu udio ainda
pode ser percebido um nmero acima ou abaixo do canal livre, onde deveria ser
sintonizado. Na transmisso digital isso no acontece mais. Um canal no interfere no
outro, dispensando o canal livre do sistema analgico. (...) No sistema digital os canais
intermedirios (vagos) podem ser realojados para outras emissoras de TV ou
prestadoras de servios de telecomunicaes.
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c) Som digital: No tocante ao som, a TV digital oferece reduo de rudo e qualidade
similar a de cinema e de home theaters, por meio do dolby digital system. Este se utiliza
de seis canais independentes de udio, sendo dois frontais, um central, dois traseiros e
um subwoofer, ou seja, de baixa frequncia, para reforar os sons vindos de trs,
proporcionando uma maior sensao de envolvimento com o que veiculado.
d) Multiplicidade de canais: Os televisores oferecero ao telespectador a opo de
assistir a at seis programas simultaneamente, em SDTV. Os usurios tero, tambm, a
possibilidade de escolher entre diversos ngulos de cmara; servio j utilizado por
algumas operadoras de TV a cabo.
e) Acessibilidade: O acesso aos programas ser facilitado aos usurios nos mais
diversos locais porque os sinais digitais provem mobilidade atravs da TV digital
porttil (a exemplo dos servios a serem disponveis por meio dos celulares), assim
como da TV mvel, que engloba os televisores instalados em veculos auto motivos.
f) Interactividade: A capacidade de poder intervir directamente no contedo difundido
pela televiso o maior atractivo dessa tecnologia. A TV, que para a maioria da
populao a nica fonte de conhecimento, poder deixar de ser uma mera ferramenta
de informao para tornar-se uma tecnologia que viabilize ou acelere o processo de
incluso social, cultural, educativo e econmico.
A TV analgica esgotou suas possibilidades de melhoramento tecnolgico; no
h como expandi-la ou melhora-la para atender as demandas que surgiram com a Era do
Conhecimento. Para haver qualquer comunicao entre o transmissor e o telespectador
necessrio um outro meio de comunicao, seja telefone, internet, ou como em muitos
concursos que sorteiam prmios, por carta. Com o passar do tempo, tornou-se
imperativo unir essas ferramentas de comunicao TV; tudo em nome da comodidade
de quem transmite e de quem recebe a mensagem do outro lado da telinha.
3.7.2. DESVANTAGENS
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Meios de Transmisso Digital
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a) Ele pode ser bastante difcil de ajustar a antena, por causa da falta de feedback que
seria fornecido por uma imagem gradualmente degradadas analgico. A imagem
geralmente ou totalmente ligado ou totalmente desligado, no fornecendo informaes
sobre qual direco para mover a antena. Um medidor de sinal fornecido na maioria
dos tuners ajuda consideravelmente com este problema, mas algumas televises falta
um medidor de sinal. O mesmo problema tambm pode tornar muito difcil para
seleccionar e testar as antenas.
b) Novos equipamentos (Set-top box) pode ser necessria.
c) Aumento do consumo de energia elctrica pelos equipamentos digitais de receber se
ambos os adicionais de TV e set-top box est conectado.
d) Uma instalao de antena actualizado pode ser necessria.
e) Analgico exige fora de sinal mais baixo para obter uma imagem visvel. Por
extenso, digital no se degrada to graciosamente quanto analgica. Isto porque a
transmisso de sinal digital sofre do efeito penhasco , significando que uma vez que o
sinal degrada alm de certo ponto o receptor no consegue decodificar o sinal e no
pode apresentar o resultado esperado.
f) Canais de comutao mais lento por causa dos atrasos nos sinais de decodificao
digital.
Assim como a televiso analgica convencional, o sinal digital pode viajar por
diferentes meios:
Terrestre Transmitidos por ondas de radiofrequncia, os sinais digitais so
transmitidos no ar e necessitam de antenas e receptores apropriados para a sua recepo.
Satlite Transmisso de sinais digitais para antenas parablicas especificas,
denominado de banda C digital sem custos financeiros para a recepo.
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Figura 3.5b: Antena que recebe sinais de TV digital por satlite.
