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Ah! quem me dera...
www.revivendoanatureza.com Irene Alvina
Ah! quem me dera eu pudesse voltar aos meus tempos de criança, fazer novamente minhas bonecas, brincar de
roda cantando o cravo brigou com a rosa; esnobando meu vestido de chita e meu tamanquinho de madeira que
era o charme para as colegas.
Ah! quem me dera tivesse nascida em forma de anjo, vagando por entre as estrelas admirando o cruzeiro do sul , brincando de colorir o mundo.
Ah! quem me dera pudesse ver todo o mundo feliz, perdoando, sem mágoa, sem rancor e cheio de carisma; não haver ninguém na solidão e que todos amassem seu irmão e preservasse a natureza.
Que voltasse os sorrisos francos e alegres , pois hoje nos dá tristeza de ver tantos olhares
perdidos sem brilho, sem amor no coração, com muita inveja e egoísmo.
Ah! quem me dera sentada no jardim esperando
papai quando chegava do
trabalho no seu cavalo branco de
estimação e no chão a
poeira se levantava.
Quem me dera olhar meu pai deitado na rede tirando um cochilo e a brisa brincando nos soltos
cabelos brancos que pareciam cetim.
Ah! quem me dera pudesse sentar à beira do ribeirinho de águas cristalinas, sentir a brisa suave e ouvir o sussurro das águas rolando
tranqüilas e sem poluição.
Quem me dera pudesse, todas as manhãs ouvir o sabiá cantando nas laranjeiras, ouvir também o canto do rouxinol que hoje quase
não existe mais, subir na mangueira para colher os frutos saborosos.
Ah! quem me dera ver o beija-flor a sugar o néctar das flores agitando suas asas velozmente como um leque, o inhambu com o seu canto que mais parece um choro, em harmonia com os outros pássaros do lugar.
Ah! quem me dera voltar àquele tempo em que a gente sentia prazer em ver os pássaros na natureza e não presos em gaiolas.
Ah! quem me dera pudesse comer melado direto da taxa como se fosse chocolate, lambuzar a cara toda e depois morrer
de rir em frente ao espelho.
Ah! quem me dera ter medo de Saci-Pererê, bicho papão e acreditar em Papai Noel.
Sentir o calor do colinho da mamãe e saber que nenhum desses bichos virá me pegar porque ela
estaria ali para me proteger.
Ah! quem me dera ter novamente a mente de uma criança, brincar de casinha, encontrar minhas
panelinhas, fazer guisadinho e ficar esperando o papai chegar cansado do trabalho e me colocar no colo.
Quem me dera correr na lama, sujar a roupa e ficar só de calcinha sem sentir vergonha, sujar os pés, e depois ter que tomar banho na bica novamente. Quem me dera chorar e dar birra quando perdia minha chupeta.
Hoje fico pensando, não há como ser criança igual aquele tempo, onde tudo era brincadeira, alegria e paz, nãoter medo do perigo, ter um sentimento verdadeiro , sincero e sem maldade.
Ah! quem me dera voltar àquela vida simples do campo, onde a maldade, a inveja, a ambição e as
complicações do dia-a-dia não existiam.
Ah! quem me dera voltasse a morar no casarão onde nasci, ver as andorinhas revoando sobre o telhado a
procura de seus filhotes no ninho, sentir novamente o perfume do manacá branco e roxo , e das flores
vestidas de todas as cores.
CREDITOSIMAGENS: Irene Alvina e InternetTEXTO: Irene AlvinaFORMATAÇÃO: I rene AlvinaMÚSICA: A majestade o Sabiá – Roberta MirandaE-mail: [email protected]
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