Download - Revista Atua - Março 2015
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’editorial
Essa é a primeira edição da Revista Atua em 2015, um ano cheio de significado para nós. Essa é nossa trigêsima edição e nosso oitavo ano de vida. Um ano que promete muitas evolu-ções para nossa publicação. A primeira delas – que vocês de-vem conhecer nos próximos meses – será um projeto gráfico inteiramente novo, que vem sendo trabalhado para oferecer mais harmonia e qualidade na leitura.
Outra novidade é o novo website, onde é possível que você consulte e folheie todas as edições da Revista Atua, desde o ano de 2012. Temos como meta incluir nele todas as edições, paulatinamente, desde a número 01.
Mas, sobre essa edição, destacamos três matérias. Come-çamos pela matéria central, sobre o levantamento sócio--econômico realizado pela Prefeitura no final do ano passado. Vamos explicar o que é isso e como ele vai influir na sua vida e na administração pública nos próximos anos. Outros temas também, que irão influir na vida de todos, é a crise hídrica e como combater o crime em São João da Boa Vista.
Esperamos que você goste das pautas e interaja conosco, dando sua opinião, sugestão ou crítica, via redes sociais.
Ótima leitura e até edição de Junho!
Ana Claúdia CarvalhoEditora-chefe
Formando empresários110
O Estrangeiro104
Presidente da ACE é reeleito100
Um rio de problemas96
Culinária92
Editorial82
Galera80
Um mundo a ser explorado114
As maçãs de Steve116
90% dos alunos não sabem matemática76
Agito42
Etiqueta on-line38
A droga e o caranguejo36
Doença de Alzheimer32
Editorial24
Para que servem os pincéis de maquiagem?16
Tradições de Páscoa44
Editorial46
As belezas da Serra da Canastra56
A São João do futuro60
Editorial64
A síndrome do Ninho Vazio72Tendência para o Outono / Inverno12
Ops... erramos!
Na entrevista com Almino Affonso, no box sobre João Goulart, uma informação acabou sendo cortada erroneamente na produção. O trecho em questão faz referência ao grande comício da Central do Brasil. Desta forma, o trecho com-pleto ficaria assim “(...)Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional. No dia 13 de março de 1964, o presidente realizou comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, para defender as reformas de base propostas por seu governo. A classe média, assustada, deu apoio aos militares. Alguns dias depois do comício, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares(...)”
A Revista Atua (ano 8, número 30, Março de 2015) é uma publicação sem fins lucra-tivos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. (19) 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabi-lidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares
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@atuarevistaDicas culturais118
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’caixa de entrada
Cartas para esta seção
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Basquete “Importante que haja mais matérias sobre a crise hídrica. O que está acontecendo no esta-do de São Paulo é um crime, quem ficar calado diante desse descalabro é cúmplice. A mídia é igualmente criminosa, porque escondeu e enganou a população junto com a SABESP e o governo do estado. Agora, quem vai pagar a conta dessa omissão será a população.”Eduarda Cardoso Martins
Crise hídrica
“Fico muito feliz quando eu vejo equi-pes sanjoanenses se destacando no esporte nacional. Temos de parabe-nizar e ovacionar o time de basquete de São João por vencer a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro Universitário. Tomara que haja mais vitórias e que São João possa ser representada em outras modalidades por um elenco tão competitivo como esse. Parabéns a todos os patrocinadores, espe-cialmente à UNIFAE que apostou e investiu nesse time”Isabela Almeida Santos
“A entrevista com Almino Affonso só re-força a minha teoria: quanto mais se sabe sobre 1964, mais nojo se tem (...)”Danilo Dias Fernandes
Pisaram na bola
“Muito fraca a reportagem sobre a coleta seletiva. Achei a matéria muito curta: quando começa a ficar interessante, acabou! Poderia abordar mais profundamen-te o tema da reciclagem ou mesmo a questão social por trás da Coopermax, que emprega muita gente. Pisaram na bola dessa vez.”Gustavo Barbosa Ferreira
Capa da edição 29 - Dezembro de 2014
Família na escola
“Achei interessantíssima a matéria sobre a relação violência x o progra-ma Escola da Família. Sou da opinião de que nas escolas as relações são continuadas. A professora, coorde-nadoras e alunos que brigam entre si estão ali no dia seguinte. Se a gen-te não tentar resolver o problema emocional deles, a questão não vai parar ali. Nesse ponto e no relativo ao tráfico de drogas, o programa parece ser muito eficiente”João Melo Sousa
Dicas valiosas para sua casa
O blog é especializado em dicas de organização, mas, em meio a suges-tões para planejar as refeições semanais da família e como organizar as correspondências, a publicitária Thaís Godinho também posta alguns projetos do it yourself como nichos de madeira com azulejo, móbile de corações e móvel para guardar discos.
Visite: www. vidaorganizada.com
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’moda
Conforto é o que oshomens procuram na modaA mudança de estação pode ser uma ótima oportunidade para renovar o guarda-roupa
Homem não se preocupa com moda!
Está aí uma frase totalmente fora de
moda. Pensando assim, algumas mar-
cas como Osklen, Lacoste, Richards,
John John, West Coast, Fideli, Aramis e
Ellos há algum tempo trazem as ten-
dências europeias para o Brasil mode-
lando, aos poucos, o estilo e também o
corpo dos brasileiros.
Atualmente, muita tecnologia é in-
vestida na confecção das roupas mas-
culinas. O algodão orgânico, a fibra de
PET, matéria prima do fio de poliéster
e até a fibra de cânhamo, retirada da
folha da Cannabis, são alguns exem-
plos do que está presente no mercado
sustentável da moda, no qual pouca
química na tintura e leveza nos cortes
garantem a mudança de padronização
dos últimos 20 anos. “A modelagem foi
mudando aos poucos e agora ela se
ajustou melhor ao corpo do homem.
Ombro caído não se usa mais e as om-
breiras de ternos e blazers são mais sutis”,
garante Marilia Pessanha, proprietária
da loja Usky, de moda masculina. Ela
explica que há duas modelagens já re-
conhecidas pelo público masculino: as
camisas e camisetas slim fit e a regular.
A primeira se ajusta mais ao corpo, o
que gerou no homem uma preocupa-
ção maior com definição muscular. Já
a opção regular é mais soltinha.
O padrão dos ternos também mu-
dou. Atualmente, toda sua composi-
ção é mais ajustada ao corpo, inclusive
dos mais gordinhos. O corte reto das
calças não é tão linear como antiga-
mente e a última tendência é a barra
mais curta, na altura do tornozelo, do-
brada para cima, ideal para homens
ousados que usem sapatos sem meia
ou mesmo bota. Ainda na linha da
sustentabilidade, hoje em dia usa-se
menos pano, em torno de 1,5m para
se confeccionar uma camisa que antes
precisava de 2m. Essa economia do
tecido faz parte da nova modelagem
com a qual o cliente já se acostumou.
Segundo Marília, “nosso cliente já sabe
o que quer, trata-se de um homem con-
temporâneo que está atento às tendên-
cias e prefere usar marca de maneira
sutil. É uma moda mais limpa”.
Ajustado à tendência - O estilo casu-
al do homem urbano é feito de mui-
ta sarja na bermuda e calça, camiseta
polo e camiseta t-shirt com mangas
mais curtas. As bermudas mostrando
joelho estão na moda há uns dois anos.
Então, esqueça aquelas abaixo do joe-
lho, pois não se confeccionam mais,
por influência do padrão europeu que
encurtou as bermudas, ajustou as cal-
Mude o estilo - A maioria das suas
peças pode ser repaginada com ajustes,
tingimentos e intervenções criativas.
Cuidado apenas para o valor do conser-
to não sair igual ou mais caro do que
comprar algo novo.
>
Foto: Divulgação
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ças e também afinou as gravatas. Hoje
há três medidas, 10cm para homens
grandes, 8cm para a intermediária e,
para os jovens e magros, a de 5cm que
apesar de enxuta se destaca nos ter-
nos. As estampas estão bem modernas,
com cores fortes, texturas em alto rele-
vo. Até discretas flores têm tido ótima
aceitação. O colorido entrou com tudo
no guarda roupa dos homens. Por mui-
to tempo o bege, caqui e marinho eram
suas únicas opções. Agora as calças je-
ans, bermudas e camisetas em verde,
laranja e amarelo consolidam a tendên-
cia e o gosto do homem que clamava
por mudança. “Há dois anos trouxemos
muitas peças coloridas sem saber se iam
ter boa aceitação. Na primeira coleção
vendemos tudo”, conta Marilia.
As listras, tão comuns nas estampas
masculinas, ficaram mais finas, discretas
e o xadrez também diminuiu seus qua-
dradinhos, tornando-os bem miúdos,
quase imperceptíveis. Cores fechadas
como azul marinho, bordô e vinho são
tendências para o inverno.
O que vem por aí - “A próxima estação
aposta em camisas com detalhes num
composé de cores fortes, prespontos,
com pé de gola e dobra do pulso sempre
num tom diferente do da camisa”, explica
Adriana Frazão, proprietária da Lords,
que contempla um público mais clássi-
co, porém antenado com as mudanças
da moda. Para ela, quando o homem
vai a uma loja, está disposto a comprar
muitas peças. Por isso a indústria de
confecção masculina investe em tecno-
logia e qualidade dos tecidos. “Quanto
maior a gramatura do fio mais confor-
tável e durável ele é. Por exemplo, roupas
masculinas costumam ser confecciona-
das com fio 80, fio 100 ou mesmo lã fria,
pois o homem dá muita atenção à quali-
dade, durabilidade e conforto.”
O homem, independente do corpo
ou idade, busca conforto e nada muito
extravagante. Porém, camisas em tons
fortes como pink, azul royal e estampa
floral adentraram as lojas. Já os acessó-
rios serão mais discretos, como escapu-
lários, cachecóis e pulseiras de couro. A
grande aposta fica por conta dos tênis
jogging, que podem ser usados por
homens e mulheres. Eles saíram direto
das pistas de corridas para o uso tanto
casual como social.
Sendo assim, a mudança de estação
pode ser uma ótima oportunidade para
renovar o guarda-roupa. O importan-
te é procurar conforto e qualidade e,
nesse ponto, investir em boas marcas é
uma escolha econômica, pois não pri-
vilegia apenas a estética da moda, mas,
sobretudo, a durabilidade da roupa. A
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madeira em forma de arteRua Cel. Ernesto de Oliveira, 374 - São João da Boa Vista/SP - (19) 3631 2159
Raul Gmeinerdesigned by
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’moda
Tendências para oOutono / Inverno 2015As tendências têm inspirações características dos anos 60 e destacam o conforto
por Iza Graça
Um jogo harmonioso de opostos e sobreposições de
peças. O Inverno 2015 vem no estilo Tropical com pe-
ças mais leves que contracenam com jaquetas, casacos
e echarpes. Formas: Fluidas e retas se equilibram com
peças mais ajustadas, tecidos leves com lãs, casacos am-
plos com calças justas ou vice versa. Cores: Os tons de
vermelho, bordô, verde, laranja, entram na brincadeira se
harmonizando com cores mais fechadas como os tons de
cinza, marrom e azul. Inspiração: arte, campo, natureza,
esporte, influencia hippie, florais e geométricos.
Brilho metalizadoMais uma lembrança de que o estilo dos anos 60 está em alta é a presença do brilho metalizado nos modelos exibidos durante os des-files de moda. A tendência do Outono inverno 2015 traz detalhes em dourado, prateado ou demais cores metalizadas, tanto em vestidos e acessórios, quanto nos calçados. Com essa dica é possível dar mais destaque para o seu visual, principalmente em eventos noturnos.
Falando nos detalhes, as botas de cano alto e médio também estão
presentes para dar um charme retrô. Muitas marcas complementaram as
peças em jeans ou de veludo com o calçado, que apareceu em peso nos
desfiles: botas e mais botas. O que acha de deixar o salto alto um pouco
de lado? Você pode combinar estilos, como uma bota de veludo ou com
detalhes metalizados. O look fica mais interessante e charmoso.
Botas de cano alto e médio
Fotos: Reprodução Internet
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’beleza
Cuidados com os cabelos secosCabelos ressecados e quebradiços? Fique tranquila, há sempre uma solução
Seus cabelos perderam o balanço,
estão sem brilho e tem embaraçado
com mais facilidade? Certamente
eles estão secos, ou pior, ressecados.
Isso pode parecer um desastre, mas
para os dois casos há vários trata-
mentos e soluções e ,em pouco tem-
po, suas madeixas estarão brilhantes
e com movimento natural, de novo.
Basta seguir as orientações e di-
cas dos profissionais. Com o tempo
seco, a exposição ao sol, coloração,
piscina e praia os fios vão sofrer mais,
mesmo. É normal e, para protegê-los,
um tratamento contínuo em casa,
com bons produtos, como protetor
solar para cabelo e máscaras ajudam
a conter os danos causados por esses
agentes externos. Contudo, o espe-
cialista alerta:“é fundamental, antes
de tudo, uma boa alimentação. Não
adianta tratar por fora, é preciso cui-
dar por dentro, também. Tomar muita
água e comer verduras ricas em sais
minerais, tais como cálcio, fósforo e fer-
ro”, orienta João, do JM cabeleireiros.
Para manter o cabelo hidratado
em casa, ele ainda indica toda a série
da Loreal Expert. Para cabelos secos
prefira usar shampoos cremosos e,
para os muito ressecados, que apre-
sentam-se quebradiços, com pontas
duplas ou elásticos, a linha Absolut
Repair da mesma série.
Já para os coloridos e expostos ao
sol, a linha Vitamino Color ajuda na
manutenção, em casa. As coleções
são compostas por shampoo, cre-
mes, óleo, máscara e leave in. Outras
marcas recomendadas pelo especia-
lista são Lowell e o lançamento super
em alta, a máscara termo ativa Uniq
One. Trata-se de um leave in um pou-
co mais caro, que funciona melhor
com a presença de calor do secador
e sol, facilitando a escova.
Hidratação caseira x salão - As
duas são necessárias mas, depen-
dendo do estado de ressecamento
do cabelo, com certeza, a de salão
será mais eficaz. Sabemos que os
fatores externos como sol, secador,
piscina, praia, tempo seco e até a
qualidade da água, colaboram para
que o cabelo perca o brilho e o ba-
lanço. Ao perceber que esses agen-
tes estão deixando seu cabelo sem
vida, com aspecto de palha, a pri-
meira medida pode ser cortar. Con-
tudo, essa não precisa ser a única
solução. Segundo João “o corte aju-
da a revitalizar o cabelo dependendo
de como estiverem as pontas, mas
em muitos casos a hidratação é que
melhora o aspecto danificado”
Logo, uma boa opção para co-
meçar, é trocar seu shampoo e con-
Consulte um especialista - “Vá a um salão
de sua confiança para que o profissional avalie
porque, às vezes, você pensa que ele está feio e
que ficará maravilhoso apenas se cortar. E pode
não ser isso. Ele pode estar precisando de um trata-
mento mais completo”, explica Cássio Rios.
Foto: Reprodução Internet
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dicionador de supermercado por
uma linha de tratamento mais com-
pleta. Por exemplo, Loreal, Lowell, Re-
vlon, Senscience, L´Anza e Kérastase.
Na sequência, Cássio Rios, co-
lorista do JM, recomenda uma boa
lavagem feita com uma aplicação
dupla de shampoo, seguida de uma
pérola (pequena porção) de condi-
cionador, que deve ser retirado com-
pletamente do cabelo.Depois, parta
para uma hidratação caseira.
Alexsandra Marcondes, especia-
lista em tratamento capilar, orienta:
“lave duas vezes com o shampoo, se-
que com a toalha para não desperdi-
çar o produto que virá e aplique uma
boa máscara, deixando agir por 10
minutos e retire por completo. Não há
necessidade de usar toca térmica.” Ou-
tra dica é, depois de aplicar a más-
cara, no último enxágue, coloque
uma tolha quente na cabeça e jogue
água por cima da toalha.
Porém, se mesmo com esses
procedimentos, seus cabelos não
recuperarem a vida, o ideal é pedir
ajuda para um cabeleireiro. Cássio
aconselha:“vá a um salão de sua con-
fiança para que o profissional avalie
porque, às vezes, você pensa que ele
está feio e que ficará maravilhoso
apenas se cortar. E pode não ser isso.
Ele pode estar precisando de um tra-
tamento mais completo.” Atualmente
há diversos tipos de tratamentos ca-
pilares adequados ao estado em que
os cabelos se encontram. Existem
tratamentos mais leves, os de mé-
dia profundidade e os mais intensos,
que atingem a estrutura dos fios re-
construindo a fibra capilar.
Fatores externos - O fator emocio-
nal, as condições externas como a
região onde mora, a água que usa
para lavar os cabelos, os hábitos
como fumar, beber e a alimenta-
ção da pessoa também são agen-
tes causadores de muitos males às
madeixas. Além disso, a coloração, a
descoloração e os produtos que se
usam em casa colaboram para um
cabelo desidratado.
Cássio explica que um cabelo de-
sidratado, geralmente, perde proteí-
na, muita queratina e aminoácidos.
Por isso, hoje em dia, existem trata-
mentos mais profundos, seja com
plástica ou cauterização. E garante
que o ideal é que um profissional
faça uma avaliação para saber de
que tipo de tratamento os cabelos
estão precisando.
Para os cabelos muito expostos
ao sol, já existem protetores solares
específicos e tratamentos para o cui-
dado antes e depois, como a linha
Solar Sublime, também da Loreal. A
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’beleza
Para que serve cadapincel de maquiagem?Preparamos um tutorial explicando a finalidade e modo correto de usar cada pincel
Os pincéis de maquiagem são fundamentais na hora de construir um make perfeito. Cada um com uma função específica,
eles proporcionam uma cobertura melhor e ajudam em uma maior fixação da maquiagem. A instrutora do curso de maquia-
gem profissional, Clara Maria Torres, desenvolveu um tutorial explicando a função dos principais pincéis que ajudam a compor
a maquiagem. Confira!
