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8/18/2019 Os Mitos Origem
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2Mitos de origem: Onde começa a vida?
Borres GuilouskiDiná Raquel da Costa
Elói Corra dos !antosEmerli !c"l#gl
Roseli Correia de Barros Casagrande
$almir Biaca
O que s%o os Mitos? &ara que eles servem?
Mito ' o mesmo que lenda?
Os mitos de origem são histórias simbólicas
que narram acontecimentos de um passado
distante, eles dão sentido à vida no presente( pois
explicam como o mundo e todos os serespassaram a existir. Os mitos se relacionam com a
vida social, a religiosidade, o modo de pensar de
cada povo. Eles expressam maneiras diferentes de
compreender o surgimento do Universo, da Vida, da
umanidade e do !laneta onde vivemos. Os mitos
fa"em parte da cultura e da religião de todos os povos. #esde os tempos mais remotos, os
mitos são certamente, o primeiro recurso de linguagem simbólica utili"ada pelos sereshumanos com o propósito de explicar a realidade. $rata%se de uma linguagem po&tica e
intuitiva que vai al&m da lógica racional. Os mitos de origem são uma tentativa de explicar por
meio de narrativa o surgimento de todas as coisas.
'magem( http())stelalecocq.blogspot.com)*++)+-)arcano%miguel%o%ovo%cosmico.html. /eprodu0ão do quadro12unrise b3 the Ocean4 do artista Vladimir 5ush. O ovo cósmico nesse quadro simboli"a o come0o da Vida no Universo e a origem do 6&u e da$erra.
)*+, !ER- + D./ERE01+ E02RE M.2O( ,E0D+( CO02O E /-B*,+?
Os mitos são narrativas sobre a origem do mundo, dos homens e das coisas, por meio
das rela07es entre deuses e for0as sobrenaturais, cua a0ão aconteceu quando o mundo foi
formado, o princípio. Ou melhor, o mito &, com frequ8ncia, a narrativa sobre o tempo onde tudo
foi criado e sempre & obeto de cren0a. Exemplo( 98nese, cosmo visão ind:gena e africana.
O mito tamb&m & uma narra0ão que explica os fatos da realidade, os fen;menos da
nature"a, os mitos são bastante simbólicos, são histórias carregadas de mets histórias contadas pelas religi7es,
http://stelalecocq.blogspot.com/2009/04/arcanjo-miguel-o-ovo-cosmico.htmlhttp://stelalecocq.blogspot.com/2009/04/arcanjo-miguel-o-ovo-cosmico.htmlhttp://stelalecocq.blogspot.com/2009/04/arcanjo-miguel-o-ovo-cosmico.html
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3tenham elas sido escritas ou não, são consideradas mitos religiosos para os pesquisadores de
religi7es. O mito religioso explica a realidade por meio de histórias sagradas.
>s lendas são narrativas antigas que misturam fatos, lugares reais e históricos com
acontecimentos que são frutos da fantasia. Elas procuram dar explica07es para
acontecimentos misteriosos e sobrenaturais. Exemplo( ?oitat< e 6urupira. >s lendas se
vinculam ao folclore. =a medida em que são contadas as lendas vão se modificando, bem ao
sabor de quem conta a história.
O conto, por sua ve", & uma narrativa que acontece em qualquer lugar e tempo
presente, passado ou futuro. O conto não se aprofunda nas caracter:sticas f:sicas e nas a07es
dos personagens, por se tratar de uma fic0ão. > fun0ão do conto & procurar levar o narrador a
se envolver na trama. Exemplo( ?ela >dormecida e /apu"el.
> 3á4ula & uma narrativa com obetivo de tra"er algum ensinamento moral, cuos
personagens são animais dotados de qualidades humanas. Exemplos( 6hapeu"inho Vermelho
e a @ebre e a /aposa.
56 +2.$.D+DE:
aA #epois de ler as histórias abaixo, assinale com um BCA para classificar as narrativas como
mito, lenda, conto ou f narrativa do boto tem sua origem na região ama";nica B=orte do ?rasilA. >inda hoe &muito popular na região e fa" parte do folclore ama";nico e brasileiro.
#e acordo com a história, um boto cor%de%rosa sai dos rios nas noites de festa unina.6om um poder especial, consegue se transformar num lindo ovem vestido com roupa socialbranca. Ele usa um chap&u branco para encobrir o rosto e disfar0ar o nari" grande. 6om seu eito galanteador e falante, o boto aproxima%se das ovens desacompanhadas, sedu"indo%as.
@ogo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, localonde costuma engravid
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&+R+9!O
1=o tempo em que o 2enhor #eus fe" a terra e os c&us, não existia ainda sobre a terranenhum arbusto aos campos, e nenhuma erva havia ainda brotado nos campos, porque o2enhor #eus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem que a cultivasseH massubia da terra um vapor que regava toda a sua superf:cie. O 2enhor #eus formou, pois, o
homem do barro da terra, e inspirou%lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornouum ser vivente.
