Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
1. Professora licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, pós graduada
em Supervisão Escolar pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá.
Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE 2013. Professora da Rede
Pública Estadual dede 1995.
2. Professor efetivo Adjunto da Universidade Estadual do Paraná, campus FAFIPAR (Paranaguá). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Londrina e Mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade Tuiuti do Paraná. Doutor pela PUC Campinas na área de Psicologia Profissão e Ciência.
O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NA ADOLESCÊNCIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA APRENDIZAGEM
Ivelise do Pilar Souza Guimarães Martins¹ Emérico Arnaldo de Quadros²
RESUMO: O objetivo desse artigo é conscientizar os adolescentes, do ensino médio do
período matutino do Colégio Estadual Moysés Lupion Ensino Fundamental - Médio, sobre o consumo de bebidas alcoólicas possibilitando assim reflexões na comunidade escolar pertinentes ao tema e desta forma analisar as implicações pedagógicas que decorrem deste ato. Para alcançar esse objetivo foi desenvolvido um projeto de intervenção através de dinâmicas, atividades, criação de vídeo, confecção de cartazes e finalizando com a peça teatral com o intuito de levar os jovens e adolescentes a refletirem sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas. Esse projeto aconteceu em parceria com Pais, Professores, Pedagogo e estudantes do Colégio Estadual Moysés Lupion para pesquisar sobre esse assunto. Esse estudo foi importante para desenvolver e conscientizar aos jovens quanto ao perigo e as consequências relativas ao consumo do álcool que interfere e afeta o sistema nervoso que funciona metaforicamente, como uma balança em equilíbrio, com neurotransmissores excitatórios de um lado e neurotransmissores inibitórios do outro, quando há consumo excessivo a tendência que o álcool, assim como outras drogas, se torne um potencial desregulador dessa balança, pois tende a aumentar os neurotransmissores inibitórias ao mesmo tempo que diminui as excitatórias. Esse projeto de intervenção permitiu que os adolescentes do Colégio Estadual Moysés Lupion entendessem a gravidade do consumo de bebidas alcoólicas. Palavras-Chave: Adolescentes, Alcoolismo, Prevenção
ABSTRACT: The purpose of this article is to educate teenagers, high school the morning
period of the State College Moyses Lupion Elementary School - East, on the consumption of alcoholic beverages thus enabling reflections on the theme pertinent school community and thereby examine the pedagogical implications arising from this act. To achieve this goal we developed an intervention project through dynamic, activities, video creation, preparation of posters and ending with the play in order to get young people and adolescents to reflect on the consequences of alcohol consumption. This project was in partnership with Parents, Teachers, Educator and students of the State College Moyses Lupion to research on this topic. This study was important to develop and educate young people on the dangers and consequences regarding the consumption of alcohol which interferes and affects the nervous system that works metaphorically as a scale in balance with excitatory neurotransmitters from one side and inhibitory neurotransmitters from each other, when there is a tendency to excessive consumption alcohol, as well as other drugs, becomes a potential disrupter this scale, it tends to increase inhibitory neurotransmitters at the same time decreasing excitatory. This project has lead to the teenagers of the State College Lupion Moses understood the seriousness of drinking. Key-words: , Teenagers, Alcoholism, Prevention.
1. INTRODUÇÃO
A adolescência é um momento de transição da infância para a
maturidade, é um momento especial, durante esta fase que acontecem os
conflitos, os questionamentos, as crises, incertezas, dúvidas, onde as atitudes
tomam um novo caminho é a possibilidade da autonomia, mediante essas
questões a presença dos pais, por meio do diálogo, carinho, amor, atenção
torna-se fundamental nesse momento de mudanças. Como nesse período de
transição eles estão muito susceptíveis a influências externas, o afastamento
da família e consequentemente do ambiente familiar pode leva-lo a ser uma
presa fácil e, dessa forma adere seu grupo de iguais, sendo que essa
necessidade de pertencimento é própria do adolescente.
De acordo com Quadros (2009) a adolescência é o momento onde se
cria uma vasta rede amigos, é nesse momento que há um crescente número
de festas. Segundo o autor se houver permissão dos pais os adolescentes
costumam sair aos domingos e que ficam mais vulneráveis ao uso de muita
bebida, drogas, especialmente as sintéticas.
Pinsky e EL Jundi (2008) dizem que desta forma pode-se observar que o
consumo de bebidas alcoólicas vem ocorrendo de maneira assustadora em
nossa sociedade, sendo o álcool umas drogas psicoativas, legalmente e
socialmente aceita, tornando assim o seu consumo cada vez mais constante e
precoce entre os adolescentes. Porém o incentivo ao consumo de bebidas
muitas vezes ocorre no próprio ambiente familiar, quando não em festas
públicas ou particulares, some-se a isso as campanhas publicitárias com
propagandas atrativas, criativas com o objetivo de conquistar cada vez mais o
público jovem.
Observando os atendimentos da equipe pedagógica do Colégio Estadual
Moysés Lupion Ensino Fundamental - Médio, nota-se que há casos que
envolvem adolescentes consumidores de bebida alcoólica. Percebe-se a
importância de que os adolescentes necessitam de um olhar mais cuidadoso e
atento, justificando-se assim a realização da pesquisa e intervenção entre os
adolescentes do ensino médio, do período matutino deste colégio.
