Nenhum Estado é de um homem só
Ao fim de um ano de partilha quotidiana, é indispensável que agradeça publicamente a todos os que internamente sustentam a programação da Casa, assegurando o rigor e a qualidade das produções, sejam elas estreias absolutas ou acolhimentos – dentro e fora de portas –, numa cumplicidade que, apesar das divergências pontuais (muitas delas normativas e nem sempre de fácil cumprimento), se pauta pela matriz da participação empenhada: confrontarmo-nos com formatos tão diversos na dimensão estrutural e estética é ganho permanente do nosso mister.
Na sequência do Dia Mundial do Teatro, celebramos Abril com Antígona, de Sófocles. À vida pública herdada de tão longe acrescentamos debate e assinalamos o Centenário da nossa República. Desenhamos pontes entre margens espelhadas de espaços e tempos que nos importam discutir.
Em detrimento da produção própria, salvaguardamos a cooperação com os Festivais alkantara, FITEI e Almada, o que nos permite o acolhimento de espectáculos nacionais e estrangeiros de Teatro e Dança, alargando o mapa da nossa programação. A vida de um teatro faz-se de surpresas programadas e muita invenção.
Estaremos em Madrid com dois espectáculos da Casa, um deles Turismo Infinito, a muito celebrada e celebratória paisagem habitada de Pessoa arquitectada por Ricardo Pais.
Os mais novos podem assistir em família à ópera Jeremias Fisher pela Companhia de Ópera do Castelo. Celebramos o Dia Mundial da Dança com Clara Andermatt a solo. Damos a ver a nossa co-produção de O Príncipe de Homburgo de Kleist, traduzido e encenado por Luísa Costa Gomes e António Pires. Escolas no Teatro mostra os resultados das acções pedagógicas desenvolvidas a partir das nossas produções. A ASSéDIO e o Ensemble regressam com novos espectáculos, da autoria de Frank McGuinness e Francisco Luís Parreira – uma estreia absoluta de um autor português. Estaremos de novo no Teatro Nacional D. Maria II, com a remontagem de Todos os que Falam, quatro dramatículos de Beckett.
Entretanto fechamos para férias, Verão à vista, sabendo já como recomeçar uma nova temporada.
Saudações.
Nuno CarinhasDirector Artístico
Abr-Jul 2010
Antígonade SófocleS
encenação nuno carinhaS
eStre ia
TNSJ ·· 7-23 Abrilprodução TNSJ
Estados de GuerrafotografiaS de João P ina
exPoSição
TNSJ Salão Nobre ·· 26 Mar-24 Abrprodução TNSJ
Antígonade antónio Pedro
direcção cénica nuno M c ardoS o
leitura encenada
TNSJ ·· 13-16 + 21-23 Abrprodução TNSJ
colaboração Balleteatro
Análises ao Fado e ao SanguecoMiSSário João lu íS Pere ira
conferênciaS
TNSJ Salão Nobre ·· 15+16+22+23+24 Abrorganização TNSJ
Alguém Olhará por Mimde frank McguinneSS
encenação carloS P iM enta
eStre ia
MSBV ·· 8-24 Abr produção Ensemble – Sociedade de Actores
De Volta aos TeatrosfotografiaS de tere Sa SantoS ,
Pedro troPa
ex P oSição
TeCA ·· 8-30 Abrprodução Clube das Artes
Jeremias FisherM úS ica iSabelle aboulker
l ibreto Moha Med rouabhi
d irecção cénica Michel d ieua ide
direcção art í St ica catarina Molder
TeCA ·· 15-17 Abrprodução Companhia de Ópera do Castelo
So Solodirecção e inter Pretação
c lara ander Matt
dia Mundial da dança
TNSJ ·· 29+30 Abrco ‑produção ACCCA, Culturgest, TNSJ
O Príncipe de Homburgode h e inr ich von kle i St
encenação antónio P ire S ,
lu í Sa coSta goMe S
TeCA ·· 7-16 Mai co ‑produção Ar de Filmes, CCB, TNSJ
Escolas no Teatrocoordenação lu íSa Portal
ex P oSição
TeCA Sala de Vidro ·· 15-28 Maiorganização TNSJ
2
O alkantara festival no TNSJ · 21-27 Mai
Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamosdirecção art íSt ica vera Mantero
eStre ia nacional
TNSJ ·· 21+22 Maico ‑produção alkantara festival, Culturgest, CNDC, Kunsten
Festival des Arts, Festival Montpellier Danse 2009, Teatro de la
Laboral, PACT/Zollverein
Como rebolar alegremente sobre um vazio Exteriordirecção art íSt ica e encenação
andré guedeS , M iguel loureiro
eStre ia abSoluta
TeCA ·· 22+23 Maico ‑produção alkantara festival, DeVIR/CAPa
H3direcção e coreografia bruno beltrão
eStre ia nacional
TNSJ ·· 24+25 Maico ‑produção Grupo de Rua, Kunsten Festival des Arts, Festival
Internacional de las Artes de Castilla y León, Grand Théâtre de
Luxembourg, Festival d’Automne à Paris
Radio Muezzinconceito e encenação Stefan kaegi
(r iM in i Protokoll)
TeCA ·· 26+27 Maico ‑produção Hebbel am Ufer, Goethe ‑Institute Ägypten
co ‑produtores Athens & Epidaurus Festival, Bonlieu Scène
Nationale, Festival d’Avignon, steirischer herbst festival,
Zürcher Theater Spektakel
O FITEI no TNSJ 28 Mai-9 Jun
Hnuy Illaencenação Mire ia gabilondo
coreografia Jon Maya
eSP ectáculo de abertura
TNSJ ·· 28+29 Mai
produção Kukai ‑Tanttaka
Ros Ribas: Fotógrafo de EscenafotografiaS de roS r ibaS
ex P oSição
TNSJ Salão Nobre ·· 28 Mai-4 Julprodução Centro Dramático Nacional
Querida Professora Helena Serguéiévnade lud Milla razouMovSkaia
encenação João Mota
TeCA ·· 29+30 Maiprodução Comuna – Teatro de Pesquisa
Não se Ganha, não se Pagade dario fo
encenação Maria eM íl ia correia
TNSJ ·· 1 Junprodução Teatro da Trindade
In Vino Veritascriação e encenação al ic ia Soto
MSBV ·· 30 Maiprodução Alicia Soto ‑Hojarasca
Exitustexto e encenação d iego lorca,
Pako Merino
TNSJ ·· 3 Junprodução Titzina Teatre
3
Kasparde Peter handke
encenação João garcia M iguel
TeCA ·· 4+5 Junprodução JGM
Dies Irae; en el Réquiem de Mozartcriação e encenação Marta c arraS co
TNSJ ·· 7 Junprodução Marta Carrasco (Espanha)
Epilogos, Confessions sans Importancecoreografia e encenação r oS er Montlló
guberna, br ig itte Seth
TeCA ·· 8+9 Junprodução Compagnie Toujours Après Minuit
O Festival de Almada no TNSJ · 8-16 Jul
Ode Maritimede fernando PeSS oa
encenação claude régy
interPretação Jean ‑Quentin c hâtelain
TNSJ ·· 8-10 Julprodução Les Ateliers Contemporains
Yourcenar / CavafyconcePção Jean ‑claude feugnet
interPretação charlotte r aMP l ing ,
PolydoroS vogiatz iS
TNSJ ·· 16 Julprodução Les Visiteurs du Soir
O Dia de Todos os Pescadoresde franciSco lu íS Parreira
encenação João cardoSo
eStre ia ab Soluta
TeCA ·· 15-31 Julco ‑produção ASSéDIO – Associação de Ideias
Obscuras, TNSJ
O Terceiro Recordadode franciSco lu íS Parreira
direcção João cardoSo
leitura encenada
TeCA ·· 24 Julco ‑produção ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras, TNSJ
Fora de portas
Maiorcacoreografia Paulo r ibe iro
Teatro -Cine de Torres Vedras ·· 3 AbrTeatro Nacional de Niš (Sérvia) ·· 12 AbrTeatro Nacional de Podgorica (Montenegro) ·· 14 AbrTeatre Municipal Xesc Forteza (Palma de Maiorca, Espanha) ·· 25 AbrTeatro Municipal de Bragança ·· 29 AbrCentro de Artes do Espectáculo de Portalegre ·· 1 MaiTeatro Virgínia (Torres Novas) ·· 8 Maico ‑produção Companhia Paulo Ribeiro, Centro Cultural Olga
Cadaval, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Viriato, TNSJ
Antígonade Sófocle S
encenação n uno carinhaS
Teatro Viriato (Viseu) ·· 29+30 AbrTeatro Municipal de Bragança ·· 8 MaiTeatro Municipal de Vila Real ·· 14 Maiprodução TNSJ
4
Local Geographiccoreografia e interPretação r ui h orta
eStre ia abSoluta
Centro Cultural de Belém (Lisboa) ·· 11-16 Maico ‑produção CCB, O Espaço do Tempo, Centro Cultural Vila
Flor, Teatro de la Laboral, TNSJ
Story Casecoreografia né barroS
Teatro Municipal de Vila do Conde ·· 22 Maico ‑produção Balleteatro, TNSJ
Casa -Abrigocriação colect iva
direcção art íSt ica andré braga,
cláudia f igue iredo
Festival Internacional de Teatro y Artes de Calle de Valladolid (Espanha) ·· 28+29 MaiCenas na Rua – Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua (Tavira) ·· 13+14 Julco ‑produção Circolando, TNSJ, In Situ, Festival Chalon
dans la Rue
Talk Showcoreografia ru i horta
TEMPO – Teatro Municipal de Portimão ·· 5 Junco ‑produção CCB, O Espaço do Tempo, Centro Cultural Vila
Flor, TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, Teatro de la
Laboral, TNSJ
Tambores na Noitede bertolt brecht
encenação nuno carinhaS
Naves del Español (Madrid, Espanha) ·· 10-13 Junprodução TNSJ
Turismo Infinitode antónio M . fe iJó
a Part ir de textoS de fernando Pe SS oa
encenação r icardo Pai S
Naves del Español (Madrid, Espanha) ·· 17-20 Junprodução TNSJ
Electracoreografia e inter Pretação
olga roriz
Teatro Sá de Miranda (Viana do Castelo) ·· 18+19 Junco ‑produção Companhia Olga Roriz, OPART, TNSJ
Todos os que FalamQuatro “draMatículoS”
de Sa Muel beckett
encenação n uno carinhaS
Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) ·· 25 Jun-4 Julco ‑produção ASSéDIO, Ensemble, TNSJ
Letra Mde Johanne S von Saaz (O Lavrad Or
da B Oémia ) / João v ie ira
encenação fernando Mora raMoS
FESTEIXO – Festival de Teatro do Eixo Atlântico (Viana do Castelo) ·· 9+10 JulFestival Internacional de Teatro de Almada ·· 16-18 Julco ‑produção Teatro da Rainha, TNSJ
5
Que espaços levantar para conter as palavras que andam pela cidade? Da cama‑rata auschwitziana construída em madeira de Breve Sumário da História de Deus, ao quase semicírculo revestido a cortiça de Antígona, que ora transporta a memória do anfiteatro grego, ora sugere a cratera de um vulcão em lava, Nuno Carinhas desenhou dois lugares pouco amenos para ressoar o som e a fúria das convulsões do mundo, duas orgânicas máquinas de emaranhar perguntas no espaço público. Porque em Antígona – já era assim no Breve Sumário – interroga ‑se a origem das coisas, porque aqui começa a história do nosso teatro e a vida política das nossas cidades. Com a insubordinação de Antígona, o homem parte à conquista de uma consciência, ques‑tiona as fronteiras entre a integridade individual e o bem comum. As personagens de Sófocles são angustiados pontos de interrogação que caminham. Pergunta Creonte: “Então o Estado não é de quem manda?” Responde Hémon: “Nenhum Estado é de um homem só!” Pergunta Antígona: “Como posso eu ainda olhar para os deu‑ses?” De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, o confronto adensa ‑se e Antígona entrega ‑se à morte. Vinte e cinco séculos mais tarde, Marguerite Yourcenar dedicou ‑lhe o mais belo dos epitáfios: “O tempo retoma o seu curso sob o ruído do relógio de Deus. O pêndulo do mundo é o coração de Antígona”. •
Quando a peça abre, com o diálogo entre a heroína e a sua mais submissa irmã Ismena, podemos sentir, não sem temor pelo nosso relativo conforto, a estranha Antígona on the road again, mas desta feita numa estrada que ela mesma traça, e já não o seu pai, a cegueira do seu pai, o seu cego amor pelo pai. Uma estrada que vai de Tebas a Tebas, e de Antígona--filha a Antígona -irmã, do aconchego da casa – lugar do vivo – à exposição do morto sem sepultura. Estamos, de chofre, perante uma Antígona pronta a
levantar de novo a poeira das velhas estradas, desta vez acamando pó sobre o cadáver de Polinices, a fim de o proteger contra as garras sempre obedientes dos abutres e dos chacais, em nome dos deuses que mais não são do que outros tantos chamamentos capazes de muitas formas de amor que habitam a pessoa. •Regina GuimarãesExcerto de “Notas sobre O humano e A humanidade”. In Antígona:
[Manual de Leitura]. Porto: Teatro Nacional São João, 2010.
