Download - Relatório final da cpa ciclo avaliativo 2010
RELATÓRIO FINAL DA AUTOAVALIAÇÃO DA UNIABC
Relatório final da Avaliação Institucional realizada no decorrer do ano letivo de 2010 da Universidade do Grande ABC.
Santo André 2011
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UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC ‐ UNIABC
Reitor
Prof. Azurem Ferreira Pinto
Vice‐Reitora
Profa. Ana Gracinda Queluz Garci
Pró‐reitor acadêmico
Prof. Ms. Marcos Júlio
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO 2010
Coordenador: Prof. Claudemir Martins da Silva
Vice‐coordenador: Profa. Eneida Yuri Suda
Secretário Geral: Prof. Alexandre Manduca e Eleandra Ap. Lelli
Representantes Docentes: Profa. Lucirene Ap. Carignato, Profa. Danielle G. Lima, Prof. Odeir Rizo,
Representante dos Coordenadores: Patrícia Santiago Improta e Prof. Ricardo C. Moreira Representantes Discentes das Graduações: Fabio Luigi Di Credico (Mecatrônica), Tatiane Nery Martins
(Veterinária) e Sandra Lucia Bevevino (Direito).
Representante Discente Pós‐graduação: Fabio Almeida Franco.
Representante do Corpo Técnico Administrativo: Renato César Parolin e Maria de Fátima M. Batista.
Representa comunidade externa: Ceila Regina Pereira Anhaia de Lemos. (CIEE)
Março 2011
A avaliação não é uma tarefa para os que têm medo de ir além das aparências e de buscar o sentido e a gênese da universidade “pública” que temos nem para os que acomodam diante dos problemas e das dificuldades, preferindo lamuriar a falta de verbas, o descompromisso do Estado para com a educação pública, as “crises” da instituição, sem se comprometer com o pensamento, nem romper com o corporativismo, com o individualismo e a partidarização da vida universitária. Pelo contrário, é um trabalho, isto é, um processo de superação do existente e de produção do novo, um desafio para quem não tem medo do questionamento e da crítica, de enfrentar os interesses privados presentes na instituição que se diz pública, nem de fazer história, de se constituir como homem, intelectual, cidadão, ser livre e responsável pelo presente e o futuro da humanidade, da sociedade, da universidade.
Ildeu Moreira Coêlho
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Resumo Este relatório apresenta os resultados referentes à Avaliação Institucional realizada pela CPA no ano letivo de 2010 sobre a Universidade do Grande ABC a luz da Lei 10.861/04 do SINAES ‐ Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior ‐ que versa sobre as 10 Dimensões que as Instituições de Ensino Superior devem observar para realizar o processo avaliativo, bem como o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional 2007‐2011), o PPI (Projeto Político Institucional) e os PPC’s (Projetos Pedagógicos de Curso). Os resultados apresentados ao longo do documento são fruto de pesquisas realizadas, consultas públicas à comunidade acadêmica da UniABC e informações coletadas ao longo do ano de 2010. Palavras‐chave: Avaliação Institucional, Comissão Própria de Avaliação e Universidade do Grande ABC.
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Sumário
INTRODUÇÃO ________________________________________________________________________ 9
1.1. Critérios de avaliação interna e externa MEC. ______________________________________ 10
1.2. A Universidade do Grande ABC __________________________________________________ 14
1.3. Pré‐requisitos da Avaliação Institucional na UniABC _________________________________ 17 1.3.1. Divulgação ________________________________________________________________________ 18
1.3.2. Envolvimento dos dirigentes __________________________________________________________ 20
1.3.3. Dificuldades _______________________________________________________________________ 21
1.3.4. Formas de acesso ___________________________________________________________________ 23
1.3.5. Construção de relatórios da avaliação __________________________________________________ 24
1.3.6. Construção da Autoavaliação na UNIABC. _______________________________________________ 26
1.4. Sensibilização da Comunidade Acadêmica _________________________________________ 31
1.5. A Avaliação Institucional quantitativa realizada em 2010_____________________________ 36
1.6. Critérios adotados para a análise dos resultados quantitativos ________________________ 37
1.7. Critérios adotados para a análise dos resultados qualitativos _________________________ 38
2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL À LUZ DO SINAES ________________________________________ 40
2.1. Dimensão I ‐ Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional _________________________ 40 2.1.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 40
2.2. Dimensão II‐ Política para o Ensino, a Pesquisa, a Pós‐Graduação e Extensão _______________ 45 2.2.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 45
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2.3. Dimensão III ‐ Responsabilidade Social da Universidade ________________________________ 56 2.3.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ______________________________________ 56
2.4. Dimensão IV – Comunicação com a Sociedade _____________________________________ 62 2.4.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 63
2.5. Dimensão V ‐ Políticas de Pessoal ________________________________________________ 68 2.5.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 68
2.6. Dimensão VI ‐ Organização e Gestão da Instituição __________________________________ 74 2.6.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 74
2.7. Dimensão VII‐ Infraestrutura da Universidade ______________________________________ 77 2.7.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 77
2.8. Dimensão VIII – Autoavaliação __________________________________________________ 88 2.8.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 88
DADOS DA MANTENEDORA E MANTIDA _________________________________________________ 96
2.9. Dimensão IX ‐ Políticas de Atendimento aos estudantes _____________________________ 98 2.9.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. ___________________________________ 98
2.9.2. Outros aspectos importantes mensurados no levantamento _______________________________ 104
2.10. Dimensão X ‐ Sustentabilidade Financeira ________________________________________ 105 2.10.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise. __________________________________ 106
CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________________________ 109
REFERÊNCIAS ______________________________________________________________________ 110
Introdução
Construir uma avaliação institucional interna efetiva, envolvente, democrática e legítima, abrangendo toda a comunidade acadêmica, não é uma tarefa fácil, pois demanda um olhar apurado das comissões de avaliação sobre a instituição e seus processos, para que possa contribuir efetivamente na melhoria dos aspectos acadêmicos e administrativos da instituição.
A autoavaliação institucional é o processo que envolve a Universidade em se conhecer e ser conhecida pela sua comunidade acadêmica e que, articulada à gestão acadêmica, demonstra ter grande potencial para contribuir com as estratégicas institucionais, na busca da melhoria contínua e nos direcionamentos da atividade fim da universidade e na formação de cidadãos críticos, detentores de saberes, capazes de transformar sua realidade social e econômica.
Segundo a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (2004), a avaliação institucional interna e externa tem como propósito promover o olhar global das instituições de ensino superior (IES), buscando identificar o grau de coerência entre suas propostas educacionais e sua efetiva realização.
Com a publicação da lei nº. 10.861, de 14 de Abril de 2004, que criou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES –, coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) e CONAES, que versa sobre as dez dimensões, a saber: 1. Missão e desenvolvimento institucional; 2. Políticas para o ensino, pesquisa e extensão; 3. Responsabilidade social; 4. Comunicação; 5. Políticas de carreira; 6. Gestão institucional; 7. infraestrutura; 8. Planejamento e avaliação; 9. Atendimento e 10. Sustentabilidade financeira, obrigando as IES a implantar a avaliação institucional interna (autoavaliação) que corroborasse com os mecanismos avaliativos externos praticados pelos órgãos reguladores (BRASIL, 2004).
Não obstante, a lei também fornece os parâmetros para as IES, sobre como todos (avaliados e avaliadores) devem se portar diante de processos avaliativos, visando a imprimir transparência nas avaliações e convergir para os demais mecanismos avaliativos que regulam tais atividades e suas responsabilidades (BRASIL, 2004).
Ainda, segundo a lei 10.861/04, especificamente, no Art. 11, as IES deveriam, a partir daquele momento, constituir sua Comissão Própria de Avaliação (CPA) para proceder à autoavaliação institucional, e sua composição deveria ter a representação de todos os segmentos da comunidade acadêmica (professores,
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alunos, ex‐alunos, colaboradores e comunidade externa), deixando a critério das instituições a definição do modo de organização e dinâmica de funcionamento (BRASIL, 2004).
O propósito das CPAs é executar diversas modalidades de avaliação no âmbito da instituição, tendo como parâmetro as dez dimensões sugeridas pelo SINAES (2009) e, em consonância com os critérios de avaliação externa, realizada pelo Ministério da Educação cujo escopo é regulatório, é procedida por especialistas previamente designados.
1.1. Critérios de avaliação interna e externa MEC.
Segundo as diretrizes do MEC/CONAES (2004) no documento intitulado Diretrizes para a Avaliação das Instituições de Educação Superior, tanto a autoavaliação, como a avaliação externa deve ter característica pedagógica, formativa e reflexiva. Segue quadro resumo dos processos avaliativos (interno e externo) a que as IES estão sujeitas.
Tabela 1: Modalidades de avaliação que as IES são submetidas.
TIPO DE AVALIAÇÃO QUEM AVALIA? QUANDO ACONTECE?
Avaliação Institucional (interna e externa)
MEC (externa) No credenciamento e recredenciamento de instituições de ensino superior.
CPA (interna)
Pelo menos uma vez ao ano, tendo como parâmetro as 10 dimensões propostas na lei 10.861/04 do SINAES.
Avaliação do Desempenho dos Estudantes (ENADE)
MEC / Inep Há cada 3 anos (trienal) os cursos são avaliados por meio de prova única.
Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG)
MEC / Inep
Na autorização de novos cursos, reconhecimento de curso e renovação de e reconhecimento de curso*
Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC)
MEC / Inep / SINAES e CAPES.
Anualmente o MEC / INEP publica lista das IES e seus respectivos desempenhos nos seguintes indicadores: desempenho do alunado no Enade, Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), Censo da Educação Superior e CAPES.
Fonte: BRASIL (2003) e CONAES (2004). * as IES que obtém nota superior a 3 no ENADE são isentas da avaliação externa ou in loco.
No entanto, cada modalidade avaliativa sugerida ou imposta pelos órgãos reguladores demanda uma abordagem diferenciada da IES avaliada, e todas relacionam‐se diretamente, com a autoavaliação executada pela Comissão Própria de Autoavaliação ou CPA, pela sua capacidade e obrigação de gerar informações que contribuam com a IES na melhoria dos serviços prestados à sociedade.
Passados seis anos após a publicação dos parâmetros versados no SINAES e CONAES para a implantação da avaliação institucional nas IES, ainda se discute os métodos, procedimentos e operacionalização da avaliação institucional, propostos naquele momento pelo governo brasileiro às universidades. Diante desta incongruência, as IES construíram a avaliação institucional, cada qual a seu modo, optando pelos enfoques: burocrático, consultivo ou participativo (CAVALIERI, MACEDO‐SOARES E THIOLLENT, 2004).
Ao relacionar os enfoques com as diretrizes propostas na lei 10861/04 e as orientações do CONAES, pode‐se dizer que as três abordagens apresentadas estão corretas, pois segundo as instruções desses órgãos, as IES devem cumprir com as exigências legais dos órgãos reguladores (burocrático), buscar resultados tácitos para melhorar seus processos (consultivo) e criar um ambiente em que a formação do indivíduo seja um imperativo para o êxito e validade do processo (participativo). O que fazer então?
O fato é que conduzir um processo avaliativo contemplando os três enfoques propostos por Cavalieri, Macedo‐Soares e Thiollent (2004) alinhados às dez dimensões propostas pelo CONAES, tem exigido muitos esforços das instituições em compreender a avaliação institucional em profundidade e adequar suas especificidades a esta nova realidade para as instituições de ensino superior brasileiras.
Por outro lado, é consenso que a avaliação institucional seja referida como um ‘mal necessário’, e todas as IES reconhecem, em escalas diferentes, o seu potencial educativo, formador e transformador, ainda assim, verifica‐se que é praticamente impossível obter‐se o consenso junto à comunidade acadêmica no
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processo, principalmente, nos modos de operacionalização, instrumentos e técnicas de coleta dados, divulgação e formato de relatórios, dentre outros. (DIAS SOBRINHO, 2004).
Sousa (2008) e Dias Sobrinho (2000) sugerem que, para construir a avaliação institucional, a IES precisa transpor as barreiras culturais incutidas na instituição, pois a avaliação institucional deve ser emancipatória, formativa e pedagógica, visando à identificação dos valores predominantes nas práticas institucionais, evitando o controle ou a punição, não se limitando em apenas operacionalizar pesquisas quantitativas ou qualitativas, mas organizar e sugerir ações que contribuam com as IES no processo de tomada de decisão, correção de falhas ou canalização de forças.
Há que se considerar também, que a apropriação do processo avaliativo necessita de tempo, envolvimento e entendimento das IES para ser introjetado e incorporado à cultura da instituição, pois a avaliação ultrapassa o limite entre a conformidade e a inconformidade; entre o certo e o errado; entre o realizado e o não realizado; desempenhando um papel de mediadora entre o que a comunidade acadêmica almeja e o que a IES avaliada pode oferecer. Assim sendo, considera‐se que seus efeitos não atingem somente o sistema de educação superior, mas têm impactos diretos sobre a sociedade (DIAS SOBRINHO, 2004).
Isto posto, nos últimos anos a Comissão de Própria de Avaliação da UniABC tem direcionado seus trabalhos na construção de um processo avaliativo útil, tácito, emancipatório, permanente e transparente, como previsto nos parâmetros sugeridos pelos órgãos reguladores, buscando entender em profundidade as práticas organizacionais vigentes na universidade tanto nos aspectos acadêmicos quanto administrativos. Portanto, o relatório, ora apresentado, trata, sobretudo, de discorrer sobre a universidade a luz das 10 dimensões macro propostas pelo SINAES, tendo como focos os seguintes objetivos:
1. Investigar o cumprimento de cada dimensão no âmbito acadêmico; 2. Analisar o grau de satisfação do alunado em relação ao processo ensino aprendizagem; 3. Verificar a coerência entre as políticas institucionais e as ações efetivamente realizadas no
decorrer de 2010; 4. Identificar as principais demandas acadêmicas institucionais; e 5. Sugerir ações de melhorias para sinalizar para os dirigentes as ações corretivas que devem ser
realizadas.
Visando atender os objetivos descritos o relatório as ações da CPA foram direcionadas para os processos acadêmicos e administrativos da universidade. Para tanto, foi necessário definir os fluxos institucionais (acadêmicos e administrativos) para proceder o acompanhamento dos desdobramentos da avaliação na universidade, bem como a compilação da percepção da comunidade acadêmica sobre os processos institucionais:
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1.2. A Universidade do Grande ABC
A Universidade do Grande ABC – UniABC – é caracterizada como instituição privada de ensino superior com fins lucrativos e localiza‐se no município de Santo André, estado de São Paulo.
A Instituição teve seu início com o funcionamento da então denominada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Caetano do Sul, autorizada pelo Ministério da Educação, por meio do Parecer CFE nº 766/99 e do Decreto nº 65672, de 29/10/69, para abertura dos cursos de Matemática, Letras e Pedagogia, tendo como Entidade Mantenedora a União para Formação, Educação e Cultura do ABC (UNIFEC). Em 1971, sob CFE nº 240/71 e sob Decreto nº 68994, foi autorizado o funcionamento da Escola Superior de Educação Física e, em 1973, o do curso de Psicologia, sob CFE nº 700 e Decreto nº 72490/73.
A autorização para funcionamento dos cursos de Ciências (licenciatura curta), Ciências Biológicas (licenciatura plena) e Estudos Sociais (licenciatura curta e licenciatura plena, com habilitação em Educação Moral e Cívica) ocorreu em 05/11/1973, com CFE nº 2153/73 e Decreto nº 73675/74. O curso de Fisioterapia, sediado na Faculdade de Fisioterapia de São Caetano do Sul, foi autorizado em 1986, sob Parecer do CFE nº 355/86 e Decreto nº 93177/86. O curso de Estudos Sociais foi transformado em curso de História e Geografia, com durações plenas, em 1992, com CFE nº 605/91 e Portaria Ministerial nº 1155/92. Os cursos de Ciências Biológicas e Matemática foram autorizados pelo Parecer nº766/91 e pela Resolução nº08/98, do CONSUN.
As alterações da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Caetano do Sul, da Escola Superior de Educação Física e da Faculdade de Fisioterapia na Universidade de Formação, Educação e Cultura, com a mesma entidade mantenedora, foram aprovadas pelo Parecer do CFE nº 652/92 e pela Portaria do MEC nº 1868/92.
Após a criação da Universidade, que teve seu funcionamento no início do ano letivo de 1993, foram aprovados pelo CONSUN os seguintes cursos: Direito, Ciências Contábeis, Administração, Arquitetura e Urbanismo, Nutrição, Enfermagem, Engenharia de Produção Mecânica, Turismo e Engenharia Mecânica, este, criado em 1994.
Em 1996, o CONSUN aprovou o funcionamento dos cursos de: Medicina Veterinária, Farmácia, com habilitação em Farmacêutico Bioquímico e Farmacêutico Industrial, Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda e a habilitação em Tradutor, no curso de Letras (português/inglês).
Em 1995, a Universidade de Formação, Educação e Cultura (UNIFEC) passou a denominar‐se Universidade do Grande ABC (UniABC), por meio de autorização fixada em Portaria Ministerial nº 1401. Tal mudança surgiu da percepção de que havia potencial para o crescimento de toda a região do Grande ABC e da própria inserção na comunidade desta região.
Em 1999, foram criados os cursos de Ciências da Computação, Administração de Sistemas de Informação, Administração em Comércio Exterior, Administração em Marketing, Engenharia Mecânica (modalidade de Automação e Controle), Hotelaria, Propaganda e Marketing e as novas habilitações do curso de Pedagogia. Em 2001, foi aprovado pelo Conselho Universitário o funcionamento dos cursos de graduação em: Licenciatura em Computação e Sistemas de Informação, Química e também os cursos sequenciais em Web‐Sites e Gestão Imobiliária. No ano de 2000, a UniABC mudou suas instalações e sede para o novo campus, na Avenida Industrial no. 3.330, em Santo André, com modernas e amplas instalações, mediante autorização da Portaria de nº 268, de 03 de março, do Ministério da Educação.
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No ano de 2000, em 14 de fevereiro, entrou em funcionamento o novo Campus da UniABC, que já contava com mais de 10 mil alunos matriculados; a UniABC foi escolhida como um dos 79 Destaques do Ano, pela Revista Livre Mercado, integrou o anuário Vencedores 2000, além de concorrer ao Prêmio Desempenho Cultural; a atleta da Seleção Brasileira de Ginástica Olímpica: Marisa Motta Ficarelli, então aluna do curso de Fisioterapia da UniABC; e estréia da Banda UniABC, sob a batuta do maestro Celso Moreira.
Pouco tempo depois, em 2001, foi aprovado o funcionamento dos cursos de Licenciatura em Computação, Bacharelados em Sistemas de Informação, e Licenciatura e Bacharelado em Química. Também foram aprovados os cursos sequenciais de Web‐Sites e Gestão Imobiliária.
Em 2002, a Universidade do Grande ABC ‐ UniABC adquiriu, também na cidade de Santo André, um Centro Esportivo, com treze mil metros quadrados de área, com quadras, ginásios, campo de futebol e salas esportivas, destinado às aulas do curso de Educação Física, atualmente neste espaço estão concentradas as clínicas escolas
Existe uma projeção para ampliação do campus da Avenida Industrial em mais quatorze mil metros quadrados, que abrigará uma nova biblioteca, além de um auditório para mil pessoas e mais vinte e cinco salas de aula.
Em 2008, a UniABC conquista os Prêmios GENDRIC (Nutrição), Cidadania sem Fronteiras, Desempenho Cultural (Grupo de Escritores), IES Socialmente Responsável (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior) e Prêmio Top of Mind (2007 e 2008).
A UniABC comprometida com a região realiza uma série de eventos voltados para a comunidade, tais como: Expo Profissões da UniABC, Simpósio de Empreendedorismo e Fórum de Educação Interdisciplinar, Saúde em Ação (serviços gratuitos, mais de mil atendimentos à comunidade).
Neste ano de 2009, a UniABC comemorou 40 anos de existência, com 52 cursos de graduação, articulados com os 26 cursos de pós‐graduação e inúmeros cursos e projetos de extensão, ratificando o seu compromisso com a região do Grande ABC e assumindo a tarefa de ser um pólo de construção e reconstrução do conhecimento. Para tanto conta com 18 grupos de pesquisas cadastrados no CNPq e vários laboratórios de pesquisas que foram organizados para favorecer, por meio da busca contínua do saber, o desenvolvimento desta imensa região que necessita de formação com qualidade.
A IES tem por missão desenvolver o ensino, integrando produção científica, extensão e atendimento à comunidade, no sentido de formar profissionais competentes, éticos, conscientes de sua responsabilidade cidadã e de seu compromisso com a humanidade. A estrutura organizacional que
conduz o sistema didático‐administrativo da instituição é composta, hierarquicamente, pelo CONSUN (Conselho Universitário), CONSEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão), Reitoria (Reitor, Vice‐Reitor Acadêmico, Pró‐Reitor Acadêmico, Pró‐Reitoria Administrativa Adjunta, Pró‐Reitoria de Pesquisa e Pós‐Graduação e Pró‐Reitoria de Extensão e Relações Comunitárias) e Coordenadorias de Cursos.
O Grande ABC é a base e o suporte do desenvolvimento dos estudos nos cursos oferecidos pela Universidade. A região, além de caracterizar‐se por um grande número de indústrias de manufatura e de empresas de serviços, apresenta conflitos básicos de gestão, qualidade de apropriação urbana e ordenação espacial, cuja problemática passa por soluções municipais conjuntas. Mediante a estes fatos, a formação de profissionais das áreas de Exatas, Humanas, Saúde e Tecnológicas é fundamental para o desenvolvimento da região.
Atualmente, a IES conta com 42 (quarenta e um) cursos de graduação nas áreas de Ciências da Saúde, Ciências Exatas, Ciências Humanas e Tecnologia, todos reconhecidos ou autorizados pelos órgãos competentes. A Universidade conta ainda com o oferecimento de cursos de pós‐graduação, nos níveis lato‐sensu e MBA e cursos de extensão universitária. Até o fechamento deste relatório, a Universidade contabiliza, aproximadamente, 350 professores, 380 colaboradores técnico‐administrativos e cerca de 8.500 discentes.
1.3. Pré‐requisitos da Avaliação Institucional na UniABC
Para se construir um processo de autoavaliação institucional nos moldes sugeridos pelo SINAES, deve‐se considerar aspectos importantes como: ética, métodos, técnicas, infraestrutura, cultura organizacional, dentre outros (DIAS SOBRINHO, 2000).
Para tornar o relatório inteligível a CPA realizou profundo estudo na literatura que trata da avaliação institucional e elencou, seis aspectos essenciais que as comissões de avaliação devem observar ao implantar ou operacionalizar a Avaliação Institucional conforme segue: a) ‐ na divulgação, b) ‐ no envolvimento dos dirigentes, c) ‐ nas dificuldades para operacionalizar a avaliação institucional, d) ‐ formas de acesso as informações, e e) – construção dos relatórios.
Considera‐se que esses aspectos quando observados com o rigor necessário pelas comissões, podem contribui diretamente, para a consolidação da avaliação no âmbito da instituição (DIAS SOBRINHO; BALZAN, 2008; ROUCHY; DESROCHE, 2005; PIRES, 2002).
Segundo Dias Sobrinho (2003, p.148), quando os “objetos e objetivos da avaliação e suas relações” não são levados em conta, a avaliação institucional acaba por se reduzir a um instrumento de medida, de
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controle e de intervenção externa, com pouco ou nenhum valor, e acrescenta, ainda, que a natureza da avaliação depende da forma como foi concebida e estruturada.
Ainda, segundo o autor as comissões devem pautar suas atividades com base nos parâmetros dos órgãos reguladores e na demanda evidenciadas na avaliação institucional, sempre com vistas a incutir a cultura da avaliação na IES, corroborando com Pires (2002).
[...] a auto‐avaliação favorece a construção de uma cultura de avaliação na Instituição, contribuindo para que esta se prepare mais adequadamente para as diversas avaliações externas a que são submetidas. Neste sentido, segundo o SINAES (2004), os processos de auto‐avaliação devem ser permanentes, isto é, constituir se como uma cultura internalizada nas estruturas e nas ações institucionais [...] (FREITAS, 2008, p.4).
Nesse sentido, a CPA da UniABC procurou articular a avaliação interna à avaliação externa de modo transversal ao SINAES, que está pautado, segundo Dilvo I. Ristoff (apud; SOBRINHO‐BALZAN, 2008, pp. 27‐51), professor da Universidade Federal de Santa Catarina, em sete princípios, conforme segue: “Globalidade; Comparabilidade; Respeito à identidade institucional; Não‐premiação ou punição; Adesão voluntária; Legitimidade e; Continuidade” .
A partir desses princípios pode‐se afirmar que avaliação ultrapassa amplamente os âmbitos mais restritos do objeto a que se dirige, ou seja, a IES. Seus efeitos atingem não só o sistema de educação superior como também impactam a comunidade acadêmica e a sociedade de forma geral (CHAUÍ, 2001).
A avaliação instrumentaliza as instituições, produzindo mudanças nos currículos, na gestão, nas estruturas gerenciais, nas configurações gerais do processo educativo, nas concepções e prioridades da pesquisa, nas noções de responsabilidade social, enfim, tem a ver com as transformações desejadas não somente para a instituição melhorar seu desempenho e a qualidade do conhecimento que gera, mas para contribuir efetivamente com as necessidades sociais. (DIAS SOBRINHO, 2004).
