SESSÃO MAGNA PUBLICA DE ENTREGA DA COMENDA DA
ORDEM D. PEDRO I
Na noite de 01 de dezembro de 2015, no Templo Maçônico da A.’. R.’. L.’. S.’.
OBREIROS DO VALE Nº 3317, federada ao GOB e jurisdicionada ao GODF,
presidida pelo Ven.’. M.’. JOSÉ PAULO MIRANDA realizou a Sessão Magna
Pública de Entrega ao Sapientíssimo Irmão ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA da
Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I.
A mais elevada Comenda maçônica do Grande Oriente do Brasil foi entregue
pelo Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do
Grande Oriente do Brasil.
Da esquerda para a direita – Il.’. Ir.’. JOSÉ PAULO MIRANDA (Ven.’. Mestre da ARLS Obreiros do
Vale nº 3317), Sap.’. Ir.’. ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA (Detentor da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro
I), e familiares do homenageado e o Sob.’. Ir.’. MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do GOB
Para dar início a Sessão Magna Pública em referência, o Venerável
Mestre JOSÉ PAULO MIRANDA, solicitou, inicialmente ao Ir.’. Secretário da
Loja fossem lidas as Pranchas enviadas pelo GODF e SUPREMO CONCLAVE
DO BRASIL no que tange à representatividade, pelo Secretário de Relações
Públicas do GODF e Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no DF, Poderoso
Irmão JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, naquele ato representando o
Eminente Irmão LUCAS FRANCISCO GALDEANO (Grão-Mestre do GODF)
e o Soberano Grande Primaz NEI INOCENCIO DOS SANTOS 33º (Grande
Primaz do Supremo Conclave do Brasil), respectivamente. Na sequência foi lido
o Ato do GOB nº 21.591/2015 que concedeu a Comenda da Ordem do Mérito D.
Pedro I, ao Sapientíssimo Irmão Isaias.
Da esquerda para a direita os Ilustres Irmãos ANTÔNIO LEITE NETO e JOSÉ PAULO MIRANDA (Veneráveis
Mestres – anterior e atual – da ARLS Obreiros do Vale nº 3317, o Sap.’. Ir.’. ISAÍAS DA SILVA
OLIVEIRA (Detentor da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I), o Sap.’. Ir.’. JOSÉ ROBSON GOUVEIA
FREIRE (Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no DF e Secretário de Relações Públicas do GODF) e o Pod.’.
Ir.’. ORLANDINO ALVES DE ARAÚJO (Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Distrito Federal)
Em seguida, deu-se a apresentação de números musicais pela Banda
de Música do Corpo de Bombeiros Militar do DF, de Repentistas da Casa do
Cantador da Ceilândia e de três músicos destacados pelo Clube do Choro de
Brasília que na ocasião deram ênfase à música regional nordestina, com
destaque para o saudoso Irmão e Músico Luiz Gonzaga. Momentos de grande
alegria e emoção por todos os presentes.
Como homenagem especial ao Sapientíssimo Irmão Isaías, o
Venerável concedeu a palavra ao Ilustre Irmão HÉLIO PEREIRA LEITE
FILHO, ex-Venerável da ARLS e Grande Benfeitora da Ordem UNIÃO E
SILÊCIO Nº 1.582 que se manifestou relatando o seguinte enunciado.
ISAIAS, UM TIMONENSE NA CAPITAL DO BRASIL (*)
O percurso de um guerreiro
ISAIAS DA SILVA OLIVEIRA, filho de Raimundo da Silva Oliveira e Margarida Rodrigues
de Oliveira, nasceu no dia 17 de outubro de 1940, na localidade de Gameleira, no
município de Timon, no Estado do Maranhão. Seu pai, além do comércio de cereais,
tocava roça de banana, arroz, cana de açúcar, além da exploração de coco de babaçu.
Isaias aprendeu as primeiras letras, com a professora Maria Gomes, que morava na
localidade de Monte Belo, próxima à Gameleira, onde estudava juntamente com
outras crianças.
