Download - Relatório de Fauna
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ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E
CULTURAL DE RIO BRANCO – ZEAS
Projeto IV
BANCO DA AMAZÔNIA
Aptidão Faunística no Município de Rio Branco/AC
Rio Branco
Dezembro/2009
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SUMÁRIO SUMÁRIO ........................................................................................................... 2
LISTA DE FIGURAS........................................................................................... 3
LISTA DE QUADROS ........................................................................................ 4
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
2 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................. 7
2.1 Campo no Seringal São Francisco do Espalha ............................................ 9
2.1.1 Anfíbios e Répteis ................................................................................ 10
2.1.2 Pressão de Caça (Mamíferos e Aves) ................................................. 10
2.2 Criação comercial de animais silvestres em cativeiro ............................. 11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 12
3.1 Pressão de Caça – Mamíferos e Aves .................................................... 12
3.2 Anfíbios e Répteis ................................................................................... 17
Espécie com potencial econômico ................................................................... 19
Répteis.......................................................................................................... 20
Espécies com potencial econômico .............................................................. 21
3.3 Criação comercial de animais silvestres ................................................. 22
3.3.1 Criadouro Vale do Araçá ...................................................................... 23
3.3.2 Criadouro Estância Terra ..................................................................... 24
3.3.2 Criadouro Caboclinho da Mata ............................................................ 25
3.3.2 Criadouro Recriando ............................................................................ 27
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 28
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS .................................. 30
ANEXOS .......................................................................................................... 33
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização do Seringal São Francisco do Espalha no município de Rio Branco. ..................................................................................................... 9
Figura 2. Hydrochaeris hydrochaeris (capivara): representação do questionário ...................................................................................................................... 11
Figura 3. Porcentagem dos animais mais caçados pelos moradores do SSFE 13 Figura 4. Citação da última captura de algumas espécies de aves. ................. 14 Figura 5. Vestígio de área de forrageio de Priodontes maximus (tatu-canastra).
Foto: Rodrigo Marciente, 2007. .................................................................... 15 Figura 6. Crânio de Panthera onca (onça-pintada), abatida por atacar o gado
em uma das colocações do SSFE. Foto: Rodrigo Marciente. ....................... 15 Figura 7. Número de espécies de anfíbios por família registrada para o
município de Rio Branco-AC. ........................................................................ 18 Figura 08. Phyllomedusa bicolor capturada na bacia do Riozinho do Rola (Foto:
M. M. Ferreira, 2007). ................................................................................... 18 Figura 9. Número de espécies de repteis por família registrada para o município
de Rio Branco-AC. ........................................................................................ 20 Figura 10. Boa constrictor (Foto: M. B. Souza) ................................................ 20 Figura 11. (A) Chelonoidis denticulata; (B) Podocnemis unifilis (Fotos: M. V.
Silva) e (C) Phrynops nasutus (Foto: M. B. Souza) ...................................... 21 Figura 12. Açude com praia artificial para a desova das tartaruga-da-Amazônia
no criadouro Vale do Araçá. Foto: J.O.GUIMARÃES. .................................. 23 Figura 13. Alimentação de tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e
tracajás (Podocnemis unifilis) no criadouro Estância Terra. Foto: J.O.GUIMARÃES. ......................................................................................... 24
Figura 14. Filhotes de paca nascidos neste criadouro. Fotos: J.O.GUIMARÃES, 2009 .............................................................................................................. 25
Figura 15. Baias de 12m² ................................................................................. 27
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LISTA DE QUADROS Quadro 1. Adensamentos populacionais dentro do SSFE com base na área
correspondente ao raio de ação de 5 km para caça ..................................... 16 Quadro 2. Espécies ameaçadas de extinção registradas em Rio Branco-AC. . 17 Quadro 3. Custos iniciais e atuais de construção e custo de produção do animal
até o abate do criadouro Caboclinho da mata. ............................................. 26
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1 INTRODUÇÃO
O Estado do Acre possui uma grande variedade de ecossistemas. A
diversidade de paisagens é imensa, tanto do ponto de vista da flora quanto da
fauna. É o Estado da Amazônia brasileira com maior área de floresta tropical
contínua intacta, sediando o Corredor Verde do Oeste da Amazônia,
considerado da mais alta prioridade para conservação da biodiversidade no
Brasil (ACRE, 2006).
O município de Rio Branco ainda possui 73% de seu território com
cobertura florestal (SILVA et al, 2008) e somando as áreas das unidades de
conservação oficialmente reconhecidas pelos governos federal, estadual e
municipal, este município possui atualmente, 22,45% do seu território em áreas
protegidas, sendo, três APAs e uma RESEX, simbolizando o compromisso do
Município com o desenvolvimento da região, unido à conservação ambiental.
Por se localizarem em regiões de difícil acesso, as áreas de floresta
ocupadas por populações extrativistas ainda são exploradas de forma
artesanal, ou seja, apenas para o autoconsumo destas comunidades. Hoje já
se têm ciência da grande diversidade de espécies existentes nas florestas
tropicais, inclusive nas florestas do Acre, e o que se almeja é a execução de
propostas adequadas de manejo para estes recursos, pois a obtenção de um
rendimento sustentado depende diretamente da interferência no ambiente de
forma menos impactante.
No Brasil, até o começo da década de 60, o comércio de peles e
carnes de animais silvestres era permitido (MAGNUSSON et al, 1997), e não
tinha nenhum tipo de controle da exploração, o que pode ter causado
interferência na densidade e na diversidade genética das populações na
natureza.
Neste contexto, foi sancionada em 1967 a lei nº. 5.197 de proteção à
fauna, que estabeleceu a proibição da caça e incentivou a criação de animais
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silvestres em cativeiro como uma alternativa de conservação e preservação
das relações ecológicas (animal-animal, animal-planta) na natureza.
De acordo com a Lei nº. 5.197/67, o IBAMA instituiu a Instrução
Normativa N° 169 de 20/02/2008 que normatiza e autoriza o funcionamento de
atividades que utilizam à fauna silvestre nativa e exótica em cativeiro no
território brasileiro.
A criação de animais silvestres em cativeiro com finalidade
econômica começou a ser discutida nas universidades da região sudeste,
principalmente na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(ESALQ/USP), que desde 1986 possui uma comissão de Investigação em
Zootecnia e Biologia de Animais Silvestres (CIZBAS) e vêm desenvolvendo
pesquisas no campus de Piracicaba com produção de carne de animais
silvestres, como capivaras, catetos, pacas, entre outros (NOGUEIRA FILHO,
1999). Com isso, profissionais foram treinados e outras instituições começaram
a desenvolver pesquisas nesta área de atuação.
Segundo NOGUEIRA-FILHO & NOGUEIRA (2000) a grande maioria
dos criadouros instalados nas regiões sul e sudeste tiveram a intenção de
solucionar dois problemas a saber:
1 - Grupos de animais silvestres (capivara, queixada, paca, etc.)
considerados como pragas agrícolas pelo ataque a plantações de cana-
de-açúcar e milho;
2 - Aproveitar áreas improdutivas para agricultura e pecuária tradicional;
Associado a estes problemas, ocorreu uma crescente demanda por
carne de caça nos restaurantes dos grandes centros urbanos e em áreas de
turismo. Portanto, o que era visto como fonte de prejuízo se transformou em
fonte de renda.
Na região norte, a maior parte da carne de animais silvestres
consumida ainda é comercializada de maneira ilegal, pela caça predatória. E
muitos animais são retirados da natureza para servirem como animais de
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estimação, sem qualquer preocupação ambiental e com a saúde pública
(zoonoses).
Inúmeras iniciativas de combate ao comércio ilegal estão sendo
realizadas, através do aumento da fiscalização, atividades de educação
ambiental e na proposição da criação de animais silvestres em cativeiro por
várias instituições de pesquisa, particulares e secretarias de extensão dos
governos dos Estados.