Dentro do contexto atual apresentado esse artigo traz como tema: As
consequências do consumo do álcool em adolescentes do Colégio Estadual
Moysés Lupion, do ensino médio – período matutino. A partir disso o objetivo é
conscientizar os adolescentes, do ensino médio do período matutino do
Colégio Estadual Moysés Lupion Ensino Fundamental - Médio, sobre o
consumo de bebidas alcoólicas possibilitando assim reflexões na comunidade
escolar pertinentes ao tema e desta forma analisar as implicações pedagógicas
que decorrem deste ato. Para que esse objetivo seja atingido foram seguidos
alguns pontos:
Debater com os adolescentes, por meio de textos, as causas que podem
motivar consumo de bebidas alcoólicas;
Analisar as consequências do uso do álcool entre adolescentes que
possam afetar no processo ensino – aprendizagem;
Criar painéis sobre o uso do álcool e expô-los nos murais do Colégio
com o intuito de conscientizar os adolescentes sobre as consequências
que podem acarretar o consumo indevido de bebidas alcoólicas.
Para alcançar os objetivos delimitados as seguintes estratégias foram
utilizadas:
a) Apresentação do projeto de pesquisa e intervenção pedagógica à
direção da escola, professores e equipe pedagógica, buscando o apoio
da instituição, para que juntos possamos compreender os problemas
que envolvem o consumo de bebidas alcoólicas e dessa forma discutir
as consequências que possa vir no que se refere ao ensino-
aprendizagem;
b) Exposição e detalhamento da proposta aos alunos que participar da
implementação do projeto na escola;
c) Realização de pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico e
compreensão da problemática, com o fim de subsidiar as atividades que
foram realizadas com os sujeitos da implementação.
d) Discussão das diferentes motivações para o uso de bebidas alcoólicas,
seus fatores de risco e formas de proteção. Materializada na Produção
Didático Pedagógica;
e) Apresentação por meio de propostas que a prevenção é o caminho.
Pois educar, orientar, informar são fatores importantes para o
desenvolvimento do projeto.
f) Apresentação aos professores, Equipe Pedagógica e Direção, dos
resultados obtidos da pesquisa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. ALCOOLISMO E A HISTÓRIA
Segundo constam em registros a origem da bebida alcoólica foi na Pré-
História, com mais exatidão no Período Neolítico, quando surgiu a agricultura.
A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente
10.000 anos, quando o ser humano passou a consumir e atribuir diferentes
significados ao uso de álcool. Diferentes civilizações como os celtas, gregos,
romanos de alguma forma registraram o consumo de bebidas alcoólicas (CISA,
2011).
O solo e o clima nos países da Grécia e Roma eram especialmente ricos
para o cultivo do vinho, sendo este, a bebida mais difundida por sua
importância social, religiosa e medicamentosa. Durante a Idade Média a
comercialização do vinho tem um crescimento onde a Igreja não apenas
condena como passa a considerar como pecado a intoxicação alcoólica (CISA,
2011).
Na Idade Moderna durante a Renascença, os locais onde se consumiam
álcool tinham horários estipulados, onde as pessoas podiam se manifestar
livremente e participar nos debates políticos, que por sua vez acabou
desencadeando a Revolução Francesa. Na Idade Contemporânea o consumo
do álcool passa a ser considerado como uma doença ou desordem, sendo que
no século XX, países como a França, estabelecem a maioridade de 18 anos
para consumo do álcool, e em janeiro de 1920 o Estado Americano decretou a
Lei Seca que teve duração de quase 12 anos, proibindo a fabricação, venda,
troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de
bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública
e economia americana. Destaca-se que no ano de 1967 o conceito de
alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à classificação
Internacional das Doenças, (CID-8) a partir da 8ª Conferência Mundial da
Saúde (CISA, 2011).
2.2. ÁLCOOL
Vaissman (2004) coloca que a nomenclatura do álcool é o etanol, que
pode ser obtido através da fermentação de determinados produtos naturais
como a uva, na fabricação do vinho, ou da fermentação de grãos cereais, como
a cerveja. Da destilação de bebidas fermentadas resultam produtos mais ricos
em álcool, como bebidas destiladas (cachaça, rum, gim, uísque,). O conteúdo
do álcool em diferentes bebidas é expresso em graus Guy-Lussac / ºGL que
corresponde ao número de mililitros de etanol em cada 100 ml da bebida.
Assim, na cerveja temos em média de 4 a 5º, nos vinhos de 8 a 14/º GL e nas
bebidas destiladas de 40 a 50/º GL
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o álcool como a
substância psicoativa mais consumida no mundo e também como a droga de
escolha entre crianças e adolescentes. Sendo a adolescência um período de
mudanças, seja no aspecto social, psicológico e emocional; busca novas
descobertas e, nesse contexto por meio de propagandas, pela curiosidade que
é peculiar ou mesmo pelo fato de estar com os amigos, o adolescente acabará
experimentando a bebida alcoólica. A facilidade que se tem de adquirir a
bebida alcoólica, mesmo com uma legislação vigente, pois o Estatuto da
Criança e do Adolescente 990(Lei nº 8.069, artigo 81, de 13 de julho de 1990)
menciona ser proibida a venda de bebida alcoólica ao adolescente, acaba por
não acontecer, pois muitas vezes a compra é facilitada. Para o adolescente
consumir bebida alcoólica está associado a diversão, a alegria, mas também,
para alguns, significa um modo de não pensar nos problemas.