Cedo, Isaias, sentiu que não tinha tendência para os trabalhos de roça, sonhava em
alçar novos horizontes. Seu pai, que mantinha comércio com fornecedores instalados
em Timon, resolveu ali abrir um pequeno ponto comercial, o qual sortiu de
mercadorias, para que Isaias com apenas 13 anos de idade, começasse uma vida
independente.
Em sua primeira atividade como comerciante, Isaias lutou por dois anos, mas em face
de sua tenra idade não conseguiu o sucesso comercial esperado por seu pai. Para não
causar prejuízos maiores encerrou suas atividades. Envergonhado e sem coragem de
enfrentar seu pai, escreveu uma carta, pedindo a um conhecido que fizesse o favor de
entregar tal missiva e a chave do ponto comercial ao seu genitor, porém na carta não
mencionava o seu destino à partir de Timon.
Isaias, com apenas 15 anos de vida, resolveu aceitar um convite que havia recebido de
seu cunhado, que morava na cidade de São Luis, para conhecer a capital do Estado.
Para tanto se deslocou para a cidade de Teresina, capital do Piauí e de lá empreendeu
sua primeira viagem de trem, rumo ao futuro. Naquela época os vagões dos trens
eram de madeira e as máquinas que deslocavam os vagões eram movidas à lenha, por
isso eram chamados de “Maria Fumaça”, por causa da fumaça que soltava, além das
faíscas que se desprendiam a todo instante. Tal Viagem levou cinco dias para chegar ao
seu destino final.
Ao chegar na estação de trem Isaias foi recebido por sua irmã Maria de Lourdes e seu
cunhado. Em São Luis voltou a estudar e a procurar emprego. Porém, somente após
um ano e meio que lá estava, é que resolveu dar notícias para seus pais, informando o
seu paradeiro, notícias que a princípio não foram bem recebidas, mas o tempo
encarregou-se de amenizar e de reequilibrar seu relacionamento familiar.
O seu primeiro emprego foi de garçom, no Hotel Central, categoria 5 estrelas,
localizado no centro da cidade. Sempre prestativo e atencioso para com os clientes,
Isaias angariou muitas amizades e inúmeros conhecidos, dentre eles o senhor Antônio
Dias Teixeira, então, gerente da agência do Banco da Lavoura que, juntamente com
sua família, morava no hotel, a qual era bem servida por Isaias, mais conhecido por
“Oliveira”.
Num certo dia senhor Antônio em conversa com o seu “Oliveira” lhe disse que tinha
uma surpresa para ele, um convite para trabalhar na agência do Banco, como servente.
Convite aceito com muita alegria, pois sonhava em trabalhar em outra atividade.
Em sua nova atividade, como servente, Isaias, “seu Oliveira”, como era conhecido, era
responsável pela confecção do café, que era servido aos clientes e funcionários,
atendendo a todos com muita cordialidade. Como tinha vontade de aprender outras
tarefas bancárias, em suas horas vagas atendia as solicitações de alguns funcionários,
arquivando documentos e colecionando avisos etc., tarefas que eram feitas
manualmente.
Posteriormente surgiu uma vaga de escriturário, tendo sido indicado para preenchê-la
pelo Contador da agência, para tanto teve que estudar e dali a 30 dias foi submetido a
um teste de conhecimentos, tendo sido aprovado. Grande vitória em sua vida. Três
meses depois foi promovido ao cargo de caixa, atividade que permitiu multiplicar suas
amizades.
Dentre essas novas amizades conheceu a senhora Elza Serra Pinheiro, procuradora de
mais ou menos 100 aposentados, cujo atendimento era bastante demorado e para não
incomodar aos demais clientes, ela em confiança deixava com Isaias as procurações; e
ele fora do seu horário de trabalho separava os pagamentos de cada um dos
aposentados, que eram por ela recebidos fora da fila. Nascendo assim entre eles uma
grande amizade.
