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Sistema Toyota de Produção (STP) e a Ergonomia no Aspecto de
Adequação da Tecnologia às Pessoas e aos Processos Enxutos
Alvanir Souza e Souza1
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Ergonomia Produto e Processo - Faculdade Sul-Americana/FASAM – Goiânia-GO
Resumo
O Sistema Toyota é hoje um dos principais modelos de produção e desempenha papel
importante no cenário industrial. Sua filosofia está baseada naquilo que agrega valor ao
cliente a sociedade e a economia norteando toda sua aplicação e execução. Semelhantemente
a ergonomia possui valores e um caráter sociológico que é de favorecer a saúde do
trabalhador nos aspectos psicosociofisiológico. Essas duas filosofias convergem em pontos
elementares de suas bases como na eliminação de movimentos desnecessários que não
agregam valor, desenvolvimento de tecnologias para ajudar o trabalhador, e não para
substituí-lo, e fazer o certo da forma mais correta e sem esforço degradante. A mentalidade
enxuta conversa com o conceito de redução de esforço, balanceamento das atividades, com o
intuito de dar o tempo adequado a execução da tarefa, minimizando a sobrecarga física e
cognitiva, valorizando a capacidade intelectual dos indivíduos. Este artigo intitulado Sistema
Toyota de Produção (STP) e a Ergonomia no Aspecto de Adequação da Tecnologia às
Pessoas e aos Processos Enxutos, esclarece alguns pontos fundamentais desta relação entre
o STP e a ergonomia, principalmente analisando a interação entre tecnologia e o homem, e
entender como os dois sistemas se complementam sendo conformado em revisão
bibliográficas.
Palavras-chave: Sistema Toyota de Produção, Tecnologia, Ergonomia
1. Introdução
A Produção Enxuta objetiva combater os desperdícios Ohno estabelece como passo
preliminar para a aplicação do Sistema Toyota de Produção a identificação e eliminação dos
desperdícios e a superprodução de mercadorias desnecessárias. Também busca eliminar a
espera dos funcionários pelo equipamento de processamento para finalizar o trabalho ou por
uma atividade anterior; transporte desnecessário de mercadorias; processamento
desnecessário, devido ao projeto inadequado de ferramentas e produtos; estoque à espera de
processamento ou consumo; movimento desnecessário de pessoas; produzir produtos
defeituosos. Combate também um dos maiores desperdícios que é não utilizar a criatividade
das pessoas que trabalham na organização LIKER (2005), apud BARBOSA E.S.J (2007). A
palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis]. Trata-se
de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade
humana. Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas atividades do
1 Pós Graduando em Ergonomia Produto e Processo 2 Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, mestranda em Bioética e
Direito em Saúde
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trabalho é preciso que os ergonomistas tenham uma abordagem holística de todo o campo de
ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais,
ambientais, etc. Os domínios de especialização da ergonomia são: Ergonomia Física,
Cognitiva e Organizacional sendo assim à aplicação da Ergonomia, enquanto uma abordagem
interdisciplinar no âmbito da atividade do trabalho, é essencial para a produção de produtos
mais competitivos e amigáveis e para a melhoria da produtividade organizacional. (IEA 2000
apud ABERGO 2014). A ergonomia abrange vários aspectos do trabalho Havendo elementos
importantes que merecem ser analisados para a melhoria das condições de trabalho: O
homem: características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais; aspectos ligados ao sexo,
idade, motivação e treinamento; A máquina: equipamentos, ferramentas, mobiliário e
instalações; O ambiente físico: temperatura, ruído, vibrações, luz, cores, gases etc;
Informação: comunicação entre os elementos do sistema; Organização: horários, turnos,
formação de equipes; Conseqüências do trabalho: erros, acidentes, gastos energéticos, fadiga,
estresse, entre outros. IIDA, (2005) apud ELIAS S.J.B (2007).
