Proceu14 de maio de 2013
Revisão do BarrocoQuais são as principais características ? Em
que difere do Renascimento?
Tendências literárias mais marcantes?
Cultismo
Conceptismo
Neoclassicismo / ArcadismoMeados do século XVIII até início do XIX
(1768-1836)
1690 criada em Roma a Sociedade literária chamada Arcádia – referindo-se à lendária região da Grécia, dominada pelo deus Pã e habitada por pastores que se dedicavam à poesia e à vida rústica -, com finalidade de combater o barroquismo.
Busca do equilíbrio, da clareza e da simplicidade.
Canção Anacreôntica – poeta grego Anacreonte – singeleza e naturalidade afetada, graça e ingenuidade engenhosa, temas sensuais e picantes expostos de forma disfarçada. Popular nos salões do séc. XVIII – frequentadores galantes e requintados.
Contexto históricoO que acontece na Europa no período?
LaicismoEmpirismoLiberalismoIluminismo
Contexto PortuguêsMarco inicial: (1756) Fundação da Arcádia
Lusitana – fundada por escritores portugueses liderados por Antônio Dinis da Cruz e Silva.
Marco final: Início do Romantismo (1825)
D. João VI – reinado suntuosoObras monumentaisAté a metade do séc. XVIII – manutenção dos
poderes e valores tradicionais.1750 – 1777: Marquês de Pombal “déspota
esclarecido”. – implanta reformas inspiradas no iluminismo.
CaracterísticasRetorno ao equilíbrio clássico;Reação aos exageros do Barroco;Ideal de simplicidade e naturalidade
simbolizado no mito da Arcádia;Simplicidade extremamente requintada;Adoção de nomes pastoris pelos membros das
arcádias;Racionalismo – Preocupação com a verdade e
o real
Convenções da poesia neoclássica Uso de personagens mitológicas – alegoricamente.
Bucolismo e pastoralismo – Eu lírico = pastorMulher amada = pastora
Locus amoenus (lugar ameno) – idealização da natureza, cenário perfeito.
Fugere Urben (fugir da cidade) – cidade = sofrimento e corrupção dos homens
Aurea mediocritas (mediania de ouro – expressão de Horácio)
Estoicismo – desprezo dos prazeres, do luxo e das riquezas.
O Balanço de Nicolas Lancret (década de 1730, França).
Bocage – Elmano SadinoManuel Maria Barbosa Du Bocage
(Setúbal 1765- Lisboa 1805)
Vida aventureira, poeta satírico com fama de boêmio, devasso, piadista e poeta pornográfico. Preso de 1797 a 1799 por suas sátiras.
Antecipa tendências literárias do Romantismo (confessionalismo e pessimismo) sendo considerado pré-romântico.
Substituição do locus amoenus pelo locus horrendus (noturno e tétrica)
Soneto do velho escandalosoTu, oh demente velho descarado,Escândalo do sexo masculino,Que por alta justiça do DestinoTens o impotente membro decepado: Tu, que, em torpe furor incendiadoSofres d'ímpia paixão ardor maligno,E a consorte gentil, de que és indigno,Entregas a infrutífero castrado: Tu, que tendo bebido o méstruo imundo,Esse amor indiscreto te não gastaD'ímpia mulher o orgulho furibundo; Em castigo do vício, que te arrasta,Saiba a ínclita Lísia, e todo o mundoQue és vil por gênio, que és cabrão, e basta.
"Poesias satiricas ineditas de M. M. B. du Bocage, colligidas pelo professor A. M. do Couto"
(Lisboa, 1840)
Neoclassicismo no BrasilContexto
Marco Inicial: 1768 – Publicação das Obraspoéticas de Cláudio Manuel da Costa;
Marco final: 1836 – Início do Romantismo
Neoclassicismo também conhecido como Escola Mineira
Influência do Iluminismo francêsDecadência da mineração1780 – Inconfidência Mineira1798 – Conjuração Bahiana
EspecificidadesIntrodução da paisagem tropical;
Episódios da história da colônia em poemas heróicos;
Utilização do índio como tema literário
Prenúncio dos motivos nacionalistas do romantismo.
Cláudio Manuel da Costa(1729 – 1789)
Glauceste Satúrnio
Obras: Obras Poéticas (1768);Vila Rica poema épico
Temei PenhasDestes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidaraQue entre penhas tão duras se criaraUma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresaTomou logo render-me; ele declaraContra meu coração guerra tão raraQue não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o danoA que dava ocasião minha brandura,Nunca pude fugir ao cego engano;
Vós que ostentais a condição mais dura,Temei, penhas, temei: que Amor tiranoOnde há mais resistência mais se apura.
Tomás Antônio Gonzaga(1744-1810)
Dirceu
Principais Obras: Marília de Dirceu
Cartas Chilenas
Marília de DirceuMarília de Dirceu
Marília de Dirceu (trecho correspondente a parte II do poema)
(...) Porém se os justos céus, por fins ocultos, em tão tirano mal me não socorrem; verás então, que os sábios, bem como vivem, morrem.
Eu tenho um coração maior que o mundo, tu, formosa Marília, bem o sabes: um coração..., e basta, onde tu mesma cabes.
Poesia Épica
O Uruguai (1769) José Basílio da Gama
Vila Rica (+/- 1773) Cláudio Manuel da Costa
Caramuru (1781) Frei José de santa Rita Durão