Ele tem um formato adequado para a aplicação da
maquiagem em pontos específicos do rosto, como as
olheiras e as manchinhas da pele. A aplicação deve ser
feita com leves batidas, esfumaçando todo o produto.
Mas é necessário tomar cuidado com o excesso de
produto, para não deixar o rosto com cores desiguais.
Pincel de corretivoO pincel ajuda a espalhar a base de maneira uni-
forme deixando o visual mais natural. Ele deve ser
manuseado sempre em movimentos circulares da
parte interna para a externa do rosto. Devido a sua
forma, é ótimo para ser usado na região ao redor
dos olhos. Uma dica é não colocar muito produto
no pincel, para que a base se espalhe melhor.
Pincel de base
Ele ajuda a espalhar o pó e dar acabamento na
maquiagem. Deve ser manuseado em movimentos
circulares por toda a face, principalmente nas partes
mais oleosas do rosto, como o centro da testa,
laterais do nariz e o centro do queixo. Seguindo a
mesma linha do pincel de base, não se deve usar
muito produto de uma vez só.
Pincel de pó facial
Como é um pincel grande que cobre toda a
maçã do rosto, os movimentos precisam ser
leves para não ficar marcado. O ideal é espalhar o
produto em movimentos circulares das maças do
rosto em direção às têmporas. A dica é assoprar
o pincel antes de aplicar o blush no rosto para
retirar o excesso do produto.
Pincel de blush
Pincel de sombra O pincel de sombra pode ser encontrado em duas versões, o de esponja
ou de cerdas achatadas. O formato dos pincéis se ajusta com as curva
dos olhos, facilitando a coloração. Para a aplicação da sombra, dê leves bati-
dinhas com o pincel e na hora de esfumaçar utilize movimentos circulares.
Fotos: Reprodução Internet
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São dois tipos de pincéis para passar o batom: os de cerdas finas para
o contorno dos lábios, e o com as cerdas mais grossas para o preenchi-
mento da cor. Para fazer o contorno da boca, utilize o pincel passando-o de
fora para dentro. E com o pincel mais grosso, espalhe bem o batom, pois isso
dará à boca mais sensualidade. Outra dica é quanto à conservação dos pinceis:
lave-os com shampoo e condicionador neutros ou infantis. Seque com papel toalha
e nunca guarde os pincéis sem que as cerdas estejam completamente secas. A lavagem
pode ser feita a cada 15 dias.
Pincéis de boca
Quer mais algumas dicas de maquiagem?
A sanjoanense Paula CIacco criou uma página no Facebook que serve de espaço para compartilhar um pouco do seu trabalho e várias dicas, rese-nhas, opiniões e experiências sobre diversos produtos de maquiagem e também outros assuntos relacionados à beleza e saúde.
Visite: www.facebook.com/paulaciaccomakeup
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’moda
A moda invade os consultóriosBranco da cabeça aos pés já não é um uniforme obrigatório para profissionais de saúde
Aquela antiga visão de que os profis-
sionais da saúde deveriam ter a ima-
gem austera, pouco descontraída e
distante dos pacientes, vem mudan-
do. A nova tendência agora é ousar
e promover um ambiente alegre e
humanizado nos consultórios.
Muitos profissionais estão apos-
tando em diversas estratégias para
ajudar a eliminar as barreiras entre o
profissional e o paciente, diminuindo
a tensão nos tratamentos de saúde,
como por exemplo, investindo em
decoração e em atendimento perso-
nalizados, criação de espaços espe-
ciais para crianças e muito mais.
Pensando nessa tendência, as ir-
mãs sanjoanenses Ana Cecília Navar-
ro (22 anos, Dentista) e Ana Carolina
Navarro (27 anos, Relações Públicas)
decidiram criar a Dra. Cherie, uma
marca de jalecos e toucas muito dife-
rentes do convencional. As peças são
feitas para mulheres, profissionais da
saúde, que apesar da seriedade que
o trabalho exige, não deixam de
cuidar da beleza, levando seu estilo
para os consultórios.
Os modelos fogem do padrão
molde reto. São feitos com cortes es-
truturados e cinturas ajustadas. A li-
nha para profissionais que trabalham
com pediatria é ousada, com estam-
pas coloridas e lúdicas, lacinhos e fu-
xicos, para criar um ambiente diverti-
do para as crianças.
“Desde criança, gostava de criar
modelos de roupas. Fazia vestidos de
festa para a família inteira! Quando
me formei em Odontologia em 2013,
minha grande paixão, comecei a tra-
balhar e tentei comprar jalecos mais
estilosos, mas não encontrei. Então,
resolvi resgatar meu antigo talento e
criar meus próprios modelos. Minhas
amigas e colegas de trabalho adora-
ram e me pediam para fazer para elas
também. Foi assim que surgiu a Dra.
Cherie”, diz Ana Cecilia Navarro.
Provavelmente, se você ver uma
profissional vestindo um jaleco dife-
rente, que valoriza a beleza e femini-
lidade, aqui em São João, ela estará
vestindo um Dra. Cherie. Os pacien-
tes agradecem, pois agora podem
prestigiar a originalidade e aque-
la energia boa e vibrante que só a
moda pode dar. Bem vindos ao mun-
do fashion, médicas, enfermeiras, es-
teticistas, veterinárias, odontólogas e
todas as profissionais da saúde!
Moda nos consultórios - Branco da
cabeça aos pés já não é um uniforme obriga-
tório para médicos. Essa profunda mudança
do paradigma médico/odontológico já se
alastrou pelo território nacional.
A
Foto: Divulgação
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’tendências
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Roupas / sapatos / acessórios: Cada Passinho - (19) 3631-2755Rua Benedito Araújo, 155
Fotos: Juan Landiva
Gisele veste vestido Pituchinhu´s e bota Lilica Ripilica.Ana Gabriela veste casaco, gorro, cachecol, luva e sapatilha Lilica Ripilica.
25João Vitor veste camiseta manga longa Tommy Hilfiger, calça jeans com cinto Tigor T. Tigre e sapatenis Tip Toey Joey.
Maria Luisa veste vestido Lilica Ripilica e sandália Pampili.
26Mariana veste blusa e short Pituchinhu´s e sapatilha Lilica Ripilica.
Mabi veste blusa, bolsa e cinto Lilica Ripilica, casaco e calça Pituchinhu´s e sapatilha Pampili.
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Guilherme veste camiseta manga longa e bermuda Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.Gabriel veste camiseta manga longa, moletom e calça jeans Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.
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Maria Eduarda veste conjunto Lilica Ripilica e sapatilha Tip Toey Joey.Lorenzzo veste camisa e calça Tigor T Tigre e sandália Tip Toey Joey.
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Mariana veste conjunto 1+1 e sapatilha Gats.Gabriel veste camiseta manga longa e calça jeans Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.
Mabi veste conjunto e blusa Pituchinhu´s e mocassim Bibi.
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’saúde
Doença de AlzheimerNão se conhece exatamente qual é a causa, o que se sabe é que ela desenvolve-se como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no cérebro
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurode-
generativo progressivo e fatal que se manifesta por de-
terioração cognitiva e da memória, comprometimento
progressivo das atividades de vida diária e uma varieda-
de de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações com-
portamentais. Essa doença tem maior prevalência nas
pessoas com idade mais avançada.
Estima-se que no Brasil mais de um milhão de pessoas
possuam a doença. Já no mundo, esse número passa de
35 milhões. A doença vem apresentando forte crescimen-
to no número de casos em razão do envelhecimento da
população global. Para se ter uma ideia, em 2030, serão
perto de 66 milhões de doentes e em 2050, 115 milhões
de portadores, sendo dois terços deles nos países em de-
senvolvimento. A informação correta associada à solidarie-
dade ainda são as armas mais poderosas no enfrentamen-
to dessa grave questão humana e de saúde pública.
Sintomas – O primeiro sintoma do Alzheimer é a perda de
memória, mas com a progressão, vão aparecendo sinto-
mas mais graves, como irritabilidade, falhas na linguagem,
prejuízo na capacidade de se orientar. A doença pode vir
acompanhada também de depressão, ansiedade e apatia.
Esses sintomas podem ter a sua progressão diminuída
com o trabalho da reabilitação, envolvendo fonoaudiolo-
gia, fisioterapia, terapia ocupacional e suporte psicológico
e familiar, buscando evitar e/ou retardar a perda das fun-
cionalidades e habilidades cognitivas. Além de retardar os
efeitos do Alzheimer, os exercícios físicos podem prevenir
a doença nas pessoas mais vulneráveis.
Fatores de risco - O envelhecimento é o fator de risco mais
conhecido e importante para a doença de Alzheimer. Há
também a questão do histórico na família de demência ou
de algum problema vascular. Como se sabe pouco sobre a
causa do mal, têm sido estudados outros possíveis fatores
de risco, porém com poucos resultados práticos, como ex-
posição ou ingestão de substâncias tóxicas (como álcool,
chumbo, alumínio, e solventes orgânicos), medicamentos
diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de
vida, estresse, infecções, obesidade, diabetes e até o baixo
nível de escolaridade.
Tranquilizantes e Alzheimer - O uso prolongado
de ansiolíticos e tranquilizantes por idosos pode estar
associado ao surgimento da doença, segundo o British
Medical Journal. Uma pesquisa com consumidores fre-
quentes destes remédios, da classe dos benzodiazepíni-
cos (como Rivotril, Diazepan, Lexotam, Frontal e outros)
usados para tratar distúrbios como ansiedade e insônia,
apontou que há um aumento de 51% nas chances dos
usuários desenvolverem Alzheimer.
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Foto: Reprodução Internet
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Prevenção – Embora estejam sendo
realizadas muitas pesquisas, há pou-
co conhecimento sobre a forma de
prevenção da doença. Alguns estudos
sugerem que manter uma atividade
intelectual - como fazer palavras cru-
zadas, por exemplo - pode reduzir a
probabilidade de se adquirir a doença
de Alzheimer enquanto outros afir-
mam que ser mais escolarizado con-
fere ao paciente maiores recursos in-
telectuais para contornar as limitações
cognitivas típicas da enfermidade.
SUS - O Sistema Único de Saúde (SUS)
disponibiliza vários medicamentos
capazes de retardar o processo da
doença e minimizar os distúrbios de
humor e comportamento que sur-
gem. O objetivo do tratamento me-
dicamentoso é propiciar a estabiliza-
ção do comprometimento cognitivo,
do comportamento e da realização
das atividades da vida diária.
Apoio às famílias - Para ajudar e
capacitar familiares e cuidadores de
pacientes com Alzheimer, surgiu em
1991 a ABRAz – Associação Brasileira
de Alzheimer, que difunde conheci-
mento sobre sintomas, tratamento e
enfrentamento da doença. A iniciati-
va foi inspirada no movimento inter-
nacional iniciado pela princesa Yas-
min Aga Khan, em 1984, depois que
sua mãe - a atriz Rita Hayworth - foi
diagnosticada com a doença, con-
forme explica Izabela Murad Westin,
fisioterapeuta geriátrica.
Segundo Izabela, o principal desa-
fio que a família do doente enfrenta é
o de incluir o portador de Alzheimer
novamente na sociedade, que ainda
trata a doença com preconceito e re-
ceios. “O preconceito ainda existe, mais já
é possível notar que houve uma sensível
melhora, devido ao apoio dos meios de
comunicação, além da internet e de mui-
tos livros sobre o tema”, explicou. Para
ela, os cuidadores – sejam familiares
ou profissionais – são os mais atingidos
indiretamente pela doença. “Costumo
dizer que me preocupo mais com o cui-
dador do que o portador, pois é uma do-
ença que desgasta muito o cuidador. Por
isso, a paciência e tolerância são fatores
muito importantes”. Outro ponto de
destaque, segundo Izabela, é a neces-
sidade dos familiares adaptarem a casa
e suas rotinas, de forma que o doente
tenha o máximo conforto e segurança.
Para os interessados, ela recomen-
da o livro Você não está sozinho... nós
continuamos com você, publicado pela
ABRAz em 2013. A obra tem o objeti-
vo de informar e orientar os familiares/
cuidadores, de maneira técnica e hu-
mana, sobre como lidar com os pa-
cientes de Alzheimer. A
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A droga e o caranguejoOs celeiros de jovens acadêmicos não podem ignorar os males do álcool
’opinião
por Guilherme A. R. Franco
Anos desprovidos de muros visíveis e in-
visíveis. Os nossos limites eram o Morro
do Espia - local elevado de onde se po-
dia avistar a aproximação dos corsários,
o Mar Pequeno ou de dentro, o Valo
Grande - que era menor que o estuário
lagunar no qual se insere o Mar Peque-
no - e o Rio Ribeira de Iguape. O Valo
Grande era para ser um ínfimo canal
destinado ao deslocamento de canoas,
ligando o Rio Ribeira ao Mar “de dentro”
- mas com as forças das águas tornou-
-se imenso e suas terras assorearam o
Porto de Iguape. Fez significativo estra-
go no equilíbrio ecológico do estuário e
de quebra fechou o porto, arruinando a
economia da cidade que no século XIX
era uma das mais importantes da pro-
víncia. As calçadas de pedra assentadas
por mão de obra escrava, os casarões e
seus bem talhados beirais são testemu-
nhas que parecem se eternizar no tem-
po. Nos anos da crise da adolescência
estava em São Paulo: martelando o pia-
no. Mas no vestibular tive a lucidez de
trilhar pelo mundo jurídico, para refrigé-
rio dos ouvidos alheios. Tio Carlos, irmão
mais velho de meu avô materno, con-
tava-nos a divertida fábula da escolinha
dos bichos. Era mais ou menos assim. O
caranguejo havia ido à escola. Na hora
de marchar, andava para trás, descon-
fiado. Paciente, a professora (talvez fosse
veterinária) colocava-o de volta para a
fila. Claro que às vezes a mestra se feria
quando o crustáceo lhe aplicava umas
“dedadas”. Com muita paciência, mer-
cúrio cromo e esparadrapo, a professora
conseguia fazer o bichinho arredio mar-
char como os demais. E seguia a bela
fanfarra. Orgulhoso, o caranguejinho
voltava da escola marchando. Até que
ao chegar em casa, vendo todos andan-
do de marcha à ré, desaprendia tudo.
No dia seguinte, a mesma coisa... Na
semana dos calouros, virávamos bichos
carecas nos semáforos da cidade gran-
de. Conseguíamos algumas moedinhas
para os veteranos. As garotas, quiçá por
serem bichos com cabelos preserva-
dos, tinham mais sucesso na empreita
que terminava no bar que funcionava
(pasme!) na faculdade - as moedinhas
viravam cachaça, cerveja e uma tubaína.
Ninguém se incomodava com minha
solitária tubaína. O formato da garrafa
era o mesmo que o da droga espuman-
te e gelada. Notícias de abusos sexuais
e crimes violentos (até homicídio) nos
trotes regados a álcool nunca foram no-
vidade. Apesar de algumas faculdades
apregoarem o trote solidário, o combus-
tível da violência está nas esquinas e nas
festas. Hoje, por meio das associações
estudantis, compra-se cerveja em gran-
de quantidade e a preço de atacado. Foi
o que revelou uma pesquisa científica
da Unifesp, publicada em 2014: “Quase
90% das atléticas de universidades pú-
blicas e particulares da capital paulista
têm acordo formal com a indústria para
a venda de cervejas”. E atrás dessa in-
sidiosa parceria, vem o beber abusivo
ou em binge (diversas doses em curto
intervalo de tempo). Lembrando que
muitos dos calouros nem saíram da
adolescência e o cérebro humano só é
totalmente formado após os vinte anos
de idade, a turbinar os casos de brigas,
estupros, acidentes e dependência quí-
mica. Esse é o triste quadro de muitas
faculdades pelo país afora – e não so-
mente na capital paulista. Celeiros de
jovens acadêmicos não podem ignorar
os males da droga mais acessível aos
universitários. Ou andaremos de fasto.
Foto: Reprodução Internet
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’etiqueta
Etiqueta on-lineNo mundo virtual é importante agir como no mundo off-line, com bom senso e discrição
Nada se cria, tudo se copia. E na in-
ternet não é diferente. As interações
que as pessoas têm nas redes sociais
nada mais são do que um simulacro,
ou seja, cópias dos comportamentos
que temos no dia a dia real. Mas o su-
cesso desse ambiente virtual se deve
às maiores possibilidades que redes
como Facebook, Twitter e Instagram
oferecem. Além do anonimato, os
usuários têm a “proteção” de uma tela
no lugar do face a face. Isso dá abertu-
ra para uma série de comportamen-
tos que não são socialmente aceitos
na vida on-line. Para uma boa convi-
vência é necessário que algumas con-
dutas sejam ao menos observadas,
mesmo que não seguidas completa-
mente à risca, de acordo com a cons-
ciência de cada indivíduo.
A primeira coisa a se considerar
é o objetivo da presença do usuário
nas redes sociais. Nesse quesito vale
considerar que hoje muitas empresas
buscam informações dos candidatos
no Facebook, por exemplo. Por isso,
independente do que motiva o uso
das redes sociais, a primeira e grande
regra é o bom senso.
Por isso, na hora de postar fotos é
preciso ter cautela. Por questões de
segurança, não é recomendado lotar
a timeline com imagens da família, fi-
lhos e animais de estimação. Também
é importante observar as fotos pesso-
ais e evitar exposição desnecessária.
Outra “etiqueta” que deve ser
seguida com atenção é na hora de
compartilhar conteúdo. Fotos de
animais em situações precárias, fe-
tos e bebês com doenças raras são
apenas formas de spam que são
propagadas no Facebook.
A mesma regra vale para o fana-
tismo religioso e político. Respeito
é algo que deve se estender na vida
real e no mundo virtual. Compartilhar
conteúdo ofensivo ou postar lições de
doutrina religiosa e política não é ideal
para um ambiente on-line respeitoso.
Quando o assunto é convite para
jogos sociais, todo cuidado é pouco.