Medrado (2008) ao discorrer sobre álcool e sua correlação com doença
diz que:
O alcoolismo um dos maiores problemas de saúde pública, só no século XIX foi aceito cientificamente como uma doença, pois para a sociedade o abuso da utilização do álcool era visto como um vício, desconsiderando os danos e doenças físicas e mentais causados pelo álcool. (MEDRADO, 2008, p. 218)
Portanto faz-se necessário que ocorra um comprometimento dos
diferentes segmentos da sociedade, para que possam juntos senão resolver,
mas encontrar atitudes paliativas com o propósito de amenizar os problemas
decorrentes que o consumo de bebida alcoólica traz para a sociedade de
maneira em geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece que em algumas
situações, o uso do álcool não é recomendado nem em pequenas quantidades.
Dentre elas se encontram:
Mulheres gravidas ou tentando engravidar;
Pessoas que planejam dirigir ou que estão realizando tarefas que exijam
alerta e atenção, como a operação de uma máquina;
Pessoas com condições clínicas que podem piorar.com o uso de álcool,
hipertensão e o diabetes.
Alcoolistas em recuperação;
Menores de 18 anos.
Segundo Anjos et. al. (2012) o álcool é considerado uma droga lícita,
prevista na Legislação brasileira, mas deve ser considerada uma substância
perigosa e prejudicial ao organismo. Mesmo dentro desse contexto, o ato de
beber é tolerado pela sociedade, ou seja, há um consumo aberto por parte da
sociedade, ao contrário de drogas como maconha, cocaína, heroína, e etc.
Anjos et. al. (2012) acrescenta que inúmeras pessoas ficariam estagnadas e
indignada se há consumo de drogas ao ar livre mas, que essas mesmas
pessoas aceitam tranquilamente o consumo de bebidas alcoólicas em eventos
esportivos, festas, almoços de negócios e jantares com amigos sem considerar
o álcool efetivamente uma droga. Anjos et. al. (2012, p. 21) diz: “Alguns pais
expressam alívio quando descobrem que seus filhos adolescentes estão
“apenas bebendo”, mesmo considerando que os levantamentos mostram que é
na adolescência que se encontra o maior índice de abuso de bebidas
alcoólicas.” Entende-se que para pais o consumo de bebida alcoólica é
aceitável.
De acordo com Andrade e Oliveira (2009) o número de brasileiros que já
consumiram algum tipo de bebida alcoólica é de 52%, e 48% nunca beberam.
Nessa pesquisa dos autores 12% da população brasileira já relatou algum tipo
de problema causada pelo álcool, 3% fizeram algum consumo nocivo a saúde e
9% são dependentes, desses números homens são maioria. Andrade e Oliveira
(2010, pg.47) dizem que “cerca de 30 milhões de brasileiros já tiveram, pelo
menos, um problema relacionado ao uso de álcool durante a vida. A
prevalência de bebedores com problemas parece diminuir com a idade,
passando de 53%, entre os 18 e 24 anos, para 35%, no grupo com idade
superior a 60 anos. Entre os problemas mencionados, os de caráter físico são
os mais comuns, seguidos por conflitos familiares e sociais (com algum
episódio de violência), problemas de trabalho, problemas de cunho legal, entre
outros”. Esse número demonstra que jovens são mais afetados pelo consumo
nocivo de bebidas alcoólicas, interpreta-se por isso que essa é a população
que mais deve ser orientada e conscientizada para consumo abusivo de álcool
e suas consequências.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que, para se
evitarem problemas com o álcool, o consumo aceitável é de até 15 doses
semana para homens e 10 doses/semana para mulheres, sendo que uma dose
equivale, aproximadamente, a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 40 ml de
uma bebida destilada, e cada uma dessas contém 10 a 15 g de etanol. O
National Institute of Alchool Abuse and Alcoholism (NIAAA) utiliza o termo
“beber moderado” para se referir ao consumo com limites em que prejuízos
não são esperados tanto para indivíduo quanto para a sociedade, os homens
não devem ultrapassar o consumo de duas doses diárias de álcool e as
mulheres de uma dose diária. Tanto homens quanto mulheres não devem
beber mais de duas vezes na semana.
O BEP, também denominado binge drinking, é definido como o consumo
de cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião por
homens ou quatro ou mais por mulheres, pelo menos uma vez nas últimas
duas .semana.
