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Sumário Fonética ................................................................................................................................. 2
Vogais .................................................................................................................................... 2
Semivogais............................................................................................................................ 3
Consoantes ........................................................................................................................... 3
Dígrafo ................................................................................................................................... 6
Hiato ....................................................................................................................................... 7
Ditongo................................................................................................................................... 7
Tritongo.................................................................................................................................. 8
Sinônimos, Antônimos, Parônimos e Homônimos .......................................................16
Regras de Acentuação Gráfica........................................................................................23
Acento Diferencial ..........................................................................................................25
Estrutura e Formação de Palavras .................................................................................29
Classes Gramaticais..........................................................................................................39
Artigo ................................................................................................................................39
Substantivo......................................................................................................................41
Numeral ...............................................................................................................................52
Uso dos Porquês................................................................................................................56
Discurso ...............................................................................................................................61
Discurso Direto ...............................................................................................................61
Discurso Indireto.............................................................................................................62
Funções da Linguagem.....................................................................................................64
Elementos da Narrativa.....................................................................................................66
Coesão e Coerência Textuais..........................................................................................68
As Variedades Linguísticas ..............................................................................................70
Gabaritos .............................................................................................................................75
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ETAPA 1
FONÉTICA
Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma
língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Por
exemplo, a diferença entre as palavras prato e trato, quando faladas, está apenas
no primeiro fonema: P na primeira e T na segunda.
Classificação dos Fonemas
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
Vogais
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as
cordas vocais e não encontra obstáculo em sua passagem pelo aparelho fonador.
Classificam-se:
Quanto à intensidade
Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento principal da palavra.
Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento secundário da palavra.
Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra.
Quanto ao timbre
Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por
exemplo: no Brasil, nas palavras "amora" e "café", todas as vogais são
abertas.
Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por
exemplo: nas palavras "êxodo" e "fôlego", todas as vogais são fechadas.
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Quanto ao modo de articulação
Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da
cavidade oral. Em português, existem de sete a nove vogais orais, de
acordo com o dialeto, a saber: "á", "â", "ê", "é", "i", "í", "ô", "ó" e "u".
Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado
para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português, existem cinco
vogais nasais. Nas palavras "maçã", "sempre", "capim", "bondade", e
"fundo", os grafemas assinalados em negrito representam vogais nasais.
Também são nasais os ditongos "ão", "ãe", "õe" e o ditongo "ui" da palavra
"muito".
Semivogais
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba,
devendo, portanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em
português, somente os fonemas representados pelas letras "i" e "u" em ditongos e
tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é sempre formado por uma
vogal mais uma semivogal. Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é
dito "crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal vem depois, o ditongo é
dito "decrescente" (como em "demais"). Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é
sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos
eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais. Exemplo:
Uruguai.
Consoantes
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um
obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos
incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a úvula.
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Exercício resolvido
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
Predomina no texto a função da linguagem:
a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação.
b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões.
c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação.
d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos
reais.
e) poética, pois se chama a atenção para a elaboração especial e artística da
estrutura do texto.
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Há, claramente, no poema, o recurso retórico que explora a sonoridade das
palavras usadas: é a repetição do fonema “v” que contribui para a estrutura do texto,
constituindo a figura de linguagem conhecida como ALITERAÇÃO. Assim, a função de
linguagem predominante – é importante lembrarmos que há sempre mais de uma função
na intenção do discurso - é, sem dúvida a POÉTICA, por sua elaboração no plano da
linguagem. Resposta: LETRA E
Fonte: http://soumaisenem.com.br/portugues/fonologia/os-aspectos-fonologicos-no-discurso
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DÍGRAFO
A palavra dígrafo é formada pelos elementos gregos di - "dois" e grafo -
"escrever". O dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um
único fonema. Também se pode usar a palavra digrama (di - "dois"; grama -
"letra") para descrever essas ocorrências. Isso posto, não se pode dizer que há
encontro consonantal nos dígrafos consonantais, pois as letras presentes neles
representam apenas uma consoante. Da mesma forma que não se pode dizer que
há encontro consonantal nas palavras campo e ponto, por exemplo, pois o "m" e o
"n" funcionam essencialmente como sinais de nasalidade da vogal anterior, com o
valor de um "til".
Dígrafos da Língua Portuguesa Podemos dividir os dígrafos da língua portuguesa em dois grupos: os
consonantais e os vocálicos.
Dígrafos Consonantais
Dígrafo Exemplos
Ch chuva, China, chiclete, chave, chapéu
Lh alho, milho, olho, filho
Xs exsudar, exsicativo
Nh sonho, venho, manhã
rr (usado unicamente entre vogais) barro, birra, burro, serra
ss (usado unicamente entre vogais) assunto, assento, assar, osso, massa
Sc ascensão, descendente, nascer, nascimento
Sç nasço, cresça, desço
Xc exceção, excesso
gu (quando não pronunciamos o “u”) guelra, águia
qu (quando não pronunciamos o “u”) questão, quilo, aquele
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A observação sobre gu e qu significa que nem sempre eles representam
dígrafos. Isso ocorre apenas quando, seguidos de e ou i, representam os fonemas
/g/ e /k/: guerra, quilo. Nesses casos, a letra u não corresponde a nenhum fonema.
Em algumas palavras, no entanto, o u representa uma semivogal ou uma vogal:
aguentar, linguiça, frequente, tranquilo, averigúe, argúi - o que significa que gu e
qu não são dígrafos. Também não há dígrafo quando são seguidos de a ou o:
quando, aquoso, averiguo.
Dígrafos Vocálicos Quando m e n aparecem no final da sílaba.
Dígrafo Exemplos
am ou an
em ou en
im ou in
om ou on
um ou un
campo, sangue
sempre ,tendo
limpo, tingir
rombo, tonto
bumbo, sunga
Hiato
Encontro de duas vogais e que, na separação silábica, devem estar em
sílabas separadas.
Exemplo: pi - a - no
Ditongo
Encontro de uma vogal com uma semivogal e que, na separação silábica,
devem estar em uma mesma sílaba.
Podem ser:
Ditongo crescente: encontro de uma semivogal com uma vogal.
Exemplo: gênio
Ditongo decrescente: é o encontro de uma vogal com uma semivogal.
Exemplo: cai
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E ainda podem ser:
Ditongo oral: a corrente de ar sai somente pela cavidade bucal.
Exemplo: moita, gênio, cai.
Ditongo nasal: a corrente de ar sai pela cavidade bucal e pelas fossas
nasais.
Exemplo: mãe, mamão, dispõe, muito.
Observação: as terminações -am e -em podem ser consideradas ditongos nasais
decrescentes em palavras como: amam, falam, além, também, etc.
Tritongo
Encontro de uma vogal com duas semivogais e que, na separação silábica,
deverão estar em uma mesma sílaba.
Exemplo: Pa-ra-guai
A divisão silábica das palavras, além de representar um assunto que
porventura se torna alvo de alguns questionamentos, possui notável importância,
dada as habilidades que precisamos ter em situações específicas de interlocução,
mais precisamente quando se trata de linguagem escrita.
Portanto, vejamos algumas observações sobre como se dá essa divisão:
Os dígrafos "ch", "lh", "nh", "gu" e "qu" pertencem a uma única sílaba.
Veja: chu-va mo-lho guer-ra
As letras que formam os dígrafos "rr", "ss", "sc", "sç", "xs" e "xc" devem ser
separadas durante a divisão silábica.
Veja: car-ro pás-sa-ro nas-cer nas-ço
ex-ce-to ex-su-dar
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Ditongos e tritongos pertencem a uma única sílaba.
Veja: U-ru-guai Pa-ra-guai col-mei-a he-roi-co
Os hiatos são separados em duas sílabas distintas.
Veja: di-a mú-tu-o ca-de-a-do
Os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser
separados, com exceção daqueles em que a segunda consoante é
representada pelas letras "l" ou "r". Constate:
Veja: pra-to blu-sa as-tú-cia ob-tu-rar ad-mi-nis-trar
Alguns grupos consonantais que iniciam palavras não se separam. Entre eles,
alguns casos representativos:
Veja: pneu-má-ti-co gnós-ti-co
Exercícios:
1. Assinale a alternativa incorreta a respeito da palavra "churrasqueira":
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas
b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu
c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra
d) é paroxítona e polissílaba
e) apresenta o tritongo: uei
2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que
fonemas?
a) Caderno
b) Chapéu
c) Flores
d) Livro
e) Disco
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3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo
b) um tritongo
c) um trissílabo
d) um oxítono
e) um proparoxítono
4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:
a) folha - ficha - lenha - fecho
b) lento - bomba - trinco - algum
c) águia - queijo - quatro - quero
d) descer - cresço - exceto - exsudar
e) serra - vosso - arrepio - assinar
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm,
respectivamente, um ditongo oral crescente e um hiato.
As mágoas de minha mãe, que sofria em silêncio, jamais foram
compreendidas por mim e meus irmãos.
a) foram - minha
b) sofria - jamais
c) meus - irmãos
d) mãe - silêncio
e) mágoas - compreendidas
6. Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente.
a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar
b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu
c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar
d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver
e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu
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7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está
corretamente efetuada em ambos os vocábulos das opções:
a) to-cas-sem, res-pon-dia
b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am
c) po-e-me-to, pré-dio
d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas
8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as palavras separadas
corretamente.
a) de-se-nho, po-vo-ou, fan-ta-si-a, mi-lhões
b) di-á-rio, a-dul-tos, can-tos, pla-ne-ta
c) per-so-na-gens, po-lí-cia, ma-gia, i-ni-ci-ou
d) con-se-guir, di-nhei-ro, en-con-trei, ar-gu-men-tou
e) pais, li-ga-ção, a-pre-sen-ta-do, au-tên-ti-co
9. Dadas as palavras: sub-ter-râ-neo / su-bes-ti-mar / trans-tor-no, constatamos
que a separação silábica está correta:
a) apenas nº 1;
b) apenas nº 2;
c) apenas nº 1 e 2;
d) em todas as palavras;
e) n. d. a.
10. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-e-lo, constatamos que a
separação silábica está correta:
a) apenas nº 1
b) apenas nº 2
c) apenas nº 3
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
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11. Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente:
a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas.
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
12. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
b) as letras são representações gráficas dos fonemas.
c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas.
d) uma única letra pode representar fonemas diferentes.
e) a letra "h" sempre representa um fonema.
13. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro
consonantal, exceto:
a) destruir
b) magnésio
c) adstringente
d) pneudd
e) autóctone
14. A série em que todas as palavras apresentam dígrafo é:
a) assinar / bocadinho / arredores.
b) residência / pingue-pongue / dicionário.
c) digno / decifrar / dissesse.
d) dizer / holandês / groenlandeses.
e) futebolísticos / diligentes / comparecimento.
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15. Verificamos a presença de um hiato em:
a) entendia
b) trabalho
c) conjeturou
d) maisdd
e) saguão
16. A alternativa que apresenta certa dificuldade de distinção entre ditongo
crescente e hiato é:
a) pai-saúde-mau-juízo.
b) Saara-preencher-cruel-doer.
c) faísca-degrau-chapéu-vôo.
d) piada-miolo-poente-miudeza.
e) frear-foi-saída-rei.
17. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) "chapéu" possui um dígrafo e um ditongo decrescente.
b) "guerreiro" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
c) "mangueira" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
d) "enxaguei" possui dois dígrafos e um tritongo.
e) "exato" não possui dígrafos e nem encontro vocálico.
18. A alternativa em que as palavras constituem, respectivamente, dígrafo e
encontro consonantal é:
a) exceção / étnico
b) banho / desça
c) seguir / nascimento
d) aquático / psicologia
e) occipital / represa
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19. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa
incorreta:
a) na palavra cãibra ocorre um ditongo nasal decrescente.
b) na palavra frequente ocorre um ditongo oral crescente.
c) na palavra radiouvinte ocorre um tritongo oral.
d) na palavra pneumonia ocorrem um ditongo decrescente e um hiato.
e) na palavra zoologia ocorrem dois hiatos.
20. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa
incorreta:
a) a palavra discente tem dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico.
b) a palavra entranhas tem um dígrafo vocálico e um dígrafo consonantal.
c) a palavra também tem dois dígrafos vocálicos.
d) a palavra tranquilo tem um dígrafo vocálico e não apresenta dígrafo
consonantal.
e) a palavra borracha tem dois dígrafos consonantais.
21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida
b) habitando
c) grandes
d) espinhos
e) ressoou
22. A palavra que apresenta ditongo crescente é:
a) acordou
b) teriam
c) noites
d) jamais
e) quando
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23. Só não existe hiato em:
a) atoleiros
b) miaram
c) ruídodd
d) defendiam
e) haviam
24. Indique a palavra que tem 5 fonemas:
a) fichadd
b) molhado
c) guerra
d) fixoddddddddd
e) hulha
25. Assinale o vocábulo com ditongo nasal decrescente:
a) quando
b) zangou
c) misteriosos
d) vitória
e) moravam
26. A palavra "charuto" apresenta:
a) um dígrafo e seis fonemas
b) um dígrafo e sete fonemas
c) sete letras e sete fonemas
d) sete letras e dois dígrafos
e) sete letras e cinco fonemas
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SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS
Sinônimos - São vocábulos que possuem significados iguais. Basicamente, são
palavras diferentes com o mesmo sentido.
Exemplos: gordo - obeso
honestidade - probidade.
Antônimos - São vocábulos cujo significado é oposto ao apresentado.
Exemplo: gordo - magro
baixo - alto.
Parônimos - São vocábulos parecidos na escrita e na pronúncia, porém com
significados diferentes.
Exemplo: Flagrante (Pego no ato)
Fragrante (Perfumado).
Homônimos - São palavras cuja escrita e pronúncia são idênticas, porém com
significados diferentes. Nessa categoria compreende-se: Homógrafos e
Heterófonos; Homófonos e Heterógrafos; Homógrafos e Homófonos (ou
homônimos perfeitos).
Homógrafos - Heterófonos: Com mesma escrita, porém pronúncia
diferente.
Exemplo: O controle da tv está na estante.
Talvez ela controle a situação e consiga resolver o problema.
Homófonos - Heterógrafos: Com mesma pronúncia, porém grafia diferente.
Exemplo: Cessão (ato de ceder) - Sessão (Reunião).
Homógrafos - Homófonos (ou homônimos perfeitos): Com mesma grafia e
pronúncia.
Exemplo: O mato - Eu mato.
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Homônimos
São palavras com pronúncia e, algumas vezes grafia, iguais, porém com
significados diferentes. A seguir, alguns exemplos.
acender (colocar fogo) acento (sinal gráfico)
acerto (ato de acertar) apreçar (ajustar o preço)
bucho (estômago) caçar (perseguir animais) cegar (deixar cego)
cela (pequeno quarto) censo (recenseamento)
céptico (descrente) cerração (nevoeiro) cerrar (fechar)
cervo (veado) chá (bebida)
cheque (ordem de pagamento) círio (vela) cito (forma do verbo citar)
concertar (ajustar, combinar) concerto (sessão musical)
coser (costurar) esotérico (secreto) espectador (aquele que assiste)
esperto (perspicaz) espiar (observar)
espirar (soprar, exalar) estático (imóvel) esterno (osso do peito)
estrato (camada) estremar (demarcar)
incerto (não certo, impreciso) incipiente (principiante) laço (nó)
ruço (pardacento, grisalho) tacha (prego pequeno)
tachar (atribuir defeito a)
ascender (subir) assento (local onde se senta)
asserto (afirmação) apressar (tornar rápido)
buxo (arbusto) cassar (tornar sem efeito) segar (cortar, ceifar)
sela (forma do verbo selar; arreio) senso (entendimento, juízo)
séptico (que causa infecção) serração (ato de serrar) serrar (cortar)
servo (criado) xá (antigo soberano do Irã)
xeque (lance no jogo de xadrez) sírio (natural da Síria) sito (situado)
consertar (reparar, corrigir) conserto (reparo)
cozer (cozinhar) exotérico (que se expõe em público) expectador (aquele que tem esperança, que espera)
experto (experiente, perito) expiar (pagar pena)
expirar (terminar) extático (admirado) externo (exterior)
extrato (o que se extrai de algo) extremar (exaltar, sublimar)
inserto (inserido, introduzido) insipiente (ignorante) lasso (frouxo)
russo (natural da Rússia) taxa (imposto, tributo)
taxar (fixar taxa)
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Parônimos
Palavras com escrita e pronúncia parecidas, mas com significados diferentes.
Abaixo, alguns exemplos:
absolver (perdoar, inocentar) apóstrofe (figura de linguagem)
aprender (tomar conhecimento) arrear (pôr arreios)
ascensão (subida) cavaleiro (que cavalga) comprimento (extensão)
deferir (atender) descrição (ato de descrever)
descriminar (tirar a culpa) despensa (local onde se guardam mantimentos)
docente (relativo a professores) emigrar (deixar um país)
eminência (elevado) eminente (elevado)
esbaforido (ofegante, apressado) estada (permanência em um lugar)
flagrante (evidente) fluir (transcorrer, decorrer)
fusível (aquilo que funde) imergir (afundar) inflação (alta dos preços)
infligir (aplicar pena) mandado (ordem judicial)
peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) precedente (que vem antes)
ratificar (confirmar)
recrear (divertir) soar (produzir som) tráfego (trânsito)
vadear (atravessar a vau)
absorver (aspirar, sorver) apóstrofo (sinal gráfico)
apreender (capturar, assimilar) arriar (descer, cair)
assunção (elevação a um cargo) cavalheiro (homem gentil) cumprimento (saudação)
diferir (distinguir-se, divergir) discrição (reserva, prudência)
discriminar (distinguir) dispensa (ato de dispensar)
discente (relativo a alunos) imigrar (entrar num país)
iminência (qualidade do que está iminente) iminente (prestes a ocorrer)
espavorido (apavorado) estadia (permanência temporária em um lugar)
fragrante (perfumado) fruir (desfrutar)
fuzil (arma de fogo) emergir (vir à tona) infração (violação)
infringir (violar, desrespeitar) mandato (procuração)
pião (tipo de brinquedo) procedente (proveniente; que tem
fundamento) retificar (corrigir)
recriar (criar novamente) suar (transpirar) tráfico (comércio ilegal)
vadiar (andar ociosamente)
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Exercícios:
1. Indique o item em que o antônimo da palavra ou expressão em destaque
está corretamente apontado.
a) duradouro sucesso - efêmero
b) fama em ascendência - excelsa
c) elegante região - carente
d) sala lotada - desabitada
2. A palavra tráfico não dever ser confundida com tráfego, seu parônimo. Em
que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de
paronímia?
a) estrato / extrato
b) flagrante / fragrante
c) eminente / iminente
d) inflação / infração
e) cavaleiro / cavalheiro
3. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há
um sinônimo.
a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
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4. Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das
frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
Hoje são muitos os governos que passaram a combater o _____ de
entorpecentes com rigor.