Embora esses aplicativos ofereçam re-
compensas por convidar novos ami-
gos, é preciso lembrar que nem todo
mundo gosta desses jogos. Portanto,
enviar várias solicitações pedindo
para que os amigos também joguem
ou ajuda para conseguir bonificações
não é muito bem visto nas redes so-
ciais. O ideal é identificar aqueles que
gostam de se distrair no Farmville ou
similares e interagir apenas com eles.
Já quando trata-se de marcação
de fotos, a política social pede uma
atenção especial e muito bom sen-
so. Ao tirar uma foto com um amigo,
com a concessão dele, está implícito
que outras pessoas irão ver. Portanto,
nada demais, a não ser que ele peça
o contrário ou que a foto seja em-
baraçosa. Mas, caso você o marque
na foto e ele, logo em seguida, des-
marque, procure respeitar a vontade
da pessoa. Não volte a marcá-lo na
mesma foto e, principalmente, pense
duas vezes antes de marcar a pessoa
novamente numa próxima oportuni-
dade. A mesma regra vale para marcar
pessoas em comentários ou publica-
ções no mural. Lembre-se que a par- >
Foto: Reprodução Internet
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tir do momento em que você marca
alguém, seja numa foto ou num co-
mentário, a pessoa passa a receber
notificações de todos os comentá-
rios seguintes.
Crimes - Além do bom senso na
hora de usar as redes sociais, vale
salientar que muitas atitudes po-
dem ser caracterizadas como cri-
mes. Segundo o advogado crimi-
nalista João Carlos Felipe, calúnia,
difamação, injúria, ameaça e discri-
minação são os mais comuns.
“Eles são os mais corriqueiros por
conta das ferramentas de interativida-
de que as redes sociais disponibilizam,
seja por intermédio da comunicação
direta, bem como por intermédio da
disseminação das informações posta-
das - as chamadas ‘curtidas’ e ‘com-
partilhadas’”.
O advogado explica que essas
interações são as maiores causas de
ações penais e de caráter indeniza-
tório contra o autor da mensagem e
das pessoas que a propagaram. “Po-
rém, devido ao anonimato que a rede
oferece, onde facilmente podem ser
criados perfis falsos, há enorme dificul-
dade na identificação do autor do crime,
tornando-se uma investigação comple-
xa. Por consequência, a maioria dos cri-
mes permanece sem a devida solução e
responsabilização dos autores”.
E não é só o anonimato que con-
tribui para a impunidade de crimes
da rede. Apesar de alguns avanços
na legislação, ainda não existem tipi-
ficações para os crimes cibernéticos.
“Os magistrados recorrem às analo-
gias jurídicas para adequar a conduta
delituosa do criminoso virtual à con-
duta descrita na legislação existente,
equiparando o resultado como se o
crime tivesse sido cometido no mundo
físico”, diz João Carlos. E ainda exem-
plifica: “Uma pessoa que envia uma
mensagem diretamente a outra dizen-
do que vai ‘pegá-la’, ‘acertar as contas’
ou qualquer outro escrito que seja
identificado como ameaça, teria seu
enquadramento legal com fundamento
no art. 147 do Código Penal —ameaçar
alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou
qualquer outro meio simbólico, de cau-
sar-lhe mal injusto e grave. A pena seria
detenção de um a seis meses, ou multa”.
João Carlos diz acreditar que a
chamada “Lei Carolina Dieckmann”
— Lei 12.737/12— foi um avanço,
já que protege o direito ao sigilo
das informações pessoais contidas
nos dispositivos informáticos. “Mas
ainda há muito por se fazer devido à
amplitude do ambiente digital, de-
vendo ser criada legislação específica
no intuito de coibir as violações de
direito cometidas”. A
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’agito
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’páscoa
Tradições de PáscoaA data é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais
A Páscoa (do hebraico Pessach), signifi-
cando passagem, é um evento religio-
so cristão, normalmente considerado
pelas igrejas ligadas a esta corrente
religiosa como a maior e a mais impor-
tante festa da Cristandade. Na Páscoa
os cristãos celebram a Ressurreição de
Jesus Cristo, depois da sua morte por
crucificação, que teria ocorrido nes-
ta época do ano em 30 ou 33 da Era
Comum. O termo pode referir-se tam-
bém ao período do ano canônico que
dura cerca de dois meses, desde o do-
mingo de Páscoa até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocor-
rido durante o Pessach, data em que
os judeus comemoram a libertação e
fuga de seu povo escravizado no Egito.
A palavra Páscoa advém exata-
mente do nome em hebraico da festa
judaica, à qual a Páscoa cristã está inti-
mamente ligada, não só pelo sentido
simbólico de “passagem”, comum às
celebrações pagãs (passagem do in-
verno para a primavera) e judaicas (da
escravatura no Egito para a liberdade
na Terra Prometida), mas também pela
posição da Páscoa no calendário.
Tradições pagãs - Na Páscoa, é co-
mum a prática de pintar-se ovos co-
zidos, decorando-os com desenhos
e formas abstratas. Em grande parte
dos países ainda é um costume co-
mum, embora que em outros, os ovos
tenham sido substítuidos por ovos de
chocolate. Este costume é uma alusão
a antigos rituais pagãos. A primave-
ra, lebres e ovos pintados com runas
eram os símbolos da fertilidade e reno-
vação a ela associados, que foi absor-
vida e misturada pelas comemorações
judaico-cristãs.
Os ovos de chocolate vieram dos
Pâtissiers franceses que recheavam
ovos de galinha, depois de esvaziados
de clara e gema, com chocolate e os
pintavam por fora. Os pais costuma-
vam esconder ovos nos jardins para
que as crianças os encontrassem na
época da Páscoa. Com melhores tec-
nologias, a partir do final do século
XIX, se difundiram os ovos totalmente
feitos de chocolate, utilizados até hoje.
Bacalhau - Na época da Idade Média,
os cristãos deveriam obedecer os dias
de jejum, excluindo de sua dieta ali-
mentar as carnes “quentes”. O bacalhau
era uma comida “fria” e seu consumo
era incentivado pelos comerciantes
nos dias de jejum. Com isso, passou a
ter forte identificação com a religiosi-
dade e a cultura do povo português.
O rigoroso calendário de jejum foi aos
poucos sendo desfeito, mas a tradição
do bacalhau se mantém forte nos pa-
íses de língua portuguesa até os dias
de hoje, principalmente na Páscoa,
uma data expressiva da cristandade.
Judas - É uma tradição vigente em
diversas comunidades católicas e orto-
doxas, a qual foi introduzida na Améri-
ca Latina pelos espanhóis e portugue-
ses. É também realizada em diversos
outros países, sempre no sábado de
Aleluia, simbolizando a morte de Ju-
das Iscariotes. Consiste em surrar um
boneco do tamanho de um homem,
forrado de serragem, trapos ou jornal,
pelas ruas de um bairro e atear fogo a
ele, normalmente ao meio-dia. A
Foto: Reprodução Internet
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46Roupas / Sapatos / Acessórios: Aquarius Modas - (19) 3623-2487 - Praça Roque Fiori, 33 Fotos: Juan Landiva
Cabelo/Maquiagem: MF Studio de Beleza - (19) 3623-1525 Locação: Pousada do Bosque - (19) 3623-4963
Ser Mãe é assumir perante Deus o dom da criação,
da doação e do amorincondicional.
Te amo todos os dias...
47Blusa de renda Cotton Colors, calça preta devorê Natual Class. Blusa musseline, saia poá Pontoon e sapato Confort para Aquarius Modas.
48Cardigan estampado Modal. Vestido marinho Pianeta para Aquarius Modas.
49Camisa Chiffon e calça Burda. Vestido viscolycra para Aquarius Modas.
50 Macacão viscolycra Megadose para Aquarius Modas.
51 Blusa Shiffon com renda e short linho da Megadose Moda Gestante. Vestido cetim Megadose para Aquarius Modas.
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’esporte
Dance, dance, dance!Se praticada com regularidade, a dança de salão é um ótimo exercício físico
Gafieira é o espaço onde se dança
aos pares. O nome surgiu porque
nesse local eram cometidas gafes,
logo não é um estilo de dança como
todos pensam. A gafieira era geral-
mente frequentada por pessoas mais
simples, um ambiente democrático
em que gente de todo o tipo mis-
turava-se para dançar. Bolero, Cha-
-Cha-Cha, Forró, Fox Trot, Lambada,
Maxixe, Rumba, Salsa, Samba, Tango,
Valsa e Zouk são alguns dos estilos de
dança mais dançados nas gafieiras de
todo o Brasil.
Por ser um ambiente de todos,
a gafieira não segrega por idade ou
classe social e nem mesmo exclui
aqueles mais tímidos, os travados
que não sabem muito bem os pas-
sos, mas arriscam se movimentar
pelo salão. Conduzidas ou conduto-
res, damas e cavalheiros passam ho-
ras bailando sem se preocupar com a
vida corrida - e às vezes dolorida - lá
fora. Para eles, dançar é terapêutico,
faz bem para o corpo, para a mente
e para a saúde. Assim confirma Val-
nei Amadio “Dançar é muito praze-
roso. Faz bem para a cabeça, a gente
se socializa, faz novos amigos, traz os
amigos para dançarem junto. Mesmo
os que não sabem podem dançar, não
precisa dar um espetáculo de técnica
no salão, a dança é para você e isso é o
que importa.”
O professor de dança de salão,
Cleber Oliveira é também Personal
Dancer, um dançarino contratado
para ensinar e/ou acompanhar da-
mas em salões. Uma modalidade de
dançarino pessoal que vem sendo
cada vez mais procurada, tanto por
aqueles que gostam de aperfeiçoar
o que sabem, quanto por aqueles
que desejam aprender a técnica dos
vários estilos e depois fazer bonito
nos salões. Cleber conta que quando
começou a dançar, há 16 anos, havia
preconceito sobre homens dançan-
do. Mas hoje em dia esses tabus já
caíram, “a visão sobre a dança mudou
muito. Hoje tenho alunos homens bem
jovens, enchendo minhas aulas e pro-
curando aprender as técnicas para pra-
ticarem em bailes, depois”.
A arte do corpo - As danças de salão
também ganharam maior populari-
dade ao serem incentivadas por pro-
gramas como “Dança dos Famosos”
da Tv Globo, “Se ela dança, eu danço”,
do SBT e a Tv SESC, no canal a cabo
que exibe realitys de dança em sua
programação. Além disso, cresce em
toda a região o número de casas que
promovem bailes e jantares dançan-
Origem - As danças de salão surgiram
entre os nobres da Europa e principalmente
com o surgimento da dança realizada com
casais. Quando os europeus foram colonizar
as Américas, eles levaram as danças em lo-
cais fechados para essas localidades. Foram
nesses países que surgiram os tipos mais
comuns de dança de salão como gafieira,
tango, salsa, bolero e maxixe.
>
Foto: Reprodução Internet
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tes. Algumas delas, em São João, são:
Clube do Rosário, Palmeiras Futebol
Clube, Sociedade Esportiva, entre
outras atividades dançantes como
as que são oferecidas pela Prefeitura,
nos fins de semana.
A dança realmente é uma arte
que, ao participar da vida das pessoas,
desperta muitas sensações renovado-
ras, como confirma Leila Krauze, que
dança há 12 anos. “Me interessei pela
dança depois que separei de meu ma-
rido. Nos bailes comecei a fazer amigos,
fiquei mais alegre e me valorizei mais. É
uma motivação para o corpo e alma.”
Esse mesmo efeito terapêutico
também acometeu Mauriene Ama-
dio, que começou a dançar depois
de sua separação: “a dança me aju-
dou a superar dores, foi uma terapia.
É um exercício completo e você sente
muito quando para.”
Para os praticantes a dança não é
uma opção apenas saudável, é uma
escolha de vida. Muitos começam
quando pequenos, outros depois
de mais velhos, ou já na terceira
idade, mas todos afirmam que nun-
ca irão parar. A professora de Ballet,
Márcia Viana, que vem de uma fa-
mília de dançarinos, diz que a dan-
ça melhora a coordenação motora,
mesmo daqueles que começam a
dançar mais tarde. E ressalta: “gos-
to de trabalhar o lúdico, a disciplina
e a vestimenta com meus alunos. No
salão estou sempre disposta a fazer
com que o outro ganhe valor dançan-
do, mesmo que não saiba os passos.”
A dança, seja ela com fim profis-
sional como para uma diversão se-
manal, praticada com técnica ou ape-
nas para chacoalhar o corpo, atende
todo mundo, não fazendo nenhum
tipo de distinção, já que cadeirantes,
pessoas com mobilidades reduzidas
ou alguma psicopatologia podem ser
incluídas nessa roda do movimento.
Atualmente existem muitos projetos
de Dançaterapia, os quais ajudam
pessoas a se expressarem de forma
criativa, promovendo uma interação
emocional, cognitiva e social.
Na opinião do professor Cleber,
não existe restrição para dançar.
Nem para com o corpo, como da
mente ou da sociedade. “Dançar é
abrir um leque de possibilidades. Além
de conhecer pessoas através das inte-
rações de salão, melhora a autoestima,
já que uma pessoa, por exemplo, fora
dos padrões corporais da mídia, quan-
do adentra uma pista de dança nada
mais importa, todo mundo aprecia o
movimento e a música. Quem dança é
muito feliz”, finaliza. A
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’viagem
As belezas da Serra da CanastraMinas Gerais é um estado brasileiro que oferece uma enorme lista de roteiros turísticos, os quais atraem por suas belezas naturais, história e gastronomia
O Parque Nacional da Serra da Canas-
tra é um dos mais importantes par-
ques nacionais brasileiros. Trata-se de
uma cadeia montanhosa localizada
no centro-sul do estado, nas proximi-
dades dos municípios de Delfinópolis,
Sacramento e São Roque de Minas.
Por ele passa o rio São Francisco, o
qual, conforme estudos recentes tem
sua nascente real e geográfica locali-
zada no município de Medeiros, Minas
Gerais. O nome Canastra foi dado em
virtude do formato de um baú.
Cachoeiras - Na Serra da Canastra, no
município de São Roque de Minas,
encontra-se a aproximadamente 1200
metros de altitude a chamada nascen-
te histórica, devidamente demarcada
para a visitação dos turistas. A água é o
fator preponderante no parque, cujas
nascentes, que chegam a centenas,
surgem em função da umidade que a
rocha fria absorve do ar, principalmen-
te no período da noite. É fascinante ver
aquele pequeno fio de água que vai
se avolumando por dentro do parque,
formando quedas de água límpida e
gerando bolsões ao longo do percurso.
A cachoeira Casca d’Anta, com
aproximadamente 186 metros de altura
é um dos principais atrativos do Parque,
saindo de um corte natural da Serra de
aproximadamente 144 metros, ou seja,
a altura da Serra chega a 330 metros. O
Rio São Francisco nasce 14 quilômetros
antes desta sua queda principal.
Vegetação exuberante - O parque
protege um cenário de rara beleza,
sua vegetação de transição entre a
“borda da Mata Atlântica” e o “início
do Cerrado”, com predominância de
Campos de Altitude que abrigam inú-
meras espécies da fauna e da flora do
cerrado, como o lobo guará, o taman-
duá-bandeira, o veado-campeiro, di-
versos gaviões e espécies ameaçadas
de extinção como o pato mergulhão
e o tatu-canastra. É uma paisagem
das mais deslumbrantes e desco-
nhecidas do Brasil. Há poucos anos
entrou nos roteiros de viagem como
lugar privilegiado para a prática de
esportes radicais, vivência ambiental
e turismo ecológico.
A região eco turística da Serra da
Canastra tem mais de 200 mil hec-
tares e abrange seis municípios: São
Roque de Minas, Vargem Bonita,
Sacramento, Delfinópolis, São João
Batista do Glória e Capitólio. A vida
rural mantém as velhas tradições da
cultura da região, como a arquitetu-
ra do século XIX, os muros de pedra
sem cimento e o carro de boi. O ho-
rário de entrada no Parque Nacional
da Serra da Canastra é até as 16h00.
Saída até as 18h00. Horários alternati-
Belezas naturais - A Serra da Canastra é pródiga
em atrativos naturais como cachoeiras e grutas além
de paisagens de tirar o fôlego. Pouco divulgada e até
pouco tempo com acesso limitado por conta das
estradas de terra, ela vem aos poucos sendo desco-
berta e valorizada pelos brasileiros.
>
Foto: Reprodução Internet
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vos somente com prévia autorização
da chefia do Parque. O acesso ao Par-
que Nacional e demais atrações é por
terra. As condições de tráfego podem
ser precárias em época de chuva. In-
forme-se previamente.
Hospedagem e atrações fora do par-que - A região fora do parque também
oferece muito mais aos seus visitantes,
além de inúmeros atrativos naturais,
pois a região também se destaca pela
cultura, culinária, tradições e a recep-
tividade de seu povo. Com todos es-
ses roteiros turísticos, as cidades vizi-
nhas ao parque estão se estruturando
para atender bem aos visitantes.
Hoje em dia encontramos sim-
páticas e aconchegantes pousadas,
deliciosos restaurantes que servem
em sua maioria o melhor da comida
mineira feita no fogão à lenha.
Para quem pretende se hospedar
na Serra da Canastra indicamos as ci-
dades que abrigam ou que são vizi-
nhas ao Parque Nacional da Serra da
Canastra. O município mais procura-
do é o de São Roque de Minas, pois
é ali que ficam as principais atrações
do parque. Outra cidade muito pro-
curada é Delfinópolis, que embora
um pouco distante das portarias do
parque, possui o maior número de
cachoeiras da região e um ótimo ro-
teiro de passeio 4x4 até a portaria da
Casca D’Anta no parque. Outro bom
local para hospedagem é Vargem
Bonita MG, pois é o centro urbano
mais próximo da entrada do parque
e dá acesso à parte baixa da Casca
D’Anta. O município de Capitólio MG
é o mais afastado das portarias, mas
possui em seu território incríveis atra-
tivos naturais como grandes canions,
lindas cachoeiras, o lago de Furnas e
grandes paredões rochosos.
