Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Smart Cities
Serviços e modelos de negócio:
caracterização, desafios e tendências
Projeto FEUP 2014/2015, MIEIC/MIEIG
Equipa MIEIC/MIEIG13:
Supervisor: Pedro Amorim Monitor: Pedro Justo Pereira
Estudantes & Autores:
José Sá [email protected] Matilde Aires [email protected]
Sara Couto [email protected] Telmo Barros [email protected]
Tiago Silva [email protected]
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Resumo
O presente relatório, desenvolvido no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, tem
como tema as Smart Cities, mais concretamente, os serviços e modelos de negócio
(caracterização, desafios e tendências). Pretende-se, assim, explorar este assunto bem
como adquirir e divulgar algum conhecimento relativo aos mais diversos aspetos abrangidos
por este.
Sendo este um tópico ainda desconhecido e pouco explorado pela população, o
relatório foca-se nas seis vertentes das Smart Cities: economia, governo, mobilidade,
ambiente, população e qualidade de vida. Introduz-se, ainda,um modelo de negócio novo,
criado pelo grupo: um projeto relacionado com a previsão meteorológica que visa melhorar o
conforto do cidadão. De seguida, aborda-se o exemplo português no âmbito das Smart
Cities e, por fim, analisa-se o seu futuro.
Para a sua concretização, com a colaboração de todos os elementos do grupo, assim
como com os respetivos monitores, recorreu-se a artigos e pesquisa de carácter científico e
rigoroso, de forma a obter informação clara e objetiva.
Após a análise dos dados, constatou-se que as Smart Cities são já uma realidade, e que
se implementadas e desenvolvidas corretamente, no futuro serão essenciais para uma boa
organização da sociedade.
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Palavras-Chave
Smart Cities
Smart Economy
Smart Governance
Smart Mobility
Smart Environment
Smart People
Smart Living
Cidades atuais
Modelos de negócio
Organização
Futuro
Tecnologia
Inteligência
Modernismo
Criatividade
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Agradecimentos
A realização deste relatório contou com a colaboração de vários indivíduos e entidades
as quais se revelaram cruciais para a realização do mesmo.
Primeiramente, gostaríamos de agradecer à FEUP pelo facto de disponibilizar todos os
meios incluindo salas, acessos à mais diversa informação quer em contexto digital quer em
livros. Para além disso, a primeira semana de aulas dedicada ao Projeto FEUP revelou ser
de extrema importância para a elaboração do trabalho.
Seguidamente, agradecemos ao nosso monitor, Pedro Justo Pereira, bem como ao
Prof. Pedro Amorim, nosso supervisor, pelo excelente auxílio, conselhos e orientação
concedidos no decurso desta unidade curricular.
Além destes, deixámos ainda uma palavra de gratidão aos diretores dos cursos
Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (Prof. João Pascoal Faria) e
Mestrado integrado em Engenharia Industrial e Gestão (Prof. João Bernardo de Sena
Esteves Falcão e Cunha) pelo facto de nos terem incentivado para a integração na
comunidade FEUP.
Por fim, é de salientar todo o espírito empreendedor criado pelas diversas entidades
acimas referidas, o qual foi bastante motivacional pelo que gerou um grande empenho e
dedicação por parte de todos os elementos deste grupo.
