Download - Síndrome Extrapiramidal
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Letícia Suzue Oya Kabashima
Renata Cristine Franco
Universidade Federal do AmazonasFaculdade de Medicina
Departamento de Clínica CirúrgicaDisciplina de Neurologia e Neurocirurgia
Síndrome Extrapiramidal
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Sistema Extrapiramidal
Tronco cerebral (tratos extrapiramidais) Tálamo Cerebelo Núcleos da base
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Tratos Extrapiramidais
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Tratos Extrapiramidais
Via descendente lateral:• Trato rubroespinhal
Vias descendentes mediais:• Trato reticuloespinhal
• Trato vestibuloespinhal
• Trato olivoespinhal
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Tratos Extrapiramidais
Trato rubroespinhal:
• Núcleo rubro (mesencéfalo) funículo lateral ME;
• MM. distais dos membros (movimentos finos dos dedos);
• Recebe fibras aferentes do córtex motor e do cerebelo.
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Tratos Extrapiramidais
Trato reticuloespinhal:
• Trama reticular (ponte ou bulbo) ME;
• Sistema reticulo espinal bulbar: núcleos se originam no bulbo, função inibitória sobre a musculatura axial;
• Sistema reticulo espinal pontino: núcleos se originam na ponte, função excitatória sobre a musculatura axial;
• Responsável pela postura básica necessária a execução de movimentos delicados.
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Tratos Extrapiramidais
Trato vestibuloespinhal:
• Origem nos núcleos vestibulares (ponte e bulbo);
• Recebem aferências do sistema vestibular e do cerebelo;
• Trabalham em conjunto com os núcleos reticulares pontinos na excitação dos músculos axiais;
• Controlam seletivamente os sinais excitatórios para os diferentes músculos axiais, com a finalidade de manter o equilíbrio em resposta aos sinais do aparelho vestibular.
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Tratos Extrapiramidais
Trato olivoespinhal:
• Auxilia no controle do tônus corporal.
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Tálamo
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Tálamo
Comprimento de cerca de 3cm; 80% do diencéfalo; Duas massas ovuladas pareadas de
substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior;
Conexão de substância cinzenta, chamada massa intermédia (aderência intertalâmica), une as partes direita e esquerda.
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Tálamo
Integração entre sistema extrapiramidal e córtex motor;
5 grupos de núcleos:• Anterior
• Posterior
• Lateral
• Mediano
• Medial
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Tálamo
Grupo Anterior:• Integra circuito de Papez
• Comportamento emocional
Grupo Posterior:• Pulvinar e corpos geniculados medial e lateral
• Vias auditivas e ópticas
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www.auladeanatomia.com/neurologia/nucleos.jpg
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Tálamo
Grupo Lateral:• Aferências motoras provenientes dos
gânglios da base e cerebelo;
• Subdividido em dorsal e ventral;
• Subgrupo ventral sistema motor extrapiramidal• Núcleo ventral anterior
• Núcleo ventral lateral
• Núcleo ventral póstero-lateral
• Núcleo ventral póstero-medial
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Tálamo
Subgrupo ventral:• Núcleo ventral anterior
• Motricidade somática
• Fibras do globo pálido
• Núcleo ventral lateral
• Fibras do globo pálido e cerebelo
• Núcleo ventral póstero-lateral
• Fibras dos lemniscos medial e espinhal
• Núcleo ventral póstero-medial
• Fibras do lemnisco trigeminal
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Tálamo
Grupo Mediano:• Conexões com hipotálamo
Grupo Medial:• Ativador do córtex cerebral
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Cerebelo
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Cerebelo
Cronometragem das atividades motoras;
Controle da intensidade da carga muscular;
Interação entre grupos agonistas e antagonistas, para a execução dos movimentos;
Seqüencia, monitora, refina, faz ajustes das atividades motoras e termina os movimentos.
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Cerebelo
Núcleos:• Núcleo denteado:
• maior dos núcleos centrais do cerebelo;
• impulsos para o tálamo do lado oposto áreas motoras do córtex cerebral via dento-tálamo-cortical (origem trato córtico-espinhal);
• age sobre a musculatura distal no planejamento dos movimentos delicados.
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Cerebelo
Núcleos:
• Núcleo fastigial:• saem as fibras fastígio-vestibulares e
fastígio-reticulares que integram o tracto fastígiobulbar,
• influencia na atividade motora dos neurônios do grupo medial da coluna anterior;
• controla musculatura axial e proximal dos membros (equilíbrio e postura);
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Cerebelo
Núcleos:
• Núcleo interpósito:• saem fibras para o núcleo rubro (via
interpósito-rubro-espinhal do tracto rubro-espinhal) e para o tálamo do lado oposto (via interpósito-tálamo-cortical do tracto córtico-espinhal).