Este artigo intitulado Sistema Toyota de Produção (STP) e a Ergonomia no Aspecto de
Adequação da Tecnologia às Pessoas e aos Processos Enxutos, surge da questão - como se dá
a relação entre o STP e os princípios da ergonomia? como a Toyota trata pontos como
produtividade, tecnologia e seus colaboradores. Tem-se o interesse de esclarecer esta relação,
sua interação e como as filosofias se complementam no intuito de agregar valor ao cliente
com processos enxutos e sem colocar em risco a saúde do trabalhador. Este é um trabalho de
pesquisa descritivo de referencial bibliográfico.
2. STP - Sistema Toyota de Produção
Localizando-se na ilha de Nagoya no Japão a Toyota Motor Company (nome escolhido em
concurso público, recebendo 27 mil sugestões, sendo escolhido o nome Toyota que não tem
nenhum significado em japonês) é conhecida com a mais japonesa das companhias
automobilísticas do Japão, fundada em 1937 pela família Toyoda sendo seu principal
expoente Eiji Toyoda, tendo como seu gênio de produção Taiichi Ohno. Por muito tempo sua
força de trabalho era composta em sua maior parte por antigos agricultores. Em Tóquio a
empresa era conhecida ironicamente de “bando de caipiras, mas hoje é conhecida pela maioria
dos observadores da indústria, como a mais eficiente e a que produz veículos motorizados da
melhor qualidade em todo o mundo. Sua família fundadora, os Toyodas, tiveram êxito
primeiro no ramo da maquinaria têxtil, no final do século XIX, desenvolvendo teares
tecnicamente superiores. No final dos anos trinta iniciaram a na indústria de veículos
motorizados, especializando-se em caminhões militares. Logo após os primeiros protótipos
artesanalmente quando estourou a II guerra, a produção foi encerrada. Após a guerra a família
Toyoda (que significa “arrozal abundante”) resolveram firmemente ingressar na produção em
larga escala de carros e caminhões comerciais (JAMES P. WOMACK, DANIEL T. JONES E
DANIEL ROOS 2004).
Nos tempos atuais Segundo Jeffrey K. Liker e David Meier (2007), A redução de custo tem
sido um dos principais focos desde que Taiichi Ohno criou o famoso Sistema Toyota de
Produção no chão de fábrica por volta dos anos 50. No entanto o que movimenta a Toyota não
é a redução de custo. Existe uma filosofia de ideal que sobrepõe qualquer tomada de decisão
de curto prazo. Os executivos da Companhia entendem seu lugar na história da empresa e
trabalham para leva-la ao próximo nível. O sentido do propósito é como o de um organismo
que funciona para crescer e desenvolver a si mesmo e seus descendentes. Nesse tempo onde a
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moral e a ética são esquecidas e corrompidas nas grandes corporações capitalistas, a Toyota
faz vislumbrar uma alternativa oferecendo um exemplo do que ocorre quando dezenas de
milhares de pessoas alinham-se em direção a um objetivo comum que vai além de ganhar
dinheiro.
Para Jeffrey K. Liker e David Meier (2007), a Toyota sempre começa com uma meta de gerar
valor para o cliente, a sociedade e a economia. Tal princípio é sempre o ponto de partida, não
só para a criação de produtos e serviços, como também para todas as funções da empresa. Os
princípios estão fundamentados em responsabilidade e isso remonta aos primórdios da
indústria automotiva, quando Kiichiro Toyoda renunciou a empresa que havia fundado porque
as condições econômicas o forçaram a demitir muitos funcionários. Esse princípio filosófico é
o que torna a Toyota desde seu início uma empresa de manufatura, separando-a de seus
concorrentes. É o alicerce para todos os princípios e o ingrediente que falta para a maioria das
empresas concorrentes.
3. A ergonomia e mentalidade enxuta
A exemplo da Toyota a ergonomia também é regida por princípios que norteiam sua ação nas
empresas Segundo Couto (2007) existem alguns princípios que visam a prevenção dos
distúrbios osteomusculares que são: Preparo do trabalhador para a tarefa, eliminar fatores de
dificuldade na realização das tarefas, reduzir os esforços manuais, corrigir a postura do
trabalhador a executar a tarefa, eliminar fontes de compressão mecânica das estruturas
delicadas, Eliminar movimentos desnecessários, enriquecer a atividade do trabalhador,
diversificar as ações técnicas, promover rodízios nas tarefas, instituir pausas de recuperação,
garantir o tempo de recuperação de fadiga com estudo de tempos e métodos, controlar o
tempo de ação das ferramentas vibratórias, Fazer análise crítica dos incentivos financeiros à
produtividade baseados em aumento individual da remuneração, ter atenção especial aos
problemas ergonômicos decorrentes de fatores da organização do trabalho, psicossociais e de
anulação dos mecanismos de regulação e dar atenção com conduta médico administrativa as
queixas ergonômicas.