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Índice
Lista de figuras ............................................................................................................... 6
Lista de Imagens ......................................................................................................... 6
Lista de Tabelas .......................................................................................................... 6
1. Introdução ................................................................................................................... 7
2. Alicerces das Smart Cities .......................................................................................... 8
2.1 Tecnologia ............................................................................................................. 8
2.2 Organização .......................................................................................................... 9
2.3 Programas ........................................................................................................... 10
3. Smart Cities VS Cidades Tradicionais ...................................................................... 11
3.1 Smart Economy ................................................................................................... 11
3.2 Smart Governance .............................................................................................. 12
3.3 Smart Mobility ..................................................................................................... 13
3.4 Smart Environment .............................................................................................. 15
3.5 Smart People ...................................................................................................... 17
3.6 Smart Living ........................................................................................................ 19
4. Análise relativa às vantagens, desvantagens e obstáculos que as Smart Cities
acarretam ............................................................................................................................ 20
4.1 Vantagens das Smart Cities……………………………………………………………20
4.2 Desvantagens das Smart Cities……………………………………………………….21
4.3 Obstáculos ao desenvolvimento das Smart Cities…………………………………..22
5. Modelos de Negócio ................................................................................................. 23
5.1 Existentes............................................................................................................ 23
5.2 “Smart Weather Predictor” ................................................................................... 24
6. O caso português ..................................................................................................... 25
7. E daqui para a frente? (Futuro das Smart Cities) ...................................................... 26
8. Conclusões ............................................................................................................... 27
9. Referências bibliográficas ......................................................................................... 28
Anexos ......................................................................................................................... 31
Anexo 1 ..................................................................................................................... 31
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Lista de figuras
Lista de Imagens
Imagem 1: Representação esquemática das seis vertentes de uma Smart City.
Imagem 2: Representação esquemática da relação existente entre os transportes
públicos, os cidadãos, e uma Smart City.
Imagem 3: Representação gráfica do crescimento mundial do mercado de gestão de
energia.
Imagem 4: Representação gráfica do desenvolvimento das Smart Cities a nível mundial.
Imagem 5: Localização das Smart Cities em Portugal.
Lista de tabelas
Tabela 1: Tabela referente ao comportamento e postura que devem ser adotados pelos
moradores de uma Smart City.
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1. Introdução
Na sociedade atual, assiste-se a um crescimento exponencial da população e a uma
competividade insustentáveis o que se reflete numa utilização desmedida dos recursos
disponíveis. Deste modo surge a necessidade, não só de uma melhor gestão dos recursos
como também a de uma melhor organização territorial. As Smart Cities surgem então, da
necessidade de suplantar as dificuldades sentidas pelas cidades comuns.
As primeiras referências a Smart Cities como sendo uma cidade estruturada com base
em 6 vertentes diferentes: economia, governo, mobilidade, ambiente, população e qualidade
de vida surgiram ainda no século XX. É possível comprovar através de artigos jornalísticos e
científicos da época (“Consumer services in smart city Adelaide.”, 1994; “MFP Australia: a
vision of sustainable development for a post-industrial society.”, 1995) o uso do conceito de
cidade inteligente embora com um sentido ligeiramente diferente do atual.
Assim, uma Smart City pode ser considerada uma cidade inteligente, dinâmica
autossustentável capaz de proporcionar um melhoramento na qualidade de vida e no bem-
estar dos seus cidadãos.
Deste modo, este conceito revoluciona a forma como os serviços são prestados bem
como os modelos de negócio existentes. É nestes aspetos fundamentais numa cidade
inteligente que o presente relatório se foca.
Primeiramente, será abordado os alicerces, as diversas vertentes bem como as suas
vantagens, desvantagens e obstáculos no que diz respeito ao tema em análise.
Seguidamente, analisar-se-á a evolução das Smart Cities em Portugal, e, por fim,
equaciona-se o futuro das mesmas.
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2. Alicerces das Smart Cities
Para o desenvolvimento das Smart Cities é necessário ter em conta três aspetos
importantes: a tecnologia, a organização eficiente entre as diversas áreas funcionais de uma
Smart City e os programas que tenham em conta o bem-estar, tanto físico como mental do
cidadão. Estes três princípios, base para as Smart Cities, são também o início da distinção
entre as cidades tradicionais e estas. (INDRA, 2013)
2.1 Tecnologia
A aplicação da tecnologia nas Smart Cities articula-se em três níveis: Sistemas de
medida, Redes de telecomunicação e Centros de Gestão. O resultado são projetos
tecnológicos que geram serviços de alta qualidade e eficiência que têm em consideração
não só os cidadãos mas também as necessidades globais das cidades em constante
mudança. Para a realização desses projetos, é necessário elaborar um Projeto Técnico
Global que garanta a integração de todos os elementos (técnicos, funcionais e mecânicos) e
agentes implicados, através da melhor aplicação da tecnologia disponível.
