RENATA DOS PASSOS SILVA THALYTA DO NASCIMENTO AUGUSTO
O TIPO E A FREQUÊNCIA DE TREINAMENTO FÍSICO INFLUENCIAM NO APARECIMENTO DOS SINAIS DA
SINDROME PÓS - POLIOMIELITE EM ATLETAS DO BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS COM SEQUELA DE POLIOMIELITE
PARALÍTICA?
Monografia apresentada à Universidade Federal de São Paulo para a obtenção do título de especialista em Intervenções Fisioterapêuticas em Doenças Neuromusculares
São Paulo 2008
RENATA DOS PASSOS SILVA THALYTA DO NASCIMENTO AUGUSTO
O TIPO E A FREQUÊNCIA DE TREINAMENTO FÍSICO INFLUENCIAM NO APARECIMENTO DOS SINAIS DA
SINDROME PÓS - POLIOMIELITE EM ATLETAS DO BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS COM SEQUELA DE POLIOMIELITE
PARALÍTICA?
Monografia apresentada à Universidade Federal de São Paulo para a obtenção do título de especialista em Intervenções Fisioterapêuticas em doenças neuromusculares.
Orientadora: Ft. Esp. Maria Salete Conde
Co-orientadores: Ft. Ms. Abrahão Augusto J. Quadros
Ft. Ms. Marco Antonio Ferreira Alves
São Paulo 2008
Silva, Passos Renata e Augusto, Nascimento Thalyta
O tipo e a frequência de treinamento físico influen ciam no aparecimento
dos sinais da síndrome pós - poliomielite em atleta s do basquete em cadeira de
rodas com sequela de poliomielite paralítica? – São Paulo, 2008.
Monografia (Especialização) - Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de
Medicina. Programa de Pós Graduação em Intervenções Fisioterapêuticas em
Doenças Neuromusculares.
Titulo em Inglês: The type and frequency of physical training influence the onset oh the
signs of post-polio syndrome in atheletes of basketball whellchair with sequele of polio
paralitic?
1. Síndrome Pós - Poliomielite, 2. Basquete em cadeira de rodas, 3. Treinamento
físico.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA – SETOR DE DOENÇAS
NEUROMUSCULARES
Chefe de departamento: Dra. Débora Amado Scerni
Coordenador do curso de especialização em Intervenções Fisioterapêuticas
em Doenças Neuromusculares: Dr. Acary Souza Bulle de Oliveira
Dra. Sissy Veloso Fontes
Ft. Ms. Francis Meire Favaro Ortensi
Ft. Ms. Abrahão Augusto J. Quadros
DEDICATÓRIA
A todos os amigos atletas do para desporto, em especial os atletas do
basquete em cadeira de rodas.
A nossa família por sempre nos apoiar e estar do nosso lado.
A equipe multidisciplinar do ambulatório de Esporte Adaptado da
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM e em especial a nossa
orientadora que nos apoiou em todas as circunstâncias no decorrer deste
ano.
AGRADECIMENTOS
A todos os clubes que cederam seus espaços para a coleta de dados
do nosso trabalho e nos acolheu de braços abertos.
A todos os nossos amigos do curso de especialização em doenças
neuromusculares pela alegria e pelo companheirismo que nos acompanhou
ao decorrer do ano.
A toda equipe da organização do curso: Francis, Dirce, Sissy e Elica por
nos ajudarem, a continuar em busca de novos objetivos e contribuir na
realização de mais um sonho que se tornou real graças a vocês.
Ao Dr. Acary Bulle, por acreditar e apoiar o Ambulatório de Esporte
Adaptado.
Obrigado a nossa orientadora Ft. Esp. Maria Salete Conde e aos
nossos co-orientadores: Ft. Ms. Abrahão Augusto J. Quadros e Ft. Ms.
Marco Antonio Ferreira Alves, pela amizade, paciência, dedicação,
ensinamento e descobertas proporcionando-nos crescimento e confiança em
nosso trabalho.
RESUMO
Introdução: Desde 1957 temos vários deficientes praticando esporte adaptado
no Brasil. O basquete em cadeira de rodas foi á primeira modalidade esportiva,
e é conhecida por exigir muito esforço físico nos treinamentos que são
realizados enfatizando as repetições das manobras com a cadeira de rodas e
treino técnico do jogo, fazendo com que os atletas aumentem a sobrecarga
sobre os membros superiores devido à prática da atividade; dentre estes
atletas encontram-se aqueles que têm história de seqüela de poliomielite
anterior aguda, que é uma doença causada pela ação viral, entretanto o que
nos chama atenção atualmente é Síndrome Pós - Poliomielite (SPP). A SPP
não tem uma causa definida há várias teorias que tenta explicar, mas parece
ser causada por degeneração progressiva das unidades motoras que
apresentam grande brotamento compensatório, reinervação associada e
desequilíbrio músculo esquelético tendo como principal fator de risco a
atividade física em excesso. Objetivo: Relacionar o tipo e a freqüência de
treinamento físico com a alteração dos sinais da síndrome pós - poliomielite em
atletas do basquete em cadeira de rodas com seqüela de poliomielite paralítica.
Casuística Método: Estudo descritivo utilizando um questionário estruturado.
Resultados: Foram estudados 48 atletas deficientes com história de
poliomielite paralítica, todos os atletas eram do sexo masculino, com idade
variando de 23 a 51 anos, média de 36, 4 anos. Dos 48 atletas 32 (66,6%)
eram brancos e 16 (33,3%) eram negros. Dos 48 atletas todos realizam treino
baseado em alongamento, aquecimento e situação de jogo, sendo que 35
atletas realizam o fortalecimento. Dos 48 atletas 82,4% não apresentam os
sinais de nova fraqueza associado ao treinamento físico. Conclusão : Tipo e a
freqüência de treinamento físico parecem não estar influenciando no
surgimento dos sinais tardios da SPP. Atletas que treinam menos horas e
menos dias na semana são os que apresentam maiores déficit de força
muscular, dor articular e muscular. Tipo de Fortalecimento parece não interferir
nos sinais da SPP.
Descritores: Síndrome Pós-Póliomielite, Basquete em cadeira de Rodas e
Treinamento Físico.
ABSTRACT
Introduction : In 1957 there are several disabled practicing sport adapted in Brazil. The basketball on wheels (BSR) was the first to sport mode, and is known to require much physical effort in training that are conducted emphasizing repetition of manoeuvres with the chair and technical training of the game so that athletes increase the burden on members higher divided the practice of activity among these athletes are those who have a history of polio sequelae of previous acute, which is a viral disease caused by the action, however what we called attention today is Post-Polio Syndrome (SPP) The SPP is not a cause defined several theories that try to explain but there seems to be caused by progressive degeneration of motor units which have large sprouting compensatory reinervation skeletal muscle imbalance associated with the main risk factor for physical activity in excess. Objective: Relate the time and type of sports activity to the amendment of the signs of post-polio syndrome in athletes of basketball Wheel-chair with sequelae of polio paralítica.Casuística Method: descriptive study using a structured questionnaire. Results : We studied 48 disabled athletes with a history of polio paralítica, all the athletes were male, with ages ranging from 23 to 51 years, mean 36, 4. Of the 48 athletes 32 (66.6%) were white and 16 (33.3%) were black. Of the 48 athletes all perform training based on stretching, heating and situation of the game, and that 35 athletes perform strengthening. Of the 48 athletes 82.4% do not show the signs of weakness associated with the new training. Conclusion : Type and Frequency of training appear to be lobbying in the late appearance of the signs of SPP. Athletes who train fewer hours and fewer days per week are those with larger deficit of muscle strength, muscle and joint pain. Type Strengthening seems not interfere with signals of the SPP.
Key Words - Post-Polio Syndrome, Basketball-chair wheels and Sports
Training.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................01
1.1 - Poliomielite .....................................................................................01
1.2 - Síndrome Pós - Poliomielite ...........................................................03
1.3 - Basquete em cadeira de rodas ......................................................08
1.4 - Cadeira de Rodas ..........................................................................13
1.5 - O treinamento físico no basquete em cadeira de rodas ................14
2 – OBJETIVO ..................................................................................................15
3 – METODOLOGIA .........................................................................................16
4 – RESULTADOS ............................................................................................18
5 – DISCUSSÃO ...............................................................................................61
6 – CONCLUSÃO .............................................................................................71
7 – ANEXOS .....................................................................................................72
8 – REFERENCIAS ..........................................................................................90
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 ............................................................................................................18
Tabela 2 ............................................................................................................19
Tabela 3 ............................................................................................................19
Tabela 4 ............................................................................................................20
Tabela 5 ............................................................................................................21
Tabela 6 ............................................................................................................22
Tabela 7 ............................................................................................................22
Tabela 8 ............................................................................................................23
Tabela 9 ............................................................................................................24
Tabela 10 ..........................................................................................................25
Tabela 11 ..........................................................................................................27
Tabela 12 ..........................................................................................................28
Tabela 13 ..........................................................................................................30
Tabela 14 ..........................................................................................................31
Tabela 15 ..........................................................................................................33
Tabela 16 ..........................................................................................................35
Tabela 17 ..........................................................................................................37
Tabela 18 ..........................................................................................................39
Tabela 19 ..........................................................................................................41
Tabela 20 ..........................................................................................................43
Tabela 21 ..........................................................................................................45
Tabela 22 ..........................................................................................................47
Tabela 23 ..........................................................................................................49
Tabela 24 ..........................................................................................................51
Tabela 25 ..........................................................................................................53
Tabela 26 ..........................................................................................................55
Tabela 27 ..........................................................................................................57
Tabela 28 ..........................................................................................................59
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - (tabela 8) .....................................................................................24
Gráfico 2 - (tabela 10) .....................................................................................26
Gráfico 3 - (tabela 12) .....................................................................................29
Gráfico 4 - (tabela 13) .....................................................................................31
Gráfico 5 - (tabela 14) ....................................................................................32
Gráfico 6 - (tabela 15) ....................................................................................34
Gráfico 7 - (tabela 16) .....................................................................................36
Gráfico 8 - (tabela 17) .....................................................................................38
Gráfico 9 - (tabela 18) ....................................................................................40
Gráfico 10 - (tabela 19) .....................................................................................42
Gráfico 11 - (tabela 20) .....................................................................................44
Gráfico 12 - (tabela 21) .....................................................................................46
Gráfico 13 - (tabela 22) .....................................................................................48
Gráfico 14 - (tabela 23) .....................................................................................50
Gráfico 15 - (tabela 24) .....................................................................................52
Gráfico 16 - (tabela 25) .....................................................................................54
Gráfico 17 - (tabela 26) .....................................................................................56
Gráfico 18 - (tabela 27) .....................................................................................58
Gráfico 19 - (tabela 28) .....................................................................................60
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 .............................................................................................................72
Anexo 2 .............................................................................................................73
Anexo 3 .............................................................................................................76
Anexo 4 .............................................................................................................83
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
SPP – Síndrome Pós - Poliomielite
MID – Membro Inferior Direito
MIE – Membro Inferior Esquerdo
MID – Membro Superior Direito
MIE – Membro Superior Esquerdo
MMII – Membros Inferiores
MMSS – Membros Superiores
N – Nova
FRAQ – Fraqueza
MUS – Muscular
ART – Articular
DP – Depressão
FAD – Fadiga
ASD – Ansiedade
DIST – Distúrbio
1 - INTRODUÇÃO
1.1 - Poliomielite
A Poliomielite é uma doença de caráter agudo e é provocada por um vírus,
possui uma gravidade extremamente variável. Pode ocorrer de duas formas,
sob a forma de infecção inaparente ou pode apresentar manifestações clinicas,
essas manifestações geralmente são: febre, mal-estar, cefaléia, distúrbios
gatrointestinais e rigidez de nuca, que podem ou não estar acompanhadas de
paralisias. O agente etiológico é o poliovírus, do qual existem três tipos (tipo
um, dois e três), sendo que a forma paralítica esta correlacionada ao tipo um. A
Poliomielite além de variações regulares, cíclicas e sazionais, manifesta-se
freqüentemente sob a forma de epidemias, com repercussões psicossociais
extremamente negativas1.