Dentre outros conceitos a ergonomia é uma ciência interdisciplinar. Ela compreende a
fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria é a sociedade no trabalho. O
objetivo prático da Ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos, das
máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem. A realização de tais
objetivos, ao nível industrial, propicia uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço
humano (GRANDJEAN E. ,1968). Para Itiro Iida (1990) “Ergonomia é o estudo da adaptação
do trabalho ao homem”. De acordo com James P. Womack, Daniel T. Jones (2004) dentro do
plano de ação para aplicação de um modelo de produção Toyota ou para se ter uma
mentalidade enxuta ou um processo enxuto um dos passos importantes é otimizar os
processos com a redução do esforço das pessoas. Mas antes é importante se entender o que é
um processo enxuto ou Mentalidade Enxuta (LeanThinking) ou Manufatura Enxuta (Lean
Manufacturing):
Muda é uma palavra japonesa que você não pode deixar de conhecer. Significa
“desperdício”, especificamente qualquer atividade humana que absorve recursos que
não cria valor: erros que exijam retificação, produção de itens que ninguém deseja,
acúmulo de mercadorias nos estoques, etapas no processamento que não são
necessárias, movimentação de funcionários e transporte de mercadorias de um lugar
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para o outro sem propósito, grupo de pessoas em uma atividade posterior que ficam
esperando porque uma atividade anterior não foi realizada dentro do prazo, e bens e
serviços que não atendem a necessidade do cliente. (JAMES P. WOMANCK,
DANIEL T JONES, 2004:3).
Segundo James P. Womack, Daniel T. Jones (2004) a regra básica é que, quando se converte
uma atividade de lote e filas com as técnicas enxutas, é possível reduzir os esforços humanos
e em três quartos, com um pouco investimento ou nenhum investimento. Quando se
transforma uma linha de produção para “fluxo” – como a linha de produção no estilo Henry
Ford na porsche – usando as técnicas enxutas é possível reduzir o esforço humano à metade,
eliminando as atividades indiretas e de retrabalho, além dos desbalanceamentos da linha. Para
Toshiko Narusawa e Jhon Shook (2009) O trabalho padronizado é a base das operações para a
produção de produtos corretos, da maneira mais segura, fácil de fazer, eficaz, a partir dos
recursos existentes. Para James P. Womack, Daniel T. Jones (2004) deve-se repensar na
forma como se produz para fazer da forma mais fácil com menos esforço. Esse fluxo
permitirá que a organização faça o dobro do trabalho em metade do tempo com o mesmo
número de pessoas.
Para Guérin et al., (2001) apud Françoise Paloma (2012) “transformar o trabalho é a
finalidade primeira da ação ergonômica” e esta transformação deve contribuir para que as
situações de trabalho não alterem a saúde dos trabalhadores e que possam exercer suas
competências de modo individual e coletivo, encontrando possibilidade de valorização de
suas potencialidades. Conforme James P. Womack, Daniel T. Jones (2004) para uma empresa
se manter saudável é necessário que seu processo seja enxuto com um número certo de
trabalhadores e é preciso garantir que ninguém perderá o emprego após a implementação das
técnicas enxutas, fazendo-se necessário manter essa promessa e isso ao longo do tempo, à
medida que demonstra que ninguém sai perdendo com as técnicas enxutas e que, na verdade,
aumenta a segurança no emprego, os funcionários tornam-se gradativamente mais
cooperativos e proativos. Para Couto (2007) Nos últimos tempos, a maneira como o trabalho
vem sendo organizado aponta uma série de transtornos a saúde do trabalhador, especialmente
os distúrbios musculoesqueléticos e os transtornos mentais. A norma regulamentadora NR 17
específica da ergonomia estabelece:
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. 17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.
