STUDIUM
Q U E R P S I CO LO G I A?CO N H E Ç A O M É TO D O D E E N S I N O
U T I L I Z A D O E M H A RVA R D ( P B L )
Ao pensar na atividade de ensinar e aprender, é difícil escapar da imagem tradicional:
um professor que transmite o conhecimento a um aluno pronto para absorver ao
máximo os ensinamentos do mestre; e o desempenho do pupilo dependente deste
professor que guia, inspira e indica outras fontes seguras de conhecimento. Com o
desgaste desse modelo tradicional, durante o século XX, foram surgindo, como reação,
uma série de tentativas de atribuir ao aluno um papel mais ativo, mais independente e
responsável por seu aprendizado.
Nascido nos anos 1960, o PBL (Problem-based Learning) é uma das alternativas bem
sucedidas nessa área. Embora tenha como berço e principal campo a medicina,
alastrou-se nas últimas décadas para diversas áreas, das engenharias às ciências
sociais. No Brasil, tem crescido o interesse por esse novo método, com a adesão de
importantes centros de formação acadêmica. Essa crescente relevância é mais do
que suficiente para que sejam levantadas questões sobre os interesses sociais e
econômicos envolvidos nessa nova maneira de aprender e ensinar, bem como sobre
suas raízes históricas e filosóficas.
A metodologia PBL (Problem-Based Learning ou Project-Based Learning), em
Português - Aprendizagem baseada em Problemas (ou Projetos) - ABP, é uma forma de
aprendizado que estimula a pró-atividade e o aprimoramento pessoal em um grupo
acadêmico por meio de discussões profundas de casos interdisciplinares.
O Aprendizado Baseado em Problemas (Problem-Based Learning - PBL) destaca o uso
de um contexto clínico para o aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade
de trabalhar em grupo, e também estimula o estudo individual, de acordo com os
interesses e o ritmo de cada estudante. O aprendizado passa a ser centrado no aluno,
que sai do papel de receptor passivo, para o de agente e principal responsável pelo seu
aprendizado. Os professores que atuam como tutores (ou facilitadores) nos grupos têm
a oportunidade de conhecer bem os estudantes e de manter contato com eles durante
todo o curso.
O problema é o ponto principal num processo de ABP, já que serve de estímulo para a
aprendizagem. “É importante que o contexto seja real de modo a que o aluno se sinta
envolvido no problema e que a colocação das questões iniciais seja orientada pelo
professor”. Para funcionar é ainda necessário que o aluno possa ter acesso a fontes de
informação, embora essas possam não lhe ser previamente fornecidas, fomentando a
pesquisa e seleção de informação. A partir daí, cabe ao aluno estruturar a sua própria
aprendizagem, partilhando ideias e informação no seio de um pequeno grupo, sendo
o trabalho de grupo essencial para este processo.
PBL
( P RO B L E M - BA S E D L E A R N I N G, O U
A P R E N D I Z A D O BA S E A D O E M P RO B L E M A S )
NOVAS MANEIRAS DE ENSINAR E APRENDER
PBL, PROBLEMAS QUE TRAZEM SOLUÇÃO
PBL NO MUNDO QUEM ADOTAESSE MÉTODO
VANTAGENS DO MÉTODO PBL
PBL NA CATÓLICA
As escolas pioneiras na adoção do método são as escolas
de MCMASTER, no Canadá e a de MAASTRICHT, na Holanda.
Na última década o método tem se difundido e outras
escolas o têm adotado. Nos Estados Unidos as escolas
de Albuquerque, de HARVARD, do Hawai, entre outras,
o adotaram. O método tem sido recomendado pelas
Sociedades de Escolas, e inúmeras escolas da África, da
Ásia e da América Latina, sob supervisão de uma das duas
pioneiras, o têm aplicado. Escolas da área da saúde, como
enfermagem, fisioterapia, veterinária e odontologia têm
adotado o método com sucesso e, mais recentemente,
escolas das áreas de humanas, tais como a Faculdade de
Economia da Universidade de Maastricht, e algumas escolas
de engenharia dos Estados Unidos, por exemplo.
Visando ensinar os alunos do curso de Psicologia de maneira mais autônoma e
participativa, a Faculdade Católica de Mato Grosso (FACC-MT) implantou a PBL como uma
proposta de ensino que utiliza as metodologias ativas – onde o estudante é o principal
responsável pelo seu aprendizado.
Desde o primeiro semestre, a Católica estimula as pesquisas e atividades de campo,
promove experiências e estágios hospitalares e comunitários, laboratórios e
ambulatórios, bibliotecas e acesso a meios eletrônicos.
O currículo escolar contempla problemas reais e fictícios mais frequentes e relevantes
a serem enfrentados pelos acadêmicos no exercício da profissão. O aluno é inserido em
atividades práticas que contribuirão para a futura vida profissional.
Além disso, o aluno é constantemente avaliado em relação à sua capacidade cognitiva e
ao desenvolvimento de habilidades necessárias ao desempenho da Psicologia.
Sob as perspectivas de um trabalho humanizado, focado no cuidado com as pessoas,
a Católica oferece ainda a Clínica Social - onde é possível realizar atendimentos à
população duas vezes por semana.
