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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO DE GESTO EM LOGSTICA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINA III
UNIP POLO MANAUS/ 2014
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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINA III
DIEGO FREITAS DE ALMEIDA, RA 1301827
UNIPPolo Manaus So Geraldo2014
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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINA III
Projeto Multidisciplinar apresentado por DiegoFreitas de Almeida, matrcula 01301827 Universidade Paulista, como um dos requisitos paraa obteno do ttulo de Gesto em Logstica.
UNIPManaus Polo So Geraldo2014
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RESUMO
A Logstica e o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos tm desempenhando papelfundamental na estratgia de empresas Multinacionais, dentre estas a empresa de nomefictcio Bens de Consumo S/A se destaca com uma ambiciosa misso estratgica de alcanarainda mais clientes, em ainda mais lugares com ainda mais produtos. Para o alcance destamisso imprescindvel o correto Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos e a busca porExcelncia na Execuo Logstica, alm de garantir confiabilidade em seus prestadores deservio. Um exemplo a sade financeira da Prestadora Ltda. Terceira contratada pelaempresa Bens de Consumo S/A para disponibilizao de recursos para ova e desova deveculos, essa sade financeira pode ser acompanhada contabilmente atravs do BalanoPatrimonial e o DRE (Demonstrao do Resultado de Exerccio) que no caso da empresaPrestadora demonstraram uma sade financeira frgil, mas com perspectivas promissoras
onde sua liquidez seca, porm possui Patrimnio Lquido positivo. Por ltimo, uma anliseestatstica mais detalhes da empresa pode nos fornecer informaes de sua estratgia detransporte, seus ndices de segurana, confiabilidade do processo e comportamento de seusinventrios. Para o caso da empresa Bens de Consumo S/A sua confiabilidade se v afetadafrente a um aumento de absentesmo no ltimo trimestre, contra uma instabilidade naestratgia de transporte rodovirio devido a fatores ambientais, comerciais e econmicos almde uma perigosa tendncia de acidentes com afastamento que podem indicar a forte
possibilidade de um acidente fatal nos prximos anos.
Palavras chaves:Bens de Consumo S/A, Logstica, DRE.
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SUMRIO
1. INTRODUO ....................................................................................................... 061.1 OBJETIVOS DA PESQUISA.................... .............................................................. 06
1.2 METODOLOGIA UTILIZADA ............................................................................. 06
1.3 APRESENTAO DA EMPRESA ........................................................................ 06
2 A EMPRESA BENS DE CONSUMO S/A .............................................................. 07
2.1 FORMA DE CONSTITUIO ............................................................................... 07
2.2 HISTRIA DA EMPRESA .................................................................................... 07
2.3 NATUREZA E RAMO DE ATUAO ................................................................. 082.4 PORTE DA EMPRESA E RELAO ENTRE FILIAIS ....................................... 08
2.5 PRINCIPAIS PRODUTOS, MERCADO & CLIENTE-ALVO .............................. 09
2.6 PRINCIPAIS ASPECTOS LOGSTICOS ............................................................... 10
2.4 PRINCIPAIS CONCORRENTES ............................................................................ 10
3. FUNDAMENTOS LOGSTICOS E SUA IMPORTNCIA NA EMPRESA ..... 11
3.1 MISSO LOGSTICA ............................................................................................. 12
3.2 FLUXO LOGSTICO E DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................. 14
3.3 LOGSTICA REVERSA .......................................................................................... 17
4. CONTABILIDADE .................................................................................................. 17
4.1 SOBRE A EMPRESA PRESTADORA LTDA ....................................................... 18
4.2 BALANO PATRIMONIAL .................................................................................. 19
4.3 DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO - PRESTADORA ....... 20
5. ESTATSTICA APLICADA ................................................................................... 21
5.1 ANLISE DE RISCOS DE SEGURANA ............................................................ 21
5.2 PREVISO DE DEMANDA DE CARRETAS ....................................................... 22
5.3 ANLISE DE ABSENTESMO .............................................................................. 23
5.4 TAXA DE OCUPAO DO ARMAZM DE PRODUTO ACABADO .............. 25
6. CONCLUSO ........................................................................................................... 26
REFERNCIAS ....................................................................................................... 27
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2 A EMPRESA: BENS DE CONSUMO S/A
Neste estudo usaremos o nome fictcio de Bens de Consumo S/A empresa eleita,
admitindo que a mesma uma multinacional americana em plena expanso de suas atividades
pelo Cone Sul com foco no mercado brasileiro. A mesma possui um portflio de mais de 380
marcas vendidas e fabricadas em todos os continentes do Mundo. Em especial teremos maior
enfoque na unidade fabril existente no Distrito Industrial de Manaus subsidiada pelos
benefcios fiscais vigentes da Zona Franca aqui estabelecida.
2.1. Forma de Constituio
A empresa Bens de Consumo S.A. se constitui como Sociedade Annima, ou Sociedade de
Capital, onde seu capital social no se encontra atribudo a um nome em especfico, mas est
dividido em aes que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura
pblica ou outro ato notarial.
Apesar disto, a Bens de Consumo S.A. uma sociedade annima de capital fechado,
portanto, suas aes no so negociadas na Bolsa de Valores, sendo esta escritural,
administrada por uma nica Instituio Financeira Depositria.
2.2. Histria da Empresa
A empresa Bens de Consumo surgiu em Outubro de 1837 da unio de um fabricante de
velas a um fabricante de sabonetes onde dividiam seu interesse pela principal matria prima
de ambos: A Cera e seus derivados. Aps 21 anos de sua fundao a companhia havia
crescido um Milho de Dlares e detinha um quadro por volta de 80 funcionrios fixos.