A cidade possui as opções de
hospedagem mais sofisticadas da
região. São João Batista do Glória é
outra boa opção para se hospedar na
região e também possui bons atrati-
vos, apesar de ficar distante das por-
tarias do Parque Nacional da Serra da
Canastra. Além das cidades, outras
boas localidades são os Distritos ou
o Arraial encontrados no entorno
da Serra da Canastra. Entre os mais
indicados estão São José do Barreiro
(SRM), Babilônia e Arraial de São João
Batista da Serra da Canastra.
Gastronomia - O principal produto
da região é o famoso queijo canastra.
Produzido há mais de duzentos anos,
ele é primo distante do queijo da Ser-
ra da Estrela, de Portugal, trazido pelos
imigrantes da época do Ciclo do Ouro.
O clima, a altitude, os pastos nativos
e as águas da Serra da Canastra dão
a esse queijo um sabor único: forte,
meio picante, denso e encorpado.
Desde maio de 2008 o queijo canastra
é patrimônio cultural imaterial brasi-
leiro, título concedido pelo IPHAN, o
Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-
tístico Nacional. O queijo vem sendo
incluído nos cardápios de restaurantes
das grandes metrópoles, como da ca-
pital paulista.As chamadas quitandas
da culinária mineira são abundantes
na região da Canastra. Uma delas é o
joão-deitado, doce originário do local,
que tem na mandioca seu principal
ingrediente além, é claro, do queijo
meia cura. É assado na folha- de- ba-
naneira, em pequenos fornos artesa-
nais de barro, sobre as brasas.
O “Velho Chico”O Rio São Francisco é um dos mais importantes rios do Brasil e de toda a América do Sul. Ele atravessa 5 estados e 521 municípios, passando pela Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, e desa-guando no Oceano Atlântico. Seu nome indígena é Opará ou Pirapitinga, mas também é carinhosamente chamado Velho Chico. Em setembro do ano passado, funcionários do Parque Nacional Serra da Canastra alertaram para a seca da principal nascen-te do São Francisco, devido ao período chuvoso atípico registrado no estado. A principal nascente ficou seca por quase três meses. Em novembro, a água voltou a correr graças ao volume expressivo de chuva registrada na região.
A
Fotos: Reprodução Internet
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C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
TP 0011-15 ANUNCIO CAMPANHA COLECAO 2015 - EMPORIO - S JOAO BOA VISTA - 20x27,5.pdf 1 05/03/15 16:29
60
’nossa cidade
A São João do futuroEstudo proposto pela Prefeitura visa preparar a cidade para encarar os desafios futuros
por Bruna Mazarin
Para definir os rumos que São João
da Boa Vista tomará nos próximos 35
anos, a Prefeitura e a Assessoria de
Planejamento, Gestão e Desenvolvi-
mento deram início a um processo
de coleta de dados para identificar
os potenciais da cidade, erros e acer-
tos da gestão e as possibilidades de
desenvolvimento. Para isso, o Conse-
lho Municipal de Desenvolvimento
(CMD) e os centros universitários do
município contrataram as empresas
Urban Systems e FGMF para que ela-
borassem um diagnóstico socioeco-
nômico de São João.
Os dados foram coletados no
segundo semestre de 2014 e ainda
contam com bases de informações
como o Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE). “Para sa-
bermos aonde ir, primeiro precisamos
ter a consciência de quem somos.
É necessário olhar o que fizemos de
certo e de errado. E o diagnóstico nos
trouxe essa oportunidade de autoco-
nhecimento”, justifica o prefeito Van-
derlei Borges de Carvalho.
Para a chefe da Assessoria de
Desenvolvimento, Amélia Queiroz,
esse planejamento a longo prazo
“quebra a lógica dos quatro ou oito
anos”. “Na nossa proposta a popula-
ção passa a ser uma guardiã das di-
retrizes que ela mesma estabeleceu. E
independe de ser o partido ou o can-
didato A e B, para ser eleito ele terá de
estar comprometido com aquilo que
a população escolher para ela”.
Mas os dados já mostraram que
um dos grandes desafios que a cida-
de vai enfrentar nas próximas déca-
das será conseguir um crescimento
e desenvolvimento ordenado. “Não
queremos ser uma cidade como Mogi
Guaçu, que importou mão de obra e
favelizou seus moradores. Queremos
privilegiar os sanjoanenses, capacitá-
-los, dar a eles a oportunidade de
melhores salários”. E Vanderlei com-
plementa: “Precisamos continuar cres-
cendo, mas com qualidade de vida”.
A próxima etapa contará com a
assessoria da USP Cidades na elabo-
ração de um Plano Diretor. “Pretende-
mos também envolver toda a comuni-
dade. Primeiramente faremos isso com
os alunos, por meio de trabalhos e pes-
quisas. Vamos criar neles a consciência
da importância de um planejamento
estratégico. Depois falaremos com
os pais e toda a comunidade escolar.
Também vamos atuar junto aos clubes
de serviço —Rotary, Lions etc.—, com
a Câmara de vereadores e a população
em geral. Queremos um Plano Dire-
tor o mais democrático possível, para
que isso não seja apenas mais uma
lei de gaveta, mas algo que esteja na
consciência das pessoas”, reforça o
Polo universitário - Com dois centros uni-
versitários, uma universidade e escolas técni-
cas, São João se firma como polo universitário
regional, principalmente após a instalação do
curso de medicina na cidade. No próximo ano,
a cidade ganhará ainda um novo campus do
Instituto Federal, que oferecerá três mil novas
vagas no ensino técnico. Na foto, o campus da
UNESP, com uma área de 103.738 m² que está
sendo construido no município.
Foto: Guto Moreira
61
prefeito de São João. Segundo Lou-
renço Gimenes, arquiteto da FGMF, o
diagnóstico é uma grande ferramenta
que vai impulsionar mudanças impor-
tantes na cidade. “São João nos sur-
preendeu positivamente. Encontramos
uma cidade com grandes potenciais.
Claro que nada é perfeito e há muito
que fazer. Mas certamente seria uma ci-
dade onde eu teria uma casa no futuro”,
diz o arquiteto.Já Paulo Takito, repre-
sentante da Urban Systems, reforça a
necessidade de a cidade buscar um
desenvolvimento sustentável e pro-
mover uma parceria entre os setores
públicos e privados.
Escritório de projetos - Na hora de
pleitear verbas nas esferas estadual
e federal, muitos municípios perdem
programas importantes por falta de
projetos bem estruturados. Confor-
me explica o prefeito, a cidade usará
os dados do diagnóstico como res-
paldo na hora de elaborar projetos.
“Criamos um escritório de projetos em
São João para tê-los bem estruturados
a nível estadual e federal. Tanto que
fomos contemplados com três projetos
do Fidi [Fundo de Interesses Difusos]
em R$ 9 milhões. Isso porque fizemos
propostas bem feitas”, exemplifica.
Perfil do município - Na análise
feita pela Urban Systems foi cons-
tatado que a microrregião (MR) de
São João está no contíguo urbano
da Região Metropolitana de São
Paulo e Campinas. Isso dá ao mu-
nicípio uma posição privilegiada na
malha rodoviária paulista, com fácil
acesso ao Porto de Santos e aos ae-
roportos de Cumbica, Congonhas e
Viracopos, por exemplo.
Essa microrregião é composta por
14 municípios —Águas da Prata, Ca-
conde, Casa Branca, Divinolândia, Es-
pírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa,
Santo Antônio do Jardim, São João
da Boa Vista, São José do Rio Pardo,
São Sebastião da Grama, Tambaú, Ta-
piratiba e Vargem Grande do Sul— e
representa 0,96% da população do
Estado de São Paulo, com mais de
415,2 mil habitantes e possuí um
PIB de 0,50%. O perfil socioeconô-
mico da MR é baseado na indústria e
agricultura, sendo o café, a cana-de-
-açúcar e a laranja os principais itens
produzidos. “O diagnóstico aponta
que estamos na direção certa. Temos
um comércio que representa em torno
de 60% do PIB do município, seguido
da indústria com 35% e da agricultu-
ra com quase 3%. Ou seja, tivemos um
bom desenvolvimento em compara- >
62
ção com as cidades da região. E com o
lançamento do shopping só confirma-
mos esse potencial comercial”, ressalta
Vanderlei.
População - De acordo com os da-
dos da Urban Systems, São João tem
uma taxa de crescimento anual de
1,32% — com base na população de
2010 e 2014 do IBGE. Dentro da região
em que está inserido, o município é o
segundo mais populoso, com 88.477
habitantes —Poços de Caldas (MG)
aparece em primeiro lugar, com 162,4
mil habitantes. Sobre a população há
duas perspectivas de crescimento,
uma “conservadora” e uma “agressi-
va”. “Temos experimentado nos últimos
anos a segunda opção. Com esse cres-
cimento mais agressivo São João deve
chegar, em 2050, a 146 mil habitantes.
Esse é justamente o planejamento que
faremos: de que maneira chegaremos a
2050 com esse número de habitantes?”,
explica Vanderlei.
Vocação imobiliária - O diagnóstico
aponta qualidades do município que
podem desenvolver o potencial imo-
biliário. Dentre elas, o fato de ser uma
cidade do interior de São Paulo com
características “bucólicas e rurais”, mas
com comércio forte e desenvolvimen-
to industrial. “Características interiora-
nas são os principais atributos positivos
enfatizados pelos entrevistados”, revela o
estudo. Os dados ainda mostram que
a paisagem da Serra da Mantiqueira é
fator de orgulho para os moradores, o
que denota um grande potencial para
atividades turísticas.
Segundo a Urban Systems, ainda
há carência de acessos em algumas
partes como na região da Mantiquei-
ra —área nobre— e Sul da cidade, que
tornam mais difíceis a circulação de
moradores. “A região acima do distrito
industrial está fora da cidade mental
dos entrevistados pela falta de acesso e
a não utilização dela. Não há nada que
estimule o deslocamento para esse pon-
to da cidade. O distrito industrial se torna
mais isolado do restante da cidade”, re-
vela o diagnóstico.
Centralidades - Shopping, universi-
dades e hospitais. Os itens foram con-
siderados importantes pelo estudo. O
futuro shopping, por exemplo, forma-
rá uma nova centralidade comercial.
Já os dois hospitais —Santa Casa e
Unimed— e suas localizações tam-
bém proporcionam essa centralidade
na área da saúde. O fato de São João
estar se tornando um polo educacio-
nal também foi avaliado.
A presença da Unesp, Unifae, Ins-
tituto Federal de São Paulo e Unifeob
traz uma grande concentração de alu-
nos e faz com que o município expan-
da fronteiras. “Temos que transformar
São João em uma cidade universitária,
porque isso traz divisas para o municí-
pio”, afirma o prefeito.
Setor em expansão - Ao analisar os
setores industriais do município, o
diagnóstico revelou que São João
deve explorar o desenvolvimento da
indústria aeronáutica e investir em
empresas como a Inpaer, que já se es-
tabeleceu na cidade.
Íntegra - Quem tiver interesse em
visualizar todos os dados coletados
na pesquisa pode baixar a versão
completa ou os resumos do diag-
nóstico no site da Prefeitura, no link
www.saojoao.sp.gov.br
Aviação - O município está se tornando
um importante polo aeronáutico e, de
acordo com Amélia Queiroz, diretora de
Planejamento e Desenvolvimento da cida-
de, a perspectiva é de que as universidades
sustentem o desenvolvimento do polo
instalado no aeroporto local. A principal
fábrica é a Inpaer, que produz quatro mo-
delos de aviões, sendo umas das principais
industrias do setor no Brasil.
Foto: Guto Moreira
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Scarpe - (19) 3631-5287Avenida Dona Gertrudes, 327 - Centro
Looks: Espaço GirlsFotos: Juan Landiva
Cabelo/Maquiagem: MF Studio de Beleza - (19) 3623-1525Locação: Fazenda Sola Capituva - (19) 3633-4664
Júlia e Luiza calçam botas Schutz
SCARPEapresenta
66Júlia calça bota franja Schutz
67Luiza calça bota over the knee Schutz
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Júlia calça sandália laranja nobuck Schutz
69Júlia calça bota Schutz
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’agito
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’psicologia
A síndrome do Ninho VazioComo encarar a saudade quando os filhos saem de casa
por Maryá Rehder Ambroso
Passam-se anos, passam-se séculos e
o tema família sempre é notabilizado.
Seja na área social, educacional ou
biológica sempre há um espaço para
se discutir esse contexto. Por um lado
a família vem como centro de aten-
ção por ser um espaço privilegiado
para arregimentação e fruição da vida
emocional de seus componentes, e
por outro, tem despertado interesse,
pois ao mesmo tempo em que sob
alguns aspectos mantém-se inaltera-
da, apresenta uma grande gama de
mudanças. Sendo a curiosidade dos
estudiosos voltada a esse ou aquele
ponto, o que não pode ser negado
é a importância da família, tanto no
nível das relações sociais nas quais
ela se insere, quanto no nível da vida
emocional de seus membros.
A história da família é longa, não
linear, feita de rupturas sucessivas
onde toda a sociedade procura acon-
dicionar a forma da família às suas ne-
cessidades. Mas essas transformações
não querem dizer que a família, tal
qual herdamos de séculos passados,
esteja efetivamente se estilhaçando
nesse novo milênio.
O que ocorre é que outra configu-
ração familiar está a caminho: a que
tenta conciliar a liberdade individual
com laços afetivos do velho lar. E den-
tro dessas diversas transições, há uma
conjuntura que persiste há gerações
e traz consigo marcas austeras para
os provedores. Trata-se da Síndrome
do ninho vazio (SNV) que consiste
em um desconforto emocional pon-
tual, vivido pelos pais ao terem a per-
cepção de que seus filhos estão se
tornando independentes e deixando
suas casas.
Sintomas como o sentimento de
tristeza, de angustia, de perda, de
solidão, de inutilidade, de vulnera-
bilidade, de desvalia, entre outros,
fazem parte desse processo de rup-
turas e a permanência de tais sin-
tomas por um período significativo
pode promover a depressão, gerar
crises de ansiedade e ocasionar psi-
cossomatizações transformando,
assim, o sofrimento em dores fisio-
lógicas antes inexistentes.
A SNV é trivial em mulheres, mas
isso não quer dizer que os homens
sejam imunes a ela. Os pais também
podem vivenciar os mesmos senti-
mentos de perda dos filhos e, por isso,
terão que se esforçar para se adapta-
rem a essa nova rotina. E para haver
a superação dessa fase dolorosa, o
primeiro passo é reconhecer que se
trata, sim, de um processo delicado,
mas que tem hora para acabar.
Assim sendo, para combatê-la é
essencial aceitar que o ciclo vital é
constituído por diversas fases e que
o período de declínio envolve perdas, >
Foto: Reprodução Internet
73
74
onde transações familiares são comuns, seja em tarefas,
em crescimento pessoal ou na função parental. Após a
conscientização, inicia-se uma nova etapa de vida onde
os pais devem se redescobrir como indivíduos buscando
novos prazeres, afazeres e procurando estreitar a relação
amorosa com seu cônjuge. Afinal, nunca é tarde para re-
ascender a paixão. Aos filhos, cabe o diálogo e cuidados
com esses pais no intuito de consolá-los e fazer com que
eles entendam que há a possibilidade de conciliar a dis-
tância e a liberdade individual com as vantagens da soli-
dariedade, da fraternidade, da ajuda mútua, dos laços de
afeto e do amor familiar.
Porque embora o ser humano lute pela sua individua-
lidade, nunca se deve deixar cair no esquecimento de que
a casa é, cada vez mais, o centro da existência, pois é o lar
que oferece bons exemplos, um abrigo, uma proteção e
um pouco de calor humano, contrapondo-se ao mundo
duro e frio que se encontra do lado de fora do ninho.
Apego exagerado ao filho pode desencadear síndrome do ninho vazioA síndrome do ninho vazio é considerada, pelos profissionais da área, como uma crise existencial passageira. Depen-
dendo de alguns fatores, como o número de filhos e a personalidade da mulher, tudo pode ser apenas questão de se
acostumar à nova rotina. No entanto, pode haver exacerbação nos sintomas de tristeza e, nesses casos, é aconselhável
tratamento psicológico. Para que as mães não sofram com a saída dos filhos da casa, é importante que haja a prepa-
ração para a chegada da nova realidade. É importante que a mulher separe a vida dela da vida dos filhos, o máximo
possível. Faz parte disso ampliar a rede social, passear, ter atividade remuneradas ou não, mas que sejam feitas fora de
casa e que ajudam a mulher a ter outro papel que não seja o da mãe clássica.
A
75
76
Mais de 90% dos alunosnão sabem matemáticaSegundo ONG, aprendizado adequado não corresponde a um nível avançado de domínio da disciplina, mas apenas do básico
’educação
No Brasil, mais de 90% dos estudan-
tes terminaram o ensino médio em
2013 sem o aprendizado adequado
em matemática, segundo o movi-
mento Todos pela Educação. Toman-
do por base avaliações do Ministério
da Educação, o movimento concluiu
que apenas 9,3% desses estudantes
aprenderam o conteúdo considera-
do adequado para o período. O índi-
ce é menor que o anterior, registrado
em 2011, quando 10,3% alcançaram
o coeficiente.
Além de matemática, o aprendi-
zado em português também apre-
sentou queda, na avaliação feita no
terceiro ano do ensino médio, de
2011 para 2013. O percentual de alu-
nos com nível satisfatório de apren-
dizado passou de 29,2% para 27,2%.
“É o terceiro ano consecutivo em que cai
o aprendizado em matemática e agora
caiu também o de português. É um gri-
to de socorro. O ensino médio, que é de
obrigação dos estados, está piorando
no Brasil”, avalia a diretora executiva
do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Ausência de metas - O Brasil não tem,
oficialmente, metas claras do que
deve ser aprendido em cada nível
de ensino. O movimento Todos pela
Educação estabelece metas para que
em 2022, ano do bicentenário da in-
dependência do país, seja garantido a
todas as crianças e jovens o direito à
educação de qualidade. O movimento
estabelece também metas intermedi-
árias de aprendizado. Priscila ressalta
que o aprendizado considerado ade-
quado não corresponde a um nível
avançado de domínio da disciplina,
mas apenas do básico.