O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a) discriminar - tráfico - infligiu
b) discriminar - tráfico - infringiu
c) descriminar - tráfego - infringiu
d) descriminar - tráfego - infligiu
e) descriminar - tráfico - infringiu
5. No ______ do violoncelista ______ havia muitas pessoas, pois era uma
______ beneficente.
a) conserto - eminente - sessão
b) concerto - iminente - seção
c) conserto - iminente - seção
d) concerto - eminente - sessão
e) conserto – iminente - sessão
6. Assinale o item em que se trocou, ou não, o emprego adequado de uma das
palavras homófonas.
a) Ele trabalha na oitava seção (sessão, seção, cessão) da primeira zona
eleitoral.
b) Na repartição todos o taxam (taxam, tacham) de relapso.
c) Sua entrevista está inserta (inserta, incerta) nos maiores jornais do país.
d) Desculpemos sua inexperiência, afinal todo jovem incipiente (incipiente,
insipiente) merece nossa compreensão.
e) Nenhuma das anteriores.
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7. Veja se há erro ou não na classificação à direita das palavras à esquerda.
Assinale-o, se houver.
a) Ratificar / retificar - Parônimos.
b) Lima (fruta) / lima (objeto) - Homônimos.
c) Seção /sessão / cessão - Homófonas.
d) Infligir / infrigir - Homógrafos.
e) Nenhuma das Anteriores.
8. Assinale, se houver, o item em que se trocou o termo adequado de acordo
com o sentido da 1a frase à esquerda.
a) O valente herói não receia o perigo (intemerato)
b) Não deviam transgredir a lei (infrigir)
c) Por isso corrigi o texto (retifiquei)
d) Deixou a pátria (emigrou)
e) Nenhuma das anteriores
9. Assinale, se houver, o item em que se teria trocado o emprego dos
parônimos de acordo com o sentido da frase.
a) A medida não sortiu efeito.
b) Respondeu com acerto à pergunta.
c) Tal fato não me passou desapercebido.
d) O fim do ano está iminente.
e) Nenhuma das Anteriores
10. Assinale, se ocorrer ou não, erro em alguns dos itens abaixo em relação à
grafia das homófonas.
a) Pagou a taxa de serviço ontem.
b) Tacharam-no de corrupto.
c) Pregue a tacha com este martelo.
d) Os dicionários registram tacho (subst.) como vaso de metal.
e) Nenhuma das anteriores.
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11. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego das homófonas há, a.
a) Já estou em Brasília há 25 anos.
b) Daqui a dois meses ele voltará.
c) Já iniciamos a sessão há quinze minutos.
d) Ele devia ter avisado há mais tempo.
e) Nenhuma das anteriores
12. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego das homófonas há cerca
de, a cerca de, acerca.
a) Não falarei acerca desse assunto.
b) Falaram de um assunto acerca do qual nada sabia.
c) Cerca de dez mil pessoas assistiram ao comício.
d) Há cerca de dez anos me aposentei.
e) Nenhuma das anteriores
13. Assinale, se houve erro ou não, na classificação semântica das palavras
abaixo.
a) Deferir/diferir - parônimas.
b) Expiar/espiar - homófonas.
c) O acordo/eu acordo - homônimas.
d) Concordância/discordância - antônimas.
e) Nenhuma das anteriores
14. Assinale o item em que há erro, ou não, no emprego de parônimas de acordo
com o sentido.
a) O médico proscreveu rigorosa dieta.
b) O sinônimo de confirmar é ratificar.
c) A empresa é nova, por isso os serviços estão incipientes.
d) É um político notável digno de nosso preito.
e) Nenhuma das anteriores
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REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em:
- a, as: pá, vá, gás, cá, má.
- e, es: pé, fé, mês, três, crê.
- o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó.
Oxítonas - a última sílaba é a tônica. São acentuadas as que terminam em:
- a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá.
- e, es: você, café, Urupês, jacarés.
- o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó.
- em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém.
Paroxítonas - a sílaba tônica é a penúltima. São acentuadas todas as que não
terminam em: em, ens, a(s), e(s), o(s). A regra é oposta à de acentuação para
oxítonas. Portanto, as terminadas em:
- i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri.
- u, us, um, uns, on, ons: vírus, bónus/bônus, álbum, parabélum, álbuns,
parabéluns, nêutron, prótons.
- l, n, r, x, ps: incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir,
caráter, revólver, destróier, tórax, ónix/ônix, fénix/fênix, Quéops.
- ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos.
Proparoxítonas - São todas acentuadas. Têm a antepenúltima sílaba tônica e,
nesse caso, é a sílaba que leva acento. A vogal com timbre aberto é acentuada
com um acento agudo, já a com timbre fechado ou nasal é acentuada com um
acento circunflexo. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter,
lúcido, ótimo, víssemos, flácido.
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Observações:
Palavras terminadas em encontro vocálico átono podem ser consideradas
tanto paroxítonas quanto proparoxítonas, e devem ser todas acentuadas.
Encontros vocálicos átonos no fim de palavras tanto podem ser entendidos como
ditongos quanto como hiatos. Exemplos: cárie, história, árduo, água, errôneo.
Ditongo - aberto tônico quando em palavras oxítonas:
- éi: anéis, fiéis, papéis
- éu: céu, troféu, véu
- ói: constrói, dói, herói
Hiato - i e u nas condições:
- que sejam a segunda vogal tônica de um hiato;
- que formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba;
- que não sejam seguidas pelo dígrafo nh;
- que não forem repetidas (i-i ou u-u);
- que não sejam, quando em palavras paroxítonas, precedidas de ditongo;
aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-
vo; heroína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de.
Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou
não do s). Palavras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por
serem oxítonas, mas porque essas palavras formam hiato.
Apesar de não poder ser considerado um caso de tonicidade, coloca-se um
acento grave (`) na crase da preposição "a" com os artigos femininos "a", "as" e
com os pronomes demonstrativos "aquele", "aqueles", "aquela", "aquelas",
"aquilo": à, às, àquele, àquilo.
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Acento Diferencial
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia idêntica. É
obrigatório nos seguintes casos:
pôde (pret. perf. do ind. de poder)
pode (pres. do ind. de poder)
pôr (verbo)
por (preposição)
Observação: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento
agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural.
têm (terceira pessoa do plural do verbo ter)
tem (terceira pessoa do singular do verbo ter)
A mesma regra serve para os verbos manter e vir e seus derivados:
mantém
mantêm
vêm (terceira pessoa do plural do verbo vir)
vem (terceira pessoa do singular do verbo vir)
provém
provêm
Caso em que o acento diferencial é opcional:
fôrma (substantivo)
forma (substantivo e verbo)
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Exercícios:
1. Acentue as palavras, se for necessário:
Clausula, premio, alias, cancer, arguem, toxicomano, chines, vatapa, niquel, bau,
util, incrivel, vintem, torax, lagrima, compos, joquei, ruina, periodico, atraves, lapis,
assembleia, sensivel, voo, leem, virus, corrego, consul, amaveis, xerox.
2. Coloque os acentos gráficos que faltam:
Quando os repteis voavam Há 145 milhões de anos, o ceu foi tomado por pterossauros, os repteis
alados. Eles se multiplicaram em novas especies. Foi uma explosão demografica
nos ares. (Revista Superinteressante)
3. Em cada uma das frases a seguir, há algumas palavras em destaque com
terminação igual. Entretanto, só uma delas deve ser acentuada. Acentue
corretamente a palavra que deve receber o acento gráfico e justifique sua
resposta:
a) Ninguem viu a nuvem negra que se aproximava.
b) Naquela cidade reina a maior desordem; ela é agora uma ruina do que foi.
c) Este ônibus não vai para a Rua Para; ele só para na avenida principal do
bairro.
d) O motorista do taxi levava um colibri na gaiola.
e) O homem tirou o chapeu e olhou para meu tio interrogativamente.
f) Não gosto de pate de abacate.
g) Ele é um jovem recem-formado.
h) Sua paciencia se evidencia no trato com as crianças.
i) Se como melancia, fico com ansia.
j) Este virus não ataca tatus nem urubus.
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4. Assinale a alternativa em que há um erro de acentuação, corrigindo-o:
a) maracujá, argui, rapé
b) lápis, tainha, túnel
c) chapéu, hífen, ítem
d) jataí, régua, próton
e) ruim, órgão, egoísta
5. No texto a seguir há:
a) um caso de monossílaba tônico acentuado:
b) três casos de paroxítonas acentuadas:
c) dois casos de oxítonas acentuadas:
d) um caso de i tônico formando hiato:
Acentue tais palavras e retire-as, colocando-as como resposta dos itens
acima.
Cidadania O trabalho desenvolvido pelo Projeto Axe, em Salvador (BA), mostra que e
possivel educar e resgatar para a cidadania os meninos de rua. Vejo por que a
metodologia de atendimento que vem sendo construida por sua equipe esta
servindo de exemplo para a ampliação de experiencias semelhantes em varias
regiões do Brasil e do exterior.
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6. No texto a seguir, foram omitidos os acentos gráficos. Leia-o com atenção e
acentue corretamente as palavras que são acentuadas graficamente:
Reciclar o lixo No mundo - e tambem no Brasil - uma enorme e variada gama de novas
tecnologias surge a cada dia, tornando mais viável e barato reciclar materiais
descartaveis para possivel reuso. Os avanços tecnologicos mais expressivos vem
ocorrendo exatamente com o maior vilão da temida quadrilha do lixo: o plastico.
Ele e o detrito de mais dificil degradação na natureza, permanecendo intacto no
ambiente as vezes por mais de 50 anos. Mas, com criatividade e rigor cientifico,
modernas tecnicas de reciclagem ja possibilitam a adoção de diversas saidas para
esse dilema. Algumas delas são real-mente revolucionarias, como a produção de
um automovel totalmente construido com materiais reciclaveis e um material
novissimo chamado "madeira plastica", substitui com maior eficiencia e
durabilidade madeiras nobres e raras como mogno e peroba. (Revista Globo
Ciencia)
7. Acentue as frases seguintes, quando for necessário:
a) O bom motorista para seu carro para o pedestre passar.
b) Por cautela não vou por sal na comida.
c) Como brilha o pelo deste cavalo!
d) Pelo sim, pelo não, faço eu o trabalho.
e) Pela primeira vez a pela dos carneiros será feita aqui.
f) Pelo-me de medo do escuro.
g) Aquelas crianças não comem pera, só maças.
h) Meus filhos não comem maças, só peras.