Durante o perodo da Guerra Civil Americana a Bens de Consumo foi eleita como
fornecedora oficial de velas e sabonetes ao exrcito, esse fato ocasionou o crescimento
acelerado da empresa onde por coincidncia, aps o conflito boa parte dos militares fora
absorvida como funcionrios da empresa. Em 1880 a Bens de Consumo inicio a expanso de
seu portflio com o desenvolvimento de um sabonete de qualidade diferenciada.
Com a expanso do portflio e a solidez no mercado a empresa abriu diversas unidades
fabris pela Amrica e expandiu suas vendas para o Mercado Internacional. A este ponto, em
1930 a Bens de Consumo foi oficialmente reconhecida como uma empresa de portflio
Internacional com vendas e unidades produtivas fora dos Estados Unidos. Desde ento a
empresa tm investido em seu Capital Pessoal, na Qualidade de Suas Marcas e em sistemas de
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Alto Desempenho para atingir o seu objetivo de Ser reconhecida como a maior empresa de
bens de consumo do Mundo.
2.3. Natureza e Ramo de Atuao
Hoje o nmero de marcas, natureza de operao e ramo de atuaes da Bens de Consumo
S/A so extremamente diversificados dentre todos os processos e categorias existentes de
Bens de Consumo, tendo dentre seus ramos de atuao desde perfumaria, higiene e limpeza
at alimentos para animais. Para permitir melhor profundidade neste estudo, restringiremos
aos processos diretamente relacionados unidade fabril situada no Polo Industrial de Manaus.
Especialmente nesta unidade fabril so produzidos aparelhos de barbear, lminas de
barbear ou ainda em pequena escala escovas de dente. Generalizando teramos a Natureza de
Operao como produtos de Higiene Pessoal.
inerente ao processo desta unidade fabril, o Planejamento de Produo ajustado
necessidade do mercado, suprimento e armazenamento de matria-prima, produo efetiva
dos produtos intermedirios, embalagem e empacotamento, distribuio e armazenamento do
Produto Acabado.
2.4. Porte da Empresa & Relao entre Filiais
A Bens de Consumo S/A uma multinacional, pois est presente em mais de 180 pases
com mais de 138 mil empregados distribudos por suas mais de 140 unidades fabris, alm de
seus Escritrios e Centros de Distribuio ao redor do Mundo. Foi eleita a 21 maior Empresa
do Mundo segundo a ltima resoluo da Financial Times publicada em Maro de 2012,
sendo dentre todas a primeira dentre as de Bens de Consumo, superando empresas como
Coca-Cola, Google, Toyota e Samsung.O segmento de aparelhos de barbear da empresa possui produo em principalmente outras
sete filiais pelo mundo, basicamente no h estreita comunicao entre elas, havendo poucas
interdependncias de produtos. Em geral existe uma competitividade sadia entre as filiais de
mesma famlia pela melhor colaborao nos resultados.
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2.5. Principais Produtos, Mercado & Cliente-alvo
A Bens de Consumo S/A possui dentre os seus principais produtos o mercado de
fabricao de Xampus, Sabonetes, Produtos de Limpeza e Cosmticos onde dentro do ramode Cosmticos e Higiene Pessoal temos como destaque os Aparelhos de Barbear.
Por sua vez, a produo de Aparelhos de Barbear se divide entre os principais tipos de
produtos conforme mercado:
Lminas de Barbear : De interesse a profissionais cabeleireiros ou Barbeiros do ramo.
Aparelhos de Barbear Descartveis: Em geral para as classes de consumidores com
menor poder aquisitivo.
o
Descartveis com uma ou duas lminas: Produto de maior profundidade social.o Descartveis com duas trs lminas: Produto de maior alcance de mercado
intermedirio entre classes sociais C e B.
Aparelhos de Barbear Reutilizveis: Em geral para as classes de consumidores com
maior poder aquisitivo. Neste h investimento maior na confeco e qualidade do
cabo, tal com do suporte do aparelho.
o Aparelhos completos: Destinado divulgao do produto.
o Refis de cartuchos com lminas: Destinado a manuteno dos usurios que j
possuem cabo e suporte do aparelho.
Existem ainda os produtos secundrios como Espuma de Barbear, Loes ps-barba tal
como algumas variantes de aparelhos com cinco lminas, mas estes no so produzidas na
unidade fabril destacada e por isso neste estudo no encontraremos detalhes destes.
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2.6. Principais Aspectos Logsticos
A unidade fabril de aparelhos de barbear conta com o suprimento bsico de ao, resinas
elastomricas e materiais de embalagem. Tendo como seus principais fornecedores a seguinte
correlao:
Ao: Fornecedor Japons com Lead Time de 60 dias em modal Martimo desde a
criao do Pedido.
Resinas Elastomricas: Fornecedores principalmente Asiticos com Lead Time de at
40 dias em Modal Martimo desde a emisso da ordem de compra.
Materiais de Embalagem:
o Embalagem com arte: So Paulo e Lead Time de at 30 dias em modal terrestre
desde a emisso da ordem de compra.
o Empacotamento e embalagem sem arte: Local, produo no Amazonas e em
regime de Just In Time seguindo os acordos comerciais de previso de
demanda e confiabilidade, podem entregar a carga em at 24 horas desde a
manifestao.