17.1.1. - As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
ambientais do posto de trabalho e a organização do trabalho.
17.1.2. - Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica
do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho
conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. (NORMA
REGULAMENTADORA NR 17 última atualização pela Portaria SIT n.º 13, de 21 de
junho de 2007:1)
Segundo Couto (2007), Observa-se neste item da norma que claramente a importância de se
considerar o aspecto psicológico das pessoas envolvidas no trabalho; e o mesmo item a diante
diz que a organização do trabalho também deve estar adequada à natureza do trabalho a ser
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executado. Para efeito da NR 17 deve-se levar em consideração as normas de produção. Este
item se refere a todas as normas, escritas ou não, explícitas ou não, que o trabalhador deve
seguir para realizar a tarefa. Outro item importante é o modo operatório. Segundo o Manual
de Aplicação da NR 17 esse modo operatório são as atividades e operações que devem ser
executadas para se atingir o resultado final, o objetivo da tarefa. Outros itens que devem ser
observados na norma são: Exigência de tempo, conteúdo do tempo e ritmo de trabalho esses
estão relacionados com as pressões de tempo do operador, tempo de produtividade versus
improdutividade, recuperação de fadiga e a cadência que o trabalhador deve trabalhar durante
a jornada.
Na perspectiva da Toyota segundo Jeffrey e James Franz (2013) a produção enxuta é um
sistema de filosofia, pessoas, processos e busca solucionar problemas e alcançar excelência.
Por mais estranho que possa parecer, um sistema enxuto não é aquele que todas as perdas
foram eliminadas, pois todas as empresas contêm perdas. Um sistema enxuto é aquele que as
perdas ganham visibilidade todos os dias, onde o processo desafia as pessoas para resolverem
os problemas. Para Associação Internacional de Ergonomia (IEA), A ergonomia
organizacional ou macroergonomia, está relacionada com a otimização dos sistemas sócio-
técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes
incluem trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria
motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética. Conforme Couto
(1995) a ergonomia é portanto um conjunto de ciências e tecnologias, que nessa associação
com os sistemas produtivos, busca harmonizar o trabalho de forma confortável ao trabalhador
respeitando suas características individuais.
3. Adequação da tecnologia às pessoas e aos processos enxutos
Segundo Montmollin, M. (1971) apud Barbosa L.G. (2009) a ergonomia é a tecnologia das
comunicações homem-máquina e ainda para Leplat, J (1972) apud Barbosa L.G. (2009) a
ergonomia é uma tecnologia e não uma ciência, com o objetivo de organizar o sistema
homem-máquina. Para a Associação Brasileira de Ergonomia ABERGO (2000), A ergonomia
tem como objetivo modificar os sistemas de trabalho para adequar as atividades nele
existentes às característica, habilidades e limitações das pessoas com vistas em seu
desempenho eficiente, confortável e seguro. Para a International Ergonomics Association IEA
(2000) É a disciplina do conhecimento que trata da compreensão das interações entre os seres
humanos e e os outros elementos de um sistema e a profissão que aplica teorias, princípios,
dados e métodos a projetos que visam otimizar o bem – estar humano e a performance global
dos sistemas.