O hospedeiro do vírus é o homem, principalmente as pessoas com infecção
inaparente, sobretudo crianças com idade inferior a 5 anos. As secreções
faríngeas e as fezes dos indivíduos infectados constituem os substratos em
que são eliminados os vírus. O vírus é composto por uma cadeia de RNA, sem
envoltório, esférico, de 24-30nm de diâmetro, do gênero Enterovírus, da família
Piconaviridae 2 .
A transmissão pode ser direta, através de gotículas de secreções faríngeas
de pessoas que estão infectadas, ou indiretas que se da através de objetos,
alimentos e água que possam estar contaminadas com fezes de doentes ou
portadores da doença 3 .
O período de incubação da doença é de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a
30 dias. Pode-se demonstrar a presença do poliovírus nas secreções faríngeas
e nas fezes, respectivamente 36 a 72 horas após a infecção. O vírus persiste
na garganta durante 1 semana aproximadamente, e nas fezes durante cerca de
5 a 6 semanas.
Na maioria dos casos os poliovírus de ampla destruição, são destruídos no
estomago ou excretado pelo trato intestinal sem infecção, ou entram na
corrente sanguínea apresenta se um estado semelhante ao da gripe, seguido
de recuperação e imunização, porém se este vírus atravessar a barreira
hematoencefálica, atacará quase todos os neurônios motores no cérebro, no
tronco cerebral e na medula espinal 4 .
A susceptibilidade a infecção é geral, mas só um pequeno número de
pessoas infectadas apresenta quadro paralítico. E pode se manifestar de três
formas; Abortiva Poliomielite Paralítica, Paralítica Medular, Forma Meníngea ou
não Paralítica.
O quadro de paralisia franca se observa em apenas 0,1 a 1,6% das
infecções e corresponde à capacidade que possuem os poliovírus de causar
destruição extensa de neurônios que se situam na substância cinzenta do
cérebro e da medula. Uma vez que o vírus atinge esses lugares eles se
disseminam no cérebro e no cordão espinal pela via neuronal. O vírus afeta
principalmente os neurônios motores e autônomos, com menos intensidade
são afetados os neurônios do mesencéfalo, núcleos do teto cerebelar e as
circunvoluções pré-centrais do Cortez cerebral. A poliomielite Paralítica pode
se apresentar em duas formas: espinhal e bulbar.
Entretanto, relata que esta lesão não é somente do corno anterior da
medula, mas é também uma doença neuronal difusa; envolve habitualmente a
formação reticular no tronco cerebral e alguma região do sistema nervoso do
paciente com poliomielite que tiveram significante destruição neuronal não
somente nos neurônios motores do corno anterior da medula, mas também em
áreas sensórias como as do corno posterior e gânglios da raiz dorsal, áreas
córtex frontal, hipotálamo, tálamo, núcleos, cerebelo, vários núcleos e nervos
cranianos.
No Brasil os primeiros relatos ocorreram em 1911, em São Paulo e no Rio
de Janeiro, porém o primeiro surto ocorreu em 1917, na Vila Americana de São
Paulo e a partir daí a doença tornou - se de notificação obrigatória no estado.
Em 1953, no Rio de Janeiro, ocorreu a maior epidemia até então registrada no
país. No município de São Paulo, em 1953 tivemos um ano epidêmico, porém
foi nos anos 60 que tivemos os maiores coeficientes de morbidade observados
no município 2 .
Em 1970 á 1980, houve um número crescente de pessoas com história de
poliomielite começou apresentar uma nova fraqueza tanto nos músculos
comprometidos e nos que julgavam não ser afetados pelo vírus da pólio. A
maioria se submeteu os programas de exercícios apenas para constar que em
vez de se tornarem mais fortes á fraqueza e o cansaço se acentuaram. Essas
pessoas tinham o que hoje é chamado de Síndrome Pós Pólio (SPP).
Não há tratamento especifico para a Poliomielite, mas os cuidados de
suporte são importantes na redução do sofrimento durante o ataque agudo, na
manutenção das funções vitais para assegurar a sobrevida e talvez, na
modificação das incapacidades e prognostico final. Medidas fundamentais
incluem a prevenção das contraturas, manutenção da estabilidade
cardiovascular e das vias aéreas e prevenção de escaras de compressão.
Em casos de acometimento bulbar, a morte pode acontecer, isso se da pelo
acometimento respiratório e cardiovascular. Pacientes que sobrevivem ao
episódio da Poliomielite anterior aguda usualmente recuperam a função motora
consideravelmente, geralmente as melhoras se dão nos três meses inicias 2.
1.2 - Síndrome Pós - Poliomielite
1.2.1 - Conceito
A Síndrome Pós - Poliomielite (SPP) é uma desordem neurológica
progressiva do neurônio motor que acomete neurônios motores inferiores,
caracterizada por novos sintomas como fraqueza muscular, fadiga, dor
muscular e articular, dificuldades respiratórias e de deglutição, diminuição
funcional que ocorre nos sobreviventes da poliomielite paralítica cerca de 15
anos após o período de recuperação aguda da doença 5 6 7 .
A SPP foi descrita pela primeira vez por Jean Marin Charcot em 1875, onde
relatou o caso de um jovem do sexo masculino, com seqüela de poliomielite
que apresentou o diagnóstico de poliomielite paralítica na infância aos seis
meses evolui com seqüela residual, mais fraqueza no membro superior
esquerdo (MSE) e membro inferior esquerdo (MIE); desenvolve se bem após
estabilização da doença, trabalhou durante muito tempo curtindo couro, onde o
esforço era repetitivo e aos 19 anos iniciou com um novo quadro de nova
fraqueza na musculatura que havia sido afetada anteriormente pelo vírus da
poliomielite; subseqüente foi sugerido que a nova fraqueza era secundária a
atividade excessiva o overuse, ou seja, o “superuso” seria um dos fatores
desencadeantes destes novos sintomas 8 5 7 9.
Os sinais e sintomas da SPP incluem combinações de sintomas
musculoesqueléticos (fadiga, diminuição de endurance, aumento de
deformidades esqueléticas, dor por problemas biomecânicos); (AMPP) atrofia
muscular progressiva pós-poliomielite / combinação dos sintomas musculares
(fadiga, dor articular, dor muscular, nova fraqueza, fraqueza muscular,
intolerância ao frio, dificuldades na marcha, dificuldades para subir escadas,
dificuldades nas AVD’s (atividades da vida diária) 10.
Surgem na literatura casos isolados de nova fraqueza após episódio de
poliomielite paralítica. Somente a partir do início da década de 1950 os artigos
publicados serviram como base para se estabelecer os critérios diagnósticos
da SPP. Entre 1985 e 1975, aproximadamente 200 casos foram relatados na
literatura do mundo, diversos casos foram relacionados às epidemias da
poliomielite paralítica que ocorreram durante a primeira metade deste século,
os avanços recentes centraram-se na patofisiologia, para um melhor
tratamento da fraqueza muscular11.
1.2.2 – Etiologia
Existem nove teorias etiológicas para explicar a causa da SPP como:
disfunção das unidades motoras devido ao “overwork” (trabalho excessivo) ou
envelhecimento prematuro das unidades motoras afetadas pela poliomielite;
“overuse” (supertreinamento) muscular; desuso muscular; perda normal das
unidades motoras no decorrer da idade; predisposição de degeneração do
neurônio motor devido ao dano glial, vascular e linfático; reativação do vírus ou
infecção persistente; síndrome imuno mediada; efeito do hormônio do
crescimento; efeito combinado do overuse, desuso, dor ganho de peso e ainda
por outras doenças 12, 5, 7.
A SPP está diretamente relacionada com os efeitos causados pelo vírus na
fase aguda e à relativa atividade física durante a fase de estabilidade 8.
Foram realizados estudos com pessoas com seqüela de poliomielite e
chegou à conclusão que atividade física em excesso conhecida como
“overuse”, poderia estar acelerando os sinais e sintomas da Síndrome Pós
Pólio, que acomete as pessoas que tiveram poliomielite na infância 10, 13, 14.
Os graus de delimitações causados na população com história de
poliomielite paralítica, causam uma diminuição motora residual, considerando
uma lesão crônica e estável. Seguindo a doença aguda e um período de
reabilitação os pacientes eventualmente, alcançavam um platô de recuperação
neurológica e funcional que se acreditava permanecer essencialmente estática 15.
A teoria aceita é que cursa de uma síndrome onde o causador não é o
poliovírus (vírus causador da Poliomielite) e nem é por uma resposta auto-
imune, mas sim pelo uso excessivo dos neurônios motores ao longo dos anos 12, 16.
A maioria das teorias quanto à causa da SPP aponta para uma demanda
metabólica aumentada das unidades motoras gigantes, com eliminação dos
brotamentos axônicos para reduzir a quantidade de fibras musculares
inervadas pela célula motora nervosa. O processo de brotamento e eliminação
evidentemente tem persistido desde o estágio de convalescença da póliomielite
como um mecanismo para manter o máximo possível de fibras desnervadas. A
teoria ainda sugere que ocorra mais eliminação do que brotamento e,
consequentemente, a queda da quantidade de fibras musculares das unidades
motoras leva à fraqueza muscular e fadiga 17.
O uso excessivo dos neurônios motores ao longo dos anos possivelmente
aconteça por um “overwork” ou trabalho prolongado e excessivo com aumento
da demanda metabólica das unidades motoras gigantes juntamente com as
injúrias continuadas da unidade motora durante a infecção aguda. O trabalho
excessivo (overwork), das células do corno anterior da medula faz com que
elas percam o controle devido à porcentagem acima do normal da função
muscular, podendo causar a morte dos motoneurônios; levando a um processo
de envelhecimento prematuro, iniciando na quarta década e com o avanço da
idade vai piorando 15 anos após a recuperação da ação viral na poliomielite
aguda a unidade motora gigante parece ter uma perda na sua habilidade para
sustentar o abastecimento de todos os seus brotamentos em algumas fibras
musculares 7.
Quando temos um comprometimento parcial ou perda de axônios motores
são seguidos por brotamento compensatório dos axônios motores intactos,
aumentando o tamanho da unidade motora, em um mecanismo compensatório,
para reinervar o músculo. Quando expostos a fatores de stress, por exemplo o
supertreinamento, esses motoneurônios sobreviventes podem apresentar
alterações eletrofisiológicas, reduzindo a velocidade de condução nervosa, ou
podem apresentar degeneração precoce 2,5.