6
tradução
Marta Várzeas
cenografia
Nuno Carinhas
figurinos
Bernardo Monteiro
música
Miguel Pereira
(VortexSoundTech)
desenho de luz
Rui Simão
desenho de som
Joel Azevedo
voz e elocução
João Henriques
interpretação
Alexandra Gabriel
António Durães
Emília Silvestre
João Castro
Jorge Mota
José Eduardo Silva
Lígia Roque
Maria do Céu Ribeiro
Paulo Freixinho
Pedro Almendra
produção
TNSJ
qua-sáb 21:30
dom 16:00
dur. aprox. [1:20]
classif. etária M/12 anos
ESTREIA
AntígonaDE SóFOCLESENCENAçãO NuNO C ARINHAS
TeatroNacionalSão João
26-28Mar2010
7-23 Abr2010
7
Estados de GuerraFOTOGRAFIAS DE J OãO P INAEx POS I çãO
instalação
João Mendes Ribeiro
Catarina Fortuna
produção
TNSJ
Salão Nobre
ter-sáb 14:00 -19:00
dom 14:00 -15:00
(e durante o período dos
espectáculos, exclusivamente
para os espectadores de
Antígona)
TeatroNacionalSão João
26 Mar24 Abr2010
Antígona e Ismena emergem em cena após a retirada do exército inimigo, e no solo da “belicosa Tebas” jaz o cadáver insepulto de Polinices. Antígona começa sob o signo da guerra, mas começa também com uma promessa de superação dos seus traumas, anunciada pelo Coro: “As guerras de há pouco esqueçamos”. O olhar que João Pina nos devolve nas suas fotografias de guerra, publicadas em jornais e revistas dos dois lados do Atlântico (da Visão à The New Yorker, do El País à Newsweek), participa deste mesmo movimento: catástrofe e reconstrução, discórdia
e reconciliação. Nelas, a guerra não é uma abstracção, mas um lugar terno e feroz de onde emerge o melhor e o pior de homens em tempos de cólera. É esse olhar que agora convocamos em Estados de Guerra, exposição que reúne imagens que procuram estabelecer um diálogo “olhos nos olhos” com o texto de Sófocles. Isto porque, das ruas de Tebas às montanhas do Afeganistão, avistamos a mesma paisagem humana rasgada pelo clamor das armas. E Antígona, lá como cá, continua a exigir o enterro dos seus mortos de guerra. •
8
AntígonaDE ANTóNIO PEDROLE ITURA ENCENADA
direcção cénica
Nuno M Cardoso
interpretação
João Castro
Jorge Mota
José Eduardo Silva
Lígia Roque
Paulo Freixinho
Pedro Almendra
e alunos do
3.º Ano do Curso
de Teatro do
Balleteatro
Escola Profissional
Alice Silva
Ana Rosa
Carlos Campos
Joana Cruz
José Leite
José Silva
Márcio Ferreira
Marcos Bastos
Marlene Costa
Patrícia Teixeira
Paulo Freitas
Rafael Silva
Roberto Mendes
Simão Luís
Vânia Leite
produção
TNSJ
colaboração
Balleteatro
ter 21:30
qua-sex 15:00
TeatroNacionalSão João
13-16 Abr21-23 Abr2010
“Vamos representar a Antígona”, mas “não são as palavras de Sófocles que vamos dizer”, começam por anunciar as pirandellianas personagens desta “Glosa Nova da Tragédia de Sófocles”, que António Pedro escreveu, encenou e estreou no então São João Cine, no ano de 1954, numa produção do seminal Teatro Experimental do Porto. Das inúmeras “máscaras portuguesas” de Antígona do séc. XX que poderiam fazer companhia à matriz grega – de António Sérgio a Eduarda Dionísio, de Júlio Dantas a Hélia Correia –, escolhemos aquela assinada por um agitador que inventou no Porto um projecto artístico que foi, acima de
tudo, uma escola de teatro. Fiéis a esta herança, homenageamos António Pedro lendo em voz alta estas palavras onde alguém pressentiu um “grito de revolta contra o totalitarismo do Estado Novo”, leitura que Nuno M Cardoso transforma num exercício de “formação em acto”, convocando actores da Casa e alunos do Balleteatro Escola Profissional e da ESMAE. Sobre esta sua revisão da matéria dada, adverte -nos o autor: “Nesta glosa, a Grécia é apenas um pretexto cénico. A acção passa -se, realmente, no palco em que for representada, isto é: na imaginação de cada um”. •
9
No ciclo de conferências que organizámos a propósito do Breve Sumário da História de Deus de Gil Vicente, inquirimos provocatoriamente sobre O que resta de Deus. Na hora em que erguemos a mais persistente das tragédias gregas no palco do TNSJ, submetemos Antígona a várias Análises ao Fado e ao Sangue, acrescentando outras vozes à polifonia de razões composta por Sófocles no séc. V a.C. Por entre seculares rios de sangue e de tinta, saudemos todos aqueles que se dispuseram, aqui e agora, a continuar connosco esta conversa inacabada. A começar por Maria Helena da Rocha Pereira e Marta Várzeas, a referência tutelar dos Estudos Clássicos em Portugal e uma sua inspiradíssima discípula, que partilham a experiência de traduzir Antígona, na presença de Frederico Lourenço, o homérico tradutor da Odisseia e da Ilíada. Dos tambores da guerra que ecoam por dentro e por fora dos limites geográficos e mitoló‑gicos de Tebas, falam ‑nos a repórter Alexandra Lucas Coelho e o general José Loureiro dos Santos, autores que publicaram muito recentemente Caderno Afegão e As Guerras que Já aí Estão e as que nos Esperam, res‑pectivamente. O investigador Francisco Luís Parreira e o ensaísta José Bragança de Miranda conduzem ‑nos ao núcleo abertamente mais polí‑tico e filosófico desta tragédia, o primeiro abordando o tópico “ordem e anarquia”, o segundo reflectindo sobre o conflito entre lei e imperativo moral. À pergunta “De que falamos quando falamos dos complexos de Édipo e Antígona?”, respondem as psicanalistas Fátima Sarsfield Cabral e Rosina Constante Pereira. O ciclo completa ‑se com um reenvio aos materiais de cena, com o investigador teatral Paulo Eduardo Carvalho a moderar uma conversa informal sobre os sentidos desencadeados por esta encenação. Para além do cenógrafo e encenador Nuno Carinhas, respondem à chamada a crítica e tradutora Alexandra Moreira da Silva e Carlos Lage, o secreto admirador de Antígona que preside à CCDR ‑N. •
Análises ao Fado e ao SangueCONFERêNCIAS
TeatroNacionalSão João
15+16 Abr22-24 Abr 2010
10
Salão Nobre
15 Abr ·· qui 18:30MARIA HELENA DA ROCHA PEREIRA , MARTA VáRz EASmoderação FREDERICO LOuREN çO
16 Abr ·· sex 18:30ALEXANDRA Lu CAS COELHO GENERAL JOSé LOuREIRO DOS SANTOS moderação AMíLCAR CORREIA
22 Abr ·· qui 18:30FRANCISCO Luí S PARREIRA , J OSé BRAGANçA DE MIRANDA moderação FERNANDO FARIA
23 Abr ·· sex 18:30FáTIMA SARSF IELD C ABRAL , ROS INA CONSTANTE PEREIRA moderação NuNO C ARINHAS
24 Abr ·· sáb 17:00conversa com PAuLO ED uARDO C ARVALHO ,ALEXANDRA MOREIRA DA S ILVA , C ARLOS LAGE , NuNO CARINHAS
comissário JOãO Luí S PEREIRAorganização TNSJ
Análises ao Fado e ao Sangue
Creonte: “Olhai! Do mesmo sangue / é quem morreu e quem matou.”