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8. Acentue as formas verbais, se necessário:
a) Zagalo mantem o mesmo time para o jogo de domingo.
b) Polícia intervem na greve dos metalúrgicos.
c) Aposentados mantem a esperança no reajuste.
d) Policiais detem tres suspeitos de assalto a banco.
e) Ele teve uma boa ideia.
9. Justifique a acentuação gráfica das seguintes palavras:
a) pântano:
b) herói:
c) também:
d) após:
e) juízes:
f) tábua:
g) açúcar:
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a
palavra, denominados de morfemas. Os morfemas da Língua Portuguesa são:
Radical
É a parte que contém o sentido básico do vocábulo. É a raiz da palavra.
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro.
Obs.: No que se refere a verbos, descobre-se o radical, retirando-se a
terminação AR, ER ou IR.
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Vogal Temática Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas
indicam a que conjugação o verbo pertence:
1ª conjugação = Verbos terminados em AR.
2ª conjugação = Verbos terminados em ER.
3ª conjugação = Verbos terminados em IR.
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer.
Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da
palavra, evitando que ela termine em consoante. Por exemplo, nas palavras: meia,
pente, táxi, couro, urubu.
Tema
É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o
tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical
for terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre
será a soma do radical com a vogal temática - estuda, come, parti; em se
tratando de substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecerá. Vejamos
alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal temática, e
pasta o tema; já na palavra leal, o radical e o tema são o mesmo elemento - leal,
pois não há vogal temática; e na palavra tatu também, mas agora, porque o
radical é terminado pela vogal temática.
Desinências É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical,
com o intuito de modificá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos
os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois tipos de
desinências:
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Desinências Verbais
Modo-temporais: indicam o tempo e o modo.
São quatro as desinências modo-temporais:
-va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia.
-ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira.
-ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria.
-sse-, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse.
Número-pessoais: indicam a pessoa e o número. São três os grupos
das desinências número-pessoais.
Grupo I: -i, -ste, -u, -mos, -stes, -ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo
eu cantei, tu cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.
Grupo II: -es, -mos, -des, -em, para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do
Subjuntivo.
Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles
cantarem. / Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes,
eles puserem.
Grupo III: -s, -mos, -is, -m, para todos os outros tempos.
eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam.
Desinências Nominais
De gênero: a palavra terá desinência nominal de gênero quando
houver a oposição masculino-feminina. Exemplo: cabeleireiro -
cabeleireira. A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que
indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja
terminado em o. Exemplo: crua, ela, traidora.
De número: indica o singular e o plural. A letra s indica o plural da
palavra. Exemplo: cadeiras, pedras, águas.
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Afixos
Elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles:
Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Exemplo: destampar,
incapaz, amoral.
Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do
infinitivo. Exemplo: pensamento, acusação, felizmente.
Vogais e consoantes de ligação
São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas para tornar mais
fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Exemplo: flores, bambuzal,
gasômetro, canais.
Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela.
Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por
derivação; por dois ou mais radicais, composição. São os seguintes os
processos de formação de palavras:
Derivação
Formação de novas palavras a partir de apenas um radical.
Derivação Prefixal: Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva;
também chamado de prefixação. Exemplo: antepasto, reescrever,
infeliz.
Derivação Sufixal: Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva;
também chamado de sufixação. Exemplo: felizmente, igualdade,
florescer.
Derivação Prefixal e Sufixal: Acréscimo de um prefixo e de um
sufixo, em tempos diferentes; também chamado de prefixação e
sufixação. Por exemplo: infelizmente, desigualdade, reflorescer.
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Derivação Parassintética: Acréscimo de um prefixo e de um sufixo,
simultaneamente; também chamado de parassíntese. Exemplo:
envernizar, enrijecer, anoitecer.
Observação: A maneira mais fácil de estabelecer a diferença entre Derivação
Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a
palavra que sobrou existir, será Derivação Prefixal e Sufixal; também se pode
retirar o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Derivação Prefixal e Sufixal;
caso contrário, será Derivação Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de
envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe
a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.
Derivação Regressiva: É a retirada da parte final da palavra primitiva,
obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Exemplo: do verbo
debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo
debate.
Derivação Imprópria: É a formação de uma nova palavra pela
mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um
substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.
Composição
Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais.
Composição por Justaposição: Na união, os radicais não sofrem
qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os
radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre
com mandachuva, passatempo, guarda-pó.
Composição por Aglutinação: Na união, pelo menos um dos
radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem
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os radicais água e ardente, obtém-se a palavra aguardente, com o
desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa
hora), planalto (plano alto).
Hibridismo É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas
diferentes.
Exemplos: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia.
Onomatopeia Consiste em criar palavras tentando imitar sons da natureza.
Exemplos: zunzum, cricri, tique-taque, pingue-pongue.
Abreviação Vocabular
Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma
forma mais curta.
Exemplos: de extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia,
foto; de cinematografia, cinema ou cine.
Siglas As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma
sequência de palavras que constitui um nome.
Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU
(Imposto Predial, Territorial e Urbano).
Neologismo Semântico
Forma-se uma palavra por neologismo semântico quando se dá um novo
significado, somado ao que já existe.
Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado
somamos outro: pessoa boa, pessoa legal.
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Empréstimo Linguístico
É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não
se modifica, ela deve ser escrita em itálico ou estar entre aspas. Por exemplo:
estresse, estande, futebol, bife, show, xampu, shopping center.
Exercícios:
1. Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada;
b) luz, luzeiro, alumiar;
c) incrível, crente, crer;
d) festa, festeiro, festejar;
e) riqueza, ricaço, enriquecer.
2. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da
mesma raiz é:
a) florescer, flandres, florear;
b) pousada, aposentado, cômodo;
c) reger; regulamento; regra;
d) corte; percurso; correr;
e) angústia; ângulo; anjo.
3. Assinale a única opção em que ocorre variante do radical:
a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
e) vência, venceste, vence.
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4. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico
grifado:
a) compostas: desinência de feminino;
b) quadrar: radical;
c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.
5. Vocábulo onde existe desinência de gênero:
a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.
6. Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:
a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.
7. Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está
indevidamente caracterizado:
a) vaga-lume: composição;
b) cruzeiro: sufixação;
c) palmeira: sufixação;
d) irritação: sufixação;
e) baunilha: sufixação.
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8. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:
a) zunzum;
b) reco-reco;
c) toque-toque;
d) tlim-tlim;
e) vivido.
9. Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva,
derivação parassintética e composição por aglutinação, respectivamente.
a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
c) amostra, alinhar, girassol;
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre.
10. Grupo de três palavras formadas por derivação:
a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.);
d) cine, guarda-roupa, infiel;
e) infelizmente, amolecer,varapau.
11. Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras
idênticos aos dos vocábulos plenilúnio / burocracia:
a) vaivém / saca-rolhas;
b) surdo-mudo / corre corre;
c) aguardente / alcoômetro;
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre.
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12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação:
a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal;
c) emudecer: derivação sufixal;
d) inaudível: derivação prefixal;
e) canto: derivação regressiva.
13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-
lume:
a) descobriu;
b) lembrança;
c) encantamento;
d) doçura;
e) fios de ovos.
14. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação
numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à
sequência numérica encontrada:
( ) outrora (1) justaposição
( )a caça (2) aglutinação
( )pontapé (3) parassíntese
( )planalto (4) derivação prefixal
( )anoitecer (5) derivação regressiva.
( )transcontinental
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3;
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4;
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3;
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4;
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4.
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CLASSES GRAMATICAIS
Artigo
Artigo, do verbo grego, adaptar, preparar. O artigo é uma palavra que se
antepõe ao substantivo e serve para determiná-lo. Essa determinação pode ser
definida ou indefinida. É variável em gênero e número e dividido em:
Artigo definido: o, a, os, as.
Esses determinam o substantivo com precisão.
Exemplo: A revista publicou o escândalo.
Artigo indefinido: um, uma, uns, umas.
Esses determinam o substantivo com imprecisão.
Exemplo: Uma revista publicou um escândalo.
Observações sobre o emprego do artigo:
- O artigo determina o gênero e o número do substantivo.
Exemplo: o menino, os meninos, a menina, as meninas.
- O artigo anteposto pode substantivar qualquer palavra.
Exemplo: Não quero ouvir um não como resposta. (o advérbio não foi
substantivado)
- Os artigos podem aparecer combinados com preposições.
Exemplo: Estava numa cidade grande. (preposição em + artigo uma)
- Quando o artigo indefinido aparece anteposto a um numeral indica quantidade
próxima.
Exemplo: Escrevi uns quatro artigos sobre o aquecimento global.
- Não é aceitável o uso do artigo depois do pronome relativo cujo e suas flexões.
Exemplo: Comprei uma planta cujas plantas são raras.
- O artigo definido pode, ou não, ser usado depois do pronome indefinido todo.
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Quando o artigo é utilizado, a ideia é de totalidade, quando é omitido, o sentido é
de qualquer.
Exemplos: Aos domingos leio todo o jornal. (totalidade)
Todo jornal traz noticiário político. (qualquer jornal)
Exercícios:
1. No texto seguinte selecione os artigos:
"Tire um sono na rede
Deixe a porta encostada
Que o vento da madrugada
Só me leva pra você.
E antes de acontecer
Do sol a barra vir quebrar
Estarei nos teus braços
Pra nunca mais voar"
(Luis Gonzaga)
2. Assinale a alternativa em que o uso do artigo está substantivando uma
palavra.
a) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
b) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
c) A navalha ia e vinha no couro esticado.
d) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
e) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
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Substantivo
Substantivo é toda a palavra que designa um ser, coisa ou substância.