De acordo com a Ergonomics Research Society (1949),“Ergonomia é o estudo do
relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e,
particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia
na solução dos problemas surgidos desse relacionamento”. Já para Wisner (1987),
“Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao homem e
necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser
utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência”. Esse conceito foi, com
as devidas adaptações, utilizado na redação do item 17.1. Mais tarde (1994), o mesmo
autor reformula sua definição colocando o saber do trabalhador no mesmo nível do
saber tecnocientífico e como condição indispensável para o sucesso da ação
ergonômica,.. (MANUAL DE APLICAÇÃO DA NORMA REGULAMENTADORA
NR 17, 2002:11)
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Para Hudson de Araújo Couto (2011) para se alcançar patamares maiores e melhores em
ergonomia é necessário que os padrões de organização do trabalho evoluam e sejam bem
geridos. O aumento da carga de trabalho, dos objetivos e metas sem o preparo adequado para
o atendimento a essa situação sem o acerto da logística da mão de obra, aceleração do
processo ditado pela engenharia, desbalanceamento de pessoas no processo com insuficiência
para a realização da atividade, o adensamento do trabalho sem uma base técnica bem definida
são causas de fadiga nas empresas da atualidade. Prazos de vendas sem a devida consideração
da capacidade da mão de obra, retrabalho, falta do material para completar o trabalho fazendo
com que quando chega no processo, cause esforço extra para se finalizar a produção pois a
mesma já está em perda. Outro problema sério é a qualidade da matéria prima, do material ou
do ferramental exigindo esforço extra aos trabalhadores. A Organização Internacional do
Trabalho no item segurança e saúde dos trabalhadores, 1981 convenção 155 diz:
A política a que se faz referência no Artigo 4 do presente Convênio deverá levar em
consideração as grandes esferas de ação seguintes, na medida em que afetem a
segurança e a saúde dos trabalhadores e o meio ambiente de trabalho:
a) desenho, ensaio, eleição, substituição, instalação, disposição, utilização e
manutenção dos componentes materiais do trabalho (lugares de trabalho, meio
ambiente de trabalho, ferramentas, maquinaria e equipamento; substâncias e agentes
químicos, biológicos e físicos; operações e processos);
b) relações existentes entre os componentes materiais do trabalho e as pessoas que o
executam ou supervisionam, e adaptação da maquinaria, do equipamento, do tempo de
trabalho, da organização do trabalho e das operações e processos às capacidades
físicas e mentais dos trabalhadores; (CONVENÇÃO DA OIT. – Brasília : MTE, SIT,
n.°155 Segurança e saúde dos trabalhadores, 2002)
Para Couto (2011), a aplicação de tecnologias de automação mal dimensionadas ou
inadequadas podem gerar aumento de esforço manual e sobrecarga sobre os trabalhadores,
nesse caso a empresa já reduziu o número de trabalhadores por conta da automação.
Conforme Jeffrey K. Liker e David Meier (2007), alguns dizem que o “sistema enxuto de
produção é antitecnologia”, por se tratar de manufatura. A impressão que se tem é que a
Toyota não acredita em nenhuma tecnologia avançada de nenhum tipo. Alguns imaginam que
aqueles que trabalham na Toyota anda com um ábaco no cinto. Mas tudo isso não passa de
um mito. A Toyota é fundamentada em tecnologia e está entre as empresas que mais utilizam
a tecnologia no mundo. Um exemplo disso foi a primeira empresa no mundo a produzir um
veículo híbrido repleto de chips de computador. O ponto em questão é, não é que a Toyota
evite tecnologia avançada, mas a Toyota vê a tecnologia de forma diferente. Quando
especialistas enxutos orientam as empresas a parar de usar o sistema MRP(Material
Requirements Planning) como está sendo usado, a interromper o sistema automatizado de
armazenagem e recuperação ou a parar de investir em uma cabine de pintura de alta
tecnologia, eles não estão dizendo para parar de usar a tecnologia, mas ao contrário, eles
querem usar a tecnologia de modo a eliminar perdas, significando parar de usar a tecnologia
como substituto para o raciocínio.