2.7. Principais Concorrentes
Para uma melhor compreenso e abordagem sobre concorrncia, este estudo divide entre aconcorrncia da Bens de Consumo S/A dentro do mercado de bens de consumo e do ramo
de Aparelhos de Barbear dentro de seu respectivo ramo.
2.7.1. Concorrentes da BENS DE CONSUMO S/A
Hoje a Bens de Consumo S/A a maior empresa deste ramo no aspecto financeiro e de
portflio, contudo ainda tem ampla oportunidade de crescimento dentro do mercado daAmrica Latina, especialmente no Brasil.
Dentro da Amrica Latina suas principais concorrentes so:
Unilever: Amplo alcance de suas marcas no mercado Brasileiro, com trs principais
ramos, sendo estes de Alimentos, Produtos de Limpeza e Higiene Pessoal, dos quais
em todos possui marcas lderes de Mercado.
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Colgate-Palmolive: Fortssima dentro do mercado de Higiene e Limpeza no Brasil
especificamente da higiene bucal e sabonetes para banho.
2.7.2. Concorrentes dentro do ramo de Aparelhos de Barbear
Atualmente os produtos do ramo de aparelhos e acessrios de barbear produzidos pela
empresa so lderes absolutos de mercado chegando a mais de 90% do Mercado Global. De
qualquer forma existem outras duas marcas concorrentes no Brasil.
Bozzano: Possui produtos com preos muito mais acessveis, grande variedade de
modelos e tm investido maciamente em Marketing ao mercado Brasileiro.
BIC: Possui pouca variedade de produtos no ramo de Aparelhos de Barbear, mais
popularizada entre jovens e adolescentes com preo de produto muito mais acessvel.
3 FUNDAMENTOS LOGSTICOS E SUA IMPORTNCIA NA EMPRESA
A empresa Bens de Consumo S/A possui segmentos de sua diretoria inteiramentededicados s preocupaes Logsticas, sendo os dois principais: Marketing Inteligence e
Supply Network Operations. O primeiro segmento focado principalmente em vendas e
viabilizao de comrcio por meio de contratos, acordos comerciais e estipulaes de preos,
enquanto o segundo mais focado na problemtica de transporte, suprimento de matria
prima, dimensionamento de capacidade e volume de produo.
Desta forma, as solues logsticas so vistas pela empresa como um importante alicerce
dentro de sua estratgia e fundamental dentro de seu plano empresarial de atingir ainda maispessoas, em ainda mais mercados com ainda mais produtos. Contudo, esta segmentao
acontece a nvel global para a empresa, e manteremos o foco em nosso objeto de estudo local,
que a Unidade Fabril de Manaus responsvel pela produo principalmente de aparelhos de
barbear e seu correspondente abastecimento no mercado Brasileiro e Latino Americano.
Como parte do Campus Manaus, a empresa contratou o servio de um Armazm Externo
terceirizado para armazenar 70% de sua matria-prima e 100% do seu estoque cclico de
produto acabado. Neste Armazm todas as atividades operacionais so executadas por
funcionrios terceiros da prpria contratada, totalizando 120 funcionrios que mantm o
Armazm em funcionamento sete dias por semana, 24 horas por dia.
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3.1Misso Logstica
A maior preocupao da empresa em estudo conseguir de forma sustentvel atingir ainda
mais pessoas, em ainda mais lugares com ainda mais produtos. Essa misso s possvel se
voc possui um sistema eficiente de distribuio de produto que garanta o abastecimento de
todos os mercados em alcance, mesmo os menos acessveis, alm de conseguir fazer isso com
ainda mais flexibilidade e garantindo e correto dimensionamento de produo e a capacidade
de voc e seus fornecedores de insumos para atender a esta demanda. Todos estes principais
aspectos que rodeiam a misso da empresa esto diretamente relacionados a aspectos
logsticos.
De forma a viabilizar esta ampliao de mercado, a empresa tm lanado e aplicado nos
ltimos 10 anos diferentes diretrizes e ferramentas que dizem respeito a controle de estoque e
vendas. A maior parte das ferramentas mais avanadas ainda no foi completamente aplicada
na Unidade de Manaus, pois o mercado de aparelhos de barbear j monopolizado pela
mesma, fazendo com que ela no estivesse dentro da prioridade de expanso de mercado.
Ainda assim, apresentaremos algumas das diretrizes e ferramentas que j foram ou esto
sendo aplicadas Unidade de Manaus:
Produce To Demand
uma diretriz que estabelece como premissa bsica, que um produto s pode ser
produzido se ele de fato possuir uma demanda real de vendas confirmada pelo departamento
de Marketing. Esta medida permitiu que as unidades fabris focassem em produzir apenas o
que lhes estava sendo demandado, desta forma aliviando capacidade de produo para outros
produtos que no passado eram esquecidos devido a complexidade do processo produtivo, o
que poderia afetar indicadores internos de produo.
Essa mudana de comportamento garantiu que a Organizao homogeneamentemantivesse o foco no cliente, mesmo que isso afetasse algumas outras variveis de controle
interno, como volume de produo, tempo de linha parada por troca de produto ou rejeies
de qualidade. Em Manaus, por exemplo, desde a aplicao efetiva desta diretriz houve uma
queda de 2,3% no volume total de produo, mas por outro lado houve um ganho de
rendimento em 16,8% nos lucros de venda, pois houve uma melhor distribuio da capacidade
produtiva entre linhas de alto Output e baixo valor agregado com linhas de baixssimo Output,
contudo alto valor agregado.