Isaias, convidado pela senhora Elza compareceu à festa de 15 anos de sua filha Lucy-
Mary. E, conversa vai, conversa vêm, terminou iniciando um namoro com a jovem Lucy
e dali menos de um ano de namoro estavam casados, ele com 24 anos e ela com 16
anos. A cerimônia de casamento aconteceu no dia de seu aniversário, no dia 17 de
Outubro de 1964 e a festa e confirmação de seu casamento foi realizada no Templo da
Loja Maçônica 17 de Outubro, Loja onde seu sogro e o sogro do seu sogro eram
filiados. Com isso ganhou uma nova família. Dona Elsa, considerada segunda mãe, e
seu marido, Godofredo Figueiredo Pinheiro, que tinham pelo genro grande apreço e
amizade.
Com poucos meses de casado, seu sogro o convidou para ingressar na maçonaria, na
Loja 17 de Outubro, tendo sido iniciado no dia 17 de Outubro de 1965.
Após dois anos de casado nasceu seu primogênito, Isaias Silva Oliveira Junior. A
chegada do seu primeiro filho foi um momento de grande alegria para ele e sua
esposa, bem como para os demais familiares e amigos.
Em 1967 foi promovido ao cargo de procurador da agência, que corresponde hoje a
chefe de carteira. Todavia, por causa dessa promoção Isaias foi transferido para a
agência de Capanema, no Pará. Contudo, sua família não concordou com tal
transferência, por isso após trabalhar por 13 anos no Banco da Lavoura, que havia sido
vendido para o Banco Real, e com apoio de seu sogro e seus irmãos de Loja, resolveu
pedir seu desligamento do quadro de empregados, celebrando um acordo trabalhista
com o Banco.
Com o dinheiro da indenização adquiriu um posto de gasolina. Todavia, não foi feliz
nessa nova atividade, tendo passado tal empreendimento para terceiro.
Diante desse impasse em sua vida, sem perspectiva de conseguir uma nova atividade
na cidade de São Luís, e aconselhado por familiares e por seus irmãos de Loja, resolveu
vir à Brasília em busca de novos horizontes.
Para tanto, conseguiu uma passagem num avião da FAB, que transportava uma equipe
médica e de enfermagem, que fazia vários pousos, para atender moradores de cidades
do interior. O embarque aconteceu às 8 horas do dia, pernoitando na cidade de Porto
Nacional, em Goiás, chegando em Brasília no dia seguinte. No decorrer da viagem,
Isaias manteve contato com outros passageiros e um deles morava em Taguatinga,
para onde se dirigiu, tendo se hospedado no Hotel Globo, dirigido por dona Neide,
onde morou aproximadamente um ano.
Assim, no final de fevereiro de 1972, começava Isaias uma nova etapa em sua vida, um
novo desafio, numa cidade desconhecida, trazendo consigo algumas cartas de
apresentação e um grande desejo de vencer na capital da República.
Resolveu então ir a uma agência do Unibanco, onde solicitou uma entrevista com o
gerente de então, a quem mostrou suas credenciais. Após a realização de um teste foi
contratado para trabalhar na agência da 308 sul. Mesmo assim continuou visitando
empresas e pessoas a quem as cartas de apresentação eram endereçadas, dentre elas
o Dr. Edilson Borba Santos, que era irmão do Venerável Mestre da Loja 17 de Outubro,
Dr. Lourival Borba Santos.
E em contato com Dr. Edilson informou que já estava trabalhando no Unibanco,
mesmo assim, ele deu um cartão de visita apresentando Isaias ao Dr. João Luiz Direito,
presidente da Importadora de Ferragens, única concessionária da Chevrolet, em
Brasília, cuja sede ficava na 504 sul do Plano Piloto.
Isaias fez uma visita ao Dr. João Luiz. Na chegada foi atendido pelo Sr. Gote, que o
encaminhou para a sala do presidente. Isaias, logo percebeu que o tal presidente era
um homem muito atarefado, sistemático, conversava sem olhar para o interlocutor,
pois não parava de trabalhar. Ao ser apresentado entregou o cartão enviado pelo Dr.