Essas degenerações e desenervações na SPP se dão pelas unidades
motoras gigantes que não conseguem manter o aumento da atividade
metabólica necessária no músculo ao longo de muitos anos, tendo assim, uma
sobrecarga de grande de trabalho, tornando – se gastas e aumentando a
fraqueza e a fatigabilidade muscular. Explica – se também essa degeneração
das unidades motoras fracas pelas alterações de unidades motoras que não
morreram, alterações imunológicas, cicatrização no interior da medula, toxinas
ambientais, níveis crônicos de stress, e ainda, por deficiência hormonal 18.
Esses fatores de desenervações podem desencadear outras restrições
funcionais nas atividades diárias, como incapacidades no trabalho, na família e
na sociedade e ainda outros problemas físicos que consistem em cãibras,
fasciculações, fadiga anormal, intolerância ao frio, dificuldade de deglutição,
dificuldades respiratórias, disfagia, distúrbios do sono, depressão, cefaléia,
desvio da coluna e aumento de peso 8.
Overuse é um efeito acumulativo pelo tempo de trabalho extra que leva ao
stress mecânico crônico nas articulações, ligamentos e tecidos moles, e assim
produzindo um ciclo vicioso promovendo complicações diversas, podemos
detectar precocemente as complicações do overuse e implementar
intervenções efetivas podem evitar a severa incapacidade no indivíduo com
SPP em médio e/ou longo prazo 7.
Os exercícios podem causar problemas maiores porque são aplicados em
unidades motoras que já estão trabalhando no seu nível máximo de
capacidade, e esses problemas podem significar um estado de
descompensação, por este motivo com o aparecimento de novos problemas de
fraqueza e fadiga, a maioria das pessoas com SPP estão sendo orientadas a
empenhar – se por conta própria em programas de fortalecimento, programas
aeróbicos ou até mesmo exercícios esportivos. O objetivo da intervenção é
reduzir a carga sobre o músculo, eliminar a dor, fadiga e criar uma reserva de
energia para o músculo, ou seja, uma reserva de capacidade 8.
Atletas do basquete em cadeira de rodas relatam que o tempo da prática de
atividade esportiva parece ser o principal fator predisponente que favorece o
surgimento da SPP; isto se deve ao fato de haver muitos atletas com seqüela
de pólio jogando basquete em cadeira de rodas na faixa que se assemelha o
início dos sinais da SPP, ou seja, com um período de atividade esportiva
superior a 15 anos. Os atletas estudados iniciaram na prática esportiva com
média de idade de 24 anos, sendo que eles permaneçam por um período maior
em atividade, favorecendo o aparecimento de lesões por esforços repetitivos
sobre músculos, tendões e articulações, levando ao “overuse” que é um dos
principais sinais destacados na SPP 9.
Não há relação direta entre a SPP e a atividade esportiva, mas foi
demonstrado que 5 / 23,8% dos atletas apresentavam os sinais tardios da SPP
e que se encontra em atividade esportiva por um período prolongado; contudo,
a dor muscular e a articular parecem estar ligadas à biomecânica do próprio
esporte; podendo haver também certa tendência da SPP naqueles que
praticam por um grande período a atividade esportiva 9.
A incidência e a prevalência da SPP ainda não são bem conhecidas no
Brasil e no mundo, ainda hoje há muita falta de registros 16. A Organização
Mundial (OMS) estima a existência de 12 milhões de pessoas em todo o
mundo com algum grau de limitação causada pela poliomielite. A incidência e a
prevalência de nova fraqueza nos pacientes com SPP é desconhecida, mas
pode variar de acordo com a definição da SPP, do critério diagnóstico utilizado
e também da população estudada; porém a duração do intervalo entre a
doença aguda e o início dos sintomas da SPP também é um forte determinante 5,7,9.
1.2.3 - Diagnóstico
O diagnóstico clínico é feito por exclusão e requer uma diferenciação de
outras doenças neurológicas, ortopédicas ou psiquiátricas que podem
apresentar quadro semelhante e ainda assim realizado por uma equipe
multidisciplinar de especialistas em reabilitação 7. Portanto é importante levar
em consideração os seguintes critérios segundo o ultimo consenso citados
abaixo:
Critérios de diagnóstico para SPP:
• Confirmação de poliomielite paralítica com evidência de perda de
neurônio motor, através de história de doença paralítica aguda, sinais
residuais de atrofia e fraqueza muscular ao exame neurológico e sinais
de desnervação na eletroneuromiografia;
• Período de recuperação funcional, parciais ou completas, seguidas por
um intervalo de função neurológica estável (15 anos ou mais, em
média 40 anos);
• Início de novas complicações neurológicas: uma nova e persistente
atrofia e fraqueza muscular e ainda os simtomas persistirem por mais
de um ano;
• Exclusão de outras condições que poderiam causar novos sinais e
sintomas.
1.3 - Basquete em cadeira de rodas
O esporte adaptado foi criado em 1944 após a II Guerra Mundial
primeiramente com dois propósitos: a reabilitação de pacientes oferecendo a
oportunidade a esses indivíduos de experimentarem sensações e movimentos,
que a princípio frequentemente são impossibilitados pela limitação física ou
barreiras ambientais e sociais; introduzir estes portadores de algum tipo de
deficiência no meio social 19.
No ano de 1946, o desempenho das equipes de basquetebol em cadeira de rodas
despertou interesse e apoio para a realização dos esportes em geral realizados em cadeira de
rodas e, o que é mais importante, estimulou aqueles que viram as equipes em ação a
compreenderem que uma pessoa deficiente pode ter força, coragem e habilidade para jogar
basquetebol numa cadeira de rodas. Na realidade, não há limite para a capacidade de um
indivíduo que seja adequadamente treinado, portanto, ele pode ser considerado uma pessoa
normal20.
A América do Sul entrou na arena dos esportes adaptados no final da década de 50, após
uma epidemia de poliomielite que atingiu a região em 1957. Em 1960, após as Olimpíadas de
Roma, realiza-se o encontro de atletas dos esportes em cadeira de rodas, iniciando-se, assim,
as Paraolimpíadas, o segundo maior evento esportivo do mundo 21.
Surgiu na Inglaterra em 1944 quando um neurologista e neurocirurgião (Dr.
L.S. Guttman) implantou modalidades esportivas para reabilitação no centro de
lesão medular do Hospital de Stoke Mandeville. As primeiras modalidades
introduzidas foram arco e flecha e pólo em cadeira de rodas, logo em seguida o
basquete em cadeira de rodas, que se tornou a modalidade esportiva mais
desenvolvida na área do esporte adaptado, pouco tempo depois o surgimento
do tênis de mesa, snoocker e por fim a natação. A primeira competição
Nacional e Internacional realizada foi a de basquete em cadeira de rodas no
ano de 1948 neste mesmo local 22.
O basquete sobre rodas surge através dos veteranos de guerra, que ficaram
paraplégicos, amputados ou portando outra seqüela que a guerra deixou,
sendo assim, foi o primeiro esporte a se organizar com a criação de uma
associação em 1949 a NWBA (National Wheelchair Basketball Association). A
NWBA promoveu competições em diversas regiões dos Estados Unidos,
gerando novas oportunidades para todos aqueles que se achavam incapazes
de realizar uma atividade física 20.
O surgimento do esporte adaptado no Brasil e das suas respectivas
modalidades, entre essas o basquete sobre rodas, teve pré-inicio em 1957,
logo após apresentação do “Pan Jets” em São Paulo e Rio de Janeiro, que
realizava apresentações de algumas modalidades esportivas para deficientes.
Em 1958, Sergio Seraphim Del Grande fundador do Clube dos Paraplégicos de
São Paulo e Robson de Almeida fundador do Clube do Otimismo no Rio de
Janeiro, ambos paraplégicos iniciaram o esporte adaptado no Brasil através do
basquete em cadeira de rodas 9.
Foi a partir de 1975 que surgiram novos programas nacionais
monoesportivos (participação de uma única modalidade) e poliesportivos
(diversos esportes e modalidades), que aumentaram a quantidade de opções à
disposição de um número maior de portadores de deficiência física de
diferentes compromentimentos 23.
Quanto ao físico em benefícios, pode - se ressaltar ganhos de agilidade no manejo da
cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático, de força muscular, de coordenação,
coordenação motora, dissociação de cinturas, de resistência física; enfim, o favorecimento de
sua readaptação ou adaptação física global. Na esfera psíquica, podemos observar ganhos
variados, como a melhora da auto-estima, integração social, redução da agressividade, dentre
outros benefícios 9.
Basquetebol em cadeira de rodas: é jogado por lesados medulares, amputados, e atletas
com poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares à do basquetebol
convencional, sofrendo apenas algumas pequenas adaptações de acordo com as
necessidades específicas de cada deficiente. Foram organizados vários times e com isso o
basquetebol tornou-se o primeiro esporte em cadeira de rodas da história. À medida que o
interesse pelo esporte crescia a quantidade de participantes deficientes também aumentava.
Além dos que ficaram deficientes por causa da guerra, havia as vítimas de acidentes, os
sequelados de poliomielite entre outros 20, 24.
1.3.1. - Regras do Basquete Adaptado
Quanto ao regulamento do basquete em cadeira de rodas este se
assemelha ao basquete convencional. Somente algumas adaptações foram
feitas para cadeira de rodas, as quais incorporaram considerações mecânicas
para a locomoção da cadeira necessária para jogar sentado e não em pé
(correndo).
� Cada equipe deve ter em quadra o numero mínimo de oito atletas e no
total de doze atletas
� Tempo de jogo divide se, em quatro tempos de dez minutos.
� Quanto à quadra, não há mudanças da quadra do basquete
convencional, usada para competições da Federação Internacional de
Cadeira de Rodas25.
O basquete em cadeiras de rodas tem atualmente apenas uma, onde é
permitido ao jogador de posse da bola colocá-la no colo e efetuar dois impulsos
na cadeira. Após isso, ele deverá arremessar ou picar a bola, no mais, as
regras do basquete em cadeira de rodas seguem literalmente as do basquete
regular.
1.3.2. - Classificação Funcional do Basquete
A classificação funcional do basquete em cadeira de rodas é baseada na
capacidade funcional dos atletas e suas respectivas habilidades durante jogo.
O método utilizado para classificação funcional atual é da IWBF
(Internacional Wheechair Basketball Federation), que foi elaborado pelo
professor HORST STRHKENDL 1969, que o projetou para que cada jogador
tivesse oportunidades iguais para competir durante o campeonato.
BERNARD COURBARIAR 1984, colocou em prática essa classificação,
onde cada atleta é avaliado de acordo com seu potencial de ação, que são
observados durante os jogos, a movimentação da cadeira, habilidade, driblar,
arremesso, rebote, receber e passar a bola, permitindo assim, que a equipe de
classificadores (educador físico, fisioterapeuta e médico) definam suas
respectivas classe de atuação, seguindo os níveis24.
As habilidades analisadas no jogo de basquete são 26:
1. Arremesso: É avaliada a estabilidade do tronco durante e após o
arremesso;
2. Passe: Estabilidade de tronco e a capacidade do atleta em erguer
apenas uma ou ambas as mãos simultaneamente;
3. Propulsão: Estabilidade de tronco e capacidade do atleta de acelerar e
frear a cadeira bruscamente;
4. Drible: Estabilidade de tronco e a capacidade do jogador driblar a frente
da cadeira ou ao lado com grande aceleração;
5. Posição na cadeira; São observados alturas dos joelhos, e o encosto da
cadeira, pois quanto menor a estabilidade de tronco, maior será a altura
dos joelhos em relação á do quadril, e quanto menor a estabilidade de
tronco maior o encosto da cadeira;
6. Deficiência Física: Tipo de amputação, nível de lesão medular, tipo de
seqüela de poliomielite, outras formas de distúrbios ortopédicos.