O desenvolvimento do método apresenta-se dividido em três etapas, sendo estas, por
sua vez, divididas por vários passos:
1. Formulação do problema a. Reconhecer assuntos em potencial
b. Levantar conexões e definir os espaços do problema
c. Formular perguntas específicas
d. Definir e especificar o foco
2. Resolução do problema a. Obter referências e fontes adicionais
Apresentado o problema, o aluno precisa encontrar informação para ultrapassar lacunas
identificadas no mesmo. Uma segunda lista é desenvolvida tendo por base o seguinte
título: “O que é que necessitamos saber?”. As questões apresentadas servirão de guia para
a pesquisa, a qual inclui textos, internet, informação técnica e entrevistas com “experts”,
conjuntos de dados, entre outros. Através da internet é possível obter uma enorme
quantidade de informação. A obtenção de fontes assume dois de formas:
* Fontes empíricas: consiste em observações registadas, sem qualquer análise, estes dados são depois elaborados e analisados com o objetivo de se atingir conclusões;* Fontes científicas: consiste em relatórios científicos construídos através de relações conceptuais e validados.
O método apresenta vantagens relevantes para a aprendizagem, das quais se destacam:
Provoca a motivação;
Promove o conhecimento de novas áreas do saber;
Estimula a criatividade;
Impulsiona o pensamento crítico;
Fomenta as capacidades de análise e decisão;
Desenvolve as capacidades e competências de trabalhar em grupo e de gestão de stress.
Trabalha com habilidades de ordem superior tais como: análise, julgamento, justificativa, previsão
de resultados e argumentação.
b. Projetar e conduzir investigações
Partindo da questão “Que devemos fazer?”, o aluno formaliza uma série de iniciativas a serem
desenvolvidas e formula e testa hipóteses e soluções possíveis. Após isto, será necessário
desenvolver a pesquisa necessária de acordo com as questões formuladas para o problema
em análise. Estas pesquisas poderão ser realizadas por métodos laboratoriais ou de campo
ou computadores com módulos de software de simulação, spreadsheets, gráficos, etc., que se
considere relevante. Uma importante prática científica é a síntese de uma nova estrutura teórica
a partir de fragmentos de informação pré-existentes. Podem ser pesquisados bancos de dados,
conduzir entrevistas com especialistas e recolher ideias da leitura e pesquisa bibliográfica. Esta
prática permite o uso desta informação para formar um novo ponto de vista, justificável e testável.
Esta poderá ser a etapa mais longa do processo, dependendo dos objetivos fixados, podendo
terminar com a validação das conclusões e da metodologia.
3. Discussão do problema A discussão do problema é uma fase essencial para completar a pesquisa. As conclusões
científicas estão sujeitas a criticas abertas e debate, é um processo importante para a
criação e aceitação de conhecimento novo. Desta forma é necessário sintetizar as análises
e relatórios científicos de modo a persuadir os destinatários.
a. Apresentar conclusões da investigação
As conclusões e recomendações devem ser apresentadas oralmente e por escrito de uma
forma clara, objetiva e estruturada, sem, no entanto, incluir documentos e estudos de
suporte. A apresentação deve ter a seguinte forma:
- Conclusões obtidas
Mostrar em que resultaram as diligências efetuadas.
- Resolução final
Apresentar a resolução definitiva do problema de uma forma concreta e concisa.
- Medidas de implementação aconselhadas
Aconselhar diferentes medidas a adoptar, devidamente explicadas e analisadas. A
respectiva contribuição para a resolução deve ser devidamente enunciada.
b. Desenvolver análises ou relatórios científicos para persuadir os destinatários
Devem ser apresentadas evidências que sustentem a compreensão e abordagem da
resolução do problema, apoiadas de relatórios que suportem as conclusões. Os relatórios
podem ser científicos ou empíricos e devem ser apresentados por escrito. As informações
recolhidas ao longo do trabalho devem ser registadas e classificadas de acordo com a sua
importância para a resolução, efetuando uma análise mais aprofundada e documentos
próprios dos dados com maior relevância.
O objetivo é convencer dos destinatários da credibilidade dos estudos efetuados e da
validade das informações.
c. Conduzir debates de pontos de vista ou resultados opostos
Esta fase consiste na discussão do caso. São apresentadas as conclusões do trabalho e
desencadeia-se um processo de persuasão dos outros da validade das soluções. este
processo pode despoletar a necessidade de novos materiais que ajudem ao esclarecimento
de dúvidas. A realização destes debates pode ser levada a cabo de várias formas, desde que
se provem eficientes.
TURMAS REDUZIDASO curso de Psicologia da Faculdade Católica de Mato
Grosso (FACC-MT) conta com turmas reduzidas, são 14
alunos classe. Mais que a quantidade, a Católica preza
pela qualidade das aulas, que permitem a promoção da
participação e a personalização do perfil individual.
Com menor número de alunos por sala de aula, o
tutor acompanha de perto o desenvolvimento dos
estudantes, facilitando a vivência entre ambos durante
todo o processo de aprendizagem.
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