O critério de BPE do National Institute on Álcool and Alcoholism (NIAAA)
é semelhante, definido como o consumo de cinco ou mais doses de bebidas
alcoólicas em uma única ocasião por homens ou quatro ou mais por mulheres,
sem considerar porém, a frequência desse padrão de consumo. O “beber
pesado” está associado a uma gama significativa de situações adversas à
saúde e à sociedade, tais como: danos à saúde física, gravidez indesejada,
intoxicação alcoólica, quedas e fraturas, violência(incluindo brigas, violência
doméstica e homicídios), acidentes de trânsito, problemas psicossociais (ex. na
família e no trabalho), comportamento antissocial e dificuldades escolares,
tanto em jovens como na população em geral. Além disso o “beber pesado”
está associado a um aumento da mortalidade por todas as causas de doenças
cardíacas e esta relacionado a um risco maior para transtornos psiquiátricos,
câncer e doenças gastrointestinais.
2.3. ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA
É interessante entender e visualizar que na sociedade atualmente é
aceitável o consumo de álcool por menores e adolescentes apesar de haver na
Legislação brasileira proibição do consumo de bebidas alcoólicas até a
maioridade. Anjos et. al (2012) reforça essa afirmação lembrando que o
consumo de álcool está previsto no ECA – Estatuto da Criança e do
adolescente Artigo 81, proibindo a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica
para menores de 18 anos. Anjos et. al (2012) afirma ainda que o principal
motivo desta lei é devido o consumo de álcool levar a dependência que causa
uma doença grave que atinge pelo menos 12,3% da população brasileira com
idade entre 12 e 65 anos. A autora afirma que entre os 12 e os 17 anos a taxa
de alcoolismo está em 7%.
Ou seja, é importante realizar campanhas e intervenções que atinjam
jovens entre os 12 e os 17 anos, para conscientizar e demonstrar os perigos do
alcoolismo, e como isso pode destruir a vida de um indivíduo. O álcool é um
problema de saúde pública e vem trazendo constantemente estudos de
diversas para tentar entender como cada vez mais crianças e adolescentes
vem utilizando essa substância. Anjos et. al (2012) diz que cada vez mais o
consumo dessa substância tem sido precoce, ou seja mais cedo a sociedade
vem adoecendo. A autora afirma que pesquisas demonstram que no mundo
cerca de 76,3 milhões (1% da população mundial) de pessoas convivem com
um “quadro constante de desordens relacionadas ao consumo dessas
bebidas”. Esse é um número considerável dentro dos padrões e atingem
diretamente a sociedade e a economia. Segundo Anjos et. al (2012) a
população brasileira encontra-se entre os maiores consumidores de álcool do
mundo, com média anual de aproximadamente, nove litros de álcool absoluto
entre indivíduos maiores de 15 anos de idade.
Anjos et. al (2012) realizou uma pesquisa dentro de seus estudos e
transformou em artigo, os números são impressionantes, a pesquisa aconteceu
na cidade de Conquista na Bahia. Dentro da pesquisa foi perguntado a 100
jovens entre 16 a 18 anos, quando havia ocorrido o consumo de álcool pela
primeira vez, desse número 7% responderam entre 5 a 10 anos, 45% entre 11
a 14 anos e 48% dos 15 aos 18 anos. Esses números demonstram quão cedo
os jovens vem consumindo álcool e demonstrando quão cedo esses jovens
foram expostos ao perigo da bebida alcoólica.
Abramovay (2005) realizou uma pesquisa lançada pela UNESCO que
estabelece a utilização de álcool por parte de crianças, adolescentes e jovens
em período escolar, para autora deve-se destacar que “Se, de um lado, o
consumo de bebidas alcoólicas pelos alunos ou por aqueles que declaram
beber regularmente é uma realidade – considerando os seus efeitos nocivos
para a saúde e outros na vida dos jovens – não se pode, de outro, estigmatizar
a juventude como sendo uma faixa etária mais exposta às bebidas alcoólicas
do que outras gerações”. Ou seja, o consumo de álcool atinge todas as idades,
todas as gerações igualmente, mas, quanto mais cedo o início na vida de
consumo de álcool maior a tendência do jovem se tornar uma pessoa doente e
problemática.
A pesquisa realizada por Abramovay (2005) demonstrou novamente
números surpreendentes, a autora realizou a pesquisa em 14 capitais (Manaus,
Belém, Fortaleza, Recife, Maceió, Salvador, Vitória, Rio De Janeiro, São Paulo,
Florianópolis, Porto Alegre, Cuiabá, Goiânia e Distrito Federal). O resultado da
pesquisa demonstrou que aproximadamente 55% dos 4.426,716 dos jovens
entrevistados já haviam consumido álcool na vida, desses 82% disseram
consumir álcool apenas em festas ou ocasiões sociais e 18% disseram
consumir regularmente.
Ou seja, a intervenção e a conscientização quanto ao consumo de álcool
e suas consequências são importantes para preservar os jovens e demonstrar
como o consumo é prejudicial à saúde podendo levar a dependência.
2.4. ÁLCOOL E AS CONSEQUÊNCIAS DE SEU USO
Segundo Almeida (2009, p. 11) “a décima edição da Classificação
Internacional de Doenças (CID–10), caracteriza a dependência ao álcool como
um forte desejo ou compulsão para consumi-lo, dificuldades em controlar esse
consumo, síndrome de abstinência e necessidade de uso para aliviar os
sintomas. Outros aspectos que devem ser considerados são a tolerância
(necessidade de doses maiores para conseguir os mesmos efeitos), o
abandono progressivo dos prazeres ou interesses alternativos em favor do uso
da substância e o aumento de tempo necessário para obter ou fazer uso do
álcool ou ainda para se recuperar dos seus efeitos. Além disso, nota-se a
persistência no uso do álcool, a despeito de evidência clara das consequências
nocivas, como transtornos físicos, mentais ou sociais”.