Ora, o 2enhor #eus tinha plantado um ardim no Iden, do lado do oriente, e colocounele o homem que havia criado. O 2enhor #eus fe" brotar da terra toda sorte de
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> $E//> +=#E =U=6> 2E MO//E % istória contada por 'talo 6alvino
Um mo0o resolveu que por não gostar muito dessa coisa de todos terem que morrer umdia, iria procurar um lugar onde a morte não o encontrasse, uma terra onde não se morrenunca. 2e despede de familiares e amigos e sai a procura deste lugar.
#urante o caminho pergunta para as pessoas se elas podem lhe di"er onde fica o lugar
no qual a morte não chega, mas ningu&m sabia lhe dar esta informa0ão. Um belo diaencontrou um senhor velhinho, cua barba branco < atingia o peito. Esse velhinhocarregava um carrinho cheio de pedras. O mo0o fe" a mesma pergunta para ele querespondeu assim(
% =ão quer morrerN ica comigo P Enquanto eu não tiver terminado de transportar todaaquela montanha pedra por pedra , voc8 não h< de morrer.
O mo0o perguntou(
%Quanto tempo vai levarN
E ao ouvir que levaria F++ anos e que depois desses anos ele morreria, o mo0o disse(% =ão, não, esse lugar bnão & para mim, quero ir a um lugar onde não se morre nunca.
>ssim se despediu e seguiu viagem. 6hegando a um imenso bosque, viu um velhinhocua barba branca chegava at& o umbigo e com ele come0ou uma conversa. O velhinhopodava
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@< foi o ovem , que com o passar do tempo tamb&m ia envelhecendo. 6hegou cansadoa um pal
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imediatamente para o pal
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O PATINHO FEIO
(contada por Clarissa Pinkola-Estés):
“Já estava quase na época da colheita. As velhas faziam bonecas
verdes com a palha do milho. Os velhos remendavam cobertores. Asmoças bordavam flores de um vermelho vivo nos seus vestidos brancos.Os rapazes cantavam enquanto empilhavam o feno dourado. As mulherestricotavam blusões ásperos para o inverno que viria. Os homensajudavam a colher arrancar cortar e ceifar os frutos que os camposhaviam produzido. O vento apenas começava a soltar as folhasum poucomais e mais um pouco a cada dia que passava. ! lá para os lados do riouma pata chocava uma ninhada de ovos.
"udo estava indo como deveria para essa m#e pata e afinal um aum os ovos começaram a tremer e sacudir até que as cascas racharam edeles sa$ram cambaleantes seus novos filhotes. %estava porém um ovoum ovo muito &rande. !le estava ali parado como uma pedra. 'ma velha pata veio visitar e a m#e pata e(ibiu seus filhotes.
) !les n#o s#o lindos* ) &abou)se ela. +as o ovo ainda sem racharchamou a atenç#o da velha pata e esta tentou dissuadir a m#e decontinuar a chocar aquele ovo.
) , um ovo de peru ) e(clamou a velha pata. ) Absolutamente n#oserve como ovo. -#o se pode levar um peru para dentro dá&ua voc/sabia* ) !la sabia porque já havia tentado.
A m#e pata no entanto achou que estava chocando há tantotempo que mais um pouquinho n#o ia fazer mal.
) -#o estou preocupada com isso ) disse ela. ) +as voc/ sabia queo safado do pai desses patinhos ainda n#o veio me visitar uma vezsequer*
Afinal o ovo &rande começou a estremecer e a rolar. Acabouquebrando e dele saiu uma criatura &rande e desajeitada. 0ua pele eramarcada por veias sinuosas azuis e vermelhas. 0eus pés eram de um ro(odaro. 0eus olhos de um rosa transparente. A m#e pata inclinou a cabeçaesticou o pescoço e o contemplou. -#o p1de se conter2 ele era feiomesmo. “"alvez seja mesmo um peru3 preocupou)se ela. 4ontudoquando o patinho feio entrou na á&ua acompanhando os outros filhotes am#e pata viu que ele nadava muito bem. 3, ele é dos meus apesar deter essa apar/ncia t#o estranha. -o fundo porém do 5n&ulo certo... ele é
quase bonito.3
! assim ela o apresentou 6s outras criaturas do quintal da fazendamas antes que percebesse outro pato atravessou o quintal a toda ebicou o patinho feio bem no pescoço.
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) !i voc/ a$ criatura horrorosa ) disseram rindo 6 socapa. ) 7uervir conosco até o pr8(imo condado* 9á um bando de &ansas solteiras porlá prontas para serem escolhidas.
:e repente ecoaram tiros. Os &ansos ca$ram com um baque e aá&ua do p5ntano ficou vermelha com seu san&ue. O patinho feio
mer&ulhou para se abri&ar e por toda a parte s8 havia tiros fumaça ec#es latindo. Afinal o p5ntano ficou tranq;ilo e o patinho saiu correndo evoando a maior dist5ncia poss$vel.