Apesar dos esforços de alguns pesquisadores, a fauna de Rio
Branco ainda é pouco conhecida. Assim, o município de Rio Branco, por meio
do Programa de Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural do
município de Rio Branco (ZEAS), subsidiou estudos voltados ao conhecimento
das potencialidades e vulnerabilidades do manejo sustentável da fauna
silvestre pelas comunidades tradicionais neste Município.
Este trabalho tem como objetivo principal mostrar os resultados
destes levantamentos que de alguma forma buscam identificar a real
potencialidade do manejo da fauna silvestre pelas comunidades rurais de Rio
Branco, principalmente mamíferos, répteis, aves e peixes, de forma sustentável
tanto para os produtores como para as espécies manejadas.
2 MATERIAL E MÉTODO
As informações referentes às coletas de campo no município de Rio
Branco foram por meio dos levantamentos realizados no Seringal São
Francisco do Espalha (SSFE), através da coleta de informações a respeito da
pressão de caça em mamíferos e aves pelos moradores desta localidade e
outros levantamentos para as classes de anfíbios e répteis.
Em relação à criação comercial de animais silvestres em cativeiro,
as informações foram obtidas do relatório anual de atividades do núcleo de
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fauna na superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais (IBAMA) no Estado do Acre e por meio de visitas e
entrevistas em criadouros existentes no município de Rio Branco e nos
municípios que fazem fronteira com Rio Branco. Nas visitas realizadas aos
criadouros foram levantados os custos iniciais de instalação, gastos com
alimentação, quantidade de animais, dificuldades enfrentadas e disponibilidade
de comercialização (quantidade de animais e preço).
Além disso, foi pesquisada na internet, em sites e páginas de
criadouros localizados em outros estados brasileiros, informações relacionadas
a viabilidade econômica e a sustentabilidade ambiental e social destes
criadouros.
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2.1 Campo no Seringal São Francisco do Espalha
Os levantamentos de campo foram realizados em 2007, no Seringal
São Francisco do Espalha (SSFE), entre os dias 21 e 23 de abril (répteis e
anfíbios) e entre 19 e 24 de setembro (pressão de caça - mamíferos e aves).
Este Seringal possui uma área de 29.645,98 ha, localizado entre as
coordenadas 10º 12’ 00”S e 68º 47’00”W, situado no território do município de
Rio Branco/AC (Figura 1).
RIO BRANCO
69°0'0"W
69°0'0"W
68°0'0"W
68°0'0"W
10°0'0"S10°0'0"S
³
Figura 1. Localização do Seringal São Francisco do Espalha no município de Rio Branco.
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2.1.1 Anfíbios e Répteis
Estes estudos foram realizados através de observações visuais e
auditivas (coaxo dos anuros), captura de espécimes, durante os períodos
diurnos e noturnos; através de caminhadas a pé ao longo de trilhas já
existentes (estradas de seringa, varadouros) e margens dos rios e igarapés. O
uso de todas essas vias de acesso foi posta na obtenção do maior número
possível de espécies, pela investigação metódica dos habitats presentes.
Foram feitas fotografias e captura manual de espécimes, além de
tomadas de depoimento de moradores das localidades, relacionados à
presença ou ausência de determinadas espécies de anfíbios e répteis. Os
espécimes coletados foram sacrificados e fixados em solução de formalina a
10% e, depois de completada a fixação, foram preservados em álcool a 70%.
Todo o material se encontra depositado no Departamento de Ciências da
Natureza (DCN) da Universidade Federal do Acre (UFAC) em Rio Branco-AC.
2.1.2 Pressão de Caça (Mamíferos e Aves) Foi elaborado um questionário, adaptado de CALOURO (1999), com
ilustrações de mamíferos (retiradas de EINSENBERG & REDFORD, 2000;
EMMONS & FEER, 1997) e aves (SICK, 2001), conforme exemplo exposto na
Figura 3. Foram entrevistadas 22 famílias (um morador por família), ribeirinhas
do igarapé Espalha e regiões centrais do SSFE (Questionário Completo em
anexo).
Em um primeiro momento, para cada espécie apresentada foram
tomadas anotações referentes à ocorrência do animal na respectiva colocação,
considerando como referência o mês de aplicação do questionário. Assim, o
morador daquela colocação fornecia a seguinte informação para aquela
espécie: 0 – nunca foi observado; 1 - extinto localmente; 2 – avistado a mais de
um ano; 3 – avistado a menos de um ano; 4 – avistado a menos de um mês
(Figura 3).
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Figura 2. Hydrochaeris hydrochaeris (capivara): representação do questionário
Também foram feitas as seguintes perguntas sobre cada espécie: a)
“Já caçou esse animal?”; b) “Quando foi a última caçada?” e c) “Qual foi o
método de caça utilizado?”. Para a análise dos dados foram considerados
como esforço amostral os 22 moradores entrevistados (um por família),
representando 81% das famílias do SSFE.
2.2 Criação comercial de animais silvestres em cativeiro
A proposição de criação em cativeiro de animais silvestres se baseia
com espécies da fauna cinegética, ou seja, animais utilizados na caça de
populações tradicionais e povos indígenas. Além disso, as espécies são
escolhidas por seu potencial zootécnico (taxa de reprodução, mortalidade e
quantidade de carcaça, etc).
Com base no relatório anual de atividades do núcleo de fauna do
IBAMA, os dados foram agrupados por categorias de manejo, de acordo com a
Instrução Normativa nº. 169 de 20/02/2008, e compilados em 03 (três) quadros,
(Quadros 1, 2 e 3, em anexo), com a identificação (endereço, contato) dos
empreendimentos e das instituições que manejam a fauna silvestre em
cativeiro no Estado do Acre.
Com estes dados foi possível definir a realização de 04 (quatro)
visitas a criadouros comerciais obedecendo aos seguintes critérios: I)
localizados em Rio Branco e nas proximidades; II) aptos à comercialização ou
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com mais de 03 anos de existência; III) empreendimentos com diferentes
espécies.
Alguns criadouros localizados em Rio Branco não foram visitados,
hora pelas péssimas condições de acesso, hora pelo fato de não se localizar o
proprietário do empreendimento para que o mesmo autorizasse a visita em seu
criadouro. O fato de alguns criadouros localizados fora do perímetro deste
município terem sido visitados se deve principalmente as boas condições de
acesso a estes locais e a localização do mercado consumidor concentra-se em
Rio Branco.
As visitas foram realizadas em maio de 2009, no Criadouro
Recriando de propriedade do Sr. Carlos Alonso Santiago, criação de paca
(Cuniculus paca), no Criadouro Caboclinho da Mata da Secretaria Estadual de
Agropecuária, criação de paca (Cuniculus paca), cateto (Pecari tayassu) e
capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), ambos no município de Senador
Guiomard; em Rio Branco nos criadouros Vale do Araçá e Estância Terra, de
propriedade respectivamente do Sr. Francisco de Souza Farias e do Sr. Valmir
Gomes Ribeiro, criação de tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e
tracajá (Podocnemis unifilis).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Pressão de Caça – Mamíferos e Aves
A carne de caça é a maior fonte de proteína animal consumida pelos
povos tradicionais (ROBINSON & BENNETT, 1999; PERES, 2000),
especialmente onde a pesca é escassa ou fortemente influenciada pela
sazonalidade (PERES & DOLMAN, 2000; CALOURO & MARINHO-FILHO,
2005).
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Das 34 espécies (mamíferos e aves) apresentadas no questionário
aplicado durante as entrevistas, o veado campeiro (Mazama americana), a
paca (Cuniculus paca) e a nambu galinha (Tinamos guttatus) se destacaram
como as espécies mais caçadas e consumidas pelos moradores do Seringal
São Francisco do Espalha como se observa na figura 3. Suas populações
sofrem com a intensa atividade de caça, sendo que algumas podem ser
consideradas como indicadoras de perturbações ambientais.