Edilson, e sem nenhuma manifestação o dirigente ligou para o Sr. Gote determinando
que o “entrevistado” fosse admitido como vendedor externo de veículos.
Na entrevista com o Sr. Gote, Isaias informou que era ex-bancário e que não era
vendedor de veículos. Na ocasião foi informado que o salário de vendedor
correspondia a um salário mínimo, e mais comissão de 10% sobre as vendas.Também
foi informado que o carro da moda era o Opala e o preço do mais simples estava em
torno de 24 mil. Como o salário do banco era de uma salário e meio fixo, acreditou que
vender carros lhe daria uma renda melhor, para trazer sua família para Brasília e aqui
mantê-la com dignidade, por isso desistiu do trabalho no banco.
Inicialmente, trabalhou interno por 30 dias, para aprender e conhecer os detalhes
técnicos dos veículos. Em seguida iniciou suas atividades externas, tendo feito várias
visitas a servidores que trabalhavam na Esplanada dos Ministérios, onde por sorte
encontrou várias conhecidos de São Luís.
Em sua nova atividade, Isaias nada vendeu no primeiro mês, no segundo vendeu um
Opala, no quinto mês alcançou o primeiro lugar em vendas, mantendo-se nessa
posição por dois anos, quando foi convidado para exercer o cargo de gerente de
vendas, na filial, no Setor de Indústrias e Abastecimento de Brasília, onde inaugurou o
departamento de vendas. Ali trabalhou noite e dia, por 24 anos.
Depois desse período resolveu abrir sua própria empresa, a ISAIAS VEÍCULOS, com
sede na 705 da Asa Norte, onde representou a AutoArte, empresa de Uberlândia que
transformava camionete em cabine dupla.
Em face de dificuldades comerciais, ocasionadas pelas diversas crises financeiras,
enfrentadas pelo nosso país, Isaias resolveu encerrar suas atividades comerciais e
atualmente vive de sua aposentadoria e de suas economias.
Isaias e sua família
No âmbito familiar, Isaias e Lucy-Mary construíram uma família composta por quatro
filhos, dois homens e duas mulheres. Isaias Junior, Isa-Mary, Geovane e Mary Lucy,
que lhes deram 6 netos e uma bisneta.
Vivendo em Taguatinga, seus filhos estudaram no Colégio Stella Maris e hoje Isaias
Junior, é vendedor de veículos, casado, com três filhos: Gabriel, Pedro Paulo e
Manoele. Isa Mary, casada, economista, empregada no Banco Itaú, onde exerce o
cargo de Diretora, na cidade de Belém, Pará, com um filho, Leonardo. Geovane,
representante comercial, divorciado, com dois filhos: Vinícius (casado, com uma filha,
a bisneta Maria Cecília) e Isadora. E Mary Lucy, solteira, empregada no Itaú, onde
exerce o cargo de gerente.
Isaias e sua caminhada maçônica
Na Maçonaria, Isaias, como acima dito, foi iniciado no dia 17 de outubro de 1965, na
Loja 17 de outubro, no dia do seu aniversário, no Oriente de São Luís, Maranhão,
tendo sido elevado a companheiro no dia 29/11/65 e exaltado a mestre maçom, em
16/04/66.
Em Brasília, reencontrou um amigo e maçom que conheceu em São Luís. Os dois se
conheceram porque as namoradas eram irmãs. Esse amigo era o maçom Ivan Lima
Verde, na época sargento do Exército Brasileiro, que terminou por casar com uma das
irmãs, com quem namorava, tendo sido transferido para o Rio de Janeiro e anos depois
foi transferido para Brasília, onde morou por vários anos, residindo atualmente na
cidade de São Luís.