SóFOCLES Antígona
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Alguém Olhará por Mim
tradução
Paulo Eduardo
Carvalho
cenografia
João Mendes Ribeiro
figurinos
Bernardo Monteiro
desenho de luz
José álvaro Correia
música
Ricardo Pinto
assistência de
encenação
Vânia Mendes
interpretação
Jorge Pinto
Alberto Magassela
Pedro Galiza
produção
Ensemble –
Sociedade
de Actores
ter-dom 21:30
classif. etária M/12 anos
ESTREIA
DE FRANK Mc Gu INNESSENCENAçãO CARLOS P IMENTA
Mosteiro São Bento da Vitória
8-24Abr2010
12
Nasceu em 1953 no condado de Donegal, no norte da Irlanda, tal como Brian Friel (o irlandês que mais recorrentemente tem visitado o nosso palco), e é frequentemente considerado como o mais destacado dra‑maturgo irlandês da sua geração. Voz radical, reveladora de uma sensi‑bilidade mais urbana e cosmopolita do que a da generalidade dos seus compatriotas dramaturgos das gerações anteriores, Frank McGuinness sentiu ‑se interpelado pela história do cativeiro de Brian Keenan (irlandês que durante quatro anos partilhou uma cela do Líbano com um repór‑ter da televisão inglesa e três norte ‑americanos) e escreveu Alguém Olhará por Mim. Neste texto de 1992, a que a Associação de Críticos de Nova Iorque atribuiu o Prémio de Melhor Peça Estrangeira, um inglês, um irlandês e um norte ‑americano são feitos reféns e confinados a um cárcere onde antagonismos pessoais reproduzem antagonismos polí‑ticos. Aqui, Beirute é também Belfast, e o pano de fundo do conflito do Médio Oriente remete directamente para o coração do conflito na Irlanda do Norte. Depois da viagem nas duas últimas temporadas por clássicos como Tchékhov, Ibsen e Molière, o Ensemble regressa – na ins‑pirada companhia de Carlos Pimenta e Paulo Eduardo Carvalho – aos contemporâneos e a Frank McGuinness, de que apresentou em 2001 uma desarmante Dama d’Água encenada por Nuno Carinhas. •
Tive uma conversa com o Frank McGuinness alguns meses depois do meu regresso a casa. Ele falou -me da peça que planeava escrever e, com muita compreensão e grande ansiedade, delicadeza e cuidado, disse -me que não prosseguiria se eu achasse que isso poderia causar qualquer perigo ou dano aos homens que, na altura, continuavam presos no Líbano. Pedi -lhe simplesmente que me explicasse o que tinha em mente. As palavras dele intrigaram -me. Fiquei a vê -lo expor as suas ideias. Era um escritor a tactear no escuro – e porém, em algum recesso da sua imaginação, tinha encontrado vivas centelhas que lhe iluminavam o caminho. Embora ele não tivesse qualquer informação que pudesse servir -lhe de base à escrita da peça, compreendi que não lhe faltavam as pedras -de--toque da verdade emocional. •Brian Keenan
A minha mãe rezava muitas vezes por eles, em particular por Brian Keenan. Era ela, mais do que qualquer outra pessoa, que não me deixava esquecê -los. Assisti a uma entrevista à mãe de John McCarthy na televisão. Era uma mulher extraordinária, impressionante, e morreu antes da libertação do filho. O seu maior desejo era voltar a vê -lo antes de morrer, e, para mim, o horror mais inimaginável é que uma pessoa não seja informada da morte da própria mãe… Essa é, a meu ver, uma tragédia indizível, e não tenho dúvidas de que foi a ligação entre esses dois aspectos que desencadeou a escrita da peça. •Frank McGuinnessCitados por: Helen Heusner Lojek – Contexts for Frank McGuinness’s
Drama. Washington: The Catholic University of America Press,
cop. 2004. p. 84 -85.
Alguém Olhará por Mim
13
Na viragem do século, o Ministério da Cultura lançou, com o contributo mecenático da Tabaqueira, o programa Rede Nacional de Teatros e Cine -Teatros. Mais de dez anos volvidos, o TeCA acolhe a exposição que propõe um balanço em imagens desse empreendimento de contornos verdadeiramente inéditos. Reunindo
fotografias realizadas por Teresa Santos e Pedro Tropa ao longo de 2008, De Volta aos Teatros efectua um percurso por teatros históricos restaurados, como o Theatro Circo (Braga), o Teatro Ribeiro Conceição (Lamego), o Teatro Pax Julia (Beja) ou o Teatro Lethes (Faro); por cine -teatros edificados na década
Teatro Carlos Alberto
8-30Abr2010
FOTOGRAFIAS DE TERESA SANTOS E PEDRO TROPAExPOS IçãO
DeVoltaaosTeatros
14
de 50 do século passado e agora recuperados – o Teatro Cine da Covilhã, o Cine -Teatro Avenida (Castelo Branco) ou o Cinema Teatro Joaquim de Almeida (Montijo) –, bem como pelos novos equipamentos culturais projectados em capitais de distrito, como os Teatros Municipais de Vila Real, Bragança e Faro. De Volta aos
Teatros documenta a obra realizada e ensaia, pelo olhar dos fotógrafos, uma multiplicidade de perspectivas sobre os palcos, plateias, salões, salas de trabalho, zonas técnicas e camarins que perfazem esses lugares a que chamamos Teatros. •
produção
Clube das Artes
colaboração
Ministério da
Cultura/DGArtes
ter-sáb 14:00 -19:00
dom 14:00 -15:00
15
De Lisboa chega ‑nos a mais recente criação da Companhia de Ópera do Castelo, uma estrutura apostada em renovar os modos de produção e recepção dos univer‑sos da ópera e da música erudita em Portugal, alargando ‑os a todos os públicos, cruzando disciplinas artísticas e provando – se necessário fosse – que a pedagogia não tem de ser sinónimo de condescendência. Versão portuguesa da ópera estrea‑ da em 2007 na cidade de Lyon, Jeremias Fisher coloca em movimento o libreto que Mohamed Rouabhi adaptou da sua homónima peça de teatro e para o qual Isabelle Aboulker compôs uma partitura abertamente contemporânea, materiais que Michel Dieuaide transformou num vibrante objecto músico ‑cénico. Metáfora a um tempo sombria e luminosa sobre a aceitação da diferença ao longo dessa aventura a que chamamos “crescer”, Jeremias Fisher narra a história de um filho de pescadores que, de metamorfose em metamorfose, se transforma num menino peixe, até chegar o dia em que tem de regressar ao Oceano. Rouabhi dedica esta história a todas as “crianças solitárias”. Num gesto de sabedoria isento de qual‑quer traço de paternalismo, que resume aliás o conceito deste espectáculo, acres‑centou à dedicatória: “Ou que se tornarão um dia solitárias”. •
música
Isabelle Aboulker
libreto a partir da
peça teatral
Jérémy Fisher,
de Mohamed
Rouabhi
versão portuguesa
Luís Rodrigues
direcção cénica
Michel Dieuaide
direcção artística
Catarina Molder
coordenação musical
e co ‑repetição
Nuno Barroso
cenografia e figurinos
Danièle Rozier
desenho de luz
Sandie Charron
maestro coro infantil
Armando Possante
interpretação
Catarina Molder
Luís Rodrigues
Jorge Martins
Pedro Frias
Coro Infantil
da Companhia
de ópera
do Castelo
Luís Campos
Pedro Fontes
Beatriz Silva
Catarina Mouro
Catarina Barreiros
Catarina Silva
Duarte Benard
Gonçalo Carvalho
Ivanea Machado
Madalena Veiga
Maria Fernandes
Mariana Soares
Martinho Ferreira
Tomás Vieira
Teresa Soares
Vicente Molder
Quarteto
de Cordas Artzen
Victor Vieira
violino
Ana Filipa Serrão
violino
Joana Cipriano
viola
Carolina Matos
violoncelo
produção
Companhia
de ópera
do Castelo
apoios
Opéra National
de Lyon
Biennale du Théâtre
Jeunes Publics/Lyon
estreia [1Jan2010]
Centro Cultural
de Belém (Lisboa)
qui 21:30 sex 15:00
sáb 21:30
dur. aprox. [1:00]
classif. etária M/6 anos
A H iStóriA dO Menin O Pe ixeóPERA DE CâMARA PARA PúBL ICO FAMIL IAR
Jeremias Fisher
16
Movido pela história de Jeremias, onde a morte vagueia permanentemente, convido -vos a descobrir um espectáculo de teatro musical onde se me impuseram exigências de limpidez e poesia. Para vos fazer vibrar através das situações dramáticas que expõem o singular destino de uma criança diferente, impõe -se fugir de toda a demonstração, de qualquer ênfase ou maneirismo. As personagens que vão ver, contagiantes, divertidas, inquietantes, são -vos familiares. O destino de Jeremias não é fantástico. A sua força reside no desejo de uma criança ir ao fundo do que pode – mas por quanto tempo? – encantar a sua jovem vida. •Michel DieuaideIn Jeremias Fisher: A História do Menino Peixe: [Programa].
Lisboa: CCB, 2010.
Teatro Carlos Alberto
15-17Abr2010
17
TeatroNacionalSão João
29+30Abr2010
concepção e
dramaturgia
Robert Castle
Alejandra Orozco
Clara Andermatt
coaching
Alejandra Orozco
música
João Lucas
desenho de luz
Rui Horta
cenografia
João Calixto
figurinos
Aleksandar Protic
co ‑produção
ACCCA
Culturgest
TNSJ
estreia [11Dez2009]
Culturgest (Lisboa)
qui+sex 21:30
dur. aprox. [1:10]
classif. etária M/12 anos
D IA Mu NDIAL
DA DANçA
So SoloDIRECçãO E INTERPRETAçãO C LARA ANDERMATT
18
Há o corpo dela, reconhecível numa dança que com os anos se tornou “mais despojada e [cuja] energia de alta voltagem ganhou espessura e interioridade” (nas palavras de Luísa Roubaud); há o cenário--instalação de João Calixto, paisagem agreste e apocalíptica com a qual aos poucos se vai ganhando familiaridade mas nunca nos deixa tranquilos, tantas que são as suas camadas de leitura; há a luz do também coreógrafo Rui Horta, que dialoga numa relação tão cúmplice quanto desafiadora com a personagem que Andermatt representa (ou as personagens que aquela personagem representa), e a própria Clara, figura de uma intensidade cénica rara, de olhar curioso e sempre a querer ver mais, à procura de um espaço “onde ficar confortável”
porque já não tem 20 anos; há a estruturante partitura musical de João Lucas, que não dá apenas o ambiente mas antes activa um outro género de diálogo, mais subterrâneo e indutor, menos explícito; há os figurinos de Aleksandar Protic, apontando para outros caminhos e explorando, a um outro nível, dimensões performáticas do próprio corpo; e há “O Método”, estratégia de construção dramatúrgica quase secular, desenvolvida por Lee Strasberg, aqui trazido pela mão de Robert Castle e Alejandra Orozco, base de toda a peça. •Tiago Bartolomeu CostaExcerto de “De seu nome, Clara”. Público: Ípsilon (11 Dez. 2009). p. 31.