1.3.1. Divulgação
O processo de divulgação é um elemento chave para a concretização da avaliação institucional interna, pois é o momento em que a comunidade acadêmica passa a apropriar‐se da avaliação institucional como instrumento de vazão aos seus anseios ou de consulta na tomada de decisão, no caso de gestores (SANCHES, 2009).
Para tanto, recorremos regularmente aos mecanismos institucionais de comunicação para projetar informações, conclamar a comunidade acadêmica ou publicizar os relatórios (KUSNCH, 2002; UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC, 2010).
Tais recursos variam de um ciclo avaliativo para outro, mas via de regra são eles: intranet, sítio institucional, extranet, informativos, jornal, murais, faixas e banners, novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) (RECUERO, 2009).
Além destes, são organizadas reuniões segmentadas e coletivas com alunos, professores, coordenadores, colaboradores e comunidade externa, a fim de discutir estratégias de aplicação, divulgação dos resultados e metodologias da pesquisa para aprimorar o processo avaliativo e obter a devolutiva, tanto de avaliadores como de avaliados. Alguns autores chamam esse momento de meta‐avaliação, ou seja, a avaliação da avaliação (SANCHES, 2009).
Nesse cenário a idéia de divulgação traz em seu bojo o aspecto da imparcialidade, pois a mensagem será revestida de intencionalidades persuasivas e com vistas a convencer nossa comunidade acadêmica sobre sua relevância da avaliação institucional. Tanto os autores referenciados relatório, como os órgãos reguladores como o CONAES, SINAES, MEC e INEP, denominam esse processo de sensibilização, conforme:
[...] No processo de auto‐avaliação, a sensibilização busca o envolvimento da comunidade acadêmica na construção da proposta avaliativa por meio da realização de reuniões, palestras, seminários, entre outros. Cabe ressaltar que a sensibilização deve estar presente tanto nos momentos iniciais quanto na continuidade das ações avaliativas, pois sempre haverá sujeitos novos iniciando sua participação no processo: sejam estudantes, sejam membros do corpo docente ou técnico‐administrativo [...] (MEC/CONAES, 2004).
Bem como:
[...] A divulgação, como continuidade do processo de avaliação interna, deve oportunizar a apresentação pública e a discussão dos resultados alcançados nas etapas anteriores. Para tanto, podem ser utilizados diversos meios, tais como: reuniões, documentos informativos (impressos e eletrônicos), seminários e outros. A divulgação deve propiciar, ainda, oportunidades para que as ações concretas oriundas dos resultados do processo avaliativo sejam tornadas públicas à comunidade interna [...] (p.11‐12).
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Entende‐se que a comunicação formal e informal nestas circunstâncias desempenha um papel crucial na disseminação da avaliação institucional na UniABC, porque é por intermédio dela que a comunidade acadêmica passar a conhecer a intenção, os resultados e as finalidades (BUENO, 2009).
1.3.2. Envolvimento dos dirigentes
Para Belloni (1989) a construção coletiva e democrática da avaliação, deve contar com o envolvimento da gestão superior da IES (reitores, diretores, membros com poder de decisão), desde a proposta inicial, passando pela execução até a divulgação dos resultados, para legitimar a CPA e todas as etapas do processo avaliativo proposto no planejamento, pois entendemos que a avaliação que visa a mudanças e transformações nas práticas administrativas e acadêmicas, precisa e deve contar com vontade política, por parte do grupo dirigente da instituição (Pinto, 2005).
Nesse sentido, a avaliação institucional operacionalizada pela CPA da UniABC constitui‐se em condição básica para o necessário aprimoramento do planejamento e da gestão da instituição, uma vez que propicia a constante reorientação de suas ações como assinala Sanches (2009):
[...] conduzir um, processo de avaliação interna, deve‐se favorecer a articulação entre concepções, objetivos e metodologias para promover processos de avaliações construídos coletivamente, com vistas a levantar informação para tomadas de decisão de caráter político, pedagógico e administrativo, que resultem em melhorias institucionais (p.83).
Como dito anteriormente, ainda há a falta de entendimento, tanto dos avaliadores, como dos avaliados pela CPA, pois ainda é vista como instrumento meritocrático ou punitivo. Com essa perspectiva Pires (2002) tece o seguinte comentário:
Percebe‐se muito dentro das organizações acadêmicas uma simulada resistência em relação ao processo de avaliação, nitidamente assentada na preocupação deste instrumento ser punitivo, ou até por evidenciar mazelas corporativas de interesses pessoais ou de grupos, em prejuízo dos interesses maiores da instituição. Este prejuízo, alicerçado na premissa da ação para punição, tem sido registrado como um dos fatores emperradores da alavancagem e da aplicação deste instrumento dentro das organizações. A cultura organizacional de resistência às mudanças, o que fatalmente ocorrerá com a implantação da avaliação (p.43).
A legitimação do grupo de dirigente da UniABC valida às ações previstas no planejamento da CPA, mesmo que de forma indireta, e sinaliza para a comunidade acadêmica a seriedade e importância do processo na busca da melhoria da instituição. Conforme especificado no documento do MEC/CONAES (2004), o qual trata dos requisitos para implantação da autoavaliação institucional.
(c) compromisso explícito dos dirigentes das IES em relação ao processo avaliativo. No entanto, isto não significa que os dirigentes devam ser os principais membros das comissões instaladas. O importante é ficar evidenciado que há um apoio institucional para que o processo ocorra com a profundidade e seriedade necessárias (p.7).
A relevância do envolvimento direto da alta administração na avaliação institucional concede à CPA a condição de instância política, pois será por intermédio de seus processos avaliativos que a comunidade acadêmica ecoará seus anseios e desejos.
1.3.3. Dificuldades
Avaliar é um ato que se exerce constantemente em todo o cotidiano. Toda vez que se precisa tomar alguma decisão se avalia os prós e contras, sempre atribuindo juízos de valores. Podemos fazê‐lo por meio de um diálogo construtivo ou, ao contrário, transformar a avaliação em um momento específico, com espaço e tempo previamente definidos. Esta ou aquela opção dependerá da concepção e dos objetivos desejados, como observam Sordi e Ludke (2009):
[...] Segundo Lima (2008), o estudo da escola é processo complexo, mas muito estimulante, pois transita entre olhares macroanalíticos que desprezaram as dimensões organizacionais dos fenômenos educativos e pedagógicos e olhares microanalíticos, exclusivamente centrados no estudo da sala de aula e das práticas pedagógico‐didáticas. Ambos os olhares carecem de um elo que permita compreendê‐los em relação [...] (p.317).
Notadamente, qualquer processo avaliativo deveria ocorrer sob a égide dessa ótica, em função de suas características e princípios norteadores que justificam sua existência, e em teoria, não deveria encontrar muitas dificuldades em sua operacionalização. Mas não é o que acontece! (GADOTTI, 2009).
A avaliação institucional tem sido executada em muitas instituições de ensino superior distribuídas pelo país, face sua obrigatoriedade, mas ainda encontra diversas dificuldades por razões políticas, ideológicas ou até mesmo econômicas. Não se discute mais, se a avaliação deve ou não ser efetuada, mas como deve se processar e como romper as resistências que ela desencadeia (GADOTTI, 2009).
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Indubitavelmente, a avaliação institucional (interna ou externa) realizada pela CPA da UniABC é sempre polêmica, e por vezes, causa insegurança em todos os envolvidos, seja na condição de avaliadores ou avaliados. Não se questiona se deve ou não deve ser feita, mas como deve ser feita de modo a minimizar as dificuldades (ROUCHY; DESROCHE, 2005).
Sendo assim, a avaliação não pode ser vista como um instrumento de controle burocrático e centralização, em conflito com a autonomia, mas como uma busca a ser institucionalizada como um processo necessário de melhoria da instituição nos aspectos de ensino, pesquisa, extensão e de processos internos. Busca ser instituída até tornar‐se uma necessidade explícita na UniABC. (GADOTTI, 2009).
A identificação das dificuldades tornou‐se condição sine qua nom para a operacionalização da avaliação institucional, pois será a partir desses ‘gargalos’ que a CPA da UniABC pode amenizar as resistências em relação ao processo avaliativo. Como sinalizam Sordi E Ludke (2009):
[...] Incorporar novos atores no processo de avaliação da escola e novos ângulos para análise dos fenômenos educativos implica mudança substantiva na forma de conceber a avaliação e, mais ainda, na forma de praticá‐la, sobretudo quando se toma a escola e seus atores locais como espaço e interlocutores preferenciais para gerar conseqüências aos dados obtidos. A aprendizagem da participação passa a ser realçada como expressão do reconhecimento dos múltiplos saberes dos atores envolvidos com o projeto pedagógico, devidamente trabalhados para que não se reproduzam as hierarquias entre eles [...] (p.322).
Autores como Dias Sobrinho (2008; 2000;), Silva (2010), Demo (2005) e Pires (2002) indicam que o público que mais resiste a incorporar a avaliação institucional é o dos professores e dos coordenadores de curso, pois não acreditam que os resultados do processo de avaliação podem ser efetivamente utilizados para melhoria da qualidade de programas e projetos institucionais.
Sordi e Ludke (2009) ao abordar a questão da resistência dos públicos em relação à avaliação institucional, sugerem que o processo de sensibilização deve começar na formação do docente, ou seja, quando este estabelece o primeiro contato com a instituição.
Esta cultura da avaliação ajuda a entender (não a justificar) as recusas freqüentes de alguns professores de discutir suas práticas pedagógicas o que se confronta com o discurso de trabalho coletivo presente na escola. A autonomia do docente não pode ser confundida com autonomização. Não tem ele a prerrogativa de decidir, por si só, algo que afeta o bem comum e marca o projeto pedagógico da escola. Certamente
esta aprendizagem necessita ser incluída desde logo nos processos de formação docente para promover mudanças na cultura escolar, sobretudo no tocante á avaliação (p.316).
Já Demo (2005), infere que essas resistências podem ser justificadas na prerrogativa da avaliação ao mensurar os processos instituídos na IES, inclusive de ensino‐aprendizagem e práticas pedagógicas executadas pelos docentes dentro de sala de aula.
Independente da posição dos autores, o fato é que a CPA da UniBAC busca suplantar os focos de resistências para poder dar continuidade do processo avaliativo e as estratégias depende basicamente do feedback obtido em cada ciclo avaliativo demandando tempo para que o fantasma da punição e da meritocracia, que permeia a avaliação, seja banido da nossa atmosfera acadêmica.
1.3.4. Formas de acesso
Um processo avaliativo assemelha‐se a uma história que tem começo, meio e nunca tem fim devido seu caráter permanente. E como toda boa história, ela precisa ser contada repetidas vezes, pois sempre terá um novo ouvinte fazendo novos e, velhos questionamentos, sobre como começou, quem são os principais personagens, quem são os vilões, os mocinhos, os neutros e assim por diante.
Trazendo a metáfora para o foco do relatório, notadamente a continuidade da avaliação institucional depende de como ela é apresentada para o ouvinte/leitor. A comunidade acadêmica deve ter elementos suficientes, para entender preliminarmente a história e seu enredo. (DIAS SOBRINHO E RISTOFF, 2000). Cientes dessa pré‐condição a CPA da UniABC tem se esforçado, na medida do possível, na prestação de contas de todas as suas atividades à comunidade acadêmica.
Para propiciar esse momento, a CPA recorre aos canais comunicativos da UniABC, tradicional ou não, buscando fornecer esses elementos e estimular as discussões necessárias ao processo, pois considera que a avaliação só se justifica se a comunidade acadêmica participar efetivamente de todas as etapas do processo (KUNSCH, 2002).
Dias Sobrinho e Ristoff (2000) e Silva (2010) quando tratam da avaliação institucional, sugerem para as instituições disponibilizar previamente os documentos e relatórios produzidos na avaliação institucional para sua comunidade acadêmica, com vistas a estimular a discussão internamente e posteriormente transcender os ‘muros’ da instituição.
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Atualmente a CPA possui diversos mecanismos e ambientes de compartilhamento de informações com a comunidade acadêmica da universidade, seja por canais tradicionais ou meios eletrônicos e, geralmente, os resultados da avaliação institucional são tornados públicos em um desses formatos.
Tal postura justifica‐se, visto que a CPA entende que possibilitar o acesso da comunidade acadêmica às informações e documentos (preliminares) sobre o processo avaliativo contribui, substancialmente, com a construção da avaliação institucional, além de imprimir a conotação democrática e participativa (DIAS SOBRINHO e BALZAN, 2008).
Para tanto coube a CPA debruçar‐se sobre a comunicação organizacional da UniABC, para verificar suas possibilidades, entender seus fluxos comunicativos, conforme assinala Kunsch (2003), para utilizá‐los de acordo com a estrutura e cultura organizacional dominante na universidade.
1.3.5. Construção de relatórios da avaliação
A atividade avaliativa desemboca naturalmente em relatórios, que podem ser impressos ou eletrônicos cujo objetivo principal é comunicar os resultados da avaliação a grupos de interesse tais como: avaliadores externos, alunos, professores, coordenadores, funcionários, dirigentes, sociedade, comunidade, enfim todos aqueles que estabelecem alguma relação com a instituição de ensino (DIAS SOBRINHO E RISTOFF, 2000).
Os relatórios devem ser construídos com foco nessa diversidade de grupos e leitores, portanto sua clareza é fundamental na comunicação das informações e no caráter analítico e interpretativo dos resultados obtidos. Além disso, é desejável que o relatório apresente sugestões para ações de natureza administrativa, política, pedagógica e técnico‐científica a serem implementada (SINAES, 2004).
Segundo Dias Sobrinho e Ristoff (2000) o relatório, entre outras coisas, explicita os instrumentos utilizados na coleta de dados, os métodos, as técnicas, os achados, as sugestões de melhorias, enfim os pontos fortes e fracos da instituição avaliada, devendo expressar o resultado do processo de discussão, de análise e interpretação dos dados advindos, principalmente, do processo de autoavaliação e ser capaz de incorporar, quando estiverem disponíveis, os resultados da avaliação de cursos e de desempenho de estudantes.
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2004), sugere em seus documentos oficiais que os relatórios da avaliação institucional devem atender, minimamente, aos seguintes requisitos:
a) Caracterização da instituição avaliada – onde se apresenta a instituição, seus histórico, sua inserção na comunidade local e sua evolução no quadro social.
b) Apresentação da avaliação ‐ Relato do processo do trabalho desenvolvido, destacando, a metodologia, os instrumentos utilizados para operacionalizar a proposta de autoavaliação, as formas de análise e de tratamento dos dados, de acordo com a missão e os objetivos da IES, a divulgação e seus possíveis desdobramentos no âmbito institucional.
c) Desenvolvimento ‐ Explicitar as ações planejadas para a realização da avaliação institucional; as ações realizadas pela IES no decorrer do processo avaliativo; os resultados alcançados, destacando as fragilidades e as potencialidades; como são incorporados estes resultados no planejamento da gestão acadêmico‐administrativa.
d) Aderência ao SINAES – Sugere também que os relatórios devem conter a descrição das ações e resultados relativos a cada uma das dez dimensões contidas na Lei que institui o SINAES (2004).
A confecção de um relatório que trata da avaliação institucional exigiu da CPA um alto grau de discernimento, pois as informações relacionados nesses documentos representam os anseios e necessidades da comunidade acadêmica em relação à UniABC. Entendemos assim, que este documento deve contribuir com a instituição em seu planejamento institucional e na priorização das ações técnicas, pedagógicas e administrativas (FREITAS, 2003).
Michael Panton (apud; Dias Sobrinho e Ristoff, 2000) diz que os relatórios devem ter equilíbrio entre a descrição e análise e complementa:
[...] ao considerar o que omitir, é preciso decidir quanta descrição deve ser incluída. Descrição detalhada e citações são qualidades essenciais de relatórios qualitativos. Descrições suficientes e citações diretas devem ser incluídas para permitir que os leitores entendam plenamente um programa ou uma instituição bem como os pensamentos das pessoas representadas no relatório [...](p.124).
Ademais, com a apresentação dos pré requisitos, devidamente justificados, nos parágrafos anteriores, para a realização da avaliação institucional na UNIABC partilharemos de agora em diante um breve histórico sobre as etapas macro da construção do processo no âmbito institucional.
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1.3.6. Construção da Autoavaliação na UNIABC.
A Universidade do Grande ABC realiza a avaliação institucional desde 2002 que, inicialmente, envolvia apenas o corpo técnico‐administrativo, o docente e o discente. O processo consistia em realizar a avaliação semestralmente, contando com a participação da totalidade de alunos da Instituição, que avaliavam itens como a infraestrutura da Universidade, biblioteca, laboratórios, áreas de convivência, bem como, o atendimento dos setores: financeiro, secretaria e protocolo.
Em 2004, com a promulgação da Lei 10.861/04 do SINAES, a UniABC criou sua primeira Comissão Própria de Avaliação (CPA) composta com representantes dos segmentos que compõem sua comunidade acadêmica (ver tabela abaixo) e com o propósito de elaborar seu projeto de avaliação institucional, de acordo com os preceitos da lei em vigor.
Com a elaboração do projeto de avaliação institucional, a partir de 2005, a UniABC passou a fazer a autoavaliação de forma sistemática, data em que também foi constituída sua segunda CPA. Deste ano em diante, a Universidade passou a executar aprimorar o processo de coleta, análise e divulgação dos resultados.
Em 2006, a CPA reformulou os instrumentos de coleta de dados e realizou a avaliação institucional, visando à totalidade da Universidade, os relatórios desta avaliação foram encaminhados para a análise dos dirigentes que, após análise, autorizaram a divulgação dos resultados nas reuniões de planejamento para o segundo semestre daquele ano.
Em 2007/1, 2007/2 e 2008/1, o procedimento foi o mesmo, porém estas CPA’s não desenvolveram atividades de acompanhamento das melhorias ou divulgação dos resultados para a comunidade acadêmica. Saliente‐se que as referidas comissões alteraram as formas de coleta, análise e tratamento dos dados. Após muitos questionamentos da comunidade acadêmica dos critérios, operacionalização, legitimidade e divulgação dos resultados apurados, a UniABC procedeu à troca de coordenador e membros da Comissão Própria de Avaliação.
A partir do segundo semestre de 2008, os trabalhos da CPA foram redimensionados visando a aprimorar o processo autoavaliativo institucional, os procedimentos foram revistos com a comunidade acadêmica e os instrumentos reformulados. Todos os resultados da pesquisa foram divulgados por meio impresso e eletrônico.
Apesar de todos os esforços promovidos pelas comissões anteriores, a CPA de 2009 diagnosticou que, ainda, havia ajustes para fazer e, novamente, conclamou a comunidade acadêmica da UniABC para
mensurar sugestões e ações de melhoria no processo de avaliação institucional, operacionalizados no ano de 2009.
Sendo assim, em 2009 a comissão de avaliação no uso de suas prerrogativas promoveu uma série de encontros, palestras e reuniões com os segmentos da comunidade acadêmica para validar as alterações do processo avaliativo.
Como resultado desse esforço a CPA, desde então, passou a implementar paulatinamente ações que pudessem convergir com as diretrizes do SINAES e ao mesmo tempo satisfazer a comunidade acadêmica de modo geral.
Ao final do ciclo avaliativo de 2009 novamente a CPA deparou‐se com a necessidade de promover a meta‐avaliação, pois identificou alguns gargalos que necessitavam de ajustes para que o ciclo avaliativo posterior decorresse de modo satisfatório.
No processo de meta‐avaliação a Comissão de Avaliação deliberou que a Avaliação Institucional Global da Universidade deveria ser realizada, ainda, no primeiro semestre do ano letivo para que a divulgação e acompanhamento das ações corretivas pudessem ser verificadas in loco.
Sendo assim, no início de 2010 a CPA redefiniu seu cronograma de trabalho, prevendo duas avaliações docentes e uma com a comunidade externa(empresas). Segue tabela contendo os membros das comissões, as atividades, o tipo de estudo realizado no ano letivo e os cronogramas de atividades.
Tabela 2: Comissões e atividades realizadas em 2010.
Ano Comissão de Avaliação Atividades Tipo de estudo realizado
20101
Coordenador: Claudemir Martins da Silva
Vice‐coordenador: Eneida Yuri Suda.
Secretária geral : Eleandra Ap. Lelli.
Representantes Docentes: Odeir Rizo e Alexandre Manduca.
Representante Coordenador: Patrícia Santiago Improta.
Representantes Discentes Graduações: Fabio Luigi Di Credico (Mecatrônica), Marcio de Menezes Alves (Logística), Tatiane Nery Martins
Divulgação dos resultados
Elaboração e publicação do relatório final da avaliação institucional;
Avaliação do corpo docente da UniABC;
Reuniões setorizadas para acompanhamento das ações corretivas nos níveis acadêmicos e
Avaliação dos Docentes da Universidade. Levantamento das fragilidades e potencialidades institucionais. 54% Alunos da UniABC responderam espontaneamente o questionário de avaliação
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(Vetrinária) e Sandra Lucia Bevevino (Direito).
Representante Discente Pós graduação: Fabio Almeida Franco.
Representante Técnico Administrativo: Renato César Parolin e Maria de Fátima Marques Batista.
Representante Comunidade externa: Ceila Regina Pereira Anhaia de Lemos.
administrativos;
Publicização dos relatórios da avaliação institucional;
Reformulação do instrumento de coleta de dados dos professores.
docente. Estudo dos referenciais teóricos que trata da avaliação institucional.
20102
Coordenador: Claudemir Martins da Silva
Vice‐Coordenador: Eneida Yuri Suda.
Secretário Geral : Alexandre Manduca
Representantes Docentes: Lucirene Ap. Carignato e Danielle G. Lima
Representante Coordenador: Ricardo C. Moreira
Representantes Discentes Graduações: Fabio Luigi Di Credico (Mecatrônica), Tatiane Nery Martins (Veterinária) e Sandra Lucia Bevevino (Direito).
Representante Discente Pós Graduação: Fabio Almeida Franco.
Representante Técnico Administrativo: Renato César Parolin e Maria de Fátima Marques Batista.
Representante Comunidade Externa: Ceila Regina Pereira Anhaia de Lemos.
Execução da Avaliação Docente;
Execução da Avaliação com a Comunidade externa (empresas da região);
Atualização das 10 dimensões do SINAES;
Desenvolvimento de plano estratégico de comunicação;
Estruturação de grupo de pesquisa da CPA;
Avaliação dos PPCs de todos os cursos de graduação da UniABC.
Avaliação dos Docentes da Universidade. Análise dos PPCs de cursos de graduação. Estudo dos referenciais teóricos que trata da avaliação institucional. 56% Alunos da UniABC responderam espontaneamente o questionário de avaliação docente.
Fonte: Comissão Própria de Avaliação da UniABC, 2010.
Tabela 3: Cronograma de atividades da CPA para 2010 (primeiro semestre)
ETAPAS FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
1. Formação da CPA.
2. Entrega dos resultados da pesquisa realizada em 2009/2 para os dirigentes institucionais.
3. Definição das estratégias de divulgação dos resultados da pesquisa realizada em 2009/2. 3.1. Elaboração do cronograma de
divulgação; 3.2. Elaboração do cronograma de reuniões.
4. Distribuição dos trabalhos entre os membros da CPA.
5. Levantamento das informações pertinentes as 10 dimensões previstas no SINAES e executadas pela UniABC.
6. Elaboração dos relatórios parciais (discentes, docentes e colaboradores).
7. Elaboração do relatório final da auto‐avaliação do ano de 2009 para ser postado no Inep. (prazo limite até 30/03/2010)
8. Reunião de revisão dos questionários da pesquisa com a comunidade acadêmica. 8.1. Elaboração de cronograma de execução
9. Revisão das ferramentas de coletas de dados com o CPD da UniABC.
10. Implementação da “oficina” renovação de reconhecimento.
11. Organização do I Fórum das Comissões de Avaliação do ABC.
12. Planejamento da CPA 2010/2.
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Tabela 4: Segundo Semestre de 2010
ETAPAS AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
1. Formação da CPA. 1.1. Planejamento e organização dos trabalhos a serem executados no decorrer do semestre letivo.
2. Distribuição dos trabalhos a serem executados no decorrer do semestre letivo, entre os membros.
3. Coleta de informações institucionais para serem analisadas pela CPA. 3.1. Confecção do Relatório final do ciclo avaliativo 2008‐2010.
4. Pré‐teste e validação do questionário de avaliação docente.
5. Definição das estratégias de sensibilização. 5.1. Colocar o Blog da CPA no “ar”.
6. Inicio da coleta de dados previsão 01/10/10.
7. Tabulação dos dados alunos, professores, coordenadores, funcionários, egressos e comunidade externa.
8. Elaboração e entrega dos relatórios parciais e finais para dirigentes e coordenadores.
9. Entrega dos relatórios aos dirigentes e coordenadores da universidade.
10. Planejamento das atividades da CPA para 2011/1 e revisão de todos os questionários da avaliação institucional global a ser realizada em 2011.
Fonte: Comissão Própria de Avaliação, 2010.
Ressaltam‐se os prazos previstos para as etapas, que em ambos os cronogramas foram atendidos com o rigor necessário para mensurar os indícios e indicadores que subsidiaram o relatório que ora se apresenta.
1.4. Sensibilização da Comunidade Acadêmica
Considerando que a Avaliação Institucional deve contemplar número expressivo da comunidade acadêmica da UniABC para validar as percepções quantitativas e qualitativas das instâncias previstas nos diversos instrumentos de coletas de dados. A CPA adotou uma série de estratégias comunicativas, de forma que toda comunidade acadêmica pudesse participar e se manifestar no decorrer do processo avaliativo. Segue exemplos das modalidades comunicativas adotadas nos dois períodos:
Inserção dos relatórios na Central do Professor.Inserção dos relatórios e endereço eletrônico do
Blog da CPA na intranet da UniABC.