-- Classes:
• Classe 1: os atletas não têm equilíbrio quando sentados numa cadeira
de rodas e sem apoio nas costas. O tronco não pode se mover em
qualquer plano sem a ajuda de pelo menos um braço. O potencial
funcional representado por paraplégicos com lesões completas que tem
origem no nível torácico (T7) e acima (anexo 1).
• Classe 2: os atletas têm de satisfatório a bom equilíbrio quando sentado.
Eles podem mover o seu tronco no plano horizontal quando sentado
ereto sem apoio nas costas, precisam de pelo menos um braço para
desenvolver os movimentos do tronco no plano sagital e frontal, não
podem avançar o seu tronco ao máximo, ele é capaz de girar para a
cesta ao arremessar com ambas as mãos. O potencial funcional é
representado por paraplégicos com origem no nível oito do tórax ao nível
um lombar (L1) (anexo 2).
• Classe 3: os atletas têm ótimo equilíbrio quando sentado e movimento
de tronco no plano horizontal e sagital, sem a ajuda de um braço
segurando qualquer parte da cadeira de rodas, o tronco move-se para a
cesta, com movimentos sem a perda da estabilidade. O potencial
funcional é representado por paraplégicos com lesões completas com
origem no nível lombar dois (L2) ao nível lombar cinco (L5).
• Classe 4: os atletas têm ótimo equilíbrio sentado e equilíbrio de tronco
em todos os planos. Uma limitação significante no movimento para um
lado do plano frontal deve ser tolerado. A limitação funcional é
representada por paraplégicos com lesões completas originárias do
sacro um (S1) ao sacro dois (S2) 21.
Às vezes é preciso introduzir uma nova classe, pois a descrição de alguns
jogadores não era bem definida. Então foram atribuídas a estes jogadores
metades do ponto, criando a classificação: 0.5, 3.5 e 4.5 27.
1.4 - Cadeira de Rodas
A cadeira de rodas deve adequar se a certos padrões para garantir a
segurança e a competitividade, pode ter três ou quatro rodas sendo duas rodas
grandes na parte traseira e uma ou duas na parte frontal. Os pneus traseiros
devem ter o diâmetro máximo de 66 cm e deve haver um suporte para as mãos
em cada roda traseira. A altura máxima do assento não pode exceder 53 cm do
chão e o apoio para os pés não poderá ter mais que 11cm a partir do chão,
quando as rodas dianteiras estiverem direcionadas para frente. A parte de
baixo dos apoios da cadeira deve ser apropriada para evitar danos à superfície
da quadra 25.
O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no assento da
cadeira. Ela deverá ter as mesmas dimensões do assento e não poderá ter
mais de 10 cm de espessura, exceto para jogadores de classe 3.5, 4.0 e 4.5,
onde a espessura deverá ser de no máximo 5 cm, podendo usar faixas e
suportes que o fixem na cadeira ou faixas para prenderem as pernas juntas.
Aparelhos ortopédicos e protéticos podem ser usados 25.
Cada jogador cartão de classificação e este deve informar o uso de
próteses e afins e indicar todas as adaptações na posição do jogador na
cadeira 27.
Nesta fase, as técnicas de manejo, transferência e condicionamento físico
básico são ministradas por um fisioterapeuta 28.
1.5 - O treinamento físico no basquete em cadeira d e rodas
Os dados encontrados na literatura relatam apenas a preparação física
quanto ao desenvolvimento de forca máxima e potencia de membros
superiores, buscando indiretamente uma maior agilidade para o atleta.
Para que um atleta obtenha um bom resultado é necessário que ele treine
no mínimo três vezes por semana 29,30,31 .
O treino no basquete em cadeira de rodas basicamente se divide em duas
partes: o treino de forca e o ganho de agilidade do atleta. Geralmente o treino
de força é realizado com exercícios com bola medicinal e aparelhos de
musculação. Para a agilidade os atletas realizam exercícios de mudanças de
direções que se assemelham com algumas situações de jogo 32.
Exercícios no cicloergometro de membro superior é um recurso muito
utilizado para ganho de condicionamento cardiovascular e respiratório, alem de
auxiliar no ganho de forca muscular para um melhor desenvolvimento do atleta
no jogo do basquete em cadeira de rodas 32.
Para os músculos que ficaram paralisados ou atrofiados decorrentes da
lesão é utilizada a estimulação elétrica funcional, esse tipo de artifício ajuda a
restaurar a função dos músculos que apresentam uma inervação residual 32.
Alguns autores citam a importância do atleta realizar algum outro tipo de
atividade esportiva, as mais citadas são a natação e o atletismo, que auxiliam
no ganho de condicionamento físico e endurance respiratório 33.
Deve se ter o conhecimento da patologia de base do atleta, assim o
treinador poderá aplicar um treinamento efetivo sem correr o risco de um
overtraining, pois há uma margem muito pequena entre o treinamento efetivo
dos músculos e a sobrecarga 36,10.
2 - OBJETIVO
Relacionar o tipo e a freqüência de treinamento físico com a alteração dos
sinais da síndrome pós - poliomielite em atletas do basquete em cadeira de
rodas com seqüela de poliomielite paralítica.
3 - METODOLOGIA
3.1 - MÉTODO
Tipo de estudo
Será realizado um estudo descritivo no Ambulatório de Esporte Adaptado no
Setor de Doenças Neuromusculares da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP – EPM), com atletas com seqüela de poliomielite paralítica que
jogam basquete em cadeira de rodas.
Serão selecionados para o estudo atletas dos principais clubes de basquete
em cadeira de rodas do estado de São Paulo.
As fontes que serão utilizadas para busca dos dados: Lilacs, Medline,
Pubmed e Livros, Teses nas bibliotecas da Escola Paulista de Medicina
(BIREME), Escola de Educação Física e Esporte da Universidade Federal de
São Paulo (EEFE -USP).
A pesquisa foi baseada no levantamento do histórico esportivo dos atletas,
a forma e a freqüência que é realizado o treinamento e o rendimento no último
ano durante os treinos semanais e nas competições.
Foi utilizado um questionário estruturado para verificar os possíveis fatores
predisponentes da Síndrome Pós - Poliomielite (SPP), nos atletas com seqüela
de poliomielite paralítica.
Os atletas serão avaliados por fisioterapeutas no ambulatório de Síndrome
Pós - Poliomielite no Setor de Doenças Neuromusculares da UNIFESP-EPM, e
também avaliados em seu respectivo clube e nos campeonatos.
Critérios de Inclusão
• Atletas do basquete em cadeira de rodas com o diagnostico
confirmado de poliomielite paralítica.
• Prática atividade esportiva por período superior um ano.
• Sexo masculino, idade entre 17 a 60 anos.
• Comprometimento membros inferiores (MMII).
4 – RESULTADOS
Dados Demográficos
Foram estudados 48 atletas deficientes com história de poliomielite
paralítica, todos os atletas eram do sexo masculino, com idade variando de 23
a 51 anos, média de 36, 4. Dos 48 atletas 32 (66,6%) eram brancos e 16
(33,3%) eram negros.
Tabela 1 - Atletas com História de Poliomielite Seg undo a Idade da Pólio
Dos 48 atletas estudados 35 (72,9%) tiveram a Pólio entre 1 e 12 meses de
vida, e 13 (27,0%) tiveram a Pólio entre 24 e 84 meses de vida
Tabela 2 – Atletas com história de Poliomielite Par alítica Segundo a
Seqüela Aguda e Residual
Idade Pólio
(meses)
n º %
2 1 2
3 1 2
5 2 4,1
6 6 12,5
8 1 2
9 3 6,2
11 1 2
12 20 41,6
24 8 16,6
36 1 2
48 1 2
60 2 4,1
84 1 2
total 48 100
Dos 48 atletas, 24 atletas (50,0%) sofreram uma diplegia na fase aguda,
passando para 32 atletas (66,6%) na fase residual.
Tabela 3 – Atletas com História de Poliomielite Paralítica Segundo os Membros
Afetados
Dos 48 atletas estudados, houve um predomínio da lesão dos membros
inferiores (43,7%), seguido do membro inferior direito (16,6%), membros
inferiores e membros superiores (14,5%), com a mesma porcentagem 8,3 os
membros inferiores mais o membro superior esquerdo e os membros inferiores
Seqüela Seqüela aguda % Seqüela residual %
Monoplegia (paresia) 8 16.6 14 29,1
Diplegia (paresia ) 24 50,0 32 66,6
Triplegia (paresia) 9 18,7 2 4,1
Quadriplegia (paresia) 7 14,5 0 0,0
Total 48 100 48 100
Membros
Acometidos
Seqüela
aguda
%
MID 8 16,6
MIE 1 2,0
MMII 21 43,7
MMSS 0 0,0
MMII / MMSS 7 14,5
MSD 0 0,0
MSE 0 0,0
MID / MSE 1 2,0
MSE / MIE 2 4,1
MMII / MSE 4 8,3
MMII / MSD 4 8,3
Total 48 100
mais o membro superior e direito, seguido de membro superior esquerdo e
membro inferior esquerdo (4,1%), e por último com 2,0% o membro inferior
direito e membro superior esquerdo; e o membro inferior esquerdo.
Tabela 4 - Atletas com História de Poliomielite Par alítica Segundo
Recuperação da Marcha
Dos 48 atletas, 34 atletas tiveram a recuperação da marcha com
auxiliares ou não, e 14 atletas não recuperaram a marcha, utilizando assim a
cadeira de rodas.
Idades de início no esporte adaptado
A idade de início para iniciar no basquete em cadeira rodas, variou de 12 á
48 anos, com média de idade de 25,52 anos.
Marcha n º %
Sim 34 70,8
Não 14 29,2
total 48 100
Tabela 5 - Atletas com História de Poliomielite Par alítica Segundo o tempo
de Atividade Esportiva
Ano de inicio no
esporte
Tempo
esporte
n º %
1977 31 1 2.0
1981 27 1 2.0
1982 26 1 2.0
1984 24 1 2.0
1985 23 2 4.1
1986 22 2 4.1
1987 21 3 6.2
1989 19 3 6.2
1990 18 2 4.1
1991 17 4 8.3
1993 15 2 4.1
1994 14 3 6.2
1995 13 1 2.0
1996 12 3 6.2
1997 11 2 4.1
1998 10 2 4.1
1999 9 2 4.1
2000 8 3 6.2
2001 7 1 2.0
2002 6 3 6.2
2003 5 3 6.2
2004 4 2 4.1
2005 3 1 2.0
total − 48 100
Treinamento Físico Realizado
O treinamento físico foi realizado em quadra de basquete de acordo as normas e medidas oficiais. O treinamento físico consistiu em aquecimento, alongamento, fortalecimento, velocidade, treino técnico e reabilitação com esporte.
Tabela 6 - Atletas com História de Poliomielite Paralítica Segundo a freqüência de
treinamento físico em dias por semana
Treinamento físico nº %
1 dia 1 2
2 dias 9 18.7
3 dias 26 54,1
4 dias 0 0
5 dias 12 25
Total 48 100
A maioria dos atletas (54,1%) treinam por um período de 3 dias durante a
semana.