Na última década, foi renunciando à condição de intérprete, con‑ centrando ‑se progressivamente no papel de coreógrafa. Ao mesmo tempo, investiu desassombradamente nas virtualidades performativas das mais díspares tipologias de intérpretes: bailarinos profissionais, adolescentes, pessoas com deficiência, idosos, grupos folclóricos… Agora, mais de vinte anos decorridos sobre a sua estreia na dança, Clara Andermatt confronta ‑se pela primeira vez com o exigente género do solo. So Solo é um título equívoco: tanto pode significar “tão só” como “então só”, ou mesmo “tão a solo”. Mas nem o processo criativo decorreu no mais absoluto isolamento – a coreógrafa contou com o olhar próximo dos encenadores Robert Castle e Alejandra Orozco, para além da parceria com outros criadores que há muito tomam parte no seu percurso – nem o resultado se confina à catarse autobiográfica: “Quis construir esta peça como uma arena de observação das várias solidões do mundo”. Se múltiplas são as solidões, múltiplas são tam‑bém as figuras exploradas ou subliminarmente evocadas – da Joana d’Arc de Bernard Shaw ao gato de Quando Passarem Cinco Anos, de García Lorca. Regresso de Clara Andermatt ao TNSJ, mais de dez anos depois da co ‑produção do festivo Dan Dau (PoNTI‘99), So Solo impul‑siona no nosso palco a celebração do Dia Mundial da Dança. •
19
Frederico Artur, Príncipe de Homburgo, sonha com a glória. Passeia, sonâmbulo, até ao jardim do palácio, na véspera da batalha de Fehrbellín, que em 1675 opôs o Brandeburgo de Frederico Guilherme aos suecos do Rei Carlos Gustavo. Dormindo, entrança uma coroa de louros. Aí o encontram o Eleitor do Brandeburgo e respectiva Corte. Troçando, o Eleitor impõe ‑lhe a coroa. Desta aparentemente inócua brincadeira se desencadeia o drama de magnas e inesperadas consequências de O Príncipe de Homburgo, última peça de Heinrich von Kleist, concluída há duzentos anos, poucos meses antes de o génio romântico se suicidar com a amante cancerosa, junto a um lago de Potsdam. Escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico, O Príncipe de Homburgo
foi classificada pelo próprio Kleist como um “drama patriótico”, mas o seu protagonista órfão, imaturo, contraditório, cheio de fraquezas e delírios de grandeza devolve à nação uma imagem pouco favorável de si própria. Ao confrontar ‑se com a peça, a escritora Luísa Costa Gomes percebeu de imediato que não poderia ficar‑se pela leitura: traduziu ‑a e, na companhia de António Pires, estreia ‑se na encenação, para nos restituir a tragédia solitária de um príncipe escandalosamente humano e a surpreendente dinâmica dramatúrgica da obra de Kleist. •
20
Na encenação procurámos sempre representar a concretude da linguagem de Kleist. As suas imagens poéticas são gráficas, materiais, vívidas: leões que se atravessam no caminho, panteras que saltam ao pescoço, névoas que se dissipam ao sopro do vento. É uma linguagem sempre rigorosa do ponto de vista da emoção, da acção e do gesto. Mas é também uma linguagem agreste, com muito corpo, e nela os sons estão na frase como numa batalha.
A primeira coisa que salta à vista na abordagem de O Príncipe de Homburgo é que não há vilões. Todos os personagens seguem a sua convicção, os
ditames da sua própria consciência, constroem a sua regra, todos fazem o que julgam que devem fazer, todos têm a limitação dos seus temperamentos, das suas vontades cujo inconsciente lhes escapa, sendo revelado só (e surpreendentemente para os próprios) no confronto com os outros. Este é um teatro de relações, construído na relação, baseado na contracena. •Luísa Costa Gomes / António Pires
O Príncipe de HomburgoDE HEINRICH VON KLEISTENCENAçãO ANTóNIO PIRES, LuíSA COSTA GOMES
tradução e
dramaturgia
Luísa Costa Gomes
adereços
Joana Villaverde
figurinos
Luís Mesquita
música e desenho
de som
Carlos Alberto
Augusto
desenho de luz
Vasco Letria
interpretação
Graciano Dias
João Araújo
João Barbosa
João Ricardo
Luísa Cruz
Marcello urgeghe
Margarida Vila -Nova
Mário Redondo
co ‑produção
Ar de Filmes
Centro Cultural
de Belém
TNSJ
estreia [25Fev2010]
Centro Cultural de
Belém (Lisboa)
qua-sáb 21:30
dom 16:00
dur. aprox. [1:10]
classif. etária M/12 anos
Teatro Carlos Alberto
7-16Mai2010
21
Escolas no TeatroEx POS I çãO
coordenação
Luísa Portal
organização
TNSJ
Sala de Vidro
ter-sáb 14:00 -19:00
dom 14:00 -15:00
Escolas participantes
Escola Secundária
com 3.º ciclo Clara de
Resende, Escola Artística
e Profissional árvore,
Escola Básica Integrada
de Apúlia, Escola Básica
e Secundária do Cerco,
Escola Secundária de
Almeida Garrett, Escola
Secundária da Boa Nova,
Escola Secundária de
Paredes, Escola Secundária
Dr. Manuel Gomes de
Almeida, Escola Secundária
Inês de Castro, Escola no
Estabelecimento Prisional
de Paços de Ferreira,
Instituto das Artes e da
Imagem
Programa educativo promovido pelo TNSJ ao longo do ano lectivo 2009/2010, Escolas no Teatro culmina agora na realização de uma exposição na Sala de Vidro do TeCA. Orientados pelos professores de Língua Portuguesa e de Artes, várias dezenas de alunos do terceiro ciclo do ensino básico, do ensino secundário e do ensino profissional da Área Metropolitana do Porto envolveram -se na concepção e execução de projectos de natureza plástica e escrita, partindo da experiência de assistir a espectáculos como Breve Sumário da História de Deus ou O Avarento, presenciar
ensaios, participar em conversas com criadores ou conhecer o TNSJ por dentro, em visitas guiadas aos bastidores, oficinas e zonas técnicas. Desenvolvido com o objectivo de aprofundar a experiência de fruição teatral por parte de públicos jovens, bem como de estabelecer uma relação dialógica com o universo escolar, Escolas no Teatro exibe agora, durante quinze dias, a parte visível (máscaras, projectos de fotografia e vídeo, maquetas de cenário, trabalhos de banda desenhada, jornais escolares) de um longo processo de trabalho, invisível e produtivo. •
Teatro Carlos Alberto
15-28Mai2010
22
21-27 Mai 2010
Na sua terceira edição, o alkantara festival extravasa as fronteiras da metrópole e apresenta quatro dos seus espectáculos no Porto. Uma edição intercidades graças à parceria do TNSJ, que se apresenta em 2010 como um dos co ‑produtores do festival. •
iniciativa
alkantara Associação
Cultural
co ‑produção
São Luiz Teatro
Municipal
Centro Cultural
de Belém
Culturgest
Fundação Museu
Oriente
Maria Matos Teatro
Municipal
Museu Colecção
Berardo
Teatro Nacional
D. Maria II
Teatro Nacional
São João
O alkantara festival noTNSJ
23
Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamosDIRECçãO ART íST ICA V ERA M ANTERO
co ‑produção alkantara
festival (Lisboa), Culturgest
(Lisboa), CNDC (Angers),
Kunsten Festival des
Arts (Bruxelas), Festival
Montpellier Danse 2009,
Teatro de la Laboral (Gijón),
PACT/zollverein (Essen)
co ‑produzido por NXTSTP,
com o apoio do Programa
Cultura da união Europeia
sex+sáb 21:30
ESTREIA NACIONAL
TeatroNacionalSão João
21+22Mai2010
Na abertura do alkantara festival no Porto, Vera Mantero mostra--nos objectos do mundo. Coisas arrancadas à vida de todos os dias que, nesta dança, se situam algures entre o material e o etéreo, o factual e o onírico. Estreado há um ano em Essen e Montpellier, quando em Portugal o Prémio Gulbenkian Arte era atribuído a Vera Mantero, Vamos sentir falta de tudo aquilo de que
não precisamos é o resultado – ora explícito, ora críptico; ora lúdico, ora desconfortável – de meses de leituras, visionamentos, reflexões e conversas entre a coreógrafa e os seus convidados, co -intérpretes e co -criadores deste espectáculo: Christophe Ives, Marcela Levi e Miguel Pereira. •
24
Como rebolar alegremente sobre um vazio ExteriorDIRECçãO ART íST ICA E E NCENAçãO A NDRé Gu EDES , M IGuEL LOuREIRO
co ‑produção alkantara
festival (Lisboa), DeVIR/
CAPa (Faro)
sáb+dom 21:30
ESTREIA ABSOLuTA
Em 2005, na sequência da extinção do Ballet Gulbenkian, duas caixas de cartão são entregues no escritório da produtora O Rumo do Fumo. No interior, o único espólio fisicamente perene de Como rebolar alegremente sobre um vazio interior, de Vera Mantero: os figurinos desenhados por André Guedes. Agora, o encenador e actor Miguel Loureiro e o artista plástico André Guedes reciclam os figurinos devolvidos, bem como o
título da obra, alterando apenas a última palavra. Como rebolar alegremente sobre um vazio Exterior revitaliza os despojos de uma instituição, de uma história e de uma obra efémera, abdicando de uma valência meramente expositiva e fornecendo -lhe um outro enquadramento e todo um novo programa dramatúrgico. •
Teatro Carlos Alberto
22+23Mai2010
25
H3
Granjeou nos últimos anos um amplo reconhecimento internacional (bem patente na lista de co -produtores do seu espectáculo), sendo hoje, com 31 anos apenas, um dos mais destacados coreógrafos brasileiros da actualidade. Chama -se Bruno Beltrão e, com o seu Grupo de Rua de Niterói, apresenta num palco vazio H3, espectáculo em que aprofunda o seu vocabulário coreográfico, caracterizado por um inteligente cruzamento de formas várias de street dance – em particular o hip hop, mas não só – e a paisagem conceptual da
dança contemporânea. Com estreia nacional no Porto, H3 chega -nos já com o carimbo de “Melhor Espectáculo de Dança”, um estatuto atribuído em São Paulo, no final de 2009, pelos prémios Bravo! Prime de Cultura. •
co ‑produção
Grupo de Rua (Rio de
Janeiro), Kunsten Festival
des Arts (Bruxelas),
Festival Internacional de
las Artes de Castilla y León
(Salamanca), Grand Théâtre
de Luxembourg, Festival
d’Automne à Paris
seg+ter 21:30
ESTREIA NACIONAL
D IRECçãO E COREOGRAFIA BRu NO BELTRãO
TeatroNacionalSão João
24+25Mai2010
26
Radio MuezzinCONCEITO E ENCENAçãO STEFAN KAEGI (R IM IN I P ROTOKOLL )
co ‑produção
Hebbel am ufer (Berlim),
Goethe -Institute Ägypten
(Cairo)
co ‑produtores
Athens & Epidaurus Festival
(Atenas), Bonlieu Scène
Nationale (Annecy), Festival
d’Avignon, steirischer herbst
festival (Graz), zürcher
Theater Spektakel (zurique)
qua+qui 21:30