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Divulgação dos resultados e ações da CPA na Central do Aluno da UniABC.
Divulgação do Blog da CPA no site institucional.
Blog da CPA onde são divulgadas todas as ações realizadas pela CPA.
Área reservada para CPA no site institucional.
Perfil criado da CPA na Rede Social Orkut para estimular a participação de ex‐alunos da
UniABC.
Perfil criado da CPA na Rede Social Facebook para compartilhar informações da UniABC.
Prestação de contas sobre a performance do Blog da CPA.
Perfil criado da CPA na Rede Social Twitter para compartilhar informações da UniABC.
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TEXTO BOLETO BANCÁRIO
PREZADO ALUNO,
De 01/10 a 30/11/10, a CPA realizará a Avaliação dos Professores. Não deixe de participar, basta acessar a Central do Aluno. A sua opinião é muito importante para UNIABC aprimorar os serviços prestados a VOCÊ.
Contamos com sua participação!
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
www.cpauniabc.blogspot.com
Disponibilização do Relatório Final da UniABC em ambientes colaborativos (Scribd, Slideshare entre
outros).
Informe tratando da Avaliação de Docentes,afixados nos murais de cada sala de aula.
Interface da Avaliação Docente disposta na Central do Aluno no período de coleta de
dados.
Interface da Avaliação Docente disposta na Central do Aluno no período de coleta de
dados.
Interface da Avaliação Docente disposta na Central do Aluno no período de coleta de
dados.
Interface da Avaliação Docente disposta na Central do Aluno no período de coleta de
dados.
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Além das estratégias mencionadas, a CPA da UniABC também adotou como estratégia de divulgação e sensibilização as seguintes ações:
1. Inserção de textos antes, durante e depois da pesquisa no Comunicado Institucional, com periodicidade semanal e são lidos pelos professores em salas de aula, no primeiro dia da semana;
2. Publicação, em conjunto com departamento de marketing, um informativo, denominado “Notícias no Campus”, divulgando a avaliação institucional;
3. Envio de‐mails segmentados para coordenadores de cursos, chefes de departamentos, parceiros e egressos.
O esforço em divulgar a avaliação institucional justifica‐se na crença de que esta comissão tem no uso dos canais de comunicação como mediador das relações e anseios da comunidade acadêmica. 1.5. A Avaliação Institucional quantitativa realizada em 2010
Por se tratar de uma avaliação exploratória quantitativa, indicial, de método dedutivo, tendo como instrumento de coleta de dados questionários eletrônicos, definiram‐se os seguintes critérios para fins de tratamento, análise e interpretação dos dados coletados, a saber:
A ‐ Validação de todos os questionários aplicados no decorrer da pesquisa para mensurar a funcionalidade do sistema e o tempo médio que cada respondente levaria para completar o questionário;
1. Alunos, de 7 a 15 minutos. 2. Professores, de 10 a 15 minutos. 3. Coordenadores, de 10 a 15 minutos. 4. Pós‐graduação, de 6 a 10 minutos. 5. Funcionários, de 10 a 15 minutos. 6. Egressos, de 6 a 10 minutos. 7. Comunidade, de 5 a 8 minutos.
B ‐ Exclusão dos questionários que apresentaram as seguintes características: 1. Não respondidos em sua completude; 2. Cujo respondente optou por atribuir apenas um conceito para todos os itens; 3. Respondidos em duplicidade; 4. Respondidos no tempo inferior a 6 minutos; 5. Cujo respondente optou por atribuir apenas 01 conceito para cada grupo.
C – Todos os dados foram compilados em MySQL e, posteriormente, tratados em Acess e Excel;
D – Todas as médias demonstradas estatisticamente utilizaram de aritmética simples, pois consideramos os resultados da pesquisa como indiciais, devendo, portanto, o tomador de decisão de realizar as inferências necessárias acerca dos dados.
Tais critérios foram adotados para minimizar os possíveis vieses que as pesquisas, naturalmente, apresentariam no ato da coleta de dados, cujas variáveis, muitas vezes, extrapolam os trabalhos desta comissão. O esforço desta ação justifica‐se em municiar os tomadores de decisão com dados legítimos, o mais próximo possível de sua realidade.
Dessa forma, consideramos que as proporções foram geradas apenas com base nas respostas válidas para cada questão, sendo definida a seguinte escala de valores para as questões: 1 Péssimo, 2 Ruim, 3 Regular, 4 Bom, 5 Ótimo e Sem Opinião, para aqueles que não quisessem se manifestar ou desconhecessem o conteúdo da questão. Sendo este, último, desconsiderado no cálculo da média aritmética. Exemplo de fórmula utilizada =((1*C5)+(2*D5)+(3*E5)+(4*F5)+(5*G5))/H5.
Para facilitar o entendimento dos respondentes, optou‐se por categorizar todos os instrumentos de coleta de dados (questionários) em grupos de referência e considerou‐se, também, que alguns grupos deveriam ser comuns a todos os públicos para fins do estabelecimento de comparativos com as pesquisas vindouras e de auxiliar a Universidade no processo de avaliação institucional, a saber: informações gerais; infraestrutura; avaliação do curso; atendimento; avaliação dos serviços universidade; serviços e comunicação institucional.
Outras categorias foram utilizadas, visando a contemplar os aspectos específicos que circundam os universos pesquisados e, ao final de cada grupo, foi disponibilizada uma questão aberta, de caráter qualitativo, de modo que o respondente pudesse manifestar suas opiniões, críticas e/ou sugestões acerca do processo ou do item avaliado.
1.6. Critérios adotados para a análise dos resultados quantitativos
Com o propósito de melhorar o entendimento de todos, a comissão adotou os seguintes critérios para analisar os resultados da pesquisa:
I. Classificou como POTENCIALIDADE as perguntas que obtiveram incidências superiores a 70% na somatória dos conceitos BONS e ÓTIMOS, pois entendemos que existe um alto grau de satisfação em relação ao quesito;
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II. Considerou satisfatórios os quesitos cujas incidências oscilaram entre 45% e 69%, na somatória dos conceitos BONS e ÓTIMOS, portanto não caracterizando POTENCIALIDADE ou FRAGILIDADE;
III. Considerou frágeis os quesitos que obtiveram índices superiores a 40% na somatória dos conceitos PÉSSIMO, RUIM e REGULAR, visto que os aspectos encontram‐se no limiar da satisfação e insatisfação;
IV. Omitiu nomes de professores, coordenadores ou funcionários técnico‐administrativos para preservar os profissionais e para fins de publicação dos relatórios, pois consideramos que estes recebem a devolutiva da avaliação de suas respectivas chefias imediatas;
V. Desconsiderou a resposta SEM OPINIÃO, pois para fins da análise, em alguns quesitos, entendemos que quem optou por esta resposta desconhecia o assunto ou simplesmente quis abster‐se do questionamento;
VI. Formatou todos os dados quantitativos e os apresentou gráfica e descritivamente.
1.7. Critérios adotados para a análise dos resultados qualitativos
Considerando que a análise qualitativa demanda um olhar apurado sobre as áreas, a CPA no uso de suas atribuições, definiu os seguintes procedimentos para fazer suas objeções:
I. Compilação do instrumento de ações preventivas e, ou corretivas, preenchidos pelos departamentos e coordenadores de curso a partir da ciência de seu desempenho na avaliação institucional.
II. Exercício realizado junto aos coordenadores que foram submetidos a processos de renovação de reconhecimento e reconhecimento pelo mec.
III. Visitação às empresas parceiras da universidade afim de mensurar a aderência dos cursos oferecidos pela universidade a sua comunidade de origem.
IV. Participação nas reuniões setoriais com coordenadores, dirigentes, colaboradores e discentes, para sensibilizá‐los quanto à importância dos processos de avaliação institucional.
V. Acompanhamento das ações institucionais de cunho acadêmico tais como: eventos, simpósios e semanas de cursos.
VI. Ao final de cada grupo de questões nos instrumentos de pesquisas, disponibilizou algumas questões abertas para que alunos, professores, coordenadores, colaboradores, egressos e comunidade externa pudessem manifestar suas opiniões.
VII. Analise todos os projetos pedagógicos de curso com o propósito de verificar sua aderência as diretrizes institucionais e SINAES.
VIII. Criação de diversos ‘espaços virtuais’ em ambientes colaborativos para aferir o impacto das ações institucionais sobre a comunidade acadêmica em geral.
Portanto, o resultado demonstrado neste relatório configura todos os esforços já descritos, pois a proposta dos trabalhos realizados pela CPA sempre foi e será a de auxiliar a Universidade a atingir os requisitos de qualidade exigidos pelos órgãos reguladores do ensino superior, pela sua comunidade acadêmica e pelo mercado de trabalho.
Ressalta‐se que no decorrer ciclo avaliativo 2010, outras atividades forma realizadas, buscando estimular a comunidade acadêmica ao autoconhecimento e acreditando ter obtido significativos avanços, tendo contado com o apoio incondicional dos dirigentes e de profissionais que atuam em diversos departamentos da Universidade, dentre eles: CPD, Núcleo de Estágio, Marketing, Reitoria, Vice‐Reitoria acadêmica e adjunta, Segurança, entre outros.
O desafio de pensar mecanismos para promover uma avaliação dessa envergadura exigiu esforços, ética, maturidade e concessões de todos os envolvidos seja na condição de avaliadores ou de avaliados. Sendo assim, é legitimo afirmar que a cultura avaliativa na UniABC consolidou‐se, pois toda comunidade acadêmica percebeu sua importância na melhoria nos aspectos acadêmicos e administrativos da universidade.
Destarte, segue a compilação dos resultados (quantitativos e qualitativos) apurados a partir das pesquisas, acompanhamentos e análises realizadas pela CPA da UniABC, no decorrer do ano letivo de 2010.
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2. Avaliação Institucional à luz do SINAES 2.1. Dimensão I ‐ Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional
Grupos de indicadores Fontes de consultas
1. Organização didático pedagógica.
2. Coerência entre objetivos, diretrizes e formação profissional.
3. Integração do ensino com a pesquisa e a extensão.
4. Interdisciplinaridade.
5. Flexibilidade curricular.
PDI, PPC, Regimento geral da Universidade e resultados da Avaliação Institucional.
2.1.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
Para realizar a análise desta dimensão a CPA utilizou como fonte de consulta os seguintes documentos: PDI, PPCs, Regimento Geral da UniABC e os resultados qualitativos apurados na Avaliação Institucional.
Os documentos institucionais (PDI e PPI) apresentam‐se devidamente articulados, como já descrito no relatório avaliativo do ciclo de 2009‐2010, porém com a finitude do atual PDI (2007‐2011) recomenda‐se que as comissões vindouras promovam o acareamento desses documentos quando publicados.
De qualquer forma procedeu à avaliação dos referidos documentos e os resultados forma compilados em tabelas, visando facilitar o entendimento do público e categorizados de acordo com a realidade da universidade.
Os objetivos gerais da Universidade, traçados para o quinquênio 2007‐ 2011, constituem uma parte integrante tanto do PPI quanto do PDI e estão categorizados nas seguintes instâncias: I. Ensino; II. Pesquisa e Pós Graduação; III. Extensão; IV Administração; V Corpo Discente; VI Recursos Humanos.
Em consulta aos documentos pertinentes do indicador mencionado, verifica‐se a articulação unilateral entre o PDI, PPI, Regimento Geral da Universidade e PPC, a conversão das ações no que tange às Políticas de Ensino para graduação, pesquisa e extensão estão em conformidade com os preceitos legais propostos pelo MEC e SINAES.
Tanto o PDI como o PPI da UniABC convergem, em seus objetivos fundamentais, na formação e no oferecimento do ensino superior em suas diferentes instâncias. Ambos os documentos demonstram a preocupação e o esforço da UniABC em legitimar a tríade ensino, pesquisa e extensão.
Neste sentido, a Universidade vem desenvolvendo mecanismos para incentivar seu corpo docente e discente no engajamento de projetos de pesquisa proposto, em seu PDI e PPI. Seguem as políticas institucionais para extensão.
I. Consolidar o Programa de Extensão da UniABC atrelado ao Plano Nacional de Extensão Universitária.
II. Desenvolver e consolidar o incentivo às atividades de extensão, de cultura, de desporto e de atendimento estudantil, integrados ao ensino e à pesquisa.
III. Aprimorar os serviços de atendimento prestados à comunidade pelo Centro Policlínico, Assistência Jurídica e Empresa Júnior da UniABC.
IV. Aprimorar o atendimento psicopedagógico para o corpo docente, discente e técnico‐administrativo da UniABC.
Esta comissão entende que tanto o PDI como o PPI institucional estão alinhados com a gestão acadêmica da Universidade, uma vez que esta implanta, desde sua concepção, Conselhos Deliberativos e Consultivos como o CONSUN e CONSEPE, além de Colegiados de Cursos, Comitê de Ética, Núcleos Estruturantes e Comissão de Autoavaliação. As articulações desses mecanismos promovem um processo tácito, consubstanciando às diretrizes institucionais de gestão e responsabilidades no ensino superior.
Os objetivos e metas propostos no PDI institucional são operacionalizados de acordo com a realidade institucional e contemplam as seguintes áreas da instituição: ensino, pesquisa, pós‐graduação e extensão, corpo docente, recursos humanos e administração. Para cada instância contemplada, foram definidos os objetivos a serem implantados obedecendo ao cronograma abaixo:
Tabela 5: Cronograma de execução do PDI da UniABC
2007 2008 2009 2010 2011
X X X X Fonte: PDI da UniABC.
Dimensões contempladas no planejamento da Universidade que têm sido operacionalizadas cada qual a seu tempo e acompanhadas pela CPA. Conforme tabela abaixo:
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Tabela 6: Acompanhamento do PDI da UniABC
Para o ensino Status
Organizar e estruturar mecanismos que propiciem a integração das diferentes áreas de conhecimento.
Não realizado
Estabelecer referências para elaboração e avaliação dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação.
Realizado
Criar o ensino na modalidade à distância. Realizado
Aprimorar a qualidade do ensino. Realizado
Aprimorar a qualidade da gestão do ensino de graduação. Em fase de implementação
Difundir o PPI disponibilizando‐o à comunidade acadêmica. Realizado
Para a pesquisa e pós‐graduação Status
Apoiar as atividades de pesquisa com recursos para manutenção de programas, projetos e grupos de pesquisa.
Parcialmente realizado
Incentivar o desenvolvimento de redes de pesquisa. Não realizado
Expandir a Pós‐Graduação com a implantação de Programas stricto sensu. Em fase de implementação
Incentivar ações para a elaboração de programas e projetos de acordo com as políticas estabelecidas no PPI.
Realizado
Para a extensão Status
Implantar Programa de Extensão Universitária na Instituição, em conformidade com o Plano Nacional de Extensão.
Realizado
Implementar Programa de Acompanhamento de Egressos da UniABC, preferencialmente integrado ao ensino e à pesquisa.
Não realizado
Ampliar programas de educação continuada ao docente e discente, em parceria com entidades governamentais e de classe.
Não realizado
Implementar programa de avaliação da extensão. Não realizado
Para o corpo discente Status
Criar e aperfeiçoar Programa de Atendimento Estudantil. Realizado
Instituir legislação interna que discipline os Programas de Assistência Estudantil.
Realizado
Implantar sistema de comunicação e relações públicas para os Programas de Assistência Estudantil.
Realizado
Implantar Sistema de Avaliação dos Programas de Assistência Estudantil. Realizado
Criar e aperfeiçoar Programas de Acompanhamento Psicopedagógico. Realizado
Implantar sistema de avaliação dos Programas de Acompanhamento Psicopedagógico.
Realizado
Para a gestão acadêmica Status
Aprimorar os processos e métodos gerenciais. Realizado
Implantar um sistema de melhoria contínua nos processos administrativos. Realizado
Capacitar continuamente o quadro de colaboradores Realizado parcialmente
Criar metodologias de avaliação e acompanhamento do PPI Realizado
Para o recursos humanos Status
Criar política de recursos humanos. Não realizado
Criar programas de capacitação ao corpo técnico administrativo Não realizado Fonte: PDI da UniABC1
Os processos de autoavaliação institucional obedecem aos preceitos propostos pelo SINAES e estão previstos no PPI e organizados em dois momentos, a saber:
1 Ressaltamos que o período de execução dos objetivos e metas propostos no PDI pode e deve sofrer alterações no prazo estipulado, pois as instituições privadas de ensino superior dependem da demanda de mercado para os cursos oferecidos e boa parte das ações sugeridas demanda investimentos financeiros ora modestos, ora vultosos, cabendo aos dirigentes da instituição decidirem o momento oportuno para realizar a ação em detrimento do previsto no PDI.
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A. Avaliação Externa ‐ Neste processo, são considerados tanto os aspectos externos, quanto internos da Universidade, conforme regulamenta o SESU/MEC. Os compromissos e responsabilidades sociais que consolidam a Avaliação Institucional da UniABC estão explicitadas em seu PPI, em seu Projeto de autoavaliação e Projetos Pedagógicos de Cursos. Para maiores informação quanto ao acesso, divulgação e conhecimento dos documentos e políticas institucionais, consultar o relatório parcial destinado aos coordenadores e disponível na Universidade.
B. Avaliação Interna – Modalidade prevista na Lei 10.861/04 do SINAES e documentos institucionais (PDI e PPI) têm como escopo mensurar as potencialidades e fragilidades com base em pesquisas qualitativas e quantitativas.
Para mais informações, consultar a Dimensão IX disponível neste relatório que trata da articulação entre a Avaliação Institucional interna e externa com os processos de gestão acadêmica e administrativa da UniABC.
Tabela 7: Quadro de fragilidades, potencialidades e ações verificadas pela CPA no ciclo avaliativo.
DIMENSÃO FRAGILIDADES POTENCIALIDADES AÇÕES CORRETIVAS
Plano de Desenvolvimento
Institucional
Adequação do PPC às exigências do curso;
Divulgação do PPC aos
docentes;
Necessidade de adequação da matriz curricular dos cursos;
Necessidade de
finalização de alguns PCCs de curso;
Necessidade de
desenvolver projetos interdisciplinar no âmbito acadêmico.
Infraestrutura tecnológica;
Capacidade de
reinvestimento da UniABC;
Proximidade e relação com sua comunidade de
origem;
Perfil do seu grupos de gestores, coordenadores
e dirigentes.
Nova matriz curricular para o curso de Direito;
Reavaliação da estrutura curricular do curso de Recursos Humanos;
Atualização e revisão do PPC
de Biologia, com a participação ativa do corpo docente e do discente;
Atualização e disponibilização
do PPc do curso de Fisioterapia na Biblioteca;
Projeto interdisciplinar do curso de Ciências Contábeis;
Execução de projetos
institucionais que envolveram toda a comunidade
acadêmica como: Saúde em Ação;
Desenvolvimento de sistemas integrados de lançamento de
notas e publicização de Planos de ensino aos
discentes.
Fonte: CPA, 2010.
2.2. Dimensão II‐ Política para o Ensino, a Pesquisa, a Pós‐Graduação e Extensão Grupos de indicadores Fontes de consultas
1. Equilíbrio entre as propostas pedagógicas de cursos e documentos institucionais (PDI, PPI, PPC e DCN);
2. Interdisciplinaridade no âmbito dos cursos;
3. Alinhamento dos cursos e demanda regional;
4. Inovações didático‐pedagógicas, e estratégias de ensino aprendizagem;
5. Estímulo à formação continuada no âmbito da universidade;
6. Aperfeiçoamento da Pós‐graduação e educação à distância.
CPA, PDI, PPI, Relatório Social do ano de 2009, Pró‐
reitoria acadêmica e adjunta.
2.2.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
Na análise desta dimensão, buscou‐se avaliar os Projetos Pedagógicos de Cursos, Programas de Pesquisa e de Extensão, bem como a sua articulação com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2007‐2011 e Projeto Pedagógico Institucional (PPI).
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Ressalta‐se que é responsabilidade da Universidade planejar, coordenar, executar e avaliar as ações e políticas de ensino em consonância com as diretrizes propostas pelo MEC. Portanto, esta CPA limitou‐se a analisar, de forma objetiva e sintética, os grupos de indicadores tangenciados pela dimensão, sem prender‐se a discursos incorporados à cultura organizacional da Instituição ou às
especificidades das propostas para o ensino pesquisa e extensão. Para tanto, documentos institucionais disponibilizados para análise, setores competentes e relatórios de CPA’s anteriores, forma previamente consultados.
Com essa postura, mantém‐se a neutralidade na análise dos indicadores demonstrando, com clareza e objetividade, os aspectos quantitativos e qualitativos, os quais constituem objetos macro de análise.
A Universidade do Grande ABC atua em três grandes áreas do conhecimento, subdivididas em áreas de concentração, como seguem.
I. Área de Ciências Humanas e Sociais com áreas de concentração em: Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes.
II. Área de Ciências Exatas e Tecnológicas com áreas de concentração em: Ciências Exatas e da Terra, Engenharia e Tecnologia.
III. Área de Ciências Biológicas e da Saúde com áreas de concentração em: Ciências da Saúde, Ciências Biológicas e Ciências Agrárias.
Além das áreas de conhecimento supracitadas, faz parte do planejamento institucional da UniABC a ampliação das modalidades de ensino a distância, conforme descrito no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2007‐2011. Algumas ações foram implementadas, dentre elas, merecem destaque:
1. Implementação do sistema de gerenciamento do EAD da Universidade; 2. Reestruturação do departamento de EAD; 3. Desenvolvimento de Programa de Capacitação Online, para docentes, na metodologia de EAD; 4. Oferecimento de, pelo menos, uma disciplina para cada semestre de todos os cursos na
modalidade EAD.
Consideram‐se sob este aspecto as políticas institucionais voltadas para ampliação do oferecimento da pós‐graduação e extensão, bem como a implementação das políticas de educação continuada, praticadas no âmbito institucional.
A UniABC possui políticas próprias para o ensino de graduação e graduação tecnológica em consonância com as DCNs. Em análise do PDI e PPI da Instituição, pode‐se visualizar a articulação da tríade institucional: Graduação, Pesquisa e Extensão, legitimando o discurso institucional de compromisso com a educação no ensino superior previstos nos documentos institucionais.
No que tange a análise das diretrizes dos cursos de Graduação, oferecidos pela Universidade, verifica‐se que a UniABC cumpre com o compromisso público assumido na consolidação das atividades de ensino e fortalecimento dos aspectos relacionados à inserção regional da Universidade, por meio de suas ações de articulação local e prospecção da imagem institucional. Demonstrando a articulação e o esforço da
Universidade para criar um ambiente inter e multidisciplinar que atenda às instâncias da comunidade acadêmica.
Os projetos de cursos de Graduação existentes na estão em consonância com os preceitos legais que regem a oferta de cursos superiores na Federação e essa informação pode ser confirmada por meio dos atos legais homologados pelo MEC e disponibilizados
pela Instituição em seu site para consulta do público interno e externo, porém alguns ainda defasados, em relação a sua atualização e implementação.
Registrada a validade legal dos cursos oferecidos na Instituição e utilizando de suas prerrogativas, a CPA analisou os Projetos Pedagógicos de cada um dos cursos de Graduação por área de atividade, buscando constatar situações que possam divergir das diretrizes do MEC e dos princípios defendidos pela Universidade, além de verificar os aspectos qualitativos e quantitativos dos referidos cursos. Essa ação
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visou a identificar potencialidades e fragilidades de execução para, em momento posterior, sugerir mecanismos e estratégias de melhorias, respeitando as especificidades de cada área.
As análises dos projetos pedagógicos dos cursos de Graduação foram realizadas pela CPA no segundo semestre de 2010, após a devolutiva que a CPA deu à vice‐reitoria acadêmica que, por sua vez, orientou
a todos os coordenadores de curso sobre as providências corretivas no âmbito de cada curso.
Segundo o Projeto de Política Institucional (PPI) da UniABC, a proposta pedagógica da IES aponta, como essencial, a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, baseada na sustentação de todas as atividades acadêmicas, dependendo de
uma correta integração entre as três principais modalidades de ação e a obtenção de resultados finais qualitativamente significativos. Nessa perspectiva, professores e coordenadores são orientados a apresentar novos projetos de trabalho em formulários que, além de descreverem as propostas específicas de ação, enfatizam, também, os aspectos de articulação com outras modalidades acadêmicas, de forma que a participação discente nos projetos, programas e atividades acadêmicas, em geral, proporcionem ao estudante uma formação integral e contextualizada no universo de ações desenvolvidas na Universidade.
Considerando a última análise procedida pela CPA acerca da evolução da pós‐graduação na UniABC, naquele momento, afirmamos que universidade não havia atingido potencialidade no oferecimento de cursos de pós‐graduação em nível lato e stricto sensu, pois contava com cerca de 200 alunos frequentando cursos de lato sensu e extensão. Atualmente a universidade melhorou quantitativamente e qualitativamente em se tratando da pós‐graduação, contando com aproximadamente 20 turmas constituídas e cerca 800 alunos frequentes, em períodos e dias diferentes.
As políticas da Universidade para pós‐graduação também estão sendo acompanhadas pela CPA, conforme o quadro de acompanhamento: Tabela 8: Acompanhamento das Políticas para Pós‐graduação previstas no PDI (2007‐2011).
Políticas Previstas CPA
Consolidar a implantação de Projetos de Iniciação Científica, atrelados às linhas de pesquisa da Instituição.