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BWLBuffer Within Limits
Traduzindo esta varivel, seria algo como Trabalhar dentro dos Limites. Esta ferramenta
usada principalmente para controle de estoque, seja ele de matria prima ou produto
acabado e antes de sua implantao a empresa controlava os estoques basicamente com o
clculo de safety stockou estoque de segurana em portugus que seria o estoque mnimo
necessrio para garantir a reao da cadeia de suprimentos contra uma demanda pr-
determinada. O problema de voc trabalhar apenas com estoques de segurana, que quando
voc possui uma enorme quantidade de produtos diferentes, possveis excessos de estoque
quando somados podem colapsar seu armazm gerando custos adicionais.
J com a ferramenta BWL a empresa definiu claramente atravs de uma diretriz como
calcular o estoque Mximo e o Mnimo da cada produto. O clculo leva em conta mais devinte variveis e feito eletronicamente em plataforma web desenvolvida especialmente
para isso. Parte das variveis a plataforma reconhece automaticamente atravs do sistema
ERP e outras o usurio precisa preencher pessoalmente. De forma simplificada,
descreveremos as variveis mais importantes consideradas nos clculos:
Estoque Mnimo: sempre maior que o Estoque de Segurana, pois o estoque de
segurana garante o atendimento do mercado dado uma demanda pr-estabelecida e fixa,
j o estoque mnimo flutuante e vai adicionar ao estoque de segurana um possvelaumento de demanda vivenciado em determinado perodo. Alm disso, novas inciativas
ou estratgias de estoque podem ser includas na parametrizao.
Estoque Mximo: Assim como o estoque mnimo, tambm flutua conforme a demanda,
porm neste caso ele considera tanto as demandas confirmadas quanto as no
confirmadas para estipular quanto poderia ser vendido na melhor das hipteses
considerando o cenrio do mercado atual. Se h uma queda abrupta no volume de vendas
de uma semana para a outra, ento rapidamente a ferramenta ir permitir a tomada dedeciso em cessar a produo ou continuar.
Abaixo a representao extrada da plataforma utilizada pela empresa de um determinado produto,
conforme possvel observar, conforme a variao da demanda o produto saiu de um estado abaixo do
estoque mnimo (vermelho) at o excesso (amarelo), por fim atingido o intervalo normal (verde).
Figura 1 Representao de BWL
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3.2Fluxo Logstico e da Cadeia de Suprimentos
Como base da tomada de deciso estratgica na cadeia logstica, alm dos dados de
mercado e ndices de produo, primordial mapear a cadeia logstica da empresa desde o seu
primeiro contato com o cliente at a venda efetiva. Abaixo uma representao simplificada do
Fluxo Logstico da empresa Bens de Consumo S/A e em seguida o detalhamento de cada
etapa apresentada no fluxo.
Figura 2 Fluxo Logstico
Pesquisa de Demanda e Mercado
A tarefa de pesquisa por potenciais mercados ou a projeo de demanda geralmente
assistida por uma empresa terceirizada especializada nesse tipo de levantamento. As
informaes levantadas so levadas diviso de Marketing Inteligence, no caso do Brasil
feito em um prdio da empresa situada na cidade do Panam. Onde a projeo de demanda
elaboradas e possveis mudanas na estratgia de Distribuio e venda so criadas.
Planejamento de Vendas
Uma vez que as projees de venda so estipuladas, cabe ao departamento de Vendas
distriburem para quais Clientes e Distribuidores sero enviados quais quantidades e produtos
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de forma a abastecer o Mercado em foco. Nesta etapa a demanda efetivamente confirmada
no sistema, o que dar incio ao processo de preparao da produo.
Anlise de Estoque e Capacidade de Produo
Este nvel de planejamento j acontece dentro da Unidade Fabril, o estoque analisado
segundo a diretriz deBuffer Within Limitse tomada a deciso de comprar mais insumo ou
no, alm disso, feito o balanceamento da mo de obra de forma a equalizar a capacidade de
produo com o volume total demandado.
Criao de Pedido de Compra de Material
Os pedidos de compra de material so criados pelos Planejadores de Material e so enviados
ao fornecedor eletronicamente atravs do ERP. Para que isto seja feito com a mxima
eficincia, primordial que os dados do fornecedor, material e contrato estejam devidamenteatualizados no sistema.
Recebimento da Matria Prima
O fornecedor envia o insumo Unidade Fabril acompanhado de uma documentao fiscal de
venda, podendo ser esta uma Nota Fiscal Nacional ou de Importao, no segundo caso, a
empresa usa o servio de um terceiro para realizar o desembarao aduaneiro da carga junto a
fiscalizao e rgos competentes. Anexo rea de recebimento h um Armazm de Matria
Prima onde o material ser estocado at que chegue o momento de seu envio produo. NaUnidade Fabril de Manaus, o tempo de reao que o Armazm de Matria Prima possui para
atender a um pedido da produo de at 7 horas, o que relativamente pouco se comparada
a outras unidades da empresa.
Etapa de Produo
Para este fluxo logstico, a etapa de produo foi simplificada a uma nica etapa homognea,
contudo no processo ela ocorre em mltiplas etapas, algumas paralelas e outras seriadas.
Basicamente existem 4 grandes reas fabris na Unidade, a primeira chama de Moldinge encarregada de moldar as peas plsticas usando Injetoras Plsticas e Moldes customizados.