Figura 3. Porcentagem dos animais mais caçados pelos moradores do SSFE.
Segundo relatos dos moradores do SSFE, animais como macaco
barrigudo (Lagotrix lagothricha) e macaco preto (Ateles chamek) são muito
raros e quase nunca são vistos na área, e as últimas observações de antas
(Tapirus terrestris), lontra (Lontra longicaudis) e ariranha (Pteronura
brasiliensis) ocorreram a mais de 06 (seis) meses, utilizando-se como
referencial o mês de aplicação do questionário (Figura 5 em anexo).
As observações desses animais também são influenciadas pelo
método de caça utilizado, uma vez que durante o período chuvoso os rastros
deixados por mamíferos terrestres de grande porte como a anta, ou ainda,
queixada oferecem aos moradores a possibilidade de localizá-los mais
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facilmente e as populações dessas espécies respondem rapidamente e de
forma negativa à pressão de caça (PERES, 1996).
De acordo com os entrevistados, dentre as aves, a nambu-galinha
(Tinamus guttatus) e o jacu (Penelope jacquacu) foram as mais caçadas no
ultimo mês (Figura 6), dentre os mamíferos; o veado vermelho (Mazama
americana), a paca (Cuniculus paca) e o porquinho (Pecari tajacu) são as
espécies abatidas na ultima caçada realizada por eles em menos de um mês
(Figura 6). O fato da ocorrência de mutuns (Mitu tuberosum) no SSFE é um
bom indicador de qualidade de habitat, já que esta espécie é muito sensível à
pressão de caça (SILVA & STRAHL, 1991).
Figura 4. Citação da última captura de algumas espécies de aves.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Gavião Real Mutum Jacamim Arara Vermelha.
Nambu Azul
Nambu Galinha
Jacu
Nú
mero
de E
ntr
evis
tad
os
menos de 1 mês entre 1 - 6 meses entre 6 meses - 1 ano mais de 1 ano
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Apesar de algumas espécies terem sido confirmadas suas
presenças na área, como o tatu-canastra
(Priodontes maximus) e a paca-de-rabo
(Dinomys brannickii), alguns moradores
afirmaram que não caçam essas
espécies de mamíferos por serem
consideradas indigestas, denominadas
localmente como “reimosa”, apesar de se
tratar de espécies de grande porte cujos
rastros foram localizados com freqüência
no SSFE durante a fase de levantamento de dados em 2007 (Figura 5).
Figura 5. Vestígio de área de forrageio de Priodontes maximus (tatu-canastra). Foto: Rodrigo Marciente, 2007.
A ocorrência de espécies como onça-pintada (Panthera onca), onça-
vermelha (Puma concolor) e o gavião-real (Harpia harpyja) demonstra que a
área oferece recursos para a permanência de grandes predadores, sinalizando
positivamente em relação à qualidade do habitat. No entanto, quando analisada
a freqüência em que são abatidas, verifica-se que está relacionado ao conflito
gerado pelo ataque aos animais
criados nas colocações (galinhas,
porco, boi e etc.), conflito esse
comum em áreas rurais e que é
responsável, em muitos casos,
pela extinção local de grandes
predadores como os supracitados
(Figura 6).
Figura 6. Crânio de Panthera onca (onça-
pintada), abatida por atacar o gado em uma
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das colocações do SSFE. Foto: Rodrigo Marciente.
Em determinadas áreas as atividades de caça podem ser mais
intensas, devido ao adensamento populacional e ao grau de acessibilidade.
Nesse contexto vale destacar que, a influência dos igarapés perenes dentro
das áreas centrais – representadas pelo quadrante III (Q III) (Quadro 1) não se
restringe a distribuição de certas espécies, mas configura-se também como via
de acesso às áreas onde a atividade de caça é menos intensa no período seco.
Quadro 1. Adensamentos populacionais dentro do SSFE com base na área correspondente ao raio de ação de 5 km para caça
Quadrante Nº. de pessoas e %
Q I - região norte, sob influência do ramal Jarinal 53 (32,5%)
Q II - região central, sob influência do Igarapé Espalha 59 (36%)
Q III - região central, sem influência do Igarapé Espalha 13 (8%)
Q IV - região sul, sob influência do ramal Sibéria-Samaúma 38 (23,5%)
Total 163 (100%)
Com base na distribuição das espécies nas áreas de influência,
alguns aspectos merecem maior atenção. Os Grupos 1 e 2 apresentam
colocações distantes do Igarapé São Francisco do Espalha, localizadas nas
regiões periféricas na Zona de Caça de 5 km. Quando se analisa a ocorrência,
nestas colocações, de espécies como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) e
o mutum (Mitu tuberosum), a freqüência de avistamento para essas espécies é
mínima ou inexistente.
Diante do exposto, o SSFE encontra-se em situação favorável, uma
vez que ainda é possível encontrar áreas onde os adensamentos populacionais
são pouco evidentes (caso do Grupo 3 – região central, fora da influência do
Igarapé Espalha, com 0,16 indiv/km²). E mais, ao Sul do SSFE encontra-se a
RESEX Chico Mendes, partindo desse referencial pode-se observar uma
extensa área a sudeste, no perímetro do seringal, que conecta a RESEX aos
Grupos apontados na figura 7 em anexo.
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Das espécies listadas para o município, algumas merecem atenção
especial por estarem classificadas como ameaçadas de extinção pela União
Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN,
2005): pacarana (Dinomys branickii), tatu canastra (Priodontes maximus),
macaco preto (Ateles chamek), anta (Tapirus terrestris), Chrioderma doriae
(morcego), jabuti (Geochelone denticulata) e tracajá (Podocnemis unifilis)
(Quadro 2).
Quadro 2. Espécies ameaçadas de extinção registradas em Rio Branco-AC.
Classe Ordem Família Gênero Espécie N. Popular IUCN
Mammalia Rodentia Dinomyidae Dinomys branickii Pacarana Em perigo
Xenarthra Dasypodidae Priodontes maximus Tatu canastra Em perigo
Primates Cebidae Ateles chamek Macaco preto Vulnerável
Chiropetra Phyllostomidae Chiroderma doriae Morcego Vulnerável
Peryssodactyla Tapiridae Tapirus terrestris Anta Vulnerável
Reptila Testudine Testudinidae Geochelone denticulata Jabuti Vulnerável
Pelomedusidae Podocnemis unifilis Tracajá Vulnerável
3.2 Anfíbios e Répteis Anfíbios
De acordo com FROST (2008), atualmente são conhecidas em torno
de 6.184 espécies no mundo. O Brasil ocupa o primeiro lugar em diversidade
de anfíbios com 832 espécies descritas (SBH, 2008). Para o município de Rio
Branco são conhecidas, até o presente momento, 94 espécies distribuídas em
13 famílias de anfíbios (Figura 7 e Tabela 2 em anexo), sendo este número
bastante significativo quando comparado com as 134 espécies conhecidas
para o Estado que, por sua vez, é considerado alto quando comparado com o
número de espécies registradas para o Brasil.
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Figura 7. Número de espécies de anfíbios por família registrada para o município de
Rio Branco-AC.
Conforme se observa no gráfico acima (Figura 12) a família Hylidae
apresentou maior número de espécies (47 espécies), seguido pelas famílias
Leptodactylidae (12 espécies) e Brachycephalidae (11 espécies) as quais
podem ser vistas dois representantes de cada família na figura 8 em anexo.