“Em matemática, são 90% não
aprendendo esse básico. Pode pa-
recer exagero, mas de certa forma
não é. Estamos negando um futuro
digno para eles, que não conseguem
ter acesso ao básico da matemática,
não conseguem avaliar um contrato
de aluguel ou projetar o que pagam
de juros em uma prestação. É o bási-
co para viver a vida”.
Melhoria - Os dados mostram que
no ensino fundamental (de obriga-
ção das prefeituras) o quinto ano foi
a única etapa que apresentou me-
lhora. Passou de 40% de alunos com
aprendizado adequado em portu-
guês, em 2011, para 45,1% na última
avaliação, e de 36,3% em matemática,
para 39,5%. No nono ano, o percen-
tual de alunos com este aprendizado
em 2013 foi 28,7% em português, aci-
ma do verificado em 2011 (27%). Em
matemática, o indicador apresentou
queda, de 16,9% para 16,4%. Pelos cri-
térios do movimento, nacionalmen-
te o país não cumpriu nenhuma das
metas intermediárias, nem mesmo
Foto: Marcelo Horn/ GERJ
77
no quinto ano. No nono ano e no
ensino médio, o Brasil não cumpriu
nenhuma das metas, nem mesmo a
nível estadual.
Os números são baseados no re-
sultado da Prova Brasil e do Sistema
de Avaliação Básica (Saeb), aplicados
em 2013. Na opinião de Priscilla, os
dados mostram que nos anos iniciais
do ensino fundamental, do primeiro
ao quinto ano, o modelo de ensino
adotado pelo país mostra resultados
e merece mais investimento, mesmo
que a meta não tenha sido cumpri-
da. Isso não ocorre com os modelos
adotados nos anos finais, do sexto ao
nono ano, e no ensino médio. “É como
nadar e morrer na praia. De que adian-
ta melhorar o Fundamental 1 e chegar
ao Fundamental 2 e médio se o aluno
não aprender?”, pergunta.
Uma das diferenças, segundo ela,
é que até o quinto ano, o ensino é
mais focado e não há tantas discipli-
nas quanto até o nono ano e o ensi-
no médio. Ela defende uma reforma
de métodos de ensino, que inclua
as novas tecnologias, a internet, e
também uma revisão do currículo,
do que é ensinado em sala de aula.
“O currículo é inchado, disperso, tem
a ganância de fazer com que o aluno
aprenda tudo, enquanto, na verdade,
ele não aprende nada”.
Ainda segundo ela, o atual mo-
delo de escola e de sistema edu-
cacional não respondem mais aos
alunos e à vida do século 21. “As
intervenções atuais, quando bem im-
plementadas, têm conseguido apenas
melhoras pontuais, incrementais e
lentas. Isso ocorre porque insistimos
em melhorar um sistema que não ser-
ve mais, que está ultrapassado e cujas
transformações deveriam merecer
mais atenção dos gestores públicos”,
explica. “Se mudanças mais profun-
das não forem implementadas, infeliz-
mente continuaremos, ano após ano,
lamentando a falta de qualidade do
nosso sistema educacional.”
Referências - A Prova Brasil é um dos
componentes do Índice de Desenvol-
vimento da Educação Básica (Ideb),
considerado um importante indica-
dor de qualidade do ensino. O índice
vai até dez e é calculado de dois em
dois anos. O Ideb de 2013 foi divulga-
do pelo governo no início de Janeiro.
A meta estimada de 4,9 para anos ini-
ciais foi a única cumprida pelo país,
que obteve índice de 5,2. O Saeb é fei-
to por amostragem nas redes de ensi-
no e tem foco na gestão dos sistemas
educacionais. A
78
DesentendimentoE, pelo visto, não sou só eu que não entendo nada
por Carlos Alberto Molle Júnior
Tem gente que diz que entende de tudo: psicologia, po-
lítica, coluna ou cerveja. Tem gente que acha que en-
tende de qualquer coisa: computador, dieta, segurança
pública ou direito penal. Já o Fábio Jr. e a Gretchen en-
tendem de um assunto específico (casamento) – exceto
da parte “até que a morte os separe”.
Diferentemente deles, eu não entendo nada. Não en-
tendo por que colocam manga na salada, por que tira-
ram o acento do pára, por que o Palio muda todo ano ou
por que moto estaciona em vaga de carro. Não entendo
por que todo assassino frio é calculista, por que as pes-
soas só choram copiosamente ou por que todo engano
deve ser ledo. Até em casa, relaxado no sofá e de frente
pra TV, não entendo por que as pessoas ainda brigam
nos estádios, em Jerusalém ou assistem ao Super Pop.
Tem muita coisa que não entendo, mas finjo que
entendo: o gosto por acampar, mecânico explicando
orçamento e o prazer de passar um dia pescando. Anti-
gamente, quando eu só não entendia por que não podia
voltar tarde e de geometria, era muito mais fácil.
Talvez eu nunca entenda por que um guarda-chuva
gigante pendurado no teto é obra de arte, por que o
Leandro Damião custa tão caro ou por que as pessoas
trocam curtidas e seguidores no instagram. Também é
bem provável que eu jamais entenda por que a ex-BBB
Paulinha e a Geisy Arruda saem no UOL quase todo dia,
por que mulher demora tanto pra se arrumar e por que
o Ronaldinho Gaúcho não conserta os dentes.
Dia desses, num jogo, vi uma criança fazendo birra
durante o hino nacional e não entendi por que tiraram
Educação Moral e Cívica da grade do ginásio – tá, ok,
do ensino fundamental. Mas tive a certeza de que ainda
não entendo o que é ter um filho ou ser avô.
Às vezes nem eu entendo a minha teimosia em
não passar protetor solar, exagerar na pimenta e deixar
pra entregar o texto no último dia; tampouco entendo
como a Tekpix ainda faz sucesso ou por que a Claro resol-
veu me dar atenção só depois que mudei pra Vivo.
Vinho, bolsa de valores, francês, a pontuação dos sal-
tos ornamentais e a diferença entre bege e nude são cin-
co coisas que gostaria de entender. Mas não entendo.
Agora, pensando bem, difícil mesmo é entender so-
bre beisebol, o universo e como o Renan Calheiros foi
reeleito. Mas o que simplesmente não dá para entender
é por que as pessoas falam “às direita”, escrevem “estrupo”
e insistem em tirar foto dos pés na beira da piscina pra
postar e legendar “tá ruim hoje”.
Pelo visto não sou só eu que não entendo nada. “O
que eu também não entendo” é o título de uma mú-
sica do Jota Quest. Aliás, Luan Santana, Raça Negra
e João Bosco e Vinícius já gravaram como
é complicado esse negócio de entender.
No começo do ano minha avó me per-
guntou onde eu iria brincar o Carna-
val. Ela não entende que não se fala
mais assim (da mesma maneira que
não se mostra mais o muque). Os
tempos mudaram e eu não enten-
do por quê; muito menos entendo o
porquê do porque ter tantas formas.
Não entendo nada. De nada. Nem o
que me pediram pra escrever aqui...
’opinião
Foto: Reprodução Internet
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Apelido: GaboSigno: CâncerEsporte: Futebol / BasqueteTime: Palmeiras / San Antonio SpursMania: OrganizaçãoHobby: Bicicleta, basquete e música Defeito: PerfeccionistaQualidade: AtenciosoLivro: ShakespeareFilme: Vários...Western, comédias e clássicosMúsica: Johnny Cash, Social Distortion, rock e punk rockComida favorita: Várias. Depende do dia, sou bom de garfoPerfume: Não tenho um favoritoÍdolo: Pessoas bem sucedidas em seus trabalhos e nos seus ideaisA melhor viagem: Aquela que te apresenta novos lugares e te ajuda a relaxarViagem dos sonhos: Machu PicchuSonho: Alcançar minhas metas
Gabriel Marin26 anos - Ator e apresentador
’galera’
Tarcísio Munhoz21 anos - cantor
Apelido: TarSigno: AquárioEsporte: FutebolTime: CorinthiansMania: Roer unhaHobby: Assistir filme com minha namoradaDefeito: ExigenteQualidade: HonestoLivro: O HobbitFilme: Senhor dos AnéisMúsica: SambaculêjoComida favorita: PanquecaPerfume: Coffee ManÍdolo: Ayrton SennaA melhor viagem: Madrid, em 2011Um lugar que gostaria de conhecer: TóquioSonho: Ser reconhecido pela música
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Letícia Batista18 anos - auxiliar de compras
Apelido: Lee BatistaSigno: VirgemEsporte: MusculaçãoTime: São PauloMania: Ouvir músicaHobby: TreinarDefeito: Ciumenta, perfeccionista e a sinceridade que às vezes me atrapalhaQualidade: Atenciosa, alegre e detalhistaLivro: Os sete pilares da sabedoriaFilme: A culpa é das estrelasMúsica: LouvorPrato preferido: Tudo o que é saudávelPerfume: Hello Darling - white nectarine & peony - Victoria’s SecretÍdolo: DeusA melhor viagem: Rio de JaneiroUm lugar que gostaria de conhecer: Outro paísSonho: São tantos...
Nathália Gregório18 anos - estudante e apresentadora
Apelido: Kiko (por causa do tamanho das bochechas)Signo: LibraEsporte: DançaTime: São Paulo Mania: Tirar esmalte da unhaHobby: Fotografar Defeito: Sou muito teimosaQualidade: Romântica e me considero amigável, adoro ouvir as pessoasLivro: As vantagens de ser invisívelFilme: 10 coisas que eu odeio em vocêMúsica: Magic - Coldplay Comida favorita: Tudo o que é massaPerfume: 212 Ídolo: Nando Reis (é mais um amor platônico)A melhor viagem: Todas! Cada uma com seu gostinho diferenteViagem dos sonhos: Grécia e ItáliaSonho: Ser atriz, ter uma vida pessoal estabilizada ao lado de quem eu goste e dois filhos
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Roupas / Sapatos / Acessórios:Glam-upRua Getúlio Vargas, 201 - (19) 3631-5446
Modelo: Carmen MagalhâesDireção: Iza GraçaFotos: Juan LandivaProdução: Patrícia RehderCabelo: Carolina MalheirosMaquiagem: Neca Costa
MODAARTE
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Casaco Huis Clos - Glam-upBrincos Vivi Correa - Glam-upObras - Carmen Magalhães
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Vestido Fyi - Glam-upJaqueta Uma - Glam-upTricô Bob Store - Glam-upBrincos Vivi Correa - Glam-upObras - Carmen Magalhães
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Macacão Uma - Glam-upParka Fyi - Glam-upTênis Fyi - Glam-upBrincos e Colar Vivi Correa - Glam-up
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Obra: Arqueologia do Desejo - Alicia Peres
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Pull azul Uma - Glam-upJaqueta Huis Clos - Glam-upBlusa verde Bob Store - Glam-upCalça Fyi - Glam-uph
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’negócios
Fonte Platina: marcatradicional, conceito inovadorConsiderada uma das melhores águas minerais, empresa volta às atividades após 40 anos
Nas aulas da escola aprendemos que
toda água potável é igual: inodora,
insípida e incolor. Mas com as águas
minerais essa afirmação deixa de ser
totalmente verdadeira. Um ótimo
exemplo é a água da Fonte Platina, que
após a paralisação da produção, por 40
anos, voltou ao mercado. “A água Pla-
tina é considerada levemente mineral,
tem sabor refrescante e perfeitamente
equilibrado, de elegante sensação aceti-
nada no palato e agradável finalização”,
define o gestor da empresa, Walter
Monici, que atua há 28 anos na área de
perfuração de poços e mineração.
A empresa começou suas ativi-
dades em 1918 e em 1935 recebeu
a Concessão de Lavra. Mas em 1975
parou de funcionar. Somente em 2006
a propriedade foi comprada pelo em-
presário de Americana, Omar Najar.
“Em 2010 iniciamos a restauração das
instalações, conseguindo novas nascen-
tes e implementando políticas ambien-
tais e documentais para seu novo iní-
cio, que ocorreu em dezembro de 2014”,
complementa Walter.
Atualmente o produto é distribu-
ído na região de Águas da Prata e São
João da Boa Vista, por uma equipe de
vendas própria. “Vendemos a custo de
fábrica para atendermos diretamente
e a um valor mais acessível. Estamos
nos preparando para estender o aten-
dimento à grande São Paulo, Campi-
nas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”,
antecipa Walter. Frente à crise hídrica
que assola a região Sudeste, conse-
quentemente a produção da água
mineral Platina foi afetada. O gestor
da empresa afirma que os reserva-
tórios subterrâneos também estão
sendo afetados pela falta de chuva.
“A falta de chuva afeta a produção de
água mineral, não só aqui como em
todas as empresas do seguimento”.
Design e elegância - A água Plati-
na não impressiona apenas por seu
paladar singular. As embalagens em
opções PET e vidro têm um design
diferenciado e trazem os ornamentos
que podem ser vistos nos prédios da
empresa. “Nossas embalagens foram
elaboradas por Lincoln Seragini, um dos
mais renomados designers, especializa-
do em desenvolvimentos de produtos no
país”, explica Walter.
O gestor da empresa ainda comen-
ta sobre a importância de se utilizar
materiais de qualidade nas embala-
gens, já que algumas embalagens de
plástico podem dar sabor desagradá-
vel à água. “Por esse motivo, utilizamos
a melhor matéria prima disponível no
mercado brasileiro”. Mas, Walter reve-
la sua preferência pelo vidro. “Alguns
apreciadores de Água —posso até me
incluir nisso— gostam do vidro, por ter
a certeza de que nada interfere no pro-
Fotos: Divulgação
89
duto ali reservado, além do fato de que
o vidro proporciona um glamour no pro-
duto, podendo assim acompanhar as
melhores bebidas ou refeições”.
Responsabilidade socioambiental - A
Fonte Platina ocupa uma área total de
85 hectares, dos quais 55 são cobertos
por matas nativas, inclusive com ár-
vores consideradas extintas. Em razão
disso, Walter diz que irá criar no local
uma Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPN). “Toda a área da empre-
sa estará em uma extensão que jamais
poderá ser alterada, ou seja, intocada
pelo homem, preservando assim todas as
espécies da fauna e flora do local”. A em-
presa ainda firmou uma parceria com a
Prefeitura Municipal de Águas da Prata
e fornece uma estufa para que possam
ser plantadas mudas de árvores e fru-
tos nativos da região. Essas mudas são
plantadas em áreas de recuperação
das nascentes do município. “A pre-
feitura nos fornece apoio técnico e nós
fornecemos todo o processo”. Ainda está
nos planos de Walter iniciar visitações
monitoradas às áreas preservadas e ao
processo de fabricação da água. “Com
a implantação deste método e com as
adequações que precisaram ser feitas,
será feito um planejamento de visitação
pública monitorada nas instalações da
fábrica e por toda nossa área. Entende-
mos que, para o próximo ano, já teremos
condições de iniciar este trabalho”. A
Foto: Divulgação
90
’segurança
Violência cresce na cidadeRoubos e furtos são os grandes “vilões” da cidade
Sair de casa por alguns dias ou até mes-
mo por poucos minutos não é mais
uma opção segura. Isso porque, quase
que diariamente, boletins de ocorrên-
cia são registrados no Plantão Policial,
dando conta de furtos residenciais. Na
maioria dos casos, a descrição é quase
a mesma: “Dona Maria saiu de casa por
volta das 8h para ir ao médico. Ao retor-
nar às 10h, encontrou o imóvel revirado
e deu falta de um televisor e um DVD,
além de R$ 500 em dinheiro”. O exemplo
acima demonstra apenas um suposto
caso, que na verdade é um modus ope-
randi do crime cada vez mais comum
em São João da Boa Vista.
Ano atípico - 2014 terminou com te-
mor em bairros como o Recanto do
Lago, em que, por diversas vezes, várias
casas foram alvos de furto no mesmo
dia e quase que no mesmo horário. Este
ano não começou diferente e a situa-
ção se manteve. Outro fato incomum e
considerado como “atípico” pelas auto-
ridades policiais são os roubos. Entre o
final do ano passado e o início de 2015
diversos crimes deste tipo ocorreram... E
de todas as maneiras. Foi assalto a mão
armada em casa de comerciante chinês,
a postos de combustíveis, a empresária
que retirou dinheiro no banco e voltou
para o escritório e até a um trabalhador
que parou para comer salgado e aca-
bou sendo roubado. Só para se ter uma
ideia, o número de roubos no comércio
aumentou mais de 160% em janeiro de
2015 comparado ao mesmo período
em 2014. As ocorrências registradas pas-
saram de oito para 21 neste ano.
Explicações - As explicações sobre o
aumento destes crimes em São João da
Boa Vista estão na ponta da língua das
autoridades policias: “É um fato anor-
mal”, “Isso é algo que saiu fora do comum”
ou “É um fato atípico na cidade”, são as
frases mais ditas. Determinar as cau-
sas da violência ainda é uma questão
sujeita a debate, porém, uma expli-
cação para esta situação pode ser a
migração da criminalidade para o
interior do Estado de São Paulo. O
Carandiru foi fechado definitivamente
há mais de dez anos e penitenciárias
passaram a ser abertas pelo interior
paulista. Com isso, explicam especia-
listas em segurança pública, os crimi-
nosos deixaram a capital e passaram a
habitar cidades menores, próximas às
unidades inauguradas. Em contraparti-
da, o Governo do Estado de São Paulo
não aumentou o efetivo, bem como o
número de policiais nos municípios in-
terioranos deixando, então, os PMs de
mãos atadas e com armamentos infe-
riores aos dos bandidos.