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bA !esquise e escreva um mito da cria0ão do mundo de uma das tradi07es abaixo, lembrando que este
mito & considerado um texto sagrado para a tradi0ão.
aA 'nd:gena(
bA >frobrasileiraHcA indu:sta
dA 6ristã
+BORD+0DO O! M.2O! DE OR.GEM
>s culturas religiosas do mundo todo se desenvolvem
por meio da linguagem simbólica que transmite por meio deseus mitos ensinamentos fundamental e que se tradu"em
na po&tica do corpo, por meio dos rituais.
>s tradi07es religiosas se valem de suas histórias
sagradas para transmitir mensagens profundas aos seus
seguidores, nelas muitos segredos são revelados Bigura
+FFA.
Os mitos possuem seus segredos sagrados, que são revelados apenas em parte,mantendo assim a sua parcela de mist&rio.
=a busca pela totalidade, pela integra0ão, os mitos religiosos cumprem um papel
fundamental, eles organi"am e apresentam aos seres humanos possibilidades de supera0ão, e
de maior contato consigo mesmo, com o outro, com a nature"a e com o sagrado BinstRncia
espiritualA.
!elos mitos as pessoas se aproximam do mist&rio. I por esta perspectiva que
compreendemos o mito, no contexto das religi7es. O mito religioso & a expressão verbal domist&rio, este guarda e ao mesmo tempo revela conhecimentos sagrados. O mito &
essencialmente simbólico e cumpre a tarefa de enviar mensagens que atingem os planos
conscientes e inconscientes dos seres humanos.
1 !igni3icado da imagem que aJS6LS>Loaomododevida) 7 + imagemre
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11O mito organi"a entendimentos de mundo e fornece a inspira0ão necesscesso(
+)+L)*+FL.
M.2O! DE CR.+1O &+R+ +,G*M+! 2R+D.1FE! RE,.G.O!+!;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olorunhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Olodumarehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Homemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Olorunhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Olodumarehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Homemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxal%C3%A1
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12 6onta um mito hindu:sta que assim como um homem solit
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13-WA =o final, a professora BoA recolhe os trabalhos e os entrega novamente para que o autor ou
autora dos desenhos verifique se a identifica0ão do nome da religião est< correta, ou sea, se o
nome condi" com o desenho.
GWA =ovamente a folha ser< entregue aos que escreveram nela a fim de que verifiquem se
conseguiram acertar o nome das tradi07es ali representadas.
Mito 2uman< $upã, o 2enhor das nuvens.
Os homens habitavam a $erra, vivendo do que ela produ"ia regada pelas
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14#epois que Ma:ra%Monã voltou para sua $erra, surgiu um descendente muito poderoso,
que se chamava 2um&.
Ele teve dois filhos, $amanduar& e >riXut&, que eram muito diferentes um do outro e por
isso se odiavam mortalmente.
$amanduar& era cuidadoso com a casa, era um bom pai de fam:lia e gostava de cultivar
a terra. Y< >riXut& não se preocupava com nada, e passava o tempo fa"endo guerra e
dominando os povos vi"inhos.
6erto dia, voltando de uma batalha, >riXut& trouxe para seu irmão o bra0o de um
inimigo, di"endo%lhe com arrogRncia(
Vea lriXut&, irritado com aquela resposta, ogou o bra0o contra a casa de seu irmão e
naquele instante, toda a aldeia foi levada para o c&u, ficando na $erra apenas os dois irmãos
com suas fam:lias.
Vendo isso $amanduar&, por indigna0ão ou por despre"o, come0ou a golpear a $erra
com tanta for0a que acabou fa"endo surgir uma fonte de riXut& subiu no enipapeiro com sua esposa, permanecendo l< at& as ndr& $hevet, entre os$upinamb< do /io de Yaneiro, em FGGA. Mito extra:do do livro( 'nd:genas em 2ão !aulo [Ontem e oe [ 2ubs:dios did
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15aA O que fe" Monã após a catma"onas.
=o come0o nada existia, eram apenas as trevas dominando o nada. >ssim, como por encanto,
a mulher se fe" a si mesma e por si mesma. > partir dela todas as coisas que existem foram
criadas.
a0a uma pesquisa para encontrar mitos que apresentam dividades femininas.
$oca4ulário:
Es@V'=O, 'talo. /á4ulas .talianas; 2ão !aulo( 6ompanhia das @etras, F*.
E@'>#E, Mircea. .magens e sm4olos; Ensaio so4re o sim4olismo mágico religioso. 2ão !aulo( Martinsontes, F.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulhrs !u corr" co" os lo#os. Rio de JaneiroRo!!o, 1994.
O@@'2, Yames. Mitologemas: encarnaçes do mundo visvel. 2ão !aulo( Vo"es, *++G.
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16'nformativo >22'=$E6. Mitos de origem, *+F*.
YE6U!I, 5aX< \er