Prof. Elisângela Bezerra das Neves Holanda
UC5 - PRESTAR INFORMAÇÕES TURÍSTICAS NO
CONTEXTO LOCAL E REGIONAL.
DA REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
A Revolução Pernambucana de 1817 teve entre suas causas
principais a rivalidade entre portugueses e brasileiros. Afirma-se que os
brasileiros nunca alcançavam postos elevados nas milícias, que eram
sempre comandadas por portugueses. Mas nesse contexto, o quadro
econômico não pode ser esquecido. Secas constantes, queda no mercado
internacional do preço do açúcar e do algodão levaram a uma recessão
econômica de grande significado.
O MOVIMENTO EM PERNAMBUCO
A Capitania do Rio Grande do
Norte, à época da revolução, era
governada por José Inácio Borges
que, ao ser informado do
movimento pernambucano,
preparou-se para resistir. Tratou de
entrar em contato com o
comandante de Divisão do Sul,
André de Albuquerque Maranhão,
que se encontrava em Goianinha.
O MOVIMENTO NO RN
No retorno a Natal, o governador pernoitou no Engenho Belém. Ao
amanhecer, José Inácio Borges viu que o engenho estava cercado pelas
tropas sob o comando do próprio André de Albuquerque, que aderira ao
movimento.
André de Albuquerque Maranhão II
(Andrezinho do Cunhaú), “nascido no
Cunhaú, freguesia de Goianinha, no ano de
1773, declarava-se ele “branco, solteiro,
Capitão-mor das Ordenanças de Vila Flor e
Vila de Arez, da divisão sul da Capitania do
Rio Grande do Norte, fidalgo cavaleiro que
vive da agricultura”.
ANDRÉ DE ALBUQUERQUE
André de Albuquerque Maranhão entra solenemente em Natal com sua
tropa no dia 28 de março, dando início ao governo revolucionário, cuja sede
seria o Edifício das Provedorias da Fazenda ou Real Erário.
André de Albuquerque organizou uma junta governativa composta
por ele, o padre Feliciano José Dornelas, vigário de Natal, o capitão da
tropa de linha Antônio Germano Cavalcanti de Albuquerque, o coronel
Joaquim José do Rego Barros e o capitão da Rocha Bezerra, entre outros.
André foi deposto por uma reação de monarquistas. A reação
monarquista, no Rio Grande do Norte, parte da residência do alfaiate
Manuel da Costa Bandeira.
Depois das noves badaladas do
sino da Igreja, o sinal pré-
determinado para o ataque. Chegando
ao Palácio, encontraram o chefe
revolucionário só, sem guarda, sem
defesa. Após um breve tumulto, André
de Albuquerque tem a virilha
atravessada por uma espada. Ferido
mortalmente é conduzido prisioneiro
para a fortaleza onde, na madrugada
de 26 de abril de 1817 falece.
FIM DO MOVIMENTO NO RN
O soldado Bernardo José de Araújo prendeu-lhe um pé com o gancho
de um croque e arrastou André de Albuquerque que fora da célula.
Estava morto, este cadáver ia quase despido, enodoado de lama e sangue
coagulado. Amarraram o corpo em uns paus com forte embira. Puseram
a padiola aos ombros dos soldados e rumaram à Matriz.
Moradora do bairro da Ribeira, casada
com militar, foi responsável por um ato de
coragem. Quando o corpo de André de
Albuquerque passava pela Ribeira, foi
envolvido por uma esteira dada por Ritinha
Nenhum soldado ousou detê-la e o cadáver de
André de Albuquerque Maranhão voltou a
ser conduzido, coberto por um inesquecível
gesto de solidariedade.
RITA ANTONIO COELHO (RITINHA COELHO)
Quando os soldados chegarão à Rua Grande, atual Praça André de
Albuquerque, entraram na Matriz pela porta lateral e depuseram o fidalgo
num corredor.
SEPULTAMENTO DE ANDRÉ DE ALBUQUERQUE
O padre Miguel de Almeida e
Castro nasceu na cidade do Natal, no
dia 17 de setembro de 1768, sendo seus
pais o capitão Manoel Pinto de Castro,
português, e D. Francisca Antonio
Teixeira. Foi condenado por crime de
lesa-majestade e fuzilado no dia 12 de
junho de 1817.
PADRE MIGUELINHO
Clara Castro nasceu na cidade
do Natal em 1769, irmã e
colaboradora do Pe. Miguelinho.
CLARA JOAQUINA DE ALMEIDA CASTRO
Com o afastamento de José Inácio Borges do governo, foi formada uma
Junta Constitucional Provisória, composta por sete membros, e eleita no dia 3
de dezembro de 1821. A citada junta era presidida pelo coronel Joaquim José
do Rego Barros, ligado ao movimento de 1817, ainda sendo os demais
membros da lista simpatizantes da causa separatista.
No dia de 2 de dezembro de 1822, chega ao Rio Grande do Norte a notícia
da separação política. A 22 de janeiro de 1823, a junta promove, com grande
pompa, as comemorações que o fato merecia.
A INDEPENDENCIA DO BRASIL E SUA
REPERCUSSÃO NO RN
D. Pedro I dissolveu, em 1823, a
Assembleia Constituinte, que tinha como
objetivo elaborar a primeira Constituição
do nascente império brasileiro. Devido às
medidas autoritárias do imperador as
províncias do Nordeste se reuniram
buscando a separação do Brasil. A
Confederação do Equador, contudo, não
deu certo. As tropas imperiais dominaram
o movimento. A 01 de dezembro de 1824,
jurava-se a Constituição outorgada de
1824.
A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR 1824