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2.2 Organização
Para um desenvolvimento ideal de uma Smart City é necessário garantir uma
organização não apenas governamental mas também administrativa que proporcione um
bom funcionamento entre os diversos elementos de uma cidade normal e que esteja de
acordo com o modelo de funcionamento de uma Cidade Inteligente.
Os princípios básicos de organização são, motivar o trabalho relacionado com todos os
aspetos da cidade, o fluxo bidirecional de informação (entre os cidadãos e os seus
governantes / pares) e uma perceção do ambiente em constante mudança de uma cidade e
a rápida adaptação a esta.
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2.3 Programas
Os projetos relacionados com a tecnologia e com a organização são complementados
por diversos programas universais a todos os aspetos e elementos da cidade, com o
objetivo de facilitar:
● O acompanhamento dos objetivos do plano de desenvolvimento da Cidade
Inteligente;
● A coordenação dos diferentes projetos;
● A participação e implicação do cidadão na mudança do modelo da cidade de forma a
serem consideradas todas as hipóteses para um melhoramento do funcionamento
da Smart City.
Os serviços existentes na cidade apoiam as necessidades dos cidadãos como indivíduo,
principalmente através do desenvolvimento quase constante de novos programas de apoio
social. Normalmente, isso inclui serviços de mão-de-obra e programas de ajuda a nível da
saúde e da educação.
Estes programas sociais adaptam-se ao bem-estar do cidadão comum permitindo o
acesso oportuno aos programas certos, á entrega efetiva de tais programas e garantindo
que os cidadãos estão a receber os benefícios prometidos com reduzido custo de entrega.
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3. Smart Cities VS Cidades Tradicionais
Imagem 1 (As diversas vertentes das Smart Cities)
3.1 Smart Economy
A inteligência e gestão económica capaz de gerar inovação, empreendedorismo,
competividade são características fundamentais numa cidade inteligente. Estes mecanismos
a adotar consistem num financiamento público adequado nas mais diversas áreas como a
criação sistema de alta qualidade da educação, atraentes incentivos fiscais para as
empresas, melhoria das infraestruturas, melhoria serviços públicos, entre outros, que
permitirão criar uma economia inteligente. Em oposição, nos dias de hoje, verifica-se, em
certas sociedades, uma má gestão económica o que conduz a défices em áreas como a
educação ou outros serviços públicos fundamentais no seio de uma sociedade organizada.
É também de realçar que as cidades entendam de que forma poderão tornar a sua
economia mais inteligente, para que possam competir com outras cidades e se tornem mais
atrativas que estas, criando, assim, um ciclo contínuo de melhoria e fortalecimento da sua
economia.
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3.2 Smart Governance
Um dos fatores essenciais para o crescimento das Smart Cities passa por um sistema
governamental mais inteligente.
Com o crescimento exponencial da população do mundo, assiste-se, no século XXI, a
uma aproximação acentuada das pessoas para a cidade em detrimento das áreas rurais. E,
assim surge a seguinte questão: “Como é que os governos conseguem assegurar que as
cidades são geridas de forma inteligente e eficiente hoje, amanhã e no futuro?”
(Scytl. 2013).
Assim, soluções de governação inteligentes permitem a eficiência e transparência
desejáveis para Cidades Inteligentes, Concelhos inteligentes, e consequentemente países
inteligentes. Mais concretamente, a participação pública, os serviços públicos, a
transparência e as políticas urbanas são as principais sub-dimensões na área da
Governação.