O reencontro entre os dois se deu por ocasião de uma visita de Isaias ao Quartel Geral
do Exército, em Brasília, onde fora atuar como vendedor de veículos. Nesse reencontro
falaram dos tempos passados em São Luís e de maçonaria. E aproveitando o ensejo o
irmão Lima Verde convidou Isaias para juntar-se a ele e a outros irmãos para fundarem
uma Loja Maçônica.
A reunião de fundação dessa Loja, ocorreu no dia dois do mês de outubro de 1976, na
residência do Irmão Ivan Lima Verde, sito a QRS casa 410, no Setor Militar Urbano, na
cidade de Brasília – DF, onde reuniram-se 12 Mestres Maçons, com o objetivo de
fundarem uma Loja Maçônica, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil.
Naquela oportunidade, abrindo a reunião, Lima Verde agradeceu a presença dos
irmãos, tendo esclarecido sobre os objetivos do encontro. Em seguida sugeriu que a
loja a ser fundada praticasse o Rito Adonhiramita, pois ainda não tinha nenhuma loja
em Brasília e pelo significado muito grande deste Rito na história da Maçonaria do
Brasil.
Por unanimidade, os irmãos presentes aprovaram a sugestão do irmão Lima Verde,
que em seguida colocou em votação o nome de Hipólito da Costa para o título
distintivo da nova Oficina, em homenagem ao grande maçom e paladino da mudança
da capital do Brasil, para o planalto central brasileiro, também aprovado pelos
presentes, como uma justa homenagem aos esforços do patrono da Loja em prol da
Independência do Brasil.
No final da reunião alguns dos irmãos fundadores usaram da palavra, mas Isaias dá
destaque a última fala de Lima Verde, que declarava, portanto, a implantação do Rito
Adonhiramita em Brasília – DF., que Agradecia aos amados irmãos que atenderam ao
seu chamamento; lembrando que a 20 anos atrás – 1956 – era determinado pelo
presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira o início das obras de construção de Brasília.
E, encerrando sua fala, Lima Verde disse: “ Os doze Mestres Maçons que hoje
fundaram a Loja Hipólito da Costa vem relembrar também os doze arquitetos que
planificaram o Templo de Salomão. E que sejamos respeitáveis pela maneira fidalga
com que iremos daqui para frente tratar os nossos irmãos de outros Ritos.”
Para Isaias, o maçom Ivan Lima Verde é um grande obreiro da Arte Real, um baluarte
da maçonaria brasileira e da maçonaria adonhiramita e particularmente, um grande
amigo, a quem devota elevado respeito.
Voltando à sua caminhada pessoal maçônica em Brasília, Isaias ajudou a fundar as
seguintes Lojas Maçônicas: a Hipólito da Costa (2 de outubro de 1976), onde exerceu o
cargo de Orador, na primeira diretoria eleita, tendo como Venerável Mestre o Irmão
Lima Verde; a Thomas Kemphis (27 de julho de 1982); a Luz do Oriente (23 de
novembro de 1995), onde exerceu os cargos de Chanceler e Tesoureiro; a Grão-Mestre
José de Melo e Silva (31 de março 2005); e a Presidente Juscelino Kubitschek ( 21 de
outubro de 2003).
Atualmente está filiado às Lojas Maçônicas: Filadélfia (BA); Grão-Mestre José de Melo
e Silva e Obreiros do Vale, essas no Oriente do Distrito Federal.
Segundo anotações em seu cadastro maçônico, Isaias exerceu ainda em seu percurso
maçônico os seguintes cargos: Deputado Distrital e Deputado Federal, maçônico, como
representante da Loja Obreiros do Vale. E atualmente exerce o cargo de Deputado
Federal pela Loja Maçônica Filadélfia, Oriente da Bahia.
Por ter prestado relevantes serviços à Maçonaria do Distrito Federal e do Brasil, lhe
foram concedidos e outorgados os seguintes títulos e comendas: Diploma de Membro
Remido da Loja Maçônica Hipólito da Costa nº 1960, em 1º de outubro de 1988;
Diploma de Benemérito da Ordem, em 2002; Estrela da Distinção Maçônica, em 2008;
Cruz da Perfeição Maçônica, em 2012 e por último, lhe foi outorgada a Comenda da
Ordem do Mérito D. Pedro I, em 2015.
