Tecnologia e negócios de rádio e TV
19 de agosto de 2013
A trajetória da TV no Brasil
Renato Cruz – Senac – 19/8/20132
Fase da instalação (1950-1964) – compreende o período de chegada da televisão no Brasil, dominado por empresas vindas do rádio, como a Tupi e a Record, onde as emissoras eram regionais e não havia redes.
Fase da expansão (1965-1984) – tem como marco a criação de TV Globo e da Embratel. As emissoras começam a ser organizadas em rede, aproveitando a infra-estrutura nacional de televisão instalada pelo governo militar. A televisão passa a se tornar uma ferramenta importante de poder e de integração nacional.
Fase da consolidação (1985-2002) – com o fim da ditadura, a televisão se consolida como um poder em si, nacionalmente, e passa a ocupar um espaço central para o poder político regional. O período marca o auge da hegemonia criada durante a fase anterior e também o início de seu declínio.
Fase da convergência (2003- ) – pela primeira vez, o poder da televisão encontra-se em xeque, pelo poder econômico das empresas de telecomunicações e pelos efeitos da convergência de meios.
Fase da consolidação (1985-2002)
Renato Cruz – Senac – 19/8/20133
Tancredo Neves submeteu o nome de cada um de seus ministros a Roberto Marinho: “Eu brigo com o Papa, eu brigo com a Igreja Católica, eu brigo com o PMDB, com todo mundo, eu só não brigo com o doutor Roberto”.
O nome de Maílson da Nóbrega para o Ministério da Fazenda, segundo alguns relatos, foi escolhido por Roberto Marinho.
Durante a Constituinte, foram distribuídas 82 concessões de TV, sendo 43 no ano da votação da emenda dos cinco anos para Sarney, 30 delas para parlamentares de partidos aliados do governo.
O ministro Antônio Carlos Magalhães recebeu sete concessões de TV e o presidente José Sarney (1985-1990) três.
Em 1989, a Globo exibe um resumo favorável a Fernando Collor de Mello do debate com Luiz Inácio Lula da Silva, no Jornal Nacional. O ex-presidente é dono da retransmissora da Globo em Alagoas.
Nas residências (em %)
Renato Cruz – Senac – 19/8/20134
Fonte: IBGE
Internet
PC
Telefone fixo
Celular
Rádio
TV
27.4
34.7
43.1
78.5
87.9
95.7
Um pouco de história da TV digital
Renato Cruz – Senac – 19/8/20135
1994 – As emissoras brasileiras começam a estudar a tecnologia
1998 – A Anatel, recém-criada, passa a conduzir o processo
2000 – O Mackenzie compara os três padrões internacionais
2001 – A Anatel faz uma consulta pública sobre os testes
2003 – O governo propõe a criação de um sistema local
2005 – Os consórcios brasileiros terminam seus relatórios
2006 – O governo assina um acordo com os japoneses
2007 – A TV digital estreia em São Paulo
ISDB no mundo
Renato Cruz – Senac – 19/8/20136
Na América Latina: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Guatemala, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela
Na Ásia: Japão, Filipinas e Ilhas Maldivas
Na África: Botsuana
A TV digital
Renato Cruz – Senac – 19/8/20137
Alta definição – A qualidade da imagem é superior à do DVD
Multiprogramação – Vários programas podem ser transmitidos ao mesmo tempo, num só canal
Interatividade – A TV passa a oferecer serviços parecidos com os da internet
Mobilidade – Os aparelhos celulares podem receber o sinal da TV aberta
Alta definição
Renato Cruz – Senac – 19/8/20138
Ultra-alta definição
Renato Cruz – Senac – 19/8/20139
TV – 3.840 × 2.160 pixels Cinema – 4.096 x 2.160 pixels
Meios quentes e frios
Renato Cruz – Senac – 19/8/201310
“Um meio quente é aquele que prolonga um único de nossos sentidos
e em alta definição. Alta definição se refere a um estado de alta
saturação de dados. (...) Um meio quente envolve menos participação
do que um frio: uma conferência envolve menos do que um seminário,
e um livro menos que um diálogo.” - Marshall McLuhan (1964)
O aquecimento da televisão
Renato Cruz – Senac – 19/8/201311
“Tecnicamente, a TV tende a ser um meio de primeiros-planos.
No cinema, o close-up dá ênfase; na TV, é coisa normal. Uma foto
brilhante do tamanho do vídeo pode mostrar uma dúzia de caras com
muitos pormenores, mas uma dúzia de caras no vídeo forma
apenas uma mancha ” - Marshall McLuhan (1964)
Multiprogramação e mobilidade
Renato Cruz – Senac – 19/8/201312
O problema da interatividade
Renato Cruz – Senac – 19/8/201313
“Não existe outro lado. Isto é televisão, e não telefone.
A diferença é grande” - Willy Wonka
Teles vs. TVs
Renato Cruz – Senac – 19/8/201314
Fonte: Accenture/Guerreiro Teleconsult