Interior - Na última década, a proporção
de homicídios nas Regiões Metropoli-
Falta de pessoal - Não é só a Polícia
Militar que passa por dificuldades. No caso da
Polícia Civil a situação é ainda mais grave. Se-
gundo os próprios agentes, a cidade deveria
contar com 67 policiais, sendo que hoje, conta
com apenas 17. Paulo Afonso Bicudo, diretor
da Deinter 9, informou, em recente entrevista,
que há perto de mil investigadores em fase
final de concurso, cerca de 300 escrivães e
um concurso de delegado travado por muitos
mandados de segurança.
Foto: Foto: Edson Lopes Jr./ A2D
91
tanas do país apresentou taxa negativa
de crescimento, enquanto as taxas ob-
servadas no interior seguiram em ritmo
positivo. O fenômeno foi constatado
inicialmente no livro Mapa da Violência
2011 – Os Jovens do Brasil – do sociólogo
Julio Jacobo Waiselfisz, que estuda a cri-
minalidade brasileira há mais de dezoito
anos. Segundo o autor, os homicídios
se espalham simplesmente onde a pre-
sença do Estado, na área de segurança
pública, é menor. Nas regiões metro-
politanas houve, ao longo desses anos,
um maior esforço por parte do poder
público em combater a violência, com
investimentos em armamento, pessoal
e inteligência. Segundo o autor, esse é o
motivo do decréscimo das taxas de mor-
tes por assassinato nas regiões metropo-
litanas e a expanção interior.
Morte de PM - Exemplo disso ocorreu
no dia 30 de outubro do ano passado,
quando o Cabo Alaor Branco Junior foi
morto por criminosos que tentavam as-
saltar dois carros fortes, na estrada que
liga Casa Branca a Aguaí.
Em seu enterro, que ocorreu no dia
31 de outubro, o então eleito deputa-
do federal Major Olímpio Gomes (PDT)
comparou a região com a Faixa de Gaza.
Segundo ele, a situação só irá mudar e a
PM só conseguirá combater a criminali-
dade de igual para a igual, quando mais
policiais forem colocados nas ruas e seus
armamentos forem modernizados.
Foto: Marcelo Camargo/ABr
Operações - A Polícia Militar
ampliou as operações preventivas
na cidade, visando evitar novos
crimes. Porém, ela também sofre
com o mesmo problema da Polícia
Civil: seu efetivo é pequeno.
A
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’culinária por Carlos Eduardo Pradella Filho (Comidaria 19-3056-4388)
Spaghetti alla carbonara
Ingredientes• 70 gr de spaghetti “grano duro”
• 75 gr de pancetta ou bacon defumado
• 01 cebola
• 15 ml vinho branco seco
• 120 ml de creme leite fresco
• 01 gema de ovo
• Azeite q.b
• Parmesão ralado q.b
• Sal q.b
• Pimenta do reino branca q.b
Modo de preparoPara a massa, siga as instruções de cozimento na emba-
lagem da massa escolhida. Para o molho, em uma frigi-
deira bem aquecida, derrame um fio de azeite de oliva.
Adicione o bacon até que doure levemente e comece a
soltar gordura. Junte a cebola cortada bem fininha e deixe
toda a mistura caramelizar. Adicione então o vinho bran-
co – que irá “deglacear” o bacon e a cebola. Finalize com
o creme de leite fresco deixando o molho reduzir (cerca
de dois minutos). Adicione a massa, o sal, a pimenta e o
parmesão ralado. Finalize o prato com mais parmesão e a
gema de ovo crua.
Modo de preparoPor muito tempo, discutiu-se sobre qual povo teria inven-
tado os spaghetti e as massas em geral: os chineses, os
árabes ou os italianos. A origem até recentemente admiti-
da era árabe, na forma do spaghetti seco, a chamada Itrjia,
que entrou na Europa quando da dominação árabe na
Sicília. Outra teoria sobre a chegada na Itália do spaghetti
atribui essa feito a Marco Polo, que teria trazido essa novi-
dade na volta de sua viagem à China, entre 1271 e 1295.
Foto: Juan Landiva
93
94
’culinária
Torta (ou bolo) mescladaIngredientesPara a massa:
• 04 ovos
• 02 xícaras de açúcar
• 02 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
• 01 colher de fermento em pó
• 01 xícara de leite morno
Para o recheio:
• 01 litro de leite
• 01 xícara de creme de leite
• 01 lata de leite condensado
• 03 gemas
• 03 colheres de maisena
Para a cobertura:
• 02 xícaras de açúcar
• 01 xícara de água
• 03 claras
• 03 colheres (sopa) de achocolatado em pó
• 03 colheres (sopa) de açúcar
• 01 colher (café) de manteiga ou margarina
• 01 xícara (café) de leite
Modo de preparoPara a massa, bata bem os ovos e o açúcar por três minutos. Em
seguida acrescente os demais ingredientes. Asse em forma re-
donda, em forno pré-aquecido, a 180°, por cerca de 40 minutos.
Desenforme ainda quente. Para o recheio, leve ao fogo todos
os ingredientes e deixe formar um creme, desligue o fogo e
acrescente o creme de leite.
Corte o bolo no meio e adicione esse recheio. Para a cobertura,
queime o açúcar em ponto de caramelo e coloque a água.
Deixe ferver até ficar em ponto de fio. Bata as claras em neve
e derrame aos poucos a calda quente, até formar consistência.
Cubra a torta com uma camada bem farta.
Para a segunda cobertura, leve todos os ingredientes ao fogo e
deixe ferver por 5 minutos. Jogue sobre a torta fazendo movi-
mentos circulares. Sirva a torta bem gelada
Foto: Juan Landiva
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96
’crise hídrica
Um rio de problemasChuvas retornam, mas a situação continua sendo crítica
Embora as chuvas tenham voltado
com mais intensidade, o volume ainda
não foi, nem de perto, suficiente para
sanar o problema da crise hídrica. Os
reservatórios ainda estão em níveis
críticos e diversas cidades continuam
sofrendo com racionamento de água.
Mesmo tendo sido notado há muito
tempo pela população, apenas recen-
temente a Companhia de Saneamen-
to Básico de São Paulo (Sabesp) admi-
tiu a falta d’água e os racionamentos.
Paulo Massato, atual diretor metro-
politano da Sabesp, chegou a afirmar,
em um áudio que vazou à impressa,
a necessidade de avisar a população
para sair de São Paulo. “Saiam de São
Paulo porque aqui não tem água; não
vai ter água para banho, para limpeza
da casa. Quem puder compra garrafa,
água mineral. Quem não puder, vai to-
mar banho na casa da mãe, lá em San-
tos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá,
aqui não vai ter”, disse na conversa.
Em janeiro, Massato reiterou que
seria possível chegar a um rodízio
“drástico” na região metropolitana de
São Paulo, de cinco dias por semana,
sem água. Porém, apenas três dias
depois das declarações do diretor, Ge-
raldo Alckmin, governador do Estado,
negou ter tomado qualquer decisão
sobre o rodízio de água na região Me-
tropolitana de São Paulo. Depois, em
fevereiro, Alckmin confirmou não des-
cartar a hipótese de haver um rodízio.
Para tentar driblar a crise hídrica, a
Companhia lançou, no final do mês de
janeiro, um edital para a execução da
interligação entre as represas Jaguari
—bacia do Paraíba do Sul— e Atibai-
nha —bacia do Sistema Cantareira.
Segundo a assessoria de comunicação
da Sabesp, o projeto tem como intuito
captar água na represa Jaguari e fazer a
transferência para a represa Atibainha.
“Com vazão média prevista de 5.130 li-
tros por segundo e a máxima de 8.500
litros por segundo, o sistema também
permitirá a transferência de água no
sentido contrário, da represa Atibainha
para a Jaguari”, informou a Companhia.
A previsão é de que a transferência
esteja pronta em 18 meses, quando
a água passará a ser captada em dois
trechos distintos, com uma adutora de
13,5 km de extensão e outra adutora
em túnel com 6,5 km de extensão. “En-
tre os dois trechos haverá uma estrutura
de transição —tubo-túnel. O sistema
será composto, ainda, por uma estação
elevatória [de bombeamento], subesta-
ção elétrica e demais dispositivos”, escla-
rece a Sabesp. Já o bombeamento no
sentido inverso deve funcionar dentro
de pouco mais de dois anos e meio.
As causas - Patricia Vieira, coordena-
dora técnica da Somar Meteorologia,
avalia que vários fatores ocasionaram a
crise. Segundo ela, estaríamos passan-
Racionamento - O pior cenário pos-
sível seria a necessidade da realização de
racionamento de água. Esssa escasse de
água podeir alevar a cenários mais graves,
como revoltas e manifestações violêntas
por parte da população, como ocorreu em
Itu. Na foto, distribuição de água em praça
pública, Itu, dezembro de 2014.
Foto: Mídia NINJA
>
97
98
do por um “pico” em um ciclo atmosfé-
rico natural muito longo, chamado de
Oscilação Decadal do Pacífico (ODP).
“Esse ciclo demora de 30 a 40 anos para
se repetir e estamos justamente na cha-
mada ‘fase fria’, que na prática quer di-
zer menos chuva no Brasil. Como nosso
tempo de vida não permite que vivencie-
mos este ciclo muitas vezes —como, por
exemplo, o El Niño que dura de 12 a 18
meses—, ficamos sem referência. Esta-
mos passando por uma situação análo-
ga ao final da década de 60”.
A coordenadora ainda diz que
deve ser levado em conta o número
de bloqueios atmosféricos durante o
verão nos últimos anos. “Um bloqueio
atmosférico acontece quando as fren-
tes frias que se formam no Polo Sul não
conseguem fazer o seu caminho natural
pelo Centro-Sul do Brasil. Em média, te-
mos uma frente fria ao longo de todo o
ano a cada cinco ou sete dias, mas na
situação de bloqueio, este sistema en-
fraquece e vai para o oceano sem antes
passar pelo continente”.
O atual padrão atmosférico favore-
ce as chamadas chuvas de verão, que
acontecem no fim de tarde depois de
um dia de calor. Mas por mais fortes
que sejam, não repõem a água no solo
da mesma forma que dias chuvosos.
Além disso, por conta dos bloqueios,
os ventos sopraram do quadrante nor-
te por muito tempo, trazendo ar quen-
te para a região. Combinando com a
radiação solar que é mais intensa nesta
época do ano, temos tido muito calor
e solo seco. Assim, mesmo que ocorra
uma pancada de chuva, ela evapora
muito rápido e não consegue infiltrar
nos lençois freáticos. A própria taxa de
evaporação nas represas e reservató-
rios aumenta muito em dias quentes.
Alexandre Nascimento, meteoro-
logista da Climatempo, considera a
situação hídrica do país “muito grave”.
“Na década de 50, o Brasil vivenciou algo
semelhante, mas como a quantidade de
pessoas —abastecimento— e depen-
dência energética eram muito diferentes,
talvez a crise atual seja mesmo a maior”.
De acordo com a coordenadora
técnica do Somar, não há previsão de
normalização das chuvas. “Simulações
climáticas até indicam precipitação den-
tro da média entre fevereiro e o início de
março, no interior paulista, e dentro a
acima da média no litoral e Vale do Ri-
beira. Mas isso não quer dizer chuva bem
distribuída”. Ela reforça que o nível dos
reservatórios está muito baixo, o que
demanda chuva acima da média para
repor o que foi consumido durante
2014 e início de 2015. “Não é qualquer
chuva que repõe o nível dos reservató-
rios. Teríamos que ter chuvas contínuas,
durando vários dias seguidos, e tempe-
raturas baixas para uma boa reposição.
Ainda temos que levar em consideração
a temperatura do ar e, por consequência,
a demanda de água por parte da popu-
lação —dias mais quentes aumentam o
consumo. E tudo leva a crer que fechare-
mos o verão com temperaturas acima
da média”. Já para Alexandre, a nor-
malização só acontecerá em 2016. “Ao
longo deste ano ainda teremos irregula-
ridade. Ao que tudo indica a virada de
2015-2016 ainda deve ser complicada,
devido à grande dependência de chuva
forte e constante para reverter o quadro
muito deficitário”, complementa.
O cenário é complicado, apontam especialistas
A ambientalista Marussia Whately, dirigente do projeto Água São Paulo, do Ins-
tituto Socioambiental (ISA), explica que o que aconteceu em 2014, na prática,
foi uma negação da crise hídrica por parte do Governo do Estado. “É preciso
instalar um Comitê de Crise. Temos de falar e explicar que se trata de uma crise sem
precedentes. O mais natural seria o governador do Estado de São Paulo puxar isso,
mas se ele não puxar, a sociedade civil tem de fazê-lo”.
Marussia explica que, nesse sentido, foi criada no ano passado a Aliança
pela Água, uma iniciativa reúne 30 ONGs, visando tentar propor soluções e
cobrar providências do poder público. Ela também dispara contra o Governo
Federal, comentando que o Ministério do Meio Ambiente está omisso em re-
lação aos recursos hídricos. “A Agência Nacional de Águas transformou-se num
mero órgão que faz a outorga, já que ficou enfraquecido nesse processo de cons-
trução de Belo Monte.”
Mas, alguns discordam. “É importante que fique claro que a responsabilidade
pela crise d´água não é da população”, afirma Edson Aparecido da Silva, sociólo-
go e coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental. O especia-
lista é um dos muitos que não possuem dúvida alguma de que o verdadeiro
motivo para a crise hídrica em São Paulo não é a falta de consciência da po-
pulação no uso d’água — que de fato existe — , mas sim porque os sucessivos
governadores que passaram pelo Palácio dos Bandeirantes não tomaram as
medidas necessárias. “Estamos enfrentando essa crise porque o governo não fez
no tempo certo as obras que deveriam ter sido feitas. Ele não iniciou uma campa-
nha de redução de consumo com a antecedência devida”, acrescenta.
A
99
100
Presidente da ACE é reeleitoAntonio Baesso Júnior faz balanço positivo do primeiro mandato e fala sobre a nova gestão
’entrevista
por Antonio Luiz Magalhães
O empresário Antonio Baesso Júnior
foi reeleito presidente da Associação
Comercial e Empresarial de São João
da Boa Vista. Reconduzido ao cargo
por aclamação, em 24 de janeiro, Ba-
esso, cuja posse oficial ocorreu em
6 de março, considera a abertura da
subsede da ACE no DER uma das prin-
cipais realizações do mandato. “A sub-
sede era algo que os comerciantes da
parte alta cobravam há muito tempo
e nós conseguimos atender aos asso-
ciados de uma região importante para
São João da Boa Vista”, afirma. Na en-
trevista a seguir, o presidente destaca
outras iniciativas de sua gestão, como
a reativação do Projeto Empreender, o
sucesso da Parada de Natal, as campa-
nhas “Limpe Seu Nome” e “São João da
Boa Mesa”, de grande aceitação entre
associados e população. Ele também
ressalta a apresentação do Diagnós-
tico Socioeconômico e Urbano, que
aponta o comércio como principal
atividade econômica do município,
e fala dos constantes investimentos
da entidade na melhoria da presta-
ção de serviços aos sócios. Sobre
as perspectivas para 2015, adverte:
“será um ano de pés no chão, de revisar
custos e de não contar com grandes
aumentos de receitas, mas sim de oti-
mizar o que se tem”.
Seu primeiro mandato encerrou-se em dezembro de 2014, com uma sé-rie de ações que certamente o leva-ram a ser reeleito. Então, qual o ba-lanço a fazer deste período? Eu faço
um balanço positivo da gestão que se
encerra. Mas algo importantíssimo foi,
sem dúvida, a inauguração da subse-
de no DER, uma reivindicação antiga
dos associados, que nos cobravam há
muito tempo.
Como é a relação da sede da ACE com a subsede na parte alta? Nós te-
mos, na subsede, praticamente todos
os produtos ofertados na sede, exceto
os serviços de Junta Comercial e Cer-
tificação Digital, para os quais conta-
mos com funcionários específicos.
Em termos de inovação, o que foi feito no primeiro mandato? Na pri-
meira gestão investimos bastante nos
produtos da ACE. Por exemplo, o ACE
crédito, um cartão de vale-alimen-
tação sem custo para o associado. A
gente vê pelos dissídios coletivos que
praticamente todas as categorias têm
cesta básica ou vale refeição, então
trouxemos uma forma de ajudar nos-
sos associados. Outros produtos que
trabalhamos foram o Serviço de Recu-
peração de Crédito (SRC) e o Serviço
Central de Proteção ao Crédito (SCPC),
Posse - O empresário Antonio Baesso Junior,
reeleito no dia 24 de Janeiro presidente da
Associação Comercial e Empresarial (ACE),
tomou posse no cargo no dia 06 de Março, en-
cabeçando chapa única para dirigir a entidade
no biênio 2015/2016. O presidente reeleito
já sinalizou que para este novo biênio a ACE
dará continuidade a uma gestão de produtos e
serviços voltada aos seus associados.
Foto: Davis Carvalho
101
que são a parte de recuperação e ne-
gativação de crédito. Nestes dois anos
tivemos uma recuperação de quase
R$ 600 mil para os nossos associados,
mesmo tendo sido 2014 um ano não
tão bom quanto esperávamos. Além
disso, instituímos a parte jurídica den-
tro do SRC/SCPC e hoje temos uma
advogada que dá todo o suporte refe-
rente às cobranças. Firmamos parceria
com as instituições de ensino supe-
rior, em cursos de pós-graduação. É
uma formação imprescindível para
gerentes e administradores.
Qual a perspectiva para o comércio em 2015, na cidade? 2015 será um
ano de pés no chão, de revisar custos
e de não contar com grandes aumen-
tos de receitas, mas sim de otimizar
o que se tem. Conforme indicam as
projeções dos economistas, talvez o
país enfrente uma pequena recessão
no primeiro trimestre. Nesses meses
o comerciante deve investir em pro-
moções para tentar compensar o que
foi perdido no Natal. Também vai ser
um ano com muitos feriados, e isso
impacta bastante o comércio.