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Espécie com potencial econômico
A espécie conhecida popularmente como “Kambô”, “Kampú”, “Kampum”,
“Sapo-da-injeção” ou “Sapo-da-
vacina”, Phyllomedusa bicolor (Figura
8), possui ampla distribuição na
Amazônia e se encontra distribuída
por todo o Estado do Acre. Sua
secreção (toxina), que há dezenas ou
centenas de anos vinha sendo usada
somente por grupos indígenas que
vivem na região amazônica, próximo
à cordilheira dos Andes (Katukinas, Kaxinawás, Ashaninkas, etc.) para
tratamento e prevenção de doenças, nos últimos anos vem sendo largamente
usada e divulgada por pessoas de diversas partes do planeta, com os mais
diferentes fins.
Figura 8. Phyllomedusa bicolor capturada na
bacia do Riozinho do Rola (Foto: M. M. Ferreira, 2007).
Na literatura antropológica, existem diversas indicações sobre o uso
tradicional do “Kambô”. Segundo os indígenas, o “Kambô” tira a “panema”
(espécie de fraqueza do corpo e do espírito ou a má sorte de maneira geral).
Ultimamente, com a divulgação do uso do veneno do anfíbio pela mídia
nacional e internacional, tem havido procura muito grande por diversas
pessoas em busca de cura dos mais diferentes tipos de enfermidades ou
simplesmente pela curiosidade.
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Répteis
Atualmente, são conhecidas em torno de 8.728 espécies de répteis
no mundo (Reptile Database, 2008). No Brasil, 684 espécies de répteis, sendo:
06 de jacarés, 36 de quelônios, 61 anfisbaenídeos (cobras-de-duas-cabeças),
228 lagartos e 353 serpentes. Com esses números, o Brasil ocupa a terceira
colocação mundial na relação de países com maior diversidade de espécies de
répteis, atrás apenas da Austrália e México (SBH, 2007).
O número de espécies de répteis registradas até o momento para o
município de Rio Branco, não é muito diferente do apresentado para o Estado
do Acre, por ser a área com maior esforço de levantamentos de campo. Até o
momento foram registradas 92 espécies de répteis distribuídos em 23 famílias
(Figura 9 e Tabela 3 em anexo).
Figura 9. Número de espécies de repteis por família registrada para o município de Rio Branco-AC.
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Assim, no município de Rio Branco como em outras regiões
neotropicais, entre os répteis, as serpentes predominam em termos de número
de espécies, representando cerca de 60% da fauna de répteis, além de ser o
grupo de maior diversidade entre os répteis, tem sido também o mais bem
estudado até o presente (Figura 15).
Figura 10. Boa constrictor (Foto: M. B. Souza)
Espécies com potencial econômico
Muitos répteis estão sob pressão de erradicação local não só pela
destruição dos seus habitats, mas pela coleta indiscriminada de ovos ou de
indivíduos adultos para consumo. Os quelônios, principalmente os das
espécies: Chelonoidis denticulata, Podocnemis unifilis e Phrynops nasutus
(Figura 11), assim como as espécies de jacarés Caiman crocodilus e
Melanosuchus niger são os mais procurados, apesar de normalmente não
serem muito consumidos em outros estados da Amazônia.
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Figura 11. (A) Chelonoidis denticulata; (B) Podocnemis unifilis (Fotos: M. V. Silva) e (C) Phrynops nasutus (Foto: M. B. Souza)
No município de Rio Branco há ainda a presença das tartarugas
Podocnemis expansa, Rhinoclemmys punctularia e Kinosternon scorpioides
que estão sendo mantidas em criadouros com fins comerciais autorizados pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA,
2008), os quase serão mais bem discutidos no próximo item.
3.3 Criação comercial de animais silvestres
No Estado do Acre, existem atualmente 12 (doze) criadouros
comerciais registrados no núcleo de fauna do IBAMA/AC, sendo 05 (cinco) na
capital Rio Branco, 04 (quatro) em Senador Guiomard, 01 (um) em Sena
Madureira e 02 (dois) em Cruzeiro do Sul (Quadro 1 em anexo).
Estes criadouros manejam comercialmente tartarugas, tracajás,
pacas, capivaras, papagaios, jabutis e catetos. A maioria está em fase inicial de
implantação, indicando o crescente interesse no setor.
Também existem 07 (sete) projetos em análise no IBAMA/AC, sendo
02 (dois) em Rio Branco, 01 (um) em Plácido de Castro, 01 (um) em
Acrelândia, 02 (dois) em Senador Guiomard e 01 (um) em Sena Madureira.
(Quadro 2 em anexo)
Os projetos em análise têm a proposta de manejar além de
tartaruga, tracajá, capivara, cateto e jabuti, 07 (sete) espécies de psitacídeos
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(araras, papagaios, periquitos, jandaias, maracanãs, etc.) e 01 (uma) espécie
de jacaré (Caiman crocodilus) para atender ao mercado local.
Existem outras categorias de manejo que vem contribuindo para a
conservação e preservação da fauna silvestre em Rio Branco, como: o Jardim
Zoológico do Parque Ambiental Chico Mendes; os dois Criadouros Científicos
de Fauna Silvestre para fins de pesquisa, sendo um da EMBRAPA/AC (com
Abelhas Indígenas sem ferrão) e o outro da UFAC (com o Projeto de Aperema -
Rhinoclemmys punctularia e Muçuã - Kinosternon scorpioides) e o Centro de
Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Convênio IBAMA/AC e Prefeitura
Municipal de Rio Branco (Quadro 3 em anexo).
Tais categorias realizam estudos ecológicos que subsidiam o
manejo da fauna silvestre tanto para fins conservacionistas e preservacionistas
como para exploração comercial sustentável das espécies manejadas.
3.3.1 Criadouro Vale do Araçá
Criadouro localizado em Rio Branco no km 14 da rodovia AC 40, de
propriedade do Sr. Francisco de Souza
Farias para criação em sistema semi-
intensivo de tartaruga-da-Amazônia
(Podocnemis expansa) e tracajá
(Podocnemis unifilis) (Figura 12).
Figura 12. Açude com praia artificial para a desova das tartaruga-da-Amazônia no criadouro Vale do Araçá. Foto: J.O.GUIMARÃES.
Dispõe de 07 (sete) açudes somente para recria dos quelônios, com
38 (tinta e oito) mil tartarugas e 02 (dois) mil tracajás, e mais 05 (cinco) açudes
para criação de pirarucu (Arapaima gigas).
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Atualmente possui 11 mil animais em peso de abate para
comercialização. A venda desses animais é realizada a restaurantes e
supermercados locais, com o custo de R$ 15,00 (quinze) o peso vivo.
(informação verbal)
O custo inicial de instalação não foi divulgado pelo criador, porque já
possuía os açudes para criação de peixes, realizando somente algumas
adaptações ao redor dos açudes com madeira e a instalação de uma praia
para a desova dos animais.
As dificuldades encontradas estão relacionadas a questões culturais
da população de Rio Branco e de toda região amazônica, que tem a
preferência pelo consumo de tartarugas e tracajás grandes, acima de 10 kg, o
que eleva o custo da produção, devido a demora no crescimento destas
espécies, mesmo com alimentos de alta capacidade de conversão alimentar.
3.3.2 Criadouro Estância Terra
De propriedade do Sr. Valmir Gomes Ribeiro este criadouro também
está localizado no município de Rio Branco, na estrada Transacreana (AC 90).
Com um plantel de 90 (noventa) mil
animais em sistema semi-extensivo é
considerado o maior criadouro de
tartaruga e tracajá do Estado do Acre e
tem uma proposta de manejo para a
conservação das espécies (Figura 13).
Figura 13. Alimentação de tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e tracajás (Podocnemis unifilis) no criadouro Estância Terra. Foto: J.O.GUIMARÃES.
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È o único no estado a conseguir a reprodução da tartaruga-da-
Amazônia e tracajá em cativeiro, através da utilização de praias artificiais com
monitoramento das covas.
Na mesma propriedade está sendo realizado em parceria com a
Universidade Federal do Acre e o RAN/IBAMA/AC, um Projeto de pesquisa
reprodutiva de aperema (Rhinoclemmys punctularia) e Muçuã (kinosternon
scorpioides).