• controla movimentos delicados dos músculos distais dos membros (correção).
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Núcleos da Base
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Núcleos da Base
Substância nigra Núcleo subtalâmico Núcleo lenticular interno = Globo pálido Núcleo lenticular externo = Putâmen Núcleo caudado
Estriado
Interno Externo
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Núcleos da Base
Núcleo caudado: • controla movimentos intencionais grosseiros do
corpo (nível sub-consciente e consciente);
• auxilia no controle global dos movimentos do corpo;
Putâmen: • funciona em conjunto com o núcleo caudado no
controle de movimentos intensionais grosseiros. Ambos os núcleos funcionam em associação com o córtex motor, para controlar diversos padrões de movimento.
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Núcleos da Base
Globo pálido: • Controla a posição das principais partes do corpo,
quando uma pessoa inicia um movimento complexo;
Núcleo subtalâmico: • controlam os movimentos da marcha e talvez outros
tipos de motilidade grosseira do corpo;
• Hemibalismo;
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Núcleos da Base
Substância nigra:• substância negra pars compacta (SNc)
• substância negra pars reticulata (SNr)
• substância negra pars lateralis (SNl)
• porção heterogênea do mesencéfalo responsável pela produção de dopamina no cérebro;
• papel importante na recompensa e vício;
• Doença de Parkinson.
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Fonte: www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_est...
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Fonte: www.apuntesdeanatomia.org/neuro/img/ngris.gif
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Neurotransmissores
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Estrutura Neurotransmissor
Descrição Distúrbios
Corpo estriado GABA Neurônios médios, as células principais, são inibitórios.
Doença de Huntington
Substância negra
Dopamina A pars compacta da Substância Negra (SNc) primariamente atinge o striatum com seu neurotransmissor.
Doença de Parkinson
Globo pálido GABA O globo pálido contém um segmento interno e um segmento externo. O segmento interno projeta para o tálamo, ao passo que o segmento externo projeta para o núcleo subtalâmico.
Síndrome de Tourette
Núcleo subtalâmico
Glutamato Os neurônios do núcleo subtalâmico excitam neurônios do globo pálido
interno.
Hemibalismo
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CÓRTEX CEREBRAL
ESTRIADO
GLOBO PÁLIDO INTERNO
N. SUBTALÂMICO GLOBO PÁLIDO EXTERNO
TÁLAMO VENTRO-LATERAL
++
+
--
-
-
+
(glut) (glut)
(glut)
(gaba)
(gaba)
(gaba)
(gaba)
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Semiologia
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Semiologia extrapiramidalSíndrome/Sintomas Neurônio Motor Superior Neurônio Motor Inferior
Em comum Fraqueza Fraqueza
Tônus Aumentado Diminuído/normal
Reflexos Hiperativos Hipoativos/abolidos
Trofismo muscular Pouca atrofia/tardia Atrofia leve a grave
Fasciculação Ausente Presente
Distribuição da fraqueza
Em grupo, distal Focal ou generalizada
Reflexo cutâneo-abdominal
Ausente Ausente ou presente
Reflexo cutâneo-plantar Em extensão (Babinski) Em flexão ou abolido
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Síndromes do sistema extrapiramidal
1. Síndrome Parkinsoniana
2. Atetose
3. Coréia
4. Hemibalismo
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1. Síndrome Parkinsoniana (substância negra)
Acinesia Hipertonia Parkinsoniana Tremor Parkinsoniana
Etiologia: idiopática Fisiopatologia: Atividade dopaminérgica
diminuída, colinérgica aumentada, e serotonina diminuída
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Acinesia
Na face: aspecto imóvel do rosto, redução da mímica, raridade do piscar, e nos membros
Nos membros: perda do balanceamento dos braços durante a marcha, desaparecimento dos movimentos espontâneos, da gesticulação expressiva.
Redução considerável da motilidade, independente de qualquer paralisia.