De acordo com a gramática portuguesa, um substantivo dá nome aos seres
em geral e pode variar em gênero, número e grau.
Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo,
basta precedê-lo de um artigo, pronome ou numeral. Exemplo: "O não é uma
palavra dura". Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas
substantivos (que são substantivos em sua essência) não precisam
necessariamente ser precedidos por artigos.
Classificação
Quanto à formação:
Dá-se o nome de substantivo a todas as palavras que nomeiam seres,
lugares, objetos, sentimentos e outros.
Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em:
Primitivo, derivado, simples e composto:
- Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex.: flor, pedra, jardim, leite,
goiaba, ferro, cobre, uva, maçã, metal...
- Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá
origem ao derivado (substantivo primitivo) denominado radical. Ex.: pedreiro
(pedra), jornalista (jornal).
Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em:
- Simples: tem apenas um radical. Ex.: água, couve, sol.
- Composto: tem dois ou mais radicais. Ex.: água de cheiro, couve-flor, girassol,
lança-perfume, pé de moleque, cachorro-quente, guarda-chuva.
42
Quanto ao tipo:
Quando se referir à especificação dos seres, pode ser classificado em:
- Próprio: denota um elemento individual que tenha um nome próprio dentro de
um conjunto, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex.: João, Maria, Bahia,
Brasil, Rio de Janeiro, Japão.
- Comum: são substantivos que designam um elemento qualquer sem
individualizá-los. Subdividem-se em:
Concretos: designam seres que existem ou que podem existir por si só. Ex.:
casa, cadeira. Também são concretos os substantivos que nomeiam divindades
(Deus, anjos, almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não,
não estão vinculados a alguma outra coisa para existir.
Abstratos: designam ideias ou conceitos, cuja existência está vinculada a
alguém ou a alguma outra coisa. Ex.: justiça, amor, trabalho, etc.
- Coletivos: um substantivo coletivo designa um nome singular dado a um
conjunto de seres. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de
quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos:
Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada
não é uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos livros e os acomoda em
prateleiras.
Uma "turma" é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo
alojamento os estudantes de várias carreiras e universidades numa sala, não se
tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma
aula. Eles possuem alguma ação ou característica em comum em relação ao
grupo.
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Quanto ao gênero:
Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino. Quanto às
formas, podem ser:
- Biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Exemplos:
menino – menina; traidor – traidora; aluno – aluna; gato - gata.
- Heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para
indicar gênero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para
o masculino. Exemplos: arlequim – colombina; arcebispo – arquiepiscopisa; bispo
– episcopisa; bode – cabra; ovelha - carneiro.
- Uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo ser
classificados em:
Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo
precedente. Quando é necessário discriminar o sexo do animal, acrescenta-se a
palavra "macho" ou "fêmea".
Exemplos: onça macho - onça fêmea; jacaré macho - jacaré fêmea; foca macho -
foca fêmea.
Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente.
Exemplos: o dentista - a dentista, um jovem - uma jovem, o imigrante italiano - a
imigrante italiana.
Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, o
indivíduo, a testemunha (não existem formas como "o criança", "a indivíduo","o
testemunha", nem palavras como "crianço" ou "indivídua" ou "testemunho").
Quanto ao número:
Os substantivos apresentam as formas singular e plural.
Nos substantivos simples, para formar o plural, acrescenta-se à terminação:
- n, vogal ou ditongo acrescenta-se a letra s.
Ex: elétron/ elétrons, povo/ povos, caixa/ caixas, cárie/ cáries;
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- ão muda para ões, ães ou ãos;
- s, r e z acrescenta-se es;
- x são invariáveis;
- al, el, ol, ul trocam o l por is, com as seguintes exceções: "mal" (males),
"cônsul" (cônsules), "mol" (mols), "gol" (gols);
- il troca-se o l por is (quando oxítono) ou o il por eis (quando paroxítono):
pastel (pastéis), fácil (fáceis)
Plural dos Substantivos Compostos
Os substantivos compostos são aqueles que têm dois radicais.
Regras Gerais:
Se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia.
Ex.: mulas sem cabeça;
Caso o segundo termo indique finalidade ou semelhança deste, apenas o
primeiro termo varia.
Ex.: navios-escola, canetas-tinteiro;
Se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopeia,
só o segundo elemento varia.
Ex.: tico-ticos, pingue-pongues;
Nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos,
adjetivos e numerais variam.
Ex.: couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bem-amados, ex-
alunos.
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como
são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que
estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples.
Ex.: aguardente – aguardentes; girassol - girassóis
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Abaixo, algumas regras esquematizadas para um estudo mais detalhado:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo couve-flor / couves-flores
substantivo + adjetivo amor-perfeito / amores-perfeitos
adjetivo + substantivo gentil-homem / gentis-homens
numeral + substantivo quinta-feira / quintas-feiras
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo água de colônia / águas de
colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo cavalo-vapor / cavalos-
vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou
seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos:
palavra-chave / palavras-chave
peixe-espada / peixes-espada
d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio o bota-fora / os bota-fora
verbo + substantivo no plural o saca-rolhas / os saca-rolhas
e) Casos Especiais
o louva-a-deus / os louva-a-deus
o bem-te-vi / os bem-te-vis
o bem-me-quer / os bem-me-queres
o joão-ninguém / os joões-ninguém.
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Flexões dos Substantivos
O substantivo pode variar de forma para indicar seu gênero (masculino ou
feminino), número (singular ou plural) ou grau (aumentativo ou diminutivo).
Veja por exemplo, o substantivo menino. Ele pode apresentar as formas:
menina (feminino), meninos (plural) e menininho (diminutivo).
Exemplos de diminutivos e aumentativos sintéticos:
- sapato/sapatinho/sapatão;
- casa/casinha/casarão;
- homem/homenzinho/homenzarrão;
Quanto ao Gênero:
Gramaticalmente, os substantivos podem pertencer ao gênero masculino ou
ao gênero feminino, dividindo-se em biformes ou uniformes.
Substantivos biformes
Apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. Na maioria das palavras, o feminino é marcado pela desinência a. Observe:
- Masculino: gato, freguês, cantor e Deus.
- Feminino: gata, freguesa, cantora, deusa.
Atenção para estes casos:
a) Alguns substantivos formam o feminino com a junção de sufixos.
Exemplos: conde - condessa
imperador - imperatriz
b) Os substantivos masculinos terminados em ão formam o feminino ã ou ona.
Exemplos: leão - leoa
anão - anã
solteirão - solteirona
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Observação: Às vezes, o feminino não é indicado pela flexão do masculino, mas
por outra palavra.
Exemplos: homem - mulher;
cavalo - égua
pai - mãe.
Substantivos uniformes Os substantivos uniformes apresentam a mesma forma no masculino ou no
feminino. Eles são classificados em substantivos comuns de dois gêneros,
substantivos sobrecomuns e substantivos epicenos. Os substantivos comuns de
dois e os sobrecomuns referem-se a pessoas. Os substantivos epicenos referem-
se a animais.
Comuns de dois gêneros: são aqueles que se referem a pessoas dos
dois gêneros sem mudanças de forma. O gênero é indicado pelas palavras
que os acompanham.
Ex.: O pianista já chegou. - A pianista já chegou.
Aquele jovem é excelente. - Aquela jovem é excelente.
Chamou seu colega. - Chamou sua colega.
Sobrecomuns: são os que têm uma única forma para os dois gêneros. Só
o contexto informa se se trata de alguém do sexo masculino ou do sexo
feminino.
Observe, por exemplo, esta frase: A criança está dormindo. Nesse caso, o
substantivo criança pode referir-se a um menino ou uma menina, isto é,
tanto a alguém do sexo feminino quanto a alguém do sexo masculino. A
forma do substantivo não muda.
Veja outros exemplos:
- A testemunha (homem ou mulher);
- O cônjuge (marido ou esposa);
- A vítima (homem ou mulher).
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Epicenos: são os que têm apenas uma forma para se referir a animais de
ambos os sexos.
Exemplo: a girafa, o tatu, a onça.
Se quisermos indicar o sexo do animal, devemos usar as palavras macho e
fêmea. Ex.: girafa macho - a girafa fêmea;
o tatu macho - o tatu fêmea
Atenção!
Certos substantivos mudam de significado conforme o uso no masculino ou
no feminino.
Observe, por exemplo, os significados do substantivo cabeça nestas frases:
- Aquele menino machucou a cabeça. (parte do corpo).
- Aquele menino é o cabeça da turma. (chefe).
Exercícios:
1. Numa das seguintes frases, há uma flexão de plural grafada erradamente:
a) os escrivães serão beneficiados por esta lei.
b) o número mais importante é o dos anõezinhos.
c) faltam os hífens nesta relação de palavras.
d) Fulano e Beltrano são dois grandes caráteres.
e) os répteis são animais ovíparos.
2. Assinale a alternativa em que está correta a formação do plural:
a) cadáver - cadáveis;
b) gavião - gaviães;
c) fuzil - fuzíveis;
d) mal - maus;
e) atlas - os atlas.
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3. Indique a alternativa em que todos os substantivos são abstratos:
a) tempo - angústia - saudade - ausência - esperança- imagem;
b) angústia - sorriso - luz - ausência - esperança -inimizade;
c) Inimigo - luz - esperança - espaço - tempo;
d) angústia - saudade - ausência - esperança - inimizade;
e) espaço - olhos - luz - lábios - ausência - esperança.
4. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são masculinos:
a) enigma - idioma - cal;
b) pianista - presidente - planta;
c) champanha - dó(pena) - telefonema;
d) estudante - cal - alface;
e) edema - diabete - alface.
5. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no
feminino têm outro. Marque a alternativa em que há um substantivo que não
corresponde ao seu significado:
a) O capital = dinheiro; A capital = cidade principal;
b) O grama = unidade de medida; A grama = vegetação rasteira;
c) O rádio = aparelho transmissor; A rádio = estação geradora;
d) O cabeça = o chefe; A cabeça = parte do corpo;
e) A cura = o médico; O cura = ato de curar.
6. Marque a alternativa em que haja somente substantivos sobrecomuns:
a) pianista - estudante - criança;
b) dentista - borboleta - comentarista;
c) crocodilo - sabiá - testemunha;
d) vítima - cadáver - testemunha;
e) criança - desportista - cônjuge.
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7. Aponte a sequência de substantivos que, sendo originalmente diminutivos ou
aumentativos, perderam essa acepção e se constituem em formas normais,
independentes do termo derivante:
a) pratinho - papelinho - livreco - barraca;
b) tampinha - cigarrilha - estantezinha - elefantão;
c) cartão - flautim - lingueta - cavalete;
d) chapelão - bocarra - cidrinho - portão;
e) palhacinho - narigão - beiçola - boquinha.
8. Dados os substantivos "caroço", "imposto", "coco" e "ovo", conclui-se que,
indo para o plural a vogal tônica soará aberta em:
a) apenas na palavra nº 1;
b) apenas na palavra nº 2;
c) apenas na palavra nº 3;
d) em todas as palavras;
e) N.D.A.
9. Marque a alternativa que apresenta os femininos de "Monge", "Duque",
"Papa" e "Profeta":
a) monja - duqueza - papisa - profetisa;
b) freira - duqueza - papiza - profetisa;
c) freira - duquesa - papisa - profetisa;
d) monja - duquesa - papiza - profetiza;
e) monja - duquesa - papisa - profetisa.
10. O plural dos substantivos "couve-flor", "pão de ló" e "amor-perfeito", é:
a) couve-flores; pães de ló; amores-perfeitos;
b) couves-flores; pães de ló; amores-perfeitos;
c) couves-flores; pães de ló; amor-perfeitos;
d) couves-flores; pães de lós; amores-perfeitos;
e) couves-flores; pães de ló; amor-perfeitos.
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11. Indique o grupo de substantivo que só admite o artigo "o" :
a) cal, dó, sentinela;
b) contralto, eczema, aluvião;
c) hosana, apêndice, apendicite;
d) telefonema, eclipse, afã;
e) trama, elipse, omoplata.
12. Indique a alternativa que apresenta erro na forma do plural:
a) sol: sóis; fúsil: fúseis; anão: anões;
b) peão: peões; guardião: guardiãos; caráter: caracteres;
c) órgão: órgãos;corrimão: corrimãos; mel: méis;
d) sótão: sótãos; álcool: álcoois; cônsul: cônsules;
e) faisão: faisães; anil: anis; capitão: capitães.
13. Assinale a alternativa que contiver todos os termos com plural correto:
a) luso-brasileiras; rosas-chá; sapatos-areia; decretos-lei;
b) guardas-marinha; prócers; procônsules; totens;
c) grã-cruzes; chefes de seção; surdo-mudos; primas-donas;
d) saias-calças; ouvidores-mor; baixos-relevos; gatos-pingados;
e) sapatos-de-cristais; coronéis de barrancos; olhos-de-gatos.
14. Entre os substantivos aqui relacionados, há um que é do masculino qual?
a) hóstia;
b) Anátema;
c) Ráfia;
d) Antífona;
e) Estenia.
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NUMERAL
É toda palavra que encerra a ideia de número.
Classificação
Cardinais - são aqueles que utilizam os números naturais para a contagem
de objetos ou até designam a abstração das quantidades: os números em
si mesmos. Valem por adjetivos ou substantivos.
Exemplo: Dois mais dois é igual a quatro.
Coletivos - são aqueles que designam uma quantidade específica de um
conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e
invariáveis em gênero. Ex.: dúzia(s), dezena(s), milheiro(s) ou milhar(es), centena(s), par(es),
década(s).
Multiplicativos - são aqueles que indicam uma quantidade equivalente a
uma multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.). Ex.: "Às vezes, as palavras possuem duplo sentido".
"Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado".
Ordinais - são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão numérica
de seres e objetos. Ex.: "Recebeu seus primeiros presentes agora mesmo."
"Dumas está completando seu décimo aniversário"
"Hoje é a primeira vez que eu como esta torta."
Fracionários - são aqueles que passam a ideia de parte de algo, fração.
Ex.: terço, quinto. "Um terço do bolo, por favor." Ou indicam a divisão de
seres e objetos, usado muito em receitas de alimento, como: "Coloque 1/4
xícara de açúcar na massa."
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Partitivos - são aqueles que passam ideia de partir dividir, não deve se
confundir com fracionários. Ex.: Metade de. A quinta parte de.
Exercícios:
1. Indique a grafia e leitura corretas do seguinte numeral cardinal: 3.726.
a) Três mil, setecentos e vinte e seis.
b) Três mil, e setecentos e vinte e seis.
c) Três mil e setecentos e vinte e seis.
d) Três mil, setecentos, vinte, seis.
e) Três mil, setecentos, vinte e seis.
2. Em todas as frases abaixo, os numerais foram corretamente empregados,
exceto em:
a) O artigo vinte e cinco deste código foi revogado.
b) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte e dois.
c) Ainda o capítulo sétimo desta obra.
d) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo.
e) Hoje é o primeiro dia do mês de janeiro.
3. Em todas as frases abaixo, a palavra grifada é um numeral, exceto em:
a) Ele só leu um livro este semestre.
b) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este serviço.
c) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você?
d) Você quer uma ou mais caixas deste produto?
e) Há mais de uma semana que eu não vejo meu amor.
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4. Assinale o item em que não é correto ler o numeral como vem indicado entre
parênteses:
a) Pode-se dizer que no século IX (nono) o português já existia como língua
falada.
b) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do antigo Beco do Saco do
Alferes, em Aparecida.
c) Abram o livro, por favor, na página 201 (duzentos e um).
d) O que procuras está no art. 10 (dez) do código que tens aí à mão.
e) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido apressada com o advento da
Primeira Guerra Mundial, foi canonizado em 1954.
Questões Discursivas
1. Analise as duas orações que seguem e atenda ao propósito de responder ao
seguinte questionamento:
O prêmio foi entregue a um garoto.
Na biblioteca havia apenas um garoto estudando.
a)Quanto à classe morfológica, os termos em destaque possuem a mesma
classificação? Justifique.
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2. Classifique os numerais sublinhados em cardinal, ordinal, multiplicativo ou
fracionário:
a) Fernanda comeu um terço da torta.
_____________________
b) Esse filme é de segunda categoria.
_____________________
c) Luiza agora tem o dobro de trabalho na escola.
_____________________
d) Beatriz e Sofia convidaram seis amigas para jantar em sua casa.
____________________
e) Metade da tarefa de Rafaela já foi feita.
_____________________
f) Aproximadamente cinquenta mães participaram da reunião.
_____________________
g) Vamos apresentar agora a décima candidata.
_____________________
3. Analise o contexto da frase em que a palavra em destaque foi empregada e
responda se é artigo indefinido ou numeral.
a) Acabou comprando só um quilo de carne, tão assustado ficou com o
preço.
b) Comprou um produto qualquer da cesta básica para doar à campanha.
c) O departamento de vendas precisa de um funcionário bem desinibido.
d) O departamento de vendas precisa apenas de um funcionário.
e) Ele é um qualquer na multidão.
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USO DOS PORQUÊS
Por que
Usa-se por que, quando houver a junção da preposição “por” com o pronome
interrogativo “que” ou com o pronome relativo “que”. Para facilitar, dizemos que se
pode substituí-lo por: “por qual razão”; “pelo qual”; “pela qual”; “pelos quais”; “pelas
quais”.
Exemplos:
Por que não me disseste a verdade? = por qual razão
As causas por que discuti com ele são particulares. = pelas quais
Ester é a mulher por que vivo. = pela qual
Por quê
Sempre que a palavra “que” estiver em final de frase, deverá receber acento,
não importando qual seja o elemento que surja antes dela.
Exemplos:
Ela não me ligou e nem disse por quê.
Você está rindo de quê?
Você veio aqui para quê?
Porque
Usa-se “porque” para ligar duas orações que indiquem causa, explicação ou
finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substituí-lo por “já que”, “pois” ou “a
fim de que”.
Exemplos:
Não saí de casa, porque estava doente. = já que
É uma conjunção, porque liga duas orações. = pois
Estudem, porque aprendam. = a fim de que
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Porquê
É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado quando for
precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s),
quantos(s)...) ou numeral (um, dois, três, quatro).
Exemplos:
Ninguém entende o porquê de tanta confusão.
Quantos porquês existem na Língua Portuguesa?
Existem quatro porquês.
Exercícios:
1.
I. Afinal, chegou o momento porque tanto esperei.
II. Não sei o porquê de seu entusiasmo.
III. Você está feliz assim, por quê?
IV. Sou feliz, porque me ouves.
V. Então por quê não falas claramente
a) I, II e III certas.
b) II, III e IV certas.
c) I, II e V certas.
2.
I. O porquê de sua demissão está muito claro.
II. Por que não me telefonou?
III. Não me telefonou, por quê?
IV. O motivo porque lhe falei tudo aquilo não interessa.
V. Irei viajar, porque estou em férias.
a) Todas corretas.
b) Todas corretas, menos a IV.
c) I, III e IV corretas.
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3. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases
apresentadas:
__________ me tratas tão mal?
__________ não gosto de você.
E não gostas de mim, __________?