Segundo o proprietário do empreendimento, possui 50.000
(cinquenta mil) animais em peso de abate, mas não tem intenção de
comercialização, porque no futuro pretende fazer um projeto de repovoamento
nos rios do Acre. E de acordo com informações de criadores de Goiânia (GO),
o preço de venda da tartaruga-da-Amazônia é de R$ 35,00 (trinta e cinco reais)
o quilo com osso, R$ 50,00 (cinquenta reais) sem osso e R$ 25,00 (vinte e
cinco reais) o quilo do peso vivo.
3.3.2 Criadouro Caboclinho da Mata
Implantado pela Secretaria Estadual de Agropecuária do governo do
Estado do Acre (SEAP) em parceria com o Departamento de Ciências da
Natureza da Universidade Federal do Acre (DCN/UFAC). O criadouro tem o
objetivo de fornecer ao setor produtivo e a
sociedade, dados consistentes sobre manejo de
fauna silvestre em cativeiro.
Instalado no município de Senador
Guiomard, a 24 km de Rio Branco, na Fazenda
Experimental Catuaba, o projeto é composto pela
criação de três espécies em sistema intensivo: paca (Cuniculus paca), capivara
(Hydrochaeris Hydrochaeris) e cateto (Pecari tajacu) (Figura 14).
Figura 14. Filhotes de paca nascidos neste criadouro. Fotos: J.O.GUIMARÃES, 2009
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O plantel atual conta com 33 fêmeas e 24 machos de paca, 23
fêmeas e 15 machos de cateto e 06 fêmeas e 04 machos de capivara. A
principal dificuldade relatada durante a implantação do projeto foi à obtenção
das matrizes e reprodutores, pois não havia outros criadouros com animais
disponíveis para compor o plantel inicial e a compra em outros estados elevaria
o custo de produção.
A opção foi obter junto ao IBAMA/AC uma autorização de captura na
natureza, para pacas e capivaras. Os catetos foram doados pelo Parque
Ambiental Chico Mendes e por outro criadouro que encerrou suas atividades.
Como o criadouro também tem caráter de pesquisa, foram testados tipos
diferentes de baias para paca seguindo a literatura pesquisada e outros
materiais alternativos locais para baratear os custos de produção. Portanto,
foram testados 03 (três) tipos de instalação, e a que demonstrou menores
custos de construção, segurança contra fugas, facilidade de higienização e
menor necessidade de mão-de-obra foi à baia de chão batido com piscina de
borracha e tela de alambrado.
O Quadro 3 revela os custos iniciais e atuais de construção e o custo por
animal até o abate, segundo dados fornecidos pela médica veterinária Laíz
Macedo Zamora, responsável técnica pelo criadouro caboclinho da mata.
Quadro 3. Custos iniciais e atuais de construção e custo de produção do animal até o abate do criadouro Caboclinho da mata.
CUSTOS INICIAIS (sem mão-de-obra) Total investido
10 baias de Pacas (1º galpão) Piquete de 1.000 m² para Catetos (manejo intensivo) Piquete de 1.500 m² para Capivaras (Manejo intensivo)
R$ 30.807,41
CUSTOS ATUAIS (com mão-de-obra) Total investido
18 baias de Pacas (2 galpões): R$ 28.348,18 Piquete de 1.400 m² para Catetos (Manejo Semi-extensivo): R$ 3.328,28 Piquete de 3.500 m² para Capivaras (Manejo Semi-extensivo): R$ 5.090,85
R$ 36.180,71
CUSTO POR ANIMAL (até idade do abate) Total investido
Capivara até 06 meses ou 20 kg R$ 102,96*
Paca até 08 meses ou 6 kg R$ 69,92
Cateto até 10 meses ou 15 kg R$ 149,91
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Fonte: Projeto Caboclinho da Mata, maio de 2009. *sem orçar capim (ad libitum)
Vale ressaltar, que os custos de construção estão elevados devido
aos tipos diferentes de instalação testadas e pelo criadouro pertencer a
Secretaria Estadual de Agropecuária, o que exige processo licitatório de acordo
com a lei 8.666 de 21 de Junho de 1993.
No momento, a equipe do projeto está desenvolvendo 03 (três)
novas propostas para pequenos produtores, e os animais excedentes que
poderiam ser comercializados serão doados para compor o plantel inicial dos
novos criadouros.
3.3.2 Criadouro Recriando
Iniciativa particular do produtor rural Sr. Carlos Alonso Santiago na
criação de paca (Cuniculus paca) em sistema semi-intensivo, no município de
Senador Guiomard, com o apoio técnico da Secretaria Extensão Agroflorestal e
Produção Familiar – SEAPROF.
Os animais estão instalados em
uma área de 2.500 m², com várias plantas
frutíferas em seu interior, além de mais 05
baias com 12 m² cada, que servem como
berçário e engorda. (Figura 15)
Figura 15. Baias de 12m²
Atualmente possui 23 animais e não possui disponível para
comercialização. Teve um custo inicial de aproximadamente de R$ 16.255,50
(dezesseis mil duzentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta centavos) e no
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ano passado, vendeu 03 machos com o custo de R$ 30,00 o kg de peso vivo.
(informação verbal)
A principal dificuldade também foi à obtenção do plantel, que ainda,
não conseguiu atingir a quantidade programada do projeto aprovado no IBAMA
para alcançar a viabilidade de comercialização. A alimentação é toda produzida
na própria propriedade, o criador plantou no interior do recinto plantas frutíferas
nativas da região amazônica.
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Baseado nos estudos relacionados a pressão de caça conclui-se
que das espécies de fauna silvestre mais consumidas pelas comunidades
tradicionais destacam-se o veado campeiro (Mazama americana), a paca
(Cuniculus paca), a anta (Tapirus terrestris), o porquinho (Pecari tajacu) e a
nambu galinha (Tinamos guttatus). A preferência por estas espécies pode
indicar uma tendência natural do potencial de exploração comercial desses
animais.
Quanto ao potencial econômico dos anfíbios destaca-se as espécies
da subfamília Phyllomedusinae, que vêm sendo investigadas sobre as
propriedades químicas apresentadas por suas secreções, que podem se
constituir em substâncias fundamentais para a cura de várias doenças.
Dentre o grupo dos répteis as únicas espécies de interesse
econômico são os Chelonia Podocnemis unifilis (tracajá), Phrynops nasutus
raniceps, (tartaruga perema) e Chelonoidis denticulata (jabuti) e os Crocodylia
Caiman crocodilus (jacaretinga) e Melanosuchus niger, (jacareaçu) que são
utilizados como fontes alimentícias pelas populações locais.
Outro grupo de interesse econômico são as serpentes,
principalmente as das famílias Viperidae e Elapidae, que culturalmente são
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conhecidas mais pela periculosidade de suas peçonhas do que pelas suas
interações tróficas com os demais animais ou pelas propriedades medicinais
contidas nas substâncias produzidas pelas glândulas de venenos. Assim, faz-
se necessário um trabalho de conscientização para a população sobre a
importância desses animais no contexto global e suas potencialidades para o
fornecimento de matéria prima para produção de soro e outros medicamentos.
A análise da criação de animais silvestres em cativeiro com
finalidade econômica em Rio Branco, releva a fase inicial de implantação desta
atividade, mas demonstra a capacidade de expansão com a apresentação de
novos projetos junto ao núcleo de fauna do IBAMA/AC.
Deve-se ressaltar a importância da proposta dos serviços ambientais
desta atividade, que pode reduzir a pressão sobre a caça e o impacto sobre
áreas protegidas, assim como garantir o uso e a preservação de espécimes da
fauna silvestre para as gerações futuras. Além de ser uma alternativa para a
diversificação da produção e da renda de produtores rurais.