Segundo Fonseca (2010) consumo de álcool e o insucesso escolar tem
sido fatores problemáticos pelos quais jovens vem passando na atualidade.
Apesar desses dois problemas aparecerem associados há poucas pesquisas
ou estudos que determinem esse vínculo. Sendo assim, entende-se a
importância desse assunto e que mais pesquisas busquem entender como
esses dois fatores vem acontecendo. Fonseca (2010) aponta que o consumo
de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes pode levar a consequências
graves, pois, esses ainda não atingiram o nível de desenvolvimento dos adultos
(na maturidade social, na experiência de vida ou no desenvolvimento
neuropsicológico). O autor ainda define que o consumo de álcool por crianças e
adolescentes pode se tornar um flagelo, se não for devidamente controlado ou
vigiado.
Fonseca (2010) ao relacionar o consumo de álcool e adolescência diz:
Por isso, o consumo de álcool pelos mais novos pode, se não for devidamente controlado ou vigiado, transformar-se facilmente num flagelo social. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, “o álcool aparece associado a acidentes rodoviários, ferimentos não intencionais, homicídios e suicídios nas idades entre os 10 e os 24 anos”. (FONSECA 2010, p. 260)
Fonseca (2010) conclui seu estudo informando que o consumo de álcool
está bastante generalizado na adolescência e mesmo já nos últimos anos da
infância. Ou seja, está dentro das instituições de ensino, sendo assim o álcool
passou a ser um problema social, econômico e educacional, transformando a
sociedade e a vida de jovens estudantes. Conforme citado esses jovens ainda
não atingiram um nível de desenvolvimento resultando em consequência nesse
desenvolvimento podendo levar esse jovem a dependência. Segundo Chacon
(2013) o álcool pode afetar o sistema nervoso, sendo assim pode causar danos
na constituição de aprendizagem das crianças e adolescentes:
O sistema nervoso funciona, metaforicamente, como uma balança em equilíbrio, com neurotransmissores excitatórios de um lado e neurotransmissores inibitórios do outro. O álcool, assim como outras drogas, é um potencial desregulador dessa balança, pois tende a aumentar os neurotransmissores inibitórias ao mesmo tempo que diminui as excitatórias. As ações iniciais excitatórias do álcool, representadas pela desinibição que os usuários experimentam, parecem estar associadas à supressão de sistemas inibitórios centrais.
(CHACON, 2013, p. 11)
Entende-se portanto que o álcool afeta diretamente o organismo e o
sistema nervoso. Chacon (2013) completa dizendo que o álcool é uma droga
psicotrópica, isto é, atua diretamente no sistema nervoso central, causando
modificações fisiológicas e comportamentais, podendo desencadear
dependência. O álcool possui efeitos neurológicos e psicológicos tanto a curto
(uso agudo) quanto a longo prazo (uso crônico).
Chacon (2013) aponta diversos problemas de saúde ocasionados pelo
álcool como: cirrose hepática, pancreatite, epilepsia, doenças cardiovasculares,
úlceras. Mas, para o autor a perda cognitiva é a consequência com maior dano
no individuo, a longo prazo ela pode interferir nas células do hipocampo. Além
disso, o uso crônico de álcool em doses elevadas provoca danos neurológicos
irreversíveis, causados pelo próprio álcool ou por outros metabólitos, como
acetaldeído e ésteres de ácidos graxos.
Chacon (2013) defende que bebidas alcoólicas são capazes de afetar o
organismo e importantes células, mas, são os neurônios os principais atingidos
pelos danos causados no organismo. Segundo o autor na academia há
diversos estudos que contemplam a influência do álcool na liberação de
neurotransmissores como dopamina, serotonina, noradrenalina e peptídeos.
Uma das propriedades é interagir com os lipídios da membrana neuronal,
alterando sua permeabilidade, fluidez e função de proteínas causando sérias
consequências ao cérebro. Entende-se que a partir dessas consequências ao
sistema nervoso central o indivíduo perde capacidade cerebral, ou seja, de
aprendizagem.
A dependência alcoólica traz grandes problemas e consequências ao indivíduo, tanto físicas quanto psíquicas, que podem, na maioria das vezes, causar prejuízos no trabalho, desorganização familiar, comportamentos agressivos (p.ex., homicídios), acidentes de trânsito, exclusão social, entre outros. As doenças físicas consequentes do alcoolismo são de origem gastrintestinal, como úlceras, varizes esofágicas, gastrite e cirrose; neuromuscular, como cãibras, formigamentos e perda de força muscular; ou cardiovascular, como a hipertensão; além de impotência ou infertilidade. (HECKMANN E SILVEIRA, 2009, p. 79)
Esses estudos biológicos em grande maioria preveem as consequências
em adultos, ou seja, a tendência que crianças e adolescentes em
desenvolvimento sofram maiores consequências pelo consumo de bebidas
alcoólicas. Chacon (2013) diz que o álcool produz mudanças no humor, na
percepção causadas pela ação dos neurotransmissores e receptores, que
estão envolvidos em síndromes psiquiatras. Jaber Filho e André (2002)
afirmam que os efeitos do álcool sobre o sistema nervoso podem reduzir a
ansiedade, sendo essas umas das causas da procura de crianças, adolescente
e jovens de bebidas alcoólicas. Após o consumo as consequências para esse
grupo seguem principalmente com a dependência, prejudicando funções
biológicas do corpo e principalmente da aprendizagem.