Tabela 7 - Atletas com História de Poliomielite Par alítica Segundo a
freqüência de treinamento físico em horas por seman a
Treinamento Nº %
1 hora 2 4,1
2 horas 29 60,4
3 horas 13 27,0
4 horas 0 0,0
5 horas 4 8,3
Total 48 100
Dos 48 atletas, 29 atletas treinam por 2 horas cada treino, 13 atletas treinam por 3 horas diárias, 4 atletas treinam por 5 horas diárias e 2 atletas treinam por 1 hora diária.
Tabela 8 – Cruzamento referente à freqüência de exe rcícios realizados e
tempo de Poliomielite .
Tempo Polio
>= 32 anos
< 32 anos Total
Contagem 16 14 30 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios 53,3% 46,7% 100,0%
Contagem 13 3 16
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios 81,3% 18,8% 100,0%
Contagem 29 17 46 Total
% da Frequência Total de Exercícios 63,0% 37,0% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
3.490 1 -0,62
Dos 48 atletas 63,0% apresentam a seqüela de poliomielite por um período superior a
32 anos, sendo que 81,3% desses praticam atividade esportiva por um período maior
do que 7 horas semanais; 37,0% apresentam a poliomielite por um período menor do
que 32 anos e praticam esporte por menos de 7 horas.
Gráfico 1 - Referente à freqüência de exercícios re alizados e tempo de
Poliomielite (tabela 8).
Tabela 9 - Atletas com História de Poliomielite Par alítica Segundo o tipo
de treinamento físico realizado
Tipo de treinamento n º %
Alongamento 48 100
Aquecimento 48 100
Sit de jogo 48 100
Fortalecimento 35 72,9
Dos 48 atletas todos realizam treino baseado em alongamento, aquecimento e
situação de jogo, sendo que 35 atletas realizam o fortalecimento.
Tabela 10 – Cruzamento referente ao fortalecimento e tempo de
Poliomielite
Valor df
Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-
sided)
Qui - Quadrado de Pearson
3.184 1 -0,74
Dos 48 atletas 63,0% apresentam a poliomielite por um tempo maior do
que 32 anos, sendo que 70,6% desses realizam fortalecimento e 41,7% não
realizam; 37,0% dos atletas apresentam a poliomielite por menos de 32 anos
sendo que 29,4% realizam fortalecimento e 58,3% não realizam.
Gráfico 2 - Referente ao fortalecimento e tempo de Poliomielite (tabela 10)
Características clínicas da Síndrome Pós - Poliomie lite
Tempo Polio
>= 32 anos
< 32 anos Total
Contagem 5 7 12 Não
% com fortalecimento 41,7% 58,3% 100,0%
Contagem 24 10 34 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 70,6% 29,4% 100,0%
Contagem 29 17 46 Total
% com fortalecimento 63,0% 37,0% 100,0%
A síndrome pós - poliomielite apresenta 20 sinais clínicos, sendo que
nesta amostra foi realizado cruzamento de 9 destas que estão relacionados
diretamente com a atividade esportiva, serão demonstrados nas tabelas
abaixo.
Tabela 11 – Referente a todos os sinais da síndrome pós poliomielite e
os atletas estudados
Características nº %
Nova Fraqueza 13 27,0
Nova Atrofia 5 10,4
Dor Muscular 41 85,4
Dor Articular 35 72,9
Intolerância Frio 12 25,0
Fasciculação 3 6,2
Desvio Coluna 33 68,7
Aumento Peso 24 50,0
Disfagia 0 0,0
Depressão 9 18,7
Cefaléia 18 37,5
Cãibra 23 47,9
Fadiga 14 29,1
Disfonia 2 4,1
Ansiedade 36 75,0
Distúrbio sono 20 41,6
Memória/Concentração 10 20,8
Disfunção Urinaria 7 14,5
Cefaléia Matinal 6 12,0
Problemas Respiratórios 4 8,3
Tabela 12 – Cruzamento referente a freqüência de tr einamento e nova
fraqueza
Dos 48 atletas 72,9% não apresentam os sinais de nova fraqueza associado ao
treinamento físico.
Gráfico 3 - Referente à freqüência de treinamento e nova fraqueza (tabela
12).
N FRAQ SIM NÃO Total
Contagem 10 21 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
32,3% 67,7% 100,0%
Contagem 3 14 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
17,6% 82,4% 100,0%
Contagem 13 35 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 27,1% 72,9% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
1.187 1 -2,76
N ATROFIA SIM NÃO Total
Tabela 13 – Cruzamento referente à freqüência de tr einamento físico e
nova atrofia
Dos 48 atletas, apenas 5 (10,4%) referem sinais de nova atrofia sendo
que 4 atletas treinam por um período menor do que 7 horas semanais e 1 atleta
treina por um período acima de 7 horas semanais.
Gráfico 4 - Referente à freqüência de treinamento f ísico e nova atrofia (tabela
13).
Tabela 14 – Cruzamento referente à freqüência de tr einamento físico dos
atletas e a dor muscular.
Contagem 4 27 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
12,9% 87,1% 100,0%
Contagem 1 16 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
5,9% 94,1% 100,0%
Contagem 5 43 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 10,4% 89,6% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
580 1 -4,46
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui – Quadrado de Pearson
1.691 1 -193
Dos 48 atletas estudados, 41 (85,4%) atletas sentem dores musculares,
sendo que 28 deles sentem dores musculares treinando menos de 7 horas
semanais e 13 atletas sentem dores treinando mais de 7 horas semanais.
Gráfico 5 - Referente à freqüência de treinamento f ísico dos atletas e a dor
muscular (tabela 14).
Tabela 15 – Cruzamento referente ao treinamento dos atletas e a dor
articular.
DOR ART SIM NÃO Total
Frequência Total de Exercícios
Menor que 7 horas/ semanais Contagem 25 6 31
DOR MUS SIM NÃO Total
Contagem 28 3 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
90,3% 9,7% 100,0%
Contagem 13 4 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
76,5% 23,5% 100,0%
Contagem 41 7 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 85,4% 14,6% 100,0%
% da Frequência Total de Exercícios
80,6% 19,4% 100,0%
Contagem 10 7 17 Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
58,8% 41,2% 100,0%
Contagem 35 13 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 72,9% 27,1% 100,0%
Dos 48 atletas, 35 (72,9%) dos atletas sentem dores nas articulações
sendo que desses, 25 atletas sentem dores articulares treinando menos do que
7 horas semanais e 10 sentem dores treinando por um período superior a sete
horas semanais.
Gráfico 6 – Referente ao treinamento dos atletas e a dor articular (tabela
15).
Tabela 16 – Cruzamento referente ao treinamento dos atletas e a
depressão.
DP
SIM NÃO Total Frequência Total de
Exercícios Menor que 7
horas/ semanais Contagem 9 22 31
Valor df
Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
2.647 1 -104
% da Frequência Total de Exercícios
29,0% 71,0% 100,0%
Contagem 0 17 17 Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios 0,0% 100,0% 100,0%
Contagem 9 39 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 18,8% 81,3% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
6.074 1 -014
Dos 48 atletas estudados, 9 apresentam depressão sendo que todos treinam
por um período menor do que 7 horas semanais.
Gráfico 7 – Referente ao treinamento dos atletas e a depressão (tabela
16).
Tabela 17 – Cruzamento referente ao treinamento dos atletas e as cãibras
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson 479 1 -489
Dos 48 atletas, 23 sentem cãibras, sendo que 16 atletas sentem cãibras
treinando por um período menor que 7 horas semanais e 7 atletas sentem
cãibras treinando por mais de 7 horas semanais.
Gráfico 8 – Referente ao treinamento dos atletas e as cãibras (tabela 17).
CAIBRA SIM NÃO Total
Contagem 16 15 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
51,6% 48,4% 100,0%
Contagem 7 10 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
41,2% 58,8% 100,0%
Contagem 23 25 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 47,9% 52,1% 100,0%
Tabela 18 – Cruzamento referente ao treinamento dos atletas e a
fadiga.
FAD SIM NÃO Total
Contagem 11 20 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
35,5% 64,5% 100,0%
Contagem 3 14 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
17,6% 82,4% 100,0%
Contagem 14 34 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 29,2% 70,8% 100,0%
Valor df
Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-
sided)
Qui - Quadrado de Pearson
1.691 1 -194
Dos 48 atletas estudados, 14 sentem sinais de fadiga muscular, sendo que
3 desses atletas sentem a fadiga treinando por mais de 7 horas semanais e 11
atletas sentem a fadiga treinando por um período menor do que 7 horas
semanais
Gráfico 9 – Referente ao treinamento dos atletas e a fadiga (tabela 18).
Tabela 19 – Cruzamento referente ao treinamento esp ortivo dos atletas
e a ansiedade.
Dos 48 atletas estudados, 36 deles referem ter sinais de ansiedade, sendo que
27 sentem estes sinais treinando por um período inferior a sete horas semanais
e 9 sentem estes sinais treinando por um período superior a 7 horas semanais.
Gráfico 10 – Referente ao treinamento esportivo dos atletas e a
ansiedade (tabela 19).
Tabela 20 – Cruzamento referente ao treinamento dos atletas e ao
distúrbio do sono.
ASD SIM NÃO Total
Contagem 27 4 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
87,1% 12,9% 100,0%
Contagem 9 8 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
52,9% 47,1% 100,0%
Contagem 36 12 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 75,0% 25,0% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided) Qui -
Quadrado de
Pearson
6.831 1 -0,09
DIST SONO SIM NÃO Total
Contagem 16 15 31 Menor que 7
horas/ semanais % da Frequência Total de Exercícios
51,6% 48,4% 100,0%
Contagem 4 13 17
Frequência Total de Exercícios
Maior ou Igual a 7 horas/
semanais % da Frequência Total de Exercícios
23,5% 76,5% 100,0%
Contagem 20 28 48 Total % da Frequência Total de
Exercícios 41,7% 58,3% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson 3.563 1 -0,59
Dos 48 atletas, 20 atletas referem sentir alterações no sono, sendo que 16
destes sentem estes sinais treinando por um período inferior a 7 horas
semanais e 4 atletas referem estes sinais treinando por um período superior a
7 horas semanais.
Gráfico 11 – Referente ao treinamento dos atletas e ao distúrbio do
sono
(tabela 20).
Tabela 21 – Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos
atletas e o sinal de nova atrofia.
N ATROFIA SIM NÃO Total
Contagem 2 11 13 Não
% com fortalecimento 15,4% 84,6% 100,0%
Contagem 3 32 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 8,6% 91,4% 100,0%
Contagem 5 43 48 Total
% com fortalecimento 10,4% 89,6% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
472 1 -4,92
Dos 48 atletas apenas 5 atletas referem sinais de nova atrofia, sendo que 3
realizam fortalecimento e 2 não realizam.
Gráfico 12 – Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de nova atrofia (tabela 21)
Tabela 22 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de dor muscular.
DOR MUS SIM NÃO Total
Fortalecimento Não Contagem 10 3 13
% com fortalecimento 76,9% 23,1% 100,0%
Contagem 31 4 35 Sim
% com fortalecimento 88,6% 11,4% 100,0% Contagem 41 7 48
Total % com fortalecimento 85,4% 14,6% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
1.033 1 -3,10
Dos 48 atletas estudados, 41 apresentam sinais de dores musculares, sendo
que 31 atletas realizam fortalecimento e 10 atletas não realizam.
Gráfico 13 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de dor muscular (tabela 22).
Tabela 23 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de dor articular.