Assim como a televiso analgica convencional, o sinal digital viaja por diferentes
meios - que devero continuar coexistindo aps a adopo do padro digital. Os
televisores 100 % compatveis (Plasma ou LCD da nova gerao):
HD Ready com DVB-T e com a norma MPEG-4/H.264
Full HD com DVB-T e com a norma MPEG-4/H.264
Apenas ter de comprar um descodificador compatvel com a tecnologia DVB-T
e com a norma MPEG-4/H.264, caso no possua j um equipamento que permita a
recepo directa do sinal digital compatvel com esta norma. A Portugal Telecom
aconselha a procura do smbolo de compatibilidade com a norma de TDT portuguesa
em todos os equipamentos.
Possuindo uma antena UHF instalada e um descodificador compatvel, basta ter
a antena orientada para o emissor TDT mais prximo da sua zona e sintonizar os seus
equipamentos para o digital, utilizando a sintonia automtica do seu equipamento
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4. TRANSMISSO VIA TERRESTRE
A transmisso via Terrestre Transmitido por ondas de radiofrequncia, os
sinais digitais so transmitidos no ar e necessitam de antenas e receptores apropriados
para a sua recepo. Este provavelmente o meio mais aguardado da televiso digital j
que seu custo econmico o mais baixo, no h necessidade de pagar assinaturas
bastando s grandes emissoras de televiso no pas e suas retransmissoras efectuarem as
devidas adaptaes, exigindo tambm da parte dos consumidores, a aquisio de novos
receptores.
No Brasil, algumas companhias de televiso por assinatura j transmitem a sua
programao usando um sistema semelhante denominado MMDS. Em Portugal, a
televiso digital terrestre foi inaugurada em 29 de Abril de 2009, adoptando, como no
resto da Europa, o sistema DVB-T (Digital Vdeo Broadcasting - Terrestrial).
- A transmisso via terrestre diferem quanto aos seguintes parmetros:
a) Capacidade;
b) Potencial para conexes ponto a ponto ou multiponto;
c) Limitao geogrfica devido atenuao caracterstica do meio;
d) Imunidade a rudos;
e) Custo;
f) Disponibilidade de componentes;
g) E confiabilidade;
- Meios fsicos mais utilizados em redes locais
h) Par tranado
i) Cabo coaxial
j) Fibra ptica
Na transmisso via Cabo utiliza redes de cabo convencionais CATV para
transmitir os sinais digitais que chegam casa do assinante via operadoras de televiso
por assinatura. Normalmente as operadoras de televiso a cabo recebem quase todos os
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canais atravs de satlite. Aps a recepo, filtragem e amplificao podero existir dois
processos para a transmisso no cabo, sendo um deles a codificao analgica dos
canais criando-se um empacotamento, modulao e depois a transmisso no cabo.
Alguns canais, dependendo do interesse da operadora podem ser transmitidos
directamente no cabo sem a codificao analgica, como o caso da recepo dos
canais locais da cidade em que a operadora de TV a cabo se situa, os chamados canais
Off Air, porm passam pelo processo de recepo, filtragem amplificao, modulao e
transmisso.
Em resumo, para os canais recebidos via satlite, eles so convertidos de sinais
digitais (DVB-S), para sinais analgicos e depois transmitidos no cabo.
O meio de transmisso utilizado nos sistemas de comunicao via cabo , como
o nome sugere, um cabo condutor, chamado linha de transmisso. As principais
caractersticas deste sistema so confiabilidade excelente e pouca flexibilidade para
ampliaes que no tenham sido objecto de cuidadosamente planejado, necessitando de
grandes investimentos de capital para a implantao de rede de cabos e da central de
comutao. Estas caractersticas tornam os sistemas via cabo adequados para comutao
a curta distancia, principalmente nas regies urbanas. A necessidade de uma linha de
transmisso, interligando o transmissor ao receptor, tornam impossvel a comunicao
mvel e a principal causa dos custos elevados da telefonia nas regies escassamente
povoados.
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4.1. PAR TRANADO
O cabo de par tranado consiste em dois fios de cobre isolados tranados entre
si em forma helicoidal. Por ser tranado, o campo magntico gerado por um fio
anulado pelo outro (efeito de cancelamento) reduzindo os rudos que podem facilmente
alterar as propriedades do sinal.
Figura 4.1a: Exemplos de cabos de pares tranados
A capacidade de transmisso de dados digitais do cabo de par tranado
expressivamente grande, apesar do facto de esse tipo de cabo ter sido inicialmente
desenvolvido para trfego telefnico, que analgico. Esses cabos podem estender a
quilmetros sem amplificao podendo ou no ter repetidores de acordo com a
necessidade transmitindo dados tanto de forma analgica como digital.