A Participação Pública consiste num processo de abertura do município à participação
pública e associativismo incentivando a realização de um orçamento participativo.
A nível de serviços públicos, é de realçar a disponibilização de informação, a provisão
de serviços públicos digitais bem como processos de simplificação e modernização
administrativa.
No que diz respeito á transparência os fatores associados são uma administração local
transparente e a prevenção da corrupção.
Relativamente àspolíticas urbanas uma governação inteligente implica a existência de
mecanismos de desenvolvimento bem como políticas de regeneração urbana.
Nas cidades regidas pelo método tradicional, verifica-se que muitas destas ideias não
são cumpridas. Veja-se o caso da falta de transparência nos mais diversos órgãos
governativos que impede a sua avaliação pública e que gera, por vezes, fenómenos de
corrupção nefastos para uma sociedade.
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3.3 Smart Mobility
Actualmente, existem diversos meios de transporte que permitem uma confortável
deslocação, de forma inteligente, como autocarro, metropolitano, comboio, táxi, funicular,
entre outros. Encontram-se também diversas aplicações que facilitam a aquisição de
conhecimento, prévio ou instantâneo, relacionado com o trajeto e os horários dos meios de
transporte pretendidos. Um exemplo destas aplicações móveis é o projeto “Move-me”
promovido pelo Serviço de Transporte e Comunicação do Porto (STCP), que tem como
objetivo informar os seus utilizadores dos horários e trajetos previstos. Apesar de serviços
como este serem uma mais-valia e já bastante evoluídos, também têm falhas, e como tal,
precisam de ser aprimorados. Um exemplo das melhorias necessárias é o facto de ser
preciso aplicações que informem o usuário da hora exata de chegada do respetivo
transporte e da sua precisa posição nas vias rodoviárias e das condições de tráfego naquele
momento.
Não se pode negar que a evolução no sector da mobilidade inteligente foi enorme nos
últimos anos, e que era impensável que a facilidade e a comodidade nas deslocações de
hoje existissem, mas ainda falta um longo caminho para se atingir o patamar pretendido. A
tecnologia tem ainda muito que evoluir, e também as pessoas têm de se adaptar às
inovações e às novas ideias.
Assim, apresenta-se aqui uma das imensas ideias a implementar no futuro no ramo
da Smart Mobility, de modo a facilitar ainda mais as nossas deslocações. Ainda faltando um
longo percurso pela frente, daqui a alguns anos, um serviço como este estará
provavelmente implementado na sociedade da época:
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Imagem 2 (“Relationship between Commuting Scenarios and Solution”,Hitachi, 2013)
Este cenário futurista consiste na completa relação entre os diferentes meios de
transporte. O cidadão comum é informado via telemóvel do estado atual de tráfego para que
possa decidir qual meio de transporte se adequa melhor à sua situação. Neste exemplo, ele
decide utilizar o autocarro e depois o comboio. Os transportes públicos têm prioridade, de
modo que os semáforos são controlados para permitir os autocarros chegarem a horas ao
seu destino. Uma vez que os meios de transporte estão interligados, no momento em que o
cidadão chega à estação após sair do autocarro, o comboio chega, evitando assim a
necessidade de esperar. Além disso, visto que utilizou transportes públicos, é mais
económico.
Um exemplo destes é algo completamente possível de implementar no futuro, e
seria uma mais-valia para a sociedade. Para tal, é necessário apenas a cooperação de
todos, e principalmente, um apoio económico e político forte e sustentado.
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3.4 Smart Environment
O crescimento desmedido da população tem efeitos nefastos para o meio ambiente, a
implementação das Smart Cities procura também ser capaz de melhorar a qualidade do
ambiente em que vivemos através da redução do consumo dos diversos recursos naturais.
As cidades como atualmente as conhecemos têm consumos de água, energia e de
outros recursos que podem ser diminuídos, reduzindo por sua vez o impacto no meio
ambiente.