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
145 1 -7,03
Dos 48 atletas, 35 atletas referem sinais de dor articular, sendo que 25 atletas
realizam fortalecimento e 10 atletas não realizam.
Gráfico 14 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de dor articular (tabela 23).
Tabela 24 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de depressão.
DOR ART SIM NÃO Total
Contagem 10 3 13 Não
% com fortalecimento 76,9% 23,1% 100,0%
Contagem 25 10 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 71,4% 28,6% 100,0%
Contagem 35 13 48 Total
% com fortalecimento 72,9% 27,1% 100,0%
DP SIM NÃO Total
Contagem 2 11 13 Não
% com fortalecimento 15,4% 84,6% 100,0%
Contagem 7 28 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 20,0% 80,0% 100,0%
Contagem 9 39 48 Total
% com fortalecimento 18,8% 81,3% 100,0%
Dos 48 atletas estudados, 9 atletas referem sinais de depressão, sendo que
7 realizam fortalecimento e 2 não realizam.
Gráfico 15 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de depressão (tabela 24).
Tabela 25 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de câimbra.
CÃIBRA
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
133 1 -7,16
SIM NÃO Total
Contagem 8 5 13 Não
% com fortalecimento 61,5% 38,5% 100,0%
Contagem 15 20 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 42,9% 57,1% 100,0%
Contagem 23 25 48 Total
% com fortalecimento 47,9% 52,1% 100,0% Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
1.326 1 -2,50
Dos 48 atletas, 23 atletas referem sentir câimbras, sendo que 15 realizam
fortalecimento e 8 não realizam.
Gráfico 16 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de câimbra (tabela 25).
Tabela 26 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de fadiga.
FAD SIM NÃO Total
Contagem 4 9 13 Não
% com fortalecimento 30,8% 69,2% 100,0%
Contagem 10 25 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 28,6% 71,4% 100,0%
Contagem 14 34 48 Total
% com fortalecimento 29,2% 70,8% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
0.22 1 -8,82
Dos 48 atletas, 14 referem sinais de fadiga muscular, sendo que 10
realizam fortalecimento e 4 não realizam.
Gráfico 17 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de fadiga (tabela 26).
Tabela 27 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de ansiedade.
ASD
SIM NÃO Total
Contagem 8 5 13 Não
% com fortalecimento 61,5% 38,5% 100,0%
Contagem 28 7 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 80,0% 20,0% 100,0%
Contagem 36 12 48 Total
% com fortalecimento 75,0% 25,0% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
1.723 1 -1,89
Dos 48 atletas, 36 referem sinais de ansiedade, sendo que 28 realizam
fortalecimento e 8 não realizam.
Gráfico 18 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de ansiedade (tabela 27).
Tabela 28 - Cruzamento referente ao fortalecimento realizado pelos atletas
e o sinal de distúrbio do sono.
DIST SONO SIM NÃO Total
Contagem 4 9 13 Não
% com fortalecimento 30,8% 69,2% 100,0%
Contagem 16 19 35 Fortalecimento
Sim % com fortalecimento 45,7% 54,3% 100,0%
Contagem 20 28 48 Total
% com fortalecimento 41,7% 58,3% 100,0%
Valor df Asymp.Sig. (2-sided) Exact Sig. (2-sided) Exact Sig. (1-sided)
Qui - Quadrado de Pearson
871 1 -3,51
Dos 48 atletas, 20 referem sentir distúrbios do sono, sendo que 16 realizam
fortalecimento e 4 não realizam.
Gráfico 19 - Referente ao fortalecimento realizado pelos atletas e o sinal
de distúrbio do sono (tabela 28).
5 - DISCUSSÃO
O basquete em cadeira de rodas surgiu após a Segunda Guerra Mundial como reabilitação
dos soldados, que ficaram paraplégicos, amputados ou portando outra seqüela que a guerra
deixou e dentre esses os que apresentavam seqüela de poliomielite. A primeira modalidade
que surgiu foi o basquete em cadeira de rodas e no Brasil iniciou em 1958.
Segundo dados da Federação Paulista de Basquete Sobre Rodas (FPBSR) há 91
deficientes com história de poliomielite do sexo masculino com média de idade 34.8 anos em
atividade.
CONDE 2003 ressalta que na prática do basquete em cadeira de rodas os atletas
apresentam alterações na biomecânica, favorecendo ganho de força muscular, equilíbrio
estático e dinâmico, coordenação motora, dissociação de cinturas, melhorando a resistência
física, favorecendo agilidade do manejo da cadeira de rodas e/ou adaptação física global e
melhorando o perfil psicológico. Podemos observar ganhos variados, como a melhora da auto-
estima, integração social, redução da agressividade, dentre outros benefícios.
Segundo SOBOL, CORTEZ, PIRES, CAMARGO, GONÇALVES et. al., relatam que a
Poliomielite é uma doença de caráter agudo causada pela ação de um vírus, ocasionando
paralisia em cerca de 1% a 2% dos indivíduos infectados. Foi na década de 1970 e início de
1980 que se observou relatos de novos sintomas após anos da Poliomielite, a partir de então
em 1986 houve o reconhecimento de uma nova síndrome denominada Síndrome Pós -
Poliomielite (SPP) que é caracterizada por nova atrofia, dor muscular e ou articular e nova
fraqueza nos músculos acometidos, como também nos que não foram acometidos nos
sobreviventes da Poliomielite Paralítica cerca de 15 anos após o período de recuperação
aguda da doença SMITH & KELLY e OLIVEIRA.
A SPP não tem uma causa definida, mas há várias teorias que tentam
explica - lá, parece ser causada por degeneração progressiva das unidades
motoras que apresentam grande brotamento compensatório reinervação
associada a desequilíbrio músculo esquelético tendo como principal fator de
risco a atividade física em excesso. (TROJAN 1997, JUBEL 1999, TROJAN
2005).
DALAKAS (1995), HALSTED (1995) e WIECHERS (1981), apontam que
atividade física em excesso poderia acelerar o processo de degeneração das
unidades motora gigante exposta a sobrecarga (overuse) e ao processo de
desequilíbrio no remodelamento causando desnervação e aumentando o grau
de fraqueza.
No presente estudos, foram coletados dados de 48 atletas deficientes com
história de Poliomielite aguda do sexo masculino, que jogam basquete em
cadeira de rodas, com média de idade de 36, 4 anos. Dos 48 atletas 66,6%
eram brancos e 33,3% eram negros.
Foi realizada uma pesquisa utilizando um questionário estruturado baseado
no histórico da poliomielite, no tipo e a freqüência que é realizado o
treinamento físico dos atletas do basquete em cadeira de rodas.
Foi possível verificar através do histórico da Poliomielite que a maioria dos
atletas (72,9%) tiveram a poliomielite entre 1 e 12 meses de vida e o restante
(27%) tiveram a poliomielite entre 24 e 84 meses de vida.
Referente à distribuição topográfica da seqüela aguda e residual da
poliomielite foi demonstrado que a metade dos atletas (24 atletas) tiveram
Diplegia (50,0%) seguido de Triplegia (18,7%), Monoplegia (16,6%) e
Quadriplegia (14,5%), após recuperação funcional houve uma boa evolução
dos atletas que apresentavam Quadriplegia e Triplegia, ambos evoluíram para
uma Diplegia ou em alguns casos uma Monoplegia.
Dos 24 atletas que tiveram Diplegia, 21 evoluiram para diparesia e 3
evoluiram para monoparesia; dos 9 que tiveram triplegia, 6 evoluiram com
diparesia, 2 evoluiram com monoparesia e 1 com triparesia; dos 8 que tiveram
monoplegia evoluíram com monoparesia e dos 7que tiveram quadriplegia, 5
evoluiram para diparesia, 1 para monoparesia e o restante para triparesia.
Os achados deste presente estudo estão de acordo com os achados de
Conde 2006, que relata quanto à distribuição topográfica dos membros
inferiores (MMII) acometidos em grande predomínio (43,7%). Entretanto
(16,6%) com membro inferior direito (MID) comprometido; 14,5% em
MMII/MMSS (membros superiores); 8,3% em MMII/MSE (membro superior
esquerdo) e MMII/MSD; 4,1% em MSE/MIE (membro inferior esquerdo); e
apenas (2,0 %) com predomínio em MID/MSE e MIE, sendo que 70,8%
recuperaram marcha e o restante 29,2 % eram cadeirante.
Este predomínio de acometimento em MMII encontrados nesta amostra está
de acordo com os dados apresentados na literatura por Halsted (1985),
Dalakas (1995), Quadros (2004) e Arondini (2005).
Maynard 2000 concorda que os membros inferiores (MMII) são os mais acometidos na SPP devido à descarga de peso e a sobrecarga de trabalho ao longo da vida, não consegue se encontrar o mesmo resultado entre atletas, pois os MMSS para a prática do basquete em cadeira de rodas são os mais solicitados e em especial o MSD que, de acordo com este presente estudo não encontramos nenhum atleta que teve acometimento de MSD, mesmo estando relacionado as principais queixas associadas a prática do esporte; estando de acordo com os achados de Conde 2006.
Observamos no histórico dos atletas estudados com história de poliomielite
paralítica, segundo o tempo de atividade esportiva de basquete em cadeira de
rodas, variou entre 12 a 48 anos de idade com média de idade de 25,5 anos, o
tempo de prática esportiva variou de 3 a 31 anos, sendo que 11 atletas (22,4%)
tinham de 21 a 31 anos de esporte; 20 atletas (42.4%) tinham de 11 a 19 anos
de esporte e 17 atletas (34,9%) tinham de 3 a 10 anos de esporte.
A freqüência de treinamento físico dos 48 atletas estudados variava de 1 a 5
dias por semana, sendo que 26 atletas (54,1%) treinavam 3 dias na semana,
12 atletas (25%) treinavam cinco dias na semana, 9 atletas (18,7%) treinavam
2 dias na semana e apenas 1 atleta (2,0%) treinava uma vez na semana; a
freqüência de horas por semana variava de 1 a 5 horas por dia, verificamos
que a maioria deles 60,4 % treinavam 2 horas por dia, 27,0% treinavam 3 horas
por dia, 8,3 % treinavam cinco horas por dia e o restante 4,1% treinavam
apenas 1 hora por dia.
Gregual 2001 refere que pesquisas encontradas na literatura relatam que
apenas a preparação física quanto ao desenvolvimento da força máxima e
potência, buscando indiretamente o desenvolvimento da agilidade, mas para
que o atleta obter um bom resultado é necessário que ele treine no mínimo 3
vezes por semana.
No estudo de Conde 2006, com grupo de 21 atletas foi possível verificar que
a grande maioria dos atletas treinava de 2 á 3 horas na semana durante 3 dias
da semana e que além de praticarem esporte tinham uma segunda profissão.
Em nossos achados podemos observar que os dados encontrados
relacionando a freqüência de treinamento físico e tempo da poliomielite,
verificamos que 63,0% apresentam seqüela de poliomielite por um período
superior a 32 anos, sendo que 81,3% desses praticavam basquete em cadeira
de rodas por um período maior que 7 horas semanais e 37,0% apresentavam
a poliomielite por um período menor que 32 anos e jogam basquete em
cadeira de rodas por um período menor que 7 horas. Entretanto o que nos
chama atenção é que, aqueles atletas que treinavam menos do que 7 horas
semanais tem um tempo maior de poliomielite.
