MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Coordenação de Área da PSICOLOGIA
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QUALIS PERIÓDICO DA PSICOLOGIA
ATUALIZAÇÃO 2015
Brasília, maio de 2015
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QUALIS PERIÓDICO DA PSICOLOGIA ATUALIZAÇÃO 2013
Antonio Virgílio Bittencourt Bastos – Coordenador
Gerson Yukio Tomanari (USP)– Coordenador Adjunto
Comissão Qualis da Psicologia no Triênio 2013-‐20141
Arrilton Araújo de Souza (UFRN)
Maria Cristina Smith Menandro (UFES)
Mary Sandra Carlotto (PUCRS)
Ricardo Primi (USF)
Telmo Mota Ronzani (UFJF)
A Coordenação de Área compôs uma comissão específica voltada para atualizar o Qualis Periódico da Área, ferramenta básica no processo de avaliação da produção bibliográfica dos Programas, que atuou nos anos de 2013 e 2014. A cada ano novos periódicos relatados no Coleta do ano anterior foram avaliados, ao tempo em que se atualizou a avaliação dos demais que já integravam o Qualis da Área. Tal processo culminou com a mais recente atualização, completando o ciclo de produção de artigos relatada pelo Programas.
Com base nas decisões emanadas do CTC-‐ES, e vigentes desde o triênio anterior, a comissão revisou a avaliação feita em 2013 nos casos em que houve alteração da situação dos periódicos, ou em que houve solicitação de reconsideração e atualizou a avaliação dos novos periódicos listados na produção dos Programas da Área em 2012.
A reunião ocorreu em Brasília, nas dependências da CAPES, em entre 26 e 28 de maio de 2015, sendo o trabalho de coleta de informações e de preparação das planilhas para a avaliação realizados pela Comissão previamente.
A necessidade de mudanças na avaliação, critérios e procedimentos utilizados foram discutidos no Encontro Horizontes da Psicologia (em setembro de 2014). A atualização do QUALIS de Psicologia referentes aos anos de 2013-‐2014 buscou assegurar o poder de diferenciar a qualidade da produção dos Programas.
1 A comissão Qualis Periódico é integrada também pelos Professores: Sônia Maria Guedes Gondim (UFBA), Katia Meherie (UFSC), Patrícia Izar (USP) e Alexandre Dittrich (UFRP) que não estiveram presentes na reunião para atualizar o Qualis em 2015, por restrições definidas pela DAV.
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Os trabalhos de atualização do Qualis utilizaram um conjunto de análises de diferentes indicadores de impacto das revistas (Journal Citation Reports [JCR] da Reuters Thompson, SCImago Journal Rank indicator [SJR], Índice H calculado a partir da base Google Acadêmico), bases indexadoras buscando-‐se aumentar a qualidade do sistema de avaliação, visando seu aprimoramento para o quadriênio de avaliação em foco (2013-‐2016). Os resultados destas análises são apresentadas na parte final deste documento. É sempre importante ressaltar que o Qualis Periódico é um instrumento construído voltado para avaliar exclusivamente os programas de pós-‐graduação, e seu uso – como tem sido reiterado de forma enfática pela DAV – fora deste único propósito é inadequado e, portanto, quando empregado em quaisquer outros tipos de avaliação escapa do controle da Coordenação de Área. Reconhece-‐se, também, que além da função que cumpre no processo de avaliação, o Qualis cumpre papel orientador das decisões de docentes e alunos quanto ao encaminhamento dos seus trabalhos para publicação. Ao fornecer uma hierarquia de qualidade dos periódicos, o Qualis auxilia integrantes dos diferentes programas na escolha do veículo de publicação que assegure maior acessibilidade da comunidade científica ao trabalho realizado e, em decorrência, maior discussão dos seus achados de pesquisa.
A AVALIAÇÃO
Em 2008 e 2009, a Comissão Qualis da Área de Psicologia trabalhou na definição de novos conjuntos de critérios de avaliação das revistas da área, com base nas mudanças introduzidas pelo CTC-‐ES em 2008, em particular (a) a adoção do novo sistema de classificação com sete estratos, (b) a reserva dos estratos superiores para as revistas com maior visibilidade e impacto internacionais e (c) o povoamento dos diversos estratos com limites mínimos.