As taxas de transmisso podem variar muito, pois as mesmas dependem do
comprimento e da qualidade do cabo utilizado, assim como a tecnologia de transmisso
adoptada. Essas taxas diminuem medida que o comprimento aumenta, pois desta
forma, ocorre perda de energia por radiao ou calor. Porm, um par tranado consegue
transmitir dados na ordem dos Megabits por segundo mesmo em cabos com algumas
dezenas de metros de comprimento.
Sendo assim, os cabos de par tranado so classificados de acordo com a blindagem:
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a) STP - Shielded Twisted Pair: Com blindagem interna envolvendo cada par tranado e
uma global minimizando interferncias externas. Devido blindagem ocorre perda de
sinal. Pode alcanar uma largura de banda de 300 MHz em 100 metros de cabo. Possui
a vantagem de transportar dados utilizando uma sinalizao muito rpida com poucas
chanses de distoro;
b) UTP - Unshielded Twisted Pair: Sem blindagem. Tem como vantagem ser flexvel e
reduzida espessura. Transportam dados a 100 Mbit/s. Pode-se utilizar com trs
principais arquitecturas de rede (ARCnet, Ethernet e token-ring).
O par tranado sem blindagem (UTP) composto por pares de fios sendo que
cada par isolado um do outro e todos so tranados juntos dentro de uma cobertura
externa. No havendo blindagem fsica interna, sua proteco encontrada atravs do
"efeito de cancelamento", onde mutuamente reduz a interferncia electromagntica de
radiofrequncia.
Uma grande vantagem a flexibilidade e espessura dos cabos. O UTP no
preenche os ductos de fiao com tanta rapidez como os outros cabos. Isso aumenta o
nmero de conexes possveis sem diminuir seriamente o espao til. Os cabos UTPs
so divididos em categorias, levando em conta o nvel de segurana e a bitola do fio,
onde os nmeros maiores indicam fios com dimetros menores.
Sendo assim, existem as seguintes categorias dos cabos de par tranado e tipos
de utilizao:
Categoria 1: Voz (cabo telefnico);
Categoria 2: Dados a 4 Mbps (localtalk);
Categoria 3: Transmisso de at 16 MHz. Dados a 10 Mbps (Ethernet);
Categoria 4: Transmisso de at 20 MHz. Dados a 20 Mbps (16 Mbps Token Ring);
Categoria 5: Transmisso de at 100 MHz. Dados a 100 Mbps (Fast Ethernet)
Categoria 6: Utilizado em ISDN, cabos para modem e TV a cabo;
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Categoria 7: Ethernet 1000BaseT, ATM com transmisso de at 500MHz. Das
categorias citadas, duas se destacaram em redes de computadores:
Tendo em conta as categorias acima, a UTP so classificados em cinco
categorias que so:
Categoria 1: utilizado em sistemas de telefonia
Categoria 2: utilizado em baixas taxas
Categoria 3: cabos com velocidade de 10 Mbps
Categoria 4: com velocidades de at 16 Mbps
Categoria 5: com taxas tpicas de at 100 Mbps
CAT-3: Os pares tranados da categoria 3 consistem em dois fios encapados
cuidadosamente tranados. Em geral, quatro pares desse tipo so agrupados dentro de
uma capa plstica protectora, onde so mantidos oito fios. At 1988, a maioria dos
prdios tenha um cabo da categoria 3 ligando cada um dos escritrios a um gabinete de
fiao em cada andar. Esse esquema permitia que at quatro telefones normais ou dois
telefones multilinha de cada escritrio fossem conectados ao equipamento da
companhia telefnica instalado no gabinete de fiao.
CAT-5: Em 1988 forma lanados os pares tranados da categoria 5. Esses cabos
eram similares aos cabos da categoria 3, mas tinham mais ns por centmetro e o
material isolante era de Teflon, o que resultou em menos linhas cruzadas e em um sinal
de melhor qualidade nas transmisses de longa distncia; isso os tornou ideais para a
comunicao de computadores de alta velocidade.
4.1.1. VANTAGENS E DESVANTAGEMS DO CABO PAR
TRANADO
4.1.1.1. VANTAGEMS
a) Tecnologias e padres esto estveis para comunicaes de voz;
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b) Sistema telefnico, que usa transmisso por par tranado, esto presentes na
maioria das construes, e normalmente pares esto disponveis para conexes
em rede;
c) Dimetro reduzido;
d) Baixo custo de instalao e manuteno;
e) Fcil manuseio.