A cidade do Cairo tem cerca de 30 mil mesquitas. Em cada uma delas, cinco vezes por dia, um muezim conclama os fiéis à oração. Presentemente, o Ministério dos Assuntos Religiosos pretende acabar com uma tal cacofonia de vozes, cadências e interpretações, instaurando um sistema de rádio que transmitirá a voz de um único muezim para todas as mesquitas. Elemento do colectivo Rimini Protokoll que se tem celebrizado pelas suas “performances documentário”, o encenador alemão Stefan Kaegi junta em Radio Muezzin
um técnico de rádio e quatro muezins que nos contam a sua história: o professor de Alcorão cego, o antigo condutor de tanques, o electricista que se dedicou a decorar o texto sagrado após um grave acidente e o culturista que conquistou o segundo lugar no campeonato de recitação do Alcorão. •
Teatro Carlos Alberto
26+27Mai2010
27
O FITEI no TNSJ
À trigésima terceira edição, o mais antigo festival de teatro português dá mais um passo no seu processo de reinvenção em curso, bem evidenciado no conjunto de propostas que circularão pelos três espaços do universo TNSJ. O FITEI pros‑segue a aposta no cruzamento de disciplinas artísticas e volta a alargar o seu raio de acção geográfico, sinal de que à cria‑ção contemporânea importam cada vez menos os modos e os certificados de origem. A França adere aqui aos países de “Expressão Ibérica”, embora seja espanhol o passaporte de uma das criadoras da Compagnie Toujours Après Minuit. Em quatro das oito peças programadas, a dança e o teatro são lugares sem fronteiras para o exercício da performatividade do corpo e da palavra, gesto que Hnuy Illa, o espectáculo de abertura, sinaliza desde logo, mas que é igualmente extensível a In Vino Veritas, Dies Irae; en el Réquiem de Mozart e Epilogos, Confessions sans Importance. Com Exitus, Não se Ganha, não se Paga e Querida Professora Helena Serguéiévna, regressam os autores de textos aos lugares cimeiros das fichas artís‑ticas, algo que também acontece com Kaspar, prodigioso exercício verbal de Peter Handke que João Garcia Miguel tra‑tará de transformar num dos acontecimentos desta edição do Festival. Fora dos palcos, o teatro continua na exposição Ros Ribas: Fotógrafo de Escena, mostra alargada do trabalho de um homem que tem vindo a fixar em imagens fotográfi‑cas o trabalho de encenadores tão marcantes como Patrice Chéreau, Àlex Rigola ou Calixto Bieito. •
28 Mai - 9 Jun 2010
28
Hnuy Illaencenação Mire ia gabilondo
coreografia Jon Maya
eSPectáculo de abertura
TNSJ ·· 28+29 Mai · sex 22:00 sáb 21:30produção Kukai -Tanttaka (Espanha)
Ros Ribas: Fotógrafo de EscenafotografiaS de roS r ibaS
exPoSição
TNSJ Salão Nobre · 28 Mai-4 Julter-sáb 14:00 -19:00 dom 14:00 -15:00produção Centro Dramático Nacional (Espanha)
Querida Professora Helena Serguéiévnade ludMilla razouMovS kaia
encenação João Mota
TeCA ·· 29+30 Mai · sáb 21:30 dom 16:00produção Comuna – Teatro de Pesquisa (Portugal)
In Vino Veritascriação e encenação al ic ia Soto
MSBV ·· 30 Mai · dom 22:00produção Alicia Soto -Hojarasca (Espanha)
Não se Ganha, não se Pagade dario fo
encenação Maria eM íl ia correia
TNSJ ·· 1 Jun · ter 21:30produção Teatro da Trindade (Portugal)
Exitustexto e encenação d iego lorca,
Pako Merino
TNSJ ·· 3 Jun · qui 21:30produção Titzina Teatre (Espanha)
Kasparde Peter handke
encenação João garcia M iguel
TeCA ·· 4+5 Jun · sex+sáb 21:30produção JGM (Portugal)
Dies Irae; en el Réquiem de Mozartcriação e encenação Marta carraSco
TNSJ ·· 7 Jun · seg 21:30produção Marta Carrasco (Espanha)
Epilogos, Confessions sans Importancecoreografia e encenação
r oS er Montlló guberna, br ig itte Seth
TeCA ·· 8+9 Jun · ter+qua 21:30produção Compagnie Toujours Après Minuit (França)
Exitus Epilogos, Confessions sans Importance
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O Festival de Almada no TNSJ8-16 Jul 2010
Ode Maritime Yourcenar / Cavafy
30
No interior de um dispositivo cenográfico minimalista, a actriz britânica Charlotte Rampling e o actor grego Polydoros Vogiatzis ficcionam uma inesperada conversa literária entre Marguerite Yourcenar e Konstandinos Kavafis, dois tremendos poetas das vozes do presente e das vozes do passado, duas figuras fascinadas pelo esplendor da Antiguidade Clássica. Fragmentos de romances e ensaios de Yourcenar (Memórias de Adriano, Fogos, A Obra
ao Negro) cruzam -se com poemas de Kavafis, um “esteta melancólico” que alguém já considerou, a par de Eliot, “o maior poeta da primeira metade do séc. XX”. Na ressaca de Ode Maritime, o Festival de Almada oferece -nos, com Yourcenar / Cavafy, outra oportunidade de confirmar o teatro como “porto de abrigo” destes artesãos da palavra que fingem “tão completamente”. •
interpretação
Charlotte Rampling
Polydoros Vogiatzis
produção
Les Visiteurs du Soir
(França)
sex 21:30
Yourcenar / CavafyCONCEP çãO JEAN - CLAuDE F EuGNET
TeatroNacionalSão João
16Jul2010
A imprensa descreveu -o como o “espectáculo -choque” da última edição do Festival de Avignon, esta depuradíssima concretização cénica da Ode Marítima do nosso Fernando Pessoa, o “poeta do quotidiano metafísico” (aqui na pele de Álvaro de Campos), que neste poema longo olha para o indefinido e descobre nele uma cidade chamada Lisboa. “Sozinho, no cais deserto”, Jean -Quentin Châtelain atira -se a esta convulsiva explosão de
interioridade com uma imobilidade tremendamente expressiva, numa prova de resistência aos parâmetros habituais do teatro. Um “trabalho de escuta do texto original”, chama -lhe modestamente o encenador francês Claude Régy. Que acrescenta: “O único espectáculo que aqui existe é a força da escrita na criação de imagens”. •
interpretação
Jean -Quentin
Châtelain
produção
Les Ateliers
Contemporains
(França)
qui-sáb 21:30
TeatroNacionalSão João
8-10Jul2010
Ode MaritimeDE FERNANDO PESSOAENCENAçãO CLAuDE Ré GY
31
O Dia de Todos os Pescadores
cenografia
Sissa Afonso
figurinos
Bernardo Monteiro
desenho de luz
Nuno Meira
sonoplastia
Francisco Leal
interpretação
João Cardoso
Jorge Mota
Micaela Cardoso
Pedro Frias
Rosa Quiroga
co ‑produção
ASSéDIO
TNSJ
qua-sáb 21:30
dom 16:00
ESTREIA
ABSOLuTA
DE FRANCISCO Luí S PARREIRAENCENAçãO JOãO CARDOSO
Felizes aqueles que lêem e encenam publicamente o trabalho de alguém que nos diz que “não ser feliz, nos tempos que correm, é uma precau‑ção necessária”, ou que “há já demasiada felicidade no mundo da cul‑tura”. É um lugar sem vagar para a complacência, este de onde nos fala Francisco Luís Parreira, um investigador universitário que é também um homem de teatro, por via das palavras que escreve, enquanto dra‑maturgo e tradutor, ou que coloca em situação, na qualidade de actor ou encenador. Exercita a escrita dramática para lhe restituir mundo, que é como quem diz que o teatro é primordialmente um lugar de pensa‑mento e de conhecimento. Depois de ter assinado a tradução de dois textos de Mark O’Rowe (Terminus e Ossário), regressa agora, em dis‑curso directo, ao convívio com a ASSéDIO, companhia que promove a estreia absoluta de O dia de todos os Pescadores (onde interna a psicopátria no serviço de cuidados intensivos) e a leitura encenada do inédito O terceiro recordado (onde um casal no domingo da vida, ao serão, tenta recuperar a memória de um amigo remoto e desaparecido). A terminar esta dupla jornada, lugar ainda para uma conversa com o autor, outra oportunidade para nos familiarizarmos com a corrosiva (e necessária) voz de Francisco Luís Parreira. •
Teatro Carlos Alberto
15-31Jul2010
32
O Dia de Todos os Pescadores propõe -se (modestamente, com um trocadilho) remediar uma omissão do calendário canónico, que não prevê um dia consagrado à encomenda das almas dos pecadores. Aqui, essa encomenda decorre num quarto de hospital, em dia de eleições, e está a cargo de um doente não diagnosticado, da sua visita, de uma enfermeira, de um médico e de um dador de sangue. Os objectivos que orientam o teatro político confrontam -se hoje com duas condições: a primeira é a de que a sua matéria torna já impossível toda a distinção entre farsa e tragédia. A segunda é que esse soneto mal rimado a que se chama “experiência nacional” – em particular a portuguesa – só pode ser convenientemente
devolvido na consulta de manuais de patologia. Aqui a doença é portuguesa e o hospital também (ninguém vai para clínicas em Londres). Em épocas moribundas, em que a vida deixou de interessar e só existe preocupação pelas recriações dela (o desporto, o espectáculo, a arte, a usura), a doença é o único grande acumulado político. O que nela se joga é a confirmação de um grau de realidade na promessa que acompanha toda uma vida. Outrora entregue à liturgia, esta investidura de si mesmo roça ao de leve a política, mas só na doença se encontra autenticamente em casa. •Francisco Luís Parreira
O Terceiro Recordado
direcção
João Cardoso
interpretação
Jorge Mota
Pedro Frias
Rosa Quiroga
co ‑produção
ASSéDIO
TNSJ
sáb 16:00
DE FRANCISCO Luí S PARREIRALE ITURA ENCENADA
Teatro Carlos Alberto
24 Jul2010
33
Antígonade Sófocle S
encenação n uno carinhaS
produção TNSJ
Entremos na noite de Antígona guiados pela mão de Roberto Calasso: “Do sacrifício, juntamente com o sangue, escorrem as histórias. Assim afloram as personagens da tragédia”. Assim aflora Antígona, a “filha de Deus antes de Deus ser conhecido”, que vem expor na praça pública o martírio do seu coração. Dizem--nos que a tragédia grega nasceu quando o homem começou a ver os mitos com os olhos do cidadão, quando o homem começou a cismar sobre o divino. A Antígona de Sófocles convoca--nos para o centro deste tremendo debate político e filosófico, dramatizando os encontros e desencontros entre as leis escritas dos homens e as leis não escritas dos deuses. E este conflito não tem fim, nem vencedores. Século após século, Antígona sai do escuro e continua a falar -nos dos prodígios e das insuficiências do humano. Depois de Breve Sumário da História de Deus, Nuno Carinhas volta a interrogar as “coisas primeiras”, oferecendo às cidades de Viseu, Bragança e Vila Real a sua (e a nossa) primeira tragédia grega. À semelhança de Édipo, também Gil Vicente e Sófocles sabiam a resposta ao enigma da Esfinge: “É o homem”.