A necessidade de revisão do Qualis de Periódicos da Área já havia sido assinalada pela Comissão Qualis, visto que o sistema então adotado já não discriminava adequadamente as revistas da Área. Reconhecia-‐se também a necessidade de um sistema de avaliação que implicasse critérios similares para revistas brasileiras e estrangeiras. A oportunidade de revisão do sistema levou a Comissão Qualis da Área de Psicologia a propor como critério principal para a classificação das revistas a abrangência e qualificação da comunidade científica com a qual o autor de artigos em cada periódico tinha a oportunidade de dialogar. A medida indireta possível para aferir essa qualidade das revistas foi o tipo e a relevância dos sistemas de indexação aos quais as revistas encontravam-‐se vinculadas.
Para o Qualis de Periódicos no triênio 2010-‐2012, a área elaborou um conjunto de requisitos (ISSN, avaliação por pares, regularidade das publicações, etc.) e uma hierarquia de indexadores, conforme explicitado no Documento de Área, disponível na página da CAPES. Para o período 2013-‐2014, o processo de avaliação seguiu o procedimento conforme apresentado no fluxograma da Figura 1.
As revistas que atendiam os requisitos mínimos estabelecidos para cada estrato foram classificadas com base nos seguintes critérios discriminados na Tabela 1.
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Figura 1. Fluxograma da avaliação QUALIS periódicos Psicologia (2013-‐2014).
Tabela 1: Critérios utilizados para construção do Qualis Periódico da Área da Psicologia
Estrato Critérios A1 Presença no ISI e PsycInfo; ou no Scopus e PsycInfo
Publicação por associação científica com reconhecimento internacional
Condição de referência internacional para a área da Psicologia ou para alguma de suas
subáreas (identificado por escores diferenciados de impacto e citação definidos no
momento da avaliação)
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥85
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥75
Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥95
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥95 * Percentis identificados no momento da avaliação – Índice H/Google Acadêmico
A2 Presença em um dos seguintes indexadores: ISI ou PsycInfo ou Scopus
OU
presença em pelo menos QUATRO dos seguintes indexadores: SciELO, LATINDEX, LILACS,
PSICODOC, REDALYC, EBSCO e Doaj.
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥75
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥60
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Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥95
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥75
B1 Presença em pelo menos quatro dos seguintes IBDs: LATINDEX, LILACS, PSICODOC,
REDALYC, PEPSIC, EBSCO e Doaj
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥25
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥30
Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥80
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥60
B2 Presença em pelo menos três dos seguintes IBDs: LATINDEX, LILACS, PSICODOC, REDALYC,
PEPSIC, EBSCO e Doaj
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥15
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) – Percentil ≥15
Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥55
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥40
B3 Presença em pelo menos dois dos seguintes IBDs: LATINDEX, LILACS, PSICODOC, REDALYC,
PEPSIC, EBSCO e Doaj .
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥15
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) – Percentil ≥15
Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil ≥55
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil ≥40
B4 Presença em UM dos seguintes IBDs: LATINDEX, LILACS, PSICODOC, REDALYC, PEPSIC,
EBSCO, ProQuest (CSA) e Doaj
Índice H/Google Acadêmico)
Tipo 1 (Periódico Internacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil <15
Tipo 2 (Periódico internacional – Psicologia) – Percentil <15
Tipo 3(Periódico Nacional – geral/áreas afins) -‐ Percentil <55
Tipo 4 (Periódico Nacional – Psicologia) -‐ Percentil <40
B5 Atendimento dos requisitos mínimos que indicam práticas editoriais adequadas
• ISSN
• Editor responsável -‐ Conselho Editorial -‐ Linha editorial
• Normas de submissão
• Periodicidade mínima semestral
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• Avaliação por pares
• Afiliação institucional dos membros dos Conselhos
• Resumo e Abstract dos artigos
• Descritores em português e inglês
• Data de recebimento e aceitação de cada artigo
• Pelo menos um número do ano anterior publicado
C Publicações que não atendem os requisitos mínimos da área
A área de Psicologia mantém o procedimento para avaliar periódicos que são de outras áreas afins, nas quais publicam docentes ou alunos dos Programas de Psicologia, de modo a ponderar os critérios que utilizamos para sua classificação e também considerar a avaliação daqueles periódicos tal como é feita pelas demais áreas e por suas áreas específicas. Tal avaliação apoia-‐se no reconhecimento do caráter interdisciplinar da Psicologia que faz interfaces com inúmeras outras áreas de conhecimento, tanto básicas quanto aplicadas. Assim, a publicação em periódicos mais claramente vinculados a outras áreas não pode ser desestimulada. Entretanto, considerando a diversidade de critérios utilizados pelas diferentes Áreas da Capes na construção dos seus Qualis específicos, não se poderia importar os conceitos de outras áreas sob risco de gerar, dentro da Psicologia, diferenças no nível de exigências feitas a periódicos das suas diferentes subáreas.