Outra rea chamada Metalsonde os rolos de ao so cortados, tratados, furados e afiados
para dar origem ao fio da lmina de barbear e outras partes metlicas usadas na estrutura. Por
seguinte existe a rea de Assembly onde acontece a montagem das peas plsticas s peas
metlicas e por ltimo a rea de Packagingonde o produto embalado e empacotado para
venda.
Transferncia do Produto Acabado
Devido a uma deciso estratgica do negcio, a Unidade de Manaus no armazena seu
produto acabado dentro de sua planta, para tanto ela contrata os servios de Armazm Externo
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de uma terceira situada a 5 minutos de sua localizao. Logo, o produto transferido da linha
de produo at este Armazm Externo. Obviamente que esta movimentao necessita de
documentao fiscal para ser feita, mas por se tratar do mesmo livro fiscal em ambas as
pontas, irrelevantes informar esta etapa no fluxo logstico macro.
Armazenagem de Produto Acabado
No Armazm Externo h capacidade para 3600 posies de palete de produto acabado,
atualmente a Unidade tem operado com metade disto o que representa uma diminuio do
inventrio cclico por consequncia de um aumento de demanda ou decrescimento de
produo. No caso dos ltimos trs meses, houve um aumento de demanda do mercado.
Emisso de Nota Fiscal
Por estar situada em uma zona franca, existe uma tabela tributria diferenciada para estaUnidade se comparada a outras Unidades da empresa instaladas em outros estados do Brasil.
Este nvel de complexidade existe alto investimento do setor de Tecnologia da Informao
para realizar as customizaes e atualizaes necessrias no ERP, apenas nos ltimos 2 anos
foram gastos mais 2 milhes de reais nestas adequaes focado apenas na Unidade de
Manaus. Alm desta dificuldade, a nota fiscal no pode ser aprovada somente pela SEFAZ, o
que ocorre em todo o Brasil, ela precisa obrigatoriamente ser aprovada tambm pelo rgo
fiscal local chamado SUFRAMA especializado nas tributaes da Zona Franca.Embarque Martimo
Dentro da estratgia de eco sustentabilidade a empresa tem adotados meios de transporte e
produo menos poluentes, um deles o Embarque Martimo ou Cabotagem que muito mais
demorado que o terrestre, porm menos poluente e bem mais barato. A Unidade de Manaus
possui o melhor ndice do mundo dentre as unidades da empresa, 80% do transporte feito
atravs de Navios, seja por mar ou por rios (Cabotagem). O grande entrave para se aproximar
ainda mais dos 100% que a capacidade dos portos de Manaus muito limitada, desta formah apenas duas sadas de Navio por semana, o que inviabiliza alguns envios mais crticos e
para estes casos usada a modalidade terrestre ou em casos ainda mais raros a modalidade
area. Para fins de simplificao, foi usada a modalidade principal, que Martima.
Distribuidores e Consolidao da Carga com Venda ao Cliente
Para conseguir expandir ainda mais o alcance de suas vendas a ainda mais regies do planeta
indispensvel parceria com Distribuidores de todos os tamanhos. Esta parceria permite
Empresa que envie produtos especficos de diferentes Unidades Fabris ao redor do mundo e o
Distribuidor consolide enviando ao Cliente Final. Por exemplo, um container completamente
carregado de aparelhos de barbear seria capaz de suprir uma determinada regio do pas por
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mais de um ms, contudo, devido distncia tambm seria invivel enviar vrias pequenas
quantidades de produto em base semanal, pois isto aumentaria os custos logsticos. Atravs de
um Distribuidor este container pode ser armazenado e a carga pode ser enviada ao cliente
final, um supermercado, por exemplo, consolidada junto a outros produtos como Sabo em P
de uma Unidade de So Paulo e Fraldas Descartveis de uma fbrica do Rio de Janeiro, alm
de poder incluir ainda produtos de outros fabricantes.
3.3Logstica Reversa
Na Unidade Fabril de Manaus, h uma aplicao de logstica reversa bem peculiar onde
devido exigncias legais decorrentes da Zona Franca um produto produzido na Unidade deManaus, s pode ser descartado sob a responsabilidade da Unidade de Manaus. Isto significa
que um produto rejeitado por um cliente no sudeste e que for condenado ao descarte, precisar
obrigatoriamente voltar para Manaus, onde poder ser protocolado junto
SEFAZ/SUFRAMA e descartado. Esse controle necessrio, pois o incentivo da zona franca
incide em um desconto tributrio na aquisio de matria-prima, contudo este desconto
vlido apenas no caso da matria-prima ser utilizada para o fim de produo e comrcio, ou
seja, no caso de descarte o desconto ser reivindicado pelo governo uma vez que a matria-prima no serviu seu propsito inicial.
Este um processo particularmente oneroso, pois acarreta perda de venda, custos
adicionais com transporte alm do pagamento dos impostos. Em geral, o Centro de
Distribuio situado no Rio de Janeiro, na cidade de Itatiaia envia o material paletizado,
devidamente identificado atravs de modalidade cabotagem. Aproximadamente aps 20 dias
de trnsito o produto chega a Manaus onde recebido como um Retorno e faz referncia
exatamente nota Fiscal utilizada para enviar o produto de Manaus ao Destino no princpio.
4 CONTABILIDADE
Devido s polticas de segurana da informao e confiabilidade da Empresa, as
informaes de Balano Patrimonial e Demonstrao do Resultado do Exerccio no puderam
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ser consultadas. Alm disso, devido grande complexidade da Unidade Fabril abordaremos
neste trabalho os aspectos contbeis da empresa terceira que fornece mo de obra para efetuar
as tarefas de ova e desova de carga. Para manter a confidencialidade, chamaremos a esta
prestadora de servios de Prestadora e os valores contidos nas tabelas apresentadas no so
necessariamente todos reais.