O treinamento físico dos atletas em seus clubes de origem era baseado em
alongamentos, aquecimentos, situações de jogos e fortalecimento em (100%)
dos 48 atletas e 13 atletas (27,1%) não realizavam fortalecimento.
Quando comparamos o tempo de poliomielite relacionado ao fortalecimento
foram encontrados dois grupos. No primeiro os resultados encontrados
mostram que 63,0% apresentam a poliomielite por um período superior 32 anos
e que 70,6% desses atletas realizam fortalecimento e 41,7% não realizam
fortalecimento. Entretanto há um segundo grupo pode observar que 37,0% dos
atletas apresentam a seqüela da poliomielite por período menor que 32 anos, e
que 29,4% realizam fortalecimento, porém 58,3% não realizam.
Gregual 2001 e Conde 2006 concordam quanto à forma de treinamento dos
atletas de basquete em cadeira de rodas.
Em estudo relatos por Gregual 2001 com atletas do basquete em cadeira de
rodas dos Estados Unidos, relata que eles são submetidos regularmente, a
treinamento constantes com freqüência mínima de três vezes por semana e no
máximo cinco vezes na semana por cinco horas semanais.
Os achados encontrados nos relatos de Gregual e Conde estão de acordo
com os resultados encontrados em nosso trabalho.
Gregual 2001 afirma também que o treinamento procura desenvolver a
força e a potência nos atletas, buscando indiretamente agilidade e grande pico
de aceleração através dos treinos de velocidade, onde o atleta deve percorrer
distância curta no menor tempo possível com mudanças bruscas de direção e
deslocar a cadeira em zigue – zague para não bater nos obstáculos colocados
no percurso Stoke & Ryan 2000, concordam com Gregual sobre esta descrição
do esporte.
Smith & Kelly 2004 dizem que o exercício físico ou a prática destes favorece o
aparecimento de novos sinais e sintomas como nova fraqueza e fadiga.
Dalakas 2001 defende a teoria que o estresse acumulativo durante muitos
anos sobre músculos, tendões e articulação juntamente com overuse favorece
o surgimento dos sinais tardios da poliomielite.
Porém Conde 2006 relata em seus achados não foi encontrada uma relação
direta entre a SPP e atividade física o basquete em cadeira de rodas.
No presente estudo realizada a comparação dos sinais clínicos da
poliomielite relacionando com atividade esportiva e podemos verificar que
alguns deste apresentam uma relação direta com as queixas quanto a lesões
provocadas pela pratica do esporte.
Ficando evidente que dos 48 atletas estudados 85,4% dor muscular, 72,9%
dor articular, 75,0% ansiedade, 47,9 cãibra, 41,6 distúrbio do sono, 29,1 fadiga,
27,0% apresentavam nova fraqueza, 18,7 depressão e 10,4% apresentavam
nova atrofia.
É importante ressaltar que dos 13 atletas que apresentaram a nova
fraqueza apenas 5 referem os sinais tardios da SPP por um período superior a
um ano e os outros 8 atletas referem à nova fraqueza por período menor que
um ano, e permanecem sendo investigados para acompanhar o
desenvolvimento dos sintomas.
Os achados encontrados neste trabalho quanto aos sinais clínicos estão de
acordo com os encontrados nos estudo de Conde 2006, Quadros 2004,
Oliveira 2002.
O treinamento físico dos atletas do basquete em cadeira de rodas
normalmente ocorre durante a semana, sendo que temos atletas treinam 3 ou 5
dias por semana, tornando se importante relacionarmos os sinais tardios da
SPP com freqüência e observamos se apresenta algum tipo de influência no
desenvolvimento da síndrome.
No presente estudo foi realizado o cruzamento das tabelas sobre freqüência
e de treino e alguns sinais da SPP, sendo possível verificar que a freqüência
total de treinamento não está relacionada ao surgimento da nova fraqueza. Dos
48 atletas 82,4% não apresentam sinais de nova fraqueza quando relacionado
as freqüência total de treino e atividade física por período superior ou igual a 7
horas por semana
Em relação à nova atrofia nos 48 atletas estudados apenas 5 (10,4%)
apresentam sinais de nova atrofia, sendo que 4 atletas treinam por um período
menor do que 7 horas por semanais e 1 atleta treina por um período acima de
7 horas por semanal e 94,0% destes não apresentam sinais de nova atrofia,
continuando treinando por um tempo maior ou igual a sete horas por semana
Estes 5 atletas que referem a nova atrofia são os mesmo atletas do estudo
de Conde 2006 e estão sendo acompanhado sobre a evolução da doença e
atualmente não estão apresentando nenhuma alteração do quadro continuando
em plena atividade esportiva.
Os achados encontrados neste estudo estão de acordo com a pesquisa de
Conde 2006 e Almendros 2006.
Outras características e comparada foi em relação a dor muscular e
articular, 85,4% apresentam dor muscular relacionado à freqüência total de
treinamento e ao tempo de treino, e 90,3% treinavam por um período menor
que 7 horas por semanais e 76,5% treinam por um período maior ou igual a 7
horas;
Entretanto 14,6% não apresentam dor muscular relacionado ao tempo e
freqüência total de treinamento, esta dor era associada a fator idade e atividade
que exige muito esforço físico durante os treinos e competições.
Um dos problemas hoje do paradesporto e manter em atividade atletas com
faixa etária entre 37 e 40 anos realizando as mesmas cargas de treinamento do
inicio da carreira esportiva, sendo esta uma das principais queixas relatas pelos
atletas.
Quanto à dor articular os achados deste estudo diz que dos 48 atletas
estudados 72,9% apresentam dor articular, sendo que 80,6% treinam por um
período menor que 7 horas por semana, 58,8% treinam por um período maior
ou igual há 7 horas pó semana; o restante 13% não apresentam dor articular e
não apresentam resultados significantes para se diferenciar e classificar em
períodos de tempo maior/igual e menor.
Segundo BERNADIL 2003, TROJAN 1997, JUBELT 1999 e TROJAN 2005
alguns sintomas como fraqueza, fadiga muscular, atrofia e fadiga generalizada
parece ser causada por degeneração progressiva da unidade motora e
sintomas como dor muscular e/ou articular parecem se resultados de um
excessivo desequilíbrio músculo esquelético, entretanto em nosso estudo
realizado com os 48 atletas observamos que apenas 29,2% apresentavam
fadiga, sendo que 35,5% tinham um treinamento menor que 7.
A depressão foi um dos dados relatos por Conde 2006 em seu estudo que
mostrou um resultado expressivo devido ao fato de todos os jogadores
relatarem sua presença associada à não conseguir vencer a competição.
Estudos de outros autores que relatam o perfil do atleta dizem que a depressão
é uma das principais causas de alterar o desempenho do atleta em jogo
STOKE e RYAN 2000.
Em nossos achados os resultados encontrados estão de acordo com os dos
autores acima, onde 81,3% não apresentam depressão, sendo que 71,0%
treinavam menos que 7 horas por semanais e o restante treinavam por um
período maior ou igual há 7 horas por semana; somente 18,8% apresentavam
depressão, sendo que todos treinavam por um período menor que 7 horas.
Os atletas foram avaliados quanto à freqüência de treino e relacionadas
com sinais como a cãibra sendo possível identificar que 52,1% não
apresentavam e 58,8% treinavam e 47,9% apresentavam cãibras e treinavam
por período superior a 7 horas semanais.
A queixa de cãibras refere se à atividade esportiva e muitos deles relatam
que não fazem um acompanhamento alimentar para repor as energias gastas
durante de cinco horas.
Quanto à ansiedade é um outro fator que nos chama muito a atenção,
devido ao fato de que atrapalha muito o desempenho e o crescimento do atleta.
Em estudo de Conde 2006, os resultados mostrados demonstraram que
quase todos se queixam, associando a mesma má fase durante as
competições, acabava acontecendo com que estes atletas sejam substituídos
durante uma partida de basquete em cadeira de rodas.
Entretanto dos 48 atletas estudados identificamos que 75,0% apresentam
ansiedade quando tiveram um treino com um período maior ou igual a sete
horas e as alterações do sono é aparente em atletas que treinam por um
período menor que 7 horas por semana, sendo que a maioria destes, treinam
por um período menor que 7 horas por causa do trabalho, estes atletas chegam
a trabalhar 8 horas por dia, pois necessitam se manter pelo motivo do qual
muitos não são remunerados pelos respectivos clubes e depois do trabalho
vão direto para os treinos, sendo assim, um sinal de fadiga e não de nova
fraqueza na maioria dos casos, pois trabalham o dia todo e ainda chegam a
treinar várias horas por dia.
Os achados encontrados neste estudo a respeito da comparação de
fortalecimento e nova atrofia muscular dos 48 atletas, demonstra que a grande
maioria 89,6% não apresentam sinais de nova atrofia, relacionado sendo que
destes atletas 91,4% realizam fortalecimento e 84,6 não realizam; encontramos
assim uma porcentagem muito pequena (10,4%) não apresentam sinais de
nova atrofia mesmo estes realizando ou não fortalecimento não apresentam
dados significativos.
Os resultados das comparações entre fortalecimento e dor muscular
verificaram que 85,4% apresentavam sinais de dor muscular, sendo que destes
41 atletas, 31 realizavam o fortalecimento e o restante (10) não realizavam;
encontramos uma semelhança também nos sinais de dor articular 72,9% (35)
dos atletas apresentam dor articular relacionado ao fortalecimento, sendo que
destes atletas 10 não realizam fortalecimento e 25 realizam.
Os achados da literatura mostraram que os sinais de dores musculares e
dores articulares são características da síndrome pos poliomielite (SPP).
Entretanto os achados do nosso estudo demonstram que as dores
articulares e musculares estão relacionadas a tipo e freqüência de treinamento
e forma como eles são executados, sendo assim, ficou evidente que os atletas
que mais referem dores são aqueles que treinam por um período menor de
tempo e apresentam um pouco espaço de tempo para descansar a
musculatura e repor as energias, pois precisam associar atividade esportiva
com trabalho em outros locais.
Quando comparamos cãibra com fortalecimento os resultados obtidos foram
que os atletas estudados apresentam apresentaram quase a mesma proporção
de sinais de cãibra em relação ao fortalecimento, pois encontramos que dos 48
atletas estudados 57,1 (25) não apresentam sinais de cãibra, sendo que 20
atletas realizam fortalecimento e 5 não realizam; 47,9% (23) atletas
apresentam sinais de cãibra, sendo que 15 deles realizam fortalecimento e 8
não realizam, sendo assim os sinais de cãibra estão relacionados ao
fortalecimento.
Segundo dados de Hervatim 2004, a fadiga degrada o desempenho e todo
efeito negativo no desempenho muscular acima da capacidade da unidade
motora, é a fadiga central, levando a processos inibitórios no cérebro, isso
ocorre nos atletas e sobreviventes da poliomielite. Nossos achados estão de
acordo, pois dos 48 atletas estudados 70,8% (34) atletas não apresentavam
sinal de fadiga, sendo que 25 realizavam fortalecimento e 9 não realizavam.
Quanto à ansiedade relacionada ao fortalecimento segundo dados do
presente estudo, dos 48 atletas 75% (36) apresentam o sinal de ansiedade;
sendo que 28 destes realizavam fortalecimento e 8 não realizavam o restante
12 não apresentavam sinal de ansiedade.