2.5 DISCUSSÃO SOBRE ÁLCOOL NAS ESCOLAS
A Escola é um espaço potencialmente propício para a construção da
vida em uma sociedade democrática, é o primeiro palco de experiências de
vida comunitária fora da família. A escola, portanto deve abordar a temática
das drogas. Nesse contexto, pois além de representar espaço protegido,
também permite assumir responsabilidades coletivas no aprendizado das
relações democráticas, base da constituição do sujeito cidadão. A escola tem
papel fundamental na prevenção do uso de drogas e na promoção da saúde
integral de crianças e adolescentes, graças as suas ações de educação para a
saúde (Secretaria Nacional de Antidrogas, MEC, Brasília, 2012).
É importante ressaltar que durante o momento de crescimento, o
adolescente necessita fazer suas escolhas, discernir o que é certo ou errado, o
que durante este processo é muito delicado, pois se encontra em momento de
mudanças. É também um momento onde as drogas são apresentadas ao
adolescente e, estando ao seu alcance, à escola tem a possibilidade de intervir.
E dessa forma o jovem possa refletir e compreender formando uma opinião
crítica, dando-lhe a oportunidade de escolha. Porém cabe mencionar que
mesmo a escola promovendo intervenções, não se tem condições de resolver
os problemas que envolvem o consumo de bebidas alcoólicas, mas sim a
possibilidade, por meio de ações educativas, de amenizar os problemas que
decorrem do consumo de bebidas alcoólicas.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs-Brasil, 1988) as
atitudes favoráveis ou desfavoráveis à saúde são construídas desde a infância
pela identificação de valores observados em grupos de referência, ou seja,
família, amigos, escola. Assim a escola cumpre um papel destacado na
formação do indivíduo para uma vida saudável. Na medida em que o grau de
escolaridade em si tem associação com o nível de saúde dos indivíduos e
grupos populacionais.
Nesse contexto nota-se o quanto é necessário desenvolver programas
voltados para a prevenção ao uso indevido de drogas, nesse cenário a escola
tem a possibilidade, no projeto político pedagógico de inserir temas como o uso
do álcool, tabaco e outras drogas, além de promover discussões pertinentes ao
referido tema. Os professores são fundamentais nesse processo, porém
constata-se a dificuldade que o mesmo tem em tratar da prevenção ao uso
indevido de drogas, em função de não possuir uma formação que o permita
desenvolver atividades pertinentes ao tema. Mediante essa situação é
necessário que o professor receba uma formação adequada para realizar um
trabalho ao qual possa discutir de maneira clara, com diálogo aberto, franco,
com esses adolescentes. Dessa forma enquanto instituição, a escola tem um
importante papel, no que diz respeito à saúde, a prevenção e ao consumo de
bebidas alcoólicas; desenvolvendo um trabalho, por meio de discussões,
reflexões, diálogo, onde o adolescente, o principal envolvido tenha condições
de compreender os efeitos que decorrem do consumo de bebidas alcoólicas.
3. METODOLOGIA
Com o objetivo de desenvolver ações voltadas para a prevenção, foram
desenvolvidas: dinâmicas, atividades, criação de vídeo, confecção de cartazes
e finalizando com a peça teatral com o intuito de levar os jovens e adolescentes
a refletirem sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas
Inicialmente o Projeto de Intervenção do Colégio Estadual Moysés
Lupion, para a sua aplicação foi apresentado à direção, equipe pedagógica,
aos professores e funcionário, onde a receptividade dos colegas foi ótima, pois
ressaltaram a importância e a necessidade de desenvolver ações assim como
orientar os alunos sobre o assunto em questão bem como se dispuseram a
colaborar com materiais necessários para a realização do projeto.
A exposição sobre o projeto aos alunos foi realizada na terceira semana
de aula onde foi possível perceber o interesse sobre o assunto e como o
projeto seria desenvolvido. As dinâmicas realizadas com os alunos tiveram
como finalidade abordar sobre a Adolescência, pois cuja fase é tão importante
e marcante na vida do adolescente, pois onde mudanças acontecem, as
incertezas, os conflitos se fazem presentes e estão susceptíveis a influências
externas, ao afastamento da família. No decorrer da implementação as
atividades foram aplicadas onde tinha-se por finalidade verificar quais as
informações ou mesmo que conhecimentos se tem sobre as consequências do
consumo de bebidas alcoólicas. O desenvolvimento das dinâmicas permitiu aos
alunos a refletirem sobre escolhas que são feitas no decorrer da vida e cabe a
eles decidir qual atitude a ser tomada.