4.1Sobre a empresa Prestadora Ltda
Esta uma empresa de pequeno porte especializada unicamente em fornecer mo de obra
para atividades logsticas de ova e desova de veculos, possuindo apenas 3 clientes, sendo um
deles a empresa Bens de Consumo S/A onde possui um contrato para fornecimento de 46
recursos distribudos entre matria-prima e produto acabado e ao longo dos trs turnooperantes. No cliente 2 ela possui contrato para apenas 28 recursos enquanto no cliente 3 so
ainda menos, apenas 12 no momento.
Totalizando, a Prestadora Ltda possui 86 recursos diretamente alocados entre seus trs
principais clientes alm de outros trs recursos que so mantidos na base de operao como
forma de garantir a cobertura de frias ou possvel absentesmo. Ainda na parte
administrativa, possui um gerente e trs secretrias encarregadas para administrar contratao,
fechamento de contrato, prospeco de novos clientes e contabilidade. Ela possui apenasalguns poucos fornecedores fixos, sendo: Seguradora, Administradora de Sade Ocupacional,
Fardamento & Material para Escritrio e Advogado.
Abaixo uma tabela com o quadro de funcionrios e o custo da mo de obra, observe que
estes valores no representam diretamente o salrio do funcionrio, pois existem encargos
tributrios adicionais, assim como tambm no representa o preo negociado com os clientes,
pois este precisa ser acrescido das despesas administrativas, da margem de lucro alm de
qualquer possvel desconto vindo de negociao.Quantidade R$/cada R$ Total
Almoxarifes lotados na Bens de Consumo S/A 46 R$ 2.700,00 R$ 124.200,00
Almoxarifes lotados no Cliente 2 28 R$ 2.700,00 R$ 75.600,00
Almoxarifes lotados no Cliente 3 12 R$ 2.700,00 R$ 32.400,00
Almoxarifes BackUp 03 R$ 2.700,00 R$ 8.100,00
Secretrias 03 R$ 4.850,00 R$ 14.550,00
Gerente 01 R$ 8.600,00 R$ 8.600,00
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4.2Balano Patrimonial da Prestadora Ltda.
Figura 3. Balano Patrimonial da Prestadora Ltda.
Conforme exposto acima no Balano Patrimonial da Prestadora, ela iniciou suas operaesno segundo semestre de 2012 e durante seu primeiro ano apresentou uma pequena
rentabilidade de seus ativos enquanto teve um grande aumento de passivos, fazendo com quea empresa terminasse bem endividada seu primeiro na de operao.
Como reao, a empresa ajustou sua tabela de preos e aumentou seu nmero de clientesreduzindo tambm seu quadro administrativo e j no seu segundo ano de operao ela fechouo primeiro semestre com lucro, alm de investimentos em ativos imobilizados. Tomandocomo anlise o ltimo perodo demonstrado, poderamos classificar a partir do BalanoPatrimonial que a empresa Prestadora possui liquidez seca, pois apenas uma pequena parte deseus ativos est caixa ou outras aplicaes de fcil liquidez.
Como estratgia de negcio para seguir expandindo os lucros nos prximos dois anos, adiretoria da empresa comunicou que j est em negociao com um Terminal Porturio em
Manaus e outra grande Indstria da regio, juntos estes dois potenciais novos clientes podemaumentar em 60% a arrecadao total, o que colocaria a Bens de Consumo como segunda outerceira principal cliente. Ainda como estratgia para reduo de custos, a poltica deFardamento e Material de Escritrio ser gerenciada a partir de estoque o que permitircomprar lotes maiores em preos mais competitivos, e ainda ser feito um estudo para a
possvel mudana de parceria com a Administradora da Sade Ocupacional, a partir denegociaes preliminares, uma das propostas ofereceria at 20% de reduo neste valor.
Como parte deste diagnstico, uma proposta Prestadora seria a expanso de seu mercadoalm das atividades de Ova e Desova, pois na maior parte de seus clientes existem aindaoutros terceiros atuando em atividades logsticas, como assistentes, motoristas deempilhadeiras e em alguns casos at na anlise de dados e faturamento. Com essa expanso eoferecendo mo de obra mais especializada, a margem de lucro por recurso lotado seria aindamaior, alm de oferecera possibilidade de hegemonia do servio a seus clientes. O corpodiretivo ouviu a proposta e considerou levar a pesquisa deste mercado diante.
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4.3Demonstrao do Resultado de Exerccio da Prestadora Ltda.
Figura 4 Demonstrao do Resultado do Exerccio - Prestadora Ltda.
Assim como demonstrado no Balano Patrimonial a empresa teve um desequilbrio entre
suas despesas e renda em seu primeiro ano de operao (2013), contudo j em seu ano
seguinte conseguiu equilibrar suas dvidas e fechar o segundo semestre de 2014 com lucro.
Atravs do DRE, bem mais perceptvel a diferena de arrecadao entre 2013 e 2014,
onde as tabelas de preos negociados com os clientes sofre um ajuste de 5% para aumentar a
margem de lucro, essa medida somada expanso dos negcios com no Cliente 2 e incluso
do Cliente 3 garantiu um fechamento um pouco mais equilibrado.