Relembrando a história Toyota começou como produtora de automação. Toyoda queria
automatizar a tecelagem por meio de teares elétricos, mas nada exótico, caro ou da mais alta
tecnologia possível, ele queria um tear simples e barato que pudesse servir ao propósito de
aliviar a carga sobre as mulheres da comunidade. A Toyota coloca a tecnologia no lugar
adequado, Ela usa a tecnologia dentro do processo da filosofia lean dando uma perspectiva
adequada com orientação de um propósito maior. A Toyota leva em conta sempre a agregação
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de valor, onde a tecnologia se enquadra para realização do propósito da companhia. A
realidade é que não existe “tecnologia enxuta”, o que existe são processos enxutos usando a
tecnologia com um papel adequado para apoia-los. Segundo Gilberto Kosaka a realação entre
o homem e a máquina se dá:
Na relação entre home e máquina, na filosofia lean, busca-se a máxima utilização do
recurso mão de obra, mais que das máquinas e equipamentos. Fazer com que as
máquinas e equipamentos executem a maioria das operações possíveis e deixar para o
homem aquilo que a máquina não é capaz de fazer. Dessa maneira libera e direciona-
se a mão de obra para atividades de maior agregação de valor do que ser vigia de
máquina. É obvio que nessa máxima utilização do recurso mão de obra, a idéia é fazer
com que o trabalhador execute suas atividades dentro de um ritmo que não o coloque
em riscos de acidentes, nem sobrecarga e fadiga. Exercer as suas funções dentro de
um padrão previamente estabelecido denominado trabalho padronizado que levam em
consideração os fatores tais como qualidade, segurança no trabalho e ergonomia
colocando em ênfase o respeito para como o trabalhador. (KOSAKA – LEAN
INSTITUTE BRASIL, 2014)
Segundo Jeffrey K. Liker e David Meier (2007), existem aqueles que defendem a
automação baseando-se em uma análise de custo beneficio onde o custo é o capital
amortizado e o benefício a economia com a mão de obra. Se a economia com pessoas excede
o custo de capital amortizado, a automação sai vencedora. Na verdade a automação é um
escape para se evitar pessoas e problemas que junto com elas se manifestam. No exemplo a
seguir (figura 1) veremos como se utiliza da automação para se eliminar pessoas do processo
substituindo custos variáreis com mão de obra pelo custo de capital fixo. É importante
observar alguns pontos negativos nessa abordagem de retirada da mão de obra que gera
insegurança no emprego, conflito entre administração e mão de obra especializada quase
sempre aumentam, e o tempo de paralização do equipamento torna-se um problema. Além
disso se as vendas diminuem a empresa fica presa aos custos fixos da tecnologia.
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Fonte: LIKER e MEIER (2007)
Processo tradicional de automação ( Figura 1)
Por um aspecto da visão enxuta, a tecnologia com grande frequência não é confiável, não tem
flexibilidade e produz em excesso. Ela superproduz pois não é totalmente confiável e a
empresa mantém a produção para justificar o custo com essa tecnologia.
Fazendo-se uma comparação com o processo de automação enxuto conforme (figura 2) com o
mesmo enfoque de filosofia, que é a redução total de perdas, a visão para qualquer tecnologia
é sempre baseada no STP e reconhecida como um sistema homem/máquina. O equipamento
deve auxiliar as pessoas a realizarem o kaizen e um processo enxuto. Toda tecnologia deve
adequar-se ao Sistema Toyota de Produção (LIKER e MEIER, 2007;198).
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Fonte: LIKER e MEIER (2007)
Figura 2 – Processo de automação enxuto
Os engenheiros na Toyota desde o início já passam pelo processo de aprendizagem do STP,
fazendo parte de sua inicialização no sistema produtivo. Todo equipamento é projetado para
apoiar o STP. Por exemplo todos os equipamentos são testados para detecção de erros (poka
yoke) com sistema de andon. Outro procedimento é o chaku chaku que refere-se que refere-se
aos equipamentos que ejetam peças para o operador. Tudo é projetado customizadamente para
atender a Toyota e sua produção sempre usando a tecnologia para apoiar o operador.
A Toyota é uma empresa orientada pela engenharia e, bem no fundo, é uma empresa
baseada em tecnologia. Produtos inovadores e tecnologia de processos estão no centro
do sucesso da Toyota. Mas as pessoas estão no centro da criação e da implementação
bem sucedida dos produtos inovadores e da tecnologia de processos (LIKER e
MEIER, 2007;203).