Com a economia retraída surge a dificuldade de conceder crédito, pelo custo e por conta do alto ris-co de inadimplência. O que a ACE recomenda aos associados, neste momento? Nos últimos dois anos a
ACE investiu pesadamente em cur-
sos em parceria com o SENAC, com
ênfase em análise de crédito, orien-
tando o empresário a conceder cré-
dito bom e consciente. Nossa meta
é continuar esses cursos, por isso já
começamos a primeira campanha
do mês de março, que é a “Limpe
seu Nome”. Ela é realizada desde
2013 e terá duas edições em 2015:
uma neste mês e outra em setem-
bro. A campanha é uma forma de
reabilitar o consumidor para que ele
volte a comprar no nosso comércio.
Há novidades no Projeto Empre-ender, que estimula boas práticas
2015 será um ano de pé no chão, de revisar custos e de não contar com grandes aumentos de receitas, mas
sim de otimizar o que se tem.
“
“
>
102
de gestão em diversos segmentos do comércio? Desde o ano passado
voltamos com o Projeto Empreen-
der, uma parceria ACE e SEBRAE. Esse
projeto foi resgatado e, para nossa
satisfação, hoje reúne cinco núcleos
ativos que apresentam excelentes
resultados: imobiliárias, turismo, ofi-
cinas mecânicas, beleza e um núcleo
setorial no DER. É bom lembrar que o
primeiro núcleo foi o de alimentação
fora do lar, que deixou sua marca com
o “São João da Boa Mesa”, um sucesso
que iremos repetir este ano. Ao con-
trário do que muitos pensam, a ideia
dos núcleos não tem nada a ver com
formação de preço. O objetivo é es-
timular a troca de experiências entre
os integrantes e promover a capaci-
tação através da oferta de cursos, pa-
lestras e participação em feiras. Tornar
a prestação de serviços cada vez me-
lhor: este é o foco do Empreender.
O Diagnóstico Socioeconômico e Ur-bano de São João da Boa Vista é um estudo realizado por duas das mais conceituadas empresas de pesqui-sas do país, encomendado pela ACE, investidores, empresários locais e Prefeitura. Especificamente para o comércio, o que representa esse es-tudo? A ACE foi uma das patrocina-
doras do Diagnóstico e eu participei
da pesquisa como entrevistado. A
partir desse levantamento podere-
mos mensurar tecnicamente aquilo
que achávamos sobre determinadas
setores. Muitas vezes nós éramos con-
sultados por empresas com interesse
em investir na cidade e não tínhamos
informações precisas. Se o comércio
representa 60% da economia local,
esse levantamento vai nos ajudar a
fomentar ainda mais esse segmen-
to, principalmente em benefício do
micro e do pequeno empreendedor.
Outro aspecto revelado pelo estudo
– que nós já sabíamos, mas não tínha-
mos dados oficiais para comprovar –
é que São João realmente se posicio-
na como polo de comércio regional.
A Parada de Natal, que atrai cada vez mais público, se transformou em um evento de caráter regional? Pelas
informações que obtivemos a Parada
de Natal de São João já é considerado
o maior evento natalino do interior do
Estado de São Paulo. Não só a Parada,
mas a decoração da cidade hoje atrai
muita gente. Atingimos um público
de mais de 45 mil pessoas nas duas
Paradas de 2014, e esse número fabu-
loso movimentou a cidade e ajudou a
aumentar o faturamento dos lojistas.
A Parada de Natal é tão importante
que, quando terminou a última apre-
sentação, já iniciamos o planejamen-
to da Parada de 2015.
Qual a expectativa da ACE quanto à instalação de um Shopping Center na cidade? Ano passado fomos con-
vidados pelo pessoal da EBM (incor-
poradora responsável pelo Shopping)
para conhecermos a sede da empre-
sa, em Goiânia, e o projeto do Shop-
ping. A proposta é bastante sólida e
acredito que isso venha fortalecer o
comércio, e não o contrário. Aliás, é
importante frisar que nós, comercian-
tes locais, devemos enxergar a vinda
do Shopping como uma oportunida-
de. De forma nenhuma o comercian-
te pode pensar no Shopping como
um problema. Já entramos em conta-
to com os investidores e solicitamos
parceria para que nossos associados
possam garantir espaços comerciais
no Shopping, que será um empreen-
dimento regional.
Algo importantíssimo foi, sem dúvida, a inauguração da subsede no DER, uma
reivindicação antiga dos associados, que nos cobravam há muito tempo.
“
“
Entidade centenária
A atual Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista, foi funda-
da em Janeiro de 1911, sob o nome de Associação Comercial e Industrial, com
objetivo principal representar o comércio e indústria do município. No entanto,
existem pouquíssimos documentos sobre esse período.
Após alguns anos de criação ela foi declarada inativa e, somente em 13 de Ju-
lho de 1943, por intermédio do empresário sanjoanense Roberto Balestrim, re-
tomou suas atividades reunindo todos os comerciantes e industriais da cidade.
Nesses pouco mais de cem anos, já passaram pela ACE dezenove presidentes
e 34 diretorias.
103
104
O EstrangeiroA busca da liberdade e a compreensão do mundo
’cultura
por Francisco de Assis Martins Bezerra
Albert Camus (foto ao lado), escritor
franco-argelino e Nobel de Literatura
de 1957, publicou este romance em
1942. Viveu a maior parte de sua vida
na Argélia, colônia francesa, e foi tes-
temunha da ambiguidade de ser con-
siderado um francês colonizador e ao
mesmo tempo um “pied-noir/pé-pre-
to”, como eram chamados os franceses
argelinos. Um sentimento de duplo
afastamento. Meursault é o estrangei-
ro, o personagem criado por Camus. É
um funcionário de escritório, que leva
uma vida apática, esvaziada e estranha
a tudo, ou “estrangeira”.
O Estrangeiro mostra a vida de um
homem - como a de qualquer outro -
que, ao se ver sem nenhuma fé ou ide-
ologia para auxiliá-lo a compreender o
mundo, encontra-se verdadeiramente
livre. Ambientado na Argélia, retrata
um homem que é indiferente a um
mundo que não o entende. Sempre
incomodado com o calor, única coi-
sa que realmente lhe afeta, Meursault
com nada se importa, nada o emocio-
na, “tanto faz” é o que sempre diz.
Nunca conseguira arrepender-se
verdadeiramente de nada, estava sem-
pre dominado pelo que ia acontecer,
por hoje ou por amanhã.
Ao surgir uma oportunidade de
um emprego em Paris, pondera, ao
recusar: “Paris é uma cidade suja. Há
pombos e pátios escuros. As pessoas
têm a pele branca”. A narrativa começa
com o recebimento de um telegrama
em que é informado da morte de sua
mãe em um asilo. Por não ter recursos
financeiros suficientes para mantê-la
em sua casa e por total falta de afini-
dades, nada mais tinham a dizer um
ao outro, concorda com o seu inter-
namento. Age mecanicamente e sem
demonstrar qualquer emoção. Com-
parece ao enterro e depois vai à praia
e ao cinema com a namorada. Era um
domingo, dia triste e monótono.
Em seguida, envolve-se em uma
confusão criada por um amigo (bateu
em sua namorada) e seus cunhados
árabes. Sente-se perseguido pelos
árabes que “olhavam-nos em silêncio,
mas à maneira deles, como se fôssemos
pedras ou árvores mortas”.
Como que por acaso e sem qual-
quer premeditação, assassina friamen-
te, na praia, o cunhado árabe do seu
amigo. Esse assassinato e seus desdo-
bramentos são a essência do romance.
A gratuidade, a indiferença e o acaso
trágico são temas marcantes nesta
obra. Preso, é levado a julgamento.
Alega, ao ser interrogado, que o matou
“por causa do sol”. Nada tinha a dizer.
Todo o aparato judicial mostra-se
mais preocupado com a sua “insensi-
bilidade” demonstrada no enterro da
mãe do que com o árabe morto. A
imprensa local, por falta de notícias,
resolve dar uma ampla cobertura ao
caso, até então considerado sem im-
portância. O julgamento ocorre à sua
revelia, parece que ele não existe.
Constata Meursault: “de algum modo,
pareciam tratar desse caso à margem de
mim. Tudo se desenrolava sem a minha
intervenção. Acertavam o meu destino,
sem pedir uma opinião. De vez em quan-
Foto: Reprodução Internet
105
do, tinha vontade de interromper todo
mundo e dizer: ‘Mas afinal quem é o
acusado? É importante ser o acusado. E
tenho algo a dizer. Mas, pensando bem,
nada tinha a dizer”.
Condenado à morte, recebe a vi-
sita do capelão. Recusa-se a recebê-lo
por não acreditar em Deus. Na prisão,
aguardando a execução, sente não ter
nenhuma esperança, impossível de
suportar em um homem. Perde-se a
noção do tempo. Para ele um único
dia de vida equivale a 100 anos na pri-
são. Perto da morte sente-se liberado
de tudo e pronto a reviver tudo “eu me
abria pela primeira vez à terna indiferen-
ça do mundo. Por senti-lo tão parecido
comigo, tão fraternal, enfim, senti que
tinha sido feliz e que ainda o era. Para
que tudo se consumasse, para que me
sentisse menos só, faltava-me desejar
que houvesse muitos espectadores no
dia de minha execução e que me rece-
bessem com gritos de ódio”. Passados
mais de setenta anos de sua publica-
ção, O Estrangeiro mostra-se atual e
nos remete aos recentes ataques ocor-
ridos na França, pois, deve-se lembrar
que nada acontece sem um passado.
E coincidentemente é Camus um fran-
cês de origem argelina, fato esse que
está na essência das análises sobre a
relação, hoje, entre os franceses e os
outros cinco milhões de franceses de
origem africana e suas consequências
na construção de uma sociedade mul-
ticultural e multirracial.
Alexandra Loras, consulesa da Fran-
ça em São Paulo, ao analisar a questão,
em entrevista ao jornal Folha de São
Paulo, observa que: “A pátria mãe fran-
cesa parece ter esquecido os 400 anos de
escravidão e 300 de colonização – e hoje
não quer assumir esses filhos. Eu me co-
loco entre eles”, já que é filha de pai da
Gâmbia (oeste da África).
O filme A Batalha de Argel, ao cap-
turar as tensas relações entre a França
e a Argélia, na luta pela independência,
mostra que os policiais franceses rara-
mente chamam os argelinos pelo nome,
preferem “árabe sujo”. Hoje, há franceses
inclinados ao sonho de expulsar seus
concidadãos muçulmanos. No caso a
sua seleção de futebol perderia vários
dos seus melhores craques. Fatos como
a chacina parisiense repetem-se a toda
hora, provocados pelo fanatismo, pela
revolta, pela insanidade, pela desgraça. E
pelo terror de Estado, afirma Mino Carta,
em artigo na revista Carta Capital.
Na mesmice globalizada, tanto
para os “estrangeiros” de Camus como
para os “excluídos” da sociedade, im-
peram a ignorância e a indiferença,
camufladas pela banalidade. A
106
O olhar faz a fotoBoas fotos não dependem de equipamentos, o que conta é a sensibilidade
’fotografia
Comprar o filme, fotografar e mandar
revelar. Era assim até pouco tempo
na hora de registrar momentos im-
portantes. Mas, com o advento das
câmeras digitais, hoje o mercado
dispõe de uma infinidade de máqui-
nas profissionais, com aparatos que
conseguem congelar até o bater das
asas de um beija-flor.
Porém, para obter bons resultados,
não são necessários equipamentos
caros, tampouco ser um profissional
com anos de experiência. Com um
aparelho de celular é possível conse-
guir ótimas fotos e transpor recursos
usados nas mais sofisticadas câmeras
digitais. “O que define a qualidade de
uma foto não é a máquina, mas sim o
olhar de quem fotografa. Uma pessoa
com um olhar sensível e apurado con-
seguirá transformar uma foto de uma
cybershot em um excelente trabalho.
Contudo, uma pessoa sem visão de fo-
tografia pode ter o melhor equipamento
e dominar as técnicas e, mesmo assim,
não conseguir bons resultados”, afirma
o fotojornalista, Nilton Queiroz.
Ele diz que com um equipamen-
to profissional os recursos ajudam no
produto final, mas o essencial é domi-
nar bem os meios que tem em mãos.
“Claro que com um celular haverá algu-
mas limitações, mas dentro daquelas
ferramentas que ele disponibiliza é pos-
sível fazer ótimas imagens. Não é o equi-
pamento que define um bom trabalho”.
Nilton comenta sobre Henri Car-
tier-Bresson, considerado o pai do
fotojornalismo, que usava recursos
não tão sofisticados e mesmo assim
fez seu nome na história da fotografia.
“Até hoje ele é reconhecido por seu traba-
lho. Temos outro exemplo recente, que é
o de Sebastião Salgado, um renomado
fotógrafo brasileiro. Ele usa equipamen- >
107
108
tos bons, mas o que ele faz dificilmente
alguém faria com a mesma câmera ou
uma de qualidade superior”. E ainda
cita uma frase de Sebastião Salgado:
“Ele sempre diz que você faz a foto com
sua bagagem cultural, com a história de
vida. É preciso ter um repertório”.
Iniciantes - E para quem quer come-
çar a fotografar e não tem equipa-
mentos profissionais, Nilton dá dicas.
“Com uma câmera básica se consegue
boas fotos selecionando o fundo. Ao
fotografar uma pessoa, por exemplo,
observe se ao fundo não tem uma to-
mada, algum elemento que estrague
a composição. Evite também o uso da
chamada grande angular. As máqui-
nas, por mais simples, têm o recurso T
[tele] e W [white]. Quando a pessoa fo-
tografa na ferramenta T, que é a grande
angular, muito de perto, o rosto da pes-
soa fica deformado”.
Outra dica do fotojornalista é o
chamado terço de ouro. A regra dos
terços é uma técnica muito usada na
fotografia para dar maior destaque ao
assunto e deixar a foto mais interes-
sante. Consiste, basicamente, em di-
vidir a foto em nove partes, traçando
duas linhas verticais e duas horizon-
tais. Muitas câmeras já vêm com essa
grade para facilitar na hora de fotogra-
far. “A ideia é que os assuntos principais
fiquem exatamente onde essas linhas se
cruzam, levando assim mais destaque
do que o resto da imagem. Quando a
foto é tirada levando em conta essa re-
gra, fica muito mais interessante do que
se o assunto estivesse centralizado”.
Luz - Vale ainda dar uma atenção es-
pecial à luminosidade, afinal, fotogra-
fia nada mais é do que escrever com a
luz. Sobre isso, Nilton diz que a regra é
geral independente do equipamento.
“É preciso evitar que a luz fique atrás do
fotografado. A luz mais forte, do sol, da
janela, tem que estar atrás do fotógrafo”.
Já quanto ao flash, Nilton não re-
comenda que seja usado. “Só como úl-
timo recurso, para fotografar uma festi-
nha de aniversário. Caso contrário, não.
Para aflorar o olhar da fotografia o ideal
é trabalhar com a luz natural. Com um
isopor e um papel branco ou laminado
dá para controlar a luz, rebate-la para
onde você quer. É um recurso barato e
que vai treinar o olhar do fotógrafo”.
Mas ele faz uma ressalva: “Não são
regras monolíticas que não podem ser
quebradas. Muito pelo contrário. Podem
ser quebradas. Tudo é uma questão de
experiência e experimentação. Com a
câmera digital você vê na hora como
ficou. Então a melhor forma de ter um
repertório é fotografar muito. Faça uma
foto contra a luz, depois outra com a luz
bem colocada”.
Para o fotojornalista, também é
importante o contexto da foto. Se-
gundo ele, o ideal é criar uma histó-
ria, uma sequência, dar um propósito
para a imagem. “Não é fotografar por
fotografar”, conclui.
O nascimento do fotojornalismo
A fotografia já foi encarada quase unicamente como o registo visual da verdade. Foi nesta condição que foi adotada
pela imprensa. Hoje, já se chegou à noção de que a fotografia pode representar e apontar a realidade, mas não registrá-la
nem ser o seu espelho fiel. A fotografia muitas
vezes é incapaz de oferecer determinadas
informações, é ai que tem de ser complemen-
tada com textos que orientem a construção
de sentido para a mensagem. Nesse sentido,
nasce o foto jornalismo.
Em 1947, o francês Cartier-Bresson (foto ao
lado), fundou a agência fotográfica Magnum e
inaugurou a era moderna do fotojornalismo.
Revistas como a Life, Vogue e Harper’s Bazaar
contrataram-no para viajar o mundo e registrar
imagens únicas.
A
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110
’empreendedorismo
Formando empresáriosTreinamento transforma empreendedores em empresários de sucesso
O Empretec é um produto criado pela
ONU e aplicado no Brasil única e ex-
clusivamente, desde 1992, pelo Se-
brae. Trata-se de um seminário com
metodologia vivencial, ou seja, a pes-
soa que se propõe a fazê-lo entrará
em contato com experiências teóricas
e práticas no que se refere a empreen-
dedorismo de sucesso.
Voltado para o aprendizado de
pessoas adultas, o empreteco, como
é chamada a pessoa que faz o semi-
nário, tem acesso a uma teoria desen-
volvida por pesquisas encomendadas
pela ONU, das quais resultaram os 30
comportamentos comuns em pesso-
as de sucesso. Durante o seminário, o
participante conhecerá esses compor-
tamentos a fim de fazer uma autoaná-
lise para potencializar suas caracterís-
ticas já identificadas com o método e
aprender a desenvolver outras.
Segundo Carlos Eduardo Brandi-
no, gerente regional do Sebrae-SP, “o
seminário é pensado para quem tem
empresa ou para quem tem intenção
de empreender, de montar a própria
empresa.” Para tanto, sua estrutura
compõe-se de um processo seleti-
vo. A primeira orientação básica para
quem tem interesse de conhecer so-
bre o seminário é assistir à palestra de
apresentação que, além de gratuita,
possibilita à pessoa conhecer mais
sobre o Empretec e sua metodologia.
Além disso, ela é critério base para
passar para as outras etapas.