O gráfico abaixo representa o crescimento do mercado da gestão de energia.
Analisando os valores apresentados é possível concluir que o consumo de energia e a
eficiência energética têm vindo a revelar grande importância em várias companhias e
empresas de todo o mundo. Este crescimento não só traz vantagens para os utilizadores
através da redução de custos como também traz vantagens no âmbito da sustentabilidade
ambiental ao reduzir a poluição.
Imagem 3 (Navigant Research, 2013)
Este gráfico é o resultado de um estudo realizado pela “Navigant Research”, intitulado
“Smart City Tracker 3Q13” que tem como objetivo analisar o atual estado de
desenvolvimento das Smart Cities a nível mundial. O relatório incluiu 170 projetos.
É possível comprovar que nestes 170 projetos analisados a questão ambiental
apresenta grande importância uma vez que aproximadamente 45 porcento dos projetos são
relacionados com a energia.
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Imagem 4 (Navigant Research, 2013)
A Sensity é uma companhia empenhada na melhoria da qualidade do ambiente. O seu
projeto baseia-se no uso de sensores, sensores bastantes desenvolvidos passíveis de
serem utilizados para medir “qualquer valor”. “Sensores mais sofisticados são capazes de
medir níveis de poluição, radiação e partículas suspensas (para a qualidade do ar). As
funcionalidades podem também incluir gravação audiovisual.”
“Martin (CEO da Sensity) avalia que há cerca de 4 bilhões de postes de iluminação
exteriores que, nas próximas décadas, vão trocar as lâmpadas incandescentes ou lâmpadas
de sódio para LEDs eficientes em termos energéticos. Estes consomem apenas um quinto
da energia atual, mas duram até 25 vezes mais tempo. Eles também usam a mesma fonte
de alimentação de baixa voltagem comum em eletrônica. A ideia da Sensity é convencer as
empresas, as cidades e as autarquias locais de que se estão atualizando a iluminação
exterior, podem também instalar dispositivos elétricos sensoriais da Sensity por um pequeno
custo extra.”
Um dos projeto protagonizados pela IBM tem como objetivo a conservação de água em
Sonoma County, California, USA. “O novo programa, que se baseia numa colaboração já
existente entre a IBM e SCWA na gestão da água, usa tecnologia analítica para ajudar
Valley of the Moon District(VOMWD) (...) a reduzir a perda de água. Isto é conseguido
através da otimização da configuração das válvulas redutoras de pressão à entrada da rede
de distribuição com base em dados recolhidos por sensores existentes (...).
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3.5 Smart People
Um residente de uma Smart City tem que se encontrar adaptado face às características,
denominadas de “modernas” e “inteligentes”, que este tipo de local enverga, logo estes
devem ter uma postura um pouco diferente da população de cidades referidas como
“normais” ou até “tradicionais”, começando por pontos-chave como o nível de qualificação
ou participação na vida social da cidade, sendo sempre necessária a adoção de uma
postura criativa e flexível relativamente ao avançar do desenvolvimento do lugar onde
moram e/ou passam algum tempo do seu dia. Estes pontos referidos anteriormente podem
ser conferidos na seguinte tabela:
Percentagem (%)
Nível de Qualificação 14,28
Capacidade de aprendizagem ao longo da vida 14,28
Pluralidade étnica e social 14,28
Flexibilidade de pensamento 14,28
Criatividade 14,28
Cosmopolitismo / Mente aberta 14,28
Participação na vida pública 14,28
100
Tabela 1 (“Factors and indicators Smart People”, European Smart Cities, 2013) - Tabela
referente ao comportamento e postura que devem ser adotados pelos moradores de uma
Smart City.