Realizado de forma descontinuada
Adequar os Trabalhos de Conclusão de Curso e Monografias às linhas de pesquisa da Instituição.
Não realizado
Firmar parcerias com outras instituições para a formação de redes de pesquisa. Realizado parcialmente
Expandir a pós‐graduação com a implantação de Programa de stricto sensu. Realizado parcialmente
Apoiar a produção e a divulgação científica do corpo docente e discente. Realizado parcialmente
Com relação à pesquisa, a UniABC entende que é parte integrante do processo educacional a ser oferecida à comunidade acadêmica e que sua consolidação contribui, substancialmente, para a formação de cidadãos competentes e comprometidos com a sociedade, tornando‐os capazes de exercer cidadania sob diferentes perspectivas. Nesse sentido, a Universidade, no ano de 2010, vem perseguindo as metas propostas em seu PDI, já mencionadas neste relatório, referentes ao ensino, pesquisa e
extensão.
Por outro lado, esta CPA constatou que a implantação de um processo de Pesquisa perene e tácito exige comprometimento tanto institucional como o de docentes e discentes para sua consolidação e manutenção; e que este processo se consolida em longo prazo. Dessa forma, buscou‐se, na análise, evidenciar os esforços institucionais na consolidação desse
processo, por meio da acareação das políticas institucionais que tratam do assunto e as ações efetivas da universidade que atendem o escopo desta dimensão. Conforme segue. Tabela 9: Acompanhamento das Políticas institucionais previstas no PDI para a Pesquisa.
Políticas CPA
Organizar Grupos de Pesquisa em consonância com os três grandes eixos estabelecidos: 1. Educação, História e Desenvolvimento Regional; 2. Desenvolvimento Tecnológico; 3. Promoção da Saúde Individual e Coletiva.
Realizado
Incentivar os docentes, por meio de capacitação contínua, a assumirem posturas de professores pesquisadores, conduzindo‐os à reflexão e ação do fazer pedagógico e ao questionamento reconstrutivo em sala de aula, com rigor metodológico, adotando‐se, como princípio básico, a capacidade de identificar problemas, refletir sobre eles,
Realizado parcialmente
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localizar as soluções e (re) construí‐las, ao mesmo tempo, examinando suas especialidades e preferências, sem abandonar os eixos temáticos da Universidade, com o propósito de institucionalizar a pesquisa, mesmo não sendo a financiada, original e especializada, acompanhada e avaliada por órgãos de fomento.
Incentivar a adoção de linhas de pesquisa e áreas temáticas para o desenvolvimento de programas de Iniciação Científica, dos cursos de Graduação e sequenciais, respeitando‐se os eixos temáticos da Universidade. Cuidar para que o trabalho de iniciação à pesquisa seja acompanhado e se dê de maneira interativa. Zelar pelo acompanhamento contínuo dos alunos envolvidos, explicitando e fundamentando cada etapa do processo (destacar, comentar, e refletir sobre os momentos fundamentais), acompanhar os trabalhos em grupo, realizar comentários de avaliação de aprendizagem, proporcionar autoavaliação e a divulgação de resultados em jornadas e congressos.
Realizado parcialmente
Incentivar os professores, dentro de suas especialidades e de cada disciplina, a exercitar pesquisas de caráter qualitativo e quantitativo, bem como o diálogo com seus pares, responsáveis pelas disciplinas propedêuticas ao trabalho científico.
Não realizado
Orientar professores a definir problemas de pesquisa em consonância com os problemas da realidade, de modo especial, da localidade e regionalidade.
Realizado parcialmente
Adotar procedimentos e critérios para os trabalhos de Iniciação Científica, envolvendo alunos e professores nos Trabalhos de Conclusão de Curso de forma contínua, considerando as orientações contidas no Projeto Político‐Pedagógico do curso e os eixos temáticos adotados pela Universidade.
Realizado parcialmente
Acompanhar e avaliar, sistematicamente, o desenvolvimento da pesquisa visando à manutenção de suas linhas e áreas temáticas e/ou a substituição das mesmas por outras, considerando as prioridades do Projeto Político Institucional e os problemas locais, regionais, nacionais ou internacionais, apontados pela comunidade acadêmica. Avaliar, para verificar, se os objetivos desejados estão sendo atingidos e, se necessário, mudar as ações. Construir, na prática, critérios e formas de avaliar ao longo do processo, evitando artificializar a avaliação.
Não realizado
Desenvolver parcerias com outras instituições de ensino e/ou centros de pesquisa, por meio de projetos compartilhados que objetivem o desenvolvimento da Região.
Não realizado
Fonte: PDI da UniABC.
Mediante a leitura da tabela, fica evidente que a Universidade busca estimular, na medida do possível, seu quadro de docentes e discentes, para o desenvolvimento da pesquisa na vida acadêmica, algumas ações foram colocadas em prática, porém ainda estão muito aquém do potencial real da UniABC, pois a
universidade precisa em caráter de urgência desenvolver políticas consistentes e continuadas voltadas para a pesquisa e extensão.
Os programas de Monitoria desenvolvidos pela Universidade estão vinculados ao departamento de Recursos Humanos da UniABC e são acompanhados pelos respectivos responsáveis por área de conhecimento. As Diretrizes Institucionais para a execução de Monitoria na Universidade estão mencionadas no relatório do ciclo avaliativo de 2008, postado no sistema do INEP em março
de 2009.
Os alunos contemplados pelo programa de Monitoria da UniABC recebem descontos em suas mensalidades, desde que se dediquem de 05 horas semanais, efetivamente, no cumprimento do exercício das funções de monitor. O controle dessas horas é feito em formulário próprio e supervisionado pelo professor responsável, que o encaminha à Coordenação de Curso, ao final de cada mês. O desconto na mensalidade é concedido enquanto o aluno fizer parte do programa, excetuando‐se os períodos de férias e recessos escolares. Os alunos que são beneficiados por outras modalidades de programas de bolsa de estudos (Prouni) não são beneficiados pelo programa de monitoria, no entanto, podem participar. Ressalte‐se que a UniABC também promoveu uma série de eventos com escopo interdisciplinar, tangenciando simultaneamente as diretrizes do ensino, da pesquisa e da extensão conforme segue: Tabela 10: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão II.
AÇÕES PREVISTAS NO PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Disponibilizar materiais e legislações aos professores e coordenadores de curso.
Reuniões sistematizadas (quinzenalmente) com os coordenadores de curso para discussão das Diretrizes para o ensino superior vigente.
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Promover a reforma curricular dos cursos, atendendo ao Projeto Pedagógico
Implementação dos PPCs de cursos na universidade no decorrer do ano letivo.
Intensificar o envolvimento de alunos em projetos de iniciação científica.
Constituição e cadastramento de grupos de pesquisa no CNPq.
Orientar os coordenadores de Curso quanto à necessidade de acompanhamento das legislações pertinentes às avaliações internas, externas e IGC.
Estudo do PPI e dos Parâmetros Curriculares como critério para avaliação dos PPC’s. Oficina: “Coordenador de Curso: Educador e Gestor”
Avaliar com os coordenadores de curso os Projetos Pedagógicos implantados, incentivando a revisão, a atualização e/ou ajustes necessários.
Divulgação das diretrizes para elaboração do PPC constante no PPI; Diretrizes norteadoras para revisão contínua do PPC; Utilização do Relatório parcial da Auto‐Avaliação para correção de inconformidades no curso.
Atualizar, cadastrar e protocolar os cursos de graduação a serem avaliados para reconhecimento e/ou renovação de reconhecimento;
No decorrer do ano de 2010 a universidade recebeu visitas de diversas comissões de avaliação para reconhecimento e renovação de reconhecimento de diversos cursos.
Divulgar os resultados das avaliações do MEC à comunidade acadêmica.
Os resultados finais das avaliações são amplamente divulgados na comunidade acadêmica.
Rever os instrumentos de auto‐avaliação para o aprimoramento dos trabalhos da Comissão Própria de Avaliação;
Encontros e reuniões foram realizadas com toda a comunidade acadêmica da UniABC.
Realizar estudos para identificação dos meios de criação de cursos de graduação.
Realização de pesquisas junto as empresas da região do ABC Paulista.
Acompanhar e orientar os profissionais envolvidos nas propostas de criação de novos cursos de graduação e/ou modalidade/habilitação, para a elaboração dos Projetos Pedagógicos de cada um deles.
Divulgação das diretrizes para elaboração do PPC constante no PPI; Diretrizes norteadoras para revisão contínua do PPC; Encontros quinzenais com coordenadores de curso para discutir legislação do ensino superior, gestão acadêmica e rotinas no ensino superior.
Analisar, acompanhar e emitir pareceres sobre as propostas de criação de novos cursos de graduação, bem como seus respectivos Projetos Pedagógicos, submetendo‐os à apreciação dos órgãos colegiados superiores.
Elaboração do Planejamento Estratégico por meio da análise situacional do Grande ABC e o cenário do Ensino Superior. Tomada de decisão para a ampliação dos Cursos Superiores de Tecnologia, considerando o apelo regional para os cursos de curta duração com investimento da formação continuada. Levantamento das demandas regionais para o ensino superior.
Constituir grupos de trabalho para a elaboração do Projeto de Ensino a Distância
Ampliação dos trabalhos realizados pelo departamento de EaD da UniABC.
Promover e adequar à atualização de máquinas, programas e sistemas operacionais
Atualização dos aplicativos e sistema operacional de todos os computadores da universidade.
Ampliar a utilização das metodologias de cursos semipresenciais.
Oferecimento de pelo menos 01 disciplina por semestre a ser cumprida na modalidade EaD em todos os cursos.
Desenvolver material didático‐pedagógico para o ensino a distância.
Realizado para cada disciplina disponível.
Oferecer condições para a ampliação do corpo discente com a criação de novos cursos e habilitações e/ou modalidades de ensino.
Não houve criação de novos cursos no ano de 2010.
Atingir um crescimento de 10% no número de discentes. A meta foi atingida.
Aprimorar a formação docente, dando especial atenção para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas necessárias.
Encontros e oficinas de capacitação no início do semestre. Participação em Congressos, seminários e outros encontros científicos no âmbito regional.
Aprimorar os sistemas de gestão e acompanhamento acadêmico.
Implantação de sistemas integrados de lançamento de notas e planos de disciplinas.
Criar e implementar políticas para a efetiva inserção do corpo social na Universidade.
Capacitação e formação continuada do corpo social co palestras e seminários.
Rever as políticas de incentivo à iniciação científica direcionando‐as para a produção de artigos e comunicações.
Ampliação da participação discente em eventos, congressos e encontros no âmbito regional e estadual.
Ampliar o número de publicações. A universidade ainda não conseguiu instituir um programa continuo que atende satisfatoriamente esse aspecto.
Ampliar o número de comunicações apresentadas em congressos e simpósios.
Realizado de forma pontual nos cursos.
Viabilizar a aquisição do material bibliográfico (livros e periódicos) para a Biblioteca da UniABC de acordo com o PPI e Projetos Pedagógicos dos Cursos e/ou Programas em sintonia com a política de expansão do acervo.
Revisão e atualização do acervo bibliográfico disponível na biblioteca; Divulgação sobre a política de atualização do acervo, por meio de políticas de manutenção e aquisição.
AÇÕES PREVISTAS NO PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Criar e implantar o Centro de Pesquisa e Pós‐Graduação no campus situado no município de São Caetano do Sul.
Até o momento, não foi registrada nenhuma ação nesse sentido.
Ampliar o acervo bibliográfico técnico‐científico. Foi realizada a aquisição de diversos títulos no decorrer do ano de 2010.
Aumentar os investimentos institucionais destinados à infra‐estrutura.
Na medida do possível a universidade busca investir em sua infraestrutura.
Incentivar e apoiar a qualificação docente. Não realizado.
Estimular a criação de grupos de pesquisa com potencial para aumentar os indicadores de produção científica.
Em fase de implantação.
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Firmar parcerias com outras instituições e/ou centros de pesquisa por meio de projetos partilhados.
Estabelecimento de parcerias com órgãos públicos e privados da região do grande ABC.
Elaborar Projeto Pedagógico para implantação de Programas de Pós‐Graduação Stricto Sens.;
Em fase de implantação.
Implementar estratégias acadêmicas para criação de Programas de Stricto Sensu.
Em fase de implantação.
AÇÕES PREVISTAS NO PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Avaliar as atividades de extensão oferecidas pela UniABC. Implementação da Avaliação Institucional contemplando a extensão.
Criar mecanismos institucionais de controle e monitoramento da extensão universitária.
Elaboração e publicação do Relatório social referente ao ano de 2010.
Criar e manter instrumentos administrativos e de suporte às atividades de extensão.
Realizado.
Realizar eventos que sensibilizem sobre a importância da extensão universitária e do Plano Nacional de Extensão.
Diversos eventos foram realizados no decorrer do ano letivo de 2010.
Promover estratégias para o desenvolvimento dos trabalhos de extensão da UniABC.
Realizado.
Divulgar, pelos canais de comunicação disponíveis (site, TV, editora, informativos internos), as atividades de extensão programadas no âmbito da UniABC.
Não realizado.
Consolidar o Programa de Extensão da UniABC. Oferecimento de diversos cursos de extensão à comunidade acadêmica interna e externa.
Firmar parcerias com órgãos e instituições, privadas e públicas, em áreas de interesse.
Estabelecimento de novas parcerias e convênios com diversas empresas públicas e privadas.
Oferecer cursos de curta duração voltados às necessidades da comunidade da região do Grande ABC.
Vide relatórios parciais da CPA. Inauguração da Universidade da Maturidade. Implantação de diversos cursos de extensão de pós‐graduação.
Promover atividades socioculturais e desportivas para a comunidade.
Realizado.
Definir ações e meios para incentivar a comunidade universitária a promover atividades de extensão em seus respectivos cursos.
Realizado.
Apoiar as coordenações dos cursos em ações socioeducativas que tenham como objetivo o envolvimento do aluno com os problemas em sua comunidade.
Realizado.
Criar link específico no site institucional com informações sobre extensão universitária.
Realizado.
Contatar egressos para identificar as necessidades formativas.
Realizado.
Utilizar os recursos do EAD para promover atividades de extensão de educação continuada.
Não realizado.
Ampliar os projetos de extensão em 2% ao ano. Meta atingida.
Realizar visitas às empresas, órgãos e instituições. Realizado.
Identificar as necessidades dessas empresas, órgãos e instituições;
Realizado.
Alocar acadêmicos em postos de estágio. Realizado.
Implantar programa de educação executivo‐empresarial. Não realizado.
Acompanhar o processo de estágio extracurricular. Realizado.
Criar condições para implementação de atividades de extensão nos Projetos Pedagógicos das Licenciaturas;
Realizado.
Apoiar as atividades de extensão que apresentem atividades relacionadas à capacitação de profissionais do Ensino Fundamental e Médio.
Realizado.
Divulgar as informações disponíveis sobre Programas de Educação Continuada da UniABC e de outras instituições.
Realizado.
Incentivar as entidades governamentais e de classe na promoção dos cursos de formação e de educação continuada que contribuam para o desenvolvimento regional.
Realizado.
Ações pontuais realizadas pela UniABC relacionadas a dimensão II.
Projeto pedagógico acessível aos alunos – feito encaminhamento para os representantes de sala e para a reitoria de uma versão resumida. (Comunicação Social);
PPC de História à espera de avaliação da reitoria para plena divulgação e proposta de discussão com os representantes sobre os pontos frágeis do PPC;
Por meio do projeto interdisciplinar de Ciências Contábeis, os alunos estão se relacionando com os fundamentos do PPC, na prática;
Reformulação do PPC e da Matriz Curricular do curso de Educação Física;
Atualização do PPC do curso de Matemática;
Atualização do PPC do curso de Direito;
Dvulgação do PPC de Letras para os alunos pelos epresentantes de sala;
Atualização e revisão do PPC de Recursos Humanos;
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Reestruturação do Núcleo de Prática Jurídica e proposta de criaçao de forum experimental (com práticas simuladas);
Implantação de Agência Experimental de Comunicação Social junto ao Estúdio de TV. Contratação de estagiário para atender a demanda da Agência;
Mesmo com a aprovação de 64%, será proposta discussão com representantes para avaliar melhor articulação;
Projeto interdisciplinar do curso de Ciências Contábeis, em fase de encerramento do semestre, disponível a todos os professores, para o fechamento das médias que deve ser interdisciplinar;
Melhorou no curso de Pedagogia (registrado no PPC), sendo que apenas um comoponente curricular não está contemplando;
Discussão em reunião de colegiado para melhorar a interdisciplinaridade no curso de Recursos Humanos;
Criação do novo sistema de avaliação dos alunos;
Realização de atividades práticas e técnincas em abundância para facilitar o processo ensino‐aprendizagem do curso de Gestão Ambiental;
Implantação do novo processo de Avaliação de ensino‐aprendizagem no ambito institucional (ACG, APC e ACE).
2.3. Dimensão III ‐ Responsabilidade Social da Universidade
Grupo de indicadores Fontes de consultas
1. Desenvolvimento de eventos temáticos Interdisciplinares.
2. Desenvolvimento de ações de Interação Ensino, Serviços e Comunidade.
3. Desenvolvimento ações ou projetos direcionados a segmentos específicos da sociedade. (maturidade).
CPA e Relatório social do ano de 2010.
2.3.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
A Universidade do Grande ABC possui infraestrutura adequada aos portadores de necessidades especiais. Há elevadores e rampas de acesso emborrachadas nos blocos B e C e elevadores no bloco A.
Todos os blocos estão equipados com banheiros adaptados e há vagas reservadas para esse fim no estacionamento. Há telefone público para os portadores de necessidades especiais e um computador
para portadores de necessidades visuais, na Biblioteca. A Universidade conta, ainda, com profissionais especializados em LIBRAS, para portadores de deficiência auditiva e visual.
As Clínicas de Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Enfermagem fazem atendimentos a pacientes oriundos da comunidade externa, além de a Universidade promover ações voltadas à comunidade localizada em seu entorno.
No que tange à inclusão digital, percebe‐se esta preocupação institucional no PDI, quando descreve as intenções de expandir a biblioteca:
“Como parte desta política, a Universidade colocará mais terminais de Internet, sistemas de multimídia de consulta do acervo na biblioteca, consulta do acervo, via internet, reservas de quaisquer componentes do acervo, via Internet, sistemas de controle de acesso e consulta ao acervo, mais eficazes, terminais de consulta ao acervo da biblioteca, revigoração da videoteca e cd‐teca, como, por exemplo, formas de reproduções digitais e em número suficiente para os usuários, consultas dos periódicos, revistas, artigos, monografias via sistema multimídia e Internet, apoio tático e logístico aos pesquisadores da UniABC, entre outros. (...) O aspecto mais relevante desta expansão está relacionado às novas tecnologias, tais como Internet e multimídia, que trarão aspectos de modernização da Biblioteca e eficiência à pesquisa bibliográfica dos usuários.” PDI 2007‐2011.
Verificamos que, em relação às propostas do PDI, a biblioteca continua não dispondo de formas de reprodução digital e de consultas de periódicos, revistas, artigos e monografias, via multimídia, porém, novas formas de consultas ao acervo foram implementadas pela universidade via sistemas integrados para discentes e docentes.
Merece destaque, ainda, neste quesito de inclusão digital, a implementação que a UniABC tem feito nas matrizes curriculares de todos os cursos oferecendo pelo menos 01 disciplina na modalidade EAD.
A preocupação com a formação dos alunos está expressa com clareza nas diretrizes do PDI e dos Projetos Pedagógicos de cursos, bem como o que se espera do egresso:
O fortalecimento interno para a Pesquisa passou a ser preocupação da Universidade a partir de 2005. Linhas de pesquisa foram criadas nas áreas de Ciências Saúde, Ciências Exatas e Ciências Humanas e os projetos são desenvolvidos por docentes e discentes. No ano de 2009, a Universidade desenvolveu e desenvolve os seguintes projetos cujo escopo principal foi beneficiar diretamente a comunidade acadêmica e regional.
O Plano de Desenvolvimento Institucional da UniABC enfatiza, ao tratar da Política de Vivência Universitária, o objetivo de “ampliar as oportunidades oferecidas aos discentes pela experiência
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universitária, em termos não somente de formação acadêmica, mas também de sociabilidade e prática da cidadania”.
O estabelecimento de parcerias também é contemplado no PDI. Ações conjuntas com o poder público local; a comunidade e entidades civis auxiliariam “as ações do poder local em seus mais diversos programas que apresentem aderência aos campos de conhecimento desenvolvidos na Universidade” (...) “O conjunto das parcerias caracteriza parte da feição mais generosa da Universidade: seu conjunto de ações de extensão”.
Visando a contemplar suas prerrogativas e legitimar‐se como instituição geradora e disseminadora de conhecimento a Universidade destina parte de seus equipamentos ao atendimento da comunidade como:
1. Clínica de Enfermagem ‐ Localizada à Av. Pedro Américo, 850, na Vila Homero Thon, em Santo André, com telefone: (11) 4458.2578 e funcionamento de segunda à sexta‐feira, proporciona serviços relacionados a acupuntura, balanceamento muscular, reflexologia, saúde da mulher, doenças respiratórias, saúde mental, ioga e ginástica cerebral.
2. Clínica de Psicologia ‐ Localizada no mesmo espaço da Clínica de Enfermagem. Esse espaço oferece serviços de terapia, orientação vocacional, psicoterapia infantil/adulto, orientação a pais e a grupos de adolescentes, psicomotricidade e triagem em grupo, à comunidade em geral.
3. A Clínica‐Escola de Psicologia ‐ Localizada na Rua das Caneleiras, 387, no Bairro Jardim, em Santo André – SP com telefone (11) 4427‐7841 ou 4994‐3761, com funcionamento de segunda à sexta‐feira das 14h às 21h. Na clínica, são oferecidos atendimentos de avaliação psicológica e de psicoterapia individuais ou em grupos para crianças, adolescentes e adultos e promoção de grupos de apoio terapêutico à comunidade em geral.
4. Brinquedoteca: atividade extracurricular que prevê a utilização do espaço de brinquedotecas como instrumento de prevenção e/ou desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais. Em 2003, o projeto beneficiou 150 crianças, 40 pais de alunos e 37 professores da rede pública de ensino.
5. Clínica de Fisioterapia: Localizada no mesmo endereço das Clínicas de Enfermagem e Psicologia, com atendimento de segunda à sexta‐feira, das 7h30m às 11h30 e das 13h às 17h. A Clínica conta com Cinesioterapia, equipamentos de eletroterapia, hidroterapia, turbilhão, parafina etc. e banheiros adaptados. O atendimento à população é garantido, ainda, por uma Sala de Neurologia, que atende, especialmente, pessoas com AVC (acidente vascular cerebral), crianças
com paralisia cerebral e acidentados automobilísticos. Outros distúrbios que podem ser tratados na clínica: problemas ortopédicos e de coluna, lombalgia etc.
6. Clínica de Nutrição ‐ Mais uma Clínica localizada no endereço das de Enfermagem, Psicologia e Fisioterapia, com atendimento de segunda à sexta‐feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h (tel: 4458‐2578 / 4458‐2572). Os serviços prestados à comunidade são: diagnósticos alimentares, acompanhamentos a pessoas com necessidades especiais alimentares como: pessoas portadoras de diabetes, colesterol, triglicérides, hipertensos, obesos, quem sofre de desnutrição e doenças cardiovasculares ou do aparelho digestivo e atletas em fase de treinamento e competição
7. Hospital Veterinário ‐ Localizado na Rua Engenheiro Cajado de Lemos, nº 311, Bairro Cerâmico, em São Caetano do Sul, telefone (11) 4221‐1823 e 4221‐8607, com horário de atendimento de segunda à sexta‐ feira, das 7h às 17h30 e sábados, das 8h às 12h. No referido Hospital são oferecidos à comunidade atendimentos clínicos, em geral, de felinos, caninos, equinos, bovinos e animais silvestres. Por exigência do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV‐SP) o valor da consulta é de R$ 30,00. Exames e medicamentos são cobrados à parte.
8. Escritório de Assistência Judiciária – EAJ ‐ Localizado na Av. Pedro Américo, 850, Vila Homero Thon, em Santo André, com horário de atendimento de segunda à sexta‐feira, das 13h às 16h e telefone 4458‐2583. Os serviços prestados à comunidade são processos que envolvam a área cível (alimentos, separação, divórcio, adoção, união e dissolução de união estável, reconhecimento de paternidade, regulamentação de visitas, termo de guarda e responsabilidade, tutela, curatela, retificação de registro cível, alvará de pequenos valores) e criminal (Lei 9099/95). Todos os casos são acompanhados até a sua conclusão. O atendimento é voltado para pessoas com renda familiar de até três salários mínimos e sem imóvel próprio e que residam nos municípios de Santo André e Mauá.
9. Setor de Conciliação das Varas de Família da Comarca de Santo André – Foi inaugurada no dia 24/02/2011, em parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público.
Além dos equipamentos destinados ao atendimento discente, docentes, colaboradores e comunidade externa, a Universidade apóia ações afirmativas de inclusão social como Programa FIES, PROUNI, Programa Jovens Acolhedores, Programa Escola da Família e oferece bolsas de estudos aos seus colaboradores, parceiros, egressos, discentes, docentes e pessoas envolvidas diretamente em projetos
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da Universidade. Como esses programas a UniABC, beneficiou quase 10.000 alunos nos últimos 3 anos, incluindo 2010.