4.1.1.2. DESVANTAGENS
a) - Baixa imunidade rudos, principalmente para cabos desprotegidos;
b) - Limitao quanto distncia mxima empregada;
c) - Necessita usar hubs (concentradores).
O Par tranado blindado (STP) Possui uma blindagem interna envolvendo cada
par tranado que compe o cabo, cujo objectivo reduzir a diafonia. Um cabo STP
geralmente possui 2 pares tranados blindados, uma impedncia caracterstica de 150
Ohms e pode alcanar uma largura de banda de 300 MHz em 100 metros de cabo.
Os par tranado so confeccionados obedecendo a padres industriais que
definem suas caractersticas. So classificados em tipos: 1, 1A, 2, 2A, 6, 6A, 9 e 9A e
apresentam diferenas de parmetros tais como o dimetro do condutor e material usado
na blindagem.
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Figura 4.1b: Seco do cabo.
Utiliza uma classificao definida pela IBM, baseada em diferentes caractersticas de
alguns parmetros, como dimetro do condutor e material utilizado na blindagem, sendo
ela: 1, 1A, 2, 2A, 6, 6A, 9, 9A.
Vantagens: Alta taxa de sinalizao; Pouca distoro do sinal. Desvantagens: A
blindagem causa uma perda de sinal que torna necessrio um espaamento maior entre
os pares de fio e a blindagem; isso ocasiona um maior volume de blindagem e
isolamento, aumentando consideravelmente o tamanho, o peso e o custo do cabo.
4.1.2. APLICAES DOS CABO PAR TRANADO
A utilizao mais comum do cabo de par tranado o sistema telefnico e
actualmente as redes de computadores. O sinal pode ser transmitido atravs do cabo de
par tranado por vrios quilmetros sem amplificao, mas para distncias mais longas,
repetidores so necessrios.
Quando muitos cabos de par tranado so colocados em paralelo por uma substancial
distncia, tais como os fios que chegam a um apartamento vindos da companhia
telefnica, eles so reunidos em forma de cabo e protegidos por uma capa normalmente
plstica. Os pares dentro deste cabo interfeririam uns nos outros se no estivessem
tranados.
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Diversos factores interferem na qualidade dessas linhas de transmisso quer seja
para a transmisso de voz ou dados. A qualidade da linha de transmisso depende:
1. Da qualidade dos condutores (resistncia, reactncia, impedncia);
2. Bitola ou espessura dos fios;
3. Tcnicas utilizadas;
4. Proteco dos componentes para evitar a induo dos condutores;
5. Radiao.
4.2. CABO COAXIAL
O cabo coaxial um meio constitudo por um condutor interno cilndrico no qual
injectado o sinal, um condutor externo separado do condutor interno por um elemento
isolante e a capa externa para evitar a irradiao e a captao de sinais.
Figura 4.2: Representao de um cabo coaxial.
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Sendo assim, existem dois tipos bsicos de cabo coaxial, o fino (10Base2) e
grosso (10Base5). O cabo coaxial usado em redes possui impedncia de 50 ohms e cabo
coaxial utilizado em sistemas de antena de TV possui impedncia de 75 ohm.
4.2.1. CABO COAXIL GROSSO
Tambm conhecido como CABO COAXIAL BANDA LARGA ou 10BASE5,
utilizado para transmisso analgica. Possui uma blindagem geralmente de cor
amarela. A especificao 10BASE5 refere-se transmisso de sinais Ethernet utilizando
esse tipo de cabo. O 5 informa o tamanho mximo aproximado do cabo como sendo de
500 metros. Esse cabo tem uma cobertura plstica protectora extra que ajuda manter a
humidade longe do centro condutor. Isso torna o cabo coaxial grosso uma boa escolha
quando se utiliza grandes comprimentos numa rede de barramento linear. Durante a
instalao, o cabo no necessita ser cortado pois o conector (vampire tap) o perfura.
A impedncia utilizada nesta modalidade de transmisso de 75 Ohms. Seu
dimetro externo de aproximadamente 0,4 polegadas ou 9,8 mm. O cabo coaxial de 75
ohms usado para transmisso analgica em sistemas de TV a cabo. Ele chamado de
broadband (banda larga). Embora o termo "broadband" venha do mundo da telefonia,
onde se refere a algo maior do que 4 kHz, no mundo da rede de computadores
"broadband cable" significa algum cabo de rede usado para transmisso analgica.