Qualquer cidadão deve agir consoante o seu modo de pensar e conforme a sua
personalidade, contudo uma Smart City torna os seres humanos que nela habitam em Smart
People, visto que estas fornecem meios que permitem o enriquecimento pessoal (através de
empregos dinâmicos, que podem ser realizados nos locais mais diversos, com o uso de
programas na Internet que permitem tal mobilidade) e o apoio para com a restante
sociedade quer a nível ambiental (manufatura livre de resíduos nocivos à saúde e bem estar
de todos os seres vivos) quer a nível de cuidados mais específicos de saúde (utilizando
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seguros de saúde de mensalidade reduzida e fornecendo medicação a baixo custo) ou até a
nível educacional ao promover a escolarização dos seus cidadãos, oferecendo-lhes alguns
benefícios por estes se encontrarem ainda a estudar.
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3.6 Smart Living
Smart Living relaciona-se com a qualidade de vida a que um cidadão de uma Smart City
está sujeito. Enquanto que numa cidade inteligente temos acesso aos mais diversos
programas que melhoram a nossa qualidade de vida, tais como:
● Gestão do trânsito, pois ao existir comunicação entre veículos torna possível saber
uma melhor rota para o destino com atualização de congestionamento em tempo
real;
● Gestão dos serviços de transporte, pois existe um melhor aproveitamento dos
recursos e ainda permite ao utilizador saber com precisão o tempo que falta até o
veículo chegar e ainda quanto tempo demorará a chegar ao destino;
● Gestão de recursos humanos, pois havendo mais ou menos utilizadores de um
serviço, em tempo real, é possível destacar mais ou menos recursos.
Numa cidade “normal” estamos sujeitos aos mais diversos imprevistos sem termos maneira
de os evitar devido ao parco aproveitamento que é dado às inúmeras capacidades
tecnológicas presentes em quase todas as cidades dos países considerados desenvolvidos.
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4. Análise relativa às vantagens, desvantagens e obstáculos
que as Smart Cities acarretam
Como todos os tipos de serviços e aplicações que o ser humano oferece, também as
Smart Cities têm diversos pontos fortes (referentes ao que as estas cidades podem
oferecer), assim como fracos (respeitantes às complicações que podem trazer), que levam a
obstáculos relativamente ao seu desenvolvimento e melhoramento.
4.1 Vantagens das Smart Cities
A evolução e crescente expansão das várias vertentesdas Smart Cities transporta
certas vantagens sendo algumas delas o/a:
Melhoramento dos serviços de emergência, com uma otimização dos tempos de
resposta e redução de falhas;
Melhoramento dos serviços de segurança, pela existência de uma resposta mais
rápida graças à comunicação entre câmaras, radares e outros sistemas que
permitam localizar perigo;
Melhoramento dos serviços de transporte, reduzindo tempos de espera pela
otimização de percursos;
Melhoramento das infraestruturas de ligação à Internet, com o aumento das
velocidades de transferência de dados;
Redução a longo prazo dos custos de eletricidade e água, pelo controlo inteligente
destes recursos;
Redução do congestionamento e acidentes, por uma otimização na comunicação
inter-veicular e posterior adaptação da condução.
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4.2 Desvantagens das Smart Cities
Assim como todo o progresso tem as suas desvantagens, o mesmo acontece nas neste
tipo de cidades e tecnologias associadas, passando esses tais inconvenientes por:
Possível ameaça à privacidade individual, pois para existir um sistema que se
adapte à situação de cada um é preciso haver um controlo do indivíduo;
Custo de estabelecimento bastante elevado, pois em muitos casos teria de se
substituir grande parte dos equipamentos e infraestruturas que já existem;
Teria de ser necessário voltar a ensinar a população para a maneira como interagem
com os equipamentos e serviços;
Perder-se-ia bastante o contacto físico entre as pessoas, pois ao haver uma
digitalização do mundo, apesar de a população puder contactar com qualquer
pessoa no mundo, a comunicação não-virtual iria diminuir.