Então, o investimento nesta atividade, tanto de bancos como pelo
governo municipal, estadual e federal, pode favorecer uma atividade com valor
econômico-ambiental que geram benefícios que outras atividades não
fornecem.
Por fim, o manejo dos recursos naturais, buscando um
desenvolvimento contínuo e visando a preservação, permitirá a manutenção
das comunidades. Hoje, o extrativismo, acompanhado da capacitação da
população, do uso de tecnologia, da definição dos nichos de mercado, políticas
de fomento, assistência técnica, extensão e crédito rural geram emprego,
aumento da renda familiar e além de tudo o uso adequado dos recursos
naturais.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS
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ANEXOS
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Figura 1. Relação das espécies conforme a última vez em que foram observadas pelos moradores no SSFE.
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0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
nú
me
ro d
e e
ntr
evi
stad
os
Menos de 1 mês entre 1 - 6 meses entre 6 meses e 1 ano mais de 1 ano
Figura 2. Citação da última captura de algumas espécies de mamíferos.
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Figura 3. Seringal São Francisco do Espalha (SSFE), destacando-se regiões de adensamento populacional.
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Figura 4. Família Hylidae: (A) Dendropsophus rhodopeplus e (B) Hypsiboas punctatus; Família Leptodactylidae: (C) e Leptodactylus lineatus (D) Leptodactylus pentadactylus; Família Brachycephalidae: (E) Pristimantis conspicillatus e (F) Oreobates quixensis (Fotos: M. B. Souza.
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Quadro 1. Criadouros comerciais de animais silvestres registrados núcleo de fauna no Ibama/AC.
Item Nome do proprietário/criadouro Espécies/Produtos Município Endereço/Contato
01 Francisco de Souza Farias / Criadouro Vale do Araçá
Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Rio Branco AC 40 km 14 zona rural 9987 5957 / 32247076
02 Miguel Fernandes Araújo Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Senador Guiomard BR 317 km 58 zona rural 30285333 / 90840383
03 Valmir Gomes Ribeiro / Criadouro Estância Terra
Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Rio Branco Estrada Transacreana km 07 3025 2064 / 81116849
04 Raimundo Carlo de Oliveira Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Cruzeiro do Sul Estrada do Pentecoste km 04 zona rural / 33227295
05 Jonas de Barros Pedroza Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Cruzeiro do Sul Projeto de Assentamento Santa Luzia Gleba 2 lote 118 Zona rural
06 Gilberto Afonso de Lima de Moraes Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Rio Branco Estrada Transacreana km 14 99855337
07 Jurandir Pinheiro de Oliveira Filho Jabuti (Chelonoidis denticulata) Rio Branco Estrada do Mutum km 02 AC 10 Zona rural / 92243232
08 Carlos Alonso F. Santiago Paca (Cuniculus paca) Senador Guiomard BR 364 km 32 ramal nova aldeia km 10 / 99871787
09 Associação dos Seringueiros do Seringal Cazumbá
Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) Sena Madureira Resex do Cazumbá-Iracema Núcleo do Cazumbá 99873736 / 9972 1072
10 Marcos Inácio Fernandes Papagaio (Amazona ochrocephala) Rio Branco AC 10 Vila do V (32264897/99841483)
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Fonte: Núcleo de Fauna/IBAMA/AC, 2008
11 Caboclinho da mata – Secretaria Estadual de Agropecuária e Universidade Federal do Acre
Paca (Cuniculus paca) Cateto (Pecari tajacu)
Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris)
Senador Guiomard BR 364 km 44 Fazenda Experimental Catuaba 3223 8519 / 99876710
12 Joaquim Rodrigues de Souza Paca (Cuniculus paca) Jabuti (Chelonoidis denticulata)
Senador Guiomard BR 317 km 06 ramal do entronca-mento km 02 Col. São Francisco
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Quadro 2. Projetos para criação comercial de animais silvestres em processo de análise no núcleo de fauna do IBAMA/AC.
Fonte: Núcleo de Fauna do IBAMA/AC, 2008.
Item Nome do proprietário/criadouro Espécies/Produtos Município Endereço/Contato
01 Comissão Pró-índio Tartaruga (Podocnemis expansa) Tracajá (Podocnemis unifilis)
Rio Branco Estrada Transacreana km 10 32249030 / 32241426
02 Aurélio Alves de Lima Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) Plácido de Castro AC 40 km 56 Ramal do coleguinha km 02
32322295
03 Ademir de Oliveira Menezes Arara vermelha (Ara chloroptera) Arara-piranga (Ara macao)
Arara-canindé (Ara ararauna) Papagaio (Amazona ochrocephala)
Papagaio (Amazona aestiva) Periquito (Brotogeris sanctithomae)
Maracanã (Aratinga sp)
Senador Guiomard AC 40 km 64 Ramal cumaru km 01
04 José Veríssimo da Silva Paca (Cuniculus paca) Acrelândia Projeto Padre Peixoto nº. 675 Ramal do bengala km 05
32441534 / 99841935
05 Ezimar Fidelis Maia / Fazenda Refúgio dos Maias
Cateto (Tayassu tajacu) Senador Guiomard BR 317 km 44
06 Antonio Monteiro Neto Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) Rio Branco Final da Estrada da Floresta nº. 5000
07 Associação dos Seringueiros do Seringal Cazumbá
Jabuti (Chelonoidis denticulata) Sena Madureira Resex do Cazumbá-Iracema Núcleo do Cazumbá
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Quadro 3. Registro de outras categorias de manejo da fauna silvestre em cativeiro no núcleo de Fauna do IBAMA/AC.
Fonte: Núcleo de Fauna do IBAMA/AC, 2008.
Item Categoria Identificação Município Endereço/Contato
01 Jardim Zoológico Parque Ambiental Chico Mendes (PACM) Prefeitura Municipal de Rio Branco (PMRB)
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMEIA)
Rio Branco Rodovia AC 40 km 07 Bairro Vila Acre
32211933 / 32210961
02 Criadouro científico de fauna silvestre para fins de pesquisa
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa/AC
Abelhas Indígenas sem ferrão Pesquisadora: Drª Patrícia Drumond
Rio Branco Br 364 km 14 32123201 32123284 99847372
03 Criadouro científico de fauna silvestre para fins de pesquisa
Universidade Federal do Acre RAN/IBAMA/AC
Projeto de Aperema (Rhinoclemmys punctularia) e Muçuã (kinosternon scorpioides)
Rio Branco Estrada da Transacreana km 07
04 Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS
CETAS Cláudio Reis dos Santos Convênio IBAMA/AC e Prefeitura de Rio Branco
(SEMEIA/PACM)
Rio Branco Rua Idelfonso Cordeiro s/n Bairro Vila Acre
32211933 ramal 23
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Tabela 1. Espécies de mamíferos e aves apresentadas durante as entrevistas com moradores do SSFE, ressaltando-se a porcentagem de entrevistados que afirmam caçá-las (%).
Ordem Família Nome científico Nome local %
MAMÍFEROS
Artiodactyla Cervidae Mazama americana Veado capoeiro 91
Mazama gouazoupira Veado roxo 23
Tayassuidae Pecari tajacu Porquinho 82
Tayassu pecari Queixada 77
Carnivora Felidae Panthera onca Onça pintada 9
Puma concolor Onça vermelha 14
Mustelidae Lontra longicaudis Lontra 4
Pteronura brasiliensis Ariranha 0
Procyonidae Nasua nasua Quati 9
Perissodactyla Tapiridae Tapirus terretris Anta 73
Primates Cebidae Alouatta seniculus Guariba 73
Ateles chamek Macaco preto 4
Cebus albifrons Cairara 4
Cebus apella Macaco prego 32
Pithecia irrorata Parauacu 9
Rodentia Agoautidae Cuniculus paca Paca 91
Dasyporctidae Dasyprocta fuliginosa Cutia 73
Myoprocta pratti Cutiara 45
Dinomyidae Dinomys brannickii Paca de rabo 14
Hydrochaeridae Hydrochaeris
hydrochaeris Capivara
41
Sciuridae Sciurus ignitus Quatipuru roxo 27
Sciurus spadiceus Quatipuru vermelho 68
Xenarthra Dasypodidade Dasypus novemcintus Tatu verdadeiro 41
Dasypus kappleri Tatu rabo chato 50
Cabassous unicinctus Tatu rabo de Couro 14
Priodontes maximus Tatu canastra 0
AVES
Craciformes Cracidade Mitu tuberosum Mutum 77
Penelope jacquacu Jacu 77
Falconiformes Accipitridae Harpia harpyja Gavião real 23
Gruiformes Psopiidae Psophia leocoptera Jacamim 73
Psittaciformes Psittacidae Ara macao Arara vermelha 14
Tinamiformes Tinamidae Tinamos guttatus Nambu galinha 82
Tinamus tao Nambu azul 45
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Tabela 2. Relação de espécies de anfíbios registrados para o Município de Rio Branco AC.