As atividades desenvolvidas averiguaram que conhecimentos os jovens
têm sobre as bebidas alcoólicas assim como a associação com outras drogas,
além de tomarem conhecimento sobre as consequências que o consumo da
bebida alcoólica pode acarretar não somente para a vida bem como na vida
escolar, o envolvimento dos jovens no decorrer das atividades foi pertinente,
pois demonstraram interesse, além de terem a condição de adquirir
conhecimentos sobre o tema abordado.
Em uma das atividades desenvolvidas cujo foco era a produção de um
vídeo, com a seguinte temática: Álcool x Saúde, contou com o envolvimento
dos alunos de maneira muito expressiva, pois permitiu a eles a criação e a
possibilidade de ir em busca de situações cotidianas Os alunos pesquisaram,
visitaram famílias, entraram em contato direto podendo observar relatos de
pessoas que consomem bebidas alcoólicas assim como também puderam
conversar com médicos, conselho tutelar, farmacêutico para obter um
panorama real da situação das pessoas quando envolvidas com bebidas
alcoólicas. A criação de campanhas por meio de cartazes voltadas para a
prevenção ao uso do álcool e demais drogas, sendo exposto nos murais do
colégio com o intuito de conscientizar os adolescentes, assim como levá-los a
refletir sobre as consequências que podem acarretar para sua vida. Como
atividade de encerramento do Projeto de Implementação foi feita uma peça
teatral com o tema “Drogas uma questão preocupante” com a participação dos
alunos.
Para esta atividade contamos com a colaboração da Professora de Arte
que orientou na postura, o posicionamento no palco, cenografia, contribuindo
de forma significativa para a apresentação da peça teatral.
4 . DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Pode-se observar que no decorrer da Implementação do Projeto, os
alunos envolvidos apresentaram mudanças significativas no seu modo de
pensar sobre o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas. Desenvolver
atividades voltadas para a adolescência inicialmente foi de extrema importância
onde os alunos puderam refletir e entender melhor as diferentes fases em que
passam, pois a Adolescência é uma fase onde mudanças acontecem, de
buscas, descobertas, de experimentar o novo, a possibilidade da autonomia e
expondo-se assim a diferentes riscos.
As atividades aplicadas com metodologias diferenciadas tiveram boa
aceitação por parte dos alunos, pois houve o envolvimento mais do que o
esperado, onde alguns alunos relataram que não percebiam o agravante das
consequências quando do consumo do álcool com outras drogas e desta forma
possibilitando a aquisição de conhecimentos sobre o assunto em questão. O
Fórum sobre Prevenção ao uso indevido de drogas, realizado pelo Núcleo
Regional de Educação - Paranaguá, onde os alunos puderam ouvir relatos de
alunos, pais que já vivenciaram e venceram a batalha contra o álcool e outras
drogas, possibilitou a eles refletirem como o consumo do álcool e outras drogas
pode ser prejudicial as suas vidas.
Como atividades de encerramento, a apresentação da peça teatral
“Drogas uma questão preocupante” para os demais alunos, funcionários,
professores, direção, o qual obteve uma receptividade sendo motivo de elogios.
Foi apresentado a produção do vídeo com a temática Álcool x Saúde
repercutindo de maneira positiva entre os alunos, demonstrando a capacidade
de criação, a importância do tema abordado, as informações transmitidas, e
dessa maneira conscientizar os alunos sobre os riscos que possivelmente
estão expostos.
Desta forma foi possível constatar algumas mudanças no
comportamento dos alunos, onde puderam após a realização das diferentes
atividades, perceber como o consumo de bebidas alcoólicas pode afetar e
desestruturar a vida familiar, o convívio na sociedade, e as consequências que
podem trazer para a aprendizagem.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse projeto de intervenção teve por objetivo conscientizar os
adolescentes, do ensino médio do período matutino do Colégio Estadual
Moysés Lupion Ensino Fundamental - Médio, sobre o consumo de bebidas
alcoólicas possibilitando assim reflexões na comunidade escolar pertinentes ao
tema e desta forma analisar as implicações pedagógicas que decorrem deste
ato. Para que esse objetivo fosse atingido foi realizado um estudo teórico e
levantamento bibliográfico para apresentar estudos e os preocupantes números
de jovens que consomem ou já consumiram álcool menores de idade. Dentro
do contexto teórico percebeu-se que há um número significativo de crianças e
adolescentes que consumiram álcool. Dentro de pesquisas estudadas vê-se
que principalmente entre os 12 aos 17 anos esses adolescentes estão
expostos ao risco do consumo de álcool.
A realização deste Projeto de Implementação possibilitou e oportunizou
aos alunos a refletirem em como o consumo de bebidas alcoólicas pode afetar
a sua vida, a aprendizagem, o convívio familiar e social. Portanto as ações
realizadas colaboraram para que os alunos pudessem refletir, expressarem as
suas opiniões acerca do tema abordado, além de constatarem o quanto é
prejudicial o consumo indevido de bebidas alcoólicas.
A participação dos professores de outras disciplinas como Arte, Química,
Biologia foi de suma importância pois permitiu discutir juntamente com os
alunos as consequências do consumo do álcool e desta forma viabilizar a
Implementação do Projeto e que por sua vez obteve resultados positivos.