Quanto ao sinal de distúrbio do sono encontramos que dos 48 atletas
estudados 58,3% (28) deles não apresentavam o sinal de distúrbio do sono,
sendo que destes 19 realizavam fortalecimento e 9 não realizavam; 41,7% (20)
apresentavam sinal de distúrbio do sono e a maioria destes (16) realizavam
fortalecimento.
As orientações quanto ao tipo e a freqüência de treinamento físico
começaram a mudar porque muitos médicos orientavam repouso para
preservar a função motora residual.
Por fim verificou-se que o desuso poderia ser mais prejudicial do que o
overuse.
Tornando se necessária à intervenção fisioterapeuticas para reduzir a carga
sobre o músculo, tendões e articulações, eliminando a dor e a fadiga e ainda
criar uma reserva de energia para o músculo.
O treino no basquete em cadeira de rodas basicamente se divide em duas
partes: o treino de força e o ganho de agilidade do atleta. Geralmente o treino
de força é realizado com exercícios com bola medicinal e aparelhos de
musculação. Para a agilidade os atletas realizam exercícios de mudanças de
direções que se assemelham com algumas situações de jogo.
O tipo e a freqüência de treinamento físico do basquete em cadeira de
rodas não são descritos na literatura, sendo assim, encontramos muitas
dificuldades para encontrar artigos relatando o assunto, ficando aqui nossa
sugestão para que seja feito um livro de esporte adaptado com todas as
adaptações na forma de como é realizado os treinamentos dos atletas do
paradesporto.
6 - CONCLUSÃO
Tipo e a Freqüência de treinamento físico parecem não estar
influenciando no surgimento dos sinais tardio da SPP.
Há indícios da SPP em 5 atletas encontram se em acompanhamento
sem alteração no desempenho.
Atletas que treinam menos horas e menos dias na semana são os que
apresentam maiores déficit de força muscular, dor articular e muscular.
Dor muscular e articular parece estar ligada ao tempo de atividade
esportiva e a freqüência dos treinos.
Os atletas que treinam por período superior a sete horas semanais
parecem não apresentar alterações quanto os sinais da SPP.
Tipo de Fortalecimento parece não interferir nos sinais da SPP.
O tipo e a freqüência de treinamento físico parecem não estar
influenciando nos sinais da SPP, porém conseguimos encontrar um grande
número de atleta que parecem estar desenvolvendo o sinal tardio da SPP e
que se confundem com as queixas quanto à forma do treinamento e tempo de
atividade esportiva relacionada com alta faixa etária.
ANEXOS
Anexo 1 – Termo de aprovação do comitê de ética e p esquisa
Anexo 2 – Termo de Consentimento livre e Esclarecid o
Título: Prevalência dos atletas com seqüela de poli omielite no basquete em cadeira de rodas
O esporte adaptado surgiu após a 2º guerra mundial, como reabilitação
para os soldados. Em 1958 iniciou no Brasil através de Sergio Seraphim Del
Grande e Robson de Almeida ambos paraplégicos iniciaram o esporte
adaptado começando pelo basquete sobre rodas.
Hoje temos vários clubes de basquete sobre rodas que são formados por
atletas de diversas deficiências, e em sua maioria por atletas com seqüela de
poliomielite que é uma doença anterior aguda, causada por um vírus de
gravidade extremamente variável, que pode apresentar manifestações clínicas,
acompanhadas ou não de paralisias.
Entretanto hoje se fala da Síndrome Pós - Póliomielite (SPP), que causa
uma desordem neurológica e acomete pessoas com poliomielite paralítica
prévia geralmente 15 anos ou mais após a doença aguda. A SPP se manifesta
através de vários sinais clínicos como nova fraqueza progressiva, fadiga, dor
muscular e/ ou articular, distúrbio do sono, intolerância ao frio, dificuldade
respiratória, deglutição e nova atrofia mesmo freqüente.
Este trabalho tem como objetivo de verificar os efeitos do treinamento físico
em atletas com historia de poliomielite paralítica relacionados ao tempo da
prática esportiva, serão avaliados aproximadamente 40 atletas que praticam
basquete sobre rodas, a avaliação será realizada, no Setor de Doenças
Neuromusculares da UNIFESP – EPM.
Para realizar nossa pesquisa você responderá algumas perguntam sobre:
a) Sua história da pólio aguda (a doença na sua infância);
b) Sua história como atleta no basquete em cadeira de rodas;
c) Pergunta especifica sobre a sua saúde hoje;
d) Tipo do seu treinamento físico;
e) Tempo do treinamento físico.
A qualquer momento você terá acesso aos dados obtidos no estudo e
também aos profissionais repensáveis pela pesquisa para esclarecimento e
eventuais dúvidas. Os principais investigadores são as Fisioterapeutas Thalyta
do Nascimento Augusto e Renata dos Passos Silva que podem ser
encontradas no endereço Rua Pedro de Toledo, 377 telefones 55713324 /
55792668. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa,
entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) Rua Botucatu,
572 1º andar Cj 14, 5571 – 1032 Fax 5539 – 7162 E-mail, [email protected].
Você terá garantia e a liberdade da retirada do seu consentimento a
qualquer momento sem qualquer prejuízo á continuidade do seu tratamento na
instituição.
Não há despesas pessoais para você como participante e em qualquer
fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não haverá
compensações financeiras relacionadas da sua participação. Se existir
despesa adicional, ela será pelo orçamento da pesquisa.
Acredito ter sido suficiente informado a respeito das informações pelas
pesquisadoras, Ft. Thalyta do Nascimento Augusto, Ft. Renata dos Passos
Silva, Ft Esp. Maria Salete Conde, pelos Ft. Ms. Abrahão Augusto Juviniano
Quadros e Ft. Ms. Marco Antonio Ferreira Alves ou pela equipe do Ambulatório
de Síndrome Pós - Poliomielite da UNIFESP / EPM.
Concordo voluntariamente em participar de este estudo poderei retirar
meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem
penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer beneficio que possa ter adquirido,
ou no meu atendimento neste serviço.
----------------------------------------------------------- Data / / Assinatura do paciente / representante legal ----------------------------------------------------------- Data / / Assinatura da testemunha Para o responsável do projeto: Declaro que de forma apropriada e voluntária o Consentimento livre e Esclarecido deste paciente ou representante legal pra a participação neste estudo. ----------------------------------------------------------- Data / / (Thalyta do Nascimento Augusto) CREFITO 21777 (Renata dos Passos Silva) CREFITO 22131
ANEXO 3 - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO
ATLETA COM SEQÜELA DE PÓS-POLIOMIELITE
1 – Identificação Nº seqüencial _______ RH
2 – Anammese
a) Historia da Poliomielite Aguda:
Data _____/_____/2007. Membro dominante: D � E � Nome: _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Data de Nasc. _____/_____/_____ Idade:______________ Sexo: M � F � Naturalidade _________________________________________________ Estado ________________ Procedência ____________________________________________ _______________ Etnia: B � N � A � Estado Civil ____________________Profissão _________________________ Endereço __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ CEP__________________________ Cidade/Estado ___________________________________ Tel _____________________________________ Celular ___________________________________ E-mail _____________________@_________ Modalidade Atual: _____________________
ClasClassificação Funcional: __________________ Peso _____Kg Altura: _________ IMC:
Cadeirante: SIM � NÃO € Andante: SIM € NÃO €
Local (Cidade/Estado)________________________________________________________________ Idade: ______________________________ Ano ____________
Vacinação: Não � Sim � � Suporte ventilatório qual? � VM� PA
Seqüela: � Quadriplegia � Triplegia � Diplegia � Monoplegia
MMSS � MMII � MSD � MSE � MID� MIE � � Franqueza de musculatura bulbar
Recuperação da Marcha: � Não � Sim � Independente � uso de Órtese � uso de auxiliar � cadeirante
Seqüela Residual: � Monoparesia � Diparesia � Triparesia � Quadriparesia *M+afetado
b) Sintomas até o momento da primeira consulta:
Queixas ���� Nova Fraqueza ���� Disfagia ���� Ansiedade � Nova Atrofia � Depressão � Distúrbio do Sono
� Dor Muscular � Cefaléia � Memória/Concentração
� Dor Articular � Cãibra � Disfunção urinária
� Intolerância ao Frio � Fadiga � Cefaléia Matinal
� Fasciculação � Disfonia � Problema Respiratório
� Desvio de coluna � Obstipação intestinal
� ↑ do Peso Corporal
Apresenta dor em suas atividades esportivas? € Sim € Não € antes € durante € após Em qual parte do seu corpo esta Localizada a dor ? Ombro D € E € Cotovelo D € E € Punho D € E € Dedos D € E € Tórax € Coluna: Cervical € Lombar € sacral € Quadril D € E € perna D € E € joelho D € E € pé D € E €
Quanto tempo apresenta este quadro de dor? € Dias € meses € anos
Apresenta fadiga/cansaço nas atividades esportivas? Antes € durante € após €
Durante sua vida esportiva já realizou alguma avaliação cardíaca? SIM € NÃO €
Precisou realizar teste de esforço? SIM € NÃO €
No ultimo ano fez avaliação respiratória? SIM € NÃO €
Diminuição da funcionalidade? Apresenta fraqueza progressiva? SIM € NÃO € SIM € NÃO € Quando iniciou no esporte adaptado?
Idade_____ Ano________ Qual a modalidade que iniciou no esporte? � atletismo � tiro esportivo � basquete � natação � �
4 – Treinamento:
Freqüência de treinamento: � 1 vez por semana � 2 vezes por semana � 3 vezes por semana � 4 vezes por semana � 5 vezes por semana � 6 vezes por semana � 7 vezes por semana Tempo de treinamento (em horas): � de 1 a 2hs � de 2 a 3hs � de 3 a 4hs � de 5 a 6hs Como é realizado seu treinamento: � Alongamento � Pescoço � SIM � NÃO
____ séries ____segundos � MM Superiores � SIM � NÃO � Bíceps � Tríceps � Flexores de punho � Extensores de punho � Deltóide ____ séries ____segundos � Tronco � SIM � NÃO � Flexores � Extensores � Oblíquos ____ séries ____segundos � Aquecimento � Corrida � SIM � NÃO
� Frente � com bola � sem bola ____ qtde � Trás � com bola � sem bola ____ qtde � Ziguezague � com bola � sem bola ____ qtde
� Arrancada � SIM � NÃO ____ qtde � com bola � sem bola
� Parada brusca � SIM � NÃO ____ qtde � com bola � sem bola
� Situações de jogos � Passes � SIM � NÃO � Passe Alto ____ qtde � Passe Picado ____ qtde � Passe de Peito ____ qtde � Passe de Gancho ____ qtde � Outros:___________________ ____ qtde
� Ombro Ex________ Séries____ Rep____ Carga____ Ex________ Séries____ Rep____ Carga____ Ex________ Séries____ Rep____ Carga____
� Flexores de punho Ex________ Séries____ Rep____ Carga____
Ex________ Séries____ Rep____ Carga____ � Extensores de punho Ex________ Séries____ Rep____ Carga____
Ex________ Séries____ Rep____ Carga____ � Interósseos Ex________ Séries____ Rep____ Carga____
6 – Desempenho no jogo Posição:______________________________ Média de Pontos por jogo:________________ Número de Faltas Cometidas (aproximadamente): � nenhuma � 1 � 2 � 3 � 4 � acima de 5 Número de substituições: � nenhuma
Anexo 4 - Fotos
Anexo 4 - Fotos
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