CLASSE AMPHIBIA (94) CLASSE AMPHIBIA (94)
ORDEM ANURA (92) ORDEM ANURA (92) FAMÍLIA AROMOBATIDAE (04) FAMÍLIA HYLIDAE 1. Allobates femoralis (Boulenger, 1884) 49. Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) 2. Allobates marchesianus (Melin, 1941) 50. Osteocephalus buckleyi (Boulenger, 1882) 3. Allobates subfolionidificans (Albertina
et alii, 2007)
51. Osteocephalus deridens Jungfer, Ron,
Seipp & Almendáriz, 2000 4. Allobates sp. 52. Osteocephalus leprieurii (Duméril & Bibron,
1841) FAMÍLIA BRACHYCEPHALIDAE (11) 53. Osteocephalus subtilis Martins & Cardoso,
1987 5. Pristimantis acuminatus (Shreve,
1935)
54. Osteocephalus taurinus Steindachner, 1862
6. Pristimantis altamazonicus (Barbour &
Dunn, 1921)
55. Osteocephalus sp.
7. Pristimantis buccinator
(Rodriguez,1994)
56. Phyllomedusa bicolor (Boddaert, 1772)
8. Pristimantis conspicillatus (Günther, 1858)
57. Phyllomedusa camba De La Riva, 1999
9. Pristimantis fenestratus (Steindachner,
1864)
58. Phyllomedusa hypochondrialis (Daudin,
1800) 10. Pristimantis lacrimosus (Jiménez de la
Espada, 1875) 59. Phyllomedusa palliata Peters, 1873 “1872”
11. Pristimantis ockendeni (Boulenger,
1912)
60. Phyllomedusa tomopterna (Cope, 1868)
12. Pristimantis skydmainos (Flores &
Rodriguez, 1997)
61. Phyllomedusa vaillantii Boulenger, 1882
13. Pristimantis zimmermanae (Heyer & Hardy, 1991)
62. Scarthyla goinorum (Bokermann, 1962)
14. Pristimantis sp. 1 63. Scinax cruentommus (Duellman, 1972) 15. Oreobates quixensis (Jiménez de la
Espada, 1872)
64. Scinax funereus (Cope, 1874)
FAMÍLIA BUFONIDAE (04) 65. Scinax garbei (Miranda-Ribeiro, 1926) 16. Rhaebo guttatus (Schneider, 1799) 66. Scinax cf. ruber (Laurenti, 1768) 17. Rhinella castaneotica (Caldwell, 1991) 67. Sphaenorhynchus carneus (Cope, 1868) 18. Rhinella gr. margaritifer (Laurenti,
1768)
68. Sphaenorhynchus dorisae (Goin, 1957)
19. Rhinella marina (Linnaeus, 1758) 69. Sphaenorhynchus lacteus (Daudin, 1802) FAMÍLIA CENTROLENIDAE (01) 70. Trachycephalus coriaceus (Peters, 1867) 20. Centrolene sp. 71. Trachycephalus resinifictrix (Goeldi, 1907) FAMÍLIA CERATOPHRYIDAE (01) 72. Trachycephalus venulosus (Laurenti, 1768) 21. Ceratophrys cornuta (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA LEIUPERIDAE (02) FAMÍLIA DENDROBATIDAE (04) 73. Edalorhina perezi Jiménez de la Espada,
1871 “1870”
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22. Adelphobates quinquevittatus (Steindachchnere,1864)
74. Engystomops petersi (Jiménez de la
Espada, 1872) 23. Ameerega hahneli (Boulenger, 1884) FAMÍLIA LEPTODACTYLIDAE (12) 24. Ameerega trivittata (Spix, 1824) 75. Leptodactylus andreae (Müller, 1923) 25. Ranitomeya ventrimaculata (Shreve,
1935)
76. Leptodactylus bolivianus Boulenger, 1898
FAMÍLIA HYLIDAE (47) 77. Leptodactylus discodactylus (Boulenger, 1884)
26. Dendropsophus acreanus
(Bokermann, 1964)
78. Leptodactylus leptodactyloides (Andersson,
1945) 27. Dendropsophus bifurcus (Andersson,
1945) 79. Leptodactylus lineatus (Schneider, 1799)
28. Dendropsophus bokermanni (Goin,
1960)
80. Leptodactylus mystaceus (Spix, 1824)
29. Dendropsophus brevifrons (Duellman
& Crump, 1974)
81. Leptodactylus pentadactylus (Laurenti,
1768) 30. Dendropsophus koechlini (Duellman &
Trueb, 1989) 82. Leptodactylus petersii (Steindachner, 1864)
31. Dendropsophus leucophyllatus
(Beireis, 1783)
83. Leptodactylus rhodomystax Boulenger,
1884 “1883” 32. Dendropsophus parviceps (Boulenger,
1882) 84. Leptodactylus rhodonotus (Günther, 1869)
33. Dendropsophus rhodopeplus (Günther,
1858)
85. Leptodactylus wagneri (Peters, 1862)
34. Dendropsophus riveroi (Cochran &
Goin, 1970)
86. Leptodactylus sp.
35. Dendropsophus sarayacuensis (Shreve, 1935)
FAMÍLIA MICROHYLIDAE (05)
36. Dendropsophus cf. minutus (Peters,
1872)
87. Chiasmocleis bassleri Dunn, 1949
37. Dendropsophus timbeba (Martins & Cardoso, 1987)
88. Chiasmocleis shudikarensis Dunn, 1949
38. Dendropsophus triangulum (Günther,
1869 “1868”)
89. Chiasmocleis ventrimaculata (Andersson,
1945) 39. Dendropsophus xapuriensis (Martins &
Cardoso, 1987)
90. Elachistocleis ovalis (Schneider, 1799)
40. Dendropsophus sp. (aff. nanus) 91. Hamptophryne boliviana (Parker, 1927) 41. Hypsiboas boans (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA PIPIDAE (01) 42. Hypsiboas calcaratus (Troschel, 1848) 92. Pipa pipa (Linnaeus, 1758) 43. Hypsiboas fasciatus (Günther, 1858) ORDEM CAUDATA (01) 44. Hypsiboas geographicus (Spix, 1824) FAMÍLIA PLETHODONTIDAE (01) 45. Hypsiboas sp. (gr. geographicus) 93. Bolitoglossa altamazonica (Cope, 1874) 46. Hypsiboas granosus (Boulenger, 1882) ORDEM GYMNOPHIONA (01) 47. Hypsiboas lanciformis (Cope, 1871) FAMÍLIA CAECILIIDAE (01) 48. Hypsiboas microderma (Pyburn, 1977) 94. Caecilia sp.
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Tabela 3. Espécies de répteis registradas até o momento para o município de Rio Branco-AC.