De acordo com o PDI, item 2.5.6. “Políticas de Estágio, Prática Profissional e Atividades Complementares”: a prática no processo de formação acadêmica é fundamental para a consolidação de uma aprendizagem baseada no contexto real, concreto, no qual o egresso atuará. Sendo assim, a estrutura curricular dos cursos oferecidos na Universidade deve propiciar o espaço para que o discente tenha possibilidades de vivenciar momentos de prática profissional e atividades ligadas ao contexto da profissão.
No entanto, entende‐se que o estágio curricular deve ocorrer em um momento do processo de formação que caracterize um mínimo de amadurecimento pré‐profissional, pois uma iniciação antecipada pode concorrer para o não aproveitamento da oportunidade, além de incentivar a utilização de recursos humanos sem o compromisso empregatício. Nesse sentido, esta Comissão buscou analisar os indicadores institucionais que legitimam o discurso institucional e preconizam o estágio como norteador do contexto na futura atuação profissional. Para tanto, analisamos todos os projetos de cursos oferecidos na Universidade e constatamos que todos os projetos versam em seu corpo sobre as práticas voltadas para o estágio supervisionado. Sendo assim, a descrição de algumas instâncias institucionais que buscam alinhar a oferta da Universidade à demanda regional.
No que diz respeito às oportunidades de oferta e consecução de parcerias e encaminhamento de alunos, existem alguns setores e serviços diretamente ligados à Pró‐Reitoria Comunitária, como: setor de supervisão de estágio, onde são assinados contratos e parcerias com empresas e instituições concedentes de estágios; setor de divulgação de vagas e oportunidades de estágio.
Ao contemplar a vigência dos estágios na Universidade, percebemos a ampla aplicação do que está disposto no PDI. A pretensão da UniABC é manter os atuais serviços e setores para estágios de alunos, agregando outros espaços e implementando outras ações de parcerias. Uma dessas ações é a disponibilização das vagas e oportunidades na home page da Universidade para o acesso dos alunos. Vide site institucional no link http://www.uniabc.br/site/empregabilidade.
Uma parte dos discentes é encaminhada para instituições públicas para realizar seus estágios (no caso dos alunos da área da Saúde e dos cursos de licenciatura). Cursos de licenciatura podem utilizar parte dos estágios como trabalho voluntário realizado no PREUNIV, Instituto de Educação Popular, mantido pela Prefeitura de Santo André.
A Universidade conta ainda com o Núcleo de Estágios, o qual objetiva ser uma ponte entre as solicitações de vagas das empresas da região possibilitando, assim, o encaminhamento de alunos dos diversos cursos da Universidade.
No Núcleo de Estágios, os alunos têm à disposição computadores, por meio dos quais podem encaminhar seus currículos e ter atendimento personalizado.
No mural do Núcleo de Estágios, as ofertas de estágios e empregos são afixadas e podem ser consultadas por todos os alunos, podendo ser feita, ainda, a consulta aos periódicos e classificados de empregos. Por meio de parcerias com o setor privado, busca‐se melhorar o nível técnico dos profissionais da região.
A UniABC, Universidade do Grande ABC, exercita sua face mais generosa por meio da viabilização do retorno à comunidade de suas ações de ensino e pesquisa por meio de uma Política de Atividades Comunitárias. Para o público externo, esse retorno ocorre em função de uma série de convênios e parcerias institucionais estruturadas em um denso conjunto de programas e subprogramas de ações compartilhadas.
Para a comunidade interna, além da efetiva possibilidade de participar ativamente na concepção, implantação e desenvolvimento destes programas e subprogramas, criam‐se condições de contribuir com oportunidades de extensão aos docentes e discentes, a Universidade oferece um conjunto de facilitadores para acesso e permanência de seu alunado.
O tema de responsabilidade social também está incorporado nas diferentes atividades do ensino, da pesquisa e da extensão da Universidade, o que pode ser constatado por meio de componentes curriculares específicos; alguns cursos dentro da Instituição possuem em suas matrizes curriculares disciplinas relacionadas à Ética. O curso de Direito possui Ética Geral e Profissional I e II e Bioética; o curso de Pedagogia contém em sua matriz curricular, as disciplinas: Ética e Educação e Aspectos Ético‐político‐ educacionais da Integração da Pessoa com Necessidades Especiais; Ciências Contábeis possui na sua matriz Ética Profissional e o curso de Administração Geral possui Filosofia e Ética Profissional; Fisioterapia, por sua vez, possui a disciplina Ética e Deontologia; Nutrição possui Ética e Legislação Profissional; finalmente, Psicologia contém em sua estrutura curricular a disciplina Ética Profissional; seminários e encontros que versam sobre o Impacto ambiental, Responsabilidade social, Saúde coletiva, exposições e feiras temáticas; cursos de capacitação para docentes, coordenadores e colaboradores, como: palestras especializadas, cursos de capacitação de gestores, reuniões perenes entre departamentos, entre outros.
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No confronto do PDI com as atividades de Extensão oferecidas pela Universidade, percebemos que há coerência entre o que é proposto e o que é realizado no âmbito institucional, porém há de se considerar que ainda a UniABC necessita de promover um olhar mais apurado sobre este aspecto devido a pouca produção cientifica, bem e envolvimento de discentes e docentes nesse aspecto.
Tabela 11: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão III.
AÇÕES PREVISTAS no PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Criar eventos com a finalidade de divulgar os talentos da comunidade universitária;
Realizado parcialmente.
Revitalizar o grupo de teatro da UniABC; Não realizado.
Revitalizar o coral da UniABC; Realizado.
Criar espaços de exposição de artes plásticas para as comunidades interna e externa; Realizado.
Publicar coletâneas ou obras individuais com a produção artística da comunidade interna;
Não realizado.
Criar e instituir campeonatos esportivos envolvendo o corpo discente; Realizado.
Criar e instituir programa de ginástica laboral para os funcionários; Realizado.
Incentivar a participação dos alunos em torneios esportivos regionais, nacionais e internacionais.
Não realizado.
2.4. Dimensão IV – Comunicação com a Sociedade
Grupo de indicadores Fontes de consultas
1. Mecanismos comunicacionais utilizados para interagir com a comunidade acadêmica.
2. Instâncias específicas que promovem a livre expressão dos discentes, docentes e técnico administrativos.
3. Parcerias/intercâmbios e diálogo com o ambiente externo.
4. Inserção da comunidade regional na esfera acadêmica.
CPA, PDI, PPI e Relatório Social de 2010.
2.4.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
A avaliação deste quesito tem como objetivo analisar a Instituição nos diferentes aspectos da Dimensão 4, propostos pelo SINAES, ou seja, comunicação interna e externa da Universidade e sua importância na construção de sua imagem na região do ABC Paulista. Para tanto, partiu‐se do princípio de que toda
instituição produtora de conhecimento acadêmico e científico tem por obrigação criar e manter canais de diálogos com seus parceiros, colaboradores, professores e discentes.
Considerando os princípios pedagógicos delineados no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Universidade que destaca a importância da articulação da rede local para legitimação e consolidação de um polo disseminador de conhecimento, e para assegurar essa condição, a UniABC tem colocado como exigência, dentro das políticas institucionais, a criação, manutenção de canais e fluxos de comunicação com a
comunidade acadêmica e regional.
Essa iniciativa tem como objetivo privilegiar a gestão participativa da comunicação. Nestes momentos, os produtores, emissores e receptores das informações são claramente definidos, vislumbrando demonstrar eficiência, credibilidade e dialogicidade com o público alvo de cada segmento, com os quais a Universidade interage.
Como mencionado nas considerações iniciais, a UniABC privilegia a comunicação interna entre as instâncias
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superiores, colaboradores e comunidade, buscando fortalecer um ambiente democrático e participativo na instituição. Para tanto, maximiza os canais criados e disponibilizados à comunidade acadêmica e funcional da Instituição:
O site oficial institucional é www.uniabc.br, mecanismo criado para que discentes, docentes, comunidade e colaboradores possam realizar consultas, lançar dados, acessar comunicados gerais da Universidade, ter acesso a eventos, entre outras possibilidades. Nesse espaço, a UniABC procura desenvolver mecanismos de interatividade com a sociedade por meio da divulgação de estágios, da formação de grupos de estudos, do ensino à distância e da divulgação de livros publicados pela Instituição, possibilitando o aprofundamento das relações e estabelecendo um canal efetivo de comunicação nas mais diversas áreas do conhecimento humano. Através do site, as comunidades acadêmicas, interna e externa mantêm‐se informadas a respeito dos serviços oferecidos pela Universidade, bem como a respeito da realização de eventos, semanas de cursos, palestras, workshops, entre outros.
Para reforçar o fluxo de informações, a UniABC conta também, com os murais informativos instalados nas salas‐de‐aula, nas Coordenações de cada curso, nos halls dos elevadores e em diversas dependências do campus. Esses murais têm como finalidade socializar todas as informações pertinentes ao alunado, docentes e comunidade, servindo como propagadores de informações.
Além dos murais supracitados, a UniABC conta também com diversas ações internas de comunicação, acompanhadas e avalizadas pelo departamento de Marketing e Publicidade, essas ações tangenciam informes gerais, divulgação interna de eventos e semanas de cursos, por vezes envolvendo Coordenadores, docentes e discentes da Universidade.
Outros canais que a UniABC utiliza para semear conhecimento, divulgar a informação e integrar a comunicação de forma horizontal e vertical são os periódicos NOTÍCIAS DO CAMPUS e TALENTOS que existem há dois anos, o primeiro, sendo publicado quinzenalmente, tem como função a divulgação de ações institucionais, palestras, fóruns, colóquios, congressos e cursos para toda a comunidade acadêmica, comunidade local e colaboradores e o TALENTOS UniABC, publicado mensalmente e distribuído no campus da Universidade, o qual tem o intuito de disseminar a produção artística e cultural realizadas pelos discentes, servindo como excelente canal de comunicação com a rede de parcerias que a UniABC estabeleceu ao longo de sua história.
Além do site, murais e periódicos, a UniABC possui, ainda, uma concessão de canal de televisão que pode ser sintonizada no canal 18 do sistema de TV a cabo denominada TV Universitária – TV UNIABC e abrange toda a região do ABC Paulista que, segundo o IBGE, é composta por aproximadamente
2.500.000 habitantes. A programação veiculada nesse meio é o resultado de oficinas práticas realizadas com alunos das faculdades de Comunicação Social e Propaganda e Marketing, sob a supervisão dos docentes da Universidade, para garantir a qualidade contínua das peças, entrevistas, filmes, vinhetas e programas veiculados. O projeto da TV UniABC foi desenvolvido em 2004 e sua criação efetiva ocorreu em abril desse mesmo ano. Nesta data, a UniABC recebeu da Canbrás (atual NET) a concessão de uma frequência para transmissão do Canal Universitário. No dia 28 de outubro de 2004, foi inaugurada a TV UniABC / CNU‐ABC Canal Universitário do ABC.
O objetivo da TV UniABC é produzir programas que promovam educação, pesquisa e extensão para alunos e comunidade em geral. Sua programação visa ao desenvolvimento do discente nos aspectos técnicos e de construção de conhecimento, buscando prepará‐lo para o exercício da cidadania e desenvolver‐lhe criticidade profissional, além de beneficiar diretamente a comunidade local com programação específica para a região. Cumprindo as diretrizes estabelecidas no PDI, o alcance da TV UniABC é regional; a programação é veiculada por meio do Canal 18 da Operadora NET que comercializa TV a cabo no ABC e conta com aproximadamente 200 mil assinantes na região, abrangendo os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.
A Universidade conta, ainda, com o Núcleo de Estágios, que funciona de segunda à sexta‐feira, das 8h às 21h45 e, aos sábados, das 9h15 às 13h (tel: 4991‐9803 / 4991‐9847) e tem a função de canalizar toda a rotina e documentação exigida para o cumprimento dos estágios curriculares de cada um dos cursos da Universidade. A IES possui o Banco de Estágios, que mantém contato direto com as empresas da região do ABC e de São Paulo, funcionando como polo de divulgação das oportunidades de estágio e vagas de colocação concreta para os alunos de todos os semestres da Universidade. Seguem algumas ações desenvolvidas por esses departamentos.
1. Murais: os do Núcleo de Estágio estão organizados por áreas de atuação e o aluno pode consultar uma média de 60 vagas nas áreas de Exatas, Humanas e Sociais e Saúde e Biológicas, renovadas constantemente.
2. Jornais de Empregos: disponibilizados semanalmente aos alunos com, por exemplo, os cadernos de empregos dos principais jornais do ABC e de São Paulo, além do Jornal dos Concursos e suplementos especiais sobre profissões.
3. Terminais de computadores: por meio dos quais os alunos podem enviar currículos ou efetuar cadastros em empresas, utilizando‐se dos computadores no local do Núcleo de Estágios.
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4. Vagas de emprego no Núcleo de Estágios: os alunos, em sua grande maioria, vão ao Núcleo em busca de estágios, porém, segundo os colaboradores desse departamento, tornou‐se comum a procura por vagas de emprego, sendo assim, o Núcleo também atende a essa demanda, publicando, semanalmente, vagas em diversas áreas, algumas delas que não exigem experiência profissional.
5. Colocação para ex‐alunos: muitos empresários da região entram em contato com o Núcleo de Estágios para pedir indicação de ex‐alunos, ou seja, de profissionais já graduados que ainda não conseguiram uma colocação no mercado.
6. A função de atendimento aos alunos e encaminhamento de reclamações ou sugestões: tem sido realizada junto às Coordenações de cada curso oferecido na Universidade e as demandas enviadas às áreas competentes por meio da Diretoria Acadêmica para as devidas providências.
7. Os mecanismos de comunicação existentes na Universidade e que se encontram em funcionamento: foram analisados, mas coom relação àqueles que ainda não foram implantados, por razões que fogem ao escopo dessa avaliação, serão devidamente mencionados ao final desta Dimensão, em fragilidades e potencialidades.
8. Ouvidoria: Em atenção às exigências legais propostas às instituições de ensino superior e à crescente necessidade de aproximar as instâncias institucionais, a UniABC implantou sua Ouvidoria – disponível no site institucional ‐ onde a qualquer momento discentes podem realizar suas críticas, elogios, denúncias ou sugestões de melhorias.
A Comunicação Externa da UniABC tem por objetivo difundir informações de interesse público sobre a filosofia, as políticas e práticas da Universidade, enfatizando aspectos como missão, valores e objetivos, colaborando para a construção da imagem e identidade da Instituição no ABC Paulista.
As ações de comunicação destinadas ao público externo são empreendidas pelos departamentos específicos da Universidade como Marketing e Assessoria de Imprensa. Esses departamentos estão vinculados à Reitoria da Universidade, cuja atribuição principal é estruturar modalidades de comunicação institucional interna e externa, utilizando diversas técnicas: escritas, orais, audiovisuais, eletrônicas e murais, vislumbrando favorecer a visibilidade da Universidade.
Em consonância às técnicas empregadas, os instrumentos de comunicação externa também são bastante diversificados, utilizando‐se de diferentes mídias como: sites, comerciais, anúncios, periódicos, revistas, tablóides, murais, entre outras.
A UniABC, ao longo de sua história, tem buscado validar seu discurso enquanto instituição produtora de conhecimento em ações concretas e legítimas junto à sociedade do Grande ABC Paulista. Tal senso de
responsabilidade tem como parâmetro seu Plano de Desenvolvimento Institucional que enfatiza, ao tratar da Política de Vivência Universitária, que objetiva “ampliar as oportunidades oferecidas aos discentes pela experiência universitária, em termos não somente de formação acadêmica, mas também de sociabilidade e prática da cidadania”. Destarte propõe a implantação de:
programa de Práticas de Cidadania;
programa de Estímulo à Atividade Esportiva;
programa de Participação Discente no Aperfeiçoamento da Universidade.
Com base nessas diretrizes, pode‐se afirmar que a Universidade tem pautado suas ações em responsabilidade social e, para legitimar esse posicionamento empresarial, desenvolve projetos visando a beneficiar diretamente a comunidade local, na qual está inserida, promovendo importantes transformações nos aspectos econômicos e sociais da região.
A UniABC entende que estabelecer uma rede de parcerias não basta para divulgar e consolidar sua imagem institucional enquanto entidade geradora de conhecimento e transformação social. Sendo assim, definiu como critério que cada parceiro legalmente constituído poderia solicitar a concessão de descontos de até 35% sobre o valor do curso pleiteado pelo seu funcionário, desde que esse comprove o fato de ser funcionários, associados, sindicalizados ou cooperados de algumas das entidades / empresas conveniadas. Atualmente, a Universidade conta com aproximadamente 300 parceiros.
A Universidade recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Top of Mind na categoria marca de Universidade mais lembrada na região do Grande ABC. Esse prêmio criado pelo Diário do Grande ABC (DGABC) expressa o resultado de uma pesquisa realizada nas sete cidades do Grande ABC.
Em pesquisa realizada pela comissão em 2010, junto aos parceiros institucionais no processo de autoavaliação foi perguntado aos parceiros institucionais: qual a representatividade da Universidade para região do ABC Paulista, e obtivemos a seguinte resposta: 54% das empresas consideram que a UniABC apresenta uma ótima representatividade na região do ABC Paulista, 38% consideram essa representatividade boa, e 8% não opinaram. Sendo assim, as análises desta dimensão evidenciaram a presença de canais e sistemas de comunicação instalados e sistematizados no trato da comunicação institucional com seus atores diretos e apontou a existência de espaços que incentivam a comunicação e sua socialização no campus acadêmico da UniABC. Mostrou também, condições de infraestrutura tecnológica que vêm sendo oferecidas pela Universidade para a uniformização da comunicação, que apesar dos esforços da Universidade, esses meios e canais de comunicação podem ser melhorados, no
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que tange à produção de conteúdos e divulgação das informações pertinentes a ela. Conforme evidenciado no relatório do Ciclo Avaliativo de 2009.
2.5. Dimensão V ‐ Políticas de Pessoal
Grupo de indicadores Fontes de consultas
1. Formação e qualificação dos quadros docentes e técnico administrativos.
2. Estímulo à capacitação e atualização profissional.
3. Dedicação e desempenho na função.
4. Capacidade de adaptação ao cenário regional na oferta de ensino superior.
5. Política de valorização de atividades docentes na graduação.
6. Relacionamento funcionário‐professor.
7. Relacionamento funcionário‐estudante.
8. Relacionamento coordenador – professor.
9. Relacionamento dirigentes – quadro de colaboradores.
CPA, Departamento de Pessoal e PDI
2.5.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
A política de pessoal da Universidade do Grande ABC insere‐se na preocupação da IES com a excelência acadêmica e está alicerçada na tríade: crescimento pessoal, conhecimento científico e desenvolvimento regional do ABC Paulista, e, tendo como parâmetro o PDI da Universidade, onde se encontram os princípios norteadores das políticas de admissão, carreira, acompanhamento, avaliação, valorização dos colaboradores, bem como condições de trabalho oferecidas pela Universidade, ao quadro de pessoal.
Esses princípios têm sido essenciais para o alcance das metas acadêmico‐administrativas da Universidade, pois valoriza a importância do contínuo aprimoramento e crescimento dos colaboradores. A UniABC vem, ao longo dos anos, pautando investimentos na base organizacional do sistema de recursos humanos para manutenção e gerenciamento de seu quadro de pessoal, vislumbrando, com
essa ação, legitimar os objetivos e metas constantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no PPI, Projeto de Política Institucional da Universidade, como segue:
I – Função Política – que possibilite inserir a educação como fator de inovação e mudança na região do Grande ABC;
II – Função Ética – que possibilite o desenvolvimento de sua missão, observando e disseminando valores positivos que dignifiquem o homem e a sua vida em sociedade;
III – Função de Transformação Social – voltada para a regionalidade, por meio do comprometimento da comunidade acadêmica com o desenvolvimento do Estado brasileiro e, em especial, da região do Grande ABC, sua principal área de atuação.
Sendo assim, as funções convergem para a missão institucional e que está voltada para produzir, organizar e disseminar o conhecimento, de forma a contribuir para o desenvolvimento regional do ABC, sem abandonar o preceito constitucional inerente às Universidades da federação: indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, atrelados a um bom clima organizacional, como previsto no PPI e PDI da Universidade.
Destarte, tomando como base documentos institucionais e relatórios anteriores produzidos por outras Comissões de Avaliação, partimos do pressuposto de que a análise desta dimensão deveria tangenciar os aspectos pertinentes às funções do quadro geral de colaboradores e suas relações como: perfil profissiográfico, formação, alocação, plano de carreira e capacitação, entre outros, vislumbrando, com essa análise, produzir uma visão consistente e coerente.
O perfil do corpo docente da Universidade do Grande ABC é constituído por: especialistas, mestres e doutores, contratados pelo regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho, em regime de jornada variável: integral, parcial e horista, respeitando o Decreto Federal nº. 5773/2006 e padrões de qualidade preconizados pelo INEP/MEC.
A UniABC exige de seu corpo docente o perfil de profissionais capazes de transmitir ao seu alunado conhecimentos que atendam às propostas dos cursos e sejam vinculados à realidade social regional. Para que isso seja amplamente eficaz, são selecionados docentes de formação compatível com a unidade curricular dentro da qual desenvolverão suas atividades, respeitando o Projeto Pedagógico de cada Curso ofertado na Instituição, seja em nível de Graduação, Tecnológico, Especialização, Pós‐Graduação, Pesquisa ou Extensão.
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A Universidade do Grande ABC atende ao pressuposto estabelecido na Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Art. 52), no que tange à titulação de mestres e doutores nos cursos oferecidos pela Instituição.
Saliente‐se que a UniABC mantém em sua política de Recursos Humanos plano de cargos e salários, destinado ao quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, vislumbrando melhor qualificação de seus colaboradores e atendendo aos parâmetros mínimos estabelecidos por lei, porém esse encontra‐se em análise no Ministério do Trabalho e, até o fechamento desse relatório, ainda não havia se manifestado.
Com relação a Publicações e Produções pelo pessoal acadêmico, a UniABC tem priorizado seus esforços em criar fontes permanentes de produção e disseminação de conhecimentos. Para tanto, incentiva seu quadro de docentes a manterem atualizado seu Curriculum Lattes, disponibilizando equipamentos – computadores – nas salas dos professores de cada curso, para que estes tenham acesso ao sistema, via Internet. Concomitantemente, determinou que todas as publicações e produções dos docentes deveriam constar de seus respectivos prontuários para serem consideradas na evolução vertical e horizontal do Plano de Carreira, que será implantado pela Universidade.
Segundo o Plano institucional da UniABC, o corpo docente submete‐se a três regimes de trabalho:
I ‐ Regime de tempo integral: classificam‐se os docentes que disponibilizam 40 (quarenta) horas semanais à Instituição, sendo até 20 (vinte) horas dedicadas ao ensino e as demais horas dedicadas às atividades de gestão, avaliação, planejamento, extensão, Iniciação Científica, ação social, pesquisa, supervisão de estágio, orientação de trabalhos de curso, atividades complementares e outras de apoio ao ensino.
II ‐ Regime de tempo parcial: classificam‐se os decentes que disponibilizam 12 (doze) ou mais horas semanais à Instituição, sendo 25 (vinte e cinco) por cento da carga horária dedicada ao extra‐ensino, nos moldes elencados para as atividades dos docentes em regime integral.
III ‐ Regime horista: classificam‐se docentes com qualquer carga horária dedicada, semanalmente, à Instituição, exclusivamente no ensino ou com carga horária de participação extra, em quantidade insuficiente para enquadrá‐los em regime parcial ou integral.
Os professores da Universidade podem ser designados para compor comissões específicas ou para desenvolver atividades acadêmicas, científicas, de pesquisa (presencial ou a distância) ou administrativas, ocupando cargos em comissão para tais atividades, recebendo salários mensais para cargos que exercem, independentemente das aulas que ministrem em cursos.
O corpo docente da UniABC é constituído por professores que assumem o compromisso de respeitar os princípios e valores explicitados no Estatuto da Universidade e no seu Regimento Geral, sendo estruturado de acordo com a qualificação de cada um, nos seguintes níveis de carreira de magistério:
I ‐ Professor Nível I: é aquele que se encontra em início de Carreira de Magistério Superior da Universidade;
II ‐ Professor Nível II e III: são aqueles que se encontram nos níveis intermediários entre o início e o topo da Carreira de Magistério da Universidade;
Cada um dos níveis elencados, nesta dimensão, possui exigências mínimas de qualificação e titulação discriminadas no Plano de Carreira do Magistério da Universidade, que por estar obsoleto, atualmente, passou por reformulação e está sendo avaliado pelo Ministério do Trabalho para sua implantação.
A UniABC tem seu funcionamento das 07h30 às 23h, de segunda à sexta‐feira e, aos sábados, das 7h às 17h. Deste modo, faz‐se necessária divisão em turnos, obedecendo à carga horária de 44 horas semanais de trabalho, conforme legislação trabalhista.
Os setores de apoio técnico‐administrativo da UniABC são capacitados no âmbito de sua formação e experiência. Todos os colaboradores são contratados com a exigência mínima de formação no Ensino Fundamental. Na Biblioteca, há 02 bibliotecárias, sendo uma bibliotecária‐supervisora e os atendentes, todos com formação mínima no Ensino Médio.
Essa característica do corpo técnico‐administrativo facilita o acesso do alunado às informações pertinentes ao curso e uma maior eficiência da funcionalidade, como um todo, sendo distribuídos nas seguintes categorias funcionais: Administrativo, Acadêmico‐Administrativo, Operacional, os quais desenvolvem suas atividades em setores diferentes do campus da Universidade, atuando junto às secretarias dos diferentes Centros, Faculdades, Pós‐Graduação e Reitoria ou em setores que realizam assessoria técnica de natureza acadêmica que realizam atendimento direto ao alunado, conforme descrito abaixo.