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5 ESTATSTICA APLICADA
A partir de uma anlise preliminar juntamente com o grupo da Unidade de Manaus da
Bens de Consumo S/A, foram identificados 4 importantes
5.1Anlise de Riscos de Segurana
A Unidade de Manaus tem passado por um alto nmero de Incidentes de segurana com
afastamento, no total foram 6 acidentes com afastamento nos ltimos 12 meses, a forma como
esto distribudos esta representada na figura abaixo.
Figura 5. Anlise de Acidentes e Incidentes de Segurana
Apenas atravs do grfico j visualmente possvel identificar que h uma probabilidademaior de ocorrer acidentes com afastamento sempre que houver mais de 1000 Desvios deComportamento no perodo. Este princpio obedece a uma estatstica amplamente utilizada
pelo setor de segurana, inicialmente apresentada pelo mdico Frank E. Bird em 1969 queconsiste de uma anlise estatstica de que existe uma proporo que correlaciona o nmero deDesvios de Comportamento com o nmero de Incidentes, o de Incidentes com o Nmero deAcidentes e assim por diante at um a ocorrncia de um acidente fatal. Bird representou esta
proporo atravs de uma pirmide, ilustrada baixo:
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Figura 6. Representao da Pirmide de Bird (1969)
Dada esta proporo, seriam necessrios por volta de 30 acidentes com afastamento paraque ocorresse um acidente Fatal. Nos ltimos 12 meses a Unidade de Manaus conseguiu 20%deste valor, o que seria um total de seis Acidentes com Afastamento. Se no houver umainterveno imediata na Cultura da Fbrica, estimasse que dentro de quatro anos mantida estamdia a empresa ter um potencial risco de ocasionar um acidente com Fatalidade. Porm, se
uma interferncia radical for feita nos Desvios Comportamentais este risco pode ir a 10 anos.
5.2Previso de Demanda de Carretas
Outro grande problema das empresas situadas no Polo Industrial de Manaus a
disponibilidade de transporte rodovirio no fim do ano calendrio. Isso ocorre por diversos
fatores, sendo eles:
AmbientaisDurante o ltimo semestre do ano, as chuvas tendem a ficar menos frequentes e o nvel dos
rios consequentemente tende a descer. Isso agrega ainda mais morosidade ao tempo de
transito do transporte Martimo e dificulta a subida de carretas vazias vindas Sudeste, afinal,
Manaus no possui conexes 100% rodovirias com o Sudeste do Brasil, esta modalidade
fraccionada e segue por balsa desde o Porto de Manaus at o porto de Belm de onde segue
por estrada at o destino final. O mesmo acontece ao retorno da carreta vazia. Contudo, j no
ms de Dezembro as chuvas retomam com rajadas de vento intensas e grandes volumes de
gua, o que exige maior qualidade das Carretas para evitar vazamento de gua da chuva.
Econmicos
O ltimo trimestre do ano calendrio o mais aquecido para maior parte dos setores,
principalmente de bens de consumo durveis devido ao aumento de Demanda proveniente do
Natal. Com isso, vrias empresas competem pela disponibilidade de Carretas por ser a
modalidade com menor tempo de trnsito. Nesta poca do ano, para alguns setores, o empo
crucial para garantir as vendas, caso o produto chegue aps o Natal existe uma probabilidade
menor de ser vendido a um preo que oferea um retorno satisfatrio.
Comercial
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Como j exposto anteriormente, dento da estratgia eco sustentvel da empresa Bens de
Consumo, a principal modalidade utilizada Cabotagem o que oferece pouco poder de
barganha junto aos transportadores rodovirios. Neste caso, em um perodo de crise ou falta
de carretas o fornecedor ir preferenciar os principais clientes que durante o ano todo lhe
representaram maior parte da arrecadao, o que prejudica a Bens de Consumo S/A.
Devido aos fatores expostos, ano aps ano a Unidade de Manaus tm passado por crises de
abastecimento do mercado no ltimo trimestre, especialmente os meses de Novembro e
Dezembro. Como sugesto, uma possvel soluo seria um acordo prvio em formato de
reserva de uma quantidade pr-determinada de carretas para uso durante este perodo do ano.
Com esta informao seria mais fcil operacionalizar junto a transportadora a disponibilidadepreferencial Unidade, alm de possibilitar uma negociao transparente que poderia ser
selada em contrato, garantindo arrecadao do transportador e atendimento do cliente.
Para tanto foi feito um levantamento da demanda de carretas dos ltimos 12 meses a fim de
estimar quanto seria o valor a ser acordado junto a transportadora, importante notar que a
Unidade de Manaus tm apresentado uma sensvel tendncia para diminuio de embarques
rodovirios, esta tendncia precisa ser considerada ou haver um excesso de carretas o que
significa prejuzo para a Bens de Consumo e para o transportador. Abaixo um grfico com aquantidade de carretas utilizadas nos ltimos 12 meses.
Figura 7. Tendncia de Uso de Carretas
Com base na tendncia demonstrada no grfico, podemos afirmar que apesar da mdia
anual de 31 carretas por ms, o perodo de Novembro e Dezembro deve apresentar uma
demanda por 35 carretas cada, com uma margem de erro de uma carreta.
5.3Anlise de Absentesmo
Outro fator de preocupao o Absentesmo na fbrica, cerca de 2% da fora de trabalho
est constantemente inutilizvel por absentesmo no justificado, o que quer dizer que no h
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uma apresentao de comprovante que abone a falta. Para entender como a fora de trabalho
se comporta e o que leva ao absentesmo, foi feita uma anlise preliminar com base em dados
dos ltimos seis meses, separando os dados semanalmente.
