BLOCO DO AUDITÓRIO
EDIFÍCIO PRINCIPAL
Após um levantamento histórico e da produção local,
no que se diz respeito a patrimônio imaterial, Brasília
mostrou um grande acervo, considerando seus 56
anos de existência, que atualmente não se encontra
em um único lugar e nem de fácil acesso a
população.
Visto isso, foi escolhido como sítio para a
acomodação da proposta de uma edificação que
teria a capacidade de expor e zelar por esse acervo,
o lote 2 do Setor Cultural Norte da cidade, que
encontra-se ocioso e em local de grande importância
para a capital.
O partido adotado determina a criação de um
espaço metropolitano em consonância com o
contexto urbanístico da cidade e entorno imediato
como condição principal do novo equipamento
proposto. Assim, a implantação do conjunto deveria
ter ênfase na integração dos usuários entre si e com
a paisagem construída.
O projeto se materializa na forma de um extenso
prisma retangular que repousa sobre grande área
em concreto, que por sua vez separa o complexo em
dois ambientes de escalas e percepções distintas. O
primeiro, de acesso direto pela elevação sul, se
enquadra dentro de uma escala monumental, já
prevista pelo mestre Lúcio Costa em seu relatório
original para a nova capital do país. Em um segundo
momento, logo ao cruzar o grande pórtico composto
pela passarela que dá continuidade ao passeio
público da região, o usuário se depara com um
inesperado pátio que apresenta-se dentro de uma
escala mais humana e convidativa.
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Concurso Nacional de Trabalhos Finais de
Graduação em Arquitetura e Urbanismo
para Formandos de 2015 PROJETO PARA MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE BRASÍLIA – MIS
Outubro / 2016
ESTUDO VOLUMÉTRICO EM MODELO REDUZIDODISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA
AVENIDA N1
APOIO
MUSEU E EXPOSIÇÕES
AUDITÓRIO E RESTAURANTE
S ITUAÇÃO DO SÍTIO DA PROPOSTA
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Graduação em Arquitetura e Urbanismo
para Formandos de 2015 PROJETO PARA MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE BRASÍLIA – MIS
Outubro / 2016
TÉRREO INFERIOR
1_Livraria
1.1_Cozinha
1.2_Sanitários
1.3_Área de Mesas
2_Carga e Descarga
3_Praça
4_Pátio de Fontes Secas
5_Auditório
5.1_Foyer
5.2_Carga e Descarga
6_Estacionamento
7_Guarita
TÉRREO
1_Bilheteria / Foyer
2_Apoio Administrativo
2.1_Apoio Técnico
2.2_Acervo
2.3_Carga e Descarga
3_Guarita
4_Passarela Expositiva
5_Acesso Restaurante
6_Auditório
6.1_Palco
6,2_Sanitários
6.3_ Saída Emergência
O programa foi dividido em três partes,
separadas pelo seu uso, público e com
sua relação público/privado.
As áreas do museu constituem todos os
ambientes abertos ao público no edifício
principal, tais como salas de exposição,
oficinas e cafés.
As áreas de apoio ao museu são todos
os ambientes de acesso restrito aos
funcionários, ou seja, os setores de
apoio administrativo e técnico.