A. Secretaria Geral: responsável pela vida acadêmica do aluno (notas e faltas), confecção e emissão de documentos.
B. Protocolo: solicitação de documentos, revisões que são encaminhadas aos setores competentes.
C. Secretaria da Coordenação de Curso: suporte aos coordenadores dos cursos e também atendimento ao aluno para esclarecimento de dúvidas e agendamento do atendimento dos coordenadores.
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D. Sala dos Professores: suporte e apoio aos docentes, entrega e recebimento de material didático.
E. Financeiro: atendimento ao aluno quanto à questão financeira. F. Biblioteca: atendimento ao aluno na pesquisa bibliográfica, inclusive pela internet; filmoteca e
orientação em trabalhos científico‐acadêmicos. G. Laboratórios: composta por técnicos habilitados a orientar alunos e professores em aulas
práticas, bem como em aulas livres. Preparo de material para as aulas, os quais são solicitados anteriormente pelo docente.
O corpo técnico‐administrativo da Universidade é constituído de pessoal contratado para as funções técnico‐administrativas de cada um dos departamentos, de acordo com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho e da Entidade Mantenedora. No âmbito de suas competências, cabe aos órgãos de Administração da Universidade a supervisão das atividades técnico‐administrativas.
O Plano de Capacitação do quadro de colaboradores da Instituição procura, na medida da necessidade, contemplar os colaboradores das áreas técnico‐administrativas e operacional, pois considera fundamental a qualificação desses profissionais estimulando, assim, o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes, contribuindo para que os colaboradores aperfeiçoem seu desempenho ao executar suas atribuições tornando‐se criativos, inovadores e intraempreendedores.
Atendendo ao Plano de Capacitação, a UNIABC procura manter um processo contínuo de avaliação dos colaboradores, analisando seu potencial para o crescimento profissional. Este potencial é mensurado considerando os seguintes aspectos: atribuições, conhecimentos, habilidades e atitudes fundamentais ao desenvolvimento profissional compreendendo esses conceitos, conforme descrito.
A. Atribuições: as tarefas principais do cargo, aquelas que são fundamentais, que caracterizam o cargo e formam sua razão de existir dentro da Universidade. Tarefa ou atribuição é o que a pessoa efetivamente faz, executa, opera, realiza.
B. Conhecimentos: os conhecimentos necessários para o desempenho das funções são aqueles inseridos nas tarefas e que são facilmente identificados. Os conhecimentos variam de acordo com as atribuições de cada cargo.
C. Habilidades: por habilidades, são entendidas as facilidades que a pessoa tem ou deveria ter para desempenhar determinada tarefa com eficiência.
D. Atitudes: são entendidas como reações determinadas pela personalidade de cada um. Não se recomendam que atitudes circunstanciais e facilmente corrigíveis sejam realçadas na avaliação profissional como, por exemplo, a assiduidade.
A UniABC tem possibilitado condições concretas para o crescimento pessoal e profissional dos colaboradores administrativos, conforme já mencionado em relatórios anteriores, com iniciativas como; incentivo ao treinamento no próprio local de trabalho; disponibilização de bolsa‐estudo para cursos de graduação.
Por fim, a categoria operacional compreende os cargos ocupados por colaboradores responsáveis pela limpeza, copa e manutenção da Universidade e sendo alocados de acordo com suas aptidões profissionais e contemplados por todas as políticas de recursos humanos da Instituição.
Os documentos oficiais da UniABC, analisados até o presente momento, explicitam as políticas de pessoal, geração e divulgação do conhecimento, adotadas pela Instituição, assegurando o aperfeiçoamento contínuo e oferecendo condições para a realização do trabalho pelo seu quadro de colaboradores e bem‐estar dos discentes.
Tabela 12: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão V.
AÇÕES PREVISTAS no PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Avaliar a estrutura e as formas de organização do corpo técnico‐administrativo para a alocação otimizada de seus recursos humanos;
Reestruturação dos fluxos administrativos de informação.
Criação da Central Unificada de Atendimento.
Rever critérios de contratação e de qualificação de pessoal técnico‐administrativo;
Realizado.
Elaborar estudo para a consolidação de políticas de gestão de recursos humanos;
Realizado e submetido ao Ministério do Trabalho.
Diagnosticar e analisar o perfil do pessoal técnico‐administrativo;
Realizado.
Delinear habilidades e competências necessárias ao corpo técnico‐administrativo;
Versado no Plano de Cargos e Salários.
Elaborar o plano de carreira do corpo técnico‐administrativo e submeter à apreciação dos órgãos superiores;
Em fase de avaliação.
Implantar o plano de carreira do corpo técnico‐administrativo; Idem.
Adotar estratégias de avaliação e desempenho do corpo técnico‐administrativo;
Em fase de estudo.
Diagnosticar a necessidade de treinamento do corpo técnico‐administrativo;
Diagnosticado pela CPA na Avaliação Institucional e encaminhado aos dirigentes institucionais.
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Sensibilizar os funcionários para a importância e necessidade da qualificação profissional;
Realizado.
Elaborar plano de capacitação; Realizado.
Oferecer cursos de capacitação contínua e treinamentos motivacionais;
Realizado.
Implantar o Programa de Avaliação do corpo técnico‐administrativo;
Realizado por meio da Avaliação Institucional.
Avaliar e acompanhar os resultados. Realizado pela CPA.
2.6. Dimensão VI ‐ Organização e Gestão da Instituição
Grupos de indicadores Indicadores
1. Organização acadêmico‐administrativa (colegiado, departamentos, comissões e outros).
2. Sistema gerencial e de informação.
3. Política de valorização de atividades docentes na graduação.
4. Capacidade de adaptação institucional à realidade do mercado de trabalho.
5. Programas de apoio ao docente e aos discentes.
6. Programas de fomento à pesquisa e extensão.
7. Inserção regional da Universidade nos âmbitos políticos e social.
8. Capacidade de estimular a comunidade acadêmica a produzir conhecimento.
Regimento Geral da Universidade, PDI, PPI, PPC, Dirigentes institucionais e CPA.
2.6.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
A administração institucional é disciplinada pelo Regimento Geral da Instituição que regulamenta o Estatuto e disciplina as atividades da Universidade do Grande ABC nos planos: didático, pedagógico, científico, administrativo, comunitário e disciplinar. A estrutura da Universidade, a composição e
competências dos Órgãos de Administração Superior e da Administração Acadêmica constam do Estatuto da Universidade. Cada um dos órgãos da Administração pode ter regulamento próprio aprovado nos termos do Estatuto da Universidade e de seu Regimento Geral.
Além do Regimento Geral, a Universidade conta ainda com o Plano de Desenvolvimento Institucional e Projeto Político Institucional, cujas diretrizes são utilizadas como parâmetros pelas demais instâncias da comunidade acadêmica para planejar, orientar e coordenar as atividades da Instituição.
A Universidade é regida por legislação própria, descrita em seu Estatuto, pelo Regimento Geral, por atos normativos internos e, no que couber, pelo Estatuto da Entidade Mantenedora. Os casos omissos no Regimento Geral são dirimidos pelo Conselho Universitário ou, em caso de urgência, pelo Reitor, ad referendum daquele órgão. O Regimento Geral só pode ser alterado ou reformado por decisão de, no mínimo, dois terços dos membros do Conselho Universitário e aprovação da Entidade Mantenedora. As alterações ou reformas são de iniciativa do Reitor, ou mediante proposta fundamentada e encaminhada ao Reitor pela maioria absoluta dos membros do Conselho Universitário. As alterações ou reformas das normas da Instituição têm aplicação no período acadêmico iniciado após sua aprovação ou imediatamente, nos casos que não impliquem em prejuízo da vida escolar do aluno.
Os Órgãos Colegiados Superiores são o Conselho Universitário (CONSUN) e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). As alterações e reformas do Estatuto da Universidade e do seu Regimento Geral exigem maioria de 2/3 (dois terços) de votos dos membros do CONSUN, bem como aprovação por parte da Entidade Mantenedora. Exigem maioria absoluta de votos dos membros do CONSUN, ouvido o CONSEPE, as deliberações sobre os seguintes assuntos:
1. criação, incorporação, suspensão ou fechamento de cursos de Graduação ou habilitação, de Cursos Sequenciais e de Pós‐Graduação, ressalvando‐se o disposto no Estatuto da Universidade;
2. criação, desmembramento, fusão e extinção de Centros, Coordenadorias de Cursos e Órgãos Complementares;
3. fixação do número de vagas iniciais de cursos novos e alterações de número de vagas dos existentes;
4. alteração e reforma dos regulamentos dos demais órgãos da Universidade, excetuado o do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que aprova o seu próprio regulamento;
5. alteração e reforma dos anexos do Estatuto da Universidade e do Regimento Geral; 6. aprovação, alterações e reformas de Estatutos e Regimentos de Associações Estudantis,
quando for o caso;
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7. recesso extraordinário das atividades escolares; 8. conflitos entre integrantes do corpo docente e discente; 9. recursos contra decisões de órgãos internos da Universidade.
O Conselho Universitário (CONSUN) e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) reúnem‐se, ordinariamente, uma vez por semestre; os Conselhos de Cursos, duas vezes por semestre, ou, extraordinariamente, na forma regulamentada.
A convocação dos Colegiados é feita mediante edital, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, pelo seu Presidente, por sua iniciativa, ou mediante requerimento encaminhado ao Presidente por, pelo menos, 1/3 (um terço) de seus componentes, dando‐se, em qualquer dos casos, conhecimento da pauta dos assuntos a serem tratados.
Considerando que a universidade é constituída por setores categorizados, como descritos na dimensão anterior, e que os relatórios da Avaliação Institucional têm sido utilizados como instrumento de tomada de decisão pelos diversos segmentos da comunidade acadêmica e administrativa e após análise aprofundada das dimensões no âmbito institucional, entendemos que a UniABC cumpre com os indicadores previstos na dimensão em tela.
Tabela 13: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão VI.
AÇÕES PREVISTAS NO PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Envolver os órgãos de apoio acadêmico para a organização dos documentos legais específicos de cada setor;
Realizado.
Organizar as legislações acadêmicas relativas aos cursos de graduação, para sua divulgação à comunidade acadêmica;
Realizado.
Promover atualização sobre as novas diretrizes para o ensino superior; Realizado.
Promover reuniões de trabalho com os responsáveis diretos pelos setores para diagnosticar eventuais problemas e/ou necessidades;
Realizado.
Rever normas e procedimentos adotados em cada setor;
Em fase de estruturação.
Consolidar práticas diferenciadas para a melhoria do atendimento de cada setor;
Realizado.
Promover reuniões de trabalho nos diferentes níveis de gestão acadêmica para diagnosticar eventuais problemas e necessidades;
Realizado.
Consolidar os Planos Estratégicos. Realizado.
2.7. Dimensão VII‐ Infraestrutura da Universidade
Grupos de indicadores Fontes de consultas
Adequação das diferentes instalações e equipamentos disponíveis no âmbito da universidade;
Biblioteca;
Recursos audiovisuais e equipamentos de informática;
Laboratórios de apoio a comunidade acadêmica (laboratório de informática comunitário);
Espaços destinados ao atendimento ao discente.
CPA, Documentos Institucionais, Supervisão de Campus e PDI.
2.7.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
A infraestrutura física da UniABC organiza‐se em quatro macroáreas: atividades acadêmicas, saúde comunitária, apoio acadêmico/comunitário e reserva de áreas para expansão. Mesmo territorialmente, apresentando seus equipamentos próprios, arrendados ou conveniados aos municípios de Santo André, São Caetano do Sul e Mauá, as facilidades de alocação destes equipamentos garantem o rápido acesso pelas outras cidades do Grande ABC e pela Zona Leste de São Paulo.
Identifica‐se, no histórico do desenvolvimento físico da UniABC – Universidade do Grande ABC, – dois momentos distintos: a situação fragmentada ‐ pré‐construção do Campus Santo André I ‐ na qual a Universidade organizava‐se em inúmeras unidades desagregadas, no município de São Caetano do Sul, e o novo momento, a partir do ano 2000, quando se iniciam as atividades no novo campus, em Santo André.
A congregação de todos os cursos, em um espaço integrado, possibilitou uma maior e efetiva articulação entre os corpos docente, discente e técnico‐administrativo. O novo projeto foi discutido com a comunidade acadêmica, sintetizando suas expectativas e apresentando, como exemplo, excepcionais condições de acessibilidade plural e inteligência predial.
Esta integração potencializou as ações da Universidade, permitindo agilidade nas decisões técnico‐administrativas, racionalidade nos procedimentos organizacionais, permeabilidade generosa e convivência para toda a comunidade acadêmica.
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Campus Santo André I – O campus central da UniABC, chamado de Campus Santo André I, localiza‐se, estrategicamente, em uma das centralidades da Região do Grande ABC, na divisa entre os municípios de Santo André e São Caetano do Sul.
A acessibilidade externa é favorecida por uma generosa rede metropolitana viária e ferroviária, como a proximidade da Estação Utinga /CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), do Terminal Rodoviário de Santo André, da Avenida dos Estados e da Via Anchieta. A acessibilidade interna respeita normas e padrões internacionais que garantem o direito aos portadores de necessidades especiais de circularem por todo o campus.
Apresenta 77.000 m² de construção, em um terreno de 33.000 m², possui instalações adequadas e capacidade de atender um público estimado de 45.000 alunos, se organizados em 3 turnos de 15.000.
A concepção geral do projeto viabiliza a congregação dos corpos discente, docente e técnico‐administrativo, além de espaços de apoio acadêmico como a Biblioteca Mário de Andrade, 4 auditórios, estacionamento para 1.300 vagas e áreas de convivência.
De forma geral, a Universidade disponibiliza, em seus 77.000 m2 de área construída, uma estrutura capaz de proporcionar aos setores acadêmico, técnico‐administrativo, de apoio acadêmico e de prestação de serviço, condições de desempenharem suas diversas funções, da melhor forma possível.
Assim, a Universidade coloca à disposição das comunidades internas e externas, 253 salas, 53 laboratórios, 8 áreas para a Gestão de Cursos, 8 áreas para a Reitoria, 13 áreas para a Administração Geral, 8 áreas para a Administração Acadêmica e 4 áreas para a Manutenção Geral.
As instalações físicas da Universidade do Grande ABC encontram‐se em consonância com as exigências estabelecidas pelo Ministério da Educação. Segundo avaliação realizada pela CPA, o grau de satisfação da comunidade acadêmica com essa infraestrutura atinge índices expressos relacionados a esse quesito.
A concepção geral do projeto do Campus I da UniABC viabiliza a congregação dos corpos discente, docente e técnico‐administrativo, além de espaços de apoio acadêmico como a Biblioteca Mário de Andrade, 4 auditórios, estacionamento para 1.500 vagas e áreas para convivência. É importante destacar que, neste espaço, os alunos, professores e colaboradores têm facilidade de acesso a todos os departamentos e setores da Universidade.
A Unidade do Campus I subdivide‐se em três setores distintos: setor acadêmico, setor técnico‐administrativo, de apoio acadêmico e de prestação de serviços e expansão.
O setor acadêmico compreende 209 salas de aula, 53 laboratórios e 10 unidades de Gestão de Curso. As salas de aula possuem uma dimensão de 12.500 metros quadrados para uma capacidade de 15.000 alunos. O espaço físico disponível para os laboratórios compreende 3931 m² e para a Gestão de Cursos, 490 m².
O setor Técnico‐Administrativo é composto pela Reitoria, Administração Geral, Administração Acadêmica e Manutenção Geral.
A Reitoria da UniABC ocupa 700 m² de área, compreendendo 8 salas distribuídas no décimo terceiro andar do bloco A. Para a Administração Geral , 13 salas, e a Administração Acadêmica compreende 8 salas, ambas com 450 m² e 1400 m², respectivamente. Já o setor de Manutenção Geral ocupa 13 salas, totalizando uma área de 450 m².
O setor de Apoio Acadêmico compreende a Biblioteca, áreas de convivência, esportes, auditórios e estacionamentos. A Biblioteca da UniABC encontra‐se no piso S1 do Campus I e ocupa uma área de 1700 m². As áreas de convivência somam 2500 m² e são subdivididas em três locais, no próprio Campus I da Universidade. Não existe local para a prática /aprendizado de esportes no Campus I, porém, o Centro Poliesportivo, localizado no município de Santo André, compreende uma área total de 13.667 m².
A Universidade do Grande ABC contém quatro auditórios com capacidade para 640 lugares, distribuídos em 3200 m² de área. O setor de Prestação de Serviços e Extensão compreende 4 cantinas que ocupam um total de 300 m² de áreas, distribuídos pelos blocos A, B e C do Campus I da Universidade do Grande ABC.
O espaço destinado ao atendimento de Secretarias, Tesouraria e Protocolo mostra ser suficiente. Houve uma adequação com relação às salas de Coordenação, pois foi destinado um espaço reservado para que os mesmos possam desempenhar suas atividades, bem como atender, de forma confortável e reservada, professores e alunos.
Algumas salas de professores apresentam espaço suficiente para acomodar todos os docentes e seus materiais, no período noturno, diurno ou vespertino. Os escaninhos, destinados ao uso dos professores, são adequados à quantidade de material a ser neles acomodada.
O sistema wireless possibilitou ao professor usar seu portátil – laptop – o que veio a minimizar o problema do número insuficiente de computadores disponíveis nas salas de professores, principalmente, no término do bimestre letivo.
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A acessibilidade externa é favorecida por uma generosa rede metropolitana viária e ferroviária, como a proximidade da Estação Utinga/CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), do Terminal Rodoviário de Santo André, da Avenida dos Estados e da Via Anchieta.
A acessibilidade interna respeita normas e padrões internacionais que garantem o direito aos portadores de necessidades especiais de circularem por todo o campus.
Nos campi da UniABC, encontram‐se facilidades para acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais, tais como: vaga preferencial em estacionamento da Universidade; elevadores que possibilitam o deslocamento dos mesmos por todo o campus, sem restrição de acesso; rampas por toda a Universidade que facilitam o deslocamento de alunos, colaboradores e professores, portadores de necessidades especiais, por toda a Instituição de Ensino; banheiros, tanto masculinos como femininos, planejados para o recebimento de cadeirantes, entre outras necessidades; fácil acesso às salas de aula, biblioteca, salas de informática, laboratórios, áreas de convivência e Coordenações de Cursos.
A Universidade contempla todas as exigências estabelecidas pelo Ministério da Educação, relativas ao acesso de portadores de necessidades especiais.
A Universidade do Grande ABC dispõe de 14 laboratórios de informática, distribuídos pelos blocos A, B e C do Campus I:
Tabela 14: Relação de laboratórios de informática da UniABC.
LABORATORIO BLOCO Nº DE COMPUTADORES
1C 09 C 17
1C 10–11 C 37
1C 16 C 37
TB 16–17 B 35
2A 06 A 21
2A 10 A 30
3A 06 A 30
4A 01 A 15
4A 05 A 30
5A 05 A 30
5A 08 A 15
6A 06 A 30
BIBLIOTECA B 29
DE MATEMATICA 2 A 08 A 04
TOTAL DE MÁQUINAS 360
* Com exceção do laboratório TB 16‐17, do bloco B, que é destinado ao uso exclusivo dos alunos para pesquisas e realização de trabalhos, os demais laboratórios de Informática atendem a todos os cursos da Instituição, sejam estes de graduação, EAD, ou os de Especialização.
Os computadores da Biblioteca são para uso exclusivo de pesquisa na internet, de modo que o aluno não pode imprimir o material. Para atender a todos, o aluno agenda, com um dia de antecedência, um horário para uso.
A UniABC acaba de realizar um alto investimento em tecnologia com aquisição de 300 computadores de última geração: monitores LCD Widescreen de 17 polegadas, processador Intel Dual Core e 1Gb de memória.
Esses novos equipamentos são distribuídos e instalados nos 12 laboratórios de informática. Os laboratórios localizados no 2º, 4º e 5º andares do Bloco A (2A1, 4A1 e 5A5) já estão equipados com essas novas máquinas e destinam‐se somente às aulas dos cursos de graduação. Ao passo que, os laboratórios TB16 e TB17, situados no Bloco B, podem ser acessados livremente, portanto sem a necessidade de agendamento prévio.
A Universidade dispõe de recursos audiovisuais, tais como: retroprojetores, televisores, videocassetes, dvd’s, data‐show‘s e projetores de slides, atendendo aos parâmetros exigidos pelo Ministério da Educação e Cultura. De qualquer forma, esta comissão, após análise dos resultados das pesquisas com os docentes e discentes, sugere a implementação das políticas de aquisição e gerenciamento desses equipamentos face à demanda diária dos docentes e discentes.
O sistema de leasing operacional firmado com a HP permite a atualização dos computadores a cada três anos. A manutenção dos equipamentos, tanto corretiva quanto preventiva, ocorre no período letivo, são realizadas mediante formulário de ocorrência e, no período de recesso e férias escolares, quando ocorre a manutenção preventiva em todos os Laboratórios de Informática da Universidade do Grande ABC, que possui técnicos qualificados e aptos para a realização de tais procedimentos, necessários ao bom funcionamento dos setores informatizados da IES. Os softwares institucionais são atualizados com a periodicidade de três anos.
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O setor de manutenção da Universidade do Grande ABC está disponível para controle e conservação das instalações físicas da Instituição. São evidentes as ações institucionais no atendimento a esse quesito, pois a manutenção, tanto corretiva quanto preventiva, ocorre a qualquer tempo do período letivo, e no período de recesso e férias escolares.
A Universidade conta com seu próprio departamento de Manutenção, que é constituído por cerca de 40 profissionais qualificados e aptos. Conta também, com outros departamentos como Centro de Processamento de Dados e Supervisão de Campus dentre outros, que funcionam em tempo integral para controle e conservação de todos os equipamentos da Universidade. Para acionar os departamentos, o funcionário deve proceder de acordo com as instruções institucionais e aguardar o profissional para resolução do problema.
A reserva para utilização dos equipamentos de informática, audiovisuais, auditórios, datas‐show, dvd’s, vídeos‐cassetes, projetores de slides, retroprojetores, entre outros, é feita mediante controle no setor de aferição de cada departamento (Saúde, Humanas e Exatas) e pelo setor de áudio‐visual da Universidade do Grande ABC, mediante Comunicação Interna para futura aprovação de uso, feita pelo supervisor de campus. Os equipamentos são reservados com antecedência para que não faltem no momento de sua utilização.
A Biblioteca “Mário de Andrade”, da Universidade do Grande ABC UniABC ocupa uma área total de dois mil e 200 m², para atender às necessidades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão de seus alunos e professores. Conta, ainda, com espaços reservados para a organização, a difusão e a divulgação da documentação bibliográfica e audiovisual.
Ela está registrada no Conselho Regional de Biblioteconomia CRB 8.º Região/SP. As normas de funcionamento e sua utilização pela comunidade interna e externa estão disciplinadas em regulamento próprio aprovado por portaria interna disponível no site www.uniabc.br.
A Biblioteca “Mário de Andrade” conta, atualmente, com cerca de 150.000 (cento e cinquenta mil) títulos e obras (livros, obras raras, obras de referência, atlas, cds, dvd’s, vídeos, monografias e teses). Existe, ainda, um acervo de periódicos de 175 (cento e setenta e cinco) títulos correntes e 1.325 (um mil, trezentos e vinte e cinco) títulos não correntes.
A utilização dos serviços prestados pela Biblioteca obedece a um regulamento próprio, aprovado pela Reitoria e disponível no site institucional para os docentes e discentes. As instalações para o acervo, estudos individuais e em grupo são adequadas e contemplam o exigido pelo Ministério da Educação e Cultura.
O empréstimo domiciliar é feito de acordo com um regulamento interno da Biblioteca, que rege que toda a publicação da qual há mais de um exemplar pode ser emprestada. Cada aluno tem direito a 02 exemplares e os que estão elaborando seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) podem retirar 04 exemplares, por um período de sete dias, com direito à renovação, desde que não existam reservas.
Existe, também, o empréstimo entre bibliotecas: o aluno da UniABC pode retirar obras em outras instituições, obedecendo às normas da biblioteca na qual a solicitação está sendo feita.
A biblioteca encontra‐se em perfeito funcionamento, havendo práticas consolidadas e institucionalizadas, contando com serviço de informatização do acervo e de catalogação, controle de periódicos e empréstimo, além da comutação e consulta facilitada ao catálogo. Porém, as políticas de aquisição existentes na Instituição ainda não atendem à demanda dos discentes, como ficou evidenciado na Avaliação Institucional, principalmente, nos comentários registrados pelos alunos. Vide quadro de potencialidades e fragilidades disposto na Dimensão 8.
A atualização do acervo é solicitada diretamente pelas Coordenações dos Cursos, junto à Reitoria. Os livros com poucos exemplares ou muito procurados são solicitados pela própria bibliotecária supervisora.
A conservação do acervo é feita duas vezes por ano (em janeiro e em julho), quando os livros que estão em mau estado de conservação são enviados para uma encadernadora. Em média, são enviados 600 livros por ano. Quanto à expansão, há o projeto de construção de um prédio, especialmente para o funcionamento da Biblioteca.
Os equipamentos são adquiridos conforme a necessidade. Há, hoje, 21 computadores na Biblioteca, para uso da Internet, 15 como terminal de consulta, 07 impressoras para empréstimo de livros, 01 computador com o programa para portador de necessidade visual e 07 computadores para serviços internos.