Teatro Viriato (Viseu) ·· 29+30 AbrTeatro Municipal de Bragança ·· 8 MaiTeatro Municipal de Vila Real ·· 14 Mai
Local Geographiccoreografia e inter Pretação rui horta
co ‑produção CCB, O Espaço do Tempo, Centro Cultural
Vila Flor, Teatro de la Laboral, TNSJ
Estreia absoluta do capítulo derradeiro da trilogia iniciada em 2009 com Talk Show e prosseguida, já em 2010, com As Lágrimas de Saladino. Se, nas criações precedentes desta colectânea, Rui Horta explora um “corpo cultura” e um “corpo político”, no solo Local Geographic arrisca abordar um “corpo íntimo”, cartografia pessoal e ferramenta de descoberta
Maiorcacoreografia Paulo r ibe iro
co ‑produção Companhia Paulo Ribeiro, Centro Cultural Olga
Cadaval, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Viriato, TNSJ
Maiorca foi a peça que se seguiu ao díptico Masculine (2007) / Feminine (2008), viagens sexuadas à volta da geografia mental do turista infinito Fernando Pessoa. Desta vez, Paulo Ribeiro partiu ao som dos 24 Prelúdios de Chopin e desse Inverno tenebroso que o músico passou, doente e desamparado, em 1838, em Maiorca, com George Sand. Maiorca surge assim como título, ou como ilha para onde convergem fragmentos de leituras, imagens, filmes, ideias, criações dos intérpretes que acabaram por ecoar como múltiplas vozes que habitam esta coreografia, que vimos no TNSJ, integrada no ciclo Dancem!09.
Teatro -Cine de Torres Vedras ·· 3 AbrTeatro Nacional de Niš (Sérvia) ·· 12 AbrTeatro Nacional de Podgorica(Montenegro) ·· 14 AbrTeatre Municipal Xesc Forteza (Palma de Maiorca, Espanha) ·· 25 AbrTeatro Municipal de Bragança ·· 29 AbrCentro de Artes do Espectáculo de Portalegre ·· 1 MaiTeatro Virgínia (Torres Novas) ·· 8 Mai
Fora deportas
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Depois da okupação do Mosteiro de São Bento da Vitória em Maio de 2008, Casa ‑Abrigo continua a fazer -se à estrada. Em Valladolid e Tavira, partem à procura de outros sótãos de um tempo perdido para transfigurar.
Festival Internacional de Teatro y Artes de Calle de Valladolid (Espanha) ·· 28+29 MarCenas na Rua – Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua (Tavira) ·· 13+14 Jul
Talk Showcoreografia ru i horta
co ‑produção CCB, O Espaço do Tempo, Centro Cultural Vila
Flor, TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, Teatro de la
Laboral, TNSJ
Talk Show é uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor. Um homem e uma mulher falam um com o outro à frente de uma plateia. As suas linguagens são simultaneamente a voz e o corpo. O corpo é a nossa única propriedade. Tudo o que realizamos tem a sua medida, tanto no espaço como no tempo. Talk Show é um road movie do corpo. Um exercício de curiosidade e inquietude perante o desconhecido. Quando o corpo se apaga, o que resta?
TEMPO – Teatro Municipal de Portimão ·· 5 Jun
do mundo. Razão mais que bastante para regressar ao palco – mais de duas décadas depois – na condição de bailarino.
eStre ia abSoluta
Centro Cultural de Belém (Lisboa) ·· 11-16 Mai
Story Casecoreografia né barroS
co ‑produção Balleteatro, TNSJ
O que vemos a ser construído em Story Case não é uma narrativa, mas o seu lugar e os corpos que a habitam: Pedro Rosa e Joana Castro, dois indivíduos sem história, vão sendo progressivamente descobertos, através de diálogos contrastantes entre a dança e a fotografia, até se tornarem personagens e até mesmo protagonistas. Para conferir unidade a esta travessia pela conquista da identidade, Né Barros encontrou no deserto o seu motivo inspirador, “metáfora do avistamento de um corpo que, à medida que se move, vai traçando um perfil identitário”. Neste jogo de ambivalências entre o documental e o ficcional, Story Case, que vimos em estreia absoluta no festival Dancem!09, descola do real para produzir outra realidade poética.
Teatro Municipal de Vila do Conde ·· 22 Mai
Casa -Abrigocriação colect iva
direcção art íSt ica andré braga,
cláudia f igue iredo
co ‑produção Circolando, TNSJ, In Situ, Festival Chalon
dans la Rue
Ameaçada por aquilo que considera ser a progressiva privatização dos territórios e a sua consequente mercantilização, o filósofo francês Thierry Paquot perguntava, em 2007, num debate promovido pelo Festival Chalon dans la Rue: “A rua ainda existe para acolher a festa?” Confiantes na sua capacidade de reescrever os espaços públicos, os festivais de rua continuam a proliferar por essa Europa fora, fóruns artísticos onde a Circolando tem vindo a construir uma consistente reputação internacional.
35
de Madrid, depois de em 2009 ter conhecido uma digressão nacional. Desta peça de Brecht, o actual Director Artístico do TNSJ soube explorar a vitalidade de uma juventude desabrida, mais próxima de Rimbaud que de Lenine, e a coralidade de um enredo que começa na familiar sala de jantar para, mais tarde, nos lançar em plena rua, sob o signo de uma lua vermelha…
Um ano depois da recepção apoteótica em São Paulo, onde Turismo Infinito foi celebrado como um sofisticadíssimo amplificador da língua viva e do génio de Pessoa, o espectáculo assinado pela dupla António M. Feijó/Ricardo Pais é também incluído na programação de Mario Gas. Viagem ao interior dessa caixa negra – ou “porto infinito”, ou “escritório vasto” – que é a mente de Fernando Pessoa, Turismo Infinito revelou -se como a ocasião de excelência para Ricardo Pais experimentar a performatividade da(s) escrita(s) do(s) poeta(s), tecendo um subtil e poderoso enredo cénico de gestos e sinais.
Electracoreografia e inter Pretação
olga roriz
co ‑produção Companhia Olga Roriz, OPART, TNSJ
Não será tão importante o entrecho da acção quanto os contornos emocionais da personagem – que a psicanálise se encarregou de examinar. Para Olga Roriz, que com Electra retorna aos solos e aos grandes mitos e personagens femininos, esta é uma “paixão justa carregada de excesso”. Longa se torna a espera para Electra, que exige justiça e reparação. Nesta coreografia, que encerrou o ciclo Solos promovido pelo TNSJ no início de 2010, ouvem -se lamentos e o assobio do vento, mas acima de tudo a respiração de um corpo contraído, inquieto, que sangra incontidamente. Como na tradição trágica, Electra começa e acaba sozinha.
Teatro Sá de Miranda (Viana do Castelo) ·· 18+19 Jun
Tambores na Noitede bertolt brecht
encenação nuno carinhaS
produção TNSJ
Naves del Español (Madrid, Espanha) ·· 10-13 Jun
Turismo Infinitode antónio M . fe iJó
a Part ir de textoS de fernando Pe SS oa
encenação r icardo Pai S
produção TNSJ
Naves del Español (Madrid, Espanha) ·· 17-20 Jun
“Nós, os que trocámos mais vezes de terra que de sapatos…” A frase aplica -se tanto ao autor – Bertolt Brecht, forçado a exílios vários, da Dinamarca aos EUA, da Finlândia à Suíça – como à personagem – Andreas Kragler, o herói falhado de Tambores na Noite, a segunda peça do dramaturgo alemão. O espectáculo com que Nuno Carinhas inscreveu as carismáticas iniciais B.B. na lista de autores produzidos pela Casa põe também agora os pés ao caminho, rumo ao histórico Teatro Español 36
Letra Mde Johanne S von Saaz (O Lavrad Or
da B Oémia ) / João v ie ira
encenação fernando Mora raMoS
co ‑produção Teatro da Rainha, TNSJ
Nesta representação, o ponto de partida é a instalação do pintor João Vieira, dispositivo cénico e pinturas, inspirados na problemática da morte, e do amor, e nos círculos da descida aos infernos do poema de Dante. No dispositivo concebido por João Vieira, António Durães e Paulo Calatré trazem à presença dos espectadores a palavra de Saaz – O Lavrador da Boémia, texto do séc. XV, escrito na sequência da morte da esposa amada. Reflexão sobre a morte, este poema, em diálogo com as pinturas e, por assim dizer, armadilhado no dispositivo cénico, celebra a beleza da amada desaparecida na juventude da vida, contrariando assim, através do gesto da criação poética, o gesto destruidor da morte. Não será esse o papel da arte: rebelar -se contra a Grande Regra?