Aumento do sedentarismo, pois tornar-se-ia possível fazer quase tudo a partir de
casa, do carro, ou do telemóvel
Com o tópico anterior surge também um perigo no aumento da obesidade pois o
indivíduo comum iria deixar de se movimentar tanto e passaria a estar bastante
tempo sentado.
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4.3 Obstáculos ao desenvolvimento dasSmart Cities
As cidades modernas, inteligentes e tecnologicamente desenvolvidas enfrentam
vários obstáculos alusivos ao seu progresso e expansão, pois existe uma certa falta de
liderança e organização, quer política quer comercial, assim como uma falta de informação
e visão política face à complexidade que estas detêm.
Apesar de serem observadas tais oposições, cabe aos cidadãos e aos governantes
das Smart Cities superarem esses impedimentos para que se possa usufruir em pleno dos
serviços que estas podem oferecer.
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5. Modelos de Negócio
Uma das caraterística mais vantajosas das Smart Cities é a capacidade de funcionarem
como “incubadoras” de novos modelos de negócio, já que as Smart Cities são um mercado
em crescimento.
5.1 Existentes
Uma Smart City tem que ser capaz de desenvolver e de aumentar diferentes e variados
modelos de negócios.
Um dos elementos essenciais para o sucesso do Smart City é portanto a sua viabilidade
do ponto de vista do modelo de negócio sendo que este modelo tem que ser sustentável.
Nesse sentido, os serviços prestados no contexto de uma cidade inteligente bem como
várias as suas condicionantes está diretamente relacionados com os modelos de negócio a
adotar numa Smart City.
Os principais modelos de negócios associados aos serviços fornecidos por Smart City
são, por exemplo:
- Modelo baseado no pagamento de impostos indiretos: toda a atividade económica
gera uma série de impostos que são recolhidos, quer pelas suas próprias autoridades locais
ou por entidades regionais e nacionais. Esse fluxo de dinheiro pode financiar total ou
parcialmente a prestação de determinados serviços no âmbito do Smart City.
- Modelo de compartilhamento de receita: muitos serviços finais numa cidade
inteligente exigem, dado o seu tamanho, o envolvimento de um grande número de
organizações e agentes. Sob este modelo cada organização é especializada numa
determinada área, nas quais deve envolver o compartilhamento de receita maneiras para
manter proporcionalidade no que diz respeito a investimentos e despesas.
- Monetização de dados: os dados que se geram numa cidade inteligente têm um
grande valor. Desde modo, deve promover-se a disponibilização de dados para que estes
possam ser usados, por exemplo, por empresas. Isto torna possível uma oferta de novos e
melhores serviços, potenciando quer a economia local quer todo o ecossistema empresarial.
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5.2 “Smart Weather Predictor”
Na sociedade atual verifica-se que surgem regularmente propostas e modelos de
negócio inovadores que tornam a vida mais fácil em diversos aspetos.
A nossa proposta teve origem num dilema bastante presente no dia-a-dia. Toda a gente
já se deparou com uma situação em que se está na rua e de repente começa a chover e
acaba-se por molhar tudo o que temos em nossa posse. Ou então quando se está num
edifício á espera que a chuva pare.
Assim, o nosso projeto pretende solucionar este problema através de uma aplicação, a
“Smart Weather Predictor”, integrada num dispositivo sempre presente, o telemóvel. Esta
aplicação consegue antecipar e informar em tempo real a meteorologia. Como referido
anteriormente, imagine-se que está na rua e daqui a cerca de um ou dois minutos vai
começar a chover. Neste momento, o telemóvel emite um alerta para se abrigar. Consegue,
ainda, prever quanto tempo demora até parar de chover para que o utilizador consiga decidir
se vai esperar ou tomar outra decisão.
Deste modo, é possível resolver um problema recorrente no quotidiano de uma
sociedade. Para além disso, em termos financeiros, seria bastante viável pois este serviço
seria pago ou pelo consumidor final ou pelas próprias empresas se desejarem integrar o
sistema nos próprios softwares.