Depois de interessado o candida-
to precisa preencher um questionário
que gerará uma pontuação. As 40 pes-
soas mais bem pontuadas vão para a
terceira etapa, uma entrevista com a
psicóloga. Só assim estará apto a fazer
o seminário durante uma semana.
Os critérios de seleção vão avaliar
o empresário ou a pessoa que quer
empreender, e não a empresa. Sendo
assim, é imprescindível que a pessoa
esteja em um momento propício para
participar, já que só é permitido fazer
o seminário uma única vez. Brandino
aconselha “se a pessoa não estiver num
bom momento da vida é melhor não fa-
zer, pois o seminário envolve alguns mo-
mentos de pressão, de estresse, de expo-
sição e se a pessoa não conseguir lidar
com essas situações e quiser desistir, não
haverá possibilidade de entrar em outra
turma ou fazer depois, é uma única vez
na vida, por isso a pessoa precisa estar
disposta e pronta.”
Processo vivencial - O que diferencia
a pessoa que tem sucesso nos negó-
cios de outra que quebra? Essa foi a
pergunta da ONU para três continen-
tes e as respostas vieram em forma
de uma metodologia desenvolvida
Apoio - Segundo Carlos Eduardo Brandino,
gerente do SEBRAE, a missão da entidade
é apoiar o empreendedorismo para o país
continuar se desenvolvendo. Para ele , o
Empretec vem nessa linha, “proporcionando o
amadurecimento de características empreen-
dedoras e aumentando a competitividade e as
chances de permanência no mercado”
Foto: Divulgação
111
para ajudar empreendedores a habi-
litar-se para o sucesso. Disposta em
10 características a metodologia do
Empretec apresenta 30 padrões de
comportamentos comuns em pes-
soas de sucesso e, durante o seminá-
rio, o empreteco potencializa esses
comportamentos a fim de garantir
o seu sucesso pessoal. Nos EUA não
é vergonhoso um empreendedor
quebrar duas vezes antes de obter
sucesso, porém no Brasil associamos
quebrar a fracassar e muitas vezes
não tentamos de novo. O que o Em-
pretec faz é capacitar a pessoa para
enfrentar diversas situações através
de autoconfiança e autoanálise.
Conforme reforça Brandino “a
missão do Sebrae é apoiar o empreen-
dedorismo. Nós acreditamos que nosso
país vai continuar se desenvolvendo se a
gente conseguir com que mais pessoas
empreendam, o Empretec é uma gran-
de ferramenta de auxílio às pessoas que
querem empreender.”
Atualmente, o Brasil é um dos pa-
íses que mais empreendem no mun-
do, porém é um dos que apresentam
maior burocracia para abertura e fe-
chamento de empresas. O Empretec
vem justamente vencer essas barreiras
e ajudar os futuros empreendedores a
empreender, com maior chance de
sucesso. Quem já passou pelo proces-
so garante que o seminário é um divi-
sor de águas na vida empresarial, assim
como Fábio Vaz de Lima, empresário
em São João, “O Empretec me ajudou na
empresa a maximizar os resultados, po-
tencializar os pontos fortes, enxergar os
pontos fracos, a ter metas claras, tangí-
veis e mensuráveis. É um curso para vida,
não é modismo ou tendência. Fazer ne-
gócios com outro empreteco é diferente,
te dá muito mais credibilidade e seguran-
ça. Nos tornamos uma família”
Além de ampliar a capacidade de
reestruturar sua empresa e planejar
com mais assertividade suas metas,
dentre vários outros benefícios, o Em-
pretec norteia precisamente a neces-
sidade do empreendedor. Nesse ca-
minho, até as habilidades pessoais são
reavaliadas e fortalecidas.
Assim aconteceu com Ana Cláudia,
proprietária da Art´Ervas, que percebeu
uma transformação na sua vida depois
do seminário. “Vou levar os ensinamen-
tos do Empretec para o resto da minha
vida. Ao longo do curso pude me conhe-
cer melhor, aperfeiçoar meus pontos for-
tes e melhorar meus pontos fracos. Con-
segui despertar minhas características
empreendedoras, e o mais importante,
atingi um equilíbrio na minha vida pes-
soal e profissional.” A
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114
’tecnologia
Um mundo a ser exploradoRede social brasileira já tem mais de 90 mil usuários e quer se tornar a maior do país
Em tempos de Facebook, Tinder e
WhatsApp quase ninguém imagi-
nava que uma nova rede social pu-
desse surgir e que, além de tudo,
ela fosse brasileira.
Desenvolvida em apenas dois
meses pelo baiano Felipe Leite No-
vaes, de 21 anos, na cidade de Feira
de Santana, a Viibez já tem 93 mil
usuários inscritos, em pouco mais
de cinco meses de atividade.
O principal motivo de criá-la,
assim como descreve o idealizador
da rede social, foi estar “saturado
das já existentes”. Na Viibez, nome
dado com o intuito de comparti-
lhar momentos, é possível postar
frases, fotos, vídeos, localizações,
links, emotions, criar páginas, gru-
pos, álbuns, adicionar jogos, fazer
novas amizades, conversar em tem-
po real com seus amigos e mandar
fotos pelo chat.
Diferencial - Tudo isso pode lem-
brar algo parecido com o que já é
encontrado em outras páginas na
internet, mas Felipe afirma, de pei-
to cheio e com muita convicção: “a
Viibez é um mundo a ser explorado”.
O principal diferencial, de acor-
do com Felipe, é o ‘Modo explorar’,
onde os membros podem verificar
o conteúdo viral que quiser, sem
precisar aguardar por que algum
amigo compartilhe ou envie. Outro
diferencial é o modo “Fazer amiza-
des”, em que é possível ver mem-
bros online que estejam por perto.
Na Viibez é possível personalizar o
perfil também como cor dos links e
plano de fundo. “Isso é apenas o co-
meço, pois ainda tem muito mais no-
vidades por vir”, prevê o idealizador.
2015 - Com a rede já estabilizada
e com alta procura de novos usuá-
rios, a expectativa de Felipe Nova-
es é de que, dentro dos próximos
quatro anos, a Viibez alcance um
milhão de adeptos. “2015 será um ano
de ascensão para o Viibez, pois serão
reveladas muitas funções exclusivas e
serão lançados Apps para todas as pla-
taformas”, revelou o criador.
Ainda de acordo com Felipe, a
meta agora é encontrar um investidor
O criador - O jovem Felipe Novaes, de
20 anos, resolveu desenvolver o site para
poder tornar mais fácil a acessibilidade das
pessoas e para que elas explorem mais
facilmente as informações que estão sendo
publicadas por lá. A rede social já atingiu
90 mil membros, principalmente nos esta-
dos de São Paulo e Minas Gerais.
para turbinar a divulgação e aumentar
o número de funcionários.
Brasileiro - Felipe Leite Novaes tran-
cou a matrícula em Ciência da Com-
putação para se dedicar exclusiva-
mente à rede social. Com isso, agora
tem a única rede social totalmente
brasileira. O criador, além de se sentir
orgulhoso, sabe também que “é uma
grande responsabilidade”.
Crie sua conta - Para se conectar à
Viibez basta entrar na página da rede
social (www.viibez.com) e realizar um
rápido e breve cadastro. Depois disso,
Felipe aconselha: “compartilhe sua vii-
bez, compartilhe seus momentos”. A
Fotos: Reprodução Internet
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’pílulas de viagem
As maçãs de SteveSteve entende de maçãs, mas Steve entende muito mais de gente
por Lauro Augusto Borges
Steve é um produtor de maçãs. Mais: Steve produz
várias qualidades de maçãs. Mais ainda: Steve produz ma-
çãs e tem quitandas próprias que vendem suas maçãs no
mundo inteiro. Steve refuta o termo quitanda; ele prefere
Loja da Maçã. Obcecado pela excelência, Steve investe pe-
sado em pesquisas. Não passa ano sem que ele surpreenda
o mercado. Ora cria novas espécies de maçãs, ora aprimo-
ra os atributos das já criadas. Steve gosta de filosofar: “As
pessoas não sabem quais maçãs querem, até que mostremos
tipos diferentes a elas”. Steve entende de maçãs, mas Steve
entende muito mais de gente.
A empresa de Steve fica longe daqui, num outro país.
Nosso reino até produz algumas maçãs de Steve, mas as se-
mentes vêm da terra dele. No portfólio macieiro de Steve,
as campeãs de vendas são a maçã C e a maçã S. Ele pou-
co explica a nomenclatura das suas frutas. Deduzo que o
C é de comum e o S é de super. Minha dedução vale nada
perto das convicções de Steve. As maçãs C e S têm sabor e
tamanho muito parecidos. A modelo S, pela aparência mais
robusta e polpa mais sumarenta, custa mais que a C. A dife-
rença de preço nem é tanta, mas Steve encasquetou que os
reinos menos afortunados iriam cair de amores pela maçã C.
Steve é um gênio, mas até os gênios se enganam. Os mise-
ráveis rejeitaram a maçã C de Steve.
●●●
Orual, nativo do Reino das Bananas, é um pobretão in-
conformado. Sua birra tem a ver com o desapreço de Steve
pelo seu torrão natal. As maçãs novidadeiras só chegam à
ilha de Bananal muitos meses após o lançamento na me-
trópole de Steve. Os rompantes de impaciência de Orual
beiram a insanidade. Mal tendo dinheiro pra comprar jiló na
feira, ele voou para a Grande Maçã no intento inabalável de
possuir a maçã S. O time de Steve é bem treinado para con-
ter a turba de maltrapilhos ousados. O sotaque bananeiro
entrega a origem e a Orual só é ofertada a maçã C. Se os
quitandeiros são bem amestrados, Orual é um jeca teimoso.
Na Grande Maçã, o caipira faz um périplo desesperado
e passa por todas as lojas de Steve. Nada da S e tudo da C.
—Cê é o cacete! Eu quero a porra da esse!
O desabafo vigoroso sai no seu exótico dialeto aborí-
gine. O brado ecoa até os ouvidos de um conterrâneo de
Orual, infiltrado no exército de Steve, que se sensibiliza com
o lamento. O irmão-bugre acusa:
—A loja do Parque Central funciona vinte e quatro horas.
Apareça lá zero hora que, na madrugada, chega uma carga ex-
tra de maçãs S. No frio, antes do amanhecer, podemos vender a
S aos descamisados dos trópicos.
Na sua distante hospedagem, Orual toma o trem das
onze (Evoé!, Adoniran), viaja sessenta minutos no vagão va-
zio e, da Grande Estação, caminha mais sessenta minutos
sob uma hostil temperatura polar para, glória!, finalmen-
te receber a maçã S dos branquelos assalariados de Ste-
ve. Com a maçã cobiçada na mochila, Orual vagueia pela
grande cidade na companhia de artistas, bêbados e putas.
Ele tem que matar o tempo até às seis da manhã, horário
do primeiro trem de retorno.
Por alguma razão, ali, insignificante entre os arranha-
-céus, mal agasalhado, faminto e molambento, Orual amal-
diçoou aquele casal desobediente do Jardim do Éden.
Em tempo - se alguém ainda tem dúvidas dos tons au-
tobiográficos, o signatário do texto confessa sua busca
desavergonhada por um iPhone 5S, no outono de 2013.
E, convenhamos, truquinho manjado esse de grafar o
nome de trás pra frente.
Foto: Reprodução Internet
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por Hélinho Fonseca’dicas
Trouxemos para essa edição da Revista Atua grandes lançamentos musicais, como o trabalho de Diogo Nogueira e Ha-milton de Holanda, que apresentam uma obra singular; uma fantástica mistura de afrosamba, choro e jazz. Para leitura, destacamos a impactante obra de Stephen King, O Iluminado, que conta a história de um garotinho clarividente, Danny, e sua família, no assustador Overlook Hotel.
Nossa recomendação no campo da sétima arte também não poderia ser mais inquietante, JFK: A pergunta que não quer calar, de Oliver Stone. O filme gera muita controvérsia e aponta que o assassinato de J. F. Kennedy não foi obra de um homem só, de um “louco solitário”, mas sim obra de gente do alto escalão, da máfia que lucrava com a guerra fria e a Guerra do Vietnã, naqueles anos. Para quem ainda não viu, é imperdível.
Paula Fernandes:Encontros Pelo Caminho - CD
CD com grandes duetos de sucesso da carreira de Paula Fernandes, além de duetos inéditos. Repertório incluindo os sucessos, como Não Precisa, com
Victor e Leo, Caminhoneiro, com Dominguinhos, entre outros duetos inéditos como You’re Still The One, com Shania Twain e Brazil, com Frank Sinatra.
O Iluminado - Livro
O romance, magistralmente levado ao cinema por Stanley Kubrick, continua apaixonando (e aterrorizando) novas gerações de leitores. A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Danny Torrance é capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado e as respostas podem estar guardadas na imponência assustadora do hotel Overlook.
Diogo Nogueira e Hamilton de HolandaBossa Negra - CD
Bossa Negra é o encontro despretensioso de dois dos maiores expoentes da nova geração da música brasileira, inspirado nos Afrosambas de Baden e Vinicius. De um lado, Diogo Nogueira, filho do grande João Nogueira; do outro, o instrumentista Hamilton de Holanda, nascido na tradição do Choro, que traz em seus dedos a sofisticação despojada de Tom Jobim, numa leitura sempre brasileira do Jazz.
JFK: A pergunta que não quer calar - DVD
A obra é uma produção de Oliver Stone que defende a tese de que assassinato do presidente JFK fora uma conspiração envolvendo a CIA e a própria cúpula do
governo americano. O suspense policial se baseia no livro JFK: na trilha dos assassi-nos, escrito pelo ex-promotor americano Jim Garrison, que apresentou elementos,
documentos e testemunhas que derrubam a tese do assassino solitário.
119
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’opinião
Ser ou não serPara o Dr. Arnaldo Hecht, meu companheiro de enigmas
por Clineida Junqueira Jacomini
Não; não me refiro à famosa frase e di-
lema de Hamlet; sou mais tupiniquim,
nunca peguei numa caveira, não sou
da nobreza e vivo num lugar quente,
aliás, ficando mais caliente ultima-
mente no clima e nas manifestações
populares. É que estava outro dia cor-
tando e tingindo meu cabelo e fiquei,
pasmem, mais de 40 minutos parada,
sem fazer nada! Sempre carrego comi-
go revistas de passatempos (inteligen-
tes!), mas não queria sujar as hastes de
meus óculos; então fiquei assim, para-
díssima! Sempre me tive em conta de
preguiçosa; adoro não ter compromis-
sos, nem afazeres chatos; ter tempo
para mim mesma... mas agora tenho
que reconhecer que não sou propria-
mente assim ociosa: estou sempre
ocupada com alguma coisa útil. Ou
fazendo crochê, ou lendo, ou escre-
vendo, ou assistindo a bons filmes, ou
fundindo a cuca (não a verde do Sítio)
com grifogramas, palavras cruzadas (e
das mais difíceis) etc.
Com a idade e os dias avançando
inexoravelmente, estou sempre pen-
sando, agora mais que nunca, que
estou perdendo esse tempo precioso
que ainda me resta se não estou fazen-
do algo de útil a mim e ao próximo.
Dizem os povos orientais, mais
afeitos à meditação, espiritualidade e
atividades mentais que devemos ficar
algum tempo sem fazer nada, com a
mente aberta para que novas idéias
apareçam e se instalem , meditando e
ascendendo a outros e elevados pla-
nos. Os ocidentais também parecem
ter chegado a essa sábia conclusão.
Domenico De Masi já quis provar isso
em seu Ócio Criativo. Empresas têm
feito experiências nesse sentido que
dão certo. Isso tem até nome: período
sabático, uma folga para crescimento
pessoal e até um rendimento extra
para a empresa. Afinal, a pessoa está
parada de outras funções, obrigações
e horários, mas não deixa de pensar,
criar, elaborar, trabalhando, enfim. O
que seria o certo e o ideal? Acabei de
ler uma frase de Xenofanes, um filósofo
grego, pré-socrático: “Verdades claras e
perfeitas nenhum homem as vê nem co-
nhece. Tudo é questão de opinião”.
Uma querida amiga a quem não
via há mais de 18 anos me causou cer-
ta preocupação. Ela anda com remor-
so de estar cansada; e cansada de fazer
o bem à sua comunidade, coisa que
sempre fez. Disse a ela que chega uma
hora de parar... E sem remorso! Tudo
tem hora e vez nos ensina os livros de
Eclesiastes e Provérbios. O contrário
também se vê, infelizmente: pesso-
as, inúmeras, que não estão “nem aí”
como dizem na gíria, com
os problemas alheios.
Num mesmo instante
vi dois exemplos dis-
so em minha cidade que, apesar de se
chamar Águas da Prata, também sofre
com o calor, a falta de chuvas e em
consequência, com o abastecimento
desse precioso líquido. Pois eu vi um
lindo carro importado, o que indica
altas posses de seu dono, ultrapassan-
do 2 caminhões num lugar proibido,
de visão limitada, não pensando nem
em obedecer às regras, nem no que
poderia acontecer com outros moto-
ristas e pedestres. Virando a esquina
já fiquei mais indignada ainda ao ver
uma outra pessoa varrendo a calçada
com a água da mangueira! Sem a be-
néfica e útil vassoura! Isso me dói no
coração! Nasci para obedecer e irei
morrer fazendo isso.
Uma ressalva: só não gosto de
usar o cinto de segurança que me se-
gura de um modo incômodo e abusi-
vo dada à minha saliente frente. Fico
engasgada com ele, passando até
mal, mesmo. Mas obedeço quando
vejo o guarda de trânsito! Afinal, sou
humana e não anjo!
Foto: Reprodução Internet
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’anunciantes
Confira a lista das empresas que anunciaram nesta edição. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consultas:
Anhanguera EducacionalRua Getúlio Vargas, 552Fone: 19 3631.6565
Aquarius ModasPraça Roque Fiori, 33Fone: 19 3623.2487
ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 - CentroFone: 19 3623.3503www.arezzo.com.br
Athenas ImóveisR. Dr. Teofilo R. de Andrade, 278Fone: 19 3631.4040
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