FESTEIXO – Festival de Teatro do Eixo Atlântico (Viana do Castelo) ·· 9+10 Jul 2010Festival Internacional de Teatro de Almada ·· 16-18 Jul
Todos os que FalamQuatro “draMatículoS ”
de SaMuel beckett
encenação nuno carinhaS
co ‑produção ASSéDIO, Ensemble, TNSJ
Todos os que Falam (2006) é um dos exemplos mais felizes de um conjunto de manobras co ‑produtivas que têm envolvido o TNSJ, duas das mais afirmativas companhias do Porto (ASSéDIO e Ensemble) e o encenador Nuno Carinhas, actual Director Artístico da Casa. Muito para além de uma qualquer obrigação estatutária, co ‑produzir significa aqui partilhar métodos de trabalho e afinidades electivas, construindo – com “outros” – gestos que iluminam e ampliam a nossa programação. Compilação em cena de quatro dos onze “dramatículos” escritos por Samuel Beckett entre 1962 e 1984 – muito provavelmente a sua contribuição mais radical para o teatro do séc. XX –, Todos os que Falam começou por ser um espectáculo -tributo ao dramaturgo irlandês, no ano em que se comemorava o centenário do seu nascimento. Fiel ao princípio de que “menos é mais”, uma equipa de criadores e intérpretes, liderada pelo apuradíssimo sentido de escuta de Nuno Carinhas, reconduz -nos à casa da essencialidade beckettiana, esse lugar estranho mas ainda assim habitável, onde o precário sentido das coisas do mundo é interrogado por vozes que se materializam no escuro. Contornada a efeméride, haveria maneira mais eloquente de continuar a celebrar Beckett?
Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) ·· 25 Jun-4 Jul
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Desembarquei no Porto, vindo de Veneza. Vim pelos canais de Shakespeare guiado pelo gondoleiro Pais. Foi uma viagem tranquila, num rio transparente e sem correntes. O Guedes eternizou na imagem.Desta gestação criativa, veio a honra de ser nomeado: Embaixador do Teatro. “Mas o que é isto?”, pensei. Um representante do Estado numa corte estrangeira? Um emissário? Um mensageiro? Só tenho palavras dos outros para pôr no meu corpo e devolvê -las pela minha boca. Essa é a única representação que pretendo ter. Mas obrigado, é uma honra.De volta a outra gôndola, desta vez com rumo a Guastalla e tendo por barqueiro o M Cardoso. Uma viagem às palavras áridas de Lessing, debatendo -me com as correntes contrárias de verbalizar o Presente. Um conflito rico, feliz. Cheguei à margem do fim e ergui -me acompanhado de volta à vida. Que privilégio é ser mensagem e voz numa corte humanamente nobre. •
EMBAIxADORES
TNSJ 2009‑2010
Albano Jerónimo actor
EMBAIxADORES
TNSJ 2009‑2010
Maria Gambina estilista
Era uma quinta -feira fria de Inverno. No carro, dou um toque para o telemóvel da minha mãe – o nosso sinal para ela descer. Quando a vejo, acho -a linda e pergunto -lhe se o casaco é de pele verdadeira. Diz -me que é de cabra, não gosto da resposta, mas… fica -lhe bem.Estaciono o carro na rua do Loureiro, aquela bem atrás da Estação de São Bento, em tempos a minha rua preferida do Porto, onde muitas vezes procurei inspiração. A Central da Borracha, a Casa dos Fechos, aquelas lojas cheias de relógios e brinquedos originais, as lojas das ferragens… Que saudades! Está agora habitada por pequenos armazéns e lojas de produtos made in China…Chegamos ao Teatro São João. Sentamo -nos e vemos a peça: O Ano do Pensamento Mágico. Uma experiência intensa.Dou a mão à minha mãe e senti -me feliz de a ter ao meu lado. Quis ter ali também o meu pai…, mas alguém tinha que ficar com a Madalena. Quando saímos, mal falamos da peça. Não por desinteresse. Era simplesmente demasiado forte para dizermos o que nos ia na alma. Chegamos a casa dos meus pais. Abraço a minha filha. Já no carro, olho para ela. Sinto que a olho com o mesmo olhar da minha mãe – aquele que ela me dirigiu quando saímos do Teatro. Naquele momento, senti -me ainda mais próxima da minha mãe e como que tive a certeza de que, a partir daquele segundo, eu era uma pessoa melhor.Agradeço à Eunice Muñoz, ao Diogo Infante – a quem não tive coragem de, no final, dar os parabéns –, à Francisca, ao Nuno, ao Teatro Nacional São João. •
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Loja do TeatroO TNSJ acrescenta dois novos títulos à sua colecção de livros, presentemente publicada pela editora Húmus: Os Europeus, do dramaturgo contemporâneo Howard Barker, com tradução de Francisco Frazão, e Woyzeck, de Georg Büchner, com tradução de João Barrento, um texto fundador da dramaturgia moderna. Ultima ‑se ainda a edição do álbum Todos os Fantasmas Usam Botas Pretas: TNSJ 1996 ‑2009, no qual promovemos, a partir das fotografias de João Tuna, uma pluralidade de olhares sobre o(s) nosso(s) palco(s) desde que o São João é Teatro Nacional.Estes e outros títulos editados em parceria com as editoras Cotovia, Campo das Letras e Húmus encontram ‑se disponíveis na Loja do Teatro, instalada no foyer do TNSJ e acessível também online, no sítio www.tnsj.pt. Aqui poderá ainda encontrar um vasto leque de artigos, desde os DVDs com os registos integrais de produções da Casa (destaque ‑se o recente O Mercador de Veneza realizado por Tiago Guedes) até aos acessórios e peças de merchandising produzidos a partir de telas promocionais dos espectáculos. Esta temporada disponibilizamos Cheques Prenda na Loja do Teatro, nos valores de € 15,00 e € 30,00, que poderá trocar por produtos de merchandising ou por bilhetes para espectáculos. •
Se é portador do Cartão Amigo TNSJ, usufrui de um desconto de 5% na aquisição de produtos com assinatura TNSJ.
Oficinas Criativas
Na presente temporada, o TNSJ retoma as Oficinas Criativas. Pais e/ou familiares que pre‑tendam assistir aos espectáculos apresentados no TNSJ, TeCA e MSBV poderão trazer as suas crianças (idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos), entregando ‑as ao cuidado da nossa equipa. Nas salas de ensaio dos dois teatros e num dos espaços do Mosteiro, realizar ‑se ‑ão um conjunto de actividades lúdicas e pedagógicas inspiradas no espectáculo em cartaz. •
Até Julho de 2010, as Oficinas Criativas estão disponíveis nos espectáculos Antígona (9 e 18 de Abril), Alguém Olhará por Mim (11 de Abril), O Príncipe de Homburgo (9 de Maio), Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos (21 de Maio), Hnuy Illa (29 de Maio), Kaspar (4 de Junho), Ode Maritime (9 de Julho) e O Dia de Todos os Pescadores (16 de Julho).O serviço funciona mediante marcação efectuada com 48 horas de antecedência, junto do departamento de Relações Públicas (T 22 340 19 56; e -mail [email protected]), destinando -se a um número limitado de crianças.
Preço: € 5,00 por criança e € 2,50 por irmão.
Visitas GuiadasTeatro, Arquitectura e História: a visita ao edifício projectado pelo arqui‑tecto Marques da Silva faz ‑se na confluência destas áreas do saber. Conduzidas por especialistas em teatro e arquitectura, com amplo conhecimento da história deste monumento nacional, as visitas dão a conhecer a sala de espectáculos, a sala de ensaios, os camarins e as zonas técnicas, bem como o atelier onde se criam os figurinos e ade‑reços das produções teatrais da Casa. As visitas guiadas decorrem de segunda ‑feira a sábado, mediante marcação prévia, estando sujeitas à disponibilidade técnica dos espaços. •
Público em geralTodos os sábados, às 12:00, mediante reserva prévia até às 18:00 de sexta -feira, para um número não superior a 20 pessoas. Preço: € 3,00 por pessoa.Entrada gratuita para crianças até aos 10 anos, desde que acompanhadas por adultos.
Grupos escolaresDe segunda a sexta -feira, mediante reserva prévia, para grupos não superiores a 20 pessoas. Entrada gratuita.
O TNSJ reserva -se o direito de não realizar a visita, caso não haja inscrições prévias ou compatibilidade
com outras actividades do Teatro. Para efectuar a sua reserva, contacte o departamento de Relações Públicas
(T 22 340 19 56; e -mail [email protected]) ou ligue para o número 800 -10 -8675.
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Espectáculos Data Local
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Quantidade Total a pagar
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Boletim de AssinaturasABRIL‑JULHO 2010
ASSINATuRAS TNSJ4 ESPECTÁCULOS · DESCONTO 30%6 ESPECTÁCULOS · DESCONTO 40%
ASSINATuRA O ALKANTARA FEST IVAL NO TNSJ4 ESPECTÁCULOS · DESCONTO 30%
ASSINATuRA O F ITE I NO TNSJ4 ESPECTÁCULOS · DESCONTO 30%6 ESPECTÁCULOS · DESCONTO 40%
INFORMAçÕES 800 -10 -8675NúMERO GRÁT IS A PART IR DE QUALQUER REDE
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ASSINATuRAS
www.tnsj.pt
As assinaturas para o período Abril -Julho de 2010 podem ser adquiridas directamente nos balcões de atendimento do TNSJ e do TeCA, ou por correspondência (carta ou e -mail), através do envio do Boletim de Assinaturas, devidamente preenchido, com a escolha dos respectivos espectáculos, datas e lugar pretendido. No caso de o lugar pretendido não estar disponível, o TNSJ reserva -se o direito de escolha de lugares alternativos, salvaguardando o lugar mais próximo possível do pretendido.
Os bilhetes adquiridos via correio, pagos através de cheque ou vale postal, poderão ser enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espectáculo, ou levantados antes do seu início nas bilheteiras do TNSJ ou TeCA, de acordo com a sala onde decorrer o primeiro espectáculo contemplado na assinatura.
Para um melhor funcionamento dos nossos serviços de Bilheteira, o TNSJ reserva -se o direito de não efectuar assinaturas a partir das 20:00.
