Saneamento Ambiental Rural
AlunoJosé Cleidimário Araújo Leite
Professora Iana Alexandra Alves Rufino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDECENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL
Campina Grande - Paraíba
Maio - 2009
Disciplina: Saneamento Ambiental
Saneamento Ambiental Rural
Saneamento Ambiental
Objetivo:
“Promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida das pessoas aliada à preservação do meio ambiente” (MSR/CISAM/AMVAP, 2006).
Saneamento Ambiental Rural
Saneamento Ambiental
Saneamento é dividido em cinco segmentos (MSA/CISAM/AMVAP, 2006):
Abastecimento de água
Esgotamento sanitário
Drenagem pluvial
Controle de vetores
Coleta de resíduos sólidos
Saneamento Ambiental Rural
Saneamento rural no Brasil
Quase dois terços dos brasileiros (mais de 20 milhões de pessoas) que vivem na zona rural ainda não contam com o serviço básico de saneamento
Em toda América Latina e Caribe, o índice só não está abaixo das taxas de Haiti, Bolívia e Peru, que, ainda assim, evoluíram mais que o Brasil em direção a essa meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)
Segundo dados do IBGE, apenas 12% do esgoto rural recebe algum tipo de tratamento, sendo que nas regiões Norte e Nordeste esta porcentagem sequer ultrapassa a barreira dos 6%.
Pouco mais da metade das pessoas que residem fora dos limites urbanos contam com um serviço de abastecimento de água potável eficiente.
Saneamento Ambiental Rural
População rural e urbana com acesso a saneamento adequado no Brasil (ODM/ONU)
Saneamento Ambiental Rural
Dificuldades no Saneamento Rural
Dificuldades técnicas
Nos países em desenvolvimento nem sempre é possível a utilização de sistema de esgotos convencionais, particularmente em áreas rurais, por uma série de fatores:
distância entre as edificações
falta de água encanada
custo
Saneamento Ambiental Rural
Dificuldades no Saneamento Rural
Conscientização da população rural
convencer as pessoas a usar de forma correta o sistema de saneamento
focos de contaminação humana e ambiental
Saneamento Ambiental Rural
Dificuldades no Saneamento Rural
Programas de “educação sanitária”
Dificuldade de perceber a relação entre o uso do sistema de saneamento (privada higiênica) e a melhoria da condição de saúde.
Motivação: privacidade e uso dos dejetos tratados na agricultura
Saneamento Ambiental Rural
A disposição de dejetos em áreas rurais
Soluções por via seca
Fossa seca Fossa seca revestida Fossa seca estanque Fossa seca com câmara de fermentação
Soluções por via hídrica
Fossa séptica Fossa séptica biodigestora
Saneamento Ambiental Rural
Fossa seca
Consiste basicamente numa escavação no solo com forma cilíndrica (diâmetro 0,80 m) ou de seção quadrada (lado 0,80 m) na qual as fezes e o material de asseio (papel, etc) são depositados.
Uma característica fundamental da fossa seca (e daí vem o seu nome) é que ela não deve receber água de descargas, de banhos, de lavagem, de enxurrada ou mesmo água do solo quando o nível da água subterrânea for muito alto.
Os principais problemas durante o seu uso são a geração de odor e a proliferação de insetos
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Fossa seca
Esquema em corte de uma fossa seca (Filho e Feitosa, 2002)
Saneamento Ambiental Rural
Fossa seca revestida
É uma modificação do modelo básico da fossa seca para terrenos com risco de desmoronamento.
A fossa é revestida com materiais capazes de conter o solo lateralmente.
Madeira, alvenaria de tijolos ou pedras, anéis pré-fabricados e tonéis, têm sido utilizados nessa função.
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Fossa seca estanque
É uma variante da fossa seca, feita para áreas com risco de entrada de água na fossa, ou quando a escavação não é possível.
No fundo da fossa é construída uma laje de concreto simples e sobre esta são erguidas as paredes de alvenaria de tijolos ou com elementos pré-moldados.
Fundo e paredes são revestidos com argamassa de cimento e areia garantindo a não entrada de água da fossa.
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Fossa seca com câmara de fermentação
Consiste normalmente numa fossa seca estanque normal com uma câmara idêntica ao lado permitindo o seu uso alternado.
As pessoas fazem uso da primeira câmara até que esta esteja cheia (um ano de uso pelo menos) e, então, o buraco é fechado permanecendo aberto apenas o tubo de ventilação.
É iniciado o uso da segunda câmara e quando também estiver cheia, abre-se a primeira câmara remove-se o seu conteúdo, fecha-se a segunda câmara e reinicia-se o uso da primeira.
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Fossa seca com câmara de fermentação
Fossa seca de câmara de fermentação (Filho e Feitosa, 2002)
Saneamento Ambiental Rural
A disposição de dejetos por via hídrica
Fossa séptica
É uma unidade de tratamento destinada a receber esgotos, particularmente aqueles de origem doméstica, e, tratá-los a partir de uma combinação de mecanismos físicos e biológicos.
É um tanque com paredes verticais de alvenaria revestida ou em concreto, apoiadas sobre uma laje de concreto simples, provido de cobertura de lajotas removíveis de concreto armado e tendo uma ou duas câmaras.
As principais funções do tanque séptico são sedimentação de partículas sólidas, digestão de lodo e armazenamento do lodo digerido.
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Fossa séptica
Estrutura convencional de uma fossa séptica prismática de câmara única (Filho e Feitosa,2002)
Saneamento Ambiental Rural
A disposição de dejetos por via hídrica
Fossa séptica biodigestora
Eliminar a contaminação dos lençóis freáticos e a proliferação de doenças de veiculação hídrica;
Eliminam parasitas e microorganismos causadores de doenças.
Conversão dos dejetos em adubo orgânico
Tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de São Carlos/SP (Embrapa Instrumentação Agropecuária)
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Fossa séptica biodigestora
Esquema da Fossa Digestora (EMBRAPA, 2006).
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Fossa séptica biodigestora
Última caixa da fossa biodigestora, projetada para a remoção da matéria orgânica, (EMBRAPA, 2006)
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Fossa séptica biodigestora
Vistas lateral e superior da montagem de uma fossa séptica biodigestora.