Ainda, em sua trajetória obreira galgou degrau por degrau a Escada de Jacó, tendo
atingindo o Grau 33, o último de sua escalada maçônica, no Rito Escocês Antigo e
Aceito, filiado ao Supremo Conselho do Brasil, para esse Rito. Recentemente seus
irmãos do Consistório Príncipes do Real Segredo nº 50078 lhe prestaram uma
significativa homenagem, pelos seus 50 anos de iniciado na Maçonaria.
Eis ai, queridos e amados irmãos, cunhadas, sobrinhos e convidados para esta festa,
promovida pela Loja Maçônica Obreiros do Vale, sob a presidência do Venerável
Mestre Paulo Miranda, o anfitrião da noite, em rápidas pinceladas, a trajetória de vida
civil, familiar e maçônica de nosso querido e amado irmão Isaias da Silva Oliveira, um
homem de grande credibilidade, por sua honestidade, humildade, integridade,
lealdade, transparência, dignidade e ética.
Hoje, dia 1º de dezembro de 2015, Isaias, rodeado e amparado por seus familiares,
irmãos e amigos, tem a subida honra de receber das mãos do nosso Soberano Irmão
Marcos José da Silva, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, a mais alta
honraria, concedida somente àqueles maçons que completam 50 anos de atividades
ininterruptas em nossa Sublime Ordem. É sem dúvida um momento de muitas
emoções, para ele e para todos os que se fazem presentes a esta sessão solene. É,
também, uma data histórica para ele e para a Loja Obreiros do Vale, que também se
sente homenageada, por ter em seu quadro social, um maçom que honra e enobrece a
Oficina, o Grande Oriente do Distrito Federal e ao Grande Oriente do Brasil.
Os nossos sinceros aplausos e o nosso terno e fraternal abraço para Isaias da Silva
Oliveira, um verdadeiro Construtor Social e um grande Obreiro da Arte Real.
(*) Texto de autoria do Eminente Irmão Hélio Pereira Leite, Grão-Mestre de Honra do
Grande Oriente do Distrito Federal, Conselheiro Federal do GOB e Membro ativo da ARLS
Obreiros do Vale nº 3.317.
Por último teríamos (não fosse a grande emoção de que estava tomado o
homenageado e também pelo adiantado da hora) o seguinte Discurso que seria
proferido pelo Sap.’. Ir.’. IZAIAS:
Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do GOB, Eminente Irmãos
LUCAS FRANCISCO GALDEANO, Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal e
Soberano Irmão Grande Primaz NEI INOCENCIO DOS SANTOS, ora representados pelo
Poderoso Irmão ROBSON GOUVEIA, Secretário de Relações Públicas do GODF, Meus
Amados Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos, e Convidados Especiais.
É bom saber que temos Irmãos e Amigos em quem podemos confiar.
Pessoas que nos apoiam e nos acolhem com tanto carinho.
É certo que os momentos nem sempre são fáceis, porém, comigo estão sempre os
amigos leais dando-me conforto e ânimo.
Sou grato a ao GADU por ter do meu lado tantas pessoas boas, de corações abertos e
firmes.
Quero agradecer de modo especial ao Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-
Mestre Geral do GOB pela concessão da Veneranda Comenda da Ordem do Mérito D.
Pedro I, a maior comenda que um Maçom pode aspirar, e que, nesta Loja Obreiros do
Vale é a primeira vez que tal solenidade ocorre.
Deixo à reflexão dos Amados Irmãos o seguinte texto:
COISAS FORA DE MODA NO MEIO MAÇÔNICO
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar de "Solidariedade”.
Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo
material da posse, mas para doá-las, no sentimento nobre de amar...
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Sinceridade"...