Dados Pessoais
Nome
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Morada
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Código postal
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Telefone Fax
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Teatro Nacional São JoãoPraça da Batalha4000 -102 Porto
GeralT +351 22 340 19 00 · F +351 22 208 83 03
Relações InternacionaisT +351 22 339 30 38 · F +351 22 339 30 [email protected] Gabinete de ImprensaT +351 22 339 30 34 · F +351 22 339 30 39 [email protected] Relações PúblicasT +351 22 340 19 56 · F +351 22 208 83 [email protected]
Teatro Carlos AlbertoRua das Oliveiras, 434050 -449 PortoT +351 22 340 19 00 · F +351 22 339 50 69
Mosteiro de São Bento da VitóriaRua de São Bento da Vitória4050 -543 PortoT +351 22 340 19 00 · F +351 22 339 30 39
Atendimento e BilheteiraInformações 800 -10 -8675 (Número grátis a partir de qualquer rede)T +351 22 340 19 10 · F +351 22 208 83 03 [email protected]
Terça ‑feira a sábado14:00-19:00 (ou até às 22:00, nos dias em que há espectáculos em exibição)Domingo14:00-17:00
Bilheteira OnlineO público pode agora, de forma simples e rápida, adquirir bilhetes para a totalidade dos espectáculos apresentados no TNSJ, TeCA e Mosteiro de São Bento da Vitória, sem necessitar de recorrer aos serviços de bilheteira. Para tal, basta efectuar a aquisição em www.tnsj.pt e imprimir a versão electrónica dos bilhetes.
Preço dos bilhetes
TNSJPlateia e Tribuna € 16,001.º Balcão e Frisas € 12,00*2.º Balcão e Camarotes 1.ª Ordem € 10,00*3.º Balcão e Camarotes 2.ª Ordem € 7,50*
TeCAPlateia € 15,00Balcão € 10,00
* Frisas e Camarotes só são vendidos a grupos de duas pessoas
Condições especiaisGrupos (entre 10 e 20 pessoas) desconto 30%Grupos (+20 pessoas) desconto 40% Escolas e Grupos de Teatro Amador € 6,00Desconto 50%:• Cartão Jovem• Quinta -feira (excepto dia de estreia)Desconto 30%:• Cartão Estudante• Mais de 65 anos • Profissionais de Teatro • Quarta -feira (excepto dia de estreia)
INFORMAçÕES úTE IS
ReservasOs bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. Quaisquer reservas deverão ser efectuadas e levantadas até dois dias antes da data do espectáculo. Os bilhetes comprados pelo telefone, pagos através de cheque, podem ser levantados até à hora do espectáculo no posto de atendimento ou enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espectáculo.
DevoluçõesSe por motivo de força maior a data do espectáculo for alterada ou o espectáculo for cancelado, os bilhetes adquiridos serão válidos para a data a combinar com as bilheteiras do TNSJ e TeCA.A importância dos bilhetes será restituída aos espectadores que o exigirem – no prazo de 60 dias a contar da data prevista do espectáculo – apenas nas seguintes situações:a) Se o espectáculo não puder efectuar -se no local, data e hora marcados;b) Se houver substituição de artistas principais ou se o espectáculo for interrompido (se a substituição ou a interrupção forem determinadas por motivos de força maior, verificados após o início do espectáculo, não haverá lugar à restituição do valor dos ingressos).
Assinaturas TNSJ + TeCA + MSBVInformações 800 ‑10 ‑8675Número grátis a partir de qualquer rede
Cartão Amigo TNSJO Cartão Amigo TNSJ permite aos espectadores do TNSJ, TeCA e Mosteiro de São Bento da Vitória uma série de vantagens, nomeadamente benefícios na aquisição de bilhetes para as diversas actividades, informação privilegiada sobre os espectáculos e convites para ensaios abertos e outras actividades paralelas. A ficha de inscrição pode ser requisitada directamente nas bilheteiras (TNSJ e TeCA) ou junto do departamento de Relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço electrónico [email protected].
ProtocolosAo abrigo de protocolos celebrados entre o TNSJ e um amplo conjunto de entidades, os seus associados, utentes, colaboradores e funcionários beneficiam de condições especiais de acesso aos espectáculos apresentados no TNSJ, TeCA e Mosteiro de São Bento da Vitória. A listagem completa das entidades subscritoras poderá ser consultada em www.tnsj.pt.
Como chegar aos teatrosSTCPTeatro Nacional São JoãoEléctrico 22 · Autocarros 207, 303, 400, 904, 905Teatro Carlos AlbertoEléctricos 18, 22 · Autocarros 200, 201, 207, 300, 302, 304, 305, 501, 601, 602, 703, 904Mosteiro de São Bento da VitóriaEléctricos 18, 22 · Autocarros 200, 207, 300, 301, 305, 501, 507, ZH
Metro do PortoEstações Aliados, Bolhão, Trindade, São Bento
Estacionamento
TNSJEstacionamento gratuitoViaCatarina Shopping(acesso pela Rua Formosa ou Rua Fernandes Tomás)De segunda -feira a sábado [20:00 •• 01:00] Domingos e feriados [08:00 •• 01:00]Parque Duque de Loulé*De terça -feira a sábado [20:00 •• 24:00]Domingo [15:30 •• 20:00]* Gratuito contra a apresentação do bilhete
do espectáculo do dia
TeCA + Mosteiro de São Bento da Vitória5 horas de estacionamento – € 1,50Parque Praça de Lisboa, Praça dos Leões e Praça Carlos Alberto(senha adquirida nas Bilheteiras)De terça-feira a sábado (feriados inclusive) [20:00 •• 5:00]
TEATRO NACIONAL SãO JOãO, E .P.E .
apoios
parceiro media
apoios à divulgação
agradecimentos
Câmara Municipal do Porto
Polícia de Segurança Pública
Este Caderno de Programação
foi impresso com o apoio da
LiderGraf, Artes Gráficas, SA.
Conselho de Administração Francisca Carneiro Fernandes (Presidente), Salvador Santos,
José Matos Silva Assessora da Administração Sandra Martins Secretariado da Administração
Paula Almeida Motoristas António Ferreira, Carlos Sousa Economato Ana Dias
Direcção Artística Nuno Carinhas Assessor Nuno M Cardoso
Pelouro da Produção Salvador Santos
Coordenação de Produção Maria João Teixeira Assistentes Eunice Basto,
Maria do Céu Soares, Mónica Rocha
Direcção Técnica Carlos Miguel Chaves Assistente Liliana Oliveira Departamento
de Cenografia Teresa Grácio Departamento de Guarda ‑roupa e Adereços Elisabete Leão
Assistente Teresa Batista Guarda ‑roupa Celeste Marinho (Mestra ‑costureira), Isabel Pereira,
Nazaré Fernandes, Virgínia Pereira Adereços Guilherme Monteiro, Dora Pereira, Nuno Ferreira
Manutenção Joaquim Ribeiro, Júlio Cunha, Abílio Barbosa, Carlos Coelho, José Pêra,
Manuel Vieira, Paulo Rodrigues Técnicas de Limpeza Beliza Batista, Bernardina Costa,
Delfina Cerqueira
Direcção de Palco Rui Simão Adjunto do Director de Palco Emanuel Pina Assistente
Diná Gonçalves Departamento de Cena Pedro Guimarães, Cátia Esteves, Ricardo Silva,
Pedro Manana Departamento de Som Francisco Leal, Miguel Ângelo Silva, António Bica,
Joel Azevedo, João Carlos Oliveira Departamento de Luz Filipe Pinheiro, João Coelho de
Almeida, Abílio Vinhas, José Rodrigues, António Pedra, José Carlos Cunha, Nuno Gonçalves
Departamento de Maquinaria Filipe Silva, António Quaresma, Adélio Pêra, Carlos Barbosa,
Joaquim Marques, Joel Santos, Jorge Silva, Lídio Pontes, Paulo Ferreira Departamento
de Vídeo Fernando Costa
Pelouro da Comunicação e Relações Externas José Matos Silva
Assistente Carla Simão Relações Internacionais José Luís Ferreira Assistente Joana Guimarães
Edições João Luís Pereira, Pedro Sobrado, Cristina Carvalho Imprensa Ana Almeida
Promoção Patrícia Carneiro Oliveira Centro de Documentação Paula Braga Design Gráfico
João Faria, João Guedes Fotografia e Realização Vídeo João Tuna Relações Públicas
Luísa Portal Assistente Rosalina Babo Frente de Casa Fernando Camecelha Coordenação
de Assistência de Sala Jorge Rebelo (TNSJ), Patrícia Oliveira (TeCA) Coordenação de Bilheteira
Sónia Silva (TNSJ), Patrícia Oliveira (TeCA) Bilheteiras Fátima Tavares, Manuela Albuquerque,
Sérgio Silva Merchandising Luísa Archer Fiscal de Sala José Pêra Bar Júlia Batista
Pelouro do Planeamento e Controlo de Gestão Francisca Carneiro Fernandes
Coordenação de Sistemas de Informação Sílvio Pinhal Assistente Susana de Brito
Informática Paulo Veiga
Direcção de Contabilidade e Controlo de Gestão Domingos Costa, Ana Roxo,
Carlos Magalhães, Fernando Neves, Goretti Sampaio, Helena Carvalho
Edição Departamento de Edições do TNSJ · Coordenação Pedro Sobrado
Documentação Paula Braga · Design gráfico João Faria, João Guedes
Fotografia João Tuna, João Pina (Estados de Guerra), Susana Neves (Alguém Olhará por
Mim), Teresa Santos/Pedro Tropa (De Volta aos Teatros), Takashi Sugimoto (Jeremias
Fisher), Inês d’Orey (So Solo), Mário Sousa (O Príncipe de Homburgo), Luciana Fina/Moritz
Elbert (alkantara festival), Dirk Rose (Vamos sentir falta…), André Guedes/Miguel Loureiro
(Como rebolar alegremente…), Anna V. Koiij (H3), Claudia Wiens (Radio Muezzin), Mario Del
Curto (Ode Maritime), Ana Pereira (O Dia de Todos os Pescadores), Margarida Araújo/Paulo
Nuno (Letra M) · Impressão LiderGraf, AG
Não é permitido filmar, gravar ou fotografar durante os espectáculos.
O uso de telemóveis, pagers ou relógios com sinal sonoro é incómodo,
tanto para os intérpretes como para os espectadores.
GOSTAMOS DE TODO O GÉNERO DE OBRAS.
A REN apoia o Teatro Nacional São João.
A REN mantém a sua política de apoio a acções no domínio cultural.De norte a sul do país apadrinhamos centenas de iniciativa culturais. Do cinema à fotografia, do documentário à animação, da música ao teatro. Cultura em grandes palcos ou cultura ao virar da esquina. Mais de 50 entidades promotoras têm contado com a REN. E a REN conta com elas.A cultura passa por nós.
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