Porém o envolvimento dos alunos foi essencial para a realização do
Projeto, pois participaram ativamente das atividades propostas, com a condição
de tomar as suas próprias decisões, de maneira responsável. A prevenção ao
consumo de bebidas alcoólicas deve ser realizada por meio de ações voltadas
com base na educação, na cultura, no esporte, lazer, portanto não devem ser
finalizadas, a escola enquanto instituição tem um papel fundamental e
essencial no que refere-se a prevenção, promovendo por meio de ações
diferentes atividades onde os alunos tenham condições de compreender, de
conscientizar-se sobre as consequências decorrentes do consumo de bebidas
alcoólicas.
E para que ações como essas possam ter continuidade, se faz
necessário inserir no Projeto Político Pedagógico da escola, para que se tenha
um maior respaldo e dessa forma o envolvimento de toda a comunidade
escolar, pois a escola enquanto espaço que agrega diferentes pessoas,
proporciona a transformação do sujeito, promove a participação, a informação,
que leva o aluno a ser crítico, a exercer a sua cidadania, a condição de
promover amplamente discussões voltadas para a prevenção e portanto
orientar o adolescente sobre o que pode acarretar o consumo do álcool para
sua vida.
Para finalizar propõem que esse estudo e projeto de intervenção seja
levado a mais colégios, pois requer envolvimento, colaboração,
comprometimento, no entanto sabemos que não é suficiente, por isso é
importante que não somente a escola, mas família, e demais segmentos
participem dispondo assim de mais estudos e também ações para evitar e
conscientizar crianças e adolescentes quanto aos perigos do consumo do
álcool
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVAY, Miriam. Drogas nas escolas: versão resumida. Brasília: UNESCO, Rede Pitágoras, 2005. ALMEIDA, Jussara de Castro. Consumo de álcool entre estudantes do ensino médio do município de Passos- MG. Araraquara, 2009. ALVES, Silvio; MALHEIROS, Irene de Jesus Andrade. Desafios de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas na Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná. In: PA Secretaria de Estado da Educação. Prevenção ao uso indevido de drogas. (Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, 3) Curitiba, PR: Seed – PR, 2008, p.101-117.
ANDRADE, Arthur Guerra. OLIVEIRA, Lúcio Garcia. Principais consequências em longo prazo relacionadas ao consumo moderado de álcool. In: Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM. Álcool e suas consequências: uma abordagem multiconceitual. Barueri (SP): Minha Editora; 2009. p. 67-87. ANJOS, Karla Ferraz Dos. Et. Al. Perfil do Consumo de Bebidas Alcoólicas por Adolescentes Escolares. Rev.Saúde.Com 2012; 8 (2): 20-31. Disponível em: http://www.uesb.br/revista/rsc/v8/v8n2a03.pdf. Acesso em 04 de novembro de 2014. BRASIL. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre drogas. Curso de Prevenção do uso de drogas para Educadores de Escolas Públicas .Brasília, 2012. BRASIL. Câmara dos Deputados, Coordenação Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, Lei nº 8. 069, de 13 de julho de 1990, 2001. CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL (CISA), A História do Álcool. Disponível em http:www.cisa.org.b / index.php..Acesso em 04 de novembro de 2014. CHACON, Diana Marques Martins. Álcool E Comportamento: Efeitos Na Aprendizagem E Memória. Dissertação De Mestrado Apresentada Ao Programa De Pós-Graduação Em Psicobiologia Como Requisito Para Obtenção Do Título De Mestre Em Psicobiologia. Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte. 2013. FONSECA, António Castro. Consumo de álcool e seus efeitos no desempenho escolar. Revista portuguesa de pedagogia. Ano 44-1, 2010, 259-279. HECKMANN W, SILVEIRA CM. Dependência do álcool: aspectos clínicos e diagnósticos. In: Andrade AG, Anthony JC, Silveira CM. Álcool e suas consequências: uma abordagem multiconceitual. Barueri (SP): Minha Editora; 2009. p. 67-87. JABER FILHO, Jorge Antonio; ANDRÉ, Charles. Alcoolismo. Rio de janeiro: Revinter, 2002. MEDRADO, Hélio. Violência nas Escolas. Sorocaba: Minelli, 2008. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/ SEF, v.9, 1998. PADILHA, Maria Itayara; SILVA, Silvio Éder D. Atitudes e comportamentos de adolescentes em relação à ingestão de bebidas alcoólicas. Revista de Escola de Enfermagem. v.45, n.5, 2011.
PECHANSKY, Flávio; SZOBOTª, Claúdia Maciel; SCIOVOLETTO, Sandra. Uso de álcool entre adolescentes: conceitos, características epidemiológicas e fatores etiopatogênicos. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2004. PINSKY, Ilana; EL JUNDI, Sami A R. O impacto da publicidade de bebidas alcoólicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. Revista Brasileira de Psiquiatria. v.30, n.4, p. 362 -374, 2008. QUADROS, Emérico Arnaldo de. Psicologia e desenvolvimento humano. Curitiba: Sergraf, 2009 VAISSMAN, Magda. Alcoolismo no Trabalho. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.