TESTUDINES (8 espécies) Família Geoemydidae (1 espécie) 1. Rhinoclemmys punctularia (Daudin, 1801) Família Kinosternidae (1 espécie) 2. Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) Família Testudinidae (1 espécie) 3. Chelonoidis denticulata (Linnaeus, 1766) Família Podocnemididae (2 espécies) 4. Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) 5. Podocnemis unifilis Troschel, 1848 Família Chelidae (2 espécies) 6. Chelus fimbriatus (Schneider, 1783) 7. Mesoclemmys raniceps (Gray, 1855) CROCODYLIA (3 espécies) Família Alligatoridae (3 espécies) 8. Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) 9. Melanosuchus niger (Spix, 1825) 10. Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801) SQUAMATA - AMPHISBAENIAS (2 espécies) Família Amphisbaenidae (2 espécies) 11. Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 12. Amphisbaena fuliginosa Linnaeus, 1758 SQUAMATA - LAGARTOS (26 espécies) Família Iguanidae (1 espécie) 13. Iguana iguana (Linnaeus, 1758) Família Polychrotidae (6 espécies) 14. Anolis auratus Daudin, 1802 15. Anolis fuscoauratus D'Orbigny, 1837 16. Anolis nitens (Wagler, 1830) 17. Anolis punctatus Daudin, 1802 18. Anolis trachyderma Cope, 1876 19. Anolis transversalis Duméril, 1851 Familia Tropiduridae (3 espécies) 20. Plica plica (Linnaeus, 1758) 21. Plica umbra (Linnaeus, 1758) 22. Stenocercus dumerilii (Steindachner, 1867) Família Gekkonidae (1 espécies) 23. Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès,
1818) Família Phyllodactylidae (1 espécie) 24. Thecadactylus rapicauda (Houttuyn, 1782) Família Sphaerodactylidae (2 espécie) 25. Gonatodes humeralis (Guichenot, 1855) 26. Coleodactylus amazonicus (Andersson, 1918) Família Anguidae (1 espécie)
27. Diploglossus fasciatus (Gray, 1831) Família Teiidae (5 espécies) 28. Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) 29. Dracaena guianensis Daudin, 1802 30. Kentropyx altamazonica (Cope, 1876) 31. Kentropyx pelviceps Cope, 1868 32. Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) Família Gymnophthalmidae (6 espécies) 33. Alopoglossus angulatus (Linnaeus, 1758) 34. Bachia flavescens (Bonnaterre, 1789) 35. Bachia peruana (Werner, 1901) 36. Cercosaura argulus Peters, 1863 37. Cercosaura ocellata Wagler, 1830 38. Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger, 1885) Família Scincidae (1 espécie) 39. Mabuya nigropunctata (Spix, 1825) SQUAMATA - SERPENTES (53 espécies) Família Typhlopidae (1 espécie)
40. Typhlops reticulatus (Linnaeus, 1758) Família Aniliidae (1 espécie) 41. Anilius scytale (Linnaeus, 1758) Família Boidae (5 espécies) 42. Boa constrictor Linnaeus, 1758 43. Corallus caninus (Linnaeus, 1758) 44. Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758) 45. Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758) 46. Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) Família Colubridae (39 espécies) 47. Atractus latifrons (Günther, 1868) 48. Atractus major Boulenger, 1894 49. Atractus schach (Boie, 1827) 50. Chironius carinatus (Linnaeus, 1758) 51. Chironius fuscus (Linnaeus, 1758) 52. Chironius multiventris Schmidt & Walker,
1943 53. Chironius scurrulus (Wagler, 1824) 54. Clelia clelia (Daudin, 1803) 55. Dipsas catesbyi (Sentzen, 1796) 56. Drepanoides anomalus (Jan, 1863) 57. Drymarchon corais (Boie, 1827) 58. Drymoluber dichrous (Peters, 1863) 59. Echinanthera brevirostris (Peters, 1863) 60. Echinanthera occipitalis (Jan, 1863) 61. Helicops angulatus (Linnaeus, 1758) 62. Helicops hagmanni Roux, 1910
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63. Helicops polylepis Günther, 1861 64. Hydrops martii (Wagler, 1824) 65. Hydrops triangularis (Wagler, 1824) 66. Imantodes cenchoa (Linnaeus, 1758) 67. Leptodeira annulata (Linnaeus, 1758) 68. Leptophis ahaetulla (Linnaeus, 1758) 69. Liophis reginae (Linnaeus, 1758) 70. Liophis typhlus (Linnaeus, 1758) 71. Oxybelis aeneus (Wagler, 1824) 72. Oxybelis fulgidus (Daudin, 1803) 73. Oxyrhopus clathratus Duméril, Bibron &
Duméril, 1854 74. Oxyrhopus melanogenys (Tschudi, 1845) 75. Oxyrhopus petola (Linnaeus, 1758) 76. Philodryas viridissima (Linnaeus, 1758) 77. Pseudoboa coronata Schneider, 1801 78. Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus, 1758)
79. Pseustes sulphureus (Wagler, 1824) 80. Siphlophis compressus (Daudin, 1803) 81. Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758) 82. Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758) 83. Xenodon rhabdocephalus (Wied, 1824) 84. Xenodon severus (Linnaeus, 1758) 85. Xenopholis scalaris (Wucherer, 1861) Família Elapidae (4 espécies) 86. Micrurus hemprichii (Jan, 1858) 87. Micrurus lemniscatus (Linnaeus, 1758) 88. Micrurus spixii Wagler, 1824 89. Micrurus surinamensis (Cuvier, 1817) Família Viperidae (3 espécies) 90. Bothriopsis bilineata (Wied, 1825) 91. Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) 92. Lachesis muta (Linnaeus, 1766)
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QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO FAUNÍSTICA RÁPIDA SÃO FRANCISCO DO ESPALHA
Através da adaptação do método utilizado por Calouro (1999), o presente
questionário foi elaborado com o objetivo de diagnosticar a fauna com potencial de exploração através de entrevistas realizadas junto aos moradores rurais de Rio Branco, mais especialmente do Seringal São Francisco do Espalha.
Para a elaboração deste material foram consultados EINSENBERG & REDFORD (2000) e EMMONS & FEER (1997), dos quais foram extraídas as ilustrações utilizadas para representar as espécies de interesse para o presente trabalho. Cabe destacar também que a metodologia utilizada para a elaboração do questionário possibilitou, a participação de todos os membros das famílias consultadas, uma vez que, as ilustrações apresentadas despertaram o interesse de crianças e adultos, o que favoreceu um ambiente no qual diversas objeções puderam ser registradas.
Quanto ao preenchimento:
Junto a cada ilustração, nos quadrantes que representam as famílias entrevistadas, serão anotados dados referentes à freqüência de avistamento para cada espécie. As categorias de resposta estão listadas na legenda no rodapé de cada página ilustradas:
Legenda: 0- nunca vi 1- se acabou, 2-é difícil, 3-ainda tem, 4-tem muito
Cabe destacar que, a linguagem utilizada na legenda corresponde àquela falada pelos moradores e facilitou a identificação dos resultados apresentados no relatório Estudos de Fauna Realizados no Município de Rio Branco (AC): Enfoque no Seringal São Francisco do Espalha. A próxima etapa refere-se a aspectos específicos para cada animal apresentado:
1. Qual foi a última vez que você viu esse animal ou o rastro? 2. Onde você viu esse animal? 3. Quantos eram? 4. Tinha filhotes no bando? Quantos? 5. Quais desses animais você já caçou? 6. Qual foi a última vez que você caçou? 7. Que tipos de caçada você realizou no último mês?
Vale informar também que a utilização de um gravador como ferramenta otimizará a aplicação do questionário, dinamizando também o diálogo com os entrevistados. Por fim, os relatos dos moradores podem ser influenciados pela presença do entrevistador. E mais, os relatos devem ser considerados com cautela, sendo somente um forte indicativo da ocorrência potencial das espécies na área, devendo ser confirmada com levantamentos adequados posteriormente.
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