4. Metodologia
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Este artigo é uma pesquisa descritiva bibliográfica qualitativa, sendo pesquisado bibliografias
no campo da ergonomia, Sistema Toyota de Produção, mentalidade enxuta no período do
curso de pós graduação em ergonomia produto e processo turma III, com concentração na
seleção de obras editoradas e busca a acervos de publicações científicas indexadas, baseadas
principalmente em arquivos disponíveis ao domínio público na rede mundial de computadores
de corte metodológico do período de 1990 a 2014. Com o objetivo de esclarecer qual a
relação entre uma filosofia japonesa de produção o Sistema Toyota de Produção (STP) e os
princípios da ergonomia que segundo Másculo (2011) apud Belchior S.S. (2014) é a
disciplina científica que tratada compreensão das interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos a
projetos que visam otimizar o bem-estar humano e a performance global dos sistemas
5. Resultados e Discussão
Segundo Barkokébas Júnior et. al. (2006) apud Pegatin T.O. ressaltam que se deve ter em
mente que promover a segurança do trabalho é economicamente vantajosa; além da obrigação
legal, é dever moral, devido aos aspectos sociais envolvidos, causando danos a todos os
segmentos: empresas, trabalhadores e sociedade; resultando para todos, custo econômico e
humano. A produção enxuta dá ênfase na redução da quantidade de produtos em processo, de
matérias-primas e de produtos acabados, e acaba proporcionando uma maior circulação do
capital aumentando a eficiência da produção LIKER (2005) apud Rodrigues D.S. (2014). De
acordo com Ohno (1997) apud Rodrigues D.S. (2014), os sete tipos de desperdícios são:
Desperdício de superprodução;
Desperdício de tempo disponível (espera);
Desperdício em transporte;
Desperdício do processamento em si;
Desperdício de estoque disponível (estoque);
Desperdício de movimento;
Desperdício de produzir produtos defeituosos.
A eliminação completa desses desperdícios pode aumentar a eficiência de operação por ampla
margem. Para fazê-lo, deve-se produzir apenas a quantidade necessária, liberando assim a
força de trabalho extra OHNO (1997) apud Rodrigues D.S (2014).
A ergonomia tem uma ampla área de atuação, que envolve várias áreas do conhecimento e
que passam a fazer parte das preocupações da ergonomia, tais como: biomecânica,
antropometria, posto de trabalho, manejos e controles, dispositivos de informação (percepção
da informação), mostradores, memória humana, ambiente (temperatura, ruídos, vibrações,
iluminação, cores), fatores humanos (monotonia, fadiga, motivação), organização do trabalho
(humanização, estresse, seleção e treinamento, alocação das equipes, trabalho noturno),
segurança do trabalho (incluindo o erro humano) IIDA (2005) apud ELIAS S.J.B.(2007). É
possível compreender nesse estudo a importância ou a evidência de harmonia entre os dois
sistemas. O ergonômico e o sistema Toyota. Em suas essências, os dois sistemas podem
completar-se entre si, mas é necessário que todo e qualquer forma ou método de produção
compreenda os fatores envolvidos na origem das LER/DORT.
Pode ser considerada e ser esperada a ocorrência de queixas de dor em membros
superiores em empresas cuja a atividade caracteriza-se por alta frequência de
movimentos e ciclos de trabalho muito curtos. O ideal é identificar essas queixas na
fase de fadiga, e não de lesão, e que a incidência seja ocasional. No entanto , não pode
ser considerada normal a incidência de queixas e afastamentos em um grande número
de trabalhadores. Nessas circunstâncias, deve –se considerar a existência de um ou
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mais fatores seguintes: Existência de fatores biomecânicos bem evidentes, existência
de sobrecarga ao trabalhador decorrente de fatores ligados à gestão do processo
produtivo, existência de sobrecarga ao trabalhador decorrente de realidade
psicossocial problemática, especialmente o alto nível de pressão, anulação dos
mecanismos de regulação; trabalhadores mais vulneráveis exercendo atividades de
alta exigência ergonômica. É importante destacar que a ocorrência epidêmica
raramente ocorre unicamente pelos fatores biomecânicos. Aliás, deve-se esclarecer
que os fatores biomecânicos são naturalmente potencializados pelos demais listados
acima, pois, percebe-se que, na existência de qualquer um daqueles, o mecanismo de
regulação “pausa de recuperação” fica naturalmente comprometido. Quanto maior for
o número de fatores acima presentes, tanto maior será a probabilidade de estarmos
diante de verdadeiras epidemias de DORT, destacando-se que quando começa haver
alguma incidência epidêmica, caso os demais fatores não estejam bem estruturados, é
provável que os outros venham a ocorrer (COUTO, 2007;66).