E ainda há as áreas de serviço à
comunidade, que não atendem
exclusivamente as atividades do museu,
podendo abrigar, pontualmente,
atividades e exposições paralelas ao
programa do MIS, como o auditório,
livraria, restaurante e pátios.AVENIDA N1
TÉRREO
AA
BB
AVENIDA N1
TÉRREO INFERIOR
BB
A A
1
1.1
1.2
1.3
2
3
4
5
5.1 5.2
6
7
1
2
2.1
2.2
2.3
3
4
5
6
6.16.2
6.3
6.3
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3o. PAVIMENTO
2o. PAVIMENTO
1o. PAVIMENTO
1
2
2
3
4
5
5
1
1
2
3
4
5
12 3
4
3/61º. PAVIMENTO
1_Exposições Temporárias
2_Oficinas
3_Sanitários
4_Circulação Vertical/Técnica
5_Terraço Expositivo
2º. PAVIMENTO
1_Exposição “Plano Piloto e Sua Genesis”
2_Exposição “O Rock e a Era de Ouro”
3_Exposição “A Sétima Arte de Brasília”
4_Sanitários
5_Circulação Vertical/Técnica
3º. PAVIMENTO
1_Exposição “# Brasília”
2_Café
3_Sanitários
4_Mirante Expositivo
O percurso dentro do museu foi proposto de tal sorte que o
visitante percorresse toda a trajetória histórica das principais
expressões do patrimônio imaterial de Brasília, desde sua
fundação aos dias de hoje. Passando pelo pátio de exposições
temporárias no primeiro pavimento do edifício, e acessando o
segundo pelas escadas rolantes ou pelo conjunto de
elevadores, o visitante se depara com a exposição “O Plano
Piloto e sua Genesis” onde através de estações multimídias
individuais terá contato com imagens, vídeos, relatos, e textos
da época da construção de Brasília.
Ainda no mesmo pavimento o ambiente “A Sétima Arte em
Brasília” se apresenta na forma de um espaço escuro com
mesas interativas e projeções diretamente nas paredes,
espaço esse destinado a imortalizar a extensa produção
cinematográfica da capital.
Para encerrar os ambientes expositivos do 2o. Pavimento,
destinados a produção midiática da capital, temos o espaço
destinado a memória do já conhecido Rock Brasiliense e sua
importância durante os anos finais do Regime Militar do País.
“O Rock e a Era de Ouro” apresenta em seu interior mesas e
totens interativos que expõem diversas mídias no que se diz
respeito a produção do estilo, durante a época de censura e
dos anos que se seguiram.
Acessando o 3o. Pavimento, destinado a memória atual e em
constante construção, o visitante adentra o espaço “# Brasília”
que consta com um acervo alimentado pelo público visitante,
que através de publicações com “tags” específicas em redes
sociais, renovam automaticamente as imagens que são
apresentadas nas paredes do ambiente. O final do percurso é
marcado por um mirante para o coração de Brasília, dali os
visitantes poderão acompanhar a cidade propriamente dita, em
sua evolução natural, em seu dia a dia.
Exposição “Plano Piloto e sua Genesis”Pátio de Exposições Temporárias
Exposição “# Brasília”Exposição ”O Rock e a Era de Ouro”
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para Formandos de 2015 PROJETO PARA MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE BRASÍLIA – MIS
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+6.00
+11.00
+16.00
+25.72
+21.00
0.00
-4.15
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Outubro / 2016
Durante a noite, como uma alternativa as atividades do Museu,
a empena cega do bloco do auditório juntamente com uma sala
de projeção omitida sob o conjunto de prismas de concreto
instalados na praça transformam o grande pátio em um cinema
a céu aberto.
Antes dos usuários se distribuírem pelo pátio e pela
“arquibancada” de concreto para assistir a filmes com colegas e
familiares, eles podem, através de aplicativo para celular, votar
nas produções de sua preferência, a sugestão do MIS que mais
receber votos durante o dia, ou semana, iluminará a praça
central do complexo durante a noite.
CORTE ESQUEMÁTICO AUDITÓRIO E SALA DE PROJEÇÃO
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A dificuldade de intervir na Esplanada dos Ministérios, em
Brasília, está no fato de inserir uma nova forma no espaço,
sem que isso interfira em suas escalas urbanas. Linhas
ortogonais, inspiradas na arquitetura já consolidada na capital,
foram cuidadosamente mantidas e adaptadas para que o
conceito de unidade do setor não se perdesse.
Porém, novos conceitos, materiais e métodos construtivos
foram aplicados à proposta para que a arquitetura pudesse
seguir seu processo natural de evolução, evitando a temida
mumificação da paisagem construída pelas mãos de nossos
grandes mestres do modernismo.
TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO
OSCAR NIEMEYER - 1958
PROPOSTA PARA O MUSEU DA IMAGEM
E DO SOM DE BRASÍLIA - MIS