O horário de funcionamento atende às necessidades dos turnos dos cursos, isto é, tem início às 7h15 min. e encerramento às 22h45min. A reserva de livros é efetuada nos quinze terminais de consulta ou via internet, pelo site da Universidade.
O empréstimo domiciliar é feito de acordo com um regulamento interno da Biblioteca, onde está determinado que toda publicação que tenha mais de um exemplar pode ser emprestada.
Cada aluno tem direito a 02 exemplares e os que estão elaborando seus Trabalhos de Conclusão de Curso podem retirar 04 exemplares, por um período de sete dias com direito à renovação, desde que
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não existam reservas, a renovação pode ser pela web, por duas vezes consecutivas desde que não haja reservas. Existe, também, o empréstimo entre bibliotecas: o aluno da UniABC pode retirar obras em outras Instituições, obedecendo às normas da biblioteca em que a solicitação está sendo feita.
Existe um guia de elaboração dos Trabalhos de Conclusão de Curso para a normatização dos trabalhos. Por meio de solicitação dos alunos, as bibliotecárias confeccionam as fichas catalográficas necessárias aos trabalhos.
A Biblioteca “Mário de Andrade” contempla 04 bibliotecárias formadas, sendo uma supervisora. Há, ainda, 12 atendentes, sendo 01 formada em Biblioteconomia, 01 estudante de Direito, 10 com Ensino Médio. Trabalham 03 funcionárias no período matutino e vespertino e 09 no período noturno.
A TV UniABC (canal 18 Net ABC) e o Departamento de Marketing funcionam no 12º andar do Bloco A, sala 12A 02 e sala 12A 03, respectivamente.
A Universidade em parceria com o CIEE (Centro de Integração Empresa‐Escola) estabeleceu um posto permanente do CIEE para atendimento aos discentes (Bloco B), e um posto bancário do Grupo Santander (Bloco A) no campus I. A Universidade conta, ainda, com os seguintes laboratórios de informática.
Tabela 15: Os laboratórios específicos dos cursos estão abaixo relacionados:
Laboratório Bloco Localização
Turismo C TC 04
Hotelaria e nutrição C TC05
Hotelaria C TC 06
Tradução C 1C 09/1C 12
Línguas C 1C 13
Brinquedos (brinquedoteca) C 1C 21
Pedagogia C 1C 22
História A 2A 09B
Estudos e pesquisas biopsicossociais do movimento humano
A 3 A 07A
De TV A 5A 02/5A 03
De rádio A 5A 04
Escritório contábil A 5A 06
Agência experimental A 5A 08
Estúdio fotográfico A 5A 10
Conforto ambiental A 6A 01
Edificação e urbanismo A 6A 04
De maquete A 6A 07
De fotografia A 6A 09
De física A 11A 05/11A010
De testes psicológicos B TB 04
De enfermagem I, II e III 1B23/1B24/1B25
De análise experimental do comportamento
B 2B13
Semi‐industrial B 2B14/2B15
De zoologia B 3B01
De botânica B 3B 02
Microscopia I e II B 3B 03/3B 04
Microbiologia B 3B05/3B06
Cinesiologia B 3B07/3B08
Análise clínicas B 3B10/3B13
Anatomia humana I B 3B 11
Análises clínicas B 3B 12
Técnicas dietéticas B 3B 14
Pesquisas B 3B 15
Química geral B 3B 16
Farmacotécnica e cosmetologia B 3B 17
Anatomia humana II B 3B 18
Anatomia veterinária B 3B 19/3B 20
Anatomia humana III B 3B 21/3B 22
Química orgânica e bioquímica B 3B 23/ 3B 24
Bromatologia e farmacognosia B 3B 25/ 3B 26
Fonte: CPD da UniABC.
A política de expansão física da UniABC deve dotar a Universidade de instalações físicas plenamente satisfatórias para os cursos já existentes e para comportar a expansão prevista.
A. O Centro Multidisciplinar localizado na Av. Pedro Américo, 850 – Clube Pirelli ‐ Santo André, destina‐se à prática dos alunos. Neste Centro Multidisciplinar, funcionam as Clínicas de Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia e Nutrição, funciona ali também, o EAJ – Escritório de Assistência jurídica.
B. O Hospital Veterinário que funciona em São Caetano do Sul e atende à comunidade da região, sob a supervisão dos professores.
C. Unidade Tenente Antônio João ‐ Edifício arrendado pela UniABC e desativado após o início de atividades do campus Santo André I. Localiza‐se na Rua Tenente Antônio João, 269, em São Caetano do Sul. Este edifício está passando por processo de reforma para alocação dos cursos de pós‐graduação, que hoje funcionam no campus I.
A Universidade do Grande ABC conta com políticas internas para utilização de seus laboratórios, normas para armazenamento e descarte de resíduos químicos e /ou biológicos provenientes das atividades experimentais realizadas nesses laboratórios, assim como normas e procedimentos de segurança do trabalho, procedimentos descritos em manual de fácil acesso a todos os usuários dos laboratórios.
Normas de segurança praticadas no cotidiano da Universidade por docentes, colaboradores e discentes.
I. Noções elementares de segurança: normas apresentadas aos alunos.
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II. Normas e procedimentos de segurança do trabalho Item 1.7, NR‐1 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.
III. Regulamentos internos para utilização dos laboratórios das áreas de ciências. IV. Cartilha do usuário: professores / alunos. V. Procedimento operacional‐padrão para armazenamento e descarte de resíduos químicos e /ou
biológicos. VI. Procedimento operacional‐padrão para descarte de Resíduos químicos e biológicos. VII. Políticas de aquisição, atualização e manutenção dos equipamentos e formas de sua
operacionalização.
O setor de manutenção da Universidade do Grande ABC está disponível para controle e conservação de todos os equipamentos da Instituição. A manutenção dos equipamentos, tanto corretiva quanto preventiva, ocorre no período letivo, emergencialmente, quando são realizadas, mediante formulário de ocorrência, e, ainda, no período de recesso e férias escolares. Nesse período, ocorre a manutenção preventiva em todos os equipamentos da Universidade do Grande ABC, que possui técnicos qualificados e aptos para a realização de tais procedimentos, necessários ao bom funcionamento dos setores da Instituição de Ensino.
Com relação à manutenção de equipamentos, tem‐se observado uma grande eficiência por parte dos setores responsáveis e os equipamentos existentes nos laboratórios e clínicas são disponibilizados ao corpo docente e discente sempre que solicitado em tempo hábil.
A Universidade possui em seu quadro de funcionários, profissionais qualificados para execução das atividades específicas, propostas nesta dimensão, além de contar, também, com a supervisão do seu quadro docente que acompanha in loco os procedimentos realizados pelos discentes, nos cursos que fazem uso desses recursos e que podem, de alguma forma, causar impacto ambiental ou social. Conta ainda, com o Comitê de Ética que supervisiona e delibera acerca de atividades que envolvam direta ou indiretamente seres humanos visando a preservar sua integridade física ou psíquica.
A UniABC tem aprimorado o atendimento aos discentes e, para tanto, tem feito uso de diversos recursos institucionais (infraestrutura, tecnologias, ações afirmativas entre outros). Fato também mensurado na avaliação institucional. Conforme demonstra os gráficos comparativos dispostos no relatório do ciclo avaliativo de 2009.
Tabela 16: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão VII.
AÇÕES PREVISTAS NO PDI AÇÕES REALIZADAS PELA UniABC
Organizar encontros para discussão dos problemas inerentes à Realizado.
gestão institucional.
Incentivar a proposta de soluções para os problemas diagnosticados buscando práticas inovadoras de gestão.
Realizado.
Rever e adequar procedimentos e rotinas administrativas. Realizado
Elaborar estudos de viabilidade para criação/modificação ou extinção de unidades organizacionais.
Realizado.
Criar e implantar indicadores de desempenho institucionais. Realizado.
Estabelecer e/ou rever normas e procedimentos para a aquisição, armazenamento, distribuição e controle de materiais permanentes e de consumo.
Realizado.
Aprimorar o sistema utilizado pela gestão de recursos materiais. Realizado.
Elaborar e manter banco de dados; Acompanhar e avaliar as práticas adotadas.
Realizado.
Estabelecer e /ou rever normas e procedimentos de manutenção/ adequação da infraestrutura.
Realizado.
Estabelecer canais de comunicação para que a comunidade universitária possa opinar sobre a qualidade dos serviços prestados pelos setores de manutenção e limpeza.
Realizado.
Acompanhar e avaliar os serviços prestados e a manutenção/adequação da infraestrutura.
Realizado.
Aprimorar a home page da UniABC. Realizado.
Elaborar programas de marketing institucional. Não realizado.
Aprimorar o acompanhamento dos eventos institucionais e da TV universitária.
Realizado parcialmente
Criar mecanismos de avaliação. Realizado.
Rever estrutura existente. Realizado.
Desenvolver banco de dados integrados. Realizado parcialmente
Capacitar funcionários para alimentação do sistema. Realizado.
Consolidar o sistema integrado. Não realizado
Avaliar e acompanhar o desempenho do sistema implantado. Não realizado
88
2.8. Dimensão VIII – Autoavaliação Grupos de indicadores Fontes de consultas
Organização de uma instancia de avaliação institucional no âmbito acadêmico e nos moldes da lei 10.861/2004 – SINAES.
Constituição da Comissão de Avaliação.
Atenção institucional as potencialidades e fragilidades mensuradas na avaliação institucional.
Instrumentos avaliativos utilizados no processo de avaliação.
Compartilhamento dos resultados mensurados com a comunidade acadêmica.
Planejamento e organização dos trabalhos realizados no ano letivo.
CPA, PPI e PPC.
2.8.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
Conforme já apresentado no início deste relatório, o processo de Avaliação Institucional da UniABC tem sido construído ao longo dos anos. Cada comissão registrou seu legado – positivo ou negativo ‐ para o processo de aprimoramento da avaliação da universidade.
A construção de um processo avaliativo transformador, ético e educativo, tornou‐se um imperativo para a CPA da UniABC, novas práticas foram desenvolvidas, instrumentos reformulados, consultas públicas realizadas, enfim, buscou‐se compreender a avaliação institucional em profundidade para que esta seja realmente transformadora no âmbito acadêmico e administrativo da UniABC.
No entendimento da Universidade, o que se busca no processo de autoavaliação institucional é o estabelecimento de uma cultura transformadora no modelo de gestão adotado pela Universidade, nos seguintes aspectos:
1. Aperfeiçoamento do corpo técnico‐administrativo, buscando a profissionalização do atendimento;
2. Ampliação das aplicações da tecnologia da informação à gestão acadêmica e administrativa; 3. Implementação de Sistema Integrado de Gestão, fortalecendo os vínculos entre os setores
administrativos e acadêmicos; 4. Consolidação do processo de avaliação institucional, com a instauração de uma cultura
permanente de avaliação;
5. Fortalecimento das relações entre os corpos docente, discente e técnico‐administrativo e a Instituição, em termos de participação nos processos de avaliação e planejamento e de aumento de dedicação docente à Universidade.
A Universidade do Grande ABC realiza a avaliação institucional desde 2004, inicialmente, envolvendo apenas o corpo técnico‐administrativo, corpos docente e discente. O processo consistia em realizar a avaliação semestralmente, contando com a participação da totalidade de alunos da Instituição, que avaliavam itens como a infraestrutura da Universidade, biblioteca, laboratórios, áreas de convivência, bem como o atendimento dos setores: financeiro, secretaria e protocolo.
A partir de 2005, a UniABC passou a executar, de forma sistemática, a avaliação institucional, aprimorando a cada semestre os processos de operacionalização da avaliação. Segue o gráfico de respondentes das 3 (três) últimas avaliações.
A partir do segundo semestre de 2008, os trabalhos da Comissão foram redimensionados visando a aprimorar o processo autoavaliativo Institucional. A Universidade, na medida do possível, e da reivindicação, busca realizar as intervenções de melhorias a partir dos resultados mensurados no processo de autoavaliação, porém, é salutar ressaltar que, algumas ações demandam de investimentos financeiros volumosos que requerem planejamento consistente da Pró‐reitoria Administrativa da Universidade.
Conforme mencionado, anteriormente, a partir da publicação dos relatórios parciais e finais da Avaliação Institucional, a CPA promove o acompanhamento das ações versadas no Plano de Ação Corretiva ou Preventiva, cujo preenchimento foi procedido pelos respectivos responsáveis do setor avaliado, por meio de reuniões setorizadas. As melhorias e ações promovidas no âmbito institucionais foram dispostas no corpo de cada dimensão, bem como no acompanhamento das políticas institucionais descritas no PDI da universidade. Segue a Matriz de acompanhamento.
Tabela 16: Matriz de acompanhamento e consultas
Dimensão Indicadores de análise Modalidades de
Avaliação Fontes de Consulta
Plano de desenvolvimento institucional
Organização didático pedagógica. Análise do PPC Coordenação
Coerência entre objetivos, diretrizes e formação profissional.
Análise do PPC Coordenação
90
Integração do ensino com a pesquisa e a extensão.
Análise do PPC Coordenação
Interdisciplinaridade. Análise Questionários Alunos/Professores
Flexibilidade curricular. Análise do PPC/DCN Coordenação
Políticas de ensino, pesquisa e extensão
Equilíbrio entre as propostas pedagógicas de cursos e documentos institucionais (PDI, PPI, PPC e DCN).
Análise PDI, PPI, PPC, DCN
Coordenadores/apoio acadêmico/dirigentes
Interdisciplinaridade no âmbito dos cursos.
Análise do PPC Coordenação/professores
Alinhamento dos cursos e demanda regional.
Análise do PPC/PDI Coordenação/Comunidade
externa
Inovações didático‐pedagógicas, e estratégias de ensino aprendizagem.
Análise do PPC/questionários
Coordenação/professores
Estímulo à formação continuada no âmbito da universidade.
Análise PDI, PPI, PPC, DCN
Coordenação/reitoria
Pós‐Graduação e educação a distância.
Análise PDI, PPI, PPC, DCN
Coordenação/reitoria
Responsabilidade social
Desenvolvimento de eventos temáticos Interdisciplinares.
Análise do PPC/questionários
Coordenação/professores
Desenvolvimento de ações de Interação Ensino, Serviços e Comunidade.
Análise PDI, PPI, PPC Coordenação/reitoria/comu
nidade externa
Desenvolvimento ações ou projetos direcionadas a segmentos específicos da sociedade. (maturidade).
Análise PDI, PPI, PPC Coordenação/reitoria/comu
nidade externa
Comunicação com a sociedade
Mecanismos comunicacionais utilizados para interagir com a comunidade acadêmica.
Análise dos questionários
Discentes
Instancias especificas que promove a livre expressão dos discentes, docentes.
Análise dos questionários
Docentes/Discentes
e tecnico administrativos. Análise dos questionários
Corpo técnico/administrativo
Parcerias/intercâmbios e diálogo com o ambiente externo.
Análise dos questionários
Comunidade externa
Inserção da comunidade regional na esfera acadêmica.
Análise do PDI/PPI Reitoria
Políticas de pessoal ‐ (técnico administrativo e docentes)
Formação e qualificação dos quadros docentes e técnico administrativos.
Análise do PDI, plano de carreira e das políticas de RH
Docentes/técnico administraticos/Departame
nto pessoal
Estimulo a capacitação e atualização profissional.
Análise do PDI e dos questionários
Docentes/técnico administrativos
Dedicação e desempenho na função.
Análise do PDI, plano de carreira e questionários
Docentes
Capacidade de adaptação ao cenário regional na oferta de ensino superior.
Análise do PDI/PPI Comunidade externa
Política de valorização de atividades docentes na graduação.
Análise do PDI, plano de carreira e questionários
Docentes/departamento pessoal/reitoria
Relacionamento funcionário‐professor.
Análise dos questionários
Docentes/funcionários
Relacionamento funcionário‐estudante.
Análise dos questionários
Docentes/discentes
Relacionamento coordenador – professor.
Análise dos questionários
Docentes/coordenadlores
Relacionamento dirigentes – quadro de colaboradores
Análise dos questionários
Dirigentes/colaboradores
Organização e gestão institucional
Organização acadêmico‐administrativa (colegiado, departamentos, comissões e outros).
Análise do PDI Colegiados/comissões
92
Sistema gerencial e de informação.
Análise dos questionários
Dirigentes/corpo técnico administrativo/CPD
Política de valorização de atividades docentes na graduação.
Análise do PDI, plano de carreira e questionários
Docentes/departamento pessoal/reitoria
Capacidade de adaptação institucional a realidade do mercado de trabalho.
Análise do PDI/PPI/PPC Coordenadores/comunidad
e externa
Programas de apoio ao docente e aos discentes.
Análise dosquestionários
Docentes/discentes
Programas de fomento a pesquisa e extensão.
Análise do PDI/PPI Dirigentes
Inserção regional da Universidade nos âmbitos políticos e social.
Análise do PDI/PPI Dirigentes
Capacidade de estimular a comunidade acadêmica a produzir conhecimento.
Análise do PDI/PPI/PPC/questioná
rios
Coordenadores/Docentes/Discentes
Infraestrutura
Adequação das diferentes instalações e equipamentos disponíveis no âmbito da universidade.
Análise do PDI Coordenadores/corpo técnico administrativo
Biblioteca. Análise do
PDI/questionários Coordenadores/corpo técnico administrativo
Recursos audiovisuais e equipamentos de informática.
Análise do PDI/questionários
Coordenadores/corpo técnico administrativo/CPD
Laboratórios de apoio a comunidade acadêmica (laboratórios de informática comunitário).
Análise do PDI/questionários
Coordenadores/corpo técnico administrativo/CPD
Espaços destinados ao atendimento ao discente.
Análise do PDI/questionários
Coordenadores/corpo técnico
administrativo/dirigentes
Planejamento e avaliação institucional
Organização de uma instancia de avaliação institucional no âmbito acadêmico e nos moldes da lei 10.861/2004 – SINAES.
Análise do PDI/PPI Dirigentes
Constituição da Comissão de Avaliação.
Análise do PDI/PPI Dirigentes
Atenção institucional as potencialidades e fragilidades mensuradas na avaliação institucional.
Análise dos questionários e dos relatórios/Resultados
CPA/dirigentes/coordenadores
Instrumento avaliativos utilizados no processo de avaliação.
Análise os questionários
CPA
Compartilhamento dos resultados mensurados com a comunidade acadêmica.
Análise dos questionários e dos relatórios/Resultados
Comunidade acadêmica
Planejamento e organização dos trabalhos realizados no ano letivo.
Análise dos trabalhos e ações da CPA
CPA/dirigentes
Políticas de atendimento aos discentes (regulares e egressos)
Inserção no mercado de trabalho.
Análise dos questionários/PDI/PPI
Discentes/egressos/comunidade externa
Educação permanente/ continuada.
Análise dos questionários/PDI/PPI Discentes/egressos
Vínculo com a escola. Análise dos
questionários/PDI/PPI Discentes/egressos
Banco de dados dos ex‐alunos. Análise dos
questionários/PDI/PPI Discentes/egressos/comuni
dade externa
Sustentabilidade financeira.
Implementação da infraestrutura Análise dos
questionários/PDI/PPI Coordenadores/dirigentes
Atraso de pagamento de salário. Análise dos
questionários/PDI/PPI Corpo docente/
coordenadores/dirigentes
94
Manutenção da infraestrutura
Análise dos questionários/PDI/PPI Dirigentes/corpo técnico
admninistrativo
Fonte: CPA, 2010.
Cabe salientar que por mais que esta comissão se esforce para mensurar as melhorias, algumas serão impossíveis de serem verificadas como por exemplo o impacto que a avaliação provoca no quadro de corpo docente, uma vez que esse recebe sua avaliação de forma particularizada pelo seu coordenador de curso.
Além das melhorias, a CPA também acompanha as ações institucionais para a correção das deficiências apontadas no processo avaliativo anterior. Conforme se pode observar no quadro abaixo: Tabela 17: Acompanhamento das demandas apresentadas no ciclo avaliativo de 2009‐2010.
DEMANDAS ACADÊMICAS STATUS
Revisão e atualização de PPC’s dos cursos nos aspectos: matriz curricular; infra‐estrutura; missão institucional; histórico dos cursos; perfil do egresso; articulação das disciplinas; projeto Integrador; projetos interdisciplinares horizontais; articulação com PDI e PPI.
Realizado
Capacitação do corpo docente nos aspectos: didática das aulas; normas e regulamentos da Universidade; novas metodologias de ensino; tecnologias no ensino superior.
Realizado
Implementação de novos cursos de extensão de acordo com as especificidades regionais. Realizado
Ampliação e implementação de monitoria. Realizado
Sistematização de reuniões de colegiados de cursos. Realizado
Viabilização de ações conjuntas dos professores para ampliar o quadro de aulas práticas. Realizar estratégias para a viabilização dessas aulas por curso.
Realizado
Sistematização de atualização dos dados cadastrais docentes. Realizado
Desenvolvimento de projetos multidisciplinares envolvendo as áreas de exatas, humanas e biológicas.
Realizado
Revisão dos conteúdos programáticos das matrizes curriculares de cursos. Realizado
Palestras e participação mais ativa nas atividades da Instituição como o “Saúde em Ação” e “Feira das Profissões”.
Realizado
Implementação dos programas de iniciação científica. Realizado parcialmente
Organização de colegiados e núcleo estruturante de cursos. Realizado
Trabalhar melhor com os professores a idéia de planejamento acelerado desde o início do semestre para evitar eventuais transtornos para a utilização dos laboratórios de informática.
Realizado
Revisão de políticas de contratação de novos docentes. Realizado.
DEMANDAS ADMINISTRATIVAS
Atualização e reestruturação dos laboratórios específicos de cursos. Realizado parcialmente
Reorganização e implementação do processo de reservas dos laboratórios de informática destinados aos discentes.
Realizado
Atualização do acervo da biblioteca. Realizado parcialmente
Apresentação de propostas para agilizar o fluxo de entrada e saída do estacionamento da Universidade.
Não realizado
Desenvolvimento de mecanismos tecnológicos de compartilhamento de informações no âmbito institucional. (Banco de dados integrado)
Realizado
Atualização dos recursos didáticos; mapas, equipamentos tecnológicos etc. Realizado parcialmente
Aquisição de novos equipamentos de áudio visual (principalmente no período noturno). Realizado
Contratação de técnico que auxilie na utilização dos laboratórios e, inclusive, no laboratório de informática.
Realizado
Organização de uma agenda antecipada para utilização dos laboratórios com planejamento.
Realizado
Reestruturação dos laboratórios de TV, rádio e fotografia. Realizado
Ampliação das clinicas escola como: Farmácia escola. Não realizado
Realização de levantamento com os professores sobre a necessidade de compra de material para aulas práticas por curso.
Realizado
Divulgação dos procedimentos executados nos departamentos de protocolo, secretaria geral, coordenações de cursos, departamento financeiro entre outros.
Realizado.
Ampliação dos cursos de capacitação ao corpo técnico‐administrativo. Não realizado
Fonte: Relatório final da CPA da UniABC referente ao ciclo avaliativo de 2010.
96
Com base nessas ações, a UniABC demonstra que tem utilizado, na medida do possível, e da reivindicação, os dados mensurados pela CPA na implementação de seus processos acadêmicos e administrativos. É salutar ressaltar que algumas ações demandam investimentos financeiros volumosos e requerem planejamento consistente da universidade.
Com o propósito de auxiliar a universidade, principalmente no aspecto acadêmico, a CPA no uso de suas prerrogativas criou um instrumento de avaliação dos PPCs de curso, visando a identificar as inconformidades que os projetos poderiam conter em sua estrutura. A partir da análise foi emitido parecer sobre o PPC, para que o coordenador de curso procedesse às devidas correções. Segue instrumento.