Desde o uso do broadband para redes, os cabos so usados para transmisses de sinal
analgico com largura de banda de 300 a 450 MHz a distncias de at 100 km, que
muito menos crtico que a transmisso de sinais digitais. Para transmitir sinais digitais
em uma rede analgica, cada interface deve conter dispositivos electrnicos para
converter o conjunto de bits de sada para um sinal analgico, e o sinal analgico de
entrada no conjunto de bits.
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Figura 4.2.1: Cabo Coaxial grosso.
4.2.1.1. VANTAGENS DO CABO COAXIAL GROSSO
1) - Comprimento maior que o coaxial fino;
2) - muito utilizado para transmisso de imagens e voz.
4.2.1.2. DESVANTAGENS DO CABO COAXIL GROSSO
1) - Difcil instalao
2) - Custo elevado em relao ao cabo coaxial fino.
4.2.2. CABO COAXIAL FINO
O cabo coaxial fino conhecido como cabo coaxial banda base ou 10base2,
utilizado para transmisso digital, j foi o meio mais largamente empregado em redes
locais. O sinal injectado directamente no cabo. A topologia mais usual a topologia
em barra. A construo e blindagem do cabo coaxial proporcionam a ele uma boa
combinao de alta largura de banda e excelente imunidade a rudo. A largura de banda
depende do tamanho do cabo. A especificao 10BASE2 refere-se transmisso de
sinais Ethernet utilizando esse tipo de cabo.
O 2 informa o tamanho mximo aproximado do cabo como sendo de 200
metros. Na verdade, o comprimento mximo 185 metros. A impedncia utilizada nesta
modalidade de transmisso de 50 Ohms. As taxas variam de 10 a 50 Mbps e o tempo
de trnsito de 4 a 8 ns/m.
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Figura 4.2.2: Cabo coaxial fino
4.2.2.1. VANTAGENS DO CABO COAXIAL FINO
1) - malevel;
2) - Fcil de instalar;
3) - Sofre menos reflexes do que o cabo coaxial grosso, possuindo maior imunidade a
rudos electromagnticos de baixa frequncia.
4.2.3. CUIDADOS NA INSTALAO DO CABO COAXIAL
necessrio verificar a qualidade dos elementos que constituem o cabeamento:
cabos, conectores e terminadores. Esses devem ser de boa qualidade para evitar folgas
nos encaixes, o que poderia causar mau funcionamento a toda rede. Os cabos no
podem ser torcidos, amassados ou dobrados em excesso pois isso pode alterar suas
caractersticas fsicas. Quanto conectado, o tipo mais comum de conector usado por
cabos coaxiais o BNC (Bayone-Neill-Concelman).
Diferentes tipos de adaptadores esto disponveis para conectores BNC incluindo
conectores T, conectores barril e terminadores. Os conectores so os pontos mais fracos
em qualquer rede.
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Figura 4.2.3: Conector BNC Cabo Coaxial x Par Tranado
As caractersticas de transmisso de dados em cabo coaxial so
consideravelmente melhores do que em par tranado. Quando usado em conjunto com
tcnicas de transmisso de banda larga oferece uma largura de banda que pode ir at aos
300 Mbps. Isso abre a possibilidade de ser usado como base para uma rede de cabo
partilhado, com parte da largura de banda sendo usada para transmisso de dados, e a
restante para a transmisso de outras informaes, tais como sinais TV ou voz
digitalizada.
Tem uma atenuao mais baixa que o par tranado (especialmente a altas frequncias) o
que significa que tem menos necessidade de repetidores. Dado que a blindagem do cabo
parte do circuito do sinal, a terra pode introduzir rudo. Uma segunda blindagem
resolve o problema, representando, no entanto um custo adicional. Comparado com o
par tranado, o cabo coaxial tem uma imunidade de rudo de cross-talk bem melhor, e
uma fuga electromagntica mais baixa. Porm, com relao ao custo, o do cabo coaxial
mais elevado do que o do par tranado, principalmente quando se pensa em termos de
interfaces para ligao do cabo.
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4.3. FIBRA PTICA
Uma fibra ptica um capilar formado por materiais cristalinos e homogneos,
transparentes o bastante para guiar um feixe de luz (visvel ou infravermelho) atravs de
um trajecto qualquer. A estrutura bsica desses capilares so cilindros concntricos com
determinadas espessuras e com ndices de refraco tais que permitam o fenmeno da