Figura 8. Anlise de Absentesmo
A priori se pode notar um pico de absentesmo nos meses de Junho e Julho, isso j era de
conhecimento da Unidade e estava previsto no Plano Estratgico, pois foi o perodo de
realizao da Copa do Mundo do Brasil e Manaus foi uma das cidades cedes. Assim j era
previsto um aumento no absentesmo e desta forma a capacidade de produo foi
corretamente projetada e no houve impactos maiores ao mercado.
Exceto o perodo do Mundial, o nmero de faltas das Mulheres permanece sempre dentro
de um mesmo range, isso porque as Mulheres se ausentam do trabalho sempre que h um
problema de cunho familiar para resolver. Desta forma esta varivel aleatria, porm
constante, o ideal seria promover uma pesquisa com o pblico feminino e entender quais
problemas as fazem se ausentar do trabalho com mais frequncia e orient-las em como
resolver estes problemas. Por exemplo, a empresa oferece o benefcio de creche e talvez nem
todas as funcionrias estejam fazendo o uso por desconhecimento.
J os resultados do pblico masculino demonstram que h um pico seguido de um vale emtoda a amostragem, mais precisamente a primeira semana de cada ms apresenta grandes
ndices de absentesmo enquanto a segunda apresenta menores valores, mas volta ao topo
novamente na terceira semana e cai por ltimo na quarta encerrando o ms. Em discusso
com o departamento de Recursos Humanos, foi identificado que um dos possveis motivos
seja que o pagamento da Unidade de Manaus feito justamente na primeira e terceira semana
do ms, alm disso, boa parte da fora de trabalho masculina tem pouca idade, maioria destes
solteiros e sem filhos. Dado este cenrio, este no seria um problema difcil de resolver,basicamente necessrio fortalecer a cultura de Compromisso e Responsabilidade neste
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grupo, uma ferramenta que poderia reforar isso algum benefcio financeiro mensal
condicionado assiduidade, ou seja, se o empregado foi assduo ele recebe o benefcio
daquele ms, se no ele penalizando no recebendo.
5.4Taxa de Ocupao do Armazm de Produto Acabado
Esta ltima uma amostra bem simples, apenas visa demonstrar como o inventrio de
produto acabado se comportou nos ltimos seis meses de operao subdividindo ainda entre
classificaes de: Produto Rejeitado; Produto Livre; Produto Obsoleto.
Figura 9. Demonstrativo do Inventrio de Produto Acabado
possvel notar atravs do grfico, que a tendncia de inventrio de Produto Livre vem
decrescendo no ltimo trimestre, por outro lado os valores de Produto Bloqueado e Obsoleto
tm se mantido quase inalterados, se no houver uma preocupao para reduzir tambm este
inventrio a Unidade enfrentar um problema financeiro com o pagamento de seu Armazm
Externo, pois quo mais o inventrio de Produto Livre decresce mais sobe a porcentagem de
Produto Ruim (Rejeita + Obsoleto) no Armazm e isso significa estar gastando dinheiro de
armazenagem com um produto no rentvel.
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6-CONCLUSO
A partir das anlises feitas dentro dos aspectos Logsticos, Contbeis e Estatsiticos
podemos chegar concluso de que o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos desempenhapapel principal na articulao das estratgias da empresa Bens de Consumo S/A, que possui
um fluxo logstico complexo com vasto nmero de clientes e fornecedores. Para garantir
com mais confiabilidade a capacidade de produo, estatisticamente conclumos que
necessrio uma interveno imediata na cultura da organizao para reduzir os nveis de
absentesmo e aumentar o comprometimento da fora de trabalho com os resultados alm de
fortalecer especialmente a cultura de segurana, com a necessidade drstica de dividir ao
menos pela metade as ocorrncias de Desvios Comportamentais a fim de evitar mais acidentescom afastamento, reduzindo assim a probabilidade de um acidente fatal.
Por ouro lado, para vencer as barreiras logsticas da regio, necessrio firmar acordos
comerciais mais precisos com seus fornecedores, sejam eles fornecedores de prestao de
servio ou transportadores. No caso de transporte, fundamental um acordo mais slido a
respeito das carretas a fim de garantir o atendimento em momentos de crise. A respeito da
prestao de servio, por exemplo pelo fornecimento de mo de obra subsidiado pela
Prestadora Ltda, importante um melhor estreitamento entre as empresas com tabelas de
preos mais justas e possveis ampliaes de negcio que beneficiem tanto a Bens de
Consumo S/A quanto a Prestadora Ltda que passa por um momento financeiramente difcil
demonstrado atravs de seu Balano Patrimonial e DRE. Com todas estas observaes, as
empresas estudadas podem avaliar novas possibilidades de estratgia e considerar outras
decises de negcio.
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REFERNCIAS
BERTAGLIA, Paulo. Logstica e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. SoPaulo:Editora Saraiva, 2009.
BERTAGLIA, Paulo. Logstica e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. SoPaulo:Editora Saraiva, 2009.
BOECHAT, Bruzzi et al. Logstica Reversa e Sustentabilidade. So Paulo: CengageLearning, 2011.
LENZA, Pedro et al. Contabilidade Geral e Anlise de Balanos Esquematizados.SoPaulo: Saraiva, 2014.
COSTA NETO, P.L.O. Estatstica. 7a Ed., So Paulo, Editora Blucher Ltda., 1987. 264 p.