O procedimento utilizado, desde o triênio 2007-‐2009, é detalhado a seguir.
1. A revista é inicialmente avaliada com base nos critérios da Psicologia (ver Tabela 1).
2. O resultado é comparado com a classificação gerada pela área ou áreas mais específica(s) de conhecimento da revista. Quando a classificação coincide, é mantida a classificação.
3. Quando a classificação das duas áreas não coincide, são utilizados os seguintes critérios:
• Se o conceito da área do periódico está um estrato abaixo, ou um estrato acima da classificação da Psicologia, adota-‐se a classificação da área de origem.
• Se o conceito da área da revista está dois ou mais estratos abaixo da classificação da Psicologia, toma-‐se a classificação da outra área como referência e classifica-‐se a revista no estrato imediatamente acima do estrato dessa área.
• Se o conceito da área da revista está dois ou mais estratos acima da classificação da Psicologia, toma-‐se a classificação da outra área como referência e classifica-‐se a revista no estrato imediatamente acima do estrato da Psicologia.
• Periódicos de áreas afins classificados nessas áreas como A1, foram classificados como A1 na Psicologia somente quando atendiam os critérios qualitativos previstos no nosso sistema de avaliação.
OS RESULTADOS DA ETAPA DE ATUALIZAÇÃO EM 2015 (anos de referência 2013, 2014)
Em 2015, foram classificados 913 periódicos referentes a 2013 e 895 periódicos
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referentes a 2014. A partir de 2010 passou-‐se a trabalhar com uma classificação dos periódicos constantes no Qualis em quatro tipos: revistas internacionais gerais ou de áreas afins da Psicologia; revistas internacionais da Psicologia; revistas nacionais gerais ou de áreas afins da Psicologia; e, revistas nacionais da Psicologia. Para tal classificação, mais do que o título do periódico e os responsáveis pela edição, examinou-‐se uma amostra dos artigos publicados para se definir quanto à proximidade de temáticas e fenômenos classicamente abarcados pela Psicologia em suas diversas subáreas.
A Figura 2 mostra a composição do Qualis por tipo de periódico nas duas atualizações realizadas no presente quadriênio.
Figura 2. Percentual de periódicos por tipo nos anos (2013 e 2014) de atualização do Qualis de Psicologia.
Como facilmente se percebe, o perfil do Qualis da Psicologia caracteriza-‐se por um
peso bem maior de periódicos que foram classificados como gerais ou de áreas afins da Psicologia. Nesta recente atualização, eles representam 76,8% de todos os periódicos classificados, com um peso maior dos periódicos nacionais (45,7% do total de revistas). Ou seja, periódicos considerados específicos da Psicologia representam apenas 23,2% dos itens que integram o Qualis da Área. Considerando-‐se a origem do periódico, constata-‐se que os estrangeiros representam 42,8% do total de itens enquanto os nacionais 57,2%. É importante salientar, desde já, que tal distribuição não guarda relação direta com o volume de artigos publicados no exterior e no país, quando esta diferença se acentua fortemente, com aproximadamente 75,7% dos itens publicados no país (dados dos dois anos iniciais do quadriênio).
Tal composição pode ser compreendida à luz da natureza interdisciplinar da Área que faz interfaces com as mais diversas áreas de conhecimento, nas quais são publicados resultados de suas pesquisas (tanto em áreas básicas quanto aplicadas). Joga um papel importante, também, a inexistência de periódicos consolidados em várias subáreas específicas da Psicologia (a grande maioria dos periódicos melhor avaliados na área são generalistas), o que leva os pesquisadores a buscarem em áreas afins veículos mais
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adequados para publicação. Por fim, não se pode deixar de considerar a própria capacidade dos periódicos da Psicologia (especialmente os nacionais) de darem vazão ao volume da produção científica da área, pelo caráter quase que artesanal com que são produzidos, sem uma infraestrutura técnica e material que assegure maior quantidade de artigos publicados e mais números publicados.