Para que esta aplicação se tornasse reconhecida pelo público em geral, o download
seria gratuito, No entanto, e para torna-la economicamente rentável, a aplicação poderia ser
usada gratuitamente apenas durante um mês. Depois desta fase, a aplicação teria um custo
adicional para que pudesse funcionar normalmente.
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6. O caso português
No âmbito do conceito de cidade inteligente foi desenvolvida a rede RENER com o
objetivo de desenvolver processos de inovação de tecnologias e soluções relevantes para a
sustentabilidade energética e ambiental.
A RENER integra a rede europeia de LIving Labs. Trata-se de um laboratório vivo que
em Portugal já conta com 25 cidades integradas funcionando como espaço de teste e
experimentação de soluções urbanas inteligentes em contexto real.
No anexo 1, que se trata de um panfleto da rede de transportes STCP (Porto)
anunciando um novo sistema de distribuição de internet wireless gratuita nos seus
autocarros, vemos uma referência, no verso, ao Porto enquanto “laboratório vivo” integrado
no projeto “Future Cities”.
As 25 Cidades são: Almada, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco,
Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Leiria, Lisboa, Loures, Portalegre, Porto,
Santarém, Setúbal, Sintra, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Real,
Viseu.
De igual modo a Rede "SmartCities Portugal" tem como
objetivo “promover o desenvolvimento e produção de soluções
urbanas inovadoras, de forma integrada, com vista à
estruturação da oferta e sua valorização nos mercados
internacionais; potenciar a participação das empresas e
cidades portuguesas no mercado das cidades inteligentes; e
afirmar a imagem de Portugal como espaço de conceção,
produção e experimentação de produtos e serviços para Smart
Cities.”
(INTELI 2014)
Imagem 5 (INTELI, 2014)
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7. E daqui para a frente? (Futuro das Smart Cities)
O futuro das Smart Cities é muito incerto, pois irá depender bastante do futuro da
tecnologia. Uma das hipóteses é vinda da Google com o projeto Google Fiber que tem como
objetivo instalar e fornecer redes de fibra ótica de 1Gb/s equivalente a 100 vezes mais
rápida. Atualmente o projeto apenas decorre em algumas partes de 3 cidades dos Estados
Unidos da América (Austin, Kansas e Provo). Outras empresas como a IBM têm projetos
que envolvem mais interação do governo pois requerem o uso das outras áreas das
Cidades Inteligentes (nomeadamente uma economia inteligente, mobilidade inteligente,
ambiente inteligente e uma administração inteligente).
Generalizando, um possível futuro para o uso das tecnologias envolvidas nas Smart
Cities é a existência de Smart Houses, Smart Vehicles, Smart Wear, entre outros, que
permitam recolher, analisar e guardar informações para um melhor desempenho e/ou
permitir o uso de novas tecnologias de interação entre o utilizador e os equipamentos com a
finalidade de simplificar e facilitar a vida de cada um.
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8. Conclusões
Com a elaboração deste relatório verificou-se que os seres humanos e os respetivos
ambientes em que estes habitam têm vindo a acompanhar o crescente desenvolvimento
tecnológico que se observa nos dias que decorrem. Devido a esta evolução, cada vez mais
acentuada, foram surgindo as Smart Cities, que englobam diversas vertentes essenciais ao
bem-estar dos seus cidadãos, que têm aumentado ao longo do planeta.
Para além da conclusão acima referida, constatou-se ainda que apesar das
denominadas “Cidades Inteligentes” terem emergido como resposta às diferentes
necessidades da sociedade, usando para isso a tecnologia, estas também se baseiam em
diferentes negócios, que beneficiam a Smart People, negócios estes que se enquadram
num modelo negocial dissemelhante dos modelos “antigos” e “tradicionais” e que em nada
favorecem as cidades em desenvolvimento, pois não lhes permite “avançar” com a
passagem do tempo.
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