Nem eu sei o __________.
a) Por que - Porque - por que - por quê
b) Por que - Porque - por quê - porquê
c) Porque - Por que - porque - por quê
4. Selecione a alternativa que completa corretamente a frase:
Eu não sei __________ ele fez __________ fez. __________ mesmo não
me envolvo nesse assunto.
a) porque - o quê - Por isso
b) por que - o que - Porisso
c) por que - o que - Por isso
5. "A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado, porque está na
hora."
Observe o uso de porque na frase acima. Agora, analise as seguintes:
I. Porque deixar de lado uma causa porque lutamos há tanto tempo?
II. Ninguém sabe o porquê de nossa luta.
III. Ele vivia tranquilamente, porque tinha uma grande herança.
IV. O governo não deve mudar, por quê?
V. Pergunto por que você é tão irresponsável.
VI. Vivo feliz, porque amo minha esposa.
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Assinale a única alternativa correta:
a) As frases I e III são as únicas corretas.
b) As frases I, III e V são corretas.
c) Na frase II, o porquê é um substantivo.
6. Indaguei __________ o aluno não trouxe a apostila.
Ele disse que não trouxe, __________ a perdeu.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:
a) Por que - porque
b) porque - porque
c) por que - por que
7. Assinale o item correto quanto ao uso do porquê:
a) Ele ganhou o prêmio porquê foi o melhor.
b) Vamos agora resolver o por quê desta questão.
c) Você não compareceu à aula ontem por quê?
8. Assinale a frase gramaticalmente correta.
a) Não sei por que brigamos.
b) Ele não o procurou por que estava doente.
c) Porque não procura sua amiga?
9. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases
apresentadas:
I. Ele não escreveu para você, __________?
II. Ninguém me explicou o __________ de sua indiferença.
III. Quero saber __________ não estuda mais.
IV. __________ é sonhador, o jovem cultiva ideais.
a)por quê - porquê - por que - porque
b)por que - porque - porque - por que
c)por quê - porquê - porque - por que
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10. Assinale a alternativa que substitui adequadamente a palavra destacada na
frase:
"A viagem foi demasiadamente cansativa, pois tivemos que passar por
estradas esburacadas e poeirentas".
a) por que
b) porque
c) por quê
11. Complete as frases com por que, por quê?, porque ou porquê.
a) Se assim o faz, poderá dizer o __________?
b) Calmo é o lago __________ navegamos.
c) __________ não disseste a verdade?
d) Não fui à festa __________ devo estudar muito.
e) Todos ansiavam __________ o dia amanhecesse.
f) Nada foi resolvido, __________?
g) Ora! __________ poucos alunos leem?
h) Diga-me __________ motivo não vieste.
i) Não me interessa o motivo __________ você deixou de comparecer.
j) Quero o livro __________ me pertence.
k) Alguém poderia explicar-me __________ não há reunião hoje?
l) __________ o homem vive em constante angústia?
m) Foi difícil compreender o __________ de sua atitude inesperada.
n) Os motoristas estavam desesperados __________ fora anunciado para os
próximos dias novo aumento do preço do óleo diesel.
o) De repente, todos se calaram. __________? .
61
DISCURSO
Discurso aqui deve ser entendido como a maneira que o narrador "deixa" a
fala de suas personagens serem reproduzidas ou reproduz o que falam. São três
os tipos de discurso: direto, indireto, indireto livre.
Discurso Direto
O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador,
interrompendo a narrativa, as coloca em cena e cede-lhes a palavra. Exemplo:
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que apareceu à porta do
jardim, em Santa Teresa.
- Depois do almoço, que acabou às duas horas, estive arranjando uns
papéis. Mas não é tão tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; são quatro
horas e meia.
- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, em ar de censura."
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV)
O discurso direto é considerado mais "natural"; o narrador, para introduzi-lo
na narrativa precisa utilizar-se dos chamados verbos dicendi ou declarativos, que
introduzem as falas das personagens. Os verbos mais frequentes são: falar, dizer,
observar, retrucar, responder, replicar, exclamar, aconselhar, gritar.
Antes das falas das personagens aparece, com frequência, o uso de dois
pontos e travessão. Há autores, no entanto, que preferem, em vez do travessão,
colocar entre aspas as falas das personagens.
"Quando lhe entreguei a folha de hera com formato de coração (um coração
de nervuras trementes se abrindo em leque até as bordas verde azuladas), ela
beijou a folha e levou-a ao peito. Espetou-a na malha do suéter: "Esta vai ser
guardada aqui." Mas não me olhou nem mesmo quando eu saí tropeçando no
cesto." (Lígia Fagundes Teles, "Herbarium")
62
Discurso Indireto
Como o próprio nome esclarece o narrador "fala" indiretamente por sua
personagem. Para tanto, terá que usar, necessariamente, as conjunções
integrantes que e se ao introduzir tal discurso. Veja o exemplo:
"A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito
conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo."
Ao passar o exemplo acima para o discurso direto, temos:
“- Desejo muito conhecer Carlota - disse-me Glória, a certo ponto da
conversação. Por que não a trouxe consigo?”
Outros Exemplos "Miguilim chorou de bruços, cumpriu tristeza, soluçou muitas vezes. Alguém
disse que aconteciam casos, de cachorros dados, que levados para longes
léguas, e que voltavam sempre em casa. Então, ele tomou esperança: a Pingo de
Ouro ia voltar!"
(João Guimarães Rosa, Campo Geral, in Manuelzão e Miguilim, José Olímpio Editora)
"No noivado da sua caçula Maria Aparecida, só por brincadeira, pediu que
uma cigana muito famosa no bairro deitasse as cartas e lesse seu futuro. A mulher
embaralhou as cartas encardidas, espalhou tudo na mesa e avisou que se ela
fosse no próximo domingo à estação rodoviária, veria chegar um homem que iria
mudar por completo sua vida (...)."
(Lígia Fagundes Teles, Pombo Enamorado, Os Melhores Contos, José Olímpio Editora)
Discurso Indireto Livre Este é o resultado da mistura entre os dois outros discursos. Há dois
pressupostos básicos para que aconteça nas narrativas:
a) narrador em terceira pessoa;
b) narrador onisciente.
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Muito usado nas narrativas contemporâneas, este tipo de discurso quase não
se registra, por exemplo, no Romantismo. O Realismo de linha de análise
psicológica experimentou-o, mas coube à narrativa moderna desenvolvê-lo e usá-
lo como recurso dos mais expressivos. Podemos defini-lo como sendo a captação
do pensamento das personagens que vêm à tona num texto de terceira pessoa,
sem nenhuma marca indicadora de Discurso Direto (travessão, aspas) ou Indireto
(as conjunções integrantes):
"Entregue aos arranjos da casa, regando os craveiros e as panelas de losna,
descendo ao bebedouro com o pote vazio e regressando com o pote cheio,
deixava os filhos soltos no barreiro, enlameados como porcos. E eles estavam
perguntadores, insuportáveis. Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o
direito de saber? Tinha? Não tinha."
(Vidas Secas - Graciliano Ramos)
"Mas a água, só a que lhe inundou de repente as partes, e lhe escorria pelas
coxas abaixo, quente, viscosa, pesada... Estremeceu. Poderia ainda continuar?
Poderia ainda arrastar-se, cheia de febre, extenuada, enferida, pela serra a cabo?
E as dores, cada vez mais apertadas, que a varavam de lado a lado, a princípio
rastejantes, quase, voluptuosas, e depois piores que facadas? Não, não podia
continuar: Agora só atirar-se ao chão e, como no dia de São Martinho, rolar sobre
a terra em brasa, negra, saibrosa, eiçada de tocos carbonizados, sem palha
centeia e quebrar a dureza das arestas, e sem o desavergonhado do Armindo a
cantar-lhe loas ao ouvido... Aguilhoado de todos os lados, o corpo começou a
torcer-se, aflito."
(Miguel Torga, Madalena, Os Bichos, Coimbra)
64
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom
primeiramente conhecermos as etapas da comunicação.
Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente
quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz
presente em todos (ou quase todos) os momentos.
Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos,
com a revista, com os documentos que manuseamos, através de nossos gestos,
ações, até mesmo através de um beijo de "boa noite".
É o que diz Bordenave quando se refere à comunicação:
“A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos tanta consciência de
que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a
sua essencial importância quando, por acidente ou uma doença, perdemos a
capacidade de nos comunicar.”
(Bordenave, 1986. p.17-9)
No ato de comunicação, percebemos a existência de alguns elementos. São
eles:
a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou
um grupo de pessoas).
b) mensagem: é o conteúdo (assunto) das informações que ora são
transmitidas.
c) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou
um grupo), também conhecido como destinatário.
d) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.
e) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos
utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o
receptor irá decodificar.
f) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.
65
Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou
estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise
e produção de textos. As seis funções são:
1. Função Referencial
Referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata. A função
referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir
informações objetivas sobre ele. Essa função predomina nos textos de caráter
científico e é privilegiado nos textos jornalísticos.
2. Função Emotiva
Através dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude
pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do
emissor.
3. Função Conativa
Essa função procura organizar o texto de forma que se imponha sobre o
receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que
predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido,
levando-o a adotar este ou aquele comportamento.
4. Função Fática
A palavra fático significa "ruído, rumor". Foi utilizada inicialmente para
designar certas formas usadas para chamar a atenção (interjeições como psiu,
ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de
comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência.
5. Função Metalinguística
Quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu
próprio referente, ocorre a função metalinguística.
66
6. Função Poética
Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista,
utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos
a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de
despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos
publicitários.