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Movimentos voluntários são pertubados: retardo na iniciação, desenvolvimento lentificado, impossibilidade de executar movimentos rápidos
Acinesia
CINESIAS PARADOXAIS: Acinesia pode ceder subitamente por ocasião de uma emoção
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Hipertonia Parkinsoniana
Oferece uma resistência invariável ao deslocamento passivo, fixando a nova posição da articulação Sinal da roda denteada
Músculos flexores predominam
Exacerbação dos reflexos posturais
Move-se como se fosse em bloco
HIPERTONIA PLÁSTICA
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Distribuição da hipertonia segue fórmula geral atitude do doente
1. Ligeira flexão dos joelhos2. Semiflexão dos membros
superiores3. Tendência a flexão
generalizada da raque e especialmente da cabeça
Hipertonia Parkinsoniana
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Tremor Parkinsoniano
Desaparece durante o sono
Exaceba com emoções e movimentos voluntários exercidos à distância
Alterações na marcha, na fala e na escrita
Tremor de repouso, regular e rápido
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Bradicinesia
Distúrbio mais incapacitante
Fácies tipo máscara, parado, fixo, sorriso impossível, desaparecem movimentos automáticos
Lentidão para a movimentação
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2. Atetose
Extremidades e face
Pertuba as atividades e cessa durante o sono
Exacerbada com fadiga e emoções
Oscilação lenta, entre atitude extremas de hiperextensão e de flexão compondo um
aspecto de reptação
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Motilidade voluntária diminuída e retardada
Influência da estimulação cutânea sobre a atetose na mão• Estimulação da face palmar Resposta tônica
em flexão
• Estimulação da face dorsal Extensão da mão com abdução dos dedos
2. Atetose
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3. Coréia
Mímica facial, elevação de ombros, flexão ou extensão de um ou vários dedos
Queda (falha súbita de MMII)
Fonação e deglutição podem estar alteradas
Movimento involuntário, súbito, explosivo, anárquico e imprevisível
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Exacerbado pela emoção, atenção e atividade motora a distância
Atenuado com o isolamento Desaparece durante o sono
Hipotonia, pertubação do movimento voluntário, fadiga
Alteração no neurotransmissor GABA e acetilcolina
3. Coréia (estriado e núcleo caudado)
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3. Coréia
Dois tipos básicos:1. Coréia de Sydenham – coréia reumática, pós
estreptocócica2. Coréia de Hutington – heredodegenerativa
• Demência
• Distúrbio Psiquiátrico
• Marcha bizarra
• Sintomas 30-60 anos
• Expansão da repetição do trinucleotídeo CAG no braço curto cromossomo 4
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4. Hemibalismo
Tendência à flexão e à rotação sobre seu próprio eixo
Etiologia: Geralmente vascular – no núcleo subtalâmico contralateral
Movimentos extremamente súbitos, de grande amplitude, predominando na raiz dos membros e
notadamente no membro superior
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Forma atenuada• Posição ereta
• Posição sentada num plano instável
• Movimentos anormais aparecem subitamente
Forma grave• Mortes podem ocorrer por esgotamento
• Síndrome de hemicoréia
4. Hemibalismo (corpo subtalâmico de Luys)
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5. Distonias
Exacerbação espasmos repetitivos quase clônicos
Não ocorre durante o sono
Na vigília: modo subtrante, ocasiao de movimentos voluntários ou manutenção de uma atitude
Contrações musculares involuntárias sustentadas, que impõem a um segmento do membro ou a uma parte
do corpo movimentos ou atitudes de contorsão
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Distonias focais:• Cãibra do escritor • Blefaroespasmo• Distonia espasmódica• Distonia oromandibular• Distonia cervical
Distonias generalizadas:• Após icterícia neonatal – kernicterius• Após PC atetóide• Distonia muscular deformante
5. Distonias
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6. Tiques Movimentos estereotipados
Movimentos voluntários realizados para satisfazer uma urgência interna
Podem ser temporariamente suprimidos
Podem ocorrer isolados: tique motor simples
Podem ocorrer associados a tiques vocais, emissão de obscenidades(Síndrome de Gilles de La Tourette)
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Referências bibliográficas ANDRÉ C. O guia prático da neurologia. 1ed, 1999. CABIER J. MASSON M. DEHEN H. Manual de neurologia.
1ed, 1999. MACHADO A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2ed, 1993. MUTARELLI E. G. COELHO F. F. HADDAD M. S.
Propedêutica neurológica: do sintoma ao diagnóstico. 1ed, 2000.
NITRINI R. BACHESCHI L.A. A neurologia que todo médico deve saber. 2ed, 2005.
PORTO C.C. Exame clínico – bases para prática médica. 5ed, 2004.
ROWLAND L.P. Merrit Tratado de neurologia. 7ed, 1986. TOLOSA A.P.M. Propedêutica neurológica. 2ed, 1975.
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OBRIGADA!