Sabe aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e aquelas outras coisas que deixaram
de ter valor…
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa só pessoa, a soma de tudo
que, às vezes, procuramos em muitas...
A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela
individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Amizade”.
Na amizade sincera que deve existir entre pessoas que se querem bem, de que a Loja, em
passado longínquo, já foi exemplo...
O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro, e vice-versa.
A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender, para depois gostar...
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Família”.
Sim... “Família”...
Essa instituição que, ultimamente, vive à beira da falência, sofrendo contínuas e violentas
agressões: pai, mãe, irmãos, filhos, casamento, lar...
Família…, aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços sanguíneos e protegidas
pelas bênçãos divinas…
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das
energias, realização da mais sublime missão humana de sequenciar a obra do Criador...
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Tolerância”.
- Num mundo onde o senso natural de fraternidade é frequentemente submergido sob o peso
opressivo da intolerância sectária, ou do nacionalismo estridente que é o reverso do verdadeiro
patriotismo, esta é estimulante para lembrar-nos que a não distinção de cor, religião ou classe
social é uma consequência para o verdadeiro maçom em sua parte com seus irmãos.
Exatamente como todos os homens são iguais à vista de Deus, assim eles são aos olhos
maçônicos.
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Realizações”.
-O compromisso maçônico para melhoramento do homem encontra algumas expressões
práticas - não somente em trabalhos de caridade, mas também em projetos educacionais e
empreendimentos que visem promover entendimento recíproco entre homens e entre nações.
Escolas, hospitais, creches e bibliotecas são exemplos do que pode ser realizado, construindo
ou patrocinando-os, abertos a todos, maçons ou não, os quais a propósito não confinam a si
mesmos, propriedade de material maçônico.
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Caridade”.
– Sabemos, desde nossa Iniciação que atenuar o aflito é uma obrigação e dever de todos os
homens, mas, particularmente dos Maçons Livres, que são ligados juntamente através de uma
indissolúvel cadeia de afeição sincera.
Abrandar o infeliz, simpatizar com seus infortúnios, compadecer-se de seus tormentos e
restaurar suas mentes perturbadas, é o grande objetivo que temos em vista.
Sejamos, então, generosos com os nossos produtos do Tronco de Beneficência, atualmente
beirando às raias da insignificância.
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Integridade”.
- Em comum com todas respostas, para aprofundar experiências espirituais, cada Maçom Livre
tem sua própria particular, resposta interior para sua iniciação.
Estes sentimentos não podem ser comunicados aos outros, por não existir linguagem que possa
expressá-lo completamente.
Embora a Maçonaria Livre não seja uma religião, ela é preocupada com os valores espirituais
de seus membros, e exige que eles acreditem em Deus.
Este é um importante passo para que sua postura e conduta sejam exemplo para outros
homens.
Como ele ganha em sua jornada um material valioso para ele mesmo, a Maçonaria torna-se
um caminho de vida.
Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Fidelidade”.
- A Maçonaria Livre busca instilar em seus membros, as virtudes da tolerância, honestidade,
caridade e lealdade.
O laço invisível que liga todos maçons livres conjuntamente é parte da experiência deles na
cultura das Artes - não somente o trabalho dentro da Loja, mas também no mundo.
A qualquer parte onde ele vá, qualquer posição dele na vida, o maçom sabe que quando ele
encontra um irmão ele está encontrando alguém quem oferecerá a amizade dele, suporte
moral e qualquer ajuda prática que ele possa necessitar.
A Maçonaria Livre em todos sentidos é uma sociedade baseada na verdade:
A verdade que é enfatizada no fechamento de todos encontros maçônicos quando os presentes
unem-se para expressar fidelidade mútua.
E por último eu iria, até quem sabe, falar sobre algo como... a "Felicidade"….
É uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo, já esteja tão fora de moda e
tenha dado seu lugar aos modismos da civilização…
Ainda assim, desejo que sua vida seja repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem
dúvida, fazem a diferença, notadamente entre nós, MAÇONS que somos!!!