Essas funções não são exploradas isoladamente; de modo geral, ocorre a
superposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim se
pode identificar a finalidade principal do texto.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
Um conto, tal como uma novela, um folhetim ou um romance possui os
elementos básicos que compõem a narrativa. Eles são o narrador, a descrição, a
ação, os diálogos, as transições, o enredo, e funcionando como maestra de todos
eles, a trama. Veja a seguir:
O Narrador
É quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, o qual por participar da
história é chamado narrador-personagem, ou em terceira pessoa, o qual não
participa dos fatos, e é denominado narrador-observador.
A Descrição
A descrição é um flagrante estático de um cenário, um personagem, uma
coisa ou um sentimento. No século dezenove, as descrições se estendiam em
laudas detalhistas, onde o autor se esparramava, sem se preocupar com o tempo
ou a ansiedade do leitor. As medidas de tempo, contemporaneamente, se
diferenciaram. Hoje, o leitor tem mais pressa, é mais ansioso.
Assim, mais do que os outros elementos da narrativa, a descrição tem que
ser muito bem dosada. A sua carência implica no pouco entendimento da estória,
67
enquanto que em excesso, torna lenta a leitura e pode condenar o livro ao
abandono. A máxima "Não conte, mostre!", muito utilizada pelos editores, aqui se
torna essencial. Assim, o tanto que for possível deve ser diluído ou embutido nos
diálogos e na ação.
A Ação
Diferentemente da descrição, a ação acontece. Sendo mais clara, tem em si
a dimensão do tempo onde as coisas são sequenciadas e ocorrem em uma cadeia
de causa e consequência.
Melhor do que dizer é mostrar. Melhor do que dizer, é deixá-los dizer. No
instante em que o contista instala o dizer na boca do personagem, o conto assume
uma nova dimensão. Seja qual for o foco narrativo em uso, no momento em que o
autor insere uma fala no texto, o seu dono surge. O personagem faz-se
literalmente presente.
O Foco Narrativo
Podemos defini-lo como a estratégia do autor para o desenvolvimento de seu
conto. Assim, ele pode contar a história como observador externo, onisciente ou
inserir-se como um personagem, e de seu ponto de vista contar a história.
Vejamos, então, as três possibilidades do foco narrativo:
Primeira Pessoa: O personagem principal conta a sua história. O narrador
limita-se em saber de si mesmo, de sua própria vivência.
Segunda Pessoa: Um outro personagem narra a história sob o seu ponto de
vista, instalando as falas tanto do personagem principal, quanto dos outros
no texto. A história é apresentada através de seu ponto de vista, mesmo
quando se vê obrigado a revelar aspectos aos quais, em circunstâncias
normais, não teria acesso. É uma liberdade da qual o autor se utiliza, tal
como no foco na primeira pessoa, para poder relatar a história de um ponto
de vista mais amplo. Isto também se aplica quando o foco narrativo é na
primeira pessoa.
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Terceira Pessoa: Neste caso, o conto é apresentado por um observador que
tudo sabe sobre os personagens, seus destinos, ideias e pensamentos.
O Enredo
O enredo é a espinha dorsal do conto. Sobre a sua estrutura, apresentação e
encaminhamento da estória, são instalados os outros elementos do conto, sempre
procurando manter o interesse que irá prender o leitor até o final.
Em resumo, enredo é o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam
a ação de um texto narrativo.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS
Coerência e coesão textuais são dois conceitos importantes para uma
melhor compreensão do texto e para a melhor escrita de trabalhos de redação de
qualquer área.
A coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes entre as
palavras, as orações e frases para garantir uma boa sequenciação de eventos. A
coerência, por sua vez, aborda a relação lógica entre ideias, situações ou
acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza
gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da
língua.
Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, ou seja,
está no sentido constituído pelo leitor.
Definição Específica
Coesão É a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto.
Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras,
as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro.
69
Coerência
É a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar; é o
resultado da não contradição entre as partes do texto, fazendo referência a termos
e expressões anteriormente empregados. Resumindo, a coerência é o sentido do
texto e a coesão é o sentido da frase.
"A Coesão é a manifestação linguística da coerência, que advém da maneira
como os conceitos e relações subjacentes são expressos na superfície textual.
Responsável pela unidade formal do texto, a coesão constrói-se através de
mecanismos gramaticais (pronomes anafóricos, artigos, elipse, concordância,
correlação entre os tempos verbais e conjunções) e lexicais." (COSTA VAL)
Pode-se dizer, portanto, que o conceito de coesão está ligado aos elementos
constituintes do texto.
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante de uma língua,
quando não se encontra sentido lógico algum entre as proposições de um
enunciado oral ou escrito. É a competência linguística que permite a esse falante
reconhecer de imediato a coerência de um discurso.
A competência linguística combina-se com a competência textual para
possibilitar certas operações simples ou complexas da escrita literária ou não
literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir de um tema dado,
um comentário a um texto literário, etc.
Coerência e coesão são fenômenos distintos porque podem ocorrer numa
sequência coesiva de fatos isolados que, combinados entre si, não têm condições
para formar um texto. A coesão não é uma condição necessária e suficiente para
constituir um texto. No exemplo:
A Joana não estuda nesta Escola.
Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.
Esta Escola tem um jardim.
A Escola não tem laboratório de línguas.
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O termo lexical "Escola" é comum a quase todas as frases e o nome "Joana"
está pronominalizado, contudo, esses termos não são suficientes para formar um
texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que unificam a
sequência.
AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS
Língua Culta & Língua Coloquial A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-
nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor
nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo,
promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala,
que são basicamente dois: o nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se
às normas gramaticais de um modo geral; razão pela qual nunca escrevemos da
mesma maneira que falamos.
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o estilo considerado "de
menor prestígio", e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma
vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
“errônea” é considerada "inculta", tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas
variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as
condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas
destacam-se:
Variações Históricas
Dado o dinamismo que a língua apresenta, ela sofre transformações ao
longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia se
levarmos em consideração a palavra farmácia, por exemplo, quando era grafada
71
com "ph", contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela
supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas
mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral
dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes,
arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos
Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações Regionais
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes as quais se
referem a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em
certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim.
Figurando também nesta modalidade estão os sotaques, ligados às características
orais da linguagem.
Variações Sociais ou Culturais
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e
também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo,
citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os
surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um
linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados,
profissionais da área de informática, dentre outros.
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Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor
sobre o assunto:
Vício na fala Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Chopis centis
Eu "di" um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra "mode" a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que "tava" gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
"rolezinho",
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995)
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Exercícios:
Compreensão de Texto
Leia o texto abaixo e responda às perguntas seguintes:
Vende-se um apartamento c 3 quartos, sendo 1 suíte com varanda, com
armários embutidos +dep. empregada, sala p/ 2 amb. C varanda, WC social,
cozinha c/ armários, área serviço, todo ambientado por arquiteto. Prédio com
21 andares sendo 2 aptos. p/ andar até 20º. E 1 cobertura, a menos de 100m
da Av. Epitácio Pessoa e +/- 500m da orla marítima. (busto de Tamandaré).
Posição sul.
fonte: (http://www.classificados-brasil.com/meus-anuncios.html)
1. Escolha a alternativa correta:
a) Esse apartamento deve ser bastante barato, pois não se encontra em uma
área privilegiada.
b) Esse apartamento deve ser alugado somente a um empresário.
c) Trata-se da parte de um jornal chamada de classificados.
d) O texto é bastante específico quanto à localização do imóvel, tipo: rua,
número etc.
e) Esse texto foi retirado de uma enciclopédia eletrônica.
2. Esse prédio fica localizado:
a) Em um bairro periférico.
b) Em um bairro que tem praia.
c) Em uma área da cidade muito distante do mar.
d) Perto do mar, ou seja, mais de um quilômetro de distância.
e) Num bairro distante do bairro onde está o Busto de Tamandaré.
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3. Sobre o texto é correto afirmar:
a) O prédio tem um apartamento por andar.
b) O último andar também tem dois apartamentos.
c) Ninguém sabe ao certo quantos apartamentos são por andar.
d) O prédio possui dois apartamentos por andar.
e) No 21º andar, mesmo sendo cobertura deve haver pelo menos dois
apartamentos.
4. Sobre os cômodos do apartamento é correto afirmar:
a) Há três quartos com suítes.
b) Existem duas salas.
c) Ao todo existem dois banheiros no apartamento.
d) Os cômodos não foram mobiliados com ajuda de profissional.
e) Os cômodos desse apartamento provavelmente têm as mesmas
dimensões de tamanho da cobertura.
75
Gabaritos
Fonética
1.E
2.B
3.A
4.C
5.E
6.C
7.C
8.C
9.D
10.C
11.C
12.E
13.C
14.A
15.A
16.D
17.D
18.A
19.B
20.C
21.A
22.E
23.A
24.D
25.E
26.A
Sinônimos antônimos, parônimos e homônimos
1.A
2.A
3.A
4.A
5.D
6.B
7.D
8.A
9.A
10.E
11.E
12.E
13.C
14.A
Estrutura e formação de palavras
1.B
2.C
3.B
4.E
5.E
6.B
7.E
8.E
9.D
10.A
11.C
12.C
13.E
14.E
Artigo
1.um - a - o - a(na) - a(da) - o(do) - os(nos)
2.D
Substantivos
1.D
2.C
3.E
4.D
5.C
6.E
7.D
8.C
9.E
10.E
11.B
12.D
13.B
14.A
15.B
Numerais
1.A 2.D 3.C 4.B
76
Numerais (Discursivas)
1.Não, pois na primeira oração trata-se de um artigo indefinido. E na segunda,
um numeral cardinal.
2.
A) fracionário
B) ordinal
C) multiplicativo
D) cardinal
E) fracionário
F)cardinal
G) ordinal
3.
A)numeral B) artigo C) artigo D)numeral
Porquês
1.B
2.B
3.B
4.C
5.C
6.B
7.C
8.A
9.A
10.B
Compreensão de Texto
1.C
2.B
3.D
4.C