A mentalidade enxuta prevê a redução de desperdícios e o uso adequado da tecnologia.
Segundo Liker e Meier (2007), a razão do processo de automação enxuto é que a tecnologia
aumente a capacidade humana, favorecendo o trabalho e a produção. Aumentar essa
capacidade não é sobrecarregar o humano e sim dar ao trabalhador boas condições em suas
atividades diárias potencializando suas habilidades. A inserção de um novo software no
sistema é parecida com um transplante de órgãos no corpo. Se não houver compatibilidade, o
corpo poderá rejeitar o órgão e parar de funcionar (LIKER E MEIER, 2007). Na
contextualização do mesmo autor a tecnologia é uma peça do sistema, mas o sistema não se
resume à apenas as conexões dessa tecnologia, pelo contrário, o sistema inclui o processo de
realizar o trabalho e as pessoas que trabalham nesse processo. A Toyota também promove o
programa de sugestões pois ela entende que a aquilo que os funcionários trazem promove o
senso de propriedade mantendo os colaboradores engajados e comprometidos com o processo
e gerando satisfação no trabalho. A Toyota também investe no desenvolvimento dos membros
da equipe para papéis de liderança, estimula o contato pessoal para criação de laços de
amizade custeando encontros pós trabalho. Segundo os mesmos autores o Modelo Toyota tem
a ver com comportamento, o que se reflete nas atitudes.
6. Conclusão
A produção enxuta procura agregar valor ao cliente, produzindo de maneira adequada
conforme necessidade do mercado, porém ela não se aparta de seus princípios e valores
deixando explícito que a filosofia é para gerar um processo alto sustentável e ao mesmo
tempo, aproveitar o máximo dos equipamentos e de sua mão de obra, sem agredir a estrutura
física, psicológica e social de sua população. A tecnologia que ela emprega em seus processos
é para auxiliar o trabalhador e não para substituí-lo, favorecendo o método de trabalho e
facilitando as atividades diárias. A ergonomia por sua vez tem em seu campo de ação a boa
interação entre o trabalho, as tarefas e seus executores. Ela prevê que todo trabalho deve ser
executado com conforto, segurança e dignidade, salvaguardando a integridade física, social e
psicológica de sua população. Não existe produção eficiente se seus colaboradores estão
adoecidos, desmotivados e pouco participativos, provando que um processo enxuto maduro é
aquele que considera em toda sua cadeia de valor os princípios ergonômicos. A ergonomia
deve estar presente em todas as metodologias do Sistema Toyota e uma empresa que aplica a
filosofia japonesa certamente trará em seus KAIZENS melhorias importantes para a saúde dos
trabalhadores. A padronização das atividades também sofre influência da ergonomia, pois esta
valoriza o layout adequado à atividade, a redução de movimentos desnecessários e controles
contra erros.
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Uma empresa que deseja viver essa filosofia Toyota precisa entender que a ergonomia
adequada, bem aplicada poderá promover boas entregas, no momento certo e na quantidade
certa (just-in-time). Um processo adoecido não consegue fazer entregas consistentes. Um
processo ergonômico colabora com a determinação do takt, pois se temos pessoas sadias,
seguras, consequentemente há grande probabilidade de produzir-se mais e com qualidade. As
empresas que trabalham com o Sistema Toyota precisam fazer o JIDOKA invertido. O que
isso quer dizer? quer dizer ter a capacidade de detectar quaisquer anormalidades e parar para
não produzir defeitos em sua mão de obra, deve ser também canalizada em direção as pessoas
que fazem parte do processo produtivo. Assim como as máquinas necessitam de manutenção
total e um bom sistema de JIDOKA, da mesma forma a ergonomia dos trabalhadores precisa
estar em dia e bem alinhada para se ter um processo enxuto, ou seja, um processo que não há
desperdício de saúde, força e movimento humano.
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