Tabela 18: Modelo de instrumento de avaliação de Projeto Pedagógico de Curso (PPC)
atende não atende Observação
1. APRESENTAÇÃO
Capa ( identificação da IES)
Atos legais (número do processo)
CURSO / HABILITAÇÃO
Quadro com número de vagas Carga Horária (mínima e máxima) / integralização/ duração do curso Dados da mantenedora e mantida
Apresentação do PPC
2. HISTÓRICO DA UNIABC
Justificativa e concepção de curso
Justificativa para a implantação do curso
Concepção do curso
Objetivos
Perfil do egresso – competências e habilidades
3. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO
Considerações iniciais
Coerência e adequação curricular
Coerência do currículo com os objetivos do curso
Coerência do currículo com o perfil do egresso
Coerência do currículo em face das Diretrizes Curriculares Nacionais
Adequação da metodologia de ensino à concepção do curso
Inter‐relação das disciplinas na concepção e execução do currículo – formas
de realização da interdisciplinaridade
Modos de integração entre teoria e prática
Dimensionamento da carga horária das disciplinas
Adequação e atualização das ementas e programas das disciplinas
Adequação, atualização e relevância da bibliografia
Formação prática na estrutura curricular
Atividades Científico Culturais articuladas ao ensino de graduação
Participação dos discentes nas atividades acadêmicas
Participação dos discentes em programas projetos/atividades/iniciação científica ou em outras práticas de investigação
Estágio supervisionado
Objetivos do estágio supervisionado no curso
Atribuições do supervisor de estágios
Atividades complementares
Trabalho de conclusão de curso (quando houver)
Estratégias de flexibilização curricular
Estratégias de Gestão e acompanhamento do curso
Mecanismos de apoio e acompanhamento ao corpo discente
Mecanismos de apoio e acompanhamento ao corpo docente
Articulação entre Gestão Institucional – Conselhos Superiores e Colegiado de Curso
Organização do NDE e do Colegiado de Curso
Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso
Especificação dos processos de acompanhamento e avaliação do PPC e como eles ocorrerão ‐ com base na definição de seus objetivos, competências e habilidades, estrutura curricular, flexibilização curricular, atividades complementares, pertinência do curso no contexto regional, corpo docente e discente – realizados nas reuniões do NDE e do Colegiado
Medidas corretivas a partir da avaliação contínua do PPC e das avaliações internas (auto‐avaliação e avaliação externa – ENADE, entre outros)
Formas de avaliação do ensino e da aprendizagem
Critérios gerais da instituição
Critérios específicos do curso
Procedimentos de Avaliação do Processo Ensino – aprendizagem
Coerência do sistema de avaliação do Processo Ensino – Aprendizagem com a Concepção do Curso
4. MATRIZ CURRICULAR
Ementário e Bibliografia
98
Corpo docente do curso
Adequação de professores às disciplinas de orientação educacional
5. RELAÇÃO DE ANEXOS
ANEXO I ‐ Articulação entre os componentes curriculares com a formação desejada (perfil do egresso, habilidades e competência)
ANEXO II ‐ Laboratórios e Relação de equipamentos usados no curso
ANEXO III – Manual de Estágio
ANEXO IV – Manual para elaboração do TCC (quando houver)
ANEXO V – Manual de atividades acadêmico – científico‐culturais
ANEXO VI – Regulamento das atividades complementares
ANEXO VII – Forma de funcionamento do EAD (quando houver)
Fonte : Comissão Própria de Avaliação
Concomitantemente, a CPA criou vários instrumentos, com base nas diretrizes do MEC/INEP, para os coordenadores que serão submetidos a processos de Avaliação Externa de reconhecimento e renovação de reconhecimento, visando a auxiliar o coordenador no direcionamento das ações corretivas e no entendimento dos pressupostos legais do curso e do ensino superior.
2.9. Dimensão IX ‐ Políticas de Atendimento aos estudantes Grupos de indicadores Fontes de consultas
1. Inserção no mercado de trabalho.
2. Educação permanente/ continuada.
3. Vínculo com a escola.
4. Banco de dados dos ex‐alunos.
CPA, PDI e PPI.
2.9.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
De acordo com o PDI: A Política de Atendimento aos Discentes da UniABC tem por objetivo manter a qualidade do atendimento a todos os seus alunos, bem como aos seus egressos e está pautada nos seguintes princípios: I. Preservar e difundir os valores éticos; II. Assegurar aos discentes igualdade de oportunidades no exercício das atividades acadêmicas; III. Contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico;
IV. Propiciar apoio psicopedagógico. Os programas e projetos voltados ao atendimento dos discentes contemplam as seguintes estratégias:
I. Bolsas oficiais de estudo, tais como: Programa Universidade para Todos – PROUNI , Escola da Família e Jovens Acolhedores;
II. Bolsas Institucionais concedidas aos colaboradores e seus dependentes e a alunos carentes; III. Financiamento Estudantil – FIES; IV. Parcerias com empresas e órgãos públicos.”
Além disto, a UniABC conta com um núcleo para atendimentos aos estagiários que tem a responsabilidade de estabelecer convênios com empresas, agências de fomento e órgãos públicos para a concessão de estágios curriculares obrigatórios e livres. Também auxilia os alunos, disponibilizando vagas de empregos efetivos, encaminhadas por empresas e órgãos de todas as regiões da Grande São Paulo.
A Política Cultural da UniABC tem como objetivo o enriquecimento cultural dos discentes, levando‐os a ampliar seu repertório e a alargar seus horizontes culturais. A estratégia adotada baseia‐se na criação de condição de acesso a bens culturais eruditos ou alternativos às produções massificadas da indústria cultural. Seguem alguns preceitos defendidos pela UniABC e referentes à política cultural aos discentes.
A. Programa de estímulo à produção cultural discente ‐ Este programa basear‐se‐á na criação de condições para o florescimento cultural discente, identificando novas oportunidades de realização de capacidade dos alunos. Valer‐se‐á da realização de um censo cultural, destinado a identificar aspirações, preferências, capacidades e práticas artístico‐culturais do corpo docente. Oferecerá eventos e atividades de estímulo à produção cultural.
B. Programa de estímulo à leitura ‐ O estímulo à leitura obedecerá a uma dinâmica de ação fundamentada na realização de eventos e atividades gerais, destinadas a todo o corpo discente, como também em atividades realizadas no âmbito de cada curso, obedecendo às suas necessidades próprias.
C. Programa de acesso à cultura ‐ A promoção de acesso à cultura, longe de ter um caráter elitista ou excludente, deverá ser vista como criação de oportunidades de ampliação do repertório cultural dos discentes, ofertando‐lhes acesso a uma produção cultural nem sempre disponível, especialmente para o perfil de boa parte dos alunos da Universidade ‐ os estudantes trabalhadores. Trata‐se, portanto, de expor o corpo discente à proteção cultural erudita ou alternativa às produções massificadas da indústria cultural, mais facilmente disponíveis.
D. Programa de facilidades estudantis: além das facilidades oferecidas, que serão mantidas e gerenciadas em busca da melhoria contínua, a UniABC deverá expandir a oferta de acesso à
100
internet, a implantação de novos serviços, implantação de restaurante universitário, ambulatório e livrarias nos campi.
E. Programa de melhoria no atendimento ao aluno: a melhoria no atendimento ao aluno se dará pela combinação de diversos tipos de intervenção. Um ponto central é a criação de um setor de atendimento ao aluno, com o objetivo de centralizar o atendimento de diversas demandas. Os colaboradores dos diversos setores, com tarefas de atendimento ao aluno, são submetidos a processos de capacitação para melhoria do atendimento ao público.
Por meio dos relatórios das iniciativas ora da universidade, ora dos cursos, percebe‐se que a preocupação dos dirigentes no enriquecimento cultural dos discentes, como proposto no PDI. Além do estímulo à leitura, contido em vários projetos pedagógicos de diferentes áreas, há a apresentação regular de trabalhos de alunos em Semanas de Cursos, congressos, simpósios e eventos realizados dentro e fora da instituição.
Há, ainda na Universidade, o Núcleo de Estágios, que é responsável pela divulgação de vagas para estágio, contando com parcerias, no setor privado, para os alunos das áreas de Exatas, Humanas e Saúde. O Núcleo possui um mural com ofertas de estágios e empregos que são, ainda, afixadas nos painéis dos corredores e nas salas de aula da Instituição. Os alunos podem enviar ou cadastrar seu currículo, utilizando‐se dos computadores desse Núcleo de Estágios. O Núcleo recebe cerca de 80 vagas/semana nas diferentes áreas do conhecimento. Está localizado no campus Santo André, da Universidade, na Av. Industrial, 3.330.
Para facilitar o acesso aos dados e registros acadêmicos, A UniABC oferece aos alunos a central do aluno, onde podem consultar suas notas, faltas e solicitar diversos serviços em departamentos como de: Protocolo, Ouvidoria, Secretária Geral, entre outros.
Também, no site da Instituição, o aluno tem acesso ao histórico, boletim além do acervo da biblioteca e acesso ao manual do aluno. Há, no site, um link com normas e regulamentos da IES. Matrícula e rematrícula são agendadas para dia específico de cada curso, divididas, também, por turno; provas substitutivas são aplicadas, se solicitadas, dentro do prazo de 72 horas após a prova oficial; trancamento de matrículas, transferência de turno e retorno ao curso são, em geral, executados com eficiência. Todas as salas de aula possuem quadro de avisos, nele, são afixados, periodicamente, regulamentos, prazos e avisos com orientações para alunos.
A matriz curricular de cada curso está disponível no site da Universidade e as ementas das disciplinas, como também seus cronogramas e bibliografia básica e complementar, são divulgadas aos alunos no
início de cada semestre em sala de aula, pelos professores. Em poucos cursos, professores e alunos têm acesso ao Projeto Pedagógico do curso.
Desde o segundo semestre de 2005, percebe‐se a forte intenção, na forma de ações da Universidade no sentido de dar início ao programa de iniciação científica, objetivando a incorporação dos alunos e o aumento de sua produção científica. Alguns cursos promovem a apresentação de trabalhos de seus alunos, não só internamente, mas também em fóruns regionais ou nacionais.
As Semanas Científico‐Técnico‐Culturais também proporcionam divulgação de trabalhos discentes. Alguns cursos divulgam, amplamente, a defesa de monografias de seus cursos e proporcionam interação entre cursos diferentes, uma vez que a defesa é aberta à comunidade interna.
Até o momento, não há no âmbito institucional, políticas que incentivem a criação de agremiações estudantis ou similares.
Em relação aos egressos, o PDI aponta que “O perfil do egresso de cada curso deverá conter os seguintes critérios de identidade institucional da Universidade, adaptando‐os às particularidades e necessidade de cada área”
A. Ética e moral ‐ A ética, como elemento regente da moral humana, deve ser entendida como singularidade de convívio social. Não se pode assumir a existência de éticas diferentes para cada espaço de atuação do homem, a ética é uma só em qualquer contexto.
B. Consciência Crítica ‐ A capacidade de discernir, por competência própria, o que é melhor para si, bem como de julgar uma situação ou indivíduo pelo sistema da meritocracia é fundamento de uma consciência crítica.
C. Cultural ‐ A propagação e o incentivo e desenvolvimento da cultura do ponto de vista erudito, ou como forma de inserção grupal, ou ainda como acesso a outros conhecimentos, é de responsabilidade da Universidade para com o egresso, paralelamente à formação profissional.
D. Social ‐ A formação do egresso deve ter, como perspectiva maior, sua atuação na sociedade, tanto no que diz respeito ao convívio social, quanto ao exercício profissional. Sendo assim, a ênfase no processo será dada a uma educação humanista, juntamente com o ensino de conhecimentos técnicos e científicos consoantes com a realidade profissional em que ele atuará. Para tanto, são necessários estudos constantes sobre as demandas, peculiaridades e tendências do mercado regional.
E. Profissional ‐ O egresso deve sintonizar‐se com as tendências, as regras e as mudanças que ocorrem no seu campo de atuação profissional. Para isso, é incentivada a participação em eventos internos e externos gerais da área e, também, há um esforço em contratar professores
102
que estejam efetivamente inseridos no mundo do trabalho em que os futuros profissionais atuarão.
F. Científica ‐ A incumbência maior do ensino superior é a formação profissional lato‐sensu, ou seja, preparar o profissional para um determinado segmento de trabalho, tendo em vista sua atuação imediata na sociedade. Sabe‐se, no entanto, que uma parte dos alunos caminhará para o exercício na vida científica. Ao conhecer as noções básicas do trabalho de pesquisa científica, o egresso prepara‐se para um exercício profissional melhor fundamentado, além de superar as limitações do pensamento de senso comum.
Não há política institucionaliza de acompanhamento dos egressos da IES. Contudo, os cursos recebem ex‐alunos nas semanas de cursos, momentos em que, muitas vezes, estes são chamados para apresentações de trabalhos. Há, inclusive, um link no site da Instituição que conta a história de ex‐alunos.
Cientes desta realidade a CPA, visando a avaliar os egressos e seus vínculos com a universidade, promovemos avaliação geral com os egressos da UniABC por intermédio das Redes Sociais em 2009. Segue alguns gráficos do levantamento. Gráfico 1: Região de origem dos egressos que participaram da pesquisa.
Fonte: Comissão Própria de Autoavaliação.
31%
1%
7% 8%
29%
3%
13%
1%
7%
Santo André Diadema São Caetanodo Sul
Mauá São Paulo RibeirãoPires
SãoBernardo do
Campo
Rio Grandeda Serra
Outros
Segundo levantamento realizado pela CPA em 2009, 31% dos egressos reside em Santo André; outros 29%, em São Paulo; 8%, em Mauá ;13% em São Bernardo do Campo; 7% em São Caetano do Sul; 3%, em Ribeirão Pires; 1% em Diadema. 1% em Rio Grande da Serra e 7% em outras localidades. Gráfico 2: Curso frequentado na UniABC.
Fonte: Comissão Própria de Autoavaliação. Gráfico 3: Setor de atuação.
Fonte: Comissão Própria de Autoavaliação.
10%
00% 00%
10%
07%
02%01% 00%
04%01%
05% 04%
01%03%
02% 02% 03%01%
04%03% 02% 01% 00%
22%
01% 00% 01% 00%02%
01% 01% 00%02%
1%
5%
10%
17%
8%
33%
11% 12%
2%
Própria ‐Indústria
Própria ‐Comércio
Própria ‐serviços
Privada ‐Indústria
Privada ‐Comércio
Privada ‐Serviços
Pública ‐Municipal
Pública ‐Estadual
Pública ‐Federal
104
Quando questionados sobre o setor de atuação, 33% dos egressos responderam que estão alocados na área de serviços da iniciativa privada; 17% estão na indústria privada; 8% estão no comércio; 11% estão alocados em empresa pública Municipal; 12% em empresa pública Estadual; 2% em empresa pública Federal; 5% estão no comércio próprio e 1% na indústria própria.
2.9.2. Outros aspectos importantes mensurados no levantamento
Questionados sobre a contribuição do curso para a sua área profissional, 43% avaliam ser grande a sua contribuição para a segurança na profissão; 24% concordam que contribuem, porém ainda não se sentem seguros na profissão; 10% entendem que não contribuem muito para a profissão; 2% acreditam que não contribuem em nada para a profissão e outros 21% não estão inseridos na área do curso.
Quando questionados sobre quando ingressaram na área, a distribuição obedece à seguinte ordem: 49% dos respondentes ingressaram na sua área de formação durante o curso; 5% depois de 6 meses de formado; 4% de 6 meses a 1 ano depois de formado; 7% de 1 a 2 anos depois de formado; 4% com mais de 2 anos de formado e outros 31% ainda não atuam na sua área de formação.
Quanto à faixa salarial percebida, 37% estão na faixa dos 3 a 5 salários mínimos; 23% ganham menos de 3 salários mínimos; outros 23% ganham entre 5 e 9 salários mínimos; 9% já estão acima dos 10 salários mínimos e há ainda 8% que se declaram sem renda no momento.
Em relação à contribuição do curso para formação profissional, 47% dos egressos dizem que é boa; 25%, regular; 16%, ótimo; 4%, ruim; 1%, péssimo e 7% não emitiram opinião. Já com relação à coerência do que aprenderam durante o curso com sua prática profissional; 46% dos egressos dizem que foi boa; 26%, regular; 13%, ótima; 7%, ruim; 1% péssimo e 8% não emitiram opinião.
O propósito deste levantamento foi mapear o quanto e como o curso oferecido pela UniABC contribui para a inserção efetiva dos profissionais que ela forma para o mercado de trabalho. Mais informações consultar o relatório final de egressos, disponível no site institucional.
Tabela 19: Quadro de acompanhamento das ações previstas e realizadas pertinentes à Dimensão IX.
AÇÕES PREVISTAS AÇÕES
Rever e aprimorar os programas de monitoria, iniciação científica e extensão;
Implementar o Programa de Atendimento Estudantil. Realizado
Promover reuniões com os representantes de classe. Realizado
Criar comissão multidisciplinar para atendimento estudantil. Realizado
Analisar as necessidades diagnosticadas. Realizado
Promover estudos para a elaboração de um plano de ação.
Promover ações de recepção a calouros. Realizado
Desenvolver e registrar as atividades desse programa por meio da extensão universitária. Realizado
Consolidar o Programa de Recepção a calouros. Realizado
Criar comissões para a elaboração das normas e procedimentos.
Realizado Submeter as normas e procedimentos à aprovação dos Conselhos Superiores.
Implementar e divulgar legislação à comunidade acadêmica.
Envolver as áreas de comunicação e marketing. Realizado
Estabelecer canais de comunicação e divulgação das ações. Realizado
Sistematizar as ações de divulgação;
Consolidar o sistema de comunicação e relações públicas para os Programas de Assistência Estudantil.
Realizado
Criar núcleos de atendimento psicopedagógico para os discentes. Realizado
Implementar o Programa de Acompanhamento Psicopedagógico. Realizado
Avaliar relatórios parciais e finais de atividades de acompanhamento psicopedagógico. Realizado
Instituir uma comissão para coordenar o levantamento de dados sobre os egressos. Realizado
Disponibilizar infraestrutura em relação à informática e a recursos humanos. Realizado
Planejar e executar atividades e encontros. Realizado
Criar mecanismos de contato e comunicação entre egressos. Realizado
Consolidar o Programa de Acompanhamento de Egressos da UniABC. Não realizado
2.10. Dimensão X ‐ Sustentabilidade Financeira
Grupos de indicadores Fontes de consulta
1. Implementação da infraestrutura.
2. Atraso de pagamento de salário.
3. Manutenção da infraestrutura.
PDI, PPI e CPA
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2.10.1. Síntese qualitativa da CPA sobre a dimensão em análise.
Uma gestão financeira responsável serve, de maneira inequívoca, à consecução dos objetivos maiores da Universidade, voltados para a excelência de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Mais do que gerar superávits, a missão da gestão financeira é, antes de tudo, garantir a sustentabilidade da Universidade, dentro de uma visão de processos de curto, médio e longo prazo.
A gestão financeira da UniABC caracteriza‐se pela preocupação constante em manter a saúde financeira da Instituição. Com isso, garante‐se capacidade de investimento, independência de fontes externas e melhores oportunidades de negociação, e torna‐se possível fazer planos verdadeiramente realizáveis, como é o caso das formulações apresentadas neste PDI. Quando à proposta orçamentária é totalmente coerente com as políticas constantes dos documentos oficiais da IES (PDI, PPI, PPC etc.).
De acordo com os relatórios de CPA’s anteriores, a Entidade Mantenedora da UniABC demonstra uma situação financeira sólida, fornecendo o necessário respaldo aos cursos fornecidos, à manutenção física de suas instalações, aos compromissos assumidos com fornecedores em geral, cumpre rigorosamente em dia com suas obrigações trabalhistas e procurando, sempre que possível, investir em novas tecnologias.
As propostas de desenvolvimento da Universidade em grande parte são de conhecimento de sua comunidade acadêmica, pois envolvem departamentos, docentes e coordenações de cursos. Algumas ações concretas relacionadas à manutenção de estruturas físicas, técnicas e tecnológicas, são públicas como versado nas dimensões anteriores, indicando organização e gestão com visão de futuro propostos em seu PDI de 2007 – 2011.
O PDI descreve várias metas para o quinquênio 2007‐2011, dentre as quais pode‐se citar:
I. Ações de atualização e revisão permanente da organização didático‐pedagógica; II. Melhoria da seleção do corpo docente através de processos seletivos públicos, redução da
rotatividade docente, processo seletivo continuado e novos critérios de seleção por pontuação; III. Novos cursos de graduação, formação tecnológica, especialização nos diversos campi da
UniABC, para atender a uma demanda reprimida de cursos profissionalizantes do Grande ABC; IV. Informatização eficiente da biblioteca com novas aquisições ao acervo e expansão do acesso à
Internet; V. Implantação dos sistemas de indicadores para avaliação institucional e gestão acadêmica; VI. Expansão física dos campi com cronogramas já estabelecidos;
VII. Realizações de atividades voltadas aos discentes, como, por exemplo, de estímulo à leitura, programa de estímulo à produção cultural, programa de acesso à cultura, através de parcerias regionais;
VIII. Implantação de atividades de orientação para a prática esportiva continuada; IX. Programa de atendimento ao alunado, com padrões de qualidade; X. Atendimento à comunidade, como à saúde, habitação, assistência jurídica, parcerias,
alfabetização, cursos de treinamento, etc.; XI. Implantação e revisão do programa de adequação da estrutura técnico‐administrativa e política
de ampliação de bolsas de estudo.
Sendo assim, o PDI compreende os investimentos a serem realizados baseados na tríade ensino, pesquisa e extensão na busca da construção de condições de excelência. Seguem algumas instâncias previstas para alocação de recursos.
A. Investimento em instalações físicas: aquisições, construções e reforma de edifícios, montagem de laboratórios, aquisição de equipamentos e softwares.
B. Investimento na biblioteca: aquisição de acervo, sistemas e instalações específicas da biblioteca.
C. Investimento na organização e nas pessoas: investimentos em programas de capacitação de docentes e colaboradores, investimentos na qualificação do corpo discente, investimentos na modernização da gestão, investimentos na criação de um ambiente acadêmico propício à aprendizagem, à criação e circulação de conhecimento e à prática da cidadania.
D. Investimento em infraestrutura de cursos: investimentos em tecnologias, melhorias e atualização de laboratórios e clínicas.
Nesse sentido, a alocação dos recursos institucionais ficam evidenciados nas seguintes ações:
1. Realização de palestras voltadas exclusivamente ao corpo técnico administrativo e docente;
2. Atualização do acervo bibliográfico da universidade; 3. Reforma predial do campus São Caetano do Sul; 4. Adaptações nas instalações físicas do campus I; 5. Reestruturação de laboratórios específicos de cursos; 6. Financiamento de grupos de pesquisas no âmbito acadêmico; 7. Aquisição de recursos audiovisuais projetores multimídia; 8. Estruturação de 50 salas multimídias;
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9. Aquisição novos equipamentos tecnológicos (computadores).
As compatibilidades da alocação dos recursos caracterizam benefícios diretos para os programas de ensino nos níveis de graduação, extensão e pós‐graduação. A execução do PDI da Universidade está dividida em etapas, com cronogramas de cumprimentos rígidos e servindo de apoio para a melhoria da qualidade do processo ensino‐pesquisa‐extensão.
Para suportar estes resultados, a Universidade adota uma estratégia de gestão financeira com as características explicitadas nos próximos parágrafos.
A. Realização de investimentos apenas com recursos próprios, mantendo o endividamento de longo prazo em zero: a Universidade tem procurado, ao longo dos últimos anos, realizar todos os seus investimentos empregando apenas recursos próprios. Esta postura já foi adotada para a construção do Campus Central e será repetida para todas as obras de ampliação propostas neste plano.
B. Manutenção de reservas: os superávits gerados pelas atividades da Universidade não devem ser empregados em sua totalidade, permitindo a manutenção de reservas para situações especiais e constituição de fundos para expansão futura.
C. Cumprimento de prazos de pagamento: a UniABC paga todos os seus compromissos financeiros rigorosamente em dia, evitando incorrer em acréscimos contratuais e deterioração das relações com fornecedores e colaboradores.
D. Adoção de medidas de manutenção da inadimplência em níveis baixos: a Universidade caracteriza‐se por manter uma taxa de inadimplência abaixo da média das Universidades privadas paulistas. Uma cuidadosa gestão da inadimplência, com normas determinadas, mecanismos de renegociação e uma generosa política de bolsas de estudo, que dá suporte aos alunos necessitados, garantem a manutenção da inadimplência em taxas aceitáveis.
E. Elaboração de planejamento de investimentos a partir das disponibilidades efetivas: a elaboração de planos de investimento, sua aprovação e execução apenas podem realizar‐se frente à disponibilidade de recursos.
F. Elaboração de planejamento de aquisições, visando a otimizar os prazos de compra, entrega e pagamento: as aquisições devem ser cuidadosamente gerenciadas, evitando‐se estoques desnecessários ou aquisições precoces.
G. Utilização de recursos disponíveis como lastro para obtenção de melhores condições em negociações: a manutenção da saúde financeira da Instituição reverte em benefícios que
realimentam o processo, instituindo‐se um círculo virtuoso, uma vez que melhores negociações redundam em melhoria da saúde financeira da Universidade.
Desta forma a CPA considera que a saúde financeira da Universidade demonstra estar bem, sob o ponto de vista de sua operacionalização, pois os salários são pagos em dia, visivelmente não registramos falta de recursos materiais para que os profissionais possam exercer suas atividades diárias. Considerações finais
Embora o relatório não seja conclusivo, com o seu resultado é possível desenvolver uma visão panorâmica da UniABC a partir da avaliação institucional realizada em 2010, e validar os princípios macros que norteiam o SINAES como: emancipação, democracia, ética e identidade.
A análise permite observar que quando a avaliação institucional da UniABC está consolidada e sustenta‐se no envolvimento da comunidade acadêmica de modo geral envolvidos, e subsidia os ‘avaliados’ com informações pertinentes e fidedignas, além de provocar a melhoria acadêmica e administrativa, convergindo com os pressupostos do SINAES que apregoa que a avaliação institucional deve ser acima de tudo, uma ação transformadora, pois é o momento que a comunidade acadêmica se conhece com mais agudez.
Fazer essa transposição não foi uma tarefa simples, mas mais do que isto, foi uma transformação de mentalidade e postura profissional de todos os envolvidos, pois significou assumir o risco de fracassar pubicamente.
A tarefa de analisar uma universidade em que circulam diariamente cerca de 12.000 pessoas, entre alunos, funcionários, professores e visitantes, é complexa e exigiu dedicação, seriedade e muita cooperação dos atores institucionais, além de uma boa política de vizinhança e como resultado, finalizou‐se o trabalho árduo, porém necessário para o crescimento institucional.
A cada ciclo avaliativo procura‐se a melhoraria dos procedimentos de avaliação por uma questão de manter a justiça nas analises e inferências, porém é de conhecimento da CPA que estamos no caminho certo, em se tratando de avaliação institucional, visto que os resultados apurados promovem mudanças ora sutis, ora gigantescas e isso é motivados.
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Por fim, gostaríamos de agradecer aos dirigentes institucionais que nos dão total autonomia e apoio para realização da avaliação institucional. Muito obrigado!
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