A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS PERIÓDICOS Na Figura 3 aparecem os percentuais de periódicos em cada nível de avaliação. Com
a distribuição obtida no Qualis 2013/2014, a Área de Psicologia atende aos parâmetros estabelecidos pelo CTC para os Qualis de periódicos de todas as Áreas, quais sejam:
(a) A1 (46,9 %) < A2 (13%); (b) A1 + A2 (19,9%) < 25%; (c) A1 + A2 + B1 (39,5%) < 50%.
Figura 3. Percentuais de revistas classificadas em cada estrato de avaliação em 2013/2014.
Tais parâmetros são atendidos, mesmo quando são retirados os periódicos avaliados como C (3,3%) e aqueles avaliados como não periódicos (0,9%):
(a) A1 (7,2 %) < A2 (13,5%);
(b) A1 + A2 (20,2%) < 25%;
(c) A1 + A2 + B1 (40,9%) < 50%.
Os dados expressos na Figura 3 nos permitem identificar o perfil de escolha dos periódicos pelos docentes e discentes dos Programas. Uma primeira reporta-‐se a uma queda acentuada no número de periódicos que estão avaliados como C (3,3%) em relação ao Qualis final do triênio passado, ou seja, que não atendem sequer os requisitos mínimos definidos pela Área (ver Tabela 1). Observamos uma distribuição relativamente equilibrada nos estratos B5-‐B2 do QUALIS. Os dados sobre a produção no quadriênio a serem gerados em breve, poderão esclarecer tais questionamentos.
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Figura 4. Percentuais de revistas classificadas em cada estrato de avaliação em 2013/2014, excluído o estrato C.
Há um conjunto de 681 (40,7%) periódicos que se encontram no topo da hierarquia
(B1 a A1) e que são os mais bem avaliados periódicos pela Área. É importante salientar, no entanto, que neste grupo se encontram muitos periódicos de outras área, cuja avaliação nas suas áreas mais específicas, afetou o conceito obtido na Área da Psicologia. Eles constituem um grupo expressivo que cobre a diversidade interna da Psicologia nas suas inúmeras interfaces com outras áreas de conhecimento. Neste subconjunto, o número decresce bruscamente quando se atinge o nível A1. Nesta categoria estão apenas periódicos indexados no ISI ou no SCOPUS, com fatores de impacto calculados e que, na sua totalidade, estão na base no PsycINFO.
AVALIAÇÃO POR CATEGORIA DE PERIÓDICO
A Figura 3 mostra a porcentagem de periódicos por estrato de avaliação considerando o seu tipo (nacional ou estrangeira; da área ou geral/de áreas afins).
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Figura 4. Porcentagem de periódicos por tipo e estrato de avaliação – Qualis 2013-‐2014
Como já se constatou nas avaliações anteriores, o sistema empregado para avaliar os periódicos produz diferenças significativas na distribuição pelos estratos quando se consideram as duas condições: ser periódico estrangeiro ou nacional, ou ser da área de psicologia ou de outras áreas afins, como mostra a Figura 4. As revistas internacionais específicas da área de Psicologia localizam-‐se sobretudo no estrato A1 seguido do A2 (54%). As revistas internacionais gerais ou de áreas afins, por seu turno localizam-‐se predominantemente nos estratos A2 e B1 (56,1%). As revistas nacionais da Psicologia se distribuem de forma mais homogênea entre os diversos estratos do Qualis, sendo que 41,6% se localizam nos três estratos mais elevados (B1-‐A1). Os periódicos nacionais gerais ou de áreas afins, também se distribuem por vários estratos, não havendo nenhum no estrato A1 e 49,2% nos estratos B4 e B5.
As revistas internacionais ou mesmo nacionais de outras áreas afins que se encontram em estratos médios e inferiores do Qualis da Psicologia, mesmo tendo indexação e, em alguns casos, fatores de impacto, se deve ao critério de considerar, na nossa avaliação, aquela feita pela área de origem do periódico.
A PRODUÇÃO DE ARTIGOS NOS ANOS DE 2013 E 2014 Ao atualizar o Qualis em 2015 teve-‐se acesso ao número de artigos publicados em
2013 e 2014. A Figura 5 mostra o número total de itens publicados em cada ano por tipo de periódico. No total, nos dois anos, foram publicados 10.821 artigos. A produção em 2013 é bem maior que a de 2014, o que pode significar que itens deste ano ainda poderão ser relatados em função de atrasos na publicação dos periódicos.
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Figura 5. Total de artigos publicados por tipo e ano – Qualis 2013-‐2014
A Figura 6 compara o volume de produção nacional e internacional, considerando o total dos dois anos. São 8.065 itens publicados em periódicos nacionais da área e de área afins (74,5%) e 2.756 publicados em revistas internacionais (25,5%). Não se está considerando, aqui, como internacionais, as revistas nacionais que publicam seus artigos em inglês, algo que vem crescendo nos últimos anos. A proporção entre nacionais e internacionais não varia acentuadamente nos dois anos, embora em 2014, com menor volume total de produção, a proporção de itens internacionais atingiu 27,3%.
Figura 6. Total de artigos publicados no país e no exterior – Qualis 2013-‐2014
Finalmente, a Figura 7 mostra o percentual de itens publicados por estratos o Qualis.
Tanto em 2013 quanto em 2014, com pequenas variações, um pouco menos de 2/3 dos itens encontram-‐se em periódicos entre B1 e A1. Ou seja, a Área encaminha a maior parte da sua produção para periódicos bem qualificados. Embora em maior número, os periódicos entre os estratos B2 e B5 concentram um volume de produção inferior a 40%.
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Figura 7. Percentual de artigos publicados em 2013 e 2014 por estratos do Qualis – Qualis 2013-‐2014
UMA ANÁLISE DOS FATORES DE IMPACTO E ÍNDICES DE CITAÇÃO O uso de critérios de citação, especialmente o Índice H do Google como critério para
classificação dos periódicos da área de Psicologia justifica a apresentação dos dados de como os indicadores de impacto variam na nova classificação da Área de Psicologia.
A Figura 8 mostra o padrão de correlação entres o JCR, SJR e H, considerando o estrato em que o periódico foi classificado no Qualis. A correlação entre o JCR e o Índice H foi de 0,77, enquanto a do SJR foi de 0,72. Enquanto o Índice H encontra-‐se disponível para a quase totalidade dos periódicos que integram o Qualis, o JCR e o SJR são disponíveis para um número bem menor de periódicos.
Figura 8. Correlação entre o JCR e Fator H e entre os SJR e o Fator H.
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Tendo-‐se optado por usar o Índice H como elemento para a classificação dos
periódicos nos diferentes estratos, associado ao perfil de indexação, a Figura 9 mostra a variação do Índice H nos diferentes estratos do Qualis.
Figura 9. Fator H nos diferentes estratos do Qualis.
Como se percebe facilmente, o Índice H discrimina de forma bem efetiva os níveis A
(A1 e A2) dos níveis B. Entre os diferentes estratos B, o B1 diferencia-‐se com escore médio mais elevado. As diferenças entre B2 e B3 são bem reduzidas, mostrando que os periódicos neste nível não se diferenciam nos seus escores de citação, no geral, bem baixos. Da mesma forma, os periódicos B4 e B5 estão com índices H bem próximos a zero.
CONCLUSÕES
Ao concluir a avaliação dos periódicos (2013/2014) algumas considerações finais sobre os procedimentos adotados e os desafios futuros são necessárias. A Área de Psicologia utilizou um procedimento que combina a avaliação dentro dos critérios da área e a avaliação feita pela Área de pertencimento principal da revista. Tal procedimento permite valorizar simultaneamente os critérios internos da área e os externos utilizados pelas demais áreas. Conforme sinalizado em relatório anterior, adotou-‐se o índice H do PorP como elemento adicional além das bases de indexação que vinham sendo utilizadas em anos anteriores. Na presente atualização acrescentamos duas bases novas pela quantidade de periódicos que as utilizam (DOAJ e EBSCO) e retiramos o Clase pelo caráter mais restrito da referida base. Os
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dados revelam que a introdução de alguma medida de impacto da revista ajudou no processo de discriminação dos estratos do Qualis. Tal mudança é mais uma sinalização de que a área deve considerar tal elemento e, especialmente, que as revistas da área devem envidar esforços no sentido de ampliarem o seus impacto, o que passa, previamente, pela indexação em boas bases de dados.
Brasília, junho de 2015
Antonio Virgílio Bittencourt Bastos Coordenador da Área de Psicologia
Ricardo Primi USF
Mary Sandra Carlotto PUC-‐RS
Maria Cristina Smith Menandro
UFES
Arrilton Araújo UFRN